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MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICAIS NA BACIA DO RIO MUCURI EM 2006
Relatório Anual
Belo Horizonte Dezembro/2007
SEMAD - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Secretário José Carlos Carvalho IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental Marília de Carvalho Melo Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento Zenilde das Graças Guimarães Viola
Coordenação do Projeto Águas de Minas Wanderlene Ferreira Nacif FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente Presidente José Cláudio Junqueira Ribeiro CETEC – Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais Presidente Alfredo Gontijo de Oliveira Diretoria de Desenvolvimento e Serviços Tecnológicos Marcílio César de Andrade Coordenação do Setor de Medições Ambientais – SAM José Antônio Cardoso Coordenação do Setor de Análises Químicas Olguita Geralda Ferreira Rocha Coordenação do Setor de Recursos da Água Agostinho Clóvis da Silva
Instituto Mineiro de Gestão das Águas. I59m Monitoramento da qualidade das águas
superficiais na Bacia do Rio Mucuri em 2006. --- Belo Horizonte: Instituto Mineiro de Gestão das Águas, 2007. 132p. : mapas Relatório anual. 1. Qualidade da água – Minas Gerais. 2. Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri. II. Título
CDU: 556.51(815.1)
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
REALIZAÇÃO: IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas Diretoria de Monitoramento e Fiscalização Ambiental Marília de Carvalho Melo, Engenheira Civil - Diretora
Gerência de Monitoramento e Geoprocessamento Zenilde das Graças Guimarães Viola, Química - Gerente
Coordenação do Projeto Águas de Minas Wanderlene Ferreira Nacif, Química - Coordenadora
Equipe Técnica Cristiane Freitas de Azevedo Barros, Bióloga Karla Maria Machado Souza Pereira, Bióloga Katiane Cristina de Brito Almeida, Bióloga Leonardo Corradi Coelho, Geógrafo Ludmila Vieira Lage, Estatística Milton Olavo de Paiva Franco, Químico Nádia Antônia Pinheiro Santos, Geógrafa Patrícia Sena Coelho, Bióloga Raquel Souza Mendes, Bióloga Regina Márcia Pimenta de Mello, Bióloga Rômulo Cajueiro de Melo, Biólogo Sérgio Pimenta Costa, Biólogo Vanessa Kelly Saraiva, Química APOIO:
Informações Hidrológicas IGAM- Gerência de Apoio a Regularização Ambiental
IGAM - Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais/SIMGE Coletas de Amostras e Análises CETEC – Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais Setor de Medições Ambientais – SAM José Antônio Cardoso, Químico - Coordenador João de Deus, técnico em Química Maurílio Cézar de Faria, técnico em Química Patrícia Neres dos Santos, Química Patrícia Pedrosa Marques, Química Sávio Gonçalves Rosa, Biólogo Marina Miranda Marques Viana, Química Setor de Análises Químicas Olguita Geralda Ferreira Rocha, Química e Bioquímica Farmacêutica - Coordenadora Renata Vilela Cecílio Dias, Química Setor de Recursos da Água Agostinho Clóvis da Silva, Biólogo - Coordenador Célia de Fátima Machado, Bióloga Fábio de Castro Patrício, Biólogo
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
APRESENTAÇÃO A pressão do desenvolvimento econômico e do crescimento populacional já se fazem sentir com freqüência, gerando situações de conflito e escassez dos recursos hídricos em Minas Gerais. A água, além de ser essencial à sobrevivência dos seres vivos, é também um elemento vital para as atividades econômicas. Nesse contexto, conhecer a qualidade das águas superficiais em nosso Estado é ferramenta básica para definir estratégias que busquem a conservação, a recuperação e o uso racional dos recursos hídricos, reduzindo os conflitos e implementando o direcionamento das atividades econômicas. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), por meio do Projeto Águas de Minas vem, desde 2001, ampliando a rede de monitoramento das águas superficiais. Os dados e as informações contidos nesta publicação são o resultado deste esforço, que visa subsidiar decisões dos Comitês de Bacias Hidrográficas, dos órgãos governamentais, empresas, bem como da sociedade e entidades que lutam em prol da sustentabilidade, da qualidade de vida e da consolidação da Gestão compartilhada e descentralizada dos recursos hídricos.
Cleide Izabel Pedrosa de Melo Diretora Geral do IGAM
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 1
1.1. A Resolução CONAMA 357/2005 e a Qualidade das Águas do Estado. 3
2. UNIDADES DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS......... 4
3. PARÂMETROS INDICATIVOS DA QUALIDADE DAS ÁGUAS............................. 9
3.1. Significado Ambiental dos Parâmetros.................................................... 10
3.1.1. Parâmetros Físicos....................................................................... 10
3.1.2. Parâmetros Químicos................................................................... 12
3.1.3. Parâmetros Microbiológicos........................................................ 22
3.1.4. Parâmetro Hidrobiológicos.......................................................... 23
3.1.5 Bioensaios Ecotoxicológicos...................................................... 24
4. INDICADORES DA QUALIDADE DAS ÁGUAS...................................................... 25
4.1. Índice de Qualidade das Águas – IQA....................................................... 25
4.2. Contaminação por Tóxicos - CT................................................................ 27
4.3. Bioensaios Ecotoxicológicos.................................................................... 28
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................. 28
5.1. Rede de Monitoramento............................................................................. 28
5.2. Coletas e Análises...................................................................................... 29
5.2.1. Coletas........................................................................................... 29
5.2.2. Análises.......................................................................................... 44
5.3. Avaliação Temporal.................................................................................... 45
5.4. Avaliação Espacial...................................................................................... 46
5.5. Avaliação Ambiental – Pressão x Estado x Resposta............................. 46
6 ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE ÁGUA..................................................... 48
6.1. O que é Enquadramento dos Corpos de Água........................................ 48
6.2. Modalidades de enquadramento dos corpos de água............................ 48
6.3. Enquadramento dos corpos de água em Minas Gerais.......................... 48
6.4. Procedimentos metodológicos do enquadramento................................ 49
7. OUTORGA................................................................................................................ 50
7.1. O Que é Outorga de Direito de Uso........................................................... 50
7.2. Modalidades de Outorga............................................................................ 51
7.3. A Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos em Minas Gerais...........................................................................................................
51
7.4. A Quem Solicitar......................................................................................... 52
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
7.5. Como Solicitar a Outorga........................................................................... 52
7.6. Quando se Deve Solicitar a Outorga......................................................... 52
7.7. Os Usos de Recursos Hídricos Sujeitos a Outorga................................. 53
7.8. Usos que independem da Outorga............................................................ 53
7.9. Procedimento para a Solicitação de Outorga.......................................... 53
7.10. Documentação Necessária para a Obtenção da Outorga....................... 54
8. SITUAÇÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006........................................ 55
8.1. IQA – Índice de Qualidade das Águas nas Bacias Hidrográficas........... 57
8.2. CT – Contaminação por Tóxicos nas Bacias Hidrográficas................... 69
8.3. Parâmetros em desacordo com a legislação........................................... 77
8.3.1. No Estado de Minas Gerais.......................................................... 77
8.3.2. Nas bacias hidrográficas.............................................................. 78
8.4. Ensaios de Ecotoxicidade.......................................................................... 83
8.5 Concentração de Clorofila a...................................................................... 88
8.6. A Situação Atual das Outorgas em Minas Gerais.................................... 98
9. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA BACIA DO RIO MUCURI NO ESTADO DE MINAS GERAIS........................................................................................................
100
10. CONSIDERAÇÕES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DE 2006....................... 109
10.1. Rio Mucuri e seus afluentes....................................................................... 109
10.1.1. Rio Mucuri...................................................................................... 110
10.1.2. Ribeirão Marambaia...................................................................... 113
10.1.3. Rio Todos os Santos..................................................................... 114
10.1.4. Rio Pampã...................................................................................... 118
11. AVALIAÇÃO AMBIENTAL ..................................................................................... 120
11.1. Análise das Violações.............................................................................. 120
12. AÇÕES DE CONTROLE AMBIENTAL – RESPOSTA............................................ 125
12.1. Contaminação por esgoto sanitário.......................................................... 125
12.2. Contaminação por atividades industriais e minerárias........................... 127
12.3 Contaminação por mau uso do solo......................................................... 127
13. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................ 128
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
ANEXOS
Anexo A – Municípios com Sede na Bacia do Rio Mucuri..................................... A-1
Anexo B – Curvas de Qualidade e Equações para Cálculo do Índice de Qualidade das Águas.............................................................................. B-1
Anexo C – Classificação das Coleções de Água..................................................... C-1
Anexo D – Resultados dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade das Águas em 2006..................................................................................................... D-1
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos em Minas Gerais (UPGRH), suas respectivas áreas de drenagem, população e número de estações de amostragem........................... .6
Tabela 5.1 - Relação dos parâmetros analisados nas campanhas completas... 30
Tabela 5.2 - Relação dos parâmetros comuns a todas as estações de amostragens analisados nas campanhas intermediárias............... 30
Tabela 5.3 - Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem...................................... 31
Tabela 5.4 - Relação dos métodos de ensaios utilizados no Projeto "Águas de Minas".............................................................................................. 44
Tabela 6.1 - Classificação dos corpos de água segundo os usos preponderantes.................................................................................... 50
Tabela 8.1 - Avaliação dos resultados dos testes de ecotoxicidade, entre agosto/2003 e dezembro/2006............................................................ 84
Tabela 9.1 - Dados Gerais da bacia do rio Mucuri no Estado de Minas Gerais.. 100
Tabela 9.2 - Descrição das estações de amostragem da bacia do rio Mucuri no Estado de Minas Gerais................................................................. 103
Tabela 11.1:
Classificação dos parâmetros monitorados em ordem decrescente segundo o percentual de violações de classe de enquadramento na parte mineira da bacia do rio Mucuri no período de 1997 a 2006.......................................................................
121
Tabela 12.1 – Evolução da média anual do IQA dos municípios da bacia do rio Mucuri - parte mineira, que possuem população urbana superior a 50.000 habitantes..............................................................
126
Tabela 12.2 –
Avaliação dos parâmetros associados ao esgoto sanitário dos municípios da parte mineira da bacia do rio Mucuri – parte mineira, que possuem população urbana superior a 50.000 habitantes............................................................................................
126
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
LISTA DE FIGURAS
Figura 8.1: Evolução temporal dos dados de qualidade: Índice de Qualidade das Águas – IQA, no Estado de Minas Gerais....................................
