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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA
FUNDO BRASILEIRO PARA A BIODIVERSIDADE - FUNBIO
PROGRAMA ÁREAS PROTEGIDAS DA AMAZÔNIA - ARPA
TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2017.1127.00036-9 / 2017.1030.00059-3 / 2017.1027.00086-3
OBJETIVO: Contratação de serviço de consultoria de pessoa física para realizar
Diagnóstico Fundiário na região do Baixo Rio Branco, com fins de criação de
Unidade de Conservação Estadual no Estado de Roraima.
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UNIDADE GESTORA:
Instituto de Amparo a Ciência, Tecnologia e Inovação – IACTI/RR, por meio da Diretoria
de Pesquisa e Tecnologia em Gestão Territorial - DPTGT
Contratação de serviço de consultoria de pessoa física para realizar Diagnóstico
Fundiário na região do Baixo Rio Branco, com fins de criação de Unidade de
Conservação Estadual no Estado de Roraima.
1. ANTECEDENTES
A Amazônia é reconhecida pela sua importância nos processos biofísicos mundiais,
que podem ser demonstrados pelas dimensões que ela apresenta: 3/5 do território
brasileiro; 2/5 do continente sul-americano; 1/20 da superfície terrestre; 3/1000 da
população mundial. 1/5 da disponibilidade de água doce; 1/3 da floresta lati foliada; 1/10 da
biota universal; 163 povos indígenas que correspondem a 204 mil pessoas (60% dos índios
brasileiros), e o maior banco genético mundial” (Freitas, 2003).
Reconhecendo esta importância estratégica da Amazônia, o Governo Federal em
parceria com doadores e organizações da sociedade civil, criou o Programa Áreas
Protegidas da Amazônia - ARPA através do Decreto N˚ 4.326 de 08 de agosto de 2002,
preconizando a proteção de amostras representativas da biodiversidade amazônica de
forma a garantir a integridade de suas paisagens e recursos genéticos, contemplando a
participação das comunidades nas estratégias de ação.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA, o Programa ARPA é
implementado por meio de uma parceria entre os Órgãos Gestores de UCs, o Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade - Funbio e cooperação técnica com o Fundo Mundial para
a Natureza WWF-Brasil e a Agência Alemã para a Cooperação Internacional – GIZ. Sua
execução é financiada por recurso de orçamento público e por doadores brasileiros e
internacionais.
Com o Programa ARPA, o Governo Brasileiro tem como meta apoiar a proteção de
pelo menos 60 milhões de hectares de florestas na Amazônia, por meio da implementação
de áreas protegidas já existentes e da criação e implementação de novas unidades, e com
isso consolidar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC), instituído pela
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Lei No 9.985, de 18 de julho de 2000.
Originalmente, o Programa ARPA foi estruturado em fases interdependentes e
contínuas a serem executadas sequencialmente, com previsão de encerramento das
atividades do programa em 2018. A Fase I do Programa ARPA teve um aporte de US$ 115
milhões e duração de sete anos, entre 2003 a 2010. A Fase II, em execução desde 2010,
tem vigência prevista até 2017 e conta com um aporte de US$ 56 milhões.
A fase III do Programa, prevista, inicialmente, para o período de 2015 a 2018, teve
sua estratégia alterada em função do detalhamento das projeções de custos, que apontou
para indisponibilidade de recursos para a consolidação plena e manutenção de todas as
UCs apoiadas pelo Programa ARPA. Consequentemente, o Programa ARPA adota nesta
fase III uma nova estratégia financeira, criando o Fundo de Transição, que consiste em um
novo mecanismo de financiamento que permite o aumento gradativo do aporte de recursos
públicos para a gestão e manejo das UCs no prazo de 25 (vinte e cinco) anos. A fase III do
programa Arpa, também chamada “Arpa para Vida”, terá 25 anos de duração (2015-2039)
e objetiva gerar um mecanismo de financiamento de longo prazo e extinguível, criado por
meio de contratos entre entidades, pessoas físicas e jurídicas, doadores brasileiros e
estrangeiros.
