METABOLISMO DO CÁLCIO PROF. DRA FERNANDA BORGES. Regulada por hormônios: Paratormônio, vitamina...

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METABOLISMO DO CÁLCIO

PROF. DRA FERNANDA BORGES

Regulada por hormônios: Paratormônio, vitamina D.

Paratormônio: Secreção

Função

Homeostasia do cálcio

Vitamina D: Produção

Função

Homeostasia do cálcio

Homeostasia do cálcioRegulação do cálcio

PTH Ca2+

PO4-

PTH Ca2+

PO4-

Vit D Ca2+

PO4-

Cálcio total: 2,4 mmol/L 50 % Ligado a albumina

acidose - hipercalcemia - lig. albumina

alcalose- hipocalcemia - lig. albumina

Função: contração, secreção glandular, funcionamento dos nervos.

Homeostasia do cálcio

Medida do Cálcio Total: Total (ligado + não-ligado) no soro

Espectrofotometria

Homeostasia do cálcio

Medida da concentração de cálcio ionizado:

Homeostasia do cálcio

Concentração de albumina altera a concentração de cálcio

[Albumina] → Cálcio total

[Albumina] → Cálcio total

Homeostasia do cálcio

Cálcio ajustado: medida do cálcio total e da albumina (cálcio ajustado a albumina total)

Cálcio ajustado (mmol/L): Cálcio total + 0,02 (47 – albumina)

Homeostasia do cálcio

Hipoparatireoidismo: idiopático, após cirurgia de pescoço, ou devido a deficiência de magnésio (estímulo para secreção do PTH).

Deficiência de vitamina D: má absorção, dieta inadequada, pouca exposição a luz solar (raquitismo ou osteomalácia).

Doença renal: rins não secretam 1,25DHCC, PTH, doença óssea.

Pseudo-hipoparatireoidismo: PTH secretado, receptores não respondem ao hormônio.

Hipocalcemia

Características: neurológicas (formigamento, tetania, alterações mentais), ECG normal

Tratamento: voltado para a causa, cálcio, Vit D (1,25 DHCC, 1 HCC).

Hipocalcemia

Medida do cálcio e albumina do soro

Paciente tem doença renal?

Nenhuma doença renal primária

Paciente realmente está com hipocalcemia?

Dosar PTHPTH baixo ou não

detectável

Cálcio ajustado < 2,1

Dosar uréia e creatinina

PTH alto

Pós-cirurgia

Deficiência de Mg2+

Idiopático

Def. Vit D Pseudo-hipopara

t

Outras

Diagnóstico

Características clínicas: sem sinais específicos

Neurológicas: letargia, desnorteamento, irritabilidade e depressão

Gastrointestinais: anorexia, dor abdominal, náusea, vômito, constipação

Renais: poliúria, polidipsia, cálculos renais

Arritmias cardíacas

Hipercalcemia

Hiperparatireoidismo primário: adenoma de paratireóide

Hipercalcemia maligna: alguns tecidos neoplásicos (pulmão) secretam PTH-rp, com propriedades semelhantes ao PTH

Dosagem inadequada de Vit D ou metabólitos: tratamento do hipopara ou da doença renal

Doenças granulomatosas (sarcoidose, tuberculose): secretam 1,25 DHCC.

Tireotoxicose: renovação óssea e hipercalcemia

Hipercalcemia

Imobilização: pessoas jovens e doença de Paget

Síndrome alcalina branda: ingestão da cálcio e bicarbonato

Hipercalcemia

Medida do cálcio e albumina do soro

PTH é próprio para cálcio do soro?

Paciente é mesmo hipercalcêmico?

Dosar PTHPTH não

detectável

Cálcio ajustado > 2,8

PTH detectável, alto

Diagnóstico> 3,5 risco

de vida

Porque o cálcio alto suprimiu o

PTH?

Porque o PTH está impropriamente

presente?Malignidade, causas

raras de hipercalcemiaHiperparatireoidismo primário (adenoma)

Tratamento:

Bifosfonatos,

Tratamento da causa

Retirada do adenoma e tratamento da hipocalcemia transiente

Hipercalcemia hipocalciúrica familiar (defeito do receptor do cálcio nas paratireóides e rins, PTH normal e cálcio alto), pode levar a cirurgia desnecessária, sem tratamento

Hipercalcemia

Importante ânion intra- e extra-celular

Ligado a lipídios e proteínas, maior parte localizada no osso.

Função: ativação de enzimas

Mudanças de fosfato acompanham as de cálcio

Dosagem por espectrofotometria

Fosfato

Fosfato

Fosfato

PTH Ca2+

PO4-

PTH Ca2+

PO4-

Vit D Ca2+

PO4-

Fosfato

Hiperfosfatemia

Insuficiência renal: excreção de fosfato diminuída

Hipoparatireoidismo: PTH excreção de fosfato

Hemólise: erro de coleta

Pseudo-hipoparatireoidismo: resistência dos tecidos ao PTH

Fosfato

Hipofosfatemia (<0,3 mmol/L)

Rara, causa fraqueza muscular, insuficiência respiratória

Hiperparatireoidismo: PTH excreção de fosfato

Defeitos congênitos da reabsorção tubular de fosfato: perda de fosfato do corpo

Fosfato

Hipofosfatemia (<0,3 mmol/L)

Ingestão de antiácidos não absorvidos como hidróxido de alumínio: previnem a absorção de fosfato

Tratamento da cetoacidose diabética: entrada de glicose nas células causa um desvio semelhante no fosfato

Deficiência dietética grave: inanição

Magnésio

2º maior cátion intracelular Funções: ativação de enzimas, glicólise, transporte transmembrânico de potássio e cálcio Redução na concentração extracelular de magnésio afetam as propriedades das membranas, diminui a secreção de PTH 98% se encontra no LIC 2% no LEC

Magnésio

Homeostasia do magnésio Cereais, carne animal e vegetais são fontes de magnésio Ingestão média: 15 mmol/dia (crianças e mulheres lactentes requerem mais) Hipermagnesemia: incomum, observada na insuficiência renal. Hipomagnesemia: associada a deficiência de magnésio Sintomas: tetania, tremor, hiperirritabilidade, convulsões, fraqueza muscular.

