View
26
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Mecanismos de neurotoxicidade
Ametanfetamina tem-se mostrado capaz de danificar os terminais neuronaiscontendo dopamina e serotonina. (3, 11, 15) A administração repetida debaixas doses de metanfetamina revelou causar uma redução nos receptoresda DA e da NA. Vários fenómenos contribuem para a neurotoxicidadeinduzida pelo metanfetamina como a hipertermia, alterações na actividadedo transportador da DA (DAT) e do transportador de monaminas vesicular(VMAT-2), alterações na sinalização do glutamato e geração de espéciesreactivas. (15)
Formação de espécies reactivas de oxigénio (ROS) e stress
oxidativo
Aneurotoxicidade induzida pela metanfetamina pode estar relacionada
com asua capacidade de causar libertação de monoaminas na fenda sináptica
(enão com a capacidade de inibir a recaptação neuronal), o que leva àauto-
oxidação da DA e formação de ROS (na fenda sináptica). (11, 14) Aauto-
oxidação da DA pode ocorrer no citosol devido ao transporte reversoda mesma
a partir do transportador DAT e também devido à inibição douptake da DA nas
vesículas. (15) Assim, a elevada concentração dedopamina no citosol conduz
igualmente à auto-oxidação da DA, formando-se 6-hidroxidopamina (6-OHDA).
(11, 15)
A 6-OHDA éextremamente lábil e o peróxido de hidrogénio é gerado
durante aauto-oxidação da dopamina; A formação de ROS parece
desempenhar umimportante papel na neurotoxicidade induzida pela
metanfetamina. (11) Ostress oxidativo parece activar a microglia, esta constitui
também umcomponente para a toxicidade. (15) Este stress oxidativo pode levar
aprocessos necróticos. Adicionalmente, parece haver evidência que aactivação
excessiva dos receptores D1 e D2 contribui para o deficitdopaminérgico. (15)
Disfunção Mitocondrial
Namitocôndria ocorrem reacções enzimáticas, incluindo o ciclo de Krebs
ereacções da cadeia transportadora de electrões (CTE), na geração de ATP.A
MA inibe a CTE, causa disfunção mitocondrial, o que leva ao aumentodas
espécies reactivas, resultando na neurotoxicidade. (14, 15)
Glutamato
Tem sidoreportado que a libertação de DA
pode causar uma libertação secundáriade
glutamato no estriado via um feedback
negativocortico-estriadotalamo-cortical. (11) O
receptor NMDA abre canais quepermitem a
entrada de cálcio na célula que, em excesso
resulta dadisfunção mitocondrial e
neurotoxicidade (15); a ligação de cálcio
àcalmodulina activa a nNOS, que produz NO, e
subsequentemente leva àacumulação de cGMP.
A neurotoxicidade mediada pelo NO pode
aumentar aformação de radicais livres (peroxinitrilo). (11) Adicionalmemte, a
ativação dos receptores de glutamato metabotropicos tipo 5 (mGlu5) está
funcionalmente acopolada aos receptores NMDA. A activação dos receptores
mGlu5 aumentam osreceptores NMDA nos neurónios e contribui para a morte
celular excitotóxica. (11)
Hipertermia
A hipertermia induzida pela MA é um importante componente da
neurotoxicidade dopaminérgica. Esta afirmação deriva de estudos que
demonstra que a prevenção da hipertermia atenua significativamente o deficit
dopaminérgico. (15)
Apoptose
Há alguma evidência de ocorrer a activação de mecanismos
apoptóticosdurante a resposta tóxica à metanfetamina. Um estudo reporta que
o geneBcl2 protege as células neuronais destes efeitos tóxicos, enquanto a
p53pode estar envolvida em efeitos negativos a longo prazo. (11) (figura12)
Recommended