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Mesa Redonda 7 - Gestão Integrada dos Recursos Hídricos, o Desafio da Despoluição de Bacias e os Planos de Bacias Hidrográficas

44ª Assembleia Nacional da ASSEMAE

Marcelo Jorge MedeirosDiretor de Recursos Hídricos

Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano

Sumário

• Gestão integrada de recursos hídricos• Planos de bacias hidrográficas• Recursos hídricos e saneamento

Amazônica; 73.748

Tocantins-Araguaia; 5.447

Atlântico-Nordeste-Ocidental; 320

Parnaíba; 379

Atlântico-Nordeste-Oriental; 91

São-Francisco; 1.886

Atlântico-Leste; 305

Atlântico-Sudeste; 1.145

Atlântico-Sul; 647 Paraná; 5.956

Uruguai; 565

Paraguai; 782

BRASIL Disponibilidade de Recursos Hídricos

Fonte: ANA, 2013(Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – 2013)

Vazões em m³/s

180.000 m3/s, no país.268.000 m3/s, com a contribuição em território estrangeiro.

DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUPERFICIAL

Fonte: ANA, 2013(Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – 2013)

Demandas por regiões hidrográficas

Ano Retirada Consumo

2006 1.842 m³/s 986 m³/s

2010 2.373 m³/s 1.161 m³/s

Fonte: ANA, 2013(Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – 2013)

Manutenção do quadro de demandas consuntivas no Brasil.

Fonte: ANA, 2010(Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – 2010)

Fonte: ANA, 2013

(Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – 2013)

Rios de domínio dos EstadosRios de domínio da União

DOMINIALIDADE DAS ÁGUAS NO TERRITÓRIO NACIONAL

1 Constituição Federal1 PNRH

27 Constituições Estaduais27 PERH

5.570 Leis Orgânicas5.570 Leis de Uso e Ocupação do Solo

2.785 Planos Diretores

A quantidade de água da Terra não muda.

A mesma água de bilhões de anos, ainda existe.

1934

Código das Águas

1988

Constituição FederalÁguas públicas, gerenciamento de recursos hídricos e critérios de outorga, dominialidade

1997

Lei 9.433Política Nacional de Recursos Hídricos

CNRH

2000

Lei 9.984Agência Nacional de Águas

2006

PNRH

2010

Revisão do PNRH

1986

CONAMA01/86 – EPIA20/86 - Enquadramento

1991

Lei 7.663Política Estadual de Recursos Hídricos SP

• Princípios básicos– Usos múltiplos– Em condições de escassez, prioridade para uso humano e dessedentação

animal– A bacia como unidade de planejamento– Gestão descentralizada e participativa– Água, um recurso limitado, dotado de valor econômico

• Os instrumentos da gestão– O Plano de Recursos Hídricos da Bacia (a estratégia)– A outorga de uso dos recursos hídricos (a segurança jurídica do usuário e a

garantia do uso racional)– O enquadramento ( a compatibilização da qualidade com os usos

preponderantes)– O sistema de informações ( dados públicos e uma linguagem comum)– A cobrança ( um instrumento econômico, pedagógico e de mão dupla)

Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SINGREH)

SRHU Qualidade Ambiental

Gestão Ambiental Urbana e Territorial

Resíduos Sólidos

Recursos Hídricos CNRH

Políticas e CNRH

Planejamento

Revitalização de Bacias e

Implementação de Projetos

Segurança Química e

Agrotóxicos

Qualidade do Ar

ZEE

Ambientes Urbanos

Gerenciamento Costeiro

Planos e Implementações

e Des. Instit.

Resíduos Perigosos e

Logística Reversa

O CNRHCNRH possui 57 membros titulares e 57 membros suplentes e a seguinte composição:

• 29 representantes do Poder Público Federal;• 10 representantes dos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos;• 12 representantes de usuários de recursos hídricos; e• 6 representantes de organizações civis de recursos hídricos.

