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estilos de ensino educaçao fisica
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METODOLOGIAS OU ESTILOS DE ENSINO
Estilo de ensino - Comportamento ou postura do professor frente ao que pretende ensinar, à estrutura da aprendizagem e aos alunos.
Metodologias buscam: (1) processo de aprendizagem individualizado e (2) processos cognitivos que são fundamentalmente na aprendizagem.A escolha de um determinado estilo ou metodologia pode levar ao ensino de:
REPRODUÇÃO (voltado para conteúdo – professor)
TRANSFORMAÇÃO(voltado para aprendizagem – aluno)
Um dos prestigiosos trabalhos neste campo, é o do ESPECTRO DE ESTILOS DE ENSINO, idealizado por Mosston. Baseado na tomada de decisões, relacionada com as fases do planejamento, orientação e controle da aprendizagem. Tomada de decisões – evolui, segundo uma transferência de competência, do professor ao aluno – vai de um estilo por comandos a um estilo baseado na resolução de problemas.
• POR COMANDO – o professor define como os alunos executam as tarefas. Ele é o elemento preponderante, com um papel bem definido.
• POR TAREFA – o professor define qual a tarefa a ser executada pelos alunos.
• POR AVALIAÇÃO RECÍPROCA – o professor delega aos alunos a avaliação da aprendizagem.
• POR PROGRAMAÇÃO INDIVIDUALIZADA – baseia-se no princípio do trabalho individualizado (respeito às diferenças).
• POR DESCOBERTA ORIENTADA – o professor conduz de modo indireto o aluno a
descobrir como resolver uma “inquietação”.
• POR SOLUÇÃO DE PROBLEMAS – o professor propõe alguns problemas motores e age como facilitador.
“A SEQUENCIA ACIMA DEMONSTRA UM AUMENTO GRADATIVO DO NÍVEL DE INDEPENDÊNCIA DO ALUNO AO EXECUTAR TAREFAS”
COMANDO
Professor Centralizador (toma decisões – explica, demonstra e avalia). Aluno receptor – executa o que foi determinado (receptor passivo). Comportamento hierárquico bem definido.
Baseada no Quadrívero:1. Demonstração2. Explicação3. Execução4. AvaliaçãoProfessor– Determina os objetivos da aula– Escolhe as atividades– Fornece indicações precisas sobre o que executar– Avalia quase sempre de forma subjetiva e corrige.– Não se preocupa com as dificuldades dos alunos. – Procura levar o aluno ao aprendizado dos conteúdos através da imitação de um padrão de execução julgado ideal.
Conteúdos– Assumem um valor quase absoluto e autônomo, os quais os educandos devem conformar-se, aprendendo-os sem terem possibilidades de introduzir algo pessoal.– Estruturados num esquema mecanicista, segmentário, onde o estático predomina sobre o dinâmico.
Aluno– Elemento passivo– A ele compete somente executar, obedecendo as decisões tomadas pelo mestre.– Cabe compreender o que o professor propõe e executar após as vozes de comando.
Objetivos– São formulados em função das atividades de ensino a serem desenvolvidas pelo docente.
Metodologias– Utilização de situações didáticas que só dão margem a uma resposta.
Estratégias– Baseiam-se no emprego das demonstrações e na utilização de VOZES DE COMANDO para determinar:a) tomada de uma posiçãob) execução de um exercícioc) execução de um movimentod) uma formaçãoe) uma forma de trabalho– As vozes de comando são empregadas com a técnica clássica de voz de
advertência, intervalo e voz de execução.– Tudo está previsto (duração exata das sessões, número de repetições, ritmo de emprestar)– Incentivo à participação – baseia-se no temor do professor e no medo do fracasso.
TAREFA
Primeiro passo de um ensino centrado no aluno. Mudança na relação professor – aluno – comunicação, organização e ambiente social. Organização livre – o professor move-se livremente pelo espaço. Demonstração – a proximidade física do professor promove uma melhor observação. Dispersão e reunião – servem para romper a monotonia. Atividades – uma para toda a classe ou variadas com diferentes níveis de dificuldade.
Professor– Determina os objetivos e a atividade.– Decide quantidade e qualidade considerando as diferenças.– Não determina a distribuição dos alunos pelo espaço.– Demonstra e explica, mas não decide tempo e intensidade.– Fica liberado para motivar e corrigir.– Avalia de modo diferenciado cada tarefa (individualidade).
Conteúdos– São apresentados sob a forma de tarefasa) uma única tarefa é apresentada para toda a turma, podendo ser realizada segundo diferentes padrões de desempenho (número de repetições, carga, duração, intensidade, etc)b) diferentes tarefas são propostas para toda a turma, algumas vezes em seqüência que permite realizar uma habilidade ou movimento complexo.c) Diferentes tarefas ligadas a uma mesma habilidade ou um movimento complexo, mas podendo ser realizada segundo diferentes padrões de desempenho.– Impõe uma preparação prévia– A distribução de tarefas em diferentes estações facilita o controle por parte do professor.
Aluno– Não participa do planejamento da aula.– Tem a responsabilidade outorgada de escolher entre as tarefas propostas pelo professor, as que deseja realizar.– Escolhe também o padrão de desempenho. – Determina o momento de começar e terminar– Desenvolve conhecimento sobre a própria capacidade.– Torna-se menos dependente quanto à orientação espacial e relação interpessoal.– Determina ritmos e intensidades próprios.– Realiza livremente a atividade proposta, causando maior motivação.– Inicia um desenvolvimento gradual da autoavaliação.
Objetivos
– São escolhidos em função de modificações dos comportamentos dos alunos.