Magnésio

Deficiência de magnésio Insuficiência dietética acompanhada de má absorção, vômito severo, diarréia. Diurese osmótica (diabete melito) Uso prolongado de diurético associada a má nutrição Terapia com medicamentos citotóxicos (cisplatina) Tratamento com droga imunossupressora (ciclosporina)

Magnésio

Diagnóstico laboratorial < 0,7 mmol/L repetidamente indica depleção intracelular Depleção de magnésio intracelular pode existir com concentração de magnésio dentro da faixa de referência Espectrofotometria para detectar Mg2+ livre Determinação de Mg2+ nos leucócitos de sangue periférico (magnésio intracelular) por espectrômetro de absorção atômica.

Magnésio

Controle Suplementos dietéticos com magnésio causa diarréia Contra indicado no caso de insuficiência renal

Doença óssea

Osteoporose Osteomalácia e raquitismo Doença de Paget

Doença óssea

Metabolismo ósseo: unidades de remodelação óssea

Doença óssea Marcadores de doença óssea: marcadores bioquímicos de reabsorção e formação óssea determinam o grau da doença óssea

Marcadores de formação óssea: hidroxiprolina

Hidroxiprolina (degradação do colágeno) urinária: indicador de formação óssea

Interferência da gelatina da dieta

Desoxipiridinolina (ligações cruzadas, indica degradação do colágeno)

Doença óssea

Marcadores de renovação óssea: fosfatase alcalina no soro (tradicional)

Crianças possuem atividade mais alta da fosfatase alcalina

Marcador da colestase (produzida na vesícula biliar)

Fosfatase alcalina óssea

Osteocalcina: produzida pelos osteoblastos, não é totalmente depositada no osso

Doença óssea

Marcadores de reabsorção óssea:

Telopeptídeo C-terminal (CTx): porção C-terminal colágeno I

Dosado em amostras de soro, detecção por anticorpos

Telopeptídeo N-terminal (NTx): porção N-terminal do colágeno I

Dosado em amostras de urina, detecção por anticorpos

Doença óssea Osteoporose

Importante causa de morbidade e mortalidade nos idosos

Caracterizada por redução da massa óssea

Perda de osso cortical e trabecular

Doença óssea

Osteoporose primária

Osteoporose senil: homens e mulheres

Osteoporose pós-menopáusica: mulheres após a menopausa

Osteoporose secundária: drogas (corticóides), imobilização, fumo, álcool, síndrome de Cushing, hipertireoidismo.

Doença óssea Osteoporose: diagnóstico

Medidas em série de densidade óssea ou ás vezes uma medida

Papel do Laboratório bioquímico: medidas bioquímicas pouco úteis, podem ser usadas na determinação do hipertireodismo, síndrome de Cushing.

Tratamento: prevenção mais importante que cura (massa esquelética aos 16 anos), TRH na menopausa, minimizar uso de corticóides), suplemento com cálcio, estrogênio, Vit D e bifosfonatos.

Doença óssea Osteomalácia e raquitismo

Osteomalácia: mineralização óssea defeituosa no adulto

Raquitismo: defeito da mineralização óssea e da cartilagem na criança

Causas: deficiência de Vit D (comum em idoso, acamados, certos grupos étnicos)

Diagnóstico: dosagem de 25 Hidroxicolecalciferol no soro espectrofotometria de massa e cromatografia líquida, fosfatase alcalina total e óssea aumentada

Doença óssea

Osteomalácia e raquitismo

Metabolismo da Vit D

Doença óssea

Doença de Paget

Atividade osteoclástica aumentada

Aumento na reabsorção óssea

Aumento na atividade osteoblástica

Desorganização da microarquitetuta óssea

Doença óssea

Doença de Paget

Sintomas: dor óssea

Diagnóstico: atividade da fosfatase alcalina alta e excreção urinária de hidroxiprolina aumenta

Causa: obscura (viral)

Doença óssea

Outras doenças ósseas

Raquitismo dependente de Vit D: incapacidade de produzir metabólito ativo da Vit D ou defeito nos receptores

Calcinose tumoral: calcificação ao redor das articulações

Hipofosfatasia: deficiência da fosfatase alcalina

Raquitismo hipofosfatêmico: defeito no túbulo renal

Doença óssea

Outras doenças ósseas

Osteopetrose: reabsorção defeituosa do osso

Doença óssea

Análise bioquímica dos distúrbios do cálcio e da doença óssea (testes de rotina)

Cálcio

Albumina

Fosfato

Fosfatase alcalina

Doença óssea

Análise bioquímica dos distúrbios do cálcio e da doença óssea

PTH

Magnésio

Excreção urinária de cálcio

25-hidroxicolecalciferol

Excreção de hidroxiprolina na urina

osteocalcina

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