MODERNISMO PRIMEIRA FASE E revisão. SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA Casimiro de Abreu (poeta da...

Preview:

Citation preview

MODERNISMO PRIMEIRA FASE

E revisão

SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA

Casimiro de Abreu (poeta da saudade)Meus oito anos / Amor e Medo

Álvares de Azevedo (poeta da morte)Lembrança de Morrer / Se eu morresse amanhã

Junqueira Freire (o seminarista)Inspirações do Claustro

SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA

Casimiro de Abreu (poeta da saudade)Meus oito anos / Amor e Medo

Álvares de Azevedo (poeta da morte)Lembrança de Morrer / Se eu morresse amanhã

Junqueira Freire (o seminarista)Inspirações do Claustro

O Homem Amarelo, de Anita Malfatti

Cabeça de Cristo, Víctor

Brecheret

Monumento às Bandeiras, Victor Brecheret

Mário de Andrade conhece Oswald de Andrade.

Como repórter vou a uma festa no Conservatório Dramático e Musical. O dr. Sorriso que é o Elói Chaves, secretário da justiça, faz ali uma conferência de propaganda aos aliados. Quem o saúda é um aluno alto, mulato, de dentuça aberta e de óculos. Chama-se Mário de Andrade. Faz um discurso que parece assombroso. Corro ao palco para arrancar-lhe das mãos o original, que publicarei no jornal do Comércio. Um outro rapaz, creio que de O Estado, atraca-se comigo para obter as laudas. Bato-o e fico com o discurso. Mário, lisonjeado, torna-se meu amigo.

OS TRÊS ESPATÁCULOS DA SEMANA

13 DE FEVEREIRO

CONFERÊNCIA DE GRAÇA ARANHA

MÚSICA DE ERNANI BRAGA

POEMA DE RONALD DE CARVALHO

GUILHERME DE ALMEIDA

15 DE FEVEREIRO

GUIOMAR NOVAES E MENOTTI DEL PICCHIA

CONFERÊNCIA DE MENOTTI DEL PICCHIA

RONALD DE CARVALHO LÊ OS SAPOS.

DANÇAS AFRICANAS, MAESTRO VILLA LOBOS

17 DE FEVEREIRO

APRESENTAÇÃO DE VILLA LOBOS

O Romantismo tem início no ano de? 1836

Com um texto chamado? Suspiros poético e Saudades.

Cujo autor foi? Gonçalves de Magalhães

E o Romantismo vai até o ano de? 1881

Quando surge um texto chamado? Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Cujo autor foi? Machado de Assis

O ROMANTISMO TEM INÍCIO NO ANO DE? 1836

COM UM TEXTO CHAMADO? SUSPIROS POÉTICO E SAUDADES.

CUJO AUTOR FOI? GONÇALVES DE MAGALHÃES

E O ROMANTISMO VAI ATÉ O ANO DE? 1881

QUANDO SURGE UM TEXTO CHAMADO? MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS.

CUJO AUTOR FOI? MACHADO DE ASSIS

O ROMANTISMO É DIVIDIDO EM TRÊS ERAS, QUE SÃO?

INDIANISTA

SUBJETIVISTA, BYRONISTA, ULTRARROMÂNTICA

CONDOREIRA

OS PRINCIPAIS POETAS DA PRIMEIRA GERAÇÃO FORAM:

GONÇALVES DE MAGALHÃES

SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADESA CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS

GONÇALVES DIAS (POETA DOS ÍNDIOS)

AINDA UMA VEZ ADEUSO CANTO DO PIAGAI JUCA PIRAMA

Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. Andei longes terras Lidei cruas guerras,

Vaguei pelas serras Dos vis Aimorés; Vi lutas de bravos, Vi fortes - escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo, Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri. Meu pai a meu lado Já cego e quebrado,

SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA

CASIMIRO DE ABREU (POETA DA SAUDADE)MEUS OITO ANOS / AMOR E MEDO

ÁLVARES DE AZEVEDO (POETA DA MORTE)LEMBRANÇA DE MORRER / SE EU MORRESSE AMANHÃ

JUNQUEIRA FREIRE (O SEMINARISTA)INSPIRAÇÕES DO CLAUSTRO

SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA

CASTRO ALVES (POETA DOS ESCRAVOS OU CONDOREIRO)NAVIO NEGREIRO – VOZES D’ÁFRICA – CACHOEIRA DE PAULO AFONSO – CRUZ NA ESTRADA – O ADEUS DE TERESA