O objetivo desse Fundo de Transição (FT) é assegurar a conservação da
biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos em 60 (sessenta) milhões de hectares da
Amazônia Brasileira através da gestão efetiva das UCs apoiadas pelo Programa ARPA,
mobilizando todos os recursos financeiros necessários para financiar o Programa ARPA por
25 anos (até 2039). Atualmente, o Programa abrange mais de 60 milhões de hectares em
117 UCs apoiadas, além de mais 6 milhões de hectares em estudos de criação.
O ARPA inaugura uma nova fase no tocante à criação e implementação de UCs na
Amazônia, haja vista que até meados da década de 1990, eram criadas UCs a partir de
estudos técnicos, considerando aspectos ambientais, beleza cênica, presença de espécies
endêmicas etc., cruciais para o aspecto ambiental, mas sem que houvessem diagnósticos
de campo, o que afetou em inúmeros casos os aspectos socioculturais das populações
locais na Amazônia.
Esse procedimento levou à criação de inúmeras UCs em descompasso com as
realidades das populações locais, gerando conflitos, sobretudo, no tocante ao uso dos
recursos para a sobrevivência destas populações, bem como de garantia do acesso às
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questões fundiárias; além de gerar interferência nos modos culturais destas populações
que já habitavam estas áreas, fazendo uso da terra e de seus recursos de forma tradicional.
Com a instituição do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), se
tornara obrigatória, além dos estudos técnicos científicos, um diagnóstico de campo, além
de consultas públicas, de modo que tanto os órgãos e autoridades públicas e privadas
interessadas, bem como as populações locais possam ser ouvidas quanto a criação de
novas UCs, mudanças de categoria, desafetação, ampliação de UCs etc.
Foi com o intuito de inserir o Estado de Roraima no contexto nacional de UCs que em
31/07/2017, foi firmado entre o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO e o
Governo do Estado de Roraima, através do Instituto de Amparo a Ciência, Tecnologia e
Inovação de Roraima / IACTI-RR, o Acordo de Cooperação Técnica nº 01/2017, objetivando
estabelecer a cooperação técnica entre o Estado de Roraima e o FUNBIO, na
implementação das atividades do Programa Áreas Protegidas da Amazônia – ARPA. Tal
acordo se refere à contratação de serviços de consultorias para elaboração de estudos
ambientais, socioeconômicos, fundiários e consultas públicas, implantação e consolidação
de Unidades de Conservação Estaduais, observando o conjunto de documentos oficiais do
Programa ARPA, a legislação federal, notadamente a Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000,
e a legislação estadual pertinente, com a interveniência da União, através do Ministério do
Meio Ambiente – MMA.
Esta parceria possibilitará a realização de estudos que incidirão na recategorização
da Área de Proteção Ambiental Baixo Rio Branco, criada em 18 de julho de 2006 pelo
Governo do Estado de Roraima, através da Lei nº 555. A Área de Proteção Ambiental Baixo
Rio Branco – APA-BRB, tem uma área total de 1.564.675,456 ha com o seguinte memorial
descritivo: Inicia-se no ponto P-01, de coordenadas Geográficas de Latitude. 0º57‘23,21" N
e Longitude. 61º 7’ 19,57"‘ WGr Datum SAD-69, referido ao Meridiano Central 63º WGr,
percorrendo uma distância de 2.776,477 metros e azimute de 124º 12’ 39,33" chega-se ao
ponto 2; Partindo do ponto 2 de coordenadas 0º 56’ 32,36" N e 61º 6’5,34" WGr, percorrendo
por um Igarapé sem denominação, sentido jusante, uma distância de 9.574,157 metros
chega-se ao ponto 3; Partindo do ponto 3 de coordenadas 0º 51’54,21" N e 61º 5’ 23,84"
WGr, percorrendo pelo Rio Itapará, no sentido montante, uma distância de 18.247,297
metros chega-se ao ponto 4; Partindo do ponto 4 de coordenadas 0º 49’ 36,44" N e
60º58’2,70" percorrendo uma distância de 2.689,850 metros de azimute de 177º 15’5,04"
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chega-se ao ponto 5; Partindo do ponto 5 de coordenadas 0º 48’8,99" N e 60º 57’58,58"
