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Políticas para a agricultura familiar no Brasil
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Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar
Site: Cursos Grátis Ong Educoop
Curso: Políticas Públicas para Agricultura Familiar
Livro: Módulo I - Políticas Públicas de Comercialização da Agricultura Familiar
Printed by: Rejane Gusmão
Date: sábado, 12 setembro 2015, 10:20
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Sumário
BOAS VINDAS
A Agricultura Familiar no Brasil
Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)
A AGRICULTURA FAMILIAR E A NOVA LEI 11.947/09
O PAA
Público Alvo e Limite dos Projetos
Modalidades do PAA
Compra Direta
Formação de Estoques pela Agricultura Familiar
Incentivo à Produção e ao Consumo do Leite (IPCL)
Compra para Doação Simultânea
COMPRA INSTITUCIONAL
Quadro Resumo
Acesso a duas modalidades do PAA
Grupo Gestor
O PAA no combate a pobreza, insegurança alimentar e nutricional
Vídeo Debate para o Fórum Temático
Final do capítulo 1
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BEM-VINDOAO CURSO
Cursista,
Seja bem vindo ao Curso online "Políticas Públicas Para Agricultura Familiar",através deste ambiente de aprendizagem.
Esse curso foi desenvolvido pela equipe técnica da Ong Educoop, instituiçãomantenedora desse Portal de Educação.
Neste primeiro capítulo vamos discutir, de forma concisa, os principais aspectos
relacionados ao PAA e uma breve abordagem sobre o PNAE.
Ao término deste capítulo você conseguirá visualizar o que é o PNAE e o PAA,suas principais modalidades e objetivos frente à agricultura familiar e como o
Programa garante a segurança alimentar e nutricional de parte da populaçãobrasileira.
Estes tópicos introdutórios são de suma importância para a sua formação, pela
visão geral das principais características do PAA, bem como das modalidades doPrograma.
Certificado de Conclusão do Curso
Após o término do curso, será emitido automaticamente o seu certificado de
conclusão, com carga horária de 20 horas.
Para receber o certificado, você deverá completar alguns pré-requisitos:
Estudar todos os módulos,
Responder ao questionário final e obter uma nota igual ou superior a 60%.
Mesmo após a conclusão, você continuará tendo acesso ao curso, a fim departicipar do fórum temático. Assim, aproveite a oportunidade para compartilharinformações com os demais participantes do curso.
Um excelente estudo!!!
Equipe Ong Educoop
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A Agricultura Familiar noBrasil
A agricultura familiar tem se destacado no cenário nacional devido a
sua importância na garantia da segurança alimentar e nutricional dos
brasileiros. Diante desta realidade incontestável, políticas públicas de
fomento têm sido direcionadas a esta parcela da sociedade no intuito
de maximizar o potencial de produção destes agricultores e possibilitar
a permanência de grande parte das famílias no campo, bem como a
continuidade da produção de alimentos, que abastece os mercados
locais e nacionais.
Dentro deste cenário, o Programa de Aquisição de Alimentos - PAA merece
especial atenção entre as políticas de assistência técnica e extensão rural, tendoem vista que os agricultores familiares formalmente organizados em suascooperativas e associações sempre careceram de políticas públicas direcionadas
a melhorar e ampliar a comercialização de seus produtos, principalmente,políticas que levassem em consideração suas particularidades como agricultoresfamiliares como é o caso do PAA Doação Simultânea.
A agricultura familiar é responsável por abastecer grande parte do mercadoconsumidor, dinamizando tanto a estrutura econômica, como social do país.Dados do Censo Agropecuário de 2006 do IBGE, publicado em 2009, revelamque o setor emprega aproximadamente 75% da mão-de-obra no campo, sendo
diretamente responsável pela segurança alimentar dos brasileiros. E isso podeser percebido em números, pois os agricultores familiares produzem 70% dofeijão, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 58% doleite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21%
de trigo consumido no país. O mais interessante é que apesar de ocupar apenasum quarto da área, ou seja, 24,3% dos estabelecimentos agropecuários totaisconseguem responder por 38% do valor da produção, o que equivale em reais a
R$ 54,4 bilhões. Isso significa dizer que, mesmo cultivando uma área menor,produz diversificadas culturas em quantidades significativas, além de contribuirpara o aumento da produção animal.
Caio Galvão de França, quando Coordenador Geral do Núcleo de EstudosAgráriose Desenvolvimento Rural/Ministério do Desenvolvimento Agrário(NEAD/MDA)salientou que:“A dinâmica das transformações das atividades agropecuárias e das demais
ações a ela vinculadas tem exigido dos setores públicos e privados o contínuoaperfeiçoamento de instrumentos de análise para orientar as suas decisões,principalmente no que diz respeito ao planejamento das políticas públicas quevisam à obtenção da segurança alimentar, à geração de emprego e renda e ao
desenvolvimento local em bases sustentáveis e eqüitativas”.