FAGUNDES VARELACÂNTICO DO CALVÁRIO

PRÉ-MODERNISMO

VANGUARDAS EUROPEIAS

MODERNISMO

MODERNISMO PRIMEIRA FASE

1922 A 1930

FASE HEROICA

PRINCIPAIS ESCRITORES

MANUEL BANDEIRA

OSWALD DE ANDRADE

MÁRIO DE ANDRADE

ALCÂNTARA MACHADO

MANUEL BANDEIRA

TESTAMENTOÚLTIMA CANÇÃO DO BECOOS SAPOSVOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA

OSWALD DE ANDRADE:

MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR

MÁRIO DE ANDRADE:

MACUNAÍMAPAULICEIA DESVAIRADACONTOS NOVOSAMAR VERBO INTRANSITIVOHÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA

ALCÂNTARA MACHADO:

BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA

MACUNAÍMA (1928) INCORPORA OS ELEMENTOS FOLCLÓRICOS PARA TRAÇAR O PERFIL DO BRASILEIRO, CRIANDO “O HERÓI SEM NENHUM CARÁTER”

HERÓI PERTENCENTE DO ROL DE MALANDROS:

MACUNAÍMALEONARDINHO, MEMÓRIAS DE UM SARGENTO

MACUNAÍMA

NO FUNDO DO MATO-VIRGEM NASCEU MACUNAÍMA, HERÓI DA NOSSA GENTE. ERA PRETO RETINTO E FILHO DA NOITE. HOUVE UM MOMENTO EM QUE SILÊNCIO FOI TÃO GRANDE ESCUTANDO O MURMUREJO DO URARICOERA, QUE A ÍNDIA TAPANHUMAS PARIU UMA CRIANÇA FEIA. ESSA CRIANÇA É QUE CHAMARAM DE MACUNAÍMA.

CRIANÇA FEIA

O ADJETIVO USADO PARA CARACTERIZAR MACUNÍMA É ESSENCIAL PARA A CONFIGURAÇÃO DA PERSONAGEM: ERA UMA CRIANÇA FEIA, POR OPOSIÇÃO AOS RETRATOS IDEALIZADOS DO ROMANTISMO.

INTERTEXTUALIDADEMACUNÍMA

IRACEMA

ALÉM, MUITO ALÉM DAQUELA SERRA, QUE

AINDA AZULA NO HORIZONTE, NASCEU IRACEMA. IRACEMA, A VIRGEM DOS LÁBIOS DE MEL, QUE TINHA OS CABELOS MAIS NEGROS QUE A ASA DA GRAÚNA E MAIS LONGOS QUE SEU TALHE DE PALMEIRA. O FAVO DA JATI NÃO ERA DOCE COMO O SEU SORRISO;

NEM A BAUNILHA RESCENDIA NO BOSQUE

COMO SEU HÁLITO PERFUMADO. MAIS RÁPIDA QUE A EMA SELVAGEM, A MORENA VIRGEM CORRIA O SERTÃO E AS MATAS DO IPU, ONDE CAMPEAVA SUA GUERREIRA TRIBO, DA GRANDE NAÇÃO TABAJARA. O PÉ GRÁCIL E NU, MAL ROÇANDO, ALISAVA APENAS A VERDE PELÚCIA QUE VESTIA A TERRA COM AS PRIMEIRAS ÁGUAS.

JÁ NA MENINICE FEZ COISAS DE SARAPANTAR. DE PRIMEIRO PASSOU MAIS DE SEIS ANOS NÃO FALANDO. SI O INCITAVAM A FALAR EXCLAMAVA:TRAÇOS DE ORALIDADE

-AI QUE PREGUIÇA!...E NÃO DIZIA MAIS NADA. FICAVA NO CANTO DA MALOCA, TREPADO NO JIRAU DE PAXIÚBA, ESPIANDO O TRABALHO DOS OUTROS E PRINCIPALMENTE OS DOIS MANOS QUE TINHA, MAANAPE JÁ VELHINHO E JIGUÊ NA FORÇA DO HOMEM. O DIVERTIMENTO DELE ERA DECEPAR CABEÇA DE SAÚVA.

HERÓI PREGUIÇOSOMALANDROREPRESENTANTE DO JEITINHO BRASILEIRO

VIVIA DEITADO MAS SI PUNHA OS OLHOS EM DINHEIRO, MACUNAÍMA DANDAVA PRA GANHAR VINTÉM. E TAMBÉM ESPERTAVA QUANDO A FAMÍLIA IA TOMAR BANHO NO RIO, TODOS JUNTOS E NUS. PASSAVA O TEMPO DO BANHO DANDO MERGULHO, E AS MULHERES SOLTAVAM GRITOS GOZADOS POR CAUSA DOS GUAIAMUNS DIZ-QUE HABITANDO A ÁGUA-DOCE POR LÁ.

