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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA. - PowerPoint PPT Presentation
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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
A meteorologia propriamente dita, estuda a
atmosfera sob dois aspectos: o tempo e o clima.
O tempo é o elemento mutante, enquanto que o
clima refere-se ao estado mais constante da ação
atmosférica num determinado lugar. Os dois
enfoques trabalham de maneiras diferentes com a
matéria-prima comum.
Através de uma rede de estações de observações à superfície e em altitude, a meteorologia procede à coleta de dados da atmosfera.
A utilização imediata desses dados é de responsabilidade dos Centros de Análise (Meteorologia Sinótica) cujo produto principal é a previsão do tempo, com os recursos oferecidos pela meteorologia dinâmica.
A climatologia manipula os mesmos dados oriundos das estações, porém de forma diferente.
A meteorologia sinótica, como método, está no extremo oposto ao da climatologia. Para o primeiro, o fator tempo é primordial ao passo que para a segunda o local é decisivo.
Na meteorologia sinótica estuda-se o estado momentâneo da massa de ar existente sobre uma zona de grande extensão e na climatologia procura-se reunir num quadro, sob o ponto de vista da repetição periódica, a totalidade dos fenômenos que ocorrem durante muitos anos num local determinado.
A climatologia procura oferecer ao agricultor, ao industrial, ao médico ou ao homem comum, as bases para apreciar, num local determinado, as influencias dos fenômenos meteorológicos sobre o desenvolvimento dos vegetais, das atividades industriais, biológicas, sociais, etc.
Verifica-se que são vários os pontos de vista sob os quais podemos encarar e definir o clima. Muitas são as definições encontradas nos textos, todas válidas, porém, variáveis segundo o ponto de vista e o campo de atividades de cada um.
Do ponto de vista científico, entende-se por
tempo o estado físico da atmosfera num lugar e
momento determinados. O tempo é descrito em
função das diversas variáveis meteorológicas,
expressas em valores instantâneos ou em valores
médios, relativos a períodos curtos, da ordem de
minutos ou no máximo de horas.
O tempo em um determinado local, durante
um determinado período, pode ser expresso pela
combinação de várias grandezas físicas, tais como
a temperatura e a umidade do ar, precipitação, o
vento, a nebulosidade, etc., grandezas essas, que
comunicam ao meio atmosférico (ambiente) suas
propriedades e características. Tais grandezas são
denominadas elementos climáticos, e o regime
normal desses elementos define o clima da região.
CONCEITO DE TEMPO
O clima é o aspecto a longo prazo do
tempo. As variáveis utilizadas nos estudos
climatológicos são as mesmas utilizadas no
estudo do tempo, porém, os períodos para
estabelecer as nornais climatológicas são da
ordem de anos.
Etimologicamente, clima provém do grego Klima
que significa inclinação, referindo-se a obliqüidade dos
raios solares em relação ao solo, variável de acordo com a
época do ano e a latitude.
Pode-se dar uma definição primaria de clima como
sendo o processo de trocas de calor e umidade entre o solo
e a atmosfera, cobrindo um longo período de tempo
(cronológico).
CONCEITO DE CLIMA
O clima, por outro lado, refere-se a um regime mais permanente da atmosfera. Ele representa uma composição do dia a dia e das condições atmosféricas, e das variáveis meteorológicas por um longo período de tempo. É mais que tempo médio, e nenhum conceito adequado do clima é possível sem levarmos em consideração as variações sazonal e diurna e as constantes variações do tempo.
Apesar da ênfase no estudo do clima ser dado ao que é normal, os desvios, variações e extremos também têm que ser considerados.
Pelas explicações anteriores, o clima e o
tempo têm muito em comum se bem que não são
idênticos. O tempo de qualquer lugar é a soma
total das variáveis meteorológicas para um breve
período de tempo. Falamos do tempo de hoje ou
da semana passada.
Clima sempre é aplicado às condições atmosféricas para um dado período de tempo. Mas nunca para um Janeiro ou um verão, ou um único ano. Um número suficiente destas unidades do calendário deve ser incluído para fornecer uma composição real. Além disso, o clima não é uma abstração, ele é aplicado a lugares e regiões. Fala-se do clima de Maceió, os climas de Manaus e das grandes planícies do Rio Grande do Sul. Esta atribuição de lugar ao clima torna a climatologia altamente geográfica.
Infelizmente talvez por esse aspecto da
climatologia, ela tem sido estudada principalmente
de maneira descritiva, e muito pouco tem sido
feito na tentativa de explicar os fenômenos
descritos. Mas, como qualquer outra ciência, a
Climatologia é potencialmente tanto descritiva
quanto explicativa, havendo somente limitações
no estudioso e na adequação dos dados.
No século vinte, muito esforço foi dispendido
nas explicações, ou teoria, do clima. Muitos
climatologistas não se contentaram em descrever os
climas em termos dos valores dos elementos
individuais, ou em termos de tipos climáticos
descritivos. Suas inquietações voltam-se mais e
mais para a compreensão das leis físicas e relações
que seriam usadas para explicar, não somente as
diferenças nos climas como existem hoje, mas
também as variações no clima através dos tempos.
Para sua informação básica, a climatologia
depende, principalmente, de observações horárias e
diárias, feitas pelas estações meteorológicas oficiais
que formam as redes de estações com densidades
variáveis sobre a Terra. Os registros destas estações
são organizados por unidades do calendário – dias,
meses, estações e anos.
A definição de clima aceita pela Comissão
de Climatologia da O.M.M. é do
meteorologista belga L. Poncelet: “clima é
o conjunto habitual flutuante de elementos
físicos, químicos e biológicos que
caracterizam a atmosfera de um local e
influem nos seres que nele se encontram”.
A especialização do clima obriga os
climatologistas a conhecerem as principais
estruturas dos continentes (planícies, planaltos e
cadeias de montanhas), visto que as variáveis
meteorológicas (ventos, temperatura, umidade,
radiação, precipitação, etc) são influenciadas por
essas estruturas.
É a ciência que estuda as condições
atmosféricas da camada de ar próxima ao solo,
numa escala reduzida. Atribui-se à Gregor Kraus
(1841-1915), botânico alemão sua fundação. Ao
meteorologista alemão Rudolf Geiger, coube o
desenvolvimento e estabelecimento dessa ciência
como um ramo da climatologia e meteorologia,
com sua obra Das Klima der Bodeumatien
Luftschicht (o clima próximo ao solo).
MICROCLIMATOLOGIA
A obra de Geiger, publicada em 1927, é um texto clássico, pois proporciona uma visão global da microclimatologia e dos efeitos do microclima sobre as plantas, os animais e o homem.
O fato das condições atmosféricas variarem mais entre a cabeça e os pés de uma pessoa do que horizontalmente, ao longo de centenas de quilômetros, deixa clara a importância dessa ciência. Qualquer pessoa, por mais leiga que seja, percebe logo de imediato a importância de um parque em um centro urbano. As condições atmosféricas são totalmente distintas.
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