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Luís A. Carvalho Rodrigues
Luis.acr@sapo.pt
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UNL/FCSH/Departamento de Sociologia
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O novo masculino
O novo masculino
Ausência de conceitos aferidos à dignificação do indivíduo e da sociedade em mudança
Cultura do "ter" sem cuidar do "ser"
Comportamentos agressivos de reacção
A governabilidadeA governabilidade
ConvivialidadeConvivialidadeRitualidadesRitualidades
Meios de comunicação
de massa
Meios de comunicação
de massa
Espaço Espaço
Mercado Mercado
TerritórioTerritório
Neurose funcional
Neurose funcional
O novo feminino
O novo feminino
A falta de consciência da gravidade dos problemas de desintegração
Tempo Tempo
Escola e Comunidade: um diagnóstico amplo
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anonimato como uma razão cultivada
A super organização que governa os pequenos actos solidários
culto do medo do outro
Convivialidade
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Proxémica territorial
espaço por pessoa diminui
Os territórios pessoais amontoam-se
Privacidade da intimidade em risco
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Espaço
Tal qual as vacas loucas : o homem separado da terra
A penabilidade dos espaços públicos (hospitais, refeitórios, etc.)
Na AMLisboa quase 70% da população tem de deslocar-se mais de 5 Km para ir trabalhar
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Impermanência do emprego
A nova unidade económica é o rendimento familiar
A organização do trabalho: poder mais importante do que fazer
Workalcoolismo como um bem promocional
Mercado
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Meios de comunicação de massa
Aspectos nefastos:
Actual "ópio" do povoA importância do não importanteA desvinculação antropo-socio-psicológicaA corporização da verdadeA manipulação semânticaA manipulação de valores
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Distimias (afectos perturbados)
As situações patológicas confuso- ansiosas (perda do tempo e do espaço)
As consequências conversivas (dores de cabeça, taquicardias…)
As consequências de "transfert"As depressões reactivas (desproporcionadas em relação ao estímulo)
A neurose fóbica, obsessiva (pulsões não
satisfeitas), compulsiva, (duvidas , perplexidades, abulia), coactando e tornando anancástica a vida, isto é: o que é não é, mas impõe-se como tal)
Neurose funcional
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Que fazer com o tempo livre?
"Trabalhar não compensa“
A estruturação do tempo em causa:
RecolhimentoActividadeRituaisJogo (brincar)PassatempoIntimidade
O tempo
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• O amor não é
solução • Novos papeis,
velhas tarefas
O novo feminino / O novo masculino
Avós
Tios
Avós
Tios
Filho
Pai
Mãe
Filho
Mãe
Família boleana
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Enfraquecimento das ideologias Heterocliticismo ideológico Busca de ancoragens de valorização social
Omnivoridade consumista Sonho do consumo Um hedonismo requerido para consumir
Declínio da ética moral do dever Afastamento da ética do dever Valores terminais (saúde, riqueza; segurança...) ganham vantagem sobre os
instrumentais (perdão, obediência, respeito...) Precariedade nómica dos valores
Adaptação individual dos valores aos interesses e modos de vida Desvalorização de instituídos tradicionais (casamento, p. exemplo)
Conflitualidade crescente em relação a valores do mundo da intimidade Valores chamados “pós materialistas” (tolerância ao aborto, homossexualidade,
droga...) Éticas individualistas
Valorização do espírito de aventura e da ética da experimentação Ética da experimentação: a identidade proteica (o crescimento dá-se em todas as
direcções) Novas gramáticas comportamentais em torno da moda
Adaptado de PAIS, José Machado: Geração de valores na sociedade portuguesa; Lisboa; ICS, Secretaria de Estado da Juventude; 200; págs. 42-47
Escola e Comunidade__________________________________________________________________________________________
Visão: Uma Escola antropogénica: - clarifica o seu destino, havendo o gosto pela participação organiza a delegação de poderes, havendo o gosto pela
responsabilidadeorganiza a comunicação e cria o gosto pela associação favorece a abertura ao mundo
assegura o reconhecimento dos méritos.