NO MUCAMBO SI ALGUNS CUNHATÃ SE APROXIMAVA DELE PRA FAZER FESTINHA, MACUNAÍMA PUNHA A MÃO NAS GRAÇAS DELA, CUNHATÃ SE AFASTAVA. NOS MACHOS GUSPIA NA CARA.

LIBIDO – SEXUALIDADE AFLORADA, JÁ DEMONSTRAVA A LICENCIOSIDADE QUE LHE CARACTERIZARIA A VIDA.

PORÉM RESPEITAVA OS VELHOS E FREQUENTAVA COM APLICAÇÃO A MURUA A PORACÊ O TORÊ O BACOROCÔ A CUCUICOGUE, TODAS ESSAS DANÇAS RELIGIOSAS DA TRIBO.

AUSÊNCIA DE PONTUAÇÃO

HERÓI SEM NENHUM CARÁTER

CARÁTER EM FORMAÇÃO

MISCIGENAÇÃO

UBIRJARA

IRACEMA

O GUARANI

MACUNÍMA

CAPÍTULO I - MACUNÍMA

NASCE NO URARICOERA

CARACTERÍSTICA MAIS FORTE:

A PREGUIÇA

SUA PRINCIPAL ATIVIDADE É A SEXUAL, E COM A MULHER DO IRMÃO, JIGUÊ.

PRÍNCIPE LINDO.

CAPÍTULO II - MAIORIDADE

BAGUNCEIRO – É ABANDONADO PELA MÃE.

ENCONTRO COM O CURUPIRA.

COTIA – O ENVENENA – CALDA DE AIPIM

O CORPO CRESCE, A CABEÇA, NÃO.

CAPÍTULO III – CI, MÃE DO MATO

CI, MÃE DO MATO

PERDE O FILHO

DEIXA O MUNDO

MUIRAQUITÃ

CAPITULO IV – BOIUNA LUNA

TRISTE, SEGUE SEU CAMINHO

DESPEDE-SE DAS ICAMIABAS

LUTA CONTRA O MONSTRO “CAPEI”

PERDE A MUIRAQUITÃ

UMA TARTARUGA A APANHA

UM MARISCADOR A ENCONTRA

VENDE PARA VENCESLAU PIETRO PIETRA

CAPÍTULO V - PIAIMÃ

COM OS IRMÃOS VAI PARA SÃO PAULO.

VENCESLAU É O GIGANTE PIAIMÃ

PIAIMÃ É AMIGO DE CEIUCI

OS DOIS SÃO DEVORADORES DE CARNE HUMANA

CAPÍTULO VI – A FRANCESA E O GIGANTE

DISFARÇA-SE DE FRANCESA PARA SEDUZIR PIAIMÃ.

OFERECE A PEDRA POR UMS NOITE COM A FRANCESA.

DUSPARA EM CORRERIA POR TODO O BRASIL.

CAPÍTULO VII – MACUMBA

EM TERREIRO DE MACUMBA PEDE À MACUMBEIRA PARA SURRAR CRUELMENTE O GIGANTE.

CAPÍTULO VIII – VEI, A SOL

ENCONTRA, NO RIO VEI.

PROMETE CASAMENTO À FILHA

NA MESMA NOITE BRINCA COM UMA PORTUGUESA

ENFURECE A DEUSA QUE MANDA UM MONSTRO

O HERÓI FOGE, DEIXANDO O MONSTRO COM A

PORTUGUESA.

CAPÍTULO IX CARTA AS ICAMIABAS

DESCREVE AS MAZELAS DA VIDA AGITADA DE SÃO

PAULO.

CAPÍTULO X – PAUÍ PÓDOLE

O GIGANTE FICA DOENTE.

IMPOSSIBILITADO DE RECUPERAR A PEDRA

PASSA A APRENDER A LÍNGUA DA TERRA.

CAPÍTULO XI – A VELHA CEIUCI

VISITA O GIGANTE DOENTE.

PESCA NO TIETÊ ONDE CEIUCI PESCAVA.

BRINCA COM A FILHA DA CAAPORA

FOGE DE CEIUCI NUM CAVALO

SURREALISMO DE MANAUS A ARGENTINA

XII – TEQUETEQUEM, CHUPINZÃO E A INJUSTIÇA

DOS HOMENS.

DISFARÇA DE PIANISTA, TENTA BOLSA.

PARA SEGUIR O ENCALÇO DE VENCESLAU

NÃO ENGANA O GOVERNO, VIAJA PELO BRASIL.

COM FOME ENONTRA UM MACACO COMENDO

COQUINHOS

MACUNAÍMA BATE COM UM PARALELEPÍPEDO NOS “COQUINHOS”.

