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KL 300408
ROMANTISMO (ASPECTOS GERAIS)
FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!
PROFº: MICHEL
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VEST
IBUL
AR –
200
9
CONTEÚDO
A Certeza de Vencer
04
1
Resumo 1ª Metade do Século XIX: Momento Histórico: Revolução Francesa em Portugal: Invasão Napoleônica / Revolução Liberal e Constitucionalista No Brasil: Independência.
Características: • Primeiro estilo de época em que predominam os padrões da burguesia em ascensão corresponde, assim, ao abandono dos padrões aristocrático da arte clássica, (Arcadismo) substituídos pêlos ideais de simplicidade, sinceridade e individualidade da arte burguesa;
• A Literatura Romântica, por um lado, valoriza tudo o que vem do povo, mas, por outro lado, foge da realidade deste mesmo povo, refugiando-se nos temas do “eu”, do sonho, do passado e da natureza. (Escapismo e evasão);
• Caracteriza ainda o Romantismo a defesa da pátria e da liberdade; a divisão do mundo em heróis e bandidos (Maniqueísmo); o “mal do século” (melancolia desejo de morte); o sentimentalismo.
1 - características. 1 - Individualismo (Egocentrismo) e Subjetivismo.
2 - Liberdade artística e reação a estética neoclássica. 3 - Idealismo: o mundo é como eu vejo. 4 - Solidão – Ócio e Blazé. 5 - Um novo sentido do amor – Platonismo (Mundo inteligível) e Idealização Amorosa da Mulher. 6 - Culto a Natureza – Panteísmo, Deísmo e Animismo. 7 - Sertanismo (Regionalismo). 8 - Procura da língua brasileira. 9 - Religiosidade e Misticismo. 10 - Sonhos, fantasia e Imaginação – Escapismo e Evasão. 11 - O culto do passado. 11.1 - Passado histórico: textos sobre a vida na Idade Média.
12.2 - Passado individual: textos sobre a infância e a adolescência dos escritores.
3 - A PRIMEIRA GERAÇÃO - NACIONALISTA E O INDIANISMO DE GONÇALVES DIAS. 3.1 CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL
O Romantismo brasileiro nasce das possibilidades que surgem com a Independência política e suas conseqüências sócio-culturais: o novo público leitor, as instituições universitárias e, acima de tudo, o nacionalismo ufanista que varre o país, após 1822, e do qual os escritores são os principais intérpretes. Contribuir para a grandeza da nação através de uma literatura que fosse o espelho do novo mundo e de sua paisagem física e humana, eis o projeto ideológico da primeira geração romântica. Há um sentimento de missão: revelar todo o Brasil, criando uma literatura autônoma que nos expressasse. O Romantismo se opunha à arte clássica, e Classicismo aqui significava dominação portuguesa. O Romantismo voltava-se para a natureza, para o exótico; e aqui havia uma natureza exuberante, etc. Tudo se ajustando para o desenvolvimento de uma literatura ufanista.
3.2 Textos Para Análise I - JUCA PIRAMA Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!!
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VEST
IBUL
AR –
2009
Comentário: Este texto é uma espécie de síntese do indianismo de Gonçalves Dias seja pela concepção
épico-dramática da bravura e da generosidade de tupis e timbiras, seja pela ruptura, ainda que momentânea, da convencional coragem guerreira, seja ainda pelo belíssimo jogo de ritmos que ocorre no texto. I-Juca Pirama significa “aquele que vai morrer” ou "aquele que é digno de ser morto". Em
sua abertura, o poeta apresenta o cenário onde transcorrerá a história. II - CANÇÃO DO EXÍLIO “Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar - sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá”. Comentário: a celebração da natureza entrelaça-se também com o sentimento saudosista. Gonçalves Dias é um homem nostálgico que, na Europa, sentira-se exilado. Por isso, a memória a todo o momento o arrasta até a terra natal. E a pátria aparece sempre como natureza: palmeiras, céu, estrelas, várzeas, bosques e o sabiá. Canção do exílio sintetiza esta identificação entre o país e sua expressão física. .Este texto clássico argumenta que mesmo em Portugal, (onde o poema é escrito no ano de 1843) há árvores e aves, bosques e várzeas. Aliás, em todos os países há uma natureza interessante a ser cantada. Mas, para Gonçalves Dias, é só na moldura do solo pátrio, que a natureza (brasileira) adquire um maior valor, um valor que em nenhum outro lugar ela pode ter. Estamos diante da essência do ufanismo romântico: minha pátria é a melhor. Por outro lado, trata-se de uma verdade humana definitiva: qualquer indivíduo no exílio - independente da terra natal ser boa ou ruim - sempre guardará por ela uma amorosa e obstinada saudade.
III – SEUS OLHOS Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, De vivo luzir, / Estrelas incertas, que as águas dormentes / Do mar vão ferir;Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, / Têm meiga expressão, / Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta .De noite cantando, — mais doce que / a frauta. Quebrando a solidão, Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, / De vivo luzir, São meigos infantes, gentis, engraçados. Brincando a sorrir.São meigos infantes, brincando, saltando / Em jogo infantil, Inquietos, travessos; causando tormento, Com beijos nos pagam a dor de um momento, Com modo gentil.Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, Assim é que são; Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos, Às vezes vulcão!Nas almas tão puras da virgem, do infante, Às vezes do céu / Cai doce harmonia duma Harpa celeste, / Um vago desejo; e a mente se veste De pranto co’um véu.Quer sejam saudades, quer sejam desejos Da pátria melhor; Eu amo seus olhos que choram em causa / Um pranto sem dor. Comentário: A lírica amorosa de Gonçalves Dias é marcada pelo sofrimento. Em seus poemas, o amor raramente se realiza, é sempre ilusão perdida, impossibilidade vital de relacionamento. Entre a esperança e a vivência, entre a intenção e o gesto estão os abismos da experiência concreta. E a experiência concreta remete para o fracasso. Apaixonar-se é, pois, predispor-se à angústia e à solidão. O poeta confessa sua afetividade, suplica a paixão da mulher, mas não obtém resposta. Resta-lhe, pois, o desespero.
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