WGr, percorrendo por um Igarapé sem denominação, sentido jusante, uma distância de
22.432,143 metros chega-se ao ponto 6; Partindo do ponto 6 de coordenadas 0º 41’ 5,31"
N e 61º 5’6,41" WGr, percorrendo pelo Igarapé Itaparazinho, sentido montante, uma
distância de 10.766,398 metros chega-se ao ponto 7 de coordenadas 0º 39’ 16,06" N e 61º
0’ 35,46" WGr, percorrendo por um Igarapé sem denominação, sentido montante, uma
distância de 3.784,313 metros chega-se ao ponto 8; Partindo do ponto 8 de coordenados
0º 398,45" N e 60º 58’ 48,17" WGr, percorrendo uma distância de 2.701,348 metros de
azimute de 141º 50’ 25,41" chega-se ao ponto 9; Partindo do ponto 9 de coordenadas 0º
37’59,29" N e 60º 57’ 54,23" WGr, percorrendo pelo Igarapé Cachimbo, sentido jusante,
uma distância de 63.670,823 metros chega-se ao ponto 10; Partindo do ponto 10 de
coordenadas 0º 11’29,53" N e 60º 59’ 9,24" WGr, percorrendo pelo Rio Jauaperi, sentido
jusante, uma distância de 289.561,395 metros chega-se ao ponto 11; Partindo do ponto 11
de coordenadas 1º 35’21,53" S e 61º 28’ 27,91" WGr, percorrendo pelo Rio Negro , sentido
montante, uma distância de 53.410,506 metros chega-se ao ponto 12; Partindo do ponto
12 de coordenadas 1º 23’ 21,54" S e 61º 50’ 22,68" WGr, percorrendo pelo Rio Branco,
sentido montante, uma distância de 294.642,919 metros chega-se ao ponto 13; Partindo do
ponto 13 de coordenadas 0º 57’ 51,39" N e 61º 21’ 25,14" WGr, percorrendo pelo Rio Anauá,
sentido montante, uma distância de 43.381,328 metros chega-se ao ponto 1, inicial da
presente descrição, totalizando uma área de 1.564.675,456 ha.
A APA foi criada na época com o objetivo de preservar o Baixo Rio Branco com
destaque para as condições e necessidades da população da região, com vistas ao
desenvolvimento e adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos
naturais, bem como realizar pesquisas científicas e desenvolver atividades de educação
ambiental na região. Na região existe várias comunidades ribeirinhas, sendo elas: Santa
Maria do Boiaçú, Remanso, Bela Vista, Sacaí, Lago Grande, Samaúma, Xixauá, Dona Cota,
Sta Maria, Itaquera.
Atualmente está sendo proposta a mudança de categoria da APA Baixo Rio Branco,
haja vista que, apesar de serem UCs que constam da lista de uso sustentável, as APAs são
modalidades que não são consideradas de domínio público e assim não garantem o uso
eficaz da terra e dos recursos naturais, com vistas à melhoria da qualidade de vida das
populações locais, a partir das ações de gestão destas UCs.
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Este estudo considerará, sobretudo, as UCs criadas e as novas propostas, as
populações locais interessadas e a geração de renda para aumento e economia estadual,
as atividades desenvolvidas nas áreas ou em sua zona de amortecimento, de modo a
perceber se estas UCs atendem, além dos aspectos ambientais, de proteção à natureza,
aos aspectos sociais e culturais, que possam permitir às pessoas o uso dos recursos
naturais, o acesso à terra para a produção, bem como, garanta a preservação de seus
modos de vida culturais.
A região do Baixo Rio Branco é uma das mais ricas em biodiversidade do Estado de
Roraima e alvo da ação predatória de pescadores e caçadores que atuam em discordância
com a lei ambiental vigente, cometendo inúmeros crimes ambientais.
Existem cerca de 12 (doze) comunidades, perfazendo uma média de 546 (quinhentos
e quarenta e seis famílias), que residem na área que compreende a atual APA.
Considerando que em Roraima as atividades voltadas ao agronegócio e à pecuária se
sobressaem em relação às outras atividades produtivas, não houve atenção devida à
modalidade de UC à ser criada à época da criação da APA, levando em consideração o
desejo das populações locais e suas culturas produtivas, que nesta região, por estar
localizada no sul do Estado, região próxima ao Amazonas, é uma exceção em relação ao
restante do Estado, predominando a agricultura familiar e o extrativismo, ainda que em
baixa escala.