O HERÓI MORRE.

É RESSUSCITADO PELO IRMÃO, MAANAPE QUE LHE RESTITUI OS TESTÍCULOS COM DOIS COCOS DA BAHIA.

CAPÍTULO XIII – A PIOLHENTA DE JIGUÊ

JIGUE SE ENAMORA DE MOÇA PIOLHENTA.

TODA HORA MACUNAÍMA BRINCA COM ELA.

JIGUÊ DESCOBRE, SURRA MACUNAÍMA

DÁ PORRETADA NA PIOLHENTA QUE VAI PARA O CÉU COM SEUS PIOLHES E VIRA UMA ESTELA QUE PULA.

CAPÍTULO XIV – A MUIRAQUITÃ

MACUNAÍMA MATA PIAIMÃ JOGANDO-O NUM BURACO COM ÁGUA FERVENDO, ONDE CEIUCI PREPARAVA UMA MACARRONADA.

O HERÓI RECUPERA A MUIRAQUITÃ.

CAPÍTULO XV – A PACUERA DE OIBÊ

VOLTAM PARA UIRARICOERA

TEM VÁRIOS CASOS AMOROSOS PELO CAMINHO

É PERSEGUIDO PELO MINHOCÃO OIBÊ.

TRANSFORMA O MONSTRO EM UM CACHORRO DO MATO.

SEGUE VIAGEM.

CAPÍTULO XVI – URARICOERA

NA VOLTA, A TRIBO ESTÁ DESTRUÍDA.

OS IRMÃOS SÃO DEVORADOS POR SOMBRA LEPROSA.

FICA SÓ. TODAS AS AVES VÃO EMBORA.

UM PAPAGAIO FICA E OUVE TODA A SUA HISTÓRIA.

CAPÍTULO XVII – URSA MAIOR

VEI, A SOL FAZ ARMADILHA PARA MACUNAÍMA

SEDUZIDO PELO MONSTRO É MUTILADO.

RECUPERA AS PARTES MUTILADAS, ABRINDO A BARRIGA DO MONSTRO.

NÃO ENONTRA SUA PERNA E PERDE A MUIRAQUITÃ.

VAI PARA O CÉU, TRANSFORMADO EM URSA MAIOR.

EPÍLOGO

O NARRADOR CONTA QUE CONHECEU A HISTÓRIA POR MEIO DO PAPAGAIO.

TEMPO E ESPAÇO - INDEFINIDOS

NARRATIVA MÍTICA

ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO.

TEMPO INDEFINIDO

CONCLUSÃO

SINTETIZA O CARÁTER BRASILEIRO

SEGUNDO CONVICÇÃO DA PRIMEIRA FASE MODERNISTA.

O BRASIL É COMPARADO AO CORPO DE MACUNAÍMA: GRANDE E IMATURO.

CARACTERÍSTICAS NA POESIA:

I - QUANTO À FORMA:

1. VERSOS LIVRES

2. LINGUAGEM COLOQUIAL

3. APROXIMAÇÃO COM A PROSA.

CARACTERÍSTICAS NA POESIA:

I - QUANTO À FORMA:

1. VERSOS LIVRES

2. LINGUAGEM COLOQUIAL

3. APROXIMAÇÃO COM A PROSA.

CARACTERÍSTICAS NA POESIA:

II - QUANTO AO CONTEÚDO:

HUMOR IRREVERÊNCIA VALORIZAÇÃO DO COTIDIANO NACIONALISMO

CARACTERÍSTICAS NA PROSA:

I - QUANTO À FORMA:

PERÍODOS CURTOS LINGUAGEM COLOQUIAL APROXIMAÇÃO COM A POESIA NARRATIVA NÃO LINEAR

CARACTERÍSTICAS NA PROSA:

I - QUANTO AO CONTEÚDO:

NACIONALISMO

PREOCUPAÇÃO COM O PRESENTE.

AMAR VERBO INTRANSITIVO

PUBLICAÇÃO - 1927

LINGUAGEM “ERRADA”

FAZER DE CONTA QUE ESTÁ OUVINDO E NÃO LENDO.

AMAR, VERBO INTRANSITIVO – UM IDÍLIO

DIGRESSÕES METALINGUÍSTICAS E SOCIOLÓGICAS

POVO BRASILEIRO “NÃO TEM JEITO”.

POVO ALEMÃO: ELOGIO E CRÍTICA.

TEORIA DE FREUD – BASE DA TRAMA.

