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Manual da HortaOrgânica e Pedagógica

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Manual da HortaOrgânica e Pedagógica

Esse material é fruto da experiência entre estudantesda Universidade Federal de São Carlos e de três turmas

de 7° ano da EMEB Arthur Natalino Derigge, localizada

na região sul da cidade de São Carlos-SP, durante aimplementação de uma horta orgânica e pedagógica nas

de pendências desta escola no ano de 2007.

  Agradecemos a todos que contribuíram para queesta vivência fosse possível, em especial ao coordenador

do projeto municipal de horta Luiz Valilo, àscoordenadoras da escola Maria do Carmo e Ana Maria,

aos Professores Roberto e José Luís, ao Diretor Osvaldodos Santos, aos amigos Jonas, Tiê, André, Eduardo e

Sônia, ao pessoal da cozinha e a todos os professores que

cederam suas aulas.

Professora Responsável: Ana Luiza Perdigão

Estudantes: Amanda Regis Faro, Ana Paula Ghilardi,

 Felipe Noronha, Fernanda Tibério, Gabriele Nigra

Salgado, Giovane de Oliveira, Júlia da Silva Vilela, Máirade Oliveira Maia.

Ilustrações: Aline Ghilardi

Apoio:

Índice1.  Apresentação...........................................51.1 Como utilizar este material............................62.Sensibilizando os participantes..........................8

2.1Todo Projeto precisa ter um começo certo?..92.2 Sensibilizando os estudantes.........................133 Conhecendo os solos e as necessidades dasplantas.................................................................173.1 Valorizando a Terra........................................183,2 Necessidades das plantas..............................224. Conhecendo o ciclo da matéria......................274.1 Entendendo a floresta...................................284.2 Começando a falar de lixo............................304.3 Trabalhando a compostagem na escola.........405. Construíndo a horta orgânica .......................475.2 Materiais necessários para a horta...............495.3 Escolha do terreno........................................515.4 Capina............................................................525.5 Preparo do solo..............................................53

5.6 Construção dos canteiros.............................556. Cotidiano da horta..........................................566.1 O que plantar.................................................577. Animais da horta.............................................728. Cuidados diários..............................................769. Colheita...........................................................7810. Encerrando....................................................80

11. Bibliografia.....................................................83

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“Horta se parece com filho. Vai acontecendo aos

poucos, a gente vai se alegrando a cada momento,

cada mom ento é hora de colheita. Tanto o filho

quanto a horta nascem de semeaduras. Semente,

sêmen: a coisinha é colocada dentr o, seja da

mãe/mu lher, seja da mãe/terra, e a gente fica

esperando, pra ver se o m ilagre ocorreu, se a vida

aconteceu”.

De Rubem Alves, A Horta – O quarto, Papirus 1995

1.  APRESENTAÇÃO

  A partir de experiências nascidas de uma horta

orgânica/pedagógica na EMEB Arthur Natalino Deriggi e

de alguns conhecimentos, disposição e espírito coletivo

da equipe que desenvolveu esta idéia,

foi concebido este material didático de

apoio pedagógico para educadores

interessados em um modelo de ensino

alternativo àquele já consolidado em

nossa sociedade e que privilegiuma  visão fragmentada dos fenômenos da

 vida!

Nós professores, somos indicados como

pessoas fundamentais para alterar essa visão a

partir de uma ressignificação do ensino para que outros

  valores, perante a natureza e o meio ambiente, sejam

semeados às futuras gerações.

Dentro deste contexto, a horta no ambiente

escolar é uma proposta promissora por motivar a

aprendizagem, despertar ou reforçar valores e atitudes

positivas em relação ao meio ambiente e a vida

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favorecendo sua preservação. Possibilita ainda o

desenvolvimento de um trabalho multi e/ou

interdisciplinar entre os diferentes professores e suas

aulas.

 Apesar das vantagens que o trabalho com a hortapode proporcionar, sua permanência nas escolas depende

fortemente do envolvimento de nós, professores que, de

maneira geral, encontramos dificuldades em associar o

conteúdo das aulas às atividades realizadas na horta.

  Para dar suporte ao planejamento e

desenvolvimento desse tipo de trabalho, bem como proverorientações técnicas para a construção de uma horta

orgânica, surgiu a idéia de construirmos este material

didático.

1.1 COMO UTILIZAR ESTE MATERIAL

O material está dividido em tópicos que não são

regras a serem seguidas, apenas sugestões, já que

entendemos que o significado de cada conteúdo e a

relação com o currículo deve ser construído de acordo

com o contexto da escola, da turma, da série e das

disciplinas envolvidas no desenvolvimento do trabalho.

Os tópicos abordam métodos para sensibilização

de alunos e professores, conhecimentos sobre o solo,

necessidades das plantas, ciclagem da matéria, técnicas

para a construção da horta e dicas sobre o seu cotidiano.Incluimos também atividades que geralmente são

  trabalhadas ao ar livre para transcender a sala de aula

convencional e que buscam inspirar maior integração

entre as disciplinas.

Uma dica para melhor aproveitamento deste

manual é a importância do trabalho de forma coordenadae cooperativa que propicie a oportunidade de integrar o

conhecimento em todas as disciplinas e em todas as

séries.

 Bom, agora que estamos mais íntimos da proposta

deste material, esperamos que as nossas dicas e sugestões

sirvam como combustível para alimentar a esperança de

desenvolver um trabalho alternativo para um futuro

sustentável.

Mãos a obra!

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2.  SENSIBILIZANDO OS PARTICIPANTES

Iniciar uma atividade que fuja do modelo de ensino

convencional, muito utilizado até hoje, não é uma tarefa

fácil. Esse modelo de ensino pressupõe que o aprendizado

é passivo (professoraluno), com ênfase na mera

  transmissão de informações descontextualizadas dos

fatos cotidianos, exigindo do aluno, na maioria das vezes,

a reprodução dessas informações. Cada vez mais esse

  tipo de ensino irá se mostrar antiquado para a vida

moderna, que exige dos jovens a habilidade de resolverproblemas complexos, trabalhar em equipe, interpretar

 textos e gerenciar o tempo.

Desta forma faz-se necessário trazer aos alunos

alternativas de ensino que busquem o aprendizado ativo,

contínuo, contextualizado e que explore, além de

conhecimentos, as suas habilidades e valores. Esse ensinodiferenciado pode proporcionar aos estudantes a

capacidade de sair da escola e enfrentar os problemas do

mundo. 

2.1 Todo projeto precisa ter um começo, certo?

  Ao iniciar um trabalho

coletivo, é preciso ter em mente

que somos todos diferentes, cada

um possui algo a acrescentar ao grupo

que se forma, possibilitando assim a

(trans) formação do (de) todo(s).

Nesse sentido, é importante identificar nesse

começo quais são as expectativas compartilhadas pelo

  grupo diante do novo projeto: quais os anseios, as

mudanças que os mesmos buscam encontrar? Quais8 9

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melhorias que aguardam e que alternativas o projeto

propõe?

Da mesma forma, é importante conhecer quais são

os fantasmas que serão enfrentados, os medos, as pedras

no caminho e para isso apresentamos a seguinte proposta. 

Atividade Prática:

“Árvore dos sonhos”  

É uma metodologia 

proposta pela “Oficina do

Futuro” da Comissão de 

Meio Ambiente e 

Qualidade de Vida na 

Escola ( ComVida) do 

Ministério do Meio 

Ambiente ( MMA) e 

Ministério da Educação 

( MEC), que possibilita essa discussão com os 

participantes através de uma dinâmica rápida 

e simples. Para realizá-la serão necessários: 

mais ou menos 50 minutos para a discussão 

papel pardo 

papel sulfite 

canetões coloridos (pincel atômico) 

cola ou durex 

tesoura 

Com o papel pardo desenhe um tronco de 

árvore com galhos, deixando um espaço em 

branco na parte de baixo do papel. Recorte os 

papéis sulfite em formato de folhas e/ou frutos.

Recorte ainda os papéis em formato de pedras.

Você pode amassá-las e dar um efeito 

interessante.Essa dinâmica é realizada com os 

professores, funcionários, coordenadores e a

direção da escola que realizará o projeto.  Esse 

passo pode se tornar um importante diagnóstico 

inicial para a posterior avaliação do trabalho 

coletivo.Reúna-os em roda e distribua as folhas e os 

frutos, para que escrevam as expectativas acerca 

do projeto. Podem ser frases ou até palavras que 

expressem seus sentimentos. Peça para que cada 

um exponha seus pensamentos aos outros 

participantes, colando-os na árvore.10 11

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Em seguida, distribua as pedras para que 

escrevam as dificuldades que podem ser 

encontradas e repita a exposição das idéias,

colando as pedras em baixo da árvore. Promova 

então a discussão de como enfrentar as “pedras no caminho” para alcançar os r esultados 

aguardados por todos.