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Aluno Professor Escola ComunidadeAluno A luta contra a
violência da autoridade
A luta contra a repressão concentracionária
A desvalorização da Escola como lugar de afecto
Professor A projecção do pai todo-poderoso, castrador: a autoridade falhada
O primado da carreira e do estatuto sobre o comportamento fundado sobe a vocação
O dilema entre a técnica e o Ser face à expectativa existente
Escola A força da socialização secundária em nome da instituição Estado
A liberdade condicionada pelo dever (o clube dos poetas mortos) Carpe diem John Keating
“A cultura inculta”Allan Bloom
Comunidade Um mundo de coisas que dificilmente a Escola transmite
A exigência de uma autoridade socializadora
Sitio onde se reproduz conhecimento
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Descrição Relações dicotómicas
Instituição
Dinâmica cultural, Poder, Estatuto, Ordem , AlienaçãoInstituído e o contra instituído
Escola faber / Escola ágora
OrganizaçãoDeterminação de objectivos; Organização do trabalho; os programas; os projectos; Mobilização de recursos; Controlo de resultados; Autoridade....
Centrada no fazer / Centrada no aluno
Grupo
Debate, conflito; Emoções e sentimentos comuns; Liderança; Papeis; Criatividade; Princípio da realidade
Individuo / Grupo
Inter-relação
Escolhas, simpatias, rejeições; Diferenciação; dependência contradependência; Energia da relação Aluno chumba sozinho/ Aluno chumba com o
professor
Pessoa
Características diferenciais (idade, sexo ...)Emoções, sentimentos, opiniões, julgamentos, atitudes, motivações, conhecimentos, tendênciasCarácter; Conflito pulsional; Princípio do prazer....
O individuo / A pessoa
Escola e ComunidadeDez perguntas que eu não sei responder sozinho__________________________________________________
1. Para que serve a Escola hoje (Abril de 2009). Se nós sabemos, a Comunidade sabe?
2. Qual o papel reservado à Comunidade no planeamento da actividade da Escola? Há sentido de governabilidade?
3. De que altura são os muros que separam a Escola da rua?
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Escola e Comunidade____________________________________________
4. Sabemos os códigos de diálogo para comunicar? A nossa retórica é construtiva?
5. Têm as turmas o tamanho adequado para gerar interacção? E a Escola tem o tamanho adequado? Haverá que criar escolas dentro da Escola?
6. Quantas vezes, num ano, a Escola se preocupou com o “aqui e agora”? A “Floribela” da SIC é importante para a Escola?
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Escola e Comunidade____________________________________________________
7. Alguém perguntou o que é que eu queria da Escola? E se eu não sei o que quero, alguém me criou o “vício” de querer sempre saber?
8. Quantas pessoas estão mobilizadas para o diálogo? Quantas estão de costas? E Quantas estão neutras? Saberemos mobilizar estas últimas?
9. Que faz a Escola para fazer face à “cultura inculta” do nossos dias: de si e da Comunidade?
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Escola e Comunidade_______________________________________________
10. Qual a consciência generalizada das questões anteriores?
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Bibliografia sumária____________________
BERTRAND, Y.; Valois, P. Paradigmas Educacionais: Escola e Sociedade, Lisboa, Instituto Piaget, 1994.
GRÁCIO, S.; outros,, Sociologia da Educação I - Funções da Escola e Reprodução Social, Lisboa, Livros Horizonte, 1982.
GRÁCIO, S, outros - Sociologia da Educação II - A Construção Social das Práticas Educativas, Lisboa, Livros Horizonte, 1982.
GRÁCIO, S.; Política Educativa como Tecnologia Social, Lisboa, Livros Horizonte, 1986.
IMBERNOM. (organizador)- A Educação no Século XXI, Lisboa, Piaget ed. sd
STOER, S. R. (org) - Educação, Ciências Sociais e Realidade Portuguesa: uma abordagem pluridisciplinar , Porto, Edições Afrontamento, 1991.
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