Dessa forma, o Programa de Aquisição de Alimentos favorece o homem do
campo, oferecendo reais oportunidades de comercialização da produção atravésdas compras governamentais, com contratos que são elaborados com base narealidade local, minimizando assim muitas vezes, as perdas por falta de canaisde comercialização. Por outro lado, o programa garante a segurança alimentar e
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nutricional com a doação dos produtos da agricultura familiar às entidades
públicas locais de assistência social, como creches, escolas, asilos, igrejas eassociações comunitárias.
De acordo com o comunicado CONAB/MOC N.º 019, DE 01/09/2014, para
participação no programa através de DAP Física, cada agricultor poderácomercializar no máximo de R$ 8.0500,00 reais ano por unidade familiar/anocivil. Quando a participação for por meio de DAP Jurídica, ou seja, através de
organizações fornecedoras, o valor máximo para comercialização é de R$ 2milhões de reais por organização proponente, ou seja, por cooperativa ouassociação. A DAP jurídica é obtida por meio das organizações proponentes quetenham mais de 70% do número de associados agricultores familiares com suas
respectivas DAP's. Destaca-se que, conforme o item 6, letra "d" do MOC, obeneficiário fornecedor que acessar a modalidade Compra com DoaçãoSimultânea, independente do valor, não poderá acessar a mesma modalidade viaTermo de Adesão com Estados e Municípios, nem por meio de cooperativa, nem
individualmente.
Nota-se que é uma política pública de fomento, tanto do desenvolvimento daprodução de alimentos pelos agricultores familiares, como para o fortalecimento
do associativismo/cooperativismo, além de garantir a segurança alimentar enutricional da população carente. Estas organizações por sua própria naturezaassociativista, são visualizadas como instrumentos para operacionalizar esta
política pública, onde são diretamente beneficiados os associados, que jápossuem para onde direcionar o fruto de seu trabalho, assim como os indivíduosque se encontra em condições de insegurança alimentar e nutricional.
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Declaração de Aptidão aoPRONAF
Devido a heterogoneidade dos públicos capacitados por este curso,
abrangendo desde membros do CONSEA, agentes de ATER, diretores
de cooperativas e associações e pessoas leigas interessadas a obter
maiores informações sobre o PAA, tivemos inúmeras dúvidas postadas
pelos cursistas nos fóruns sobre a Declaração de Aptidão ao PRONAF
(DAP), por isto, sem a pretensão de esgotar o tema, trazemos esta
temática para este curso.
Para participar do Programa de Aquisição de Alimentos, o produtor
deve ser identificado como Agricultor Familiar ou acampado. Essa
qualificação é comprovada por meio da Declaração de Aptidão ao
PRONAF – DAP.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar de
acordo com o capítulo 10 do Manual de Crédito Rural enquadra os
produtores rurais familiares nos grupos a seguir especificados,
comprovados mediante “Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP)”:
(Res 3206; Res 3375 art 1º IX/XIII; Res 3383 art 1º I/III, § 1º).
Classificação dos produtores rurais ao Pronaf participantes do PAA:
Grupo A
a) agricultores familiares
assentados pelo Programa
Nacional de Reforma Agrária
(PNRA) ou beneficiários do
Programa Nacional de Crédito
Fundiário (PNCF) que não foram
contemplados com operação de
investimento sob a égide do
Programa de Crédito Especial para
a Reforma Agrária (Procera) ou
que ainda não foram
contemplados com o limite do
crédito de investimento para
estruturação no âmbito do Pronaf;
b) estão incluídos no Grupo "A" de
que trata a alínea anterior os
agricultores familiares
reassentados em função da
construção de barragens para
aproveitamento hidroelétrico e
abastecimento de água em
projetos de reassentamento,
desde que observado o disposto
na Lei nº 4.504, de 30/11/1964,
especialmente em seus arts. 60 e
61, bem como no art. 5º, caput e
Processos de FabricaçãoAutomatizando processos para tornar a indústria competitiva.