2.2 Sensibilizando os estudantes 

Existem diversas formas de iniciar o trabalho de

sensibilização dos estudantes, o que consideramos

importante é modificar o dia-a-dia deles, alterando a

rotina. Trabalhar em roda, por exemplo, é uma maneira

muito simples de mudar o cotidiano deles, tão

acostumados ao modelo vigente de carteiras enfileiradas.

Mas não é uma tarefa fácil. Muitos resistirão

bravamente a essa mudança, refletindo a cultura

estabelecida ao longo de séculos desta prática educativa.Inclusive, outra boa idéia é levá-los para fora da

sala, dar liberdade aos pássaros que querem voar.

Essa simples ação encoraja-os a

experimentarem o mundo com outros

sentidos, com o coração e a mente

numa nova e excitante aventura noconvívio com o mundo natural. 

É importante que os estudantes

se sintam parte fundamental do projeto por isso

sugerimos que as atividades sejam construídas com eles,

sempre perguntando o que preferem e como gostariam de

fazer.

1312

IDÉIAS:

  Você pode expor o resultado da oficina na

escola, pendurando-o na parede, por exemplo. Desenhar e recortar animais polinizadores,

como as abelhas, pássaros e borboletas, para que

representem os atores envolvidos no projeto. 

Fazer a árvore com um tronco seco e colar as

folhas nele.

Usar papéis já utilizados para recortar as

folhas e pedras, assim estará dando um bom

exemplo de reutilização de materiais.

Essa mesma dinâmica pode ser realizada com

os estudantes para que apontem suas

expectativas em relação ao projeto.

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Atividade Prática: Dinâmica da Teia.

O principal objetivo é 

discutir com os participantes 

a importância de um 

trabalho coletivo.

Para realizá-la precisaremos de: 

um rolo de barbante ou linha grossa 

40-50 minutos 

A dinâmica é realizada em roda, com 

todos os participantes dispostos de pé, lado a 

lado, de preferência no pátio ou na proximidade 

do local escolhido para a horta. Uma pessoa dá 

início à atividade. Segurando a ponta do 

barbante, fala seu nome e alguma característica 

sua (passa-tempos favoritos, esportes que gosta,

comidas, árvores e flores preferidos, etc.). Em seguida, arremessa o barbante para outra pessoa 

da roda, que repetirá o procedimento. Quando 

todos já tiverem se apresentado uma bela e 

delicada teia interligada se mostrará.

O facilitador então pode propor a discussão 

sobre cooperação e colaboração, elementos indispensáveis em qualquer trabalho coletivo.

Pode pedir para que alguém solte o barbante, e 

outro e outro, mostrando como a teia fica 

fragilizada quando algumas pessoas deixam de 

fazer sua parte e como outras ficam 

sobrecarregadas realizando funções alheias.

IDÉIA:

  Peça para que os alunos dêem um

nome para o projeto e façam um

desenho que o represente. Apresente as

o ões ara a sala e decidam em

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A Horta da 

Escola 

Quando todos participam, realizando as tarefas 

a que foram designados, o objetivo fica cada vez 

mais próximo de ser atingido e todos trabalham 

de forma semelhante, sem pesar para um ou 

outro participante. Aproveite para estimular a discussão  e “ramificar” a conversa  a partir dos 

comentários feitos pelos estudantes, o que pode 

ser uma importante ferramenta para conhecê- 

los melhor.

Mural Uma atividade bem

legal de realizar com os

estudantes é a

construção de um mural

ativo do andamento da

Horta. Assim a escola inteira pode conhecer a Horta,mesmo não participando diretamente do projeto.

 Podem descrever como construíram a Horta, quais

hortaliças foram plantadas, como eles utilizaram os

  vegetais (na merenda, em uma feira, doações aos pais)

entre outros tópicos.

Esta atividade, trabalhada com crianças pequenas

pode estimulá-las a produzir textos próprios, praticando a

escrita, a leitura e desenvolvendo idéias. Além disso,

podem colorir e desenhar, expressar seus sentimentos em

relação ao trabalho realizado na Horta. É uma maneira de trabalhar a produção de texto, português e artes.

3.  Conhecendo os solos e as necessidades das

plantas

 Antes de iniciar a construçãoda horta, é interessante que os

estudantes valorizem a terra e reconheçam a importância

de um solo saudável para que nele cresçam plantas

  vigorosas e, conseqüentemente, para que aqueles que

delas se alimentem também sejam seres saudáveis. É

importante também que tenham um contato com osprincipais tipos de solo e como eles se comportam em

relação à água. Além disso, conhecer as necessidades de

uma planta terrestre é fundamental para que se faça o

planejamento da horta e para que se tomem os

posteriores cuidados necessários a sua manutenção.

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3.1 Valorizando a terra

  Para entender a

importância de cuidar do solo é

necessário falar e demonstraras características da terra,

aguçando o olhar para

quebrar a monotonia de não perceber o chão onde se pisa

e por onde se passa. A sensibilização para uma mudança

de sentimento em relação a terra passa por um melhor

esclarecimento sobre o que ela é.  Assim é importante estimular o uso dos sentidos

para um contato melhor e mais atento para este

componente natural que se apresenta com tanta

diversidade e é de fácil acesso.

  A terra pode ter mais vida ou menos vida. Ela

precisa de cuidados para que não  perca as qualidades

que possui. Quando não é agredida por adubos químicos

e agrotóxicos, e protegida da exposição direta ao sol e à

chuva, recupera sua fertilidade natural, oferecendo às

plantas que dele dependem as condições necessárias para

que se desenvolvam saudáveis e vigorosas.

É importante ressaltar a importância da vida do

solo. Os microorganismos, decompondo a matéria

orgânica (folhas, galhos, animais mortos, fezes etc.),

devolvem os nutrientes ao solo, disponibilizando-os às

raízes das plantas. Outro organismo muito importantepara a saúde do solo é a minhoca que, além de contribuir

para a decomposição e produção de húmus, areja o solo

ao construir seus túneis, permitindo que as raízes possam

respirar.

 

Atividade prática: Conhecendo os solos 

Materiais necessários: 

um copo de areia seca, um copo de argila seca 

em pó e um copo de terra preta (de jardim) 

três garrafas pets iguais com suas tampas 

tesoura 

água 

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algodão 

Procedimento 

1.  Recorte a parte superior das garrafas 

igualmente 

2.  Faça um furo do mesmo tamanho nas três tampas, coloque uma bolinha de 

algodão em cada uma e tampe 

novamente 

3.  Encaixe a parte de cima da garrafa de 

cabeça para baixo na parte inferior da 

garrafa, como um funil.4.  Encha cada funil com um tipo de solo 

(mesma quantidade!). A figura a seguir 

indica como deve ficar o experimento.

5.  Coloque um copo de água em cada funil 

e observe.

Trabalhando na sala de aula

  Professor, você pode utilizar algumas questões como

estas para estimular o raciocínio dos estudantes: 

Quais foram as diferenças observadas entre as

 três situações?

Por que ocorreram essas diferenças?

  A partir destes questionamentos pode explicar a

diferença no tamanho dos grãos de cada tipo de solo e

sua relação com a retenção de água: quanto menor o

espaço entre os grãos, como é o caso da argila (que

possui grãos muito pequenos), mais difícil fica passar a

água entre eles. No outro extremo temos a areia, que por

  ter grãos bem maiores que a argila deixa a água passar

com maior facilidade entre eles. A terra preta, por sua

 vez, apresenta grãos de tamanhos variados, indo de bem

pequenos para grandes, o que faz reter uma quantidade

de água um pouco maior que a areia e menor que a argila.

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Mas como isso é possível?

3.2.  Necessidades das plantas. 

Uma planta terrestre necessita de água, do sol, de

ar e do solo para viver. É interessante estimular os

estudantes para que cheguem a essas conclusões e paraque identifiquem a importância de cada um desses

elementos para a plantinha.

Sol  energia para a produção de carboidratos

(glicose) através da fotossíntese

Ar oxigênio para a respiração da planta e gás

carbônico para a fotossínteseSolo Fixação das raízes e fonte de nutrientes

Água Necessária para a formação da planta,

usada pela fotossíntese, transporte de substâncias,

solvente universal  –  indispensável para as reações

químicas que ocorrem nas plantas.

Os estudantes

podem fazer cartazes

com desenhos que

expliquem tais processos.

Desenvolvimento das plantas em diferentes solos 

  Você já percebeu que, apesar da grande

diversidade de ambientes encontrados no planeta Terra, a

 grande maioria deles é habitado por plantas?

Elas habitam diferentes regiões, com

características únicas, como os pântanos, as florestas

úmidas, os lagos e os desertos, e, assim cada planta, em

seu ambiente adequado, consegue se desenvolver e viver

bem.