PODER DE ADAPTAÇÃO

TORNARAM A VIDA INSUPORTÁVEL NA ALEMANHA. MESMO ANTES DE 14 A EXISTÊNCIA ARRASTAVA DIFÍCIL LÁ, FRÄULEIN SE ADAPTOU. VEIO PRO BRASIL, RIO DE JANEIRO. DEPOIS CURITIBA ONDE NÃO TEVE O QUE FAZER. RIO DE JANEIRO. SÃO PAULO. AGORA TINHA QUE VIVER COM OS SOUZA COSTAS. SE ADAPTOU

laura, Fräulein tem o meu consentimento. Você

sabe: hoje esses mocinhos... é tão perigoso! Podem cair nas mãos de alguma exploradora! A cidade... é uma invasão de aventureiras agora! Como nunca teve!. Como nunca teve, Laura... Depois isso de principiar... é tão perigoso! Você compreende: uma pessoa especial evita muitas coisas. E viciadas! Não é só bebida não! Hoje não tem mulher-da-vida que não seja eterônoma, usam morfina... E os moços imitam! Depois as doenças!… Você vive em sua casa, não sabe… é um horror! Em pouco tempo Carlos estava sifilítico e outras coisas horríveis, um perdido!

Foco narrativo

A narrativa é feita na terceira pessoa, por um narrador que não faz parte do romance.

É o narrador tradicional, um narrador onisciente e onipresente. Mas há ainda um outro ponto-de-vista: o autor se coloca dentro do livro para fazer suas numerosas observações marginais. Para comentar, criticar, expor idéias, concordar ou discordar... É uma velha mania do romance tradicional. E os comentários são feitos na primeira pessoa. Observe:

Isto não sei se é bem se é mal, mas a culpa é toda de Elza. Isto sei e afirmo...

Volto a afirmar que o meu livro tem 50 leitores. Comigo 51

Felisberto Sousa Costa - pai de Carlos.

D. Laura - mãe de Carlos, esposa de Felisberto.

Carlos Alberto - filho de Felisberto e D. Laura, com idade entre 15 e 16 anos. Uma espécie de (queridinho da família, porque único) e que, certamente, deverá ser o principal herdeiro do nome, da fortuna e das realizações paternas. Como era costume, possivelmente, deveria ser a projeção do pai, a sua continuação. Centraliza a narrativa, é personagem do pequeno drama amoroso do livro, ao lado da governanta alemã, Elza.

Elza - Fräulein (= senhorita), governanta alemã. Tão importante que ela dava nome ao romance. Como é Fräulein? Ela é a mais humana e real, mais de carne e osso. Talvez arrancada da vida. Ela, sem muito interesse, cuida também da educação ou instrução das meninas: principalmente para ensinar alemão e piano. São três meninas que, apenas, completam a família burguesa. São três meninas que brincam de casinha.

Maria Luísa - irmã de Carlos.

Laurita - irmã de Carlos, tem 7 anos.

Aldina - irmã caçula de Carlos. Tem 5 anos.

Não me agradaria ser tomada por aventureira, sou séria, e tenho 35 anos, senhor. Certamente não irei se sua esposa não souber o que vou fazer lá.

O PRÉ-MODERNISMO TEM INÍCIO EM 1902

COM UM LIVRO CHAMADO OS SERTÕES

CUJO AUTOR FOI EUCLIDES DA CUNHA.

E TERMINA NO ANO DE 1922

COM A SEMANA DE ARTE MODERNA.

OS PRINCIPAIS ESCRITORES PRÉ MODERNOS FORAM:

1 RAUL POMPEIA2 EUCLIDES DA CUNHA3 LIMA BARRETO4 MONTEIRO LOBATO5 GRAÇA ARANHA6 AUGUSTO DOS ANJOS

RAUL POMPEIA ESCREVEU?O ATENEU

EUCLIDES DA CUNHA ESCRECEU?OS SERTÕESCONTRASTES E CONFRONTOS

LIMA BARRETO ESCREVEU?TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA

MONTEIRO LOBATO ESCREVEU?URUPÊSO PRESIDENTE NEGROCIDADES MORTAS

GRAÇA ARANHACANAÃA ESTÉTICA DA VIDA

AUGUSTO DOS ANJOSEU

EU EXPLICARIA AS

SUBCORRENTES LITERÁRIAS.

SUBCORRENTES LITERÁRIAS:

ANTROPOFAGIA

VERDE-AMARELISMO

GRUPO DO ANTA

ANTROPOFAGIA:

DEVORAÇÃO SIMBÓLICA DAS INFLUÊNCIAS EUROPEIAS.

VERDE-AMARELISMO E GRUPO DO ANTA: DEFENDEM UM NACIONALISMO UFANISTA, EXALTANDO O PRIMITIVISMO E A INGENUIDADE DA MÃE-PÁTRIA.