56
Figura 8.2: Evolução temporal dos dados de Contaminação por Tóxicos – CT, no Estado de Minas Gerais................................................................... 56
Figura 8.3: IQA nos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH SF5................................................................... 58
Figura 8.4: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH SF3............................................... 59
Figura 8.5: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH SF2............................................... 59
Figura 8.6: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs SF6 a SF10................................. 60
Figura 8.7: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs SF1 e SF4................................... 61
Figura 8.8: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs GD1 a GD8................................. 62
Figura 8.9: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs DO1 a DO6................................. 63
Figura 8.10: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs PS1 e PS2.................................. 64
Figura 8.11: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs PN1, PN2 e PN3......................... 65
Figura 8.12: IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3............................................. 66
Figura 8.13: IQA (1ª, 2ª e 3ª campanhas) dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH MU1......... 67
Figura 8.14: IQA (1ª, 2ª e 3ª campanhas) dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs PA1........ 68
Figura 8.15: Ocorrência de parâmetros avaliados na Contaminação por Tóxicos no Estado de Minas Gerais.................................................... 69
Figura 8.16: Freqüência de ocorrência de Contaminação por Tóxicos no Estado de Minas Gerais........................................................................ 70
Figura 8.17: Freqüência de ocorrência de Contaminação por Tóxicos nas sub-bacias do rio São Francisco................................................................. 70
Figura 8.18: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs SF1 e SF4........ 71
Figura 8.19: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRH SF2.................... 71
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Figura 8.20: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRH SF5.................... 72
Figura 8.21: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRH SF3.................... 72
Figura 8.22: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs SF6 a SF10...... 73
Figura 8.23: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs GD1 a GD8...... 73
Figura 8.24: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs DO1 a DO6...... 74
Figura 8.25: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs PS1 e PS2....... 74
Figura 8.26: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs PN1, PN2 e PN3..........................................................................................................
75
Figura 8.27: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3..........................................................................................................
75
Figura 8.28: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta – UPGRH PA1.................................. 76
Figura 8.29: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Média – UPGRH MU1.............................. 76
Figura 8.30: Freqüência da ocorrência de metais fora dos limites estabelecidos na legislação.................................................................. 77
Figura 8.31: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação.................................................................. 78
Figura 8.32: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação – UPGRH SF5......................................... 78
Figura 8.33: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação – UPGRH SF3......................................... 79
Figura 8.34: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação – UPGRH SF2......................................... 79
Figura 8.35: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação – UPGRHs SF1 e SF4............................ 79
Figura 8.36: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação – UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9 e SF10. 80
Figura 8.37: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs GD1 a GD8............................ 80
Figura 8.38: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs DO1 a DO6............................ 80
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Figura 8.39: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs PS1 e PS2............................. 81
Figura 8.40: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs PN1, PN2 e PN3................... 81
Figura 8.41: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3................... 81
Figura 8.42: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs MU1....................................... 82
Figura 8.43: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação - UPGRHs PA1....................................... 82
Figura 8.44: Porcentagens de amostras não tóxicas e com ecotoxicidade crônica observadas entre 2003 e 2006, considerando as quatro bacias monitoradas...............................................................................
85
Figura 8.45:
Porcentagens de amostras não tóxicas e com ecotoxicidade crônica observadas ao longo do monitoramento realizado entre 2003 e 2006 nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, Doce e São Francisco................................................................................................
85
Figura 8.46: Porcentagem de estações com Baixa, Média e Alta ocorrência de ecotoxicidade nas bacias dos rios Grande e Paranaíba nos anos de 2003 a 2006........................................................................................
86
Figura 8.47: Percentuais de estações com resultados positivos de ecotoxicidade na bacia do rio Grande entre 2003 e 2006..................
87
Figura 8.48: Percentuais de estações com resultados positivos de ecotoxicidade na bacia do rio Paranaíba entre 2003 e 2006.............. 87
Figura 8.49: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do rio das Velhas em 2006....................... 89
Figura 8.50: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do rio Pará em 2006.................................. 90
Figura 8.51: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do rio Paraopeba em 2006....................... 90
Figura 8.52: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do rio Paracatu em 2006.......................... 91
Figura 8.53: Concentrações de clorofila a observadas nas sub-bacias dos rios Urucuia e Verde Grande e no rio São Francisco – Parte Norte em 2006.........................................................................................................
92
Figura 8.54: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio São Francisco – Parte Sul em 2006.............................................................
93
Figura 8.55: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Grande em 2006................................................................................................... 94
Figura 8.56: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Doce em 2006......................................................................................................... 95
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Figura 8.57: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Paranaíba em 2006................................................................................. 96
Figura 8.58: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Jequitinhonha em 2006......................................................................... 96
Figura 8.59: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Pardo em 2006................................................................................................... 97
Figura 8.60: Porcentagem de água superficial utilizada no Estado de Minas Gerais em 2006, em função da vazão outorgada................................ 98
Figura 8.61: Porcentagem de água subterrânea utilizada no Estado de Minas Gerais em 2006, em função da vazão outorgada................................ 99
Figura 8.62: Evolução das outorgas ano a ano........................................................ 99
Figura 9.1: Porcentagem de água superficial utilizada na bacia do rio Mucuri em 2006, em função da vazão outorgada............................................ 102
Figura 9.2: Porcentagem de água subterrânea utilizada na bacia do rio Mucuri em 2006, em função da vazão outorgada............................... 102
Figura 10.1: Evolução Temporal da média anual do IQA na bacia do rio Mucuri. 109
Figura 10.2: Ocorrência de coliformes termotolerantes ao longo do rio Mucuri, no ano de 2006....................................................................................... 110
Figura 10.3: Ocorrência de fósforo total no rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009), no período de 1997 a 2006.......................... 111
Figura 10.4: Ocorrência de cor verdadeira ao longo do rio Mucuri, no ano de 2006......................................................................................................... 111
Figura 10.5: Ocorrência de ferro dissolvido no rio Mucuri a jusante da cidade de Nanuque (MU013) no período de 1997 a 2006................................ 112
Figura 10.6: Ocorrência de manganês total no rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009) e a jusante da cidade de Nanuque (MU013), no período de 1997 a 2006.................................................... 112
Figura 10.7: Ocorrência de óleos e graxas ao longo do rio Mucuri, no ano de 2006......................................................................................................... 113
Figura 10.8: Ocorrência de cor verdadeira no ribeirão Marambaia próximo a sua foz no rio Mucuri (MU003), no período de 1997 a 2006............... 114
Figura 10.9: Ocorrência de fenóis totais no ribeirão Marambaia próximo a sua foz no rio Mucuri (MU003), no período de 1997 a 2006...................... 114
Figura 10.10: Ocorrência de coliformes termotolerantes no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006............................................................................................. 115
Figura 10.11: Ocorrência de fósforo total no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.. 115
Figura 10.12: Ocorrência de óleos e graxas no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006) e a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de monitoramento.................... 116
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Figura 10.13: Ocorrência de manganês total no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006), no período de 2000 a 2006...... 116
Figura 10.14: Ocorrência de cor verdadeira no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.. 117
Figura 10.15: Ocorrência de ferro dissolvido e manganês total no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.......................................................................... 117
Figura 10.16: Ocorrência de fenóis totais no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006) e a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de monitoramento.................... 118
Figura 10.17: Ocorrência de manganês total e ferro dissolvido no rio Pampã a montante da foz do rio Mucuri (MU011), no período de 1997 a 2006 118
Figura 10.18: Ocorrência de fenóis totais no rio Pampa a montante da foz do rio Mucuri (MU011), no período de 1997 a 2006....................................... 119
LISTA DE MAPAS
Mapa 2.1: Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos em Minas Gerais (UPGRHs)............................................................................. 5
Mapa 9.1: Uso da água na Bacia do rio Mucuri, segundo outorgas concedidas pelo IGAM, válidas em 2006....................................................................... 101
Mapa 9.2: Qualidade das águas superficiais da bacia do rio Mucuri no primeiro trimestre de 2006 – UPGRH MU1............................................................... 104
Mapa 9.3: Qualidade das águas superficiais da bacia do rio Mucuri no segundo trimestre de 2006 – UPGRH MU1............................................................... 105
Mapa 9.4: Qualidade das águas superficiais da bacia do rio Mucuri no terceiro trimestre de 2006 – UPGRH MU1............................................................... 106
Mapa 9.5: Qualidade das águas superficiais da bacia do rio Mucuri no quarto trimestre de 2006 – UPGRH MU1............................................................... 107
Mapa 9.6: Qualidade das águas superficiais da bacia do rio Mucuri em 2006 – UPGRH MU1............................................................... 108
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
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1. INTRODUÇÃO A água, recurso natural limitado, constitui bem de domínio público, conforme dispõe a Constituição Federal/88 em seus artigos 20 e 21, e as Políticas Nacional e Estadual de recursos hídricos, Leis N° 9.433/97 e N° 13.199/99, respectivamente. Como tal, necessita de instrumentos de gestão a serem aplicados na bacia hidrográfica, unidade territorial fundamental. Tais instrumentos visam assegurar às atuais e futuras gerações água disponível em qualidade e quantidade adequadas mediante seu uso racional e prevenir situações hidrológicas críticas, com vistas ao desenvolvimento sustentável. Em Minas Gerais, a Constituição Estadual/89 delineia ações gerais para gerenciamento e proteção dos recursos hídricos mineiros. A Lei 12.584/97 cria o IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas – em substituição ao antigo DRH – Departamento de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais – órgão do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA), ligado ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), cuja finalidade é a promoção do gerenciamento das águas de Minas Gerais de acordo com as ações previstas na legislação. O Projeto "Águas de Minas" vem atender a uma das ações previstas na Lei 12.584/97, de criação do IGAM, em seu Art. 5º, inciso X – proceder à avaliação da rede de monitoramento da qualidade das águas no Estado - e também contribui para a implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, que foi instituída pela Lei Nº 13.199/99 fundamentada na Lei Federal Nº 9.433/97. O monitoramento das águas em Minas Gerais teve seu início em 1977, com a rede de amostragem operada pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais - CETEC, e que visava às bacias do rio das Velhas, rio Paraopeba e rio Paraíba do Sul para o Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM - até o ano de 1988. A FEAM monitorou a bacia hidrográfica do rio Verde de 1987 a 1995 utilizando os serviços do CETEC. A seguir, contratando os serviços da GEOSOL - Geologia e Sondagens – e, posteriormente, do CETEC, monitorou as bacias hidrográficas do rio das Velhas e do rio Paraopeba de 1993 a 1997. Com o status adquirido pela questão hídrica refletida na promulgação da Lei 9.433/97 e a conseqüente criação de órgãos federais e estaduais dirigidos ao gerenciamento racional das águas, o trabalho de monitoramento foi reforçado pela FEAM, em 1997, desta vez com um monitoramento mais amplo e completo, estendido às oito principais bacias hidrográficas mineiras por meio de convênio com o Ministério do Meio Ambiente - MMA. No final de 1999, o Governo do Estado de Minas Gerais, por intermédio do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH, também destinou recursos para o Projeto Águas de Minas, passando o IGAM a integrar a coordenação do mesmo. Em 2001, por estar melhor inserido nas competências da Agenda Azul do que nas da Agenda Marrom, a coordenação geral deste Projeto passou para o IGAM, com participação da FEAM principalmente na elaboração do quadro Pressão-Estado-Resposta, que associa as alterações encontradas na qualidade das águas às diferentes fontes de poluição. Desde então, o IGAM tem sido responsável pela coordenação, operação e divulgação dos resultados do Projeto Águas de Minas. O Projeto Águas de Minas, em execução há dez anos, vem permitindo identificar alterações na qualidade das águas do Estado, refletidas em tendências observadas. A operação da rede de monitoramento teve início com a seleção de 222 pontos de amostragem aos quais
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se foram agregando outros, levando a um total de 260 estações amostradas em 2006, com freqüência trimestral de amostragem. O IGAM pretende, através do Projeto Águas de Minas, atingir os seguintes objetivos:
• avaliar as condições reais das águas superficiais mineiras por meio de análises in loco e em laboratório de amostras coletadas nas estações de monitoramento;
• verificar as alterações espaciais e temporais na qualidade das águas, tentando ressaltar tendências observáveis;
• correlacionar essas condições com as características de ocupação das diferentes bacias;
• fornecer uma medida da eficácia dos sistemas de controle de outros órgãos do Sistema Estadual do Meio Ambiente em relação às atividades potencialmente causadoras de impacto;
• facilitar a identificação e a implementação de estratégias de aperfeiçoamento de instrumentos gerenciais;
• definir bacias ou corpos de água onde o detalhamento da macro-rede mostre-se necessário, mediante redes dirigidas;
• divulgar aos órgãos do judiciário e aos usuários de água o relatório anual de qualidade das águas superficiais;
• disponibilizar via Internet os resultados trimestrais do monitoramento, bem como relatórios e mapas.