Se pararmos para observar um

cacto, planta típica de ambientes

desérticos, perceberemos que suas

folhas se transformaram em espinhos,

evitando assim a perda de água. Já umasamambaia, que vive em florestas úmidas onde a água não

é escassa, as folhas permaneceram vistosas e abundantes.

Estas características diferentes, particulares de

cada espécie de planta, são conhecidas como

adaptações e se desenvolveram ao longo de milhares de

anos, num processo conhecido como evolução. Por

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Mas na horta, as plantas

também são adaptadas?

possibilitar que a planta vivesse bem em um determinado

ambiente, essas plantas foram bem sucedidas,

sobreviveram e por meio de sua reprodução transmitiram

suas características para as próximas gerações. Assim

muitas dessas características são observadas nas plantasaté hoje.

  As hortaliças que comemos

caracterizam-se, em sua maioria, porestarem adaptadas a ambientes

ensolarados e com solos ricos em matéria

orgânica.

  Após os estudantes estarem familiarizados com

este tema é interessante desenvolver uma atividade

prática para que eles consigam compreender o significadobiológico de adaptação .

Atividade Prática:

Plantio de sementes em diferentes tipos de solos.

Utiliza-se pelo menos dois tipos de solo,

areia e “terra da mata” (caracterizada por ser 

rica em matéria orgânica) e dois tipos de 

sementes que se desenvolvam sob cuidados 

diferentes como o feijão e a alface.O feijão é uma planta que germina e se 

desenvolve com maior facilidade em diferentes 

tipos de solos suportando a escassez de nutrientes 

por ter uma grande reserva em sua semente, já a 

alface necessita de cuidados maiores. Ela pode 

até germinar, a partir dos nutrientes armazenados na 

semente, mas na 

areia, por exemplo,

não haverá o 

suficiente para que 

ocorra o seu desenvolvimento completo.

Como a alface possui semente pequena,

planta-se pelo menos três em cada tipo de solo.

Para o feijão não é necessário mais que uma 

semente.

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Lembre-se de fazer alguns furos no fundo 

do recipiente para a água não ficar retida 

durante a rega, já que o encharcamento do solo 

pode asfixiar as raízes e conseqüentemente 

prejudicar a planta.Os alunos poderão acompanhar o 

desenvolvimento das plantas pelo menos um dia 

da semana medindo o seu tamanho e 

verificando a existência ou não de folhas.

A discussão pode girar em torno das 

diferenças no desenvolvimento de cada planta e como elas reagem aos diferentes tipos de solos em 

que foram plantadas de acordo com a 

adaptação de cada uma.

Idéias: 

Reutilizar garrafas PET, caixas de leite, potes plásticos

para o plantio das sementes;

A atividade pode ser realizada em grupos, se não houver

material suficiente para cada aluno acompanhar as suas

plantinhas.

 Trabalhando na sala de aula...

 As necessidades de cada espécie

podem ser listadas pelos alunos para que

entendam que cada uma tem suas

particularidades e que os organismos de uma mesma

espécie se comportam de forma similar 

Os organismos de uma mesma espécie devem ser

comparados para avaliar se há diferença entre eles no

 tamanho, forma e/ou vitalidade. Os alunos podem discutir

por que as diferenças existem. O professor pode usar a

oportunidade para explicar sobre a individualidade de

cada organismo, sobre adaptação às condições daquele

local, sobre hereditariedade, seleção artificial, entre

outros temas que lhe ocorrer.

4.  Conhecendo o ciclo da matéria

Como disse Lavoisier, “na natureza, nada se cria,

nada se perde, tudo se transforma”. É assim que a grande

mãe Terra se mantém viva há milhares de anos, ou seja,

reciclando sua matéria. Na natureza, antes do homem e

suas invenções, não existia o lixo. Tudo no meio natural é

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naturalmente reciclável  –  é só pensarmos numa simples

matinha e veremos que as folhas, galhos, plantas e animais

que morrem não viram um “lixo”, um problema para a

floresta, mas sim voltam a terra, serão decompostos e

adubarão o solo para que outras plantas venham a nascernele.

  Assim, nesse tópico, trataremos da dinâmica

natural de uma floresta, a qual permite sua

sustentabilidade ao longo do tempo; da questão do lixo,

que nos permite perceber como nos excluímos dos ciclos

naturais e as conseqüências disso para o ambiente e para

a sociedade e da compostagem, a qual nos permite

reciclar a matéria orgânica de forma semelhante a que

ocorre naturalmente numa floresta.

4.1 Entendendo a floresta...

Uma floresta pode até parecer um amontoado de

árvores que estão lá há muito tempo. Está tudo quietinho

lá dentro, no máximo alguns animais andam ou voam pra lá

e para cá. Mas é um grande engano pensar assim! Malsabemos nós o tanto de coisa que está acontecendo o

 tempo todo para que uma comunidade destas sobreviva

sozinha por muitos anos. Ninguém precisa ir até a floresta

adubar seu solo para que grandes árvores nasçam e todos

os animais consigam se alimentar.

Mas como isso é possível? A todo o momento

animais morrem, folhas e galhos caem, árvores morrem e

  todos vão para o solo. E o que vai acontecer? Os

inúmeros decompositores  –  bichinhos do solo dos mais

diversos tipos (minhocas, pilohos de cobra, tatu-bola,

etc), bactérias e fungos  – irão se alimentar dessa matéria

orgânica e o produto disso será um “adubo” para o solo.

  Assim funciona a natureza, em ciclos: as plantas

usam os nutrientes do solo para crescerem, mas este

nunca fica pobre, pois outras plantas e animais, quando

decompostos, fazem com que esses nutrientes retornem a

ele. Como já dissemos a matéria não pode ser criada nem

destruída!

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O que é lixo? O que

fazemos com ele?

 Humm...

Jogamosfora?

 A natureza sabe desde sempre como reciclar, e dá

certo! Nós só precisamos aprender com ela. Para isso

falta olharmos com mais atenção, pois temos muito que

aprender.

  Podemos, então perceber que não existe “lixo”numa floresta, apesar de algumas pessoas considerarem as

folhas secas de seus jardins como tal, sem perceber a

importância desta matéria orgânica para o

enriquecimento do solo.

Mas então, por que nós, seres humanos, temos

  tanto problema com nosso lixo? Que tal começarmos a

 trabalhar um pouquinho com essa questão?

4.2 Começando a falar de Lixo

Uma idéia inicial é trabalhar o conceito de lixo

com os alunos. A discussão pode ser feita com toda a sala

ou então a dividindo em pequenos grupos, os quaisposteriormente poderão apresentar suas conclusões para

o restante. Cabe ao professor orientar o

caminhar da discussão, o que pode ser

feito a partir de algumas perguntas de

estímulo.

“Jogar fora” é uma resposta muito comum para

esse tipo de pergunta. Mas o mais importante é

questionar o que é esse “fora”, onde ele fica, ou seja, qual

o destino do lixo que produzimos!

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   Atividade prática:

Conhecendo o destino do lixo 

Peça para seus estudantes realizarem uma 

pesquisa sobre o destino do lixo em sua cidade, se é lixão, aterro, se tem coleta seletiva ou não.

Após este estudo, agende uma visita ao 

local de destino do lixo da cidade. Lembre os 

estudantes de usarem roupas adequadas no dia 

da atividade  –  calças compridas e sapatos 

fechados.Peça aos estudantes que anotem suas 

impressões da visita, o que sentiram de estar lá,

quais as sensações que tiveram, etc. Peça também 

que descrevam o local e anotem os principais 

itens observados no lixão.

 Trabalhando na sala de aula.

Depois da visita, os estudantes podem começar a

  trabalhar as possíveis soluções para o grande problema

que é o lixo. É interessante estimulá-los a pensar em

soluções, o que pode ser feito em pequenos grupos de

“Fora” é um lugar que existe! 

“O que os olhos não vêem o coração não

sente”, já dizia o ditado. Com o lixo é assim mesmo. É

muito fácil para a gente jogar ele “fora”. O problemaé que esse lugar, o “fora” existe no mundo, e em geral

é sempre fedido, e muito sujo.   Jogamos “nosso lixo”

“fora”, mas para algum lugar ele vai. Não nos

preocupamos muito com o que botamos num cestinho

de lixo, já que ele vai pra bem longe e não ficará aoredor de nossa casa.

É importante saber, no entanto, que muitas

 vezes “nosso lixo” vai pra perto da casa de outros,sejam de humanos ou de animais e vegetais que

passam a se prejudicar pelo nosso conforto. Além

disso, os problemas não chegam somente para aqueles que estão perto do lixo, mas indiretamente para

  toda a sociedade a partir de diversos tipos

poluição (do ar, água e solo), por exemplo.