MOVIMENTO ANTROPÓFAGO

DEGLUTIÇÃO CANIBAL DOS ELEMENTOS CULTURAIS ESTRANGEIROS, PARA QUE POSSAM SER RECRIADOS ARTISTICAMENTE EM TERRITÓRIO NACIONAL.

ORIGINANDO UMA ARTE TIPICAMENTE BRASILEIRA.

VÍCIO NA FALA

PARA DIZEREM MILHO DIZEM MIOPARA MELHOR DIZEM MIÓPARA PIOR PIÓPARA TELHA DIZEM TEIAPARA TELHADO DIZEM TEIADOE VÃO FAZENDO TELHADOS

VALORIZAÇÃO DA LINGUAGEM POPULAR

SÁTIRA

ORALIDADE

E VÃO FAZENDO TELHADOS – VARIAÇÃO

LINGUÍSTICA

REPRESENTANTES DO MOVIMENTO ANTROPOFAGIA:

OSWALD DE ANDRADE: MANIFESTO ANTROPOFÁGICO

TÁRSILA DO AMARAL: ABAPORU

RAUL BOPP: COBRA NORATO (poema narrativo sobre a Amazônia).

REPRESENTANTES DO VERDE-AMARELISMO E DO GRUPO DO ANTA

PLÍNIO SALGADO:A MARCHA PARA O OESTE.

CASSIANO RICARDO:MARTIM-CERERÊ

MENOTTI DEL PICCHIA:JUCA MULATO

GUILHERME DE ALMEIDA:RAÇA

REPRESENTANTES DO MOVIMENTO ANTROPOFAGIA:

ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO:

BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA

01 - “O caráter geral da sua poesia é marcado pelo tom confidencial, pelo desejo insatisfeito, pela amargura e por referência autobiográficas. Profundo conhecedor da técnica de composição, por vezes aproveita-se das formas clássicas ou faz incursões às formas mais radicais das vanguardas, sem contudo perder a marca de absoluta simplicidade e profundo lirismo, predominantes na sua obra.”O comentário faz referência a:

a) Manuel Bandeirab) Carlos Drummond de Andradec) Jorge de Limad) Cecília Meirelese) Murilo Mendes

1. A Semana de Arte Moderna representou, no panorama cultural da época:a) a ruptura total com o passado artístico mais recente, no qual nada permitia prevê-la; daí a comoção que causou.b) o resultado da condensação de aspirações vagas, ainda informes até então, mas perceptíveis nas preferências do público em geral.c) a congregação de tendências que, sob formas várias e nas várias artes, se vinham delineando desde a década anterior.d) a reação aos ataques que os últimos parnasianos dirigiam contra a obra incipiente dos primeiros modernistas.e) a decorrência de reelaboração de recursos estilísticos presentes tanto na poesia parnasiana quanto na simbolista.

3. "A língua sem arcaísmo. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos".Neste trecho do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, depreende-se um dos programas propostos pelos modernistas:a) a invenção de uma nova língua, estruturalmente diferente da falada e escrita pelos portugueses.b) a imitação do discurso dos autores populares da literatura oral brasileira.c) a incorporação da fala brasileira à língua literária nacional.d) o repúdio à literatura dos escritores do passado, apenas porque eram afeitos à extrema correção.

ABA = HOMEM PORU = QUE COME

PRONOMINAIS

Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom branco Da Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro.

1 Das colocações abaixo, aquela que NÃO pode ser atribuída a esse poema modernista é:

a) Os versos do poema expressam a defesa de um idioma brasileiro livre e descontraído, aquele praticado pela gramática do genuíno povo brasileiro, o "bom negro e o bom branco".

b) O poema vem reafirmar a posição do poeta em favor da incorporação do discurso coloquial brasileiro à linguagem poética, como o expressa no "Manifesto da Poesia Pau Brasil": "Apenas brasileiros de nossa época. [...] Tudo digerido. Sem meeting cultural. Práticos. Experimentais. Poetas."

c) O poeta, nestes versos, defende: "A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos".

d) o próprio título: "Pronominais" já sugere a preferência do poeta pela colocação enclítica do pronome na fala do brasileiro - tendência já expressa no "Manifesto Antropófago", contra a influência da gramática do colonizador europeu: "Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil já tinha descoberto a felicidade".

e) o poema traduz a aversão do poeta ao academicismo, em defesa dos princípios da "poesia pau brasil": "O estado de inocência substituindo o estado de graça que pode ser uma atitude do espírito. O contrapeso da originalidade nativa para inutilizar a adesão acadêmica."

Erro de português

Quando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.