Contudo, é notória e significativa a forma como vivem as famílias tradicionais desta
região e o trato com a terra e a floresta dado pelos produtores locais, nesta região, ainda
densa, por se tratar de área de floresta e não de lavrado, caracterizando assim, como
práticas de uso tradicional, sendo, pois, apropriada a mudança de categoria de APA para
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS). As RDS, conforme a Lei 9.985∕2000, são
unidades de conservação de uso sustentável cujo objetivo é preservar a natureza e
assegurar as condições para a reprodução e a melhoria dos modos de vida das populações
tradicionais, inclusive na exploração de recursos naturais. Além disso, esta categoria de UC
visa valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente
desenvolvidas por estas populações. São áreas de domínio público, mas abrigam
populações tradicionais que vivem há gerações da exploração sustentável dos recursos da
área e que utilizam técnicas tradicionais de manejo compatíveis com a conservação e a
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manutenção da biodiversidade. Além da exploração sustentável dos recursos, a visitação e
a pesquisa cientifica também são permitidas na área, desde que autorizadas pelo órgão
gestor.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Contratar serviço técnico especializado, pessoa física, para realizar estudos para
subsidiar a proposta de criação das Unidades de Conservação estadual, na categoria RDS
(BOIAÇU, ITAPARÁ E CAMPINA)
.
2.2. Objetivo específico
2.2.1. Realizar Diagnóstico Fundiário da região do Baixo Rio Branco;
3. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 3.1. Diagnóstico fundiário
Para o diagnóstico fundiário, o consultor deverá apresentar estudo que contenha os
seguintes aspectos:
Caracterização do uso e ocupação da terra, destacando a malha fundiária
identificada por meio de levantamentos em campo na área de estudo, nos cartórios de
registro de imóveis e em intuições pertinentes (prefeituras ,INCRA, SPU e demais órgãos
competentes);
Caracterizar a questão fundiária, quanto às tendências e dinâmicas em relação aos
vínculos com a terra, de forma bastante clara e compreensível, relacionando-a em
ocupação consolidada e ocupação em consolidação, nome do imóvel rural; tipo de domínio
do imóvel; tipo de moradia; forma de ocupação da terra; estimativa de número de pessoas
residentes no imóvel, ocupação e relação de trabalho; percentual do imóvel inserido na
área de estudo, localizando a área de reserva legal;
Os dados, informações levantadas, pontos de coleta em campo (inventários, etc)
representativo das amostragens, e resultados das análises, devem ser apresentados em
mapas e em relatórios, digitais e impressos;
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Os dados georreferenciados deverão ser georrefernciados, sempre que possível,
sistematizados em banco de dados, devendo a referência espacial compor um sistema de
informações geográficas na plataforma ArcInfo e operacionalizável em ArView. O formato
para a representação cartográfica será do IBGE. A escala de trabalho deverá ser a de
1.250.000, ou escala maior quando for necessário melhor detalhamento. O registro espacial
dos dados e informações deverá ser compatível com a escala adotada, de modo a não
haver impropriedade espacial de registro.
Todas as atividades indicadas serão desenvolvidas em estreita colaboração entre a
equipe da DPTGT/IACTI-RR, representante da FEMARH-RR e o contratado, de modo a
assegurar que os trabalhos sejam concluídos. Assim, o contratado deverá cumprir o
seguinte na aplicação de metodologias e estratégias na área de estudo:
I. Elaborar Plano de Trabalho detalhado contendo objetivos, metodologia e
cronograma das atividades;
II. Realizar levantamento fundiário e zona de amortecimento, levantamento de
projetos governamentais e não governamentais identificação de atores sociais, reunião com
lideranças locais e usuários e produção de base cartográfica, banco de imagens e
informações georreferenciadas;
III. Complementar os levantamentos, diagnósticos e análise já existentes.
IV. Entregar os originais dos mapas elaborados (digital e impresso), imagens de
satélite, fotografias, slides e seus negativos, dados brutos de todas as informações,
juntamente com o documento final para o DPTGT/IACTI.