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 trabalho, os quais podem posteriormente apresentar suas

propostas para a sala.

Importante também é focar a atenção dos

estudantes na causa do problema, gerando discussões

sobre o consumo desenfreado da atual sociedade, aspropagandas (é legal trabalhar com revistas!), a baixa

durabilidade de produtos, as embalagens descartáveis e

as retornáveis, a criação da necessidade de coisas que

não são essenciais para nossa existência, etc. Assim pode

se introduzir o conceito e importância dos 3-Rs – Reduzir,

Reutilizar e Reciclar.Não se esquecer de destacar a

importância da ordem dessas ações, ou seja:

Os estudantes podem fazer cartazes, teatros,

palestras e outras intervenções que estimulem o restante

da escola e da comunidade do entorno a praticarem os 3-

  Rs. Coloque como desafio fazer uma campanha que

utilize o mínimo de materiais novos. Mostre como é

possível a reutilização de outros materiais já utilizados

pela escola e pelos alunos quando usamos a criatividade.

 Assim, o mínimo de lixo será produzido!

Discutir com os estudantes o que é a reciclagem. Você pode pedir para que definam o que é reciclagem e

se acham que é importante. Buscar o conhecimento sobre

as ações da prefeitura da cidade que estão colaborando

com a reciclagem, como as cooperativas de catadores e

as usinas de reciclagem que podem existir na cidade.

 Trabalhar também a valorização desse tipo de ocupação,

a qual infelizmente ainda é vista com desprezo pela

sociedade.

 Para trabalhar com a matemática, podemos pegar

dados da produção de lixo por dia que existe na cidade.

São Carlos, por exemplo, produz em média 136 toneladas 

de lixo todos os dias (Dados da Prefeitura Municipal).

  Tendo em mãos também o número de habitantes da

cidade (cerca de 218.000), os estudantes podem fazer

cálculos de quanto lixo cada habitante produz em média

por dia, quanto lixo a cidade produz por ano e o volume

ocupado por todo esse lixo. O professor pode estimulá-

los a fazer proporções, gráficos, tabelas, estimativas e

O mais importante é reduzir nosso consumo para

reduzir o lixo produzido. Em seguida, reutilizar 

tudo que for possível antes  que vire “lixo”. Quando

algo não puder mais ser reutilizado, devemos

verificar se é feito de material reciclável e em caso

positivo, enviá-lo para Reciclar. 

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cálculos de acordo com as necessidades curriculares,

basta usar a criatividade!

 Conhecendo o nosso lixo

 Alguns dias antes dessa atividade, você pode pedir

que os estudantes descrevam o lixo de suas casas quantoao tipo de material que o compõe: papel, plástico, metal,

 vidro, orgânico, etc. A participação do professor também

é muito importante, assim vocês também podem fazer o

mesmo em relação ao lixo de suas casas. Para facilitar, é

bom que levem consigo uma ficha orientando a

observação, como no exemplo a seguir:

- O que você mais observa sendo jogado no lixo?

- Há muitas embalagens? Qual o material dessas

embalagens (plástico, papel, isopor, etc.)?

- Há muita matéria orgânica* (restos de comida,

casca de frutas, legumes, casca de ovo, etc.) nesselixo?

- Quantos sacos de lixo são produzidos em sua casa

em “x” dias? (E quantas pessoas há na família?) 

*É importante trabalhar com os alunos o conceito de

matéria orgânica antes de pedir que façam a observação.

Com esses dados em mãos, podemos discutir a

composição do nosso lixo e o que pode ser feito com

cada tipo de material  –  reciclável (papel, plástico, vidro),

orgânico (restos de alimentos, cascas de frutas, legumes,

restos de poda, etc.) e não reciclável (plásticos laminados,

papel higiênico sujo, isopor, etc.).

De tudo que o brasileiro “joga fora”, cerca de 60%

é composto por matéria orgânica, que também é chamada

de “lixo orgânico”. Isso significa que mais da metade do

que jogamos no lixo é composto por restos de alimentos,

Dicas:

Em São Carlos existe um grupo, o Sacoleco, quebusca promover a diminuição do consumo de sacolas

plásticas através do uso de sacolas duráveis. O

professor pode obter maiores informações no sitehttp://www.ramuda.org e trazer essa idéia para que seja

multiplicada dentro da escola e na comunidade.

É uma ótima proposta de projeto ambiental quepode ser desenvolvido pelos estudantes nos bairros

onde vivem.

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O que fazer com todo esse

 lixo orgânico?

Mas... o que é uma 

composteira?  

alimentos estragados, verduras, cascas de frutas,

legumes, podas, etc.

 Todo esse material pode

facilmente retornar a natureza

como um tipo de adubo

através da ação de organismos

decompositores. Infelizmente

esse lixo fica misturado a

materiais recicláveis e não

recicláveis nos lixões e aterros, onde fica enterrado e

conseqüentemente decompondo-se sem oxigênio, gerando

  gases mal cheirosos e eliminando substâncias como o

chorume, um líquido escuro e com alta carga poluidora,

resultado da fermentação e decomposição biológica da

parte orgânica do lixo e outros resíduos sólidos.

Uma solução para este problema é separarmos o

“lixo” orgânico e colocarmos numa composteira, que pode

ser feita em nossa própria escola e em casa.

É um lugarzinho reservadopara a deposição do material

orgânico que separamos de

nosso lixo. Ela pode ser feita

em diversas condições: No chão, numa caixa de frutas,

num buraco. Até num apartamento dá para ter uma

composteira se soubermos cuidar dela direitinho. 

O processo de compostagem pode servir como um

  grande laboratório num espaço bem pequeno, uma vez 

que nela ocorrem vários processos biológicos. Além disso,

inúmeros assuntos giram em torno desse processo, de

forma que os estudantes possam ser estimulados a

discuti-los, a promover mudanças em seus hábitos e até

semear essas mudanças em sua casa e comunidade.

Dica: Essa grande quantidade de matéria orgânica

do lixo brasileiro pode gerar produtivas discussões

sobre o desperdício de alimentos no nosso país.s 

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4.3 Trabalhando a compostagem na escola

Tópicos para iniciar a discussão:

- O que acontece com uma fruta que cai na terra e

fica lá alguns dias? (Se possível é legal acompanhar esse

processo e fazer o experimento com um material de

rápida decomposição, como uma banana sem casca, ou

outra fruta. Picá-la pode otimizar o processo )

- O que é apodrecer?

- Como a fruta “some” depois de algum tempo?

 A partir desses questionamentos o professor pode

explicar o que acontece com a matéria orgânica morta – a

decomposição. É importante entendermos que ela

acontece a partir da ação dos organismos e

microrganismos decompositores presentes no solo e que

estes precisam de água e ar para que façam uma boa e

rápida decomposição. Após se alimentarem desse material

orgânico, esses animais devolvem à terra os nutrientes 

que haviam nesse material.

  Para que uma composteira funcione bem ela

precisa ter as condições ideais para que os

decompositores vivam lá dentro. Assim como nós, esses

seres precisam de alimento, mas a fonte de alimento

desses seres é a matéria orgânica morta.  Logo, podemos

alimentá-los com nossos restos de alimentos, cascas de

frutas, legumes, etc.

Eles também precisam de ar, pois respiram comonós. Por isso é importante, de tempos em tempos, revirar

a pilha de composto para que o ar entre e os nossos

microamigos possam respirar. Isso evita o mau cheiro, pois

este é resultado da liberação de gases mau cheirosos por

decompositores específicos que conseguem viver em

condições anaeróbicas (sem oxigênio).

  Por último, também precisam de água. A matéria

orgânica tem muita água naturalmente, mas se

percebermos que a composteira está muito seca é bom

regarmos um pouquinho.

Esses elementos são essenciais para os

microrganismos. Estes, ao consumirem a matéria orgânica,

devolvem os nutrientes que a compõe para o solo. Por

isso o produto final da composteira é um adubo orgânico-

um composto muito rico em nutrientes com cheirinho de

 terra que pode ser utilizado numa horta, em canteirinhos,

no jardim, em vasos, etc. 

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 Atividade Prática: Dinâmica para 

entender o processo de compostagem. 

Você vai precisar de: 

Pedaços de papel (+ ou – metade de um sulfite) 

Canetões 

Tesouras sem ponta 

Os estudantes devem se dispor em roda.

Cada um deverá segurar um papel (ou colá-lo 

na camisa), no qual estará escrito o componente 

do processo de compostagem que ele representa: 

Alguns estudantes serão “ água”, outros “ ar”,

“ decompositores”, “ plantas” e alguns serão 

nutrientes, como fósforo, Potássio, nitrogênio,

boro, manganês, etc. (para séries mais iniciais,

eles podem ser definidos apenas como nutrientes).