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incisos II, III e IV, do Decreto nº
3.991, de 30/10/2001, e ainda as
seguintes condições:
I - não detenham, sob qualquer
forma de domínio, área de terra
superior a um módulo fiscal,
inclusive a que detiver o cônjuge
e/ou companheiro(a);
II - tenham recebido, nos 12
(doze) meses que antecederem à
solicitação de financiamento,
renda bruta anual familiar de, no
máximo, R$14.000,00 (quatorze
mil reais);
III - tenham sido reassentados
em função da construção de
barragens cujo empreendimento
tenha recebido licença de
instalação emitida pelo órgão
ambiental responsável antes de
31/12/2002;
IV - a DAP seja emitida com a
observância da regulamentação
da Secretaria de Agricultura
Familiar do Ministério do
Desenvolvimento Agrário
(SAF/MDA) e do Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e confirme a situação de
agricultor familiar reassentado em
função da construção de
barragens e a observância das
condições referidas nesta alínea;
Grupo B
Agricultores familiares que:
I - explorem parcela de terra na
condição de proprietário, posseiro,
arrendatário ou parceiro;
II - residam na propriedade ou em
local próximo;
III - não disponham, a qualquer
título, de área superior a 4
(quatro) módulos fiscais,
quantificados segundo a legislação
em vigor;
IV - obtenham, no mínimo, 30%
(trinta por cento) da renda
familiar da exploração
agropecuária e não agropecuária
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do estabelecimento;
V - tenham o trabalho familiar
como base na exploração do
estabelecimento;
VI - tenham obtido renda bruta
familiar nos últimos 12 (doze)
meses que antecedem a
solicitação da DAP, incluída a
renda proveniente de atividades
desenvolvidas no estabelecimento
e fora dele, por qualquer
componente da família, de até
R$6.000,00 (seis mil reais),
excluídos os benefícios sociais e
os proventos previdenciários
decorrentes de atividades rurais;
Agricultores Familiares
(Antigos grupos C, D e E)
Agricultores familiares que:
I - explorem parcela de terra na
condição de proprietário, posseiro,
arrendatário, parceiro ou
concessionário do PNRA;
II - residam na propriedade ou em
local próximo;
III - não disponham, a qualquer
título, de área superior a 4
(quatro) módulos fiscais,
quantificados segundo a legislação
em vigor;
IV - obtenham, no mínimo, 70%
(setenta por cento) da renda
familiar da exploração
agropecuária e não agropecuária
do estabelecimento;
V - tenham o trabalho familiar
como predominante na exploração
do estabelecimento, utilizando
apenas eventualmente o trabalho
assalariado, de acordo com as
exigências sazonais da atividade
agropecuária, podendo manter até
2 (dois) empregados
permanentes;
VI - tenham obtido renda bruta
familiar nos últimos 12 (doze)
meses que antecedem a
solicitação da DAP acima de
R$6.000,00 (seis mil reais) e até
R$110.000,00 (cento e dez mil
reais), incluída a renda
proveniente de atividades
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desenvolvidas no estabelecimento
e fora dele, por qualquer
componente da família, excluídos
os benefícios sociais e os
proventos previdenciários
decorrentes de atividades rurais;
Grupo A/C
Agricultores familiares assentados
pelo PNRA ou beneficiários do
PNCF, que:
I - apresentem DAP para o Grupo
"A/C", fornecida pelo Incra para
os beneficiários do PNRA ou pela
Unidade Técnica Estadual ou
Regional (UTE/UTR) para os
beneficiados pelo PNCF;
II - já tenham contratado a
primeira operação no Grupo "A";
III - não tenham contraído
financiamento de custeio, exceto
no Grupo "A/C".
São também beneficiários
São também beneficiários e se
enquadram como agricultores
familiares do Pronaf, exceto nos
grupos "A" e "A/C", desde que
tenham obtido renda bruta
familiar nos últimos 12 (doze)
meses que antecedem a
solicitação da DAP até
R$110.000,00 (cento e dez mil
reais), incluída a renda
proveniente de atividades
desenvolvidas no estabelecimento
e fora dele, por qualquer
componente da família, excluídos
os benefícios sociais e os
proventos previdenciários
decorrentes de atividades rurais e
não mantenham mais que 2 (dois)
empregados permanentes:
a) pescadores artesanais que se
dediquem à pesca artesanal, com
fins comerciais, explorando a
atividade como autônomos, com
meios de produção próprios ou
em regime de parceria com outros
pescadores igualmente
artesanais;
b) extrativistas que se dediquem
à exploração extrativista
ecologicamente sustentável;
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c) silvicultores que cultivem
florestas nativas ou exóticas e que
promovam o manejo sustentável
daqueles ambientes;
d) aqüicultores, maricultores e
piscicultores que se dediquem ao
cultivo de organismos que tenham
na água seu normal ou mais
freqüente meio de vida e que
explorem área não superior a 2
(dois) hectares de lâmina d'água
ou ocupem até 500 m³
(quinhentos metros cúbicos) de
água, quando a exploração se
efetivar em tanque-rede;
e) comunidades quilombolas que
pratiquem atividades produtivas
agrícolas e/ou não-agrícolas e de
beneficiamento e comercialização
de produtos;
f) povos indígenas que pratiquem
atividades produtivas agrícolas
e/ou não-agrícolas e de
beneficiamento e comercialização
de seus produtos;
g) agricultores familiares que se
dediquem à criação ou ao manejo
de animais silvestres para fins
comerciais, conforme legislação
vigente.
