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Modelação Hidrológica Distribuída na Bacia
Hidrológica do Rio Guadiana
A metodologia proposta baseia-se na integração de modelos hidrológicos com Sistemas de Informação
Geográfica, de uma forma distribuída, para o cálculo do escoamento mensal. O modelo de precipitação-
escoamento utilizado foi o de Temez, que, simula o escoamento de uma bacia em função de dados
climatológicos (precipitação e evapotranspiração potencial) e variáveis de estado optimizadas, reproduzindo
os processos essenciais do transporte de água das diferentes fases do ciclo hidrológico. A metodologia
desenvolvida foi aplicada na parte portuguesa da bacia hidrográfica do rio Guadiana, tendo por base as
observações das estações udométricas e climatológicas para o cálculo da distribuição espacial da
precipitação e da temperatura. O modelo vai assim, calcular mapas mensais de escoamento a partir de
mapas mensais de precipitação e de evapotranspiração potencial, obtendo-se assim o escoamento
distribuído em toda a bacia hidrográfica permitindo visualizar quais as sub-bacias que mais contribuem para
a acumulação de água nos rios. Para a validação do modelo comparam-se os resultados da acumulação de
escoamento nas linhas de água com os valores dos caudais reais das estações hidrométricas.
INAG – DSRH
Maria Fernanda Teixeira Gomes e Rui Rodrigues
4º Congresso da Água
Novembro 1998
OBJECTIVOS
Integração de modelos hidrológicos em Sistemas de
Informação Geográfica.
Simulação do comportamento hidrológico da bacia hidrográfica do rio Guadiana utilizando um modelo distribuído de precipitação - escoamento.
METODOLOGIA
Análise exploratória dos dados de base de precipitação e temperatura Modelos de Distribuição Espacial da Precipitação e Evapotranspiração Potencial
Modelo de cálculo Precipitação-Escoamento Modelo Temez
Validação e calibração com dados experimentais de caudais
FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DA
BACIA HIDROGRÁFICA
MODELOS HIDROLÓGICOS DISTRIBUÍDOS
A utilização de modelos hidrológicos distribuídos, permite aplicar os algoritmos de cálculo a unidades espaciais bastante reduzidas, permitindo captar a variabilidade espacial natural inerente a uma bacia, nomeadamente em termo das suas características físicas. O desenvolvimento dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e a sua integração com modelos distribuídos veio abrir novas perspectivas na caracterização dessa variabilidade espacial, estimulando o desenvolvimento de modelos de simulação dos processos hidrológicos de uma bacia hidrográfica.
DADOS DE BASE
Precipitação Evapotranspiração
O período de modelação foi de 1959/60 a 1963/64 com uma resolução temporal mensal, em que os dados de precipitação são provenientes de 37 estações udométricas e os dados climatológicos de 14 estações climatológicas.
MODELO TEMEZ
Este modelo reproduz os processos
essenciais do transporte de
água nas diferentes fases
do ciclo hidrológico.
A água proveniente da precipitação,
excluindo o
armazenamento no solo
e a evapotranspiraçã
o, é denominada excedente,
sendo esta a água que se
divide em escoamento superficial e infiltração.
Variáveis de entrada Variáveis de saída
- Precipitação
- Evapotranspiração potencial - Evapotranspiração real
- Infiltração no solo - Escoamento superficial
Parâmetros do modelo
- Capacidade máxima de retenção de água no solo
- Capacidade máxima de infiltração - Parâmetro de escoamento
Estações utilizadas na calibração e validação do modelo Temez
Calibração e validação (período 59/60 - 63/64)
Calibração e validação (período 59/60 - 63/64)
Calibração e validação (período 59/60
Calibração e validação (período 59/
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA
MAPAS DOS PARÂMETROS DO MODELO TEMEZ
Parâmetro de escoamento Capacidade máxima de armazenamento de água no solo
Taxa Máxima de infiltração
MAPAS DE RESULTADOS DO MODELO TEMEZ
(Fevereiro de 1963)
Escoamento Evapotranspiração real
Água no solo Infiltração
MODELOS NUMÉRICOS DO TERRENO
Modelo digital do terreno Direcções de escoamento
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