4. DAS DESPESAS COM AS ATIVIDADES DE CAMPO
Para a realização dos trabalhos, o profissional contratado deverá arcar com as
despesas dos seguintes insumos:
Equipamentos para utilização em campo, quando for o caso: notebook, máquina
fotográfica digital, gravador, filmadora analógica e outros equipamentos ou software;
O IACTI-RR deverá arcar com os seguintes insumos:
Despesas com material didático, deslocamento, hospedagem e alimentação dos
consultores nas atividades de campo na região do Baixo Rio Branco e diárias para a equipe
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da DPTGT/IACTI-RR e FEMARH que acompanhará os trabalhos de campo e
monitoramento;
5. ABRANGÊNCIA
Os estudos à serem realizados devem abranger toda a região do Baixo Rio Branco
que compreende atualmente a APA Baixo Rio Branco, no sentido de que sejam feitos
estudos amostrais tanto nas comunidades e localidades, quanto nas áreas que
compreendem áreas de uso e de influência desta UC, bem como demais locais de interesse
para a Unidade, os quais serão identificados por ocasião dos trabalhos de campo.
Os levantamentos Fundiários deverão ser realizados nas comunidades inseridas na
área proposta da região do Baixo Rio Branco.
As informações geográficas deverão compor um sistema estruturado na plataforma
ArcInfo e operacionalizável em ArcView. O formato para a representação cartográfica será
o do IBGE. A escala de trabalho deverá ser a de 1:250.000, quando for necessário maior
detalhamento a escala será proposta e justificada para a aprovação do contratante. O
registro espacial das informações e dados, pontos de amostragem, entre outros, deverão
ser compatíveis com a escala adotada, de modo a não haver impropriedade espacial de
registro.
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6. QUALIFICAÇÃO
O consultor selecionado para executar os trabalhos acima descritos deverá apresentar
os seguintes requisitos:
Para a realização do Diagnóstico Fundiário
Profissional de nível superior com formação acadêmica na área de Ciências Sociais
ou Humanas (geografo, antropólogo, sociólogo), Ciências agrárias (engenharia florestal,
engenharia agronômica, agronomia e afins) preferencialmente com especialização ou
mestrado em uma das áreas acima citadas, comprovada por meio de certificado;
Experiência em projetos com ênfase em elaboração de diagnostico fundiário;
Conhecimento da Legislação Fundiária do Brasil;
Experiência em trabalhos desenvolvidos com povos e comunidades tradicionais ou
Projetos de Assentamento na Amazônia, comprovado com certificado e/ou currículo;
Experiência em trabalho de SIG, incluindo imagens e geração de mapas;
Conhecimento de técnicas de mapeamento com metodologias participativas com
populações tradicionais na Amazônia comprovada por meio de currículo;
7. PRODUTOS
O consultor contratado deverá realizar estudos que possibilitem a entrega de três diagnósticos
ambientais:
Diagnóstico Fundiário – Deverá realizar estudos e apresentar 1 (um) relatório para
a RDS BOIAÇU;
Diagnóstico Fundiário – Deverá realizar estudos e apresentar 1 (um) relatório para
a RDS CAMPINA;
Diagnóstico Fundiário – Deverá realizar estudos e apresentar 1 (um) relatório para
a RDS ITAPARÁ;
Os produtos à serem entregues pelo consultor CONTRATADO deve seguir o seguinte
roteiro básico:
a) Plano de trabalho, detalhado para o desenvolvimento das atividades,
especificando metodologia e cronograma, para cada diagnóstico Fundiário;
b) Relatório preliminar das atividades desenvolvidas (Versão preliminar do estudo,
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contemplando todos os itens da Abrangência deste TdR - Deverá ser apresentada uma
versão para o diagnóstico Fundiário;
c) Versão final do estudo, contemplando um diagnóstico com todos os itens da
Abrangência deste TdR e as observações e considerações do IACTI .