Metodologia– Proporciona um certo grau de individualização e favorece, até certo ponto, uma auto-avaliação.
AVALIAÇÃO RECÍPROCA
Segundo passo na direção de tornar o aluno independente. Professor – tem ainda um papel preponderante no processo Trabalho em duplas – executor e observador. Comunicação - oral, visual e escrita. O professor corrige o observador e este corrige o executor. Relação de confiança – professor/aluno e aluno/aluno.
Professor– Escolhe os objetivos, seleciona as estratégias e impõe a organização– Delega aos estudantes a avaliação da aprendizagem, mas estabelece critérios para que a mesma seja efetuada. – A atenção do professor se concentra mais nos avaliadores do que nos executantes. – Três ciclos:a) uma só tarefa de cada vez;b) uma série de exercícios correlacionados, vinculados a uma mesma atividade;c) um programa de exercícios escolhidos entre atividades variadas.
Aluno– Autonomia aumentada no que concerne às atividades de avaliação de aprendizagem
Objetivos– Objetivos traduzindo o comportamento observáveis dos alunos, para que seja possível a avaliação recíproca– Devem ser enunciados de maneira clara e precisa
Metodologia– Consiste em fornecer aos alunos os critérios que serão utilizados por eles mesmos para avaliarem o desempenho dos colegas.
PROGRAMAÇÃO INDIVIDUALIZADA
Baseia-se no princípio do trabalho individualizado, que pressupõe a existência de diferenças individuais entre os alunos. Desenvolver a consciência da própria execução. Aprender a observar e avaliar com critério a própria execução. Conseguir independência de fontes externas de feedback. Aceitar as próprias limitações e buscar critérios por melhor desempenho. Processo de individualização e tomada de decisões.
Professor– Planeja a aula com tarefas para cada aluno.– Observa a aula e a maneira de utilizarem a auto avaliação (folha de tarefa).– Oferecer feedback individual e comentários gerais.
Aluno
– Executa a tarefa em seu próprio ritmo e utiliza a folha de tarefa para seu próprio feedback.– Desenvolve o senso de responsabilidade e iniciativa.– Trabalha individualmente, identifica suas limitações.– Se auto-avalia em busca de um melhor desempenho.
Conteúdos– Apresentados sob a forma de programas individualizados:a) programa individualizado por tarefas (o aluno recebe uma lista de tarefas a realizar individualmente.b) Programa individual quantitativo (o aluno determina um máximo ara si em relação a uma determinada tarefas). c) Programa individual qualitativo (o aluno decide em relação a um nível qualitativo de desempenho que ele julga ajustado à sua capacidades. d) Programa individual combinado (o aluno determina seus níveis de desempenho em relação aos aspectos qualitativos e quantitativos.
Objetivos– São formulados em termos de modificações comportamentais dos alunos. Os padrões mínimos de rendimento são deixados a critério do aluno.
Metodologia– Baseada no princípio da existência de diferenças individuais entre os alunos.
DESCOBERTA ORIENTADA (OU DIRIGIDA)
O domínio cognitivo passa a ter um lugar importante como o motor e o afetivo. Qualquer habilidade implica obviamente algum conhecimento. Todo o indivíduo necessita adquirir conhecimentos e informações. Professor começa a perder seu papel onisciente e onipotente.
Professor– Papel de elemento incentivador, orientador e controlador de atividades formativas e informativas aos alunos.– Conduz o aluno de uma maneira indireta ao conhecimento. – Conduz o processo usando questões que possam conduzir à solução buscada.
Conteúdos– Passam a ser ligados aos três domínios propostos por BLOOM para os objetivos do ensino.
Objetivos– São os comportamentos desejados.
Aluno– Passa a ser o centro do processo educativo
Metodologia– Baseia-se na teoria da dissonância cognitiva de Festinger, que considera que uma irritação cognitiva produz uma necessidade de busca de uma solução que suprimirá a causa da irritação.
Estratégias– São usadas para:
a) recordar informações e conhecimentos ou habilidades psicomotoras;b) servir de elemento incentivador, de modo a provocar a motivação dos alunos;c) estimular a reflexão e dirigir o raciocínio do aluno;d) ajudar a efetuar avaliações e retificações da aprendizagem;e) introduzir nos conteúdos.
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Ocupa a posição de maior destaque no espectro de estilos de ensino. Acarreta mudanças fundamentais no papel e nas atitudes do professor, uma vez que se trata menos de ensinar do que ajudar os alunos a aprender. Aprender a resolver problemas
Professor– Passa a ser o fator humano incentivador, orientador e assessor do aluno– Exige maiores responsabilidades dos professores.– Desempenha um papel de facilitador, conselheiro, dinamizador.
Aluno– Colocado, verdadeiramente, no centro do processo educativo. – Passa a ser elemento ativo, formulando problemas, buscando respostas, procurando descobrir.
Estratégia– Parte de uma situação inicial que aguce a curiosidade dos alunos. – Elaborar uma situação problema cuja solução implicará precisamente a busca e a aquisição do comportamento desejado, expresso no objetivo. – Determinação dos problemas:a) problemas espontâneos (oriundos de situações de aprendizagem naturais)b) problemas suscitados (idealizados e apresentados pelo professor)c) problemas construídos ( feitos pelo professor)
ObjetivosSão definidos em termos comportamentais e formulados operacionalmente, com base na situação inicial.
Referência bibliográficaFARIA JUNIOR, A. G., CORRÊA, E. S. & BRESSANE, R. S. Prática de ensino em Educação Física: estágio supervisionado. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987
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