Para tanto, foram estabelecidas as análises a serem realizadas nas amostras de água coletadas. Além dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos já usuais são realizados ensaios de toxicidade com o microcrustáceo Ceriodaphnia dúbia. Desde o ano 2001 também foram inseridos valores de vazão das estações de amostragem, obtidos, na sua maioria, pelo método de regionalização. As amostras coletadas nas campanhas completas (período chuvoso e estiagem) foram submetidas à avaliação de cerca de 50 parâmetros e nas campanhas intermediárias, 16 parâmetros, conforme descrito nos procedimentos metodológicos. Os resultados de alguns parâmetros específicos são utilizados no cálculo do Índice de Qualidade de Água (IQA) multiplicativo, desenvolvido pela National Sanitation Foundation dos Estados Unidos e na interpretação dos dados de Contaminação por Tóxicos (CT), desenvolvido pela FEAM, tomando por base, no ano de 2006, os limites de classe definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), na Resolução CONAMA 357/2005. Os resultados permitem inferir a qualidade das águas dos corpos de água nas Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRHs) em Minas Gerais, estabelecidas pela DN Nº 06/02 do CERH, descritas em seu anexo único. A adoção das Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRHs, como um dos referenciais de análise deverá, igualmente, permitir a inserção das informações geradas no âmbito do processo de decisão política e administrativa no gerenciamento integrado de recursos hídricos, proporcionando, entre outras informações, um referencial comum entre o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH. Para o conjunto de resultados dos principais indicadores de qualidade e quantidade das águas, obtidos ao longo dos nove anos de monitoramento, são apresentadas avaliações em
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nível sazonal, ao longo do tempo e espacial, com o propósito de apresentar uma interpretação mais detalhada. Além de outras considerações, esta avaliação permite associar a componente quantidade aos indicadores de qualidade, contribuindo dessa forma, para a divulgação das informações de maneira a auxiliar de forma bastante significativa as ações de gestão e de tomada de decisão. O desenvolvimento dos trabalhos possibilita ao Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais e aos órgãos e entidades vinculados identificarem e implementarem estratégias de aperfeiçoamento de seus instrumentos gerenciais. Destaca-se a importância do Projeto Águas de Minas, que permite aos usuários de água, o acompanhamento do quadro geral sobre a qualidade das águas das principais bacias hidrográficas do Estado, competência da Agenda Azul (IGAM), e para a efetividade das ações de controle das fontes de poluição e degradação ambiental da Agenda Marrom (FEAM). A caracterização da qualidade das águas, bem como os aspectos de quantidade dos recursos hídricos vêm, ademais, estimulando a integração das ações das agendas ambientais do Estado de Minas Gerais. É importante ressaltar que o alcance dos objetivos é gradativo e a continuidade do projeto vem proporcionando a interação efetiva entre os órgãos gestores e os usuários, com vistas ao alcance da gestão sustentável dos recursos hídricos. 1.1. A Resolução CONAMA 357/2005 e a qualidade das águas do Estado Para avaliação da qualidade das águas no Estado de Minas Gerais, no âmbito do Projeto Águas de Minas, o Instituto Mineiro de Gestão de Águas vinha, até 2004, utilizando os limites estabelecidos na deliberação normativa nº10/1986, do Conselho Estadual de Meio Ambiente. No entanto, em vista da necessidade de revisão desta DN, e da revisão da Resolução Federal do CONAMA nº20 de 1986, com sua publicação em março de 2005, optou-se por adotar esta legislação mais recente para embasar a avaliação anual da qualidade das águas de Minas Gerais. A resolução CONAMA 357/2005 trouxe modificações significativas para a preservação dos recursos hídricos, podendo-se citar:
• Reconhecimento da importância de variáveis biológicas na avaliação da qualidade da água, considerando os testes de toxicidade e o monitoramento da densidade de cianobactérias e da concentração de clorofila-a como necessários para o enquadramento de um dado corpo de água;
• Estabelecimento de padrões de fósforo total específicos para cada tipo de ambiente
(lêntico, lótico e intermediário) e a adequação da análise da concentração de nitrogênio amoniacal em função do pH;
• Com relação aos metais alumínio e cobre, passaram a ser consideradas,
especificamente, as parcelas dissolvidas, responsáveis por causar problemas para abastecimento público e à biota, enquanto o cromo passou a ser avaliado em sua
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totalidade e não mais em suas formas tri ou hexavalente, como estabelecido pela DN 10/86;
• Alguns parâmetros como cianeto livre, arsênio total, bário total, boro total e chumbo
total, passaram a ter limites inferiores menores que os estabelecidos na DN10/86 e esta diferença, que chega a até 5 vezes, configura a Resolução 357 como uma legislação mais rígida e capaz de garantir uma melhor preservação/restauração da qualidade da água.
Atualmente, a Deliberação Normativa COPAM nº10 de 1986, está passando por revisão para se adequar às condições da Resolução CONAMA 357/2005. 2. UNIDADES DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS (UPGRHs) A preservação e a utilização racional dos recursos hídricos são aspectos importantes para a resolução de problemas agudos relacionados à questão hídrica, visando ao bem estar de todos e à preservação do meio ambiente. A pressão antrópica devido ao desenvolvimento das atividades econômicas e o adensamento populacional de forma desordenada vêm ocasionando crescentes problemas aos recursos hídricos. Em virtude disso, as instâncias públicas e civis mobilizaram-se para a criação de legislação e políticas específicas, a fim de fundamentar a gestão participativa e descentralizada dos recursos hídricos. Dessa forma, gerou-se uma demanda do CERH ao IGAM no sentido de identificar e definir unidades de planejamento e gestão dos recursos hídricos no Estado, com o objetivo de orientar as ações relacionadas à aplicação da Política Estadual de Recursos Hídricos no âmbito estadual. Os trabalhos culminaram no estabelecimento das UPGRHs na Deliberação Normativa Nº 06/02 expedida pelo CERH. Nesse contexto, foi necessário selecionar os municípios por UPGRH, tendo-se adotado como princípio que a localização do distrito sede define a inserção do mesmo na Unidade. A única exceção refere-se ao município de Contagem, considerado na UPGRH SF5 (Alto e Médio Cursos do rio das Velhas), embora seu distrito sede esteja localizado na sub-bacia do rio Paraopeba. Tal consideração baseou-se nas características específicas de distribuição da população e atividades econômicas do município, que geram pressões mais representativas na vertente da sub-bacia do rio das Velhas. Para as bacias cujas UPGRHs estão descritas neste volume, a relação dos municípios pertencentes a elas com a sua população urbana e rural são apresentadas no Anexo A. As UPGRHs, que são unidades físico-territoriais, identificadas dentro das bacias hidrográficas do Estado, apresentam uma identidade regional caracterizada por aspectos físicos, sócio-culturais, econômicos e políticos. Apesar do caráter técnico na concepção dessas unidades, sua definição foi resultado de um consenso entre os vários níveis de decisão relacionados à gestão das águas. As 36 UPGRHs resultantes desse trabalho, detalhadas na Tabela 2.1 e ilustradas no Mapa 2.1, são adotadas pelo IGAM, pela SEPLAN (Secretaria Estadual de Planejamento e Coordenação Geral) e pela ANA (Agência Nacional das Águas) na gestão dos recursos hídricos em território mineiro.
SF7
SF9
JQ3
SF5
PN3
SF8
SF6
PN1
SF10
PN2
JQ1
DO4SF4
GD8
JQ2
DO1
GD3
SF1
PS2
PA1
MU1
SF2SF3
DO3
GD2
GD7
DO6
GD5
GD1 PS1
GD4
DO5
DO2
SM1
GD6
Rio Itanhém
Rio Jucuruçu
Rio Piracicaba/Jaguari
Rio Itabapoana
Rio Buranhém
Rio Itapemirim
Rio TijucoRio
Paranaíba
Rio Urucuia
Rio Carinha
nha
Rio Mucuri
Rio Pre to
Rio
Aba
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Rio
Inda
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R
io Cipó
Rio Pacuí
Rio Jequitaí
Rio Guru t uba
Rio da Prata
Rio
do S
ono
R i o Pardo
Rio Suaçuí Grande
Rio Pa m
pã
Rio Queb ra Anzol
Rio
La
mba
ri
R io Paraca
tu
Rio Paraíba do Sul
Rio
UberabaRio Manhuaçu
Rio Pandeiros
Rio
Sa l
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Rio Matipó
Rio
Bic
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Rio Uberab inha
R io São João
Rio Jaguari
Rio
São Fra
ncis
co
Rio São Domingos
Rio Grand
e
Rio V
erde Grande
Rio Jordão
Rio Corrente Grande
Rio das Velhas
R io Paranaíiba
Rio
Xopotó
Rio Ca
rango la
Rio Paraúna
Ribeirão das Alm
as
Rio Doce
Rio
Je
quitibá
Rio Muriaé
Rio Taqua raçu
Rio
Ita
biit o
Rio Paraibuna
Rio
do
Vie
iraRio Pará
Rio do Pe ixe
R io PretoRio do Peixe
Rio Pardo
Rio São Dom
ingos
Rio do Peixe
Rio
Lam
bari
Rio Santo Antônio
Rio São João
Rio
São
Fra
ncis
co
Rio
São
Fra
ncis
co
Rio Je
quitinhonha
Rio
Sa
p uca
í
Rio C
apivariRio V
erde
Córrego Rico
Rio das Mortes
Rio Piracicaba
Rio do Carmo
Rio Paraopeba Rio do Peixe
Rio Preto
Rio
Pa
rac a
tu
Rio Grande
Rio Preto
39°W
39°W
42°W
42°W
45°W
45°W
48°W
48°W
51°W
51°W15
°S
15°S
18°S
18°S
21°S
21°S
Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos (UPGRHs) - Minas Gerais
BACIAS FEDERAIS
Bacias do Leste
Rio Doce
Rio Grande
Rio Jequitinhonha
Rio Paranaíba
Rio Paraíba do Sul
Rio Pardo
Rio Piracicaba/Jaguari
Rio São Francisco
Principais Rios
¢0 100 20050 Km
Execução: Projeto Águas de Minas
2006
2006201903 - A4
Mapa 2.1: Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos em Minas Gerais (UPGRHs).