Como obter a DAP:
Para a maior parte dos agricultores familiares a DAP pode ser
obtida junto a instituições previamente autorizadas, entre elas as
entidades oficiais de assistência técnica e extensão rural ou as
Federações e Confederações de Agricultores, por meio de seus
sindicados.
Para públicos específicos, a DAP também pode ser fornecida por
outras organizações como: a FUNAI, para populações indígenas;
a Fundação Cultural Palmares, para populações remanescentes
de Quilombos; a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca ou
Federação de Pescadores e suas colônias filiadas, para
pescadores. No caso de assentados, compete ao INCRA a
emissão da Declaração.
Fonte: Site do Ministério do Desenvolvimento Social, 2010.
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A AGRICULTURA FAMILIAR E ANOVA LEI 11.947/09
A agricultura familiar enfrenta várias dificuldades que não são fáceis de serem superadas. Há muito
que aprender, aprimorar e inovar para ter maior desempenho e lutar na direção do crescimento
almejado. Apesar de todas as dificuldades e desafios, o pequeno agricultor vem aproveitando a
crescente demanda nacional e mundial, principalmente por produtos agroecológicos e orgânicos. É
nessa luta por um caminho mais promissor que os pequenos agricultores se organizam por meio de
associações ou cooperativas, buscando no coletivo a oportunidade de expandir seus negócios,
conseguindo melhores preços nos produtos e descobrindo novas oportunidades. Assim, as
cooperativas e associações da agricultura familiar, conseguem concorrer no mercado, oferecendo
produtos com melhores preços aos associados e ao mercado.
Atualmente, é fácil perceber o quanto esses agricultores ao se unirem a um sistema associativista
são beneficiados, juntos conseguem maiores destaques no mercado e expandem seus negócios.
Novas oportunidades estão sendo descobertas e outras oferecidas às mesmas, uma delas teve início
a poucos meses através da Lei 11.947/09. A partir desta nova lei, os pequenos agricultores podem
repassar seus produtos para serem consumidos na merenda escolar, já que ficou estabelecido que
no mínimo 30% dos alimentos devem ser adquiridos da agricultura familiar. Com isso essas famílias
poderão desfrutar de uma situação mais estável, não passando pelas dificuldades na venda de seus
produtos, garantindo uma renda fixa todo mês, além de inúmeros outros benefícios. Estima-se que,
com essa medida, em torno de 250 mil famílias agricultoras serão beneficiadas diretamente. Com a
lei, a previsão é de que por volta de 47 milhões de alunos da rede pública de ensino de todo o País
terão a oportunidade de consumir produtos oriundos da agricultura familiar
[Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)].
É uma grande oportunidade para alavancar a agricultura familiar, uma vez que a compra é garantida
pelo governo, porém temos que avançar no planejamento da produção, diminuir as incertezas e abrir
novos canais de comercialização. Por exemplo, é preciso criar mecanismos para que o produtor
consiga entregar os produtos no tempo hábil ou substituir por outro equivalente e esta é uma tarefa
que o produtor não conseguirá resolver de maneira isolada, ou seja, é preciso um esforço conjunto
entre governo, escolas participantes e os produtores da agricultura familiar.
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O PAA
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB (http://www.conab.gov.br/conabweb/), uma das entidades responsável pela operacionalização do programa emtodo o território nacional, o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA foi Instituído
pelo artigo 19 da Lei nº 10.696 de 2 de julho de 2003 (clique aqui e baixe a Lei),regulamentado pelo Decreto nº 6.447 de 7 de maio de 2008 (clique aqui e baixe odecreto) e pelo Decreto nº 6.959 de 15 de setembro de 2009 (clique aqui e baixe odecreto) que fortaleceu o Programa estabelecendo novos limites para a comercialização
dos agricultores familiares. O PAA é uma das ações do Fome Zero e tem como objetivos:
Garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidadenecessárias às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional;Contribuir para formação de estoques estratégicos;
Promover a inclusão social no campo, por meio do fortalecimento da agriculturafamiliar.
Segundo dados da CONAB, desde o início do Programa, foram adquiridos 929,496 miltoneladas de alimentos, comprados pelo Governo Federal de 350 mil agricultores
familiares, sendo possível o atendimento de cerca de 15 mil entidades que atendemdiretamente pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. O PAA estápresente em aproximadamente 3,5 mil municípios brasileiros.