8. FORMA DE APRESENTAÇÃO
Todos os produtos deverão ser escritos em língua portuguesa e impressos em
qualidade Laserprint ou similar, em papel de formato/tamanho A4, devendo ser observado
o estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O produto deverá ser apresentado primeiramente em meio digital, para análises da
Comissão Multidisciplinar de Análise Técnica. Depois de analisados, comentados e
aprovados pela Comissão Multidisciplinar de Análise Técnica, os produtos finais deverão
ser entregues, já incorporadas às considerações e observações feitas pela equipe técnica
responsável pela análise, em três vias encadernadas e uma via em meio digital de cada
produto, sendo que a versão final aprovada do documento deverá ser convertida para o
formato PDF.
A formatação dos documentos deverá observar as seguintes características:
programa: Word for Windows;
fonte: ARIAL11, justificado;
título principal: ARIAL 11, caixa alta, negrito;
subtítulo: ARIAL 11, caixa alta e baixa, negrito;
páginas numeradas;
espaçamento simples entre linhas e um espaço entre parágrafos;
numeração dos itens: algarismos arábicos, negrito, separados por ponto (ex.: 1.,
1.1. etc.);
tamanho/formato A4 do papel;
margens da página: superior e inferior: 2 cm; esquerda: 3 cm; direita: 2 cm;
cabeçalho e rodapé: 1,6 cm; e
sem recuo para indicar parágrafo, começando no início da margem esquerda.
Também deverão ser seguidas as seguintes instruções durante a redação dos
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documentos:
tabelas, quadros, croquis e todas as outras formas de ilustrações deverão estar
numerados, com legenda (quando for o caso) e títulos completos e auto-explicativos;
todas as abreviações e siglas existentes nas ilustrações têm que estar explicadas
na legenda e/ou nota na margem inferior da ilustração;
as siglas deverão vir em parênteses e ser precedidas do seu significado por
extenso somente na primeira vez em que forem citadas no texto, devendo constar, no início
do documento, uma relação das siglas utilizadas, antes do sumário (que é conteúdo com
respectiva paginação no documento);
as palavras em outros idiomas deverão vir em itálico;
nomes científicos de fauna e flora também deverão estar em itálico, sem separação
de sílabas, antecedidos do nome popular da espécie em letras minúsculas, sem vírgula,
sem parênteses, como por exemplo: veado-campeiro Ozotocerus bezoarticus ou pequi
Cariocar brasiliense;
os nomes populares compostos das espécies da fauna e da flora deverão sempre
ter hífen, como por exemplo: veado-campeiro; cachorro-do-mato-de-orelha-curta etc.
Nomes populares são sempre em minúsculas. Caso se dispuser apenas do gênero, as
abreviações sp. e spp. nunca virão em itálico e sempre serão em minúsculas seguidas de
ponto;
obras e autores citados deverão ser referidos apenas por iniciais maiúsculas,
seguidos por vírgula e data, como exemplificadas a seguir: “Segundo Oliveira (1998), o PNI
tem ....” ou “O PNI apresenta três tipos fisionômicos distintos, a saber ... (Oliveira, 1998)”.
Quando se tratar de comunicação pessoal, é preciso informar o ano e explicar instituição
da pessoa, se for o caso [ex.: ... conforme Teresa Magro (2001, USP/Piracicaba), ...]; e
as citações bibliográficas serão listadas conforme a ABNT, com as seguintes
modificações: os autores aparecerão somente com as iniciais em maiúsculas, seguidos do
ano de publicação e sem recuo nas linhas subseqüentes. Todas as iniciais do título
deverão vir em maiúsculas. As citações são separadas entre si por um espaço simples
entre as linhas. Exemplos:
Cifuentes, M. 1993. Determinación de Capacidad de Carga Turística en Áreas
Protegidas. CATIE. Turrialba.
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Maack, R. 1981. Geografia Física do Estado do Paraná. Livraria José Olympio
Editora/Secretaria da Cultura e do Esporte do Estado do Paraná. Curitiba.
Caso sejam produzidos mapas, croquis e outras ilustrações, eles deverão ser
apresentados de maneira que permita sua reprodução e também deverão ser entregues em
papel e em meio digital, indicando os aplicativos utilizados e suas respectivas versões. Todas
as informações georreferenciadas que se possuam deverão ser entregues em meio digital,
formato para ARCVIEW atualizado (formato shape-file para dados vetoriais e TIFF para
imagens). Os mapas impressos também devem ser entregues no formato PDF.