Esses nutrientes, inicialmente, estarão 

agrupados, representando a matéria orgânica –  

todos seguram um barbante, sem soltar,

formando uma roda. Isso é importante para que 

os estudantes percebam que a matéria orgânica é 

rica em nutrientes.

Os estudantes “planta” deverão chegar 

perto da roda de nutrientes – matéria orgânica - 

mas nada poderão fazer. Pedirão para dar as 

mãos aos nutrientes (representando o ato de 

absorção do nutriente pela planta), mas todas as mãos estão ocupadas segurando o barbante.

Chegam então os decompositores. Devem 

tentar quebrar a matéria orgânica, mas não 

conseguem. Os decompositores, então, dão as 

mãos a uma “água” e a um “ar”, os quais, juntos,

conseguirão cortar os barbantes que prendem os nutrientes na matéria orgânica. O professor 

deverá explicar a necessidade que os 

decompositores têm de água e ar.

Os nutrientes liberados podem dar a mão 

às “plantas”. O professor deverá explicar que as 

plantas só conseguem absorver os nutrientes da matéria orgânica decomposta, quando os 

nutrientes estão liberados no solo.

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Como construir uma composteira na escola? 

Como já dissemos, uma composteira pode ser feita

de diversas formas, de acordo com as possibilidades do

local e a quantidade de lixo orgânico produzida.

Se a escola tiver uma área de terra ao ar livre,

podemos fazer a composteira diretamente no chão, que

  também é boa para grandes quantidades de matéria

orgânica. Se a escola produz pouco resíduo, podemos

fazer a composteira numa simples caixa de frutas.

  A seguir descrevemos como fazer esse tipo de

composteira passo a passo, que é muito fácil de construir

com os estudantes.

Composteira em caixa de frutas

 Você vai precisar de:

Uma caixa de frutas de madeira (com vãos entre as

madeiras)

Palha

Lixo orgânico (Cascas de frutas, legumes, restos de

 verduras, cascas de ovos, borra de café, etc.)

Procedimento:

1.  Coloque a caixa de frutas e local semi-sombreado,

aberto, de preferência sobre a terra;2.   Forre o fundo da caixa com uma camada de palha;

 3.  Cubra a palha com o lixo orgânico;

4.  Cubra novamente o lixo orgânico com a palha.

5.  Molhar a composteira 1 ou 2 vezes por semana (só

quando não chover)

6.   Revirar o composto com um garfo de jardim a cada 3

dias.

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 O que é uma horta

orgânica?

 IDÉIA:

Agende uma visita à cozinha da escola. É muito

legal os estudantes conhecerem o local e as

pessoas que fazem o seu alimento. Podem,

então, conversar com os responsáveis pela

cozinha sobre a fonte dos alimentos; a

produção de resíduos e o desperdício de

alimentos. Podem então disponibilizar essas

informações para o restante da escola na forma

de cartazes, ou outros tipos de apresentações.

5.  Construindo a horta orgânica

Antes de mais nada:

Quando dizemos que uma

horta é orgânica, queremos falar, na

 verdade, que esta é feita sem o uso de

agrotóxicos e adubos químicos.

Dicas:

 Nessa composteira podemos colocar lixo orgânico

diversas vezes, pois seu volume diminui bastante como passar dos dias. O lixo pode ser colocado todos os

dias, mas o importante é sempre o cobrirmos com

palha depois que o colocamos.

 Quanto mais revirarmos o composto, mais rápido é

o processo de decomposição, pois isto permite que a

circulação do ar seja mais efetiva dentro do

composto, além de evitar o mau-cheiro.

   Após encher uma caixa, devemos cobri-la com

palha e continuar revirando a cada 3 dias. Em cerca

de dois meses o composto estará pronto, com

cheirinho de terra e pronto para ser usado na horta!

  Para uma composteira feita diretamente no chão,

o procedimento é semelhante: palha / lixo orgânico/

palha/ lixo orgânico/ palha... É bom fazê-la num

cantinho, ou encostada numa parede, o que facilita

o processo de revirar.

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Mas...então os agrotóxicos e adubos

químicos não são bons?

 Agrotóxicos são substâncias que foram criadas na

  tentativa de defender a agricultura contra insetos que

atacam as plantações. Adubos químicos são minerais que

são adicionados ao solo ou às plantas para que cresçam

mais e de forma mais rápida.

  Aparentemente eles

são bons, mas isto é um engano!

Os agrotóxicos são

 venenos que não matam apenas os

insetos indesejados, mas também

os animais que naturalmente se

alimentam dessas plantas. O resultado disso é um

ecossistema desequilibrado! Além disso, esses agrotóxicos

acabam por selecionar as pragas mais resistentes, fazendocom que seja necessário, cada vez mais, aumentar as

doses ou aplicar venenos mais fortes!

Esses venenos ficam nos alimentos que ingerimos e

acabam no nosso organismo, podendo causar sérias

doenças. 

Mas não somos somente nós, seres humanos, que

ficamos doentes, o planeta também. Esses agrotóxicos, e

 também os adubos químicos, são facilmente levados pela

chuva ou por irrigação, atingindo rios e lençóis freáticos,

envenenando a água que bebemos e outros animais que também dependem dela.

  Apesar disso, os nutrientes encontrados nos

adubos químicos também são encontrados nos compostos

da natureza. A diferença é que esses nutrientes são

disponibilizados aos poucos, através do processo de

decomposição de folhas, restos de frutos, galhos, etc.

Dessa forma os minerais se tornam mais difíceis de serem

carregados pela água.

5.2 Materiais necessários na Horta:

  As ferramentas são importantes

companheiras no processo de construção e

 Então...consumindo

alimentos orgânicos, estamos

fazendo um bem para a nossa

 saúde e para o planeta também! 

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manutenção da horta. São elas que

estão sempre ali conosco, facilitando

  tarefas que levaríamos muito tempo

para fazer só com as mãos. Por esse

motivo, é importante guardarmos umlugarzinho especial para elas, onde fiquem cobertas e

protegidas. Também é bom criarmos o hábito de sempre

 guardá-las no lugar certo, para que elas não se espalhem

por aí e fiquem perdidas.

 A seguir, algumas ferramentas básicas necessárias

para a construção e o desenvolvimento de uma horta:

Enxada

Enxadão

Cavadeira

Mangueira

Regador

carriola

Pázinha e Garfinhos de jardim

Rastelo

Garfão

5.3 Escolha do terreno

  Ao olhar para um espaço de terra é importante

perceber como está o mato, qual a cor do solo, tocá-lo e

cheirá-lo para notar a existência de matéria orgânica,

microorganismos, etc. A característica do solo da escola geralmente é semelhante à da região onde ela se localiza.

  Assim uma pessoa do bairro que conheça essas

características pode dar boas informações de como

cultivá-lo bem.

Outros aspectos importantes na observação do

local é a incidência de sol em boa parte do dia, e aexistência de alguma fonte de água, que geralmente é a

 torneira, nas proximidades do local.

O vento pode prejudicar a horta porque faz com

que o solo perca água rapidamente, prejudicando o

desenvolvimento das plantas. Portanto um local abrigado

do vento é recomendável, mas pode-se também construir

um quebra vento, uma barreira feita com arbustos como

feijão Guandú, que irá reduzir a incidência do vento.51 

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È preferencial que o espaço seja plano, se não

houver uma área plana é importante que se faça os

canteiros obedecendo às curvas de nível, para evitar que

a chuva ao cair sobre o solo escoe com velocidade,

causando erosão. Curva de nível é um sistema de cultivo, que segue a altitude da região em questão. As curvas

ajudam a reter os elementos solúveis do solo, permitindo a

intensificação da produção.

Estes itens são cruciais para a escolha do local,

pois podem inviabilizar a existência da horta orgânica

  visto que a qualidade da terra sempre pode ser

melhorada.

5.4 Capina

Deve ser tirado o mato somente no espaço onde

será construída a horta e no caminho para

chegar até ela, o restante do mato que pode

haver no terreno poderá ser útil para

conter a velocidade da água da chuva,

evitando erosões no local, além de

proteger o solo da incidência direta de

sol, que a deixa muito seca. O mato cortado servirá como

palha para proteger o solo.

5.5  Preparo do solo

Depois de carpido o solo fica exposto, o que é

ruim, pois perde muita umidade, matando a micro vida.

Deve-se o quanto antes recolocar a cobertura de palha.

 Para preparar o solo propomos acrescentar os seguintes

elementos distribuídos em três camadas:1)  Cal: Polvilhar uma camada de cal para

agricultura, que irá corrigir a acidez da terra (a

recomendação é importante pois a grande maioria dos

solos brasileiros é ácida).

2)  Adubo orgânico: O composto ou o esterco

curtido devem ser usados para nutrir a terra, deve-se

espalhar uma camada de adubo (quanto mais pobre for o

solo mais adubo deve ser colocado). Como dissemos

acima, não recomendamos o uso de adubos químicos

como forma de preservar tanto nossa saúde como a do

ambiente.