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 2.1: Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos em Minas Gerais (UPGRH), suas respectivas áreas de drenagem, população e número de estações de amostragem.
UPGRH nºÁrea Drenada
(Km 2)Municípios com sede
População Total
População Urbana
População Rural
nº Estações de amostragem
Densidade (Est/1000Km 2)
SF1 - Nascentes até confluência Rio Pará 14.204 20 214.094 177.685 36.409 7 0,49
SF4 - Entorno Represa Três Marias 18.714 15 182.769 154.168 28.601 7 0,37Subtotal Sul 2 32.918 35 396.863 331.853 65.010 14 0,43
SF7 - Bacia Rio Paracatu 41.512 12 256.454 199.856 56.598 8 0,19
SF10 - Bacia Rio Verde Grande 27.043 22 641.784 476.054 165.730 7 0,26Subtotal Norte 5 150.079 66 1.292.546 897.489 395.057 30 0,20
Pará SF2 - Bacia do Rio Pará 12.262 27 631.887 547.941 83.946 16 1,30Paraopeba SF3 - Bacia do Rio Paraopeba 12.092 35 909.486 814.609 94.877 22 1,82
Velhas SF5 - Bacia Rio das Velhas até foz no SF 29.713 56 4.307.828 4.121.255 186.573 33 1,11
TOTAL SF 10 235.443 219 7.538.610 6.713.147 825.463 115 0,49
PN2 - Bacia Rio Araguari 21.567 13 741.486 696.543 44.943 8 0,37
PN3 - Baixo curso, de Itumbiara até a foz 26.973 13 211.641 176.801 34.840 5 0,19
TOTAL PN 3 70.832 44 1.384.082 1.234.621 149.461 18 0,25
5 0,22
7 0,22
18 430.955 361.277 69.678
17
22.292
SF9 - SF jusante confluência Urucuia até a montante do Rio Carinhanha
Norte
25.129
31.259
Rio Paranaíba (PN)
PN1 - Nascentes Rio Paranaíba até jusante Barragem Itumbiara
235.010 119.783 115.227
579.594 55.042 24.552 0,20
25.136 8 79.704 46.754 32.950 3 0,12
7
Bacia
Sul
SF8 - Bacia Rio Urucuia e afluentes esquerdos do SF
SF6 - SF jusante Rio Abaeté até jusante do Rio Urucuia
Rio São Francisco (SF)
6
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 2.1: Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos em Minas Gerais (UPGRH), suas respectivas áreas de drenagem, população e número de estações de amostragem.
UPGRH nºÁrea Drenada
(Km 2)Municípios com sede
População Total
População Urbana
População Rural
nº Estações de amostragem
Densidade (Est/1000Km 2)
GD2 - Bacias Rios das Mortes e Jacaré 10.547 30 519.465 440.254 79.211 9 0,85GD3 - Entorno Represa de Furnas 16.562 36 670.651 511.408 159.243 1 0,06GD4 - Bacia Rio Verde 6.924 23 420.301 352.206 68.095 12 1,73GD5 - Bacia Rio Sapucaí 8.882 40 524.504 390.969 133.535 7 0,79GD6 - Bacias Rios Pardo e Mogi-Guaçu 5.983 20 378.631 296.219 82.412 1 0,17
TOTAL GD 8 86.344 206 3.397.465 2.733.472 663.993 42 0,49
DO2 - Bacia Rio Piracicaba 5.707 17 686.401 638.836 47.565 9 1,58
DO4 - Bacia Rio Suaçuí-Grande 20.537 46 1.055.941 815.427 240.514 5 0,24DO5 - Bacias Rio Caratinga 8.689 19 241.116 161.651 79.465 4 0,46DO6 - Bacia do Rio Manhuaçu 11.080 25 4 0,36TOTAL DO 6 74.443 193 2.858.051 2.147.184 710.867 32 0,43
0,09Rio Doce (DO)
9 0,51
DO3 - Bacia Rio Santo Antônio e margem esquerda Rio Doce entre Piracicaba e Sto. 10.799 23 200.885 117.757 83.128 1
0,21
Rio Grande (GD)
DO1 - Nascentes Rio Piranga até confluência Rio Piracicaba 17.631 63 673.708 413.513 260.195
0,30
GD8 - Baixo curso Rio Grande jusante Reservatório do Peixoto 18.785 18 457.099 403.239 53.860 4
38.109 5 0,57
245.288 49.528 3
8.805 21 131.998 93.889
9.856 18 294.816
Bacia
GD1 - Nascentes Rio Grande até confluência Rio das Mortes
GD7 - Entorno Represa do Peixoto e Ribeirão Sapucaí
7
8
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 2.1: Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos em Minas Gerais (UPGRH), suas respectivas áreas de drenagem, população e número de estações de amostragem.
UPGRH nºÁrea Drenada
(Km 2)Municípios com sede
População Total
População Urbana
População Rural
nº Estações de amostragem
Densidade (Est/1000Km 2)
JQ1 - Nascentes até montante Rio Salinas 19.803 10 100.006 61.705 38.301 4 0,2
JQ2 - Bacia Rio Araçuaí 16.273 21 282.969 120.559 162.410 3 0,18
TOTAL JQ 3 65.851 60 774.114 429.861 344.253 13 0,2PS1 - Bacia do Rio Paraibuna 7.223 22 598.644 551.273 47.371 13 1,8PS2 - Bacias Rios Pomba e Muriaé 13.553 58 760.535 601.577 158.958 16 1,18TOTAL PS 2 20.776 80 1.359.179 1.152.850 206.329 29 1,4Toda a Bacia em MG 1 12.763 11 109.349 45.847 63.502 3 0,24Toda a Bacia em MG 1 14.859 13 296.845 205.132 91.713 8 0,54Toda a Bacia em MG 1 1.161 4 57.794 35.551 22.243 - -Bacia Rio Buranhém em MG 325 1 12.144 6.104 6.040 - -Bacia Rio Jucuruçu em MG 712 2 14.276 7.362 6.914 - -Bacia Rio Itanhém em MG 1.519 4 39.853 26.620 13.233 - -Bacia Rio Peruípe em MG 57 - 8.182 6.498 1684 - -Bacia Rio Itaúnas em MG 23 - 41.619 37.781 3.838 - -Bacia Rio Itapemirim em MG 33 - 19.528 11.218 8.310 - -Bacia Rio Itabapoana em MG 671 4 34.568 18.147 16.421 - -Bacia Rio São Mateus em MG 1 5.682 13 102.815 58.825 43.990 - -TOTAL Bacias Leste 1 9.022 24 272.985 172.555 100.430 - -TOTAL de UPGRHs Amostradas 34 581.311 825 17.717.695 14.662.114 3.055.581 260 0,45TOTAL de UPGRHs 36 591.494 853 18.048.474 14.870.220 3.178.254
No Estado
Rio Paraíba do Sul (PS)
Rio Pardo (PA)Rio Mucuri (MU)
Rio Piracicaba/Jaguari
Bacia
6 0,2Rio Jequitinhonha (JQ)
Bacias do Leste
29 391.139 247.597 143.542JQ3 - Rio Jequitinhonha do Rio Salinas até divisa do Estado 29.775
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
3. PARÂMETROS INDICATIVOS DA QUALIDADE DAS ÁGUAS A poluição das águas tem como origem diversas fontes, pontuais e difusas, associadas ao tipo de uso e ocupação do solo, dentre as quais destacam-se:
• efluentes domésticos; • efluentes industriais; • carga difusa urbana e agrossilvipastoril; • mineração; • natural; • acidental.