01- A que fato se refere o primeiro verso do poema? Quando o português chegou

02- A que fato se refere metaforicamente o terceiro verso do poema? Vestiu o índio

Erro de português

Quando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.

04- O poema traz à tona uma hipótese: a inversão

do fato histórico.

a- Que verso exprime a condição para que tal hipótese pudesse ter sido concretizada?

b- Identifique e explique os versos que exprimem a consequência histórica dessa possível inversão.

Erro de português

Quando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.

05- As palavras português e pena têm duplo significado no conteúdo. Identifique-os:

06- Oswald de Andrade lamenta que a história tenha sido como foi: “Que pena!” você acha que, se a hipótese sugerida no poema tivesse ocorrido, nosso país hoje seria melhor? Justifique sua resposta.

O CAPOEIRA

— QUÉ APANHÁ SORDADO?— O QUÊ?— QUÉ APANHÁ?PERNAS E CABEÇAS NA CALÇADA.

11 CONTOS DE TEOR JORNALÍSTICO.

CENÁRIO:

BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA

AMBIENTAÇÃO ÍTALO-BRASILEIRA

BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA, DE ALCÂNTARA

MACHADO

11 CONTOS DE TEOR JORNALÍSTICO.

CENÁRIO:

BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA

AMBIENTAÇÃO ÍTALO-BRASILEIRA

NOVOS MESTIÇOS

SUA FORÇA DE TRABALHO

SEUS MODOS E CULTURA

SEU ACULTURAMENTO

CRÔNICAS SOBRE A CIDADE

SÉCULO XX

INFLUÊNCIAS QUE OS ITALIANOS TROUXERAM PARA O NOSSO LINGUAJAR.

- Xi, Gaetaninho, como é bom!-

Gaetaninho ficou banzando bem no meio da rua. O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford. O carroceiro disse um palavrão e ele não ouviu o palavrão.- Eh! Gaetaninho Vem pra dentro.Grito materno sim : até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.- Subito!Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho. Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.Eta salame de mestre!

Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de realização muito difícil. Um sonho.

O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.

Mas se era o único meio? Paciência.

Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.

Que beleza , rapaz! Na frente quatro cavalos pretos empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele. Na boléia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO.

Não. Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o Gaetaninho.

Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar. Nem por um instantinho só.Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar o "Ahi, Mari!" todas as manhãs o acordou.Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio. Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do sonho de Gaetaninho.

Tão forte que ele sentiu remorsos. E para sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou, matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu Rubino, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não podia deixar de dar a vaca mesmo.

O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora Gaetaninho não estava ligando.

- Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?- Meu pai deu uma vez na cara dele.- Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!O Vicente protestou indignado:- Assim não jogo mais ! O Gaetaninho está atraplhando!Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de responsabilidades.

O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a defesa. - Passa pro Beppino!Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.- Vá dar tiro no inferno!- Cala a boca, palestrino!- Traga a bola!Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou.

No bonde vinha o pai de Gaetaninho.A gurizada assustada espalhou a notícia na noite. - Sabe o Gaetaninho?- Que é que tem?- Amassou o bonde!A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras. Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho não ia na boléia de nenhum dos carros do acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas não levava a palhetinha.

Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino."

PRINCIPAIS ESCRITORES

MANUEL BANDEIRA

OSWALD DE ANDRADE

MÁRIO DE ANDRADE

GRAÇA ARANHA

ALCÂNTARA MACHADO

MANUEL BANDEIRA

TESTAMENTOÚLTIMA CANÇÃO DO BECOOS SAPOSVOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA

OSWALD DE ANDRADE:

MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃOMIRAMAR

MÁRIO DE ANDRADE:

MACUNAÍMAPAULICEIA DESVAIRADACONTOS NOVOSAMAR VERBO INTRANSITIVOHÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA

ALCÂNTARA MACHADO:

BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA

DEPOIS DESSE SHOWZINHO, FALA PRA ELES

SOBRE O BANDEIRA.

MANUEL BANDEIRA

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois verões em Petrópolis.

Em 1892 a família volta para Pernambuco. Manuel Bandeira frequenta o colégio das irmãs Barros Barreto, e como semi-interno, o de Virgínio Marques Carneiro Leão, na Rua da Matriz.A família mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em 1896 cursa o Externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). Entre seus colegas estão Sousa da Silveira e Antenor Nascentes.

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcaloide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.

POÉTICA

MANUEL BANDEIRA

ESTOU FARTO DO LIRISMO COMEDIDO

DO LIRISMO BEM COMPORTADODO LIRISMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO COM LIVRO DE PONTO EXPEDIENTEPROTOCOLO E MANIFESTAÇÕES DE APREÇO AO SR. DIRETOR.