Regimento Interno estabeleceu as formas como o CNRH pode se manifestar:

• por meio de Resolução, quando se tratar de deliberação vinculada à sua competência específica e de instituição ou extinção de Câmaras especializadas, comissões e grupos de trabalho; e

• por meio de Moção, quando se tratar de outra manifestação, dirigida ao Poder Público e/ou à sociedade civil em caráter de alerta, comunicação honrosa ou pesarosa.

PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOSABRANGÊNCIA

• NACIONAL. Abrangendo todo o território nacional, estabelecendo metas, diretrizes e programas que possibilitem alcançar um cenário pactuado entre governo, usuários e sociedade.

• ESTADUAL. Plano estratégico de abrangência estadual, com ênfase na implementação da política e nos sistemas estaduais de gerenciamento de recursos hídricos.

• BACIA. Também denominado de plano diretor de recursos hídricos, é o documento programático para a bacia, contendo as diretrizes de usos dos recursos hídricos e medidas correlatas.

Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados para o País, por Estado e por bacia hidrográfica.

Nível de Planejamento

Responsabilidade pela Elaboração

Responsabilidade pela Aprovação

NacionalSecretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, com

o apoio da ANA

Conselho Nacional de Recursos Hídricos

EstadualÓrgãos Gestores Estaduais

de Recursos HídricosConselhos Estaduais de Recursos Hídricos

Bacia Hidrográfica

- Agências de Água - Entidades ou órgãos gestores

(enquanto não houver Agência), de acordo com a dominialidade

Comitês de Bacias Hidrográficas

QUEM EXECUTA E APROVA OS PLANOS

Instrumentos da Política Nacional de Recursos HídricosPlanos de Recursos Hídricos

Etapas de Elaboração dos Planos de Recursos Hídricos (Resolução CNRH nº 145 de 2012)

Caracterização da situação atual dos recursos hídricos

Visão de futuro dos recursos hídricos frente às transformações sociais, econômicas e de gestão.

Diretrizes e ações para mitigar, minimizar e se antecipar a problemas relacionados aos recursos

hídricos.

DIAGNÓSTICO

PROGNÓSTICO

PLANO DE AÇÕES

Disponibilidades e demandas

Racionalização do uso Outorga

CobrançaÁreas de

restrição ao uso da água

Enquadramento

O Mar de Aral

1989 2008- 90%

Entre o Cazaquistão e Uzbequistão

1918Desvio de afluentes

1960Maior parte da água já desviada – perda de tamanho

2000Duplicação da vazão desviadaSalinidade 5x

Uzbequistão 3º maior produtor de algodão

O Plano Nacional de Recursos Hídricos

Resolução CNRH nº 58 de 2006, aprova o PNRH.

Elaboração participativa.

4 volumes: Panorama, Cenários, Diretrizes, Programas Nacionais e Metas.

Em 2010 tem início a primeira revisão do PNRH.

A Resolução CNRH nº 135/2011 aprova o documento “PNRH: Prioridades 2012-2015”, como resultado da revisão do PNRH.

Objetivo Geral do PNRH

Estabelecer um pacto nacional para a definição de diretrizes e políticas

públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, em qualidade e

quantidade, gerenciando as demandas e considerando a água como elemento estruturante para

implementação das políticas setoriais, sob a ótica do

desenvolvimento sustentável.

Objetivos Estratégicos do PNRH

i. Melhoria das disponibilidades hídricas, superficiais e subterrâneas, em qualidade e em quantidade;

ii. Redução dos conflitos reais e potenciais de uso da água, bem como dos eventos críticos hidrológicos e

iii. Percepção da conservação da água como valor socioambiental relevante.

Estrutura dos Componentes e Programas do PNRH

Revisão do PNRH – 22 Prioridades (2012 – 2025)IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA1. Apoio à criação de novos Comitês de Bacia e ao fortalecimento dos Comitês já existentes.

2 Ampliação do Cadastro de Usos e Usuários de Recursos Hídricos. 3 Estruturação, ampliação e manutenção da rede hidrometeorológica e da rede hidrogeológica nacional.