Cada uma das fontes citadas acima possui características próprias quanto aos poluentes que carreiam. Os esgotos domésticos, por exemplo, apresentam compostos orgânicos biodegradáveis, nutrientes e microrganismos patogênicos. Já para os efluentes industriais, há uma maior diversificação nos contaminantes lançados nos corpos de água em função dos tipos de matérias-primas e processos industriais utilizados. O deflúvio superficial urbano contém, geralmente, todos os poluentes que se depositam na superfície do solo. Na ocorrência de chuvas, os materiais acumulados em valas, bueiros, etc., são arrastados pelas águas pluviais para os corpos de água superficiais, constituindo-se numa fonte de poluição tanto maior quanto menos eficiente for a coleta de esgotos ou a limpeza pública. A poluição agrossilvipastoril é decorrente das atividades ligadas à agricultura, silvicultura e pecuária. Quanto à atividade agrícola, seus efeitos dependem muito das práticas utilizadas em cada região e da época do ano em que se realizam as preparações do terreno para o plantio, assim como do uso intensivo dos defensivos agrícolas. A contribuição representada pelo material proveniente da erosão de solos intensifica-se quando da ocorrência de chuvas em áreas rurais. Os agrotóxicos com alta solubilidade em água podem contaminar águas subterrâneas e superficiais através do seu transporte com o fluxo de água. A poluição natural está associada à salinização, decomposição de vegetais e animais mortos que são carreados pelo escoamento superficial, enquanto que a acidental é proveniente de derramamentos acidentais de materiais na linha de produção ou transporte. De um modo geral, foram adotados parâmetros de monitoramento que permitem caracterizar a qualidade da água e o grau de contaminação dos corpos de água do Estado de Minas Gerais. No monitoramento são analisados parâmetros físicos, químicos, microbiológicos, hidrobiológicos e bioensaios ecotoxicológicos de qualidade de água, levando em conta os mais representativos, os quais são relatados a seguir: Parâmetros Físicos: temperatura, condutividade elétrica, sólidos totais, sólidos dissolvidos, sólidos em suspensão, cor, turbidez. Parâmetros Químicos: alcalinidade total, alcalinidade de bicarbonato, dureza de cálcio, dureza de magnésio, dureza total, pH, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20), demanda química de oxigênio (DQO), série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito), fósforo total, substâncias tensoativas, óleos e graxas, cianeto livre, fenóis totais, cloreto, potássio, sódio, sulfato total, sulfetos, magnésio, ferro dissolvido,
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manganês total, alumínio total, alumínio dissolvido, zinco total, bário total, cádmio total, boro total, arsênio total, níquel total, chumbo total, cobre total, cobre dissolvido, cromo (III), cromo (VI), cromo total, selênio total e mercúrio total. Parâmetros microbiológicos: coliformes termotolerantes, coliformes totais e estreptococos totais. Parâmetro hidrobiológico: clorofila “a”. Bioensaios Ecotoxicológicos: ensaios de toxicidade crônica com Ceriodaphnia dubia, inseridos no projeto a partir da terceira campanha de 2003, visando aprimorar as informações referentes à toxicidade causada pelos lançamentos de substâncias tóxicas nos corpos de água. 3.1. Significado Ambiental dos Parâmetros 3.1.1. Parâmetros Físicos Condutividade Elétrica A condutividade elétrica da água é determinada pela presença de substâncias dissolvidas que se dissociam em ânions e cátions e pela temperatura. As principais fontes dos sais de origem antropogênica naturalmente contidos nas águas são: descargas industriais de sais, consumo de sal em residências e no comércio, excreções de sais pelo homem e por animais. A condutância específica fornece uma boa indicação das modificações na composição de uma água, especialmente na sua concentração mineral, mas não fornece nenhuma indicação das quantidades relativas dos vários componentes. À medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados, a condutividade específica da água aumenta. Altos valores podem indicar características corrosivas da água. Cor verdadeira A cor de uma amostra de água está associada ao grau de redução de intensidade que a luz sofre ao atravessar uma coluna de água, devido à presença de sólidos dissolvidos (principalmente material em estado coloidal orgânico e inorgânico). A cor é originada de forma natural, a partir da decomposição da matéria orgânica, principalmente dos vegetais – ácidos húmicos e fúlvicos, além do ferro e manganês. A origem antropogênica surge dos resíduos industriais e esgotos domésticos. Apesar de ser pouco freqüente a relação entre cor acentuada e risco sanitário nas águas coradas, a cloração da água contendo a matéria orgânica dissolvida responsável pela cor pode gerar produtos potencialmente cancerígenos, dentre eles, os trialometanos.
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Sólidos Totais Todas as impurezas da água, com exceção dos gases dissolvidos, contribuem para a carga de sólidos presentes nos corpos de água. Os sólidos podem ser classificados de acordo com seu tamanho e características químicas. Os sólidos em suspensão, contidos em uma amostra de água, apresentam, em função do método analítico escolhido, características diferentes e, conseqüentemente, têm designações distintas. A unidade de medição normal para o teor em sólidos não dissolvidos é o peso dos sólidos filtráveis, expresso em mg/L de matéria seca. A partir dos sólidos filtrados pode ser determinado o resíduo calcinado (em % de matéria seca), que é considerado uma medida da parcela da matéria mineral. O restante indica, como matéria volátil, a parcela de sólidos orgânicos. Dentro dos sólidos filtráveis encontram-se, além de uma parcela de sólidos turvos, também os seguintes tipos de sólidos/substâncias não dissolvidos: sólidos flutuantes, que em determinadas condições estão boiando, e são determinados através de aparelhos adequados em forma de peso ou volume; sólidos sedimentáveis, que em determinadas condições afundam, sendo seu resultado apresentado como volume (mL/L) mais o tempo de formação; e sólidos não sedimentáveis, que não são sujeitos nem à flotação nem à sedimentação. Temperatura A temperatura da água é um fator que influencia a grande maioria dos processos físicos, químicos e biológicos na água como, por exemplo, a solubilidade dos gases dissolvidos. Uma elevada temperatura diminui a solubilidade dos gases como, por exemplo, do oxigênio dissolvido, além de aumentar a taxa de transferência de gases, o que pode gerar mau cheiro, no caso da liberação de compostos com odores desagradáveis. Os organismos aquáticos possuem limites de tolerância térmica superior e inferior, temperaturas ótimas para crescimento, temperatura preferencial em gradientes térmicos e limitações de temperatura para migração, desova e incubação do ovo. As variações de temperatura fazem parte do regime climático normal e corpos de água naturais apresentam variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical. Turbidez A turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva à mesma. A turbidez tem como origem natural a presença de matéria em suspensão como partículas de rocha, argila, silte, algas e outros microrganismos e como fonte antropogênica os despejos domésticos, industriais e a erosão. A alta turbidez reduz a fotossíntese da vegetação enraizada submersa e das algas. Esse desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de peixes. Logo, a turbidez pode influenciar nas comunidades biológicas aquáticas.
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3.1.2. Parâmetros Químicos Alcalinidade Total É a quantidade dos íons hidróxido, carbonato e bicarbonato presentes na água, que reagirão para neutralizar os íons hidrogênio. As origens naturais da alcalinidade na água são a dissolução de rochas, as reações do dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e a decomposição da matéria orgânica. Além desses, os despejos industriais são responsáveis pela alcalinidade nos corpos de água. Esta variável deve ser avaliada por ser importante no controle do tratamento de água, estando relacionada com a coagulação, redução de dureza e prevenção da corrosão em tubulações. Cianeto livre (CN-) Os cianetos são os sais do hidrácido cianídrico (ácido prússico, HCN), podendo ocorrer na água em forma de ânion (CN-) ou de cianeto de hidrogênio (HCN). Em valores neutros de pH, prevalece o cianeto de hidrogênio. Estas substâncias têm um efeito muito tóxico sobre microorganismos e uma diferenciação analítica entre cianetos livres e complexos é imprescindível, visto que a toxicidade do cianeto livre é muito maior. Os cianetos são utilizados na indústria galvânica, no processamento de minérios (lixiviação de cianeto) e na indústria química. São também aplicados em pigmentos e praguicidas. Podem chegar às águas superficiais através dos efluentes das indústrias galvânicas, de têmpera, de coque, de gás e de fundições. Cloretos As águas naturais, em menor ou maior escala, contêm íons resultantes da dissolução de minerais. Os íons cloretos são advindos da dissolução de sais. Um aumento no teor desses ânions na água é indicador de uma possível poluição por esgotos (através de excreção de cloreto pela urina) ou por despejos industriais, e acelera os processos de corrosão em tubulações de aço e de alumínio, além de alterar o sabor da água. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) É definida como a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica biodegradável sob condições aeróbicas, isto é, avalia a quantidade de oxigênio dissolvido, em mg/L, que será consumida pelos organismos aeróbios ao degradarem a matéria orgânica. Um período de tempo de 5 dias numa temperatura de incubação de 20o C é freqüentemente usado e referido como DBO5,20. Os maiores aumentos em termos de DBO em um corpo de água são provocados por despejos de origem predominantemente orgânica. A presença de um alto teor de matéria orgânica pode induzir à completa extinção do oxigênio na água, provocando o desaparecimento de peixes e outras formas de vida aquática. Um elevado valor da DBO pode indicar um incremento da micro-flora presente e interferir no equilíbrio da vida
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aquática, além de produzir sabores e odores desagradáveis e, ainda, poder obstruir os filtros de areia utilizadas nas estações de tratamento de água. Demanda Química de Oxigênio (DQO) É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica através de um agente químico. Os valores da DQO normalmente são maiores que os da DBO, sendo o teste realizado num prazo menor e em primeiro lugar, orientando o teste da DBO. A análise da DQO é útil para detectar a presença de substâncias resistentes à degradação biológica. O aumento da concentração da DQO num corpo de água se deve principalmente a despejos de origem industrial. Dureza É a concentração de cátions multimetálicos em solução. Os cátions mais freqüentemente associados à dureza são os cátions bivalentes Ca2+ e Mg2+. As principais fontes de dureza são a dissolução de minerais contendo cálcio e magnésio, provenientes das rochas calcáreas e dos despejos industriais. A ocorrência de dureza elevada causa um sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos. Além disso, causa incrustação nas tubulações de água quente, caldeiras e aquecedores, em função da maior precipitação nas temperaturas elevadas. Fenóis Totais Os fenóis são compostos orgânicos oriundos, nos corpos de água, principalmente dos despejos industriais. São compostos tóxicos aos organismos aquáticos em concentrações bastante baixas e afetam o sabor dos peixes e a aceitabilidade das águas. Para os organismos vivos, os compostos fenólicos são tóxicos protoplasmáticos, apresentando a propriedade de combinar-se com as proteínas teciduais. O contato com a pele provoca lesões irritativas e após ingestão podem ocorrer lesões cáusticas na boca, faringe, esôfago e estômago, manifestadas por dores intensas, náuseas, vômitos e diarréias, podendo ser fatal. Após absorção, tem ação lesiva sobre o sistema nervoso podendo ocasionar cefaléia, paralisias, tremores, convulsões e coma. Fósforo Total O fósforo é originado naturalmente da dissolução de compostos do solo e da decomposição da matéria orgânica. O aporte antropogênico é oriundo dos despejos domésticos e industriais, além de detergentes, excrementos de animais e fertilizantes. A presença de fósforo nos corpos de água desencadeia o desenvolvimento de algas ou de plantas aquáticas indesejáveis, principalmente em reservatórios ou corpos de água parada, podendo conduzir ao processo de eutrofização.