Quando couber, deverão ser fornecidas informações detalhadas, em papel e meio digital
de todos os dados: descrição geral dos arquivos produzidos; procedimentos adotados para a
digitalização de dados cartográficos; escala; data e fonte desses dados; tipo (mapa em papel,
imagens de satélite etc.); data da digitalização dos dados cartográficos; problemas existentes
nos dados; projeção cartográfica utilizada e todos os parâmetros necessários para sua
interpretação (datum, meridiano central, zona etc.).
No que se refere aos créditos de elaboração do documento fica definido que deverá
constar:
equipe técnica do IACTI-RR responsável pela elaboração da proposta;
composição da equipe envolvida, se for o caso; e
autoria do documento (incluindo colaboradores, assistentes, estagiários etc., caso
o contratado tenha contado com isso, com ônus para si).
O documento final deverá ser objeto de revisão ortográfica, semântica e gramatical de
texto, antes da sua entrega, efetuada por profissionais habilitados, cujos custos são de
inteira responsabilidade do contratado. Porém, a critério do IACTI-RR e/ou Comissão
Multidisciplinar de Análise Técnica dos produtos, nova revisão poderá ser solicitada, com
ônus para o contratado. Os resultados das pesquisas realizadas e outros materiais de
interesse do trabalho deverão ser organizados como anexo ao documento e entregues
quando da apresentação da versão final dos diagnósticos.
Os documentos deverão ser apresentados com o grau de detalhe e linguagem
adequados para sua perfeita compreensão e entregues nos prazos especificados no
cronograma aprovado pelo IACTI-RR, que não deverá ultrapassar o estabelecido no
presente TdR.
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9. CRONOGRAMA E FORMA DE PAGAMENTO
O tempo total estimado para execução deste trabalho será de até 120 dias após assinatura
do contrato, sendo que:
a) O plano de trabalho deverá ser apresentado em até CINCO DIAS corridos, depois de
efetivado assinatura do contrato;
b) O relatório preliminar da atividade desenvolvida (DIAGNÓSTICO – DADOS
COLETADOS E SISTEMATIZADOS), após o levantamento de campo, com análise e
aprovação do relatório preliminar pelo CONTRATANTE, comprovando 50% da execução
das atividades, deverá ser apresentado em até 70 dias (setenta) após a realização da
viagem de campo para levantamento dos dados e assinatura do contrato;
c) A versão final do DIAGNÓSTICO deverá ser apresentada em até 120 dias (cento e
vinte) após a assinatura do contrato e devolução da análise feita pela Comissão
Multidisciplinar, da versão preliminar ao Consultor;
A COMISSÃO MULTIDISCIPLINAR DE ANALISE TECNICA, formada por
representantes das instituições (IACTI-RR, FEMARH, SEPLAN/ZEE-RR) responsável pela
análise e parecer dos produtos entregues pelos consultores emitirá parecer sobre eles, dentro
dos seguintes prazos:
a) Um período máximo de cinco dias úteis sobre o plano de trabalho;
b) Um período máximo de 10 dias úteis sobre a versão preliminar e final do
diagnóstico;
Os pagamentos serão efetuados em um prazo de dez (10) dias úteis a partir da aprovação
dos produtos pelo gestor, através do Termo de Recebimento e Aceite.
.O Cronograma de desembolso deverá seguir a tabela abaixo:
ETAPAS ATIVIDADES PRODUTOS PRAZO %DO VALOR
DO TDR
ETAPA 1: Elaboração do Plano de Trabalho
Produzir Plano de Trabalho
Plano de Trabalho Até 5 dias após assinatura do contrato
0%
ETAPA 2:
Coleta de dados primários e
Realizar visitas de campo;
Relatório Preliminar Até 70 dias após assinatura do
40% do valor do contrato
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secundários, análise e sistematização das informações disponíveis sobre o histórico de uso.
Facilitar reuniões com moradores das comunidades e do entorno; Aplicação de ferramentas de Diagnóstico Fundiário participativo; levantamento de dados bibliográficos acerca dos temas estudados para a elaboração dos diagnósticos
contrato
ETAPA 3: Elaboração do
relatório final
Análise das sugestões feitas pela equipe técnica, levantamento de dados complementares e conclusão do relatório final
Versão final do DIAGNÓSTICO com todos os itens da abrangência deste TdR e as observações e considerações da Comissão Multidisciplinar de Análise Técnica dando parecer de aprovação do produto.