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PÚBLICO ALVO E LIMITEDOS PROJETOS
O público alvo do PAA são agricultores familiares enquadrados no
Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), bem
como aqüicultores, pescadores artesanais, silvicultores, extrativistas,
indígenas, membros de comunidades remanescentes de quilombos e
agricultores assentados.
O limite de aquisições é definido pelo Decreto n° 6959 de 15 de
setembro de 2009, que regulamenta atualmente o PAA e pelo título 30
do Manual de Operações da CONAB - MOC, onde estabalece que o
valor máximo de aquisições é de no máximo R$ 8.000,00 (oito mil) ao
ano, quando acessar duas modalidades do Programa.
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MODALIDADES DO PAA
O foco deste curso será a modalidade Formação de Estoque pela
Agricultura Familiar (PAA Formação de Estoque), porém, para fins
didáticos e até mesmo para que as associações e cooperativas possam
visualizar futuras oportunidades, em novos projetos, apresentamos a
seguir todas as modalidades do PAA:
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COMPRA DIRETA
COMPRA DIRETA
O que é?
Modalidade voltada à aquisição da produção da agricultura familiar em
situação de baixa de preço ou em virtude da necessidade de
atendimento as demandas por alimentos de populações em condição
de insegurança alimentar. Nessas situações, a CONAB pode adquirir e
receber os produtos das cooperativas/associações, não ocorrendo uma
doação direta, como ocorre no caso do PAA Doação Simultânea.
A Compra Direta é empregada na aquisição de produtos e na
movimentação de safras e estoques, adequando a disponibilidade de
produtos às necessidades de consumo e cumprindo um importante
papel na regulação de preços.
Como funciona?
A modalidade é operacionalizada pela CONAB que pode, inclusive,
abrir Pólos Volantes de Compras a fim de aproximar-se das localidades
onde os produtos estão disponíveis.
O produto in natura deverá estar limpo, seco, enquadrado nos padrões
de identidade e qualidade estabelecidos pelo Ministerio da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento(MAPA). O produto beneficiado deverá ser
acondicionado nos padrões estabelecidos pelos Órgãos competentes e
entregue nos Pólos de Compra (Unidades Armazenadoras próprias ou
credenciadas, indicadas pela Conab) ou nos Pólos Volantes de Compra.
Produtos:
• arroz
• castanha de cajú
• castanha do Brasil
• farinha de mandioca
• feijão
• milho
• sorgo
• trigo
• leite em pó integral
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• farinha de trigo
VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 8.000,00 (oito mil
reais) por ano.
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FORMAÇÃO DE ESTOQUESPELA AGRICULTURA
FAMILIAR
FORMAÇÃO DE ESTOQUES PELA AGRICULTURA FAMILIAR
O que é?
A Modalidade Formação de Estoques foi criada para propiciar aos
agricultores familiares instrumentos de apoio à comercialização de
seus produtos alimentícios. É operada por intermédio de organizações
de agricultores, nas quais o mínimo de 80% dos sócios/filiados sejam
agricultores familiares enquadrados no PRONAF. A modalidade
disponibiliza recursos financeiros a partir da emissão de uma Cédula
de Produto Rural – CPR Estoque, para que a organização adquira a
produção de agricultores familiares sócios/filiados e forme estoque de
produtos para posterior comercialização, em condições mais
favoráveis, seja pelo beneficiamento e agregação de valor ao produto,
seja por sua disponibilização em momentos mais oportunos em
termos de preços. O limite de recursos por organização é de R$ 1,5
milhão.
Como funciona?
A organização de agricultores, juntamente com seus associados,
identifica a possibilidade de formação de estoque de determinado
produto e submete uma Proposta de Participação à Superintendência
Regional da CONAB mais próxima ou à Delegacia Federal de
Desenvolvimento Agrário em seu estado. Esta proposta de
participação define qual será o produto a ser estocado, o prazo para a
formação de estoque, quais produtos serão adquiridos, seus
respectivos preços e quem são os agricultores familiares beneficiados.
Esta proposta dá subsídio à elaboração da Cédula de Produto Rural –
CPR estoque. Aprovada a proposta de participação, a organização
emite a CPR e a CONAB
disponibiliza recursos financeiros para que a organização inicie o
processo de aquisições de alimentos dos agricultores familiares
listados na proposta de participação.
A CPR tem um prazo de vencimento que é definido em função do
produto proposto, mas que não pode ser superior a 12 meses. Ao final
do prazo previsto na Cédula, a organização deverá liquidar a CPR.
Produtos:
Produtos alimentícios, oriundos da agricultura familiar, próprios para
consumo humano, não podendo ser de safra anterior ao do período de
contratação.
