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Mesa-redonda
Acervos e patrimônio: compreender e
rememorar a imigração italiana em Belo
Horizonte e Minas Gerais
O patrimônio documental público de Belo
Horizonte: as pegadas da presença italiana
em Belo Horizonte
Maria do Carmo Andrade Gomes
Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte:
a memória da cidade e a construção do patrimônio
documental público
Criado por lei em 1991, o Arquivo
Público da Cidade de Belo
Horizonte (APCBH) é o órgão
responsável pela preservação da
memória administrativa e pela
implementação da política de
gestão de documentos em toda a
Prefeitura Municipal.
Fachada do Arquivo Público da Cidade de Belo
Horizonte. 2007.
O Arquivo Público atua junto à administração pública municipal, à
população belo-horizontina em geral e à comunidade de pesquisadores e
estudantes em particular como um centro de irradiação de informações,
produção de conhecimento e construção da memória da nossa cidade.
Voluntários do projeto Cestas da
Memória. 2007.
Linha de acervo
• Documentação produzida e
recebida pelos órgãos e secretarias
da Prefeitura Municipal
• Documentos privados de interesse
público
• Parte significativa da documentação
do legislativo municipal.
Sem distinção de linguagem ou
suporte, o acervo do APCBH
apresenta grande diversidade:
mapas, textos, cartazes, filmes,
fotografias, fitas audiomagnéticas,
discos e documentos eletrônicos.
Programas e projetosEducação Patrimonial
Cestas de Memória
Exposições Itinerantes
Organização do acervo da
Assessoria de Comunicação
Produção de Banco de
Dados
Novos Registros
Sala de Consultas do APCBH. 2009.
Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte: um lugar da
memória da presença italiana em Belo Horizonte
Nos mais diferentes acervos do APCBH encontram-se registros
relativos à presença dos imigrantes italianos e seus descendentes em
nossa cidade.
Projeto do Colégio Italo-Mineiro, atual
Marconi.Projeto Rafaello Berti.1940.
Para se entender as possibilidades de pesquisa sobre o tema da
imigração italiana no acervo do APCBH, é preciso entender como
um arquivo público organiza sua documentação.
Os arquivistas buscam manter a documentação segundo a
ordem e a lógica de sua produção e acumulação, ou seja,
respeitando sua origem e buscando refletir as atividades e
funções que originaram os documentos.
Os conjuntos de documentos de uma mesma origem constituem
os chamados fundos. O Arquivo também preserva algumas
coleções, que são conjuntos documentais reunidos
intencionalmente.
Exemplos dos fundos e coleções do APCBH que guardam registros
da presença italiana:
•Secretaria Municipal de Regulação Urbana
Museu de Arte da Pampulha
•Secretaria Municipal de Administração
•Secretaria Municipal da Fazenda
•Coleção Ordem dos Pioneiros
Fundo Secretaria Municipal de Regulação Urbana
A aprovação de projetos arquitetônicos foi atividade
que gerou ao longo do tempo grande massa documental
representativa da arquitetura civil e pública da cidade.
A presença italiana é registrada nos usos e muito
especialmente na elaboração de projetos que marcaram
a paisagem arquitetônica da capital mineira.
Fundo Secretaria Municipal de
Regulação Urbana
Muitos pioneiros italianos foram mestres de obras, artífices, e
artistas. Entre os diferentes documentos que registram sua
presença, destacamos os livros de matrículas de
profissionais de obras, que licenciavam a atividade na
cidade.
Fundo Secretaria Municipal de
Administração
A historiografia sobre a cidade tem revelado o protagonismo
dos colonos imigrantes, especialmente italianos, na produção
e transformação do espaço urbano de Belo Horizonte.
Documentos como os livros de registros de lotes,
produzidos na atividade de controle sobre a venda do imenso
patrimônio imobiliário pertencente ao poder público municipal
no início do século, revelam a atuação desses atores.
Fundo Secretaria Municipal da
Fazenda
Os documentos fazendários são ricas fontes de consulta pois receita e
despesa regem toda a administração, impõem seu ritmo, determinam
e refletem prioridades públicas.
Nos livros de lançamento de impostos e profissões, cuja longa
série preservada no APCBH cobre o período entre 1903 a 1989,
desfila o elenco dos agentes econômicos da cidade: sapateiros,
comerciantes, serralheiros, diretores de indústrias, médicos,
advogados, construtores etc. As atividades econômicas exercidas pos
italianos e seus descendentes estão ali registradas.
Guia de imposto pago pelos marceneiros José Rossi e Pedro Gatoni. 1922.
Livro de lançamento de imposto.
Coleção Ordem dos Pioneiros
Lei Municipal n. 1165 de 12/12/1964 instituiu a Ordem
dos Pioneiros, para homenagear moradores da Capital
de qualquer nacionalidade transferidos à época da
fundação da cidade e que “contribuíram
substancialmente para o seu desenvolvimento e
progresso”. Entre os eleitos a cada ano, homens e
mulheres italianas.
Originais dos dossiês da Coleção Ordem dos Pioneiros.
Biografias de Vitorio Goretti e Amadeu Giorni. 1964.
Considerações finais
APCBH: grande potencial para o desenvolvimento de pesquisas sobre a
imigração e a presença italiana em Belo Horizonte
Possibilidades abertas para estudos seriados, na longa duração
Acervo em grande parte inédito ou pouco explorado pelos pesquisadores
Informação e memória produzida no cotidiano das atividades dos
cidadãos
Pesquisa mediada pela lógica da administração pública, pela passagem
do tempo, pela interpolação do arquivista: desafios para o pesquisador
Arquivo Público da Cidade de
Belo Horizonte
Rua Itambé, 227, Floresta/BH
Tel: (31) 3277-4603
Email: apcbh@pbh.gov.br
Site: www.pbh.gov.br/cultura/arquivo
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