ESTOU FARTO DO LIRISMO QUE PARA E VAI AVERIGUAR NO DICIONÁRIOO CUNHO VERNÁCULO DE UM VOCÁBULO.

ABAIXO OS PURISTASTODAS AS PALAVRAS SOBRETUDO OS BARBARISMOS UNIVERSAISTODAS AS CONSTRUÇÕES SOBRETUDO AS SINTAXES DE EXCEÇÃOTODOS OS RITMOS SOBRETUDO OS INUMERÁVEIS

ESTOU FARTO DO LIRISMO NAMORADOR

POLÍTICORAQUÍTICOSIFILÍTICODE TODO LIRISMO QUE CAPITULA AO QUE QUER QUE SEJA FORA DE SI MESMO.

DE RESTO NÃO É LIRISMOSERÁ CONTABILIDADE TABELA DE COSSENOS SECRETÁRIO DO AMANTEEXEMPLAR COM CEM MODELOS DE CARTAS E AS DIFERENTESMANEIRAS DE AGRADAR ÀS MULHERES, ETC.

QUERO ANTES O LIRISMO DOS LOUCOSO LIRISMO DOS BÊBEDOSO LIRISMO DIFÍCIL E PUNGENTE DOS BÊBEDOSO LIRISMO DOS CLOWNS DE SHAKESPEARE

- NÃO QUERO MAIS SABER DO LIRISMO QUE NÃO É LIBERTAÇÃO.

1 De que tipo? de lirismo o poeta se diz saturado

a) Antigob) Regulado c) Pátriod) estrangeiro

2. A formalidade criticada no poema está expressa sobretudo no vocábulo:

a) Protocolob) Cunhoc) Apreçod) expediente

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportadoDo lirismo funcionário público com livro de ponto expedienteprotocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário

Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionárioo cunho vernáculo de um vocábulo.

3 Existe crítica ao escritor que submete a inspiração à formalidade. Essa atitude está expressa no verbo:

a) Estou b) vai c) para d) será

4 A marca, a feição, o caráter, o sinal, o distintivo estão traduzidos no vocábulo:

a) Vernáculo b) dicionário c) cunho d) modelo

5 COMEDIDO é o lirismo dos:

a) Puristas b) loucos c) bêbados d) clowns

ROMANTISMO – PROSA

ALENCARMACEDOBERNARDO GUIMARÃESVISCONDE DE TAUNAYFRANKLIN TÁVORAMANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA

ALENCAR INDIANISTA ESCREVEU

O GUARANI

IRACEMA

UBIRAJARA

ALENCAR REGIONALISTA ESCREVEU?

O GAÚCHO NO SUL

TIL INTERIOR DE SÃO PAULO

O SERTANEJOSERTÃO DO CEARÁ

O TRONCO DO IPÊRIO DE JANEIRO

ALENCAR HISTÓRICO:

AS MINAS DE PRATA A GUERRA DOS MASCATES

ALENCAR CITADINO:

CINCO MINUTOS A VIUVINHA SENHORA SONHOS D’OIRO A PATA DA GAZELA

JOAQUIM MANOEL DE MACEDO:A MORENINHA E O MOÇO LOIRO

BERNARDO GUIMARÃES:A ESCRAVA ISAURA E O SEMINARISTA

VISCONDE DE TAUNAY:INOCÊNCIA E A RETIRADA DA LAGUNA

FRANKLIN TÁVORA:O CABELEIRA

MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDAMEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

O PRÉ-MODERNISMO TEVE INÍCIO NO ANO DE: 1902

COM UM TEXTO CHAMADO: OS SERTÕES.

CUJO AUTOR FOI: EUCLIDES DA CUNHA

E O PRÉ MODERNISMO VAI ATÉ: 1922.

QUANDO ACONTECE: A SEMANA DE ARTE MODERNA.

OS PRINCIPAIS ESCRITORES PRÉ-MODERNOS FORAM:

RAUL POMPEIA

EUCLIDES DA CUNHA

LIMA BARRETO

MONTEIRO LOBATO

GRAÇA ARANHA

AUGUSTO DOS ANJOS

OS PRINCIPAIS ESCRITORES PRÉ-MODERNOS FORAM:

RAUL POMPEIAO ATENEU

EUCLIDES DA CUNHA ESCREVEU:OS SERTÕES, CONTRASTES E CONFRONTOS

MONTEIRO LOBATOURUPÊS, O PRESIDENTE NEGRO E CIDADES MORTAS

GRAÇA ARANHACANAÃ

AUGUSTO DOS ANJOSEU