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VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 8.000,00 (oito mil
reais) por ano.
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INCENTIVO À PRODUÇÃO EAO CONSUMO DO LEITE
(IPCL)
INCENTIVO À PRODUÇÃO E AO CONSUMO DO LEITE (IPCL)
O que é?
Modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos, cujo objetivo é
propiciar o consumo do leite às famílias, que se encontram em estado
de insegurança alimentar e nutricional, e incentivar a produção
familiar. O Programa do Leite possui dois focos principais: os
segmentos populacionais vulneráveis que recebem o leite
gratuitamente e os pequenos produtores familiares.
Como funciona?
O Programa é operacionalizado por meio de convênios celebrados
entre o Governo Federal, por intermédio do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e os Governos Estaduais.
O MDS é responsável por garantir entre 80% e 85% do valor total do
convênio e os governos estaduais aportam uma contrapartida entre
15% e 20%.
Para ser beneficiário o consumidor do Programa, as famílias precisam
possuir renda per capita de no máximo meio salário mínimo e ter
entre os membros da família:
• criança de 6 meses a 6 anos;
• nutrizes até 6 meses após o parto;
• gestantes a partir da constatação da gestação pelo Posto de Saúde;
• idosos a partir de 60 anos de idade;
• outros, desde que autorizados pelo Conselho Estadual de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Para o pequeno agricultor familiar, que terá a garantia de compra do
seu produto a preço fixo, as exigências são:
• Produzir no máximo 100 (cem) litros de leite dia, com prioridade
para os
que produzam uma média de 30 (trinta) litros/dia;
• Respeitar o limite financeiro semestral de R$ 4.000,00 por produtor
beneficiado;
• Possuir Declaração de Aptidão ao PRONAF, enquadrado entre as
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categorias de “A” a “E”;
• Realizar a vacinação dos animais.
Atualmente, o Programa do Leite atende aos 09 (nove) estados do
Nordeste e o Estado de Minas Gerais (atendendo a região do Norte de
Minas Gerais e os Vales do Jequitinhonha e Mucuri).
VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/SEMESTRE: R$ 4.000,00
(quatro mil reais) por semestre ou R$ 8.000,00 (oito mil reais) por
ano.
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COMPRA PARA DOAÇÃOSIMULTÂNEA
COMPRA PARA DOAÇÃO SIMULTÂNEA
O que é?
Esta modalidade do PAA – também conhecida por Compra Direta Local
(CDLAF) ou Compra Antecipada Especial com Doação Simultânea
(CAEAF) - tem como objetivos:
A garantia do direito humano à alimentação para pessoas que
vivem em situação de vulnerabilidade social e/ou de insegurança
alimentar;
O fortalecimento da agricultura familiar;
A geração de trabalho e renda no campo; e
A promoção do desenvolvimento local por meio do escoamento
da produção para consumo, preferencialmente, na região
produtora.
Como funciona?
É realizada através da compra de alimentos produzidos por
agricultores familiares enquadrados no PRONAF e da doação desses
alimentos para entidades integrantes da rede socioassistencial local.
Os beneficiários consumidores do programa são entidades integrantes
da rede socioassistencial e entidades cadastradas nos Bancos de
Alimentos que atendam a:
Famílias ou indivíduos que estejam em situação de
vulnerabilidade social
e/ou em estado de insegurança alimentar e nutricional;
Pessoas atendidas por programas sociais;
Crianças de escolas públicas.
O mecanismo utilizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome para a execução do Programa é a celebração de
convênios com os governos estaduais, municipais e com a CONAB,
com repasse de recursos financeiros aos convenentes, os quais
assumem a responsabilidade pela sua operacionalização.
Todas as propostas de participação devem ser submetidas à aprovação
do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA/COMSEA)
ou, na falta deste, de um conselho local atuante, que participará
diretamente da execução do convênio, desde a sua aprovação até o
acompanhamento e controle social.
Produtos:
Produtos alimentícios oriundos da agricultura familiar, próprios para
consumo humano, incluindo alimentos perecíveis e característicos dos
hábitos alimentares locais.
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VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 4.800,00 (quatro mil
e quinhentos reais) por ano.
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PAA COMPRAINSTITUCIONAL
PAA Compra Institucional
O que é?
A modalidade Compra Institucional amplia as oportunidades de
mercado para a agricultura familiar, permitindo que órgãos de
administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal e
municípios comprem, com seus próprios recursos, alimentos para
atender as demandas regulares de restaurantes universitários,
presídios, hospitais, academias de polícia, entre outros. A compra
dispensa licitação, utilizando as regras do PAA.