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3) Palha: por último cobre-se a terra com bastante

palha para conter a umidade e servir como matéria

orgânica para decomposição.

É bom deixar a terra descansar por mais ou menos

quinze dias, é necessário manter a umidade do solo e senão estiver chovendo é bom aguar a terra pelo menos três

  vezes por semana. Assim proporcionamos um ambiente

favorável para o desenvolvimento dos microorganismos,

importantes para enriquecer a terra com matéria

orgânica.

Em caso de falta de espaço...

Se a escola não contar com espaço de terra disponível

para a implementação da horta, o cultivo de plantas pode

ser feito em vasos ou recipientes maiores como tambores, 

caixas, etc. Estes devem estar furados em baixo para a

drenagem da água. As melhores plantas

para este tipo de cultura são as ervas

e saladas, dependendo da

profundidade dos vasos. 

  Para o plantio deve-se colocar no fundo do

recipiente um pouco de pedregulhos ou brita (para

facilitar a drenagem), uma terra de boa qualidade e

escolher uma bela mudinha para colocar. O vaso deve ser

proporcional ao tamanho da planta quando adulta. Alémdisso os vasos secam muito rápido, o que exige uma

 grande quantidade de água.

5.6 Construção dos canteiros 

São dois passos simples, mas um pouco mais  trabalhosos. Depois de tirar a palha é preciso revirar

(afofar) a terra uns 30 cm de profundidade, misturando o

adubo com a terra. Com o solo fofo deve-se levantar os

canteiros com mais ou menos 30 cm de altura e 1 metro de

largura (se os alunos forem muito pequenos é preciso que

o canteiro seja mais estreito para que alcancem o meio

deste). 54 

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O comprimento depende do tamanho do

  terreno disponível. Deve-se manter uns 40 cm de

distância entre um canteiro e outro para ser o

caminho. Por último o canteiro deve ser coberto

com uma camada de palha enquanto espera a

semeadura.

6.  O cotidiano da Horta

Sendo professor, é possível que você não tenha

experiências como agricultor. Apesar disso, esta pode ser

uma ótima oportunidade para crescer junto com os

estudantes, aprendendo com a natureza a descobrir os

encantos de uma horta.

Só relembrando: uma vez semeada, a semente

precisará de água e luz para que possa germinar. O solo

precisa ser fértil para disponibilizar os nutrientes que a

plantinha precisará o que pode ser garantido pela

adubação orgânica. Para ter uma boa colheita, é

importante tomar alguns cuidados durante o plantio e

durante o crescimento das hortaliças. Algumas dicas

serão compartilhadas, mas o mais importante é observar

(SEMPRE!!), tanto o solo como as plantas.

  Procure discutir com os estudantes o que vocês

farão com os produtos da Horta, assim eles começam a

desenvolver a habilidade de planejamento e tomada de

decisões.

6.1 O que plantar? 

É um momento muito

interessante e deve ser

compartilhado com os

estudantes. Não fique restrito

às hortaliças. Em uma horta

podemos e devemos encontrar

flores e temperos, além das espécies

maiores, como as leguminosas e árvores. As flores

atraem os polinizadores e os temperos deixam a comida

mais saborosa. Busque também algumas plantas utilizadas

como medicamentos (chamadas plantas medicinais). 

Cada uma possui características próprias, que

devemos conhecer para podermos escolher as espécies

mais apropriadas para a horta, de acordo com as

necessidades e possibilidades de cada escola.

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Dicas:

Quando der início ao plantio, não se esqueça de

perguntar aos alunos se algum parente deles gosta de

plantar ou possui uma horta. Você pode pedir para ele

 trazer sementes e mudas para plantar na escola. Peça para que os alunos pesquisem as plantas que

podem ser plantadas na horta ou aquelas que mais

despertam interesse neles.

 Trabalhando na sala de aula: As sementes

possuem muitas cores, formas e tamanhos diferentes.

  Aproveite essa característica da natureza e proponha

atividades antes de começar a plantar.

Eles começarão a se identificar com os vegetais e

perceberão que diferentes sementes produzem

diferentes plantas. EmCiências

, aproveite para

introduzir a noção de espécie.

  Proponha uma pesquisa sobre o ciclo das plantas.

Como surgem as sementes? Qual o papel delas nesse

ciclo?

Distribua sementes de diferentes espécies. Peça para

que colem algumas em uma cartolina e que escrevam o

seu nome e utilidade. Vocês podem montar ainda

cadernos de receitas com as plantas da horta.

Se constar no currículo da escola o ensino de línguas

estrangeiras, trabalhe também o outro idioma.

  Vocês podem produzir artesanatos, como colares ebrincos. Os índios usavam muitos colares. Em

História, pesquisem os costumes dos índios.

  Vocês podem pesquisar a origem de cada planta, de

onde elas vêm e qual a história que elas trazem

consigo (muitas plantas estão relacionadas à vinda dos

imigrantes). A partir disso, você pode explorar tópicos

de geografia como localização geográfica, climas,

relevo, etc.

  Algumas sementes são utilizadas também na

alimentação. Busquem saber quais são. Feijões,

castanhas, milho, sementes de Girassol, sementes de

abóbora. Pesquise os  nutrientes que as sementes

possuem; conheça os grãos germinados.

  Alguns fatores são importantes na escolha das

espécies, como o tempo de colheita, ou seja, o intervalo

de tempo entre o plantio e a primeira colheita. O

rabanete, por exemplo, é um exemplo de planta que pode

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estimular o interesse dos estudantes, uma vez que em

somente 25 ou 30 dias está pronto para ser colhido. Já o

alho-poró precisará de 150 dias, aproximadamente. É

preciso adequar o tempo disponível para o

desenvolvimento dos trabalhos na horta e o tempo decolheita das hortaliças, para que a colheita não coincida

com o período de férias escolares.

 As plantas são diretamente afetadas pelo clima. A

maioria das hortaliças, principalmente as de folha, se

desenvolve melhor durante o inverno, pois

não suportam temperaturas muito

altas. Entretanto há, durante o

  verão, diversas outras que

podem ser plantadas.

  Portanto é

importante conhecer a

estação de preferência de

cada planta antes de cultivá-la. Devemos estar cientes de

que a melhor estação para determinada espécie depende

da localidade em que se deseja plantar. A estação boa

para plantio deve variar entre as diferentes regiões do

país, devido a especificidade do clima de cada local.

Há ainda uma grande variação de tamanho entre as

hortaliças que podem ser cultivadas, algumas pequenas

como a cebolinha, outras nem tanto como a couve que,

se bem cuidada e escorada, pode ultrapassar 1,5 m de

altura. Logo, de acordo com a área disponível para ahorta escolhe-se o que plantar. 

  Algumas hortaliças são, quando jovens, muito

sensíveis à falta de água. Uma solução é plantá-las em

sementeiras, à sombra. As plantinhas devem ser

 transferidas para o canteiro definitivo quando atingirem

de 8 a 10 cm de altura, tomando o cuidado de, ao

replantá-las, direcionar cuidadosamente a ponta da raiz 

para baixo para facilitar o seu desenvolvimento.

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IDÉIA:

Aproveite para reaproveitar materiais. Vocês podem

construir uma sementeira de caixa de ovos de

plástico ou isopor, fazendo pequenos furos na região

inferior de cada porta-ovos.

 A escolha das espécies é um exercício bastante

 valioso para os alunos, pois possibilita que analisem uma

situação real, considerando diversos fatores que

interagem entre si e que são fundamentais para o sucesso

da horta. É importante deixar claro que o sucesso da

horta depende do empenho, da participação e do

envolvimento de cada um.

  Ao semear no canteiro,

observe as indicações de

espaçamento entre linhas e

profundidade da linha, além da

distância entre as sementes. Após o

crescimento das plantinhas, talvez 

seja necessário fazer o desbaste de algumas delas se

estiverem muito próximas, pois poderá ocorrer

competição pela água, sol e nutrientes. Escolha aquelas

que estiverem maiores e mais fortes e mantenha-as no

canteiro. Retire as mais fraquinhas. Se elas foremretiradas com cuidado, poderão ser replantadas em outro

lugar do canteiro ou os alunos poderão levá-las para casa

para fazer experiências por lá.  

Hortaliças 

  A tabela abaixo

apresenta as hortaliças mais

comuns e de mais fácil

cultivo. Além disso, apresenta

as características mais

relevantes no momento da

escolha.

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 Trabalhando na sala de aula… 

 Analisar a diferença existente entre as épocas de

plantio de cada planta e discutir a adaptação de plantas a

determinados climas e a distribuição geográfica dealgumas espécies.