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Série de Nitrogênio (amônia, nitrato, nitrito e nitrogênio orgânico) O nitrogênio pode ser encontrado na água nas formas de nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito. A forma do nitrogênio predominante é um indicativo do período da poluição dos corpos hídricos. Resultados de análise da água com alteração de nitrogênio nas formas predominantemente reduzidas (nitrogênio orgânico e amoniacal) indicam que a fonte de poluição encontra-se próxima, ou seja, caracteriza-se por uma poluição recente, enquanto que a prevalência da forma oxidada (nitrato e nitrito) sugere que a fonte de contaminação esteja distante do ponto de coleta, sendo a poluição, portanto, remota. Nas zonas de autodepuração natural dos rios, observa-se a presença de nitrogênio orgânico na zona de degradação, nitrogênio amoniacal na zona de decomposição ativa, nitrito na zona de recuperação e nitrato na zona de águas limpas. A disponibilização do nitrogênio para o meio ambiente pode ocorrer de forma natural através de constituintes de proteínas, clorofila e compostos biológicos. As fontes antrópicas estão associadas aos despejos doméstico e industrial, excrementos de animais e fertilizantes. O nitrogênio é um elemento de destaque para a produtividade da água, pois contribui para o desenvolvimento do fito e zooplâncton. Como nutriente é exigido em grande quantidade pelas células vivas. Entretanto, o seu excesso em um corpo de água provoca o enriquecimento do meio e, conseqüentemente, o crescimento exagerado dos organismos, favorecendo a eutrofização. Nitrogênio Orgânico Está presente na água em forma de suspensão e é oriundo principalmente de fontes biogênicas (bactérias, plâncton, húmus, proteínas e intermediários de processos de decomposição). O nitrogênio orgânico não apresenta efeitos tóxicos, todavia, podem surgir preocupações de ordem higiênica. Nitrogênio Amoniacal Total (amônia) É uma substância tóxica não persistente e não cumulativa. Em baixas concentrações, como é comumente encontrada, não causa nenhum dano fisiológico aos seres humanos e animais. Por outro lado, grandes quantidades de amônia podem causar sufocamento de peixes. Como fontes de contribuição de nitrogênio amoniacal destacam-se o lançamento de efluentes domésticos e industriais químicos, petroquímicos, siderúrgicos, farmacêuticos, alimentícios, matadouros, frigoríficos e curtumes. Nitrato É a principal forma de nitrogênio encontrada nas águas. Concentrações de nitrato superiores a 10mg/L, conforme determinado pela Portaria 518/2004, do Ministério da Saúde, demonstram condições sanitárias inadequadas, pois as principais fontes de nitrogênio nitrato são dejetos humanos e animais.
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Os nitratos estimulam o desenvolvimento de plantas, sendo que organismos aquáticos, como algas, florescem na presença destes e, quando em elevadas concentrações em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento exagerado, processo denominado de eutrofização. Em grandes quantidades o nitrato contribui como causa da metaemoglobinemia (síndrome do bebê azul). Nitrito É uma forma química do nitrogênio normalmente encontrada em quantidades diminutas nas águas superficiais, pois o nitrito é instável na presença do oxigênio, ocorrendo como uma forma intermediária. O íon nitrito pode ser utilizado pelas plantas como uma fonte de nitrogênio. A presença de nitritos em água indica processos biológicos ativos influenciados por poluição orgânica. A indústria também disponibiliza o nitrito através das unidades de decapagem e da têmpera. Oxigênio Dissolvido (OD) Essencial à manutenção dos seres aquáticos aeróbios, a concentração de oxigênio dissolvido na água varia segundo a temperatura e a altitude, sendo a sua introdução condicionada pelo ar atmosférico, a fotossíntese e a ação dos aeradores. O oxigênio dissolvido é essencial para a manutenção de processos de autodepuração em sistemas aquáticos naturais e estações de tratamento de esgotos. Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem uso do oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar uma redução de sua concentração no meio. Através da medição do teor de oxigênio dissolvido, os efeitos de resíduos oxidáveis sobre águas receptoras e a eficiência do tratamento dos esgotos durante a oxidação bioquímica, podem ser avaliados. Os níveis de oxigênio dissolvido também indicam a capacidade de um corpo de água natural em manter a vida aquática. Óleos e Graxas Os óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou animal. Estas substâncias geralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres, entre outros. São raramente encontrados em águas naturais, sendo normalmente oriundos de despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos, efluentes de oficinas mecânicas, postos de gasolina, estradas e vias públicas. Os despejos de origem industrial são os que mais contribuem para o aumento de matérias graxas nos corpos de água. Dentre estes despejos, destacam-se os de refinarias, frigoríficos e indústrias de sabão. A pequena solubilidade dos óleos e graxas constitui um fator negativo no que se refere à sua degradação em unidades de tratamento de despejos por processos biológicos e, quando presentes em mananciais utilizados para abastecimento público, causam problemas no tratamento de água. A presença de óleos e graxas diminui a área de contato entre a superfície da água e o ar atmosférico, impedindo dessa forma, a transferência do oxigênio da atmosfera para a água.
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Em processos de decomposição, a presença dessas substâncias reduz o oxigênio dissolvido elevando a DBO e a DQO, causando alteração no ecossistema aquático. Na legislação brasileira não existem valores limites estabelecidos para esse parâmetro. A recomendação, segundo a Resolução CONAMA 357/2005, é que óleos e graxas sejam virtualmente ausentes nas Classes 1, 2 e 3, enquanto iridescências são toleradas para a Classe 4. Potencial Hidrogeniônico (pH) O pH define o caráter ácido, básico ou neutro de uma solução aquosa. Sua origem natural está associada à dissolução de rochas, absorção de gases da atmosfera, oxidação da matéria orgânica e a fotossíntese, enquanto sua origem antropogênica está relacionada aos despejos domésticos e industriais. Os organismos aquáticos estão geralmente adaptados às condições de neutralidade e, em conseqüência, alterações bruscas do pH de uma água afetam as taxas de crescimento de microorganismos e podem resultar no desaparecimento dos organismos presentes na mesma. Os valores fora das faixas recomendadas podem alterar o sabor da água e contribuir para corrosão do sistema de distribuição de água, ocorrendo, assim, uma possível extração do ferro, cobre, chumbo, zinco e cádmio e dificultar a descontaminação das águas. Sulfatos Os sulfatos são sais moderadamente a muito solúveis em água, exceto sulfatos de estrôncio e de bário. A presença de sulfato nas águas está relacionada à oxidação de sulfetos nas rochas e à lixiviação de compostos sulfatados como gipsita e anidrita. Nas águas superficiais, ocorre através das descargas de esgotos domésticos (por exemplo, através da degradação de proteínas) e efluentes industriais (exemplos: efluentes de indústrias de celulose e papel, química, farmacêutica, etc.). Têm interesse sanitário para águas de abastecimento público por sua ação laxativa, como sulfato de magnésio e sulfato de sódio. Sulfetos Os sulfetos são combinações de metais, não metais, complexos e radicais orgânicos, ou são os sais e ésteres do ácido sulfídrico (H2S). A maioria dos sulfetos metálicos de uso comercial é de origem vulcânica. Sulfetos metálicos têm importante papel na química analítica para a identificação de metais. Sulfetos inorgânicos encontram aplicações como pigmentos e substâncias luminescentes. Sulfetos orgânicos e disulfetos são amplamente distribuídos nos reinos animal e vegetal e são aplicados industrialmente como protetores de radiação queratolítica. Os íons sulfeto presentes na água podem precipitar na forma de sulfetos metálicos em condições anaeróbicas e na presença de determinados íons metálicos.
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Substâncias tensoativas As substâncias tensoativas reduzem a tensão superficial da água, pois possuem em sua molécula uma parte solúvel e outra não solúvel na água. A constituição dos detergentes sintéticos tem como princípio ativo o denominado “surfactante” e algumas substâncias denominadas de coadjuvantes, como o fosfato. O principal inconveniente dos detergentes na água se relaciona aos fatores estéticos, devido à formação de espumas em ambientes aeróbios. Alumínio (Al) O alumínio é o principal constituinte de um grande número de componentes atmosféricos, particularmente de poeira derivada de solos e partículas originadas da combustão de carvão. Na água, o alumínio é complexado e influenciado pelo pH, temperatura e a presença de fluoretos, sulfatos, matéria orgânica e outros ligantes. O alumínio é pouco solúvel em pH entre 5,5 e 6,0, devendo apresentar maiores concentrações em profundidade, onde o pH é menor e pode ocorrer anaerobiose. O aumento da concentração de alumínio está associado com o período de chuvas e, portanto, com a alta turbidez. Outro aspecto chave da química do alumínio é sua dissolução no solo para neutralizar a entrada de ácidos com as chuvas ácidas. Nesta forma, ele é extremamente tóxico à vegetação e pode ser escoado para os corpos de água. A principal via de exposição humana não ocupacional é pela ingestão de alimentos e água. O acúmulo de alumínio no homem tem sido associado ao aumento de casos de demência senil do tipo Alzheimer. Não há indicação de carcinogenicidade para o alumínio. Arsênio (As) Devido às suas propriedades semimetálicas, o arsênio é utilizado em metalurgia como um metal aditivo. A adição de cerca de 2% de arsênio ao chumbo permite melhorar a sua esfericidade, enquanto 3% de arsênio numa liga à base de chumbo melhora as propriedades mecânicas e otimiza o seu comportamento a elevadas temperaturas. Pode também ser adicionado em pequenas quantidades às grelhas de chumbo das baterias para aumentar a sua rigidez. O arsênio, quando muito puro, é utilizado na tecnologia de semicondutores, para preparar arsenieto de gálio. Este composto é utilizado na fabricação de diodos, LEDs, transistores e laseres. O arsenieto de índio é usado em detectores de infravermelho e em aplicações de efeito de Hall. A toxicidade do arsênio depende do seu estado químico. Enquanto o arsênio metálico e o sulfeto de arsênio são praticamente inertes, o gás AsH3 é extremamente tóxico. De um modo geral, os compostos de arsênio são perigosos, principalmente devido aos seus efeitos irritantes na pele. A toxicidade destes compostos se deve, principalmente, à ingestão e não à inalação, embora cuidados de ventilação em ambientes industriais que usem compostos de arsênio sejam necessários.
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Bário (Ba) Em geral, ocorre nas águas naturais em baixas concentrações, variando de 0,7 a 900μg/L. É normalmente utilizado nos processos de produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e praguicidas. A ingestão de bário em doses superiores às permitidas pode causar desde um aumento transitório da pressão sangüínea por vasoconstrição, até sérios efeitos tóxicos sobre o coração. Boro (B) O boro é muito reativo de forma que é dificultada a sua ocorrência no estado livre. Contudo, pode-se encontrá-lo combinado em diversos minerais. O boro, na sua forma combinada como bórax (Na2B4O7. 10H2O) é utilizado desde tempos imemoriais. É usado como matéria-prima na produção de vidro de borosilicato, resistente ao calor, para usos domésticos e laboratoriais, familiarmente conhecido pela marca registrada Pirex, bem como na preparação de outros compostos de boro. Em sua forma elementar, é duro e quebradiço como o vidro, tendo aplicações semelhantes a este. Pode ser adicionado a metais puros, ligas ou outros sólidos, para aumentar a sua resistência plástica, acrescendo, assim, a rigidez do material. O boro elementar não é significativamente tóxico, não podendo ser classificado como veneno; no entanto, quando em pó muito fino, é duro e abrasivo, podendo causar indiretamente problemas de pele, se esta for esfregada depois de estar em contato com ele. Pequenas quantidades de boro parecem ser indispensáveis para o crescimento das plantas, mas, em grandes quantidades, este elemento é tóxico. O boro acumulado no corpo através da absorção, ingestão ou inalação dos seus compostos, atua sobre o sistema nervoso central, causando hipotensão, vômitos e diarréia e, em casos extremos, coma. Cádmio (Cd) O cádmio possui uma grande mobilidade em ambientes aquáticos, é bioacumulativo, isto é, acumula-se em organismos aquáticos, podendo entrar na cadeia alimentar, e é persistente no ambiente. Está presente em águas doces em concentrações-traço, geralmente inferiores a 1μg/L. Pode ser liberado para o ambiente através da queima de combustíveis fósseis e é utilizado na produção de pigmentos, baterias, soldas, equipamentos eletrônicos, lubrificantes, acessórios fotográficos, praguicidas etc. É um subproduto da mineração do zinco. O elemento e seus compostos são considerados potencialmente carcinogênicos e podem ser fatores para vários processos patológicos no homem, incluindo disfunção renal, hipertensão, arteriosclerose, doenças crônicas em idosos e câncer.