Podem fornecer os agricultores familiares, assentados da reforma
agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores
artesanais, comunidades indígenas e integrantes de comunidades
remanescentes de quilombos rurais e de demais povos e comunidades
tradicionais, organizados em cooperativas ou outras organizações que
possuem DAP pessoa jurídica. Cada família pode vender até R$
8.000,00 por ano, independente de fornecerem para as outras
modalidades do PAA e Pnae.
A nova modalidade está definida pelo Decreto nº 7.775, de julho de 2012 e pela
Resolução nº50, de setembro de 2012.
1º PASSO: Elaboração da Chamada Pública:
Após a definição da demanda, o ÓRGÃO COMPRADOR deve elaborar o edital de
Chamada Pública.
Sugestão: solicitar à Secretaria de Agricultura, à Empresa de Assistência Técnica eExtensão Rural local e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais, quando houver, um
mapeamento dos produtos da agricultura familiar produzidos no município ou região(produto, quantidade e época da colheita). Com essas informações fica mais fácilelaborar o edital de compra.
Modelo de Chamada Pública
2º PASSO: Divulgação da Chamada:
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A Chamada Pública deve ser amplamente divulgada em locais públicos de fácil acesso àsorganizações de agricultores familiares.
É importante dar ampla publicidade à chamada pública. Ao saber de alguma chamadapública aberta, envie-a para paa@mda.gov.br para que seja publicada no site.
3º PASSO: Elaboração das Propostas das Vendas:
As ORGANIZAÇÕES DE AGRICULTORES FAMILIARES devem elaborar propostasde venda de acordo com os critérios estabelecidos nos editais de Chamada Pública.
O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 8 mil por ano,independente de já fornecerem a outras modalidades do PAA ou Pnae.
Modelo de Proposta de Venda
4º PASSO: Seleção das Propostas
O ÓRGÃO COMPRADOR deve habilitar as propostas que contenham todos osdocumentos exigidos na Chamada Pública e com os preços de venda dos produtoscompatíveis com mercado.
O limite de venda por agricultor familiar (DAP pessoa física) é de R$ 8 mil por ano,independente de já fornecerem a outras modalidades do PAA ou Pnae.
5º PASSO: Assinatura do Contrato
COMPRADOR e FORNECEDOR assinam o contrato que estabelece o cronograma deentrega dos produtos, a data de pagamento aos agricultores familiares e todas ascláusulas de compra e venda.
É importante entender todo o contrato, pois ele é o acordo que deverá ser cumprido. Ocontrato é que garante a segurança aos compradores e vendedores.
Modelo de Contrato
6º PASSO: Execução
O início da entrega dos produtos deve atender ao cronograma previsto e os pagamentosserão realizados diretamente para os agricultores ou suas organizações.
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VALOR MÁXIMO POR AGRICULTOR/ANO: R$ 8.000,00 (oito mil
reais) por ano.
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QUADRO RESUMO
Modalidade Forma de acesso LimiteOrigem do
RecursoAção
Compra daAgricultura Familiarpara DoaçãoSimultânea
Individual R$ 4,5 mil
MDS
Responsável pela doação de produtosadquiridos da agricultura familiar apessoas em situação de insegurançaalimentar e nutricional.
Organizações
(cooperativas/associações)R$ 4,8 mil
Formação deEstoques pelaAgricultura Familiar
– CPR Estoque
Organizações(cooperativas/associações)
R$ 8 mil MDS/MDA
Disponibiliza recursos para queorganizações da agricultura familiarformem estoques de produtos para
posterior comercialização.
Compra Direta daAgricultura Familiar– CDAF
Individual ouorganizações(cooperativas/associações)
R$ 8 mil MDS/MDA
Voltada à aquisição de produtos em
situação de baixa de preço ou emfunção da necessidade de atender ademandas de alimentos de populaçõesem condição de insegurança alimentar.
Incentivo àProdução e
Incentivo de Leite –PAA Leite
Individual ouorganizações(cooperativas/associações)
R$ 4 milporsemestre
MDS
Assegura a distribuição gratuita de leiteem ações de combate à fome e à
desnutrição de cidadãos que estejamem situação de vulnerabilidade sociale/ou em estado de insegurançaalimentar e nutricional. Atende os
estados do Nordeste.
CompraInstitucional
Individual ouorganizações
(cooperativas/associações)
R$ 8 mil -
compra voltada para o atendimento de
demandas regulares de consumo dealimentos por parte da União, Estados,Distrito Federal e Municípios;
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ACESSO A DUASMODALIDADES DO PAA
Como destacado, cada modalidade possui um teto máximo por
agricultor ao ano, porém, os agricultores poderão participar
simultaneamente de duas modalidades, ou seja, a participação
conjunta nas modalidades:
Modalidade Formação de Estoque (liquidação física) e Modalidade
Doação Simultânea, totalizando R$ 8 mil. Ou,
Modalidade Compra Direta e Modalidade Doação Simultânea,
totalizando R$ 8 mil.