4 Desenvolvimento do SNIRH e implantação dos Sistemas Estaduais de Informação de Recursos Hídricos, integrados ao SNIRH.

5 Elaboração de Planos de Recursos Hídricos. 6 Apoio ao enquadramento dos corpos d'água. 7 Definição de critérios de outorga para diferentes situações. 8 Implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos nas bacias onde o instrumento por aprovado pelo Comitê de Bacia.

9 Fiscalização do uso dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas. DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL PARA A GIRH10 Implementação dos Fundos de Recursos Hídricos e identificação de mecanismos que permitam a maior efetividade na aplicação dos recursos

financeiros disponíveis no Singreh.

11 Desenvolvimento de processos de suporte à decisão visando à resolução de conflitos pelo uso da água.

12 Definição de diretrizes para a introdução do tema das mudanças climáticas nos Planos de Recursos Hídricos.

13 Apoio ao desenvolvimento e difusão de tecnologia, incluindo a tecnologia social, para a gestão de recursos hídricos.

14 Desenvolvimento de um plano de comunicação social e de difusão de informações para o Singreh.

15 Desenvolvimento de processos formativos continuados para os atores do Singreh e para a sociedade.

16 Desenvolvimento da gestão compartilhada de rios fronteiriços e transfronteiriços.

ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL PARA A GIRH17 Avaliação e mapeamento de áreas vulneráveis a eventos extremos. 18 Desenvolvimento dos mecanismos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), com foco na conservação de águas de bacias hidrográficas.

19 Recuperação e conservação de bacias hidrográficas em áreas urbanas e rurais.

20 Avaliação integrada das demandas de recursos hídricos, considerando os planos e programas governamentais e os projetos dos setores público e privado.

21 Articulação da Política Nacional de Recursos Hídricos, com as políticas, planos e programas governamentais que orientam os setores usuários de recursos hídricos.

GERENCIAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PNRH22 Implantação do Sistema de Gerenciamento do PNRH (SIGEOR/PNRH).

Fonte: ANA, 2013(Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – 2013)

Planos Estaduais de Recursos Hídricos

• Relação entre os Planos de Recursos Hídricos: Nacional, Estadual, de Bacias (União e Afluentes).

• Aprofundamentos temáticos específicos• Revisões de planos estaduais• Implementação dos planos

19 planos concluídos e aprovados1 plano interrompido sem conclusão (SC)3 planos em execução (RJ, MA e RO)3 planos a serem contratados (AM, AP e ES)

Concluído em março

Planos de recursos hídricosBacias estaduais

Planos de bacias estaduais

100 bacias com plano elaborado

Total: 431 bacias

Fonte: SPR/ANA

Política Nacional de Saneamento Básico

• A Lei nº. 11.445/07 estabelece as diretrizes nacionais de saneamento básico e faz referências tácitas à PNRH:

• “Art. 2º. Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais: (...)

• VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante; (...)

• XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.”

Política Nacional de Saneamento Básico

• “Art. 4º. Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico.

• Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, de seus regulamentos e das legislações estaduais.”

Outorga

Enquadramento

Cobrança

Usos múltiplos

Setor de Saneamento Usuário

Política Nacional de Saneamento Básico• “Art. 19. .......

• § 3º Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.

• “Art. 48........

• X - adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de suas ações.”

Plano Nacional de Recursos Hídricos

Plano Estaduais de Recursos Hídricos

Plano de Bacia

Principais Interfaces PNRH e PNSB

Instrumentos de regulação

A água que vai pela sua rede de esgotos

Pode ir para a fonte de água

de outra comunidade.

Em águas, nós sempre estamos a jusante

Mesa Redonda 7 - Gestão Integrada dos Recursos Hídricos, o Desafio da Despoluição de Bacias e os Planos de Bacias Hidrográficas

44ª Assembleia Nacional da ASSEMAE

Marcelo Jorge MedeirosDiretor de Recursos Hídricos

Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbanomarcelo.medeiros@mma.gov.br

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