Até 120 dias após assinatura do contrato
60% do valor do contrato
10. CONTRATAÇÃO
O contrato será celebrado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO,
com recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA, após a aprovação deste
Termo de Referência pela Unidade de Coordenação do Programa – UCP e do Ministério
do Meio Ambiente.
Estão incluídos no custo acima a remuneração dos serviços prestados pela
contratada, bem como todos os encargos sociais estipulados na legislação fiscal e
trabalhista, devendo ser deduzidos nos atos dos pagamentos os descontos estipulados por
lei.
11. DADOS, SERVIÇOS LOCAIS, PESSOAL E INSTALAÇÕES FORNECIDAS
PELO CLIENTE
O contratado deverá ter disponibilidade para viagens e ficará em contato permanente
com a equipe da DPTGT/IACTI-RR.
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As atividades de campo na área de estudo e seu entorno deverão ser planejadas e
executadas em parceria com a equipe da DPTGT/IACTI-RR e FEMARH-RR.
Todos os equipamentos e materiais necessários ao trabalho serão de
responsabilidade do contratado tais como computador, máquina fotográfica, GPS etc.
Contudo, no tocante aos formulários para aplicação no campo, há recursos previsto pelo
contratante para arcar com tais custos.
O acesso a toda a documentação existente nas diversas secretarias e instituições do
governo referente a Região Baixo Rio Branco, que possa auxiliar o trabalho do profissional
responsável pela consultoria, lhe será facilitado, mediante prévia solicitação, sendo
competência do IACTI buscar junto aos órgãos de governo o acesso à tais informações
para subsidiar as informações dos relatórios dos consultores.
Após sua aprovação, o documento final passa a ser propriedade do IACTI-RR,
podendo ser utilizada pelo contratado, no todo ou em parte, mediante a autorização do
IACTI-RR, respeitada a legislação de direitos autorais.
Os dados coletados por ocasião da elaboração dos estudos para subsidiar a proposta
de criação das Unidades de Conservação Estaduais (categoria RDS), poderão embasar
teses de pós-graduação, monografias, artigos científicos e outras publicações, sendo
imprescindível fazer referência em tais trabalhos que os dados que subsidiaram a proposta
e as respectivas publicações foram coletados com o apoio do IACTI- RR/ARPA/FUNBIO.
A contratante deverá encaminhar uma cópia de todos os produtos para o FUNBIO e
órgão gestor em meio digital, (e-mail ou CD), devidamente aprovados pelos gestores da
Unidade de Conservação.
12. SUPERVISÃO
A contratante disponibilizará, quando requisitado, todos os elementos necessários ao
processo de monitoria do Programa ARPA ou dos doadores, que devidamente autorizados
efetuem o acompanhamento das atividades e verifiquem a elaboração dos produtos do
contratado.
O acompanhamento e a aprovação dos trabalhos estarão a cargo da equipe da
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DPTGT/IACTI-RR, representante da FEMARH-RR e Comissão Multidisciplinar Técnica de
análise dos produtos.
A equipe Técnica da DPTGT/IACTI-RR responsável por todo o processo poderá
realizar quando necessário, reuniões ao longo do desenvolvimento do trabalho, agendadas
de acordo com o plano de trabalho estabelecido com o contratado.
A aprovação técnica do documento final será de responsabilidade da DPTGT/IACTI-
RR, que informará a pertinência do pagamento das parcelas (intermediárias e final)
estabelecidas no contrato.
SIGLAS UTILIZADAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
DPTGT – Diretoria de Pesquisa e Tecnologia em Gestão Territorial
FEMARH – Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
GEREX – Gerência Executiva (representação do IBAMA nos Estados)
GPS – Sistema de Posicionamento Global (do inglês)
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IACTI-RR – Instituto de Amparo a Ciência, Tecnologia e Inovação de Roraima
SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
TOR - Termo de Referência
UC - Unidade de Conservação
RDS – Reserva de Desenvolvimento Sustentável
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