Destaca-se que nas operações de compra da agricultura familiar para
alimentação escolar com recursos do FNDE, os limites não têm vínculo
com o PAA.
Para a equipe técnica da ONG EDUCOOP, o PAA é uma importante
ferramenta de comercialização da agricultura familiar, merecendo
especial atenção na sua consolidação como política pública. Porém,
como vimos até o presente momento, são 4 modalidades distintas e
muitas vezes complementares, porém, a nossa equipe técnica
considera a modalidade foco deste curso: PAA Doação Simultânea, a
mais fácil de elaborar e gerenciar, principalmente por envolver
menores riscos.
Visualiza-se assim, o PAA Doação Simultânea como o “pontapé” inicial
(marco zero) para o incentivo a constituição e organização (busca da
regularização fiscal, tributária, contábil e legal, além do
desenvolvimento de competências administrativas e financeiras) das
cooperativas e associações.
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GRUPO
GESTOR
Segundo a CONAB, o Grupo Gestor tem a finalidade de definir as
medidas necessárias para a operacionalização do Programa de
Aquisição de Alimentos, incluindo:
Sistemática de aquisição dos produtos;
Preços praticados que consideram as diferenças regionais e a
realidade da agricultura familiar;
Regiões prioritárias para implementação do Programa;
Condições de doação dos produtos adquiridos;
Condições de venda dos produtos adquiridos.
Os gestores executores do Programa são:
Estados;
Municípios;
CONAB.
Os gestores locais são as:
Organizações compostas por agricultores familiares (cooperativas,
associações, sindicatos dos trabalhadores rurais, etc) e;
Entidades da rede socioassistencial.
Quanto ao controle social, espera-se que o acompanhamento do PAA
pela sociedade e suas representações seja feito a partir de colegiados
já existentes nas diferentes esferas:
Âmbito Federal - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional/CONSEA e o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Rural Sustentável/CONDRAF;
Âmbito Estadual – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e
Nutricional/CONSEA e Conselho Estadual de Desenvolvimento
Rural Sustentável/EDRS;
Âmbito Municipal – Conselho Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional/COMSEA, Conselho Municipal de Desenvolvimento
Rural Sustentável/CMDRS, Conselho de Alimentação Escolar/CAE
e outros afins.
O Grupo Gestor do PAA é coordenado pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e composto por
representantes de cinco órgãos do Governo Federal:
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA);
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS);
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);
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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG);
Ministério da Fazenda.
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O PAA NO COMBATEA POBREZA, INSEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Conforme demonstrado até agora, o PAA é um importante instrumento
de comercialização da agricultura familiar através de suas cooperativas
e associações, porém, não podemos perder o foco de sua atenção:
combater a pobreza e a insegurança alimentar e nutricional,
destacando-se como uma das ações do Programa Fome Zero.
"A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito
de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade,
em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras
necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que
sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis"
Fonte: CONSEA*
Sendo assim, os produtos da agricultura familiar, ricos em quantidade
e qualidade nutricional são doadas as entidades de assistência social
da região próxima onde é produzido, beneficiando-se assim: Escolas,
creches, asilos, igrejas, associações comunitárias, ou seja, a rede de
assistência social da região. No tópico, “check-list” dos documentos,
detalharemos quais são os documentos necessários para o
cadastramento destas instituições consumidoras do projeto PAA
Doação Simultânea.
* Para maiores informações sobre o Conselho Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional acesse: https://www.planalto.gov.br/Consea/exec/index.cfm
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Vídeo Debate para o FórumTemático
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FINAL DOCAPÍTULO 1
Cursista,
Chegamos assim, ao final do capitulo 1, e esperamos que você tenha
compreendido os seus principais objetivos:
O que é o PNAE;
O que é o PAA e suas principais modalidades;
Objetivos do PAA frente à comercialização da produção da
agricultura familiar;
O PAA e o combate à pobreza e a insegurança alimentar e
nutricional.
No próximo capítulo passaremos para uma etapa mais prática, que
embasada pelas informações deste módulo, apoiará você na
elaboração de sua proposta.
Gostaríamos agora que você relatasse como foi o seu percurso no
módulo, o que aprendeu, suas dificuldades com o conteúdo e com o
veículo (acesso à Internet, uso das ferramentas). Queremos também
saber sua opinião sobre o material utilizado, suas críticas e sugestões
de forma geral colaboram conosco na melhoria do curso. Por favor,
responda ao questionário a seguir:
Minhas Expectativas e Resultados Obtidos
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