Flores 

 As flores deixarão a horta

colorida e atrairão polinizadores e

pássaros. Além de embelezar a

 vista, algumas flores podem ainda servirem de alimentos e

chás e de repelente para alguns insetos indesejados.  A seguir, algumas dicas de flores para plantar no

 jardim:

Calêndula     Possui propriedades curativas. AS

flores são utilizadas em chás ou saladas.

Capuchinha Possui um efeito calmante. Utilizamos

as flores e talos em saladas.

NOME ÉPOCA DEPLANTIO

DIAS ATÉ OINÍCIO DASCOLHEITAS

ESPAÇAMENTOENTRE ASPLANTAS (cm)

ALFACE ANO TODO 80 20

ACELGA ANO TODO 70 30

ALMEIRÃO ANO TODO 40-50 25

BERINGELA OUT - FEV 100 50

BETERRABA ANO TODO 70-90 20

BRÓCOLIS ANO TODO 80-100 50

CEBOLINHA ANO TODO 50-60 15-20

CENOURA ANO TODO 90-120 12-15

CHICÓRIA ANO TODO 70-90 25

COUVE ANO TODO 60-90 40

COUVE-FLOR ANO TODO 80-120 50

ESPINAFRE ANO TODO 60-70 25-30

MOSTARDA ANO TODO 40-50 25-30

PEPINO OUT  – FEV 50-70 50

QUIABO OUT  – FEV 50-80 50

RABANETE ANO TODO 25-30 15

REPOLHO ANO TODO 90-120 40

RÚCULA SET  – MAR 30-50 25-30

SALSINHA ANO TODO 60-80 30

TOMATE ANO TODO 90-120 40-50

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  Idéia 

A secagem de flores e folhas permite a

classificação da espécie e pode virar uma bela obra

de arte. Estimule-os a buscar flores no bairro esecá-las em um jornal colocado em baixo de alguns

livros. Após duas semanas retire-as. Vocês podem

colar no mural da escola ou decorar o caderno dos

alunos.

Girassol  Possui diversas vitaminas e atrai

pássaros. Utilizamos as sementes tostadas e

as pétalas em saladas.

Rosa A flor possui muita vitamina

C. É possível fazer geléias, chás esaladas. 

Temperos ou condimentos 

 Algumas espécies são utilizadas como temperos no

preparo dos alimentos. Você pode plantar hortelã,

orégano, alecrim, manjerona, manjericão, entre outras. O

manjericão alcança um porte

relativamente grande. Deve,

portanto, ser podado quando

necessário.

Plantas Medicinais. 

  As plantas medicinais são utilizadas por

populações humanas de todos os continentes há séculos.

  Algumas espécies ficaram conhecidas por sua ação

medicinal no tratamento de diversas doenças.

Cada espécie de planta medicinal é indicada para

determinadas doenças. É essencial conhecermos asutilidades de cada espécie e a dosagem correta para

evitar acidentes (algumas espécies são tóxicas se usadas

em altas doses).

  A seguir, algumas plantas medicinais que vocês

podem plantar nos canteiros ou nos arredores do jardim:

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Camomila Tem efeito calmante e fungicida. 

CarquejaUtilizado em caso de indigestão. 

Erva de Santa Maria   Ação vermífuga (Antes de

utilizá-la, procure instruções confiáveis, pois é tóxica).

Tanchagem

  Ação antiinflamatória, utilizada emcasos de amigdalite.

 Trabalhando na sala de aula… 

  Procure estimular os estudantes a pesquisar

sobre os costumes indígenas e seus conhecimentos a

respeito das plantas medicinais. Como eles viviam e

 vivem sem as farmácias?

  Atividade Prática: levantamento de 

plantas medicinais no bairro  

Monte um questionário com os estudantes e 

faça uma visita nos arredores da escola,

pesquisando quais as principais plantas 

medicinais utilizadas pelos moradores do bairro.

Vocês podem perguntar quais as plantas usadas,

suas utilidades, a dose usada, onde aprenderam 

a usá-las e outras idéias que possam surgir.

Plantas permanentes 

 Algumas espécies de maior porte podem ser usadas

como quebra-vento para a horta. Devemos escolher as

que apresentem crescimento rápido como feijão guandu,

  girassol (que ainda atraem polinizadores e afastam as

“pragas”), milho, margaridão e quaisquer outras que

sirvam para o mesmo fim.

 Árvores frutíferas são sempre bem-vindas, atraem

insetos polinizadores, pássaros, oferecem-nos deliciosos

frutos, sombra, refrescam o ambiente, fornecem folhas

secas para adubar os canteiros,

além de embelezar a escola e

alegrar nossas vidas.

Há muitas espécies,

  goiabeiras, jabuticabeiras,

araçás, pitanga, limão, laranja,

mexerica, abacate, manga,

  graviola, acerola, amora,

mamão, diversas variedades

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de bananas, nêspera, e muitas outras mais. Escolhemos a

espécie de acordo com o espaço disponível para ela

crescer e o tempo que leva para ela ficar adulta. É

importante saber o tamanho que a árvore irá ter quando

adulta para que não seja preciso cortá-la por falta deespaço.

Plantas companheiras 

Um antigo costume dos agricultores para evitar

“pragas” e aumentar a produção é o plantio de mais de

uma espécie no mesmo canteiro. Espécies diferentesutilizam os nutrientes do solo de forma também

diferente, e por isso, plantá-las em associação traz ganho

de produção.

Geralmente, hortaliças de folha,

como alface e chicória, se dão

bem associadas às de raiz,

como o rabanete, pois cada

uma utiliza nutrientes

diferentes, além de explorarem

profundidades diferentes do solo.

Um canteiro com uma só espécie é um prato cheio

para animais que dela se alimentem, já em canteiros

diversificados o predador

não terá a mesma facilidade

e fartura.

  Algumas espécies

produzem e liberam no solo substâncias que podem teração benéfica ou maléfica sobre as raízes de outras

plantas, dependendo da espécie. Portanto é importante

conhecer estas interações para favorecer as benéficas e

evitar as prejudiciais.

 Abaixo listamos algumas interações para ajudá-los

na escolha:

INTERAÇÕESFAVORÁVEIS

INTERAÇÕESDESFAVORÁVEIS

Alface e rabanete Alface e salsinha

Alface e beterraba Tomate e pepino

Couve flor e espinafre Cebolinha e ervilha

Beterraba e pepino Tomate e ervilha

Rabanete e salsinha Beterraba e batata

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O que é P LEN??

7.  Animais da Horta

Na horta podemos encontrar diversos animais,

 grandes e pequenos. Observá-los pode ser uma atividade

interessante para os estudantes.Onde eles estão no solo ou na planta? O que estão

fazendo? Eles estão se alimentando das folhas ou do

pólen das flores?

 A partir dessas observações, podemos perceber se

esses animais são amigos da horta ou se podem prejudicá-

la. Muitos insetos, como as joaninhas, besourinhos e

abelhas aparecem na Horta por causa das belas flores que

existem por lá. E eles farão a preciosa função de polinizar

as flores, levando o pólen de uma para outra,

possibilitando a fertilização das mesmas e o surgimento

de novos frutos e sementes.

Não perca essa oportunidade de

  vivenciar o ciclo reprodutivo das

plantas e a importância dos animais

nesse ciclo. Observem também o

ciclo dos animais. A borboleta, por exemplo, poliniza

as plantas. Durante seu ciclo acontece uma

metamorfose completa, a lagarta se transformará

em uma pupa ou casulo e em seguida uma bela borboleta

sairá voando pelos ares. A lagarta irá se alimentar de

folhas e poderá prejudicar algumas plantas. Apesar disso,

 vale a pena mantê-la para ver as coloridas e fascinantes

borboletas.

Os pássaros também adoram

um belo jardim. Beija-flores são

atraídos por flores coloridas e

periquitos adoram comer sementes

de Girassol.

Observemo solo,

como é rico em

biodiversidade! Minhocas,

  tatus-bola, piolhos-de-

cobra e outros micro-

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seres que vivem naquele ambiente, colaborando com a

saúde de suas plantas, decompondo a matéria orgânica,

ajudando as hortaliças na obtenção de nutrientes.  

Mesmo com tantos convidados, alguns animais

podem aparecer de vez em quando e não serem muitobem vindos. Algumas pessoas os tratam como pragas, mas

esse não é um nome muito adequado, já que cada ser vivo

 tem um papel muito importante no ecossistema.

Saúvas, pulgões e outros seres podem atrapalhar a

colheita. Apesar de muitos agricultores utilizarem

  venenos como agrotóxicos e herbicidas, é importante

saber, como dito anteriormente, que esses produtos não

matam só esses animais, mas também toda a diversidade

do solo como fungos, bactérias e minhocas, deixando-o

pobre e sem vida. Além disso, eles passam a adquirir

resistência aos agrotóxicos, tornando-os cada vez mais

fortes. 

