Maria Neusa de Oliveira – UESC Coordenadora do FÓRUM DE DEBATES: AS POLÍTICAS E AS REFORMAS...

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Maria Neusa de Oliveira – UESCCoordenadora do FÓRUM DE DEBATES:

AS POLÍTICAS E AS REFORMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO ATUAL ANO XII

21 anos de CF (1988) 19 anos de ECA - (Lei nº 8.069, de 13

de julho de 1990) 12 anos de LDB (Lei 9.394/1996) 8 anos de vigência do PNE (Lei 2001) 3 anos de PDE (2007)

Que desafios e perspectivas enfrentam ainda as políticas educacionais?

Garantia do direito à educação como papel do Estado – ampliação da obrigatoriedade

Gestão democrática e participativa Controle social Definir um SNE + PNE que articulem um

regime de colaboração entre os entes federados tendo como eixo o financiamento da educação.

Ampliação dos recursos públicos Inclusão social

Garantia do direito à educação como Papel do Estado

As razões justificativas da República brasileira são explicitadas, sob a forma de “objetivos fundamentais”:

(art. 3º)• I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; • II - garantir o desenvolvimento nacional; • III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as

desigualdades sociais e regionais; • IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de

origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Para tanto a efetividade do direito à educação é um dos instrumentos necessários

Art. 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I. ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

II. progressiva universalização do ensino médio gratuito;III. atendimento educacional especializado aos portadores de

deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;IV. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco

anos de idade;V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;VI. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do

educando;VII. atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de

programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

        I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

        II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

        III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

        IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

        V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

        VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

        VII - garantia de padrão de qualidade.

(1948) A Declaração Universal dos Direitos Humanos

• (1990) - Declaração Mundial de Educação para Todos, adotada na Conferência de Jomtien, na Tailândia

• Fórum Social Mundial (5º) – Educação como Direito Humano

Buscam estabelecer a pauta de direitos consagradores da

dignidade da pessoa humana

"a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à

pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei,

assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e

facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,

espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade“ (Art. 3º)

Expansão das matrículas no EF (97%) Na construção de uma escola inclusiva EF de 9 anos Expansão da obrigatoriedade da EB - a partir dos 4 anos

(?) ...

Fracassamos ? Educação Infantil Financiamento (PIB = 4%) Qualidade Permanência ...

Brasil:• 50% de uma população de 170 milhões de

pessoas em situação de pobreza, é fácil constar sua condição de país injusto por excelência – IBGE- PNAD, 2003).

Bahia:• 6ª economia do País (perdendo apenas para SP,

RJ, MG, RS E PR) e de 1ª da Reg. NE; • 6º Estado mais pobre do País ( e 5º do NE), em

renda per capita; • cerca da metade da população baiana vive em

(pelo menos 226) municípios com intensidade de pobreza superior a 50%;

• no Extremo Oeste Baiano, 64,75% da população tem renda inferior a R$ 80,00.

Educação – BA (IBGE, 2005) - Persistência das maiores taxas de analfabetismo: 18,8% - população acima de 15 anos. = 2 milhões de baianos

que não sabem ler nem escrever; 31,6% - população na zona rural - Quanto à oportunidade de acesso e permanência (abandono e

fluxo escolar) Menos de 30% dos jovens, entre 15 a 17 anos, estão

cursando o ensino médio; 10,5% dos baianos têm acesso à universidade (NE= 11,6% e

BR =18,6%) 20% - taxa de abandono (últimos 10 anos) Distorção idade-série: EF = 49%; EM = 69,8% um estudante leva em média 1 ano e meio para concluir uma

série (1ª a 4ª série) IDEB – entre os 1.242 municípios brasileiros com mais baixo

IDEB , 211 encontram-se na BA.

SE resulta da atividade sistematizada = é aquela que busca intencionalmente realizar determinadas finalidades. É, pois, uma ação planejada.

SE significa, uma ordenação articulada dos vários elementos necessários à consecução dos objetivos educacionais preconizados para a população a que se destina.

Ora, se “sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um

conjunto coerente e operante” (Saviani 1996a, p. 80), as exigências de intencionalidade e coerência implicam que o sistema se organize e opere segundo um plano.

opere segundo um plano.

falta de “unidade de Plano” ausência de “espírito de continuidade”

Histórico Manifesto dos Pioneiros da Ed. Nova – 1932 Desde a CF/34 – todas as CF incorporaram,

implícita ou explicitamente, a idéia de um PNE a ser fixado por lei;

É na CF/88 ressurgiu a idéia de um PLANO de longo prazo, com força de lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação (art. 214)

“Declaração Mundial sobre Educação para Todos”

CONFERÊNCIA DE JONTIEN

Plano Decenal de Educação para Todos (1993 a 2003)

“Eliminar o analfabetismo e universalizar o EF” PNE – (2001 a 2011)

PDE – Todos pela Educação 2007 A ...

O PDE foi lançado em abril de 2007, vinculado ao

PAC

O PDE está sustentado em seis pilares:• visão sistêmica da educação;• territorialidade;• desenvolvimento;• regime de colaboração;• responsabilização; e• mobilização social.

Adesão ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação = comprometer-se com as vinte e oito diretrizes do PDE.

Ao aderir ao PDE – Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, Estados e Municípios devem realizar um diagnóstico minucioso da realidade educacional local a partir das dimensões:

(1) gestão educacional; (2) formação de professores e dos profissionais de serviço e

apoio escolar; (3) práticas pedagógicas e avaliação; e (4) infra-estrutura e recursos pedagógicos.

A partir desse diagnóstico, desenvolverão um conjunto coerente de ações = denominado Plano de Ações Articuladas (PAR) visando a cumprir as vinte e oito diretrizes

O foco é garantir a aprendizagem!

Responsabilização/mobilização social

Objetivo é melhorar a qualidade da educação no País, com foco prioritário na educação básica.

Para que isso seja possível, é necessário o engajamento da sociedade civil, pais, alunos, professores e dirigentes em iniciativas que ampliem as condições de permanência e efetiva aprendizagem do aluno na escola.

A prioridade são 1.788 municípios, somados 2005 e 2007 (em 2007 são 1.083 municípios com mais baixo IDEB - de 1,6 a 3,1 –, considerando também 20 municípios com mais baixo IDEB por UF, totalizando 1.356 municípios com mais baixo IDEB - de 1,6 a 3,9, dos quais 811 já eram priorizados pelo IDEB de 2005).

Eles receberão assistência técnica e/ou financeira do MEC.

Obrigada

mneusauesc@hotmail.com