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Chumbo (Pb) Em sistemas aquáticos, o comportamento dos compostos de chumbo é determinado principalmente pela hidrossolubilidade. Teores de chumbo acima de 0,1mg/L inibem a oxidação bioquímica de substâncias orgânicas e são prejudiciais para os organismos aquáticos inferiores. Concentrações de chumbo entre 0,2 e 0,5mg/L empobrecem a fauna e, a partir de 0,5mg/L, inibem a nitrificação na água, afetando a ciclagem do nitrogênio. A queima de combustíveis fósseis é uma das principais fontes de chumbo, além da sua utilização como aditivo anti-impacto na gasolina. Este metal é uma substância tóxica cumulativa e uma intoxicação crônica pode levar a uma doença denominada saturnismo, que ocorre, na maioria das vezes, em trabalhadores expostos ocupacionalmente. Outros sintomas de uma exposição crônica ao chumbo, quando o sistema nervoso central é afetado, são tonturas, irritabilidade, dor de cabeça, perda de memória, entre outros. Quando o efeito ocorre no sistema periférico, o sintoma é a deficiência dos músculos extensores. A toxicidade do chumbo, quando aguda, é caracterizada por sede intensa, sabor metálico, inflamação gastrintestinal, vômitos e diarréias. Cobre (Cu) A disponibilização de cobre para o meio ambiente ocorre através da corrosão de tubulações de latão por águas ácidas, efluentes de estações de tratamento de esgotos, uso de compostos de cobre como algicidas aquáticos, escoamento superficial e contaminação da água subterrânea devido a usos agrícolas do cobre como fungicida e pesticida no tratamento de solos e efluentes, além de precipitação atmosférica de fontes industriais. As principais fontes industriais são as minerações, fundições, refinarias de petróleo e têxteis. No homem, a ingestão de doses excessivamente altas pode acarretar em irritação e corrosão de mucosas, danos capilares generalizados, problemas hepáticos e renais e irritação do sistema nervoso central seguido de depressão. Cromo (Cr) O cromo está presente nas águas nas formas tri (III) e hexavalente (VI). Na forma trivalente, o cromo é essencial ao metabolismo humano e sua carência causa doenças. Já na forma hexavalente, é tóxico e cancerígeno. Atualmente, os limites máximos são estabelecidos basicamente em função do cromo total. Os organismos aquáticos inferiores podem ser prejudicados por concentrações de cromo acima de 0,1mg/L, enquanto o crescimento de algas já está sendo inibido no âmbito de teores de cromo entre 0,03 e 0,032mg/L. O cromo, como outros metais, acumula-se nos sedimentos. É comumente utilizado em aplicações industriais e domésticas, como na produção de alumínio anodizado, aço inoxidável, tintas, pigmentos, explosivos, papel e fotografia.
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Ferro (Fe) O ferro aparece, normalmente, da dissolução de compostos do solo e dos despejos industriais. Em épocas de alta precipitação o nível de ferro na água aumenta em decorrência dos processos de erosão nas margens dos corpos de água. Nas indústrias metalúrgicas, o ferro é disponibilizado através da decapagem que consiste na remoção da camada oxidada das peças antes de seu uso. Em quantidade adequada, este metal é essencial ao sistema bioquímico das águas, podendo, em grandes quantidades, se tornar nocivo, dando sabor e cor desagradáveis à água, além de elevar a dureza, tornando-a inadequada ao uso doméstico e industrial. Magnésio (Mg) O magnésio é um elemento essencial para a vida animal e vegetal. A atividade fotossintética da maior parte das plantas é baseada na absorção da energia da luz solar, para transformar água e dióxido de carbono em hidratos de carbono e oxigênio. Esta reação só é possível devido à presença de clorofila, cujos pigmentos contêm um composto rico em magnésio. A falta de magnésio no corpo humano pode provocar diarréia ou vômitos bem como hiper-irritabilidade ou uma ligeira calcificação nos tecidos. O excesso de magnésio é prontamente eliminado pelo corpo. Entre outras aplicações dos seus compostos, salienta-se a utilização do óxido de magnésio na fabricação de materiais refratários e nas indústrias de borracha, fertilizantes e plásticos, o uso do hidróxido em medicina como antiácido e laxante, do carbonato básico como material isolante em caldeiras e tubagens e ainda nas indústrias de cosméticos e farmacêutica. Os sulfatos (sais de Epsom) são usados como laxantes, fertilizantes para solos empobrecidos em magnésio e ainda nas indústrias têxteis e papeleira; e o cloreto é usado na obtenção do metal, na indústria têxtil e na fabricação de colas e cimentos especiais. As aplicações do magnésio são múltiplas, como a construção mecânica, sobretudo nas indústrias aeronáutica e automobilística, quer como metal puro, quer sob a forma de ligas com alumínio e zinco, ou com metais menos freqüentes, como o zircônio, o tório, os lantanídeos e outros. Manganês (Mn) O manganês aparece, normalmente, da dissolução de compostos do solo e dos despejos industriais. É utilizado na fabricação de ligas metálicas e baterias e, na indústria química, em tintas, vernizes, fogos de artifício e fertilizantes, entre outros. Sua presença, em quantidades excessivas, é indesejável em mananciais de abastecimento público devido ao seu efeito no sabor, no tingimento de instalações sanitárias, no aparecimento de manchas nas roupas lavadas e no acúmulo de depósitos em sistemas de distribuição. A água potável contaminada com manganês pode causar a doença denominada manganismo, com sintomas similares aos vistos em mineradores de manganês ou trabalhadores de plantas de aço.
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Mercúrio (Hg) Entre as fontes antropogênicas de mercúrio no meio aquático destacam-se as indústrias cloro-álcali de células de mercúrio, vários processos de mineração e fundição, efluentes de estações de tratamento de esgotos, fabricação de certos produtos odontológicos e farmacêuticos, indústrias de tintas, dentre outras. O mercúrio prejudica o poder de autodepuração das águas a partir de uma concentração de apenas 18μg/L. Este elemento pode ser adsorvido em sedimentos e em sólidos em suspensão. O metabolismo microbiano é perturbado pelo mercúrio através de inibição enzimática. Alguns microrganismos são capazes de metilar compostos inorgânicos de mercúrio, aumentando assim sua toxicidade. O acúmulo de mercúrio nos tecidos do peixe é uma das principais vias a carga de mercúrio no corpo humano, já que o mercúrio mostra-se mais tóxico na forma de compostos organometálicos. A intoxicação aguda por este metal pesado, no homem, é caracterizada por náuseas, vômitos, dores abdominais, diarréia, danos nos ossos e morte. A intoxicação crônica afeta glândulas salivares, rins e altera as funções psicológicas e psicomotoras. Níquel (Ni) O níquel é o 24° metal em abundância no meio ambiente, tendo sua ocorrência distribuída em vários minerais em diferentes formas. Ele está presente na superfície associado ao enxofre, ácido silícico, arsênio ou antimônio. A maior contribuição de níquel para o meio ambiente, através da atividade humana, é a queima de combustíveis fósseis. Além disso, as principais fontes são as atividades de mineração e fundição do metal, fusão e modelagem de ligas, indústrias de eletrodeposição e as fontes secundárias, como a fabricação de alimentos, artigos de panificadoras, refrigerantes e sorvetes aromatizados. Doses elevadas de níquel podem causar dermatites nos indivíduos mais sensíveis e afetar nervos cardíacos e respiratórios. O níquel acumula-se no sedimento, em musgos e plantas aquáticas superiores. Potássio (K) O potássio é encontrado em baixas concentrações nas águas naturais, já que as rochas que o contém são relativamente resistentes às ações do tempo. Entretanto, sais de potássio são largamente usados na indústria e em fertilizantes para agricultura, entrando nas águas doces com descargas industriais e lixiviação das terras agrícolas. O potássio é usualmente encontrado na forma iônica, e os sais são altamente solúveis. Selênio (Se) É um elemento raro que tem a particularidade de possuir um odor pronunciado bastante desagradável. Ocorre na natureza juntamente com o enxofre ou sob a forma de selenetos em certos minerais.
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As principais fontes de selênio são, todavia, os minérios de cobre, dos quais o selênio é recuperado como subproduto nos processos de refinação eletrolítica. Os maiores produtores mundiais são os Estados Unidos, o Canadá, a Suécia, a Bélgica, o Japão e o Peru. O selênio e os seus compostos encontram largo uso nos processos de reprodução xerográfica, na indústria vidreira (seleneto de cádmio, para produzir cor vermelho-rubi), como desgaseificante na indústria metalúrgica, como agente de vulcanização, como oxidante em certas reações e como catalisador. O selênio elementar é relativamente pouco tóxico. No entanto, alguns dos seus compostos são extremamente perigosos. A exposição aos vapores que contenham selênio pode provocar irritações dos olhos, nariz e garganta. A inalação desses vapores pode ser muito perigosa devido à sua elevada toxicidade. Sódio (Na) O sódio é um dos elementos mais abundantes na superfície terrestre e seus sais são altamente solúveis em água sendo, portanto, identificado em todas as águas naturais. É disponibilizado para a natureza através da decomposição de plantas e animais ou pode provir, principalmente, de esgotos, fertilizantes, indústrias de papel e celulose. É comumente medido onde a água é utilizada para beber ou para agricultura, particularmente na irrigação. Zinco (Zn) O zinco é oriundo de processos naturais e antropogênicos, dentre os quais se destacam produção de zinco primário, combustão de madeira, incineração de resíduos, siderurgias, cimento, concreto, cal e gesso, indústrias têxteis, termoelétricas e produção de vapor, além dos efluentes domésticos. Alguns compostos orgânicos de zinco são aplicados como pesticidas. Quando disponível no ambiente aquático, acumula-se nos sedimentos. Na forma residual não é acessível para os organismos, entretanto, pode ser remobilizado do sedimento através de formadores de complexos. Por ser um elemento essencial para o ser humano, o zinco só se torna prejudicial à saúde quando ingerido em concentrações muito altas, podendo causar perturbações do trato gastrointestinal, irritações na pele, olhos e mucosas, deterioração dentária e câncer nos testículos. 3.1.3. Parâmetros Microbiológicos Coliformes Totais Conforme Portaria n° 518/2004 o grupo de coliformes totais é definido como bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácidos, gás e aldeídos a 35,0 ±0,5°C em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima β–galactosidase. O grupo de coliformes totais constitui-se em um grande grupo de bactérias que têm sido isoladas de amostras de águas e solos poluídos e não poluídos, bem como em fezes de seres humanos e outros animais de sangue quente.