  As saúvas gostam de solo seco e sem sombra. Se

 vocês têm problemas com saúvas, observe

a composição do solo. Se ele estiver

muito seco, acrescente

mais adubo orgânico e

cubra bem com palha seca

para sombreá-lo e mantê-lo úmido.

  Plantas geralmente são atacadas quando estão

fracas e doentes, pois as saudáveis possuem defesas

naturais contra esses seres. Um solo saudável sempre dá

origem a uma planta saudável, por isso, cuidem do solo e tenham uma ótima colheita. Escolha plantar uma grande

quantidade de espécies nos canteiros, e não uma só.

  Algumas plantas companheiras como a salsa,

cebolinha e coentro funcionam como repelentes e podem

ser plantadas no canteiro. Ao lado dos canteiros, plante

capim-cidrera, boldo e hortelã que também ajudam a

espantar animais indesejados.

 Algumas receitas caseiras podem auxiliar no

controle biológico e na cura de doenças:

Calda de Fumo de Corda É bom para eliminar

pulgões. Você vai precisar de 50 gramas de fumo de corda

picado e 6 litros de água. Deixe de molho o fumo em 1

litro por um dia ou ferva até obter uma coloração bem

escura. Então, adicione os 5 litros restantes à mistura.

 Pulverize as folhas ao entardecer para não queimá-las e

evite a rega após a aplicação. Repita a operação até o

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desaparecimento dos pulgões. Só colha a hortaliça após

10 dias da última aplicação.

Chá de Camomila É um fungicida suave, para

problemas com fungos (surgimento de pintas ou manchas

nas folhas). Após esfriar o chá, pulverize nas plantas

infectadas.

Losna  Colha as folhas antes da floração. Pique-as

e ferva por alguns minutos. Agite por 10 minutos. Aplique

nas plantas infestadas por pulgões.

8.  Cuidados diários

  A horta necessita de um cuidado diário. Para

realizar as atividades, é interessante criar uma rotina com

os alunos. Vocês podem optar por visitar o lugar

diariamente ou dividir a sala em grupos menores que se

responsabilizarão semanalmente.

O começo da manhã ou fim da tarde são

os melhores momentos para trabalhar

na Horta, já que o sol não está tão

forte, não pela nossa pele somente,

mas por que o sol forte e a água queimam as plantas.

 A rega deve ser diária, exceto nos dias chuvosos.

Cuide para regar todos os cantinhos, inclusive fora dos

canteiros.

Observe se os canteiros não estão

sobrecarregados. Se estiverem, faça o desbaste das

plantas mais fracas e menores. Se os canteiros

apresentarem muitas tiriricas, remova-as manualmente.

Uma boa prática para prevenir o aparecimento de plantas

indesejadas é cobrir o solo com palha.

  A erosão pode vir a ser um problema para sua

Horta. As raízes das plantas ajudam a segurar a terra dos

canteiros. Se for necessário, refaça os canteiros.

Dica :  A aprendizagem não se dá somente de

sucessos. Os problemas também devem ser

absorvidos e aproveitados. Pesquisem sobre erosão

de rios, lixiviamento do solo e como impedir a erosão

e perda de nutrientes.

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9.  Colheita

Esse é um dos momentos mais aguardados e

excitantes de todo o processo. Os estudantes terão a

oportunidade de colher da terra o que eles própriosplantaram. Nesse momento, é importante decidir o que

farão com os produtos da horta, se ainda não tiverem

decidido.

Outra decisão a ser tomada: após a colheita, o que

será plantado? É importante fazer a rotação de culturas

nos canteiros, já que cada tipo de planta utiliza um

determinado nutriente e acrescenta outros à terra.

Se nenhuma cultura for plantada, não se esqueçam

de cobrir o canteiro com bastante palha para que o solo

não perca umidade e não se aqueça demais, assim os

amigos que moram na terra não sofrerão e ainda

aguardarão as próximas plantinhas.IDÉIAS:

Acrescentar as hortaliças na merenda da

escola, incrementando a alimentação dos

estudantes;

  Dividir entre os estudantes para que as

levem para casa;

Montar uma feirinha ecológica, com

produtos da horta; levar uns pães e fazer um

lanche da tarde para comemorar a colheita.

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10.Encerrando 

 Professor, esperamos que com nosso empenho em

proporcionar-lhe este simples material que buscou ser

elaborado de forma clara e coerente, com ilustraçõesdivertidas para não tornar a leitura cansativa e com

exemplos de atividades para serem aplicadas nas aulas

(não necessariamente em sala de aula) você possa sentir-se

estimulado a pôr em prática esta experiência em sua

escola.

  Para estimulá-lo ainda mais, basta fazer uma

pesquisa rápida na internet e verá inúmeros exemplos de

hortas escolares bem sucedidas nas quais você poderá se

inspirar.

  Recomendamos o site da Horta Viva

( WWW.hortaviva.com.br) no qual você poderá conhecer a

  trajetória do projeto “Uma horta em cada escola” que

 teve início em 1982, com o objetivo oferecer materiais e

insumos agrícolas, além de apoio técnico a cerca de 300

escolas públicas e privadas na cidade do Rio de Janeiro.

Mas com o tempo e com a crescente circulação de

informações sobre as primeiras conferências

internacionais que tratavam de questões relacionadas ao

meio ambiente, foram detectadas algumas questões e

deficiências que precisavam ser trabalhadas neste

projeto, o que transformou seu caráter técnico em um

 trabalho educativo pautado em princípios ecológicos e de

Educação Ambiental.

Outro ponto positivo a considerar quando se

pretende fazer uma horta escolar é o fato de que, caso

seja bem sucedida, os produtos podem ser

comercializados a fim de se transformarem em alternativa

de renda para melhorias na escola, o que também pode

ser um estímulo a mais para o apoio da direção e dos

próprios alunos.

Como estamos nos despedindo, consideramos

importante lembrar que as temáticas, atividades e

propostas que abordamos neste manual não esgotam todo

o potencial pedagógico que a horta apresenta. O trabalho

coletivo sempre pode enriquecer mais o projeto!

  Além disso, não explanamos sobre a organização

dos planos de ensino a partir da horta, algo que deixamos

como um ponto de reflexão para, quem sabe, virar uma

proposta sua ao planejamento escolar da escola em que

 você trabalha.

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  Para finalizar, gostaríamos de lembrar que o

sucesso da horta certamente surtirá efeitos visíveis nas

pessoas que se envolverem como a mudança de hábitos e

  valores dos alunos e de nós mesmos que estamos

propondo algo inovador. Neste sentido podemos dizer

que estamos no caminho certo para transformar a

realidade com a qual não estamos satisfeitos pois, como

diria Mahatma Gandhi, “seja você mesmo a mudança que

deseja para o mundo”. 

Desejamos um ótimo trabalho e uma grande

 transformação, mesmo que seja em você mesmo, em sua

própria prática, seja ela pedagógica ou não!

11. Bibliografia

CENTRO DE EDUCACIÓN TECNOLOGICA. A Horta

Intensiva Familiar. Chile, 1983. Tradução, adaptação e

publicação: Projeto de Tecnologias Alternativas da

 FASE.

CHABOUSSOU, F. Plantas doentes pelo uso de

agrotóxicos: a teroria da trofobiose. Trad. Maria José

Guazzelli. 2. ed. Porto Alegre: L&PM, 1999.

 LEGAN, L. A escola Sustentável: Eco-alfabetizado pelo

ambiente. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São

 Paulo; Pirenópolis, GO: IPEC  – Instituto de

 Permacultura e Ecovilas do Cerrado, 2004.

 LORENZI H, Matos FJA. Plantas medicinais do Brasil : 

nativas e exótica cultivadas, Nova Odessa, SP : Instituto

 Plantarum. 2002.

 LORENZI, H.; SARTORI, S.F.; BACHER, L.B.;

 LAERDA, M.T.C. de. Frutas brasileiras e exóticas

cultivadas. São Paulo: Instituto Plantarum, 2006.

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NUTTALL, Carolyn. Agrofloresta para crianças: uma

sala de aula ao ar livre. Lauro de Freitas, Bahia: Instituto

de Permacultura da Bahia, 1999.

 PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo. 18 ed. São

 Paulo. Ed. Nobel, 2006.

 VALILO. L. M. Horticultura Orgânica. Secretaria

Municipal de Agricultura e Abastecimento de São

Carlos, SP. (não tem data nem editora)

MEC; MMA . Formando Com-Vida (Comissão de Meio

Ambiente e Qualidade de vida na escola): Construindo

 Agenda 21 na escola. 2ª ed. 2007.

Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/secad/CNIJMA/arquivos/com_vi

da.pdf  

 Acesso: 24/02/2010

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