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Coliformes termotolerantes Segundo a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde, os coliformes termotolerantes são subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2ºC em 24 horas. As bactérias do grupo coliforme são alguns dos principais indicadores de contaminações fecais, originadas do trato intestinal humano e de outros animais. Essas bactérias reproduzem-se ativamente a 44,5ºC e são capazes de fermentar o açúcar. A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmetro indicativo da possibilidade de existência de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera. Estreptococos Fecais Os estreptococos fecais incluem várias espécies ou variedades de estreptococos, tendo no intestino de seres humanos e outros animais de sangue quente o seu habitat usual. A ocorrência dessas bactérias pode indicar a presença de organismos patogênicos na água. Essas bactérias não conseguem se multiplicar em águas poluídas, sendo sua presença indicativa de contaminação fecal recente. A partir de relações conhecidas entre os resultados de coliformes termotolerantes e estreptococos fecais pode-se ter uma indicação se o material fecal presente na água é de origem humana ou animal. A relação menor que um (1) indica que os despejos são preponderantemente provenientes de animais domésticos, enquanto que, para despejos humanos, apresenta-se maior que quatro (4). Quando a relação se encontra na faixa entre os dois valores, a interpretação se torna duvidosa. Contudo, há algumas restrições para a interpretação sugerida:
•O pH da água deve se encontrar entre 4 e 9, para excluir qualquer efeito adverso do mesmo em ambos os grupos de organismo;
•Devem ser feitas, no mínimo, duas contagens em cada amostra;
•Para minimizar erros devidos a diferentes taxas de morte das bactérias, as amostras devem ser coletadas em no máximo 24 horas, a jusante da fonte geradora;
•Somente devem ser empregadas contagens de coliformes fecais obtidas a 44°C. 3.1.4. Parâmetros Hidrobiológicos Como espécies representativas do nível trófico inferior, as algas são organismos ecologicamente importantes, porque servem como fonte de alimento fundamental para outras espécies aquáticas e ocupam, assim, uma posição única entre os produtores primários: são um elo importante na cadeia alimentar e essenciais à “economia” dos ambientes aquáticos como alimento. As algas são diretamente afetadas por efluentes domésticos, industriais e agrossilvopastoris. Em casos de nutrientes em excesso, ocorre um rápido crescimento e multiplicação e, nestas condições, pode haver um deslocamento da
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população, dominação por uma(s) espécie(s) e/ou floração de algas, condições estas que indicam deterioração na qualidade da água. Clorofila-a As algas pertencentes ao reino protista apresentam pigmentos – clorofilas, carotenos e xantofilas – organizados em organelas denominadas plastos, que permitem a fotossíntese. A determinação quantitativa destes pigmentos fotossintetizantes em ambientes aquáticos tem grande importância na indicação do estado fisiológico da comunidade fitoplanctônica, bem como no estudo da produtividade primária de um ambiente. Esta determinação propicia a visualização do grau de eutrofização, constituindo uma estimativa da biomassa algal. 3.1.5 Bioensaios Ecotoxicológicos Ensaios de Toxicidade Crônica Os ensaios de toxicidade consistem na determinação do potencial tóxico de um agente químico ou de uma mistura complexa, sendo os efeitos desses poluentes detectados através da resposta de organismos vivos. Com ampla utilização nos países desenvolvidos e em uso em alguns estados do Brasil, os testes de toxicidade complementam a metodologia tradicionalmente adotada através de padrões de emissão e de qualidade para controle de poluição das águas. Estes testes são ferramentas importantes para a melhor compreensão dos impactos das atividades econômicas sobre um dado corpo de água. Assim, podem ser utilizados como base para ações que visem a redução da toxicidade do despejo líquido, de seu efeito sobre o corpo receptor e, em última instância, a promoção da melhoria da qualidade ambiental. No ensaio de toxicidade crônica o organismo aquático utilizado é o microcrustáceo Ceriodaphnia dubia. São utilizadas as denominações Agudo, Crônico e Não Tóxico, para descrever os eventuais efeitos deletérios sobre os organismos aquáticos. O efeito agudo é caracterizado por uma resposta severa e rápida a um estímulo, a qual se manifesta nos organismos aquáticos em tempos relativamente curtos (0 a 96 horas), sendo o efeito morte o mais observado. O efeito crônico caracteriza-se pela resposta a um estímulo que continua por longos períodos (1/10 do ciclo vital até a totalidade da vida do organismo) de exposição do organismo ao poluente, que pode ser expresso através de mudanças comportamentais, alterações fisiológicas, genéticas e de reprodução, etc. Quando da ocorrência de eventos caracterizando qualquer efeito tóxico (agudo ou crônico) nas amostras de água coletadas, pode-se considerar que os respectivos corpos de água que estão sendo avaliados não apresentam condições adequadas para a manutenção da vida aquática.
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4. INDICADORES DA QUALIDADE DAS ÁGUAS No intuito de traduzir de forma concisa e objetiva para as autoridades e o público a influência que as atividades ligadas aos processos de desenvolvimento provocam na dinâmica ambiental dos ecossistemas aquáticos, foram criados os indicadores de qualidade de águas. O Projeto “Águas de Minas” adota o IQA – Índice de Qualidade das Águas, a CT – Contaminação por Tóxicos e os Testes Ecotoxicológicos como indicadores para refletir a situação ambiental dos corpos hídricos nas UPGRHs de Minas Gerais de maneira acessível aos não técnicos. O IQA, por reunir em um único resultado os valores de nove diferentes parâmetros, oferece ao mesmo tempo vantagens e limitações. A vantagem reside no fato de sumarizar a interpretação de nove variáveis em um único número, facilitando a compreensão da situação para o público leigo. A limitação relaciona-se à perda na interpretação das variáveis individuais e da relação destas com as demais. Soma-se a isto o fato de que este índice foi desenvolvido visando avaliar o impacto dos esgotos domésticos nas águas utilizadas para abastecimento público, não representando efeitos originários de outras fontes poluentes. Como uma forma de minimizar a parcialidade do IQA, foram adotados em Minas Gerais a CT – Contaminação por Tóxicos e os Testes Ecotoxicológicos, de maneira a complementar as informações do IQA, conferindo importância a outros fatores que afetam usos diversos da água. Os valores limites em relação a 12 parâmetros para contaminantes de origem industrial, minerária e difusa são os definidos na Resolução CONAMA 357/2005. 4.1. Índice de Qualidade das Águas - IQA O IQA foi desenvolvido pela National Sanitation Foundation dos Estados Unidos, através de pesquisa de opinião junto a vários especialistas da área ambiental, quando cada técnico selecionou, a seu critério, os parâmetros relevantes para avaliar a qualidade das águas e estipulou, para cada um deles, um peso relativo na série de parâmetros especificados. O tratamento dos dados da mencionada pesquisa definiu um conjunto de nove (9) parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas: oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrato, fosfato total, temperatura da água, turbidez e sólidos totais. A cada parâmetro foi atribuído um peso, conforme apresentado na Tabela 4.1, de acordo com a sua importância relativa no cálculo do IQA, e traçadas curvas médias de variação da qualidade das águas em função da concentração do mesmo.
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NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Parâmetro Peso - wi
Oxigênio dissolvido – OD (%ODSat) 0,17 Coliformes termotolerantes (NMP/100mL) 0,15 pH 0,12 Demanda bioquímica de oxigênio – DBO (mg/L) 0,10 Nitratos (mg/L NO3
-) 0,10 Fosfato total (mg/L PO4
-) 0,10 Variação na temperatura (°C) 0,10 Turbidez (UNT) 0,08 Resíduos totais (mg/L) 0,08
No Projeto “Águas de Minas”, os resultados laboratoriais gerados, alguns deles utilizados no cálculo do IQA, são armazenados em um banco de dados em Access, que também efetua comparações entre os valores obtidos. As metodologias para o cálculo do IQA consideram duas formulações, uma aditiva e outra multiplicativa. Neste trabalho, adota-se o IQA multiplicativo, que é calculado pela seguinte equação:
∏=
=9
1i
wi
iqIQA
Onde: IQA = Índice de Qualidade de Água, variando de 0 a 100; qi = qualidade do parâmetro i obtido através da curva média específica de qualidade; wi = peso atribuído ao parâmetro, em função de sua importância na qualidade, entre 0 e 1. As curvas médias de qualidade de cada parâmetro que são utilizadas para o Projeto Águas de Minas estão apresentadas no Anexo B, bem como as respectivas equações que são utilizadas no programa de cálculo do IQA. Para o cálculo do IQA é utilizado um software desenvolvido pelo CETEC – Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais. Os valores do índice variam entre 0 e 100, conforme especificado a seguir:
Nível de Qualidade FaixaExcelente 90 < IQA < 100
70 < IQA <Bom 90Médio 50 < IQA < 70Ruim 25 < IQA < 50
Muito Ruim 0 < IQA < 25
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Assim definido, o IQA reflete a interferência por esgotos sanitários e outros materiais orgânicos, nutrientes e sólidos.
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4.2.Contaminação por Tóxicos - CT Em função das concentrações observadas dos parâmetros tóxicos: Amônia, Arsênio total, Bário total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre total (1997 a 2004) e Cobre dissolvido (a partir de 2005), Cromo hexavalente (1997 a 2004) e Cromo total (a partir de 2005), Fenóis totais, Mercúrio total, Nitritos, Nitratos e Zinco total, a contaminação por tóxicos é caracterizada como Baixa, Média ou Alta. Comparam-se os valores analisados com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, na Resolução Nº 357/05, para os dados obtidos a partir de 2005 e na Deliberação Normativa 10/86, para aqueles referentes ao período de 1997 a 2004. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites mencionados no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam em mais de 100% os limites. A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma dada estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da sua concentração limite apontada na resolução CONAMA 357/05 (dados a partir de 2005) e na DN 10/86 (dados de 1997 a 2004), em pelo menos uma das campanhas do ano, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta no ano em análise.
Contaminação Concentração em relação à classe de enquadramentoBaixa concentração < 1,2.P Média 1,2. P < concentração < 2.PAlta concentração > 2.P
P = Limite de classe definido na Resolução CONAMA No 357/05 (dados a partir de 2005) e Limite de classe definido na Deliberação Normativa COPAM No 10/86 (dados de 1997 a 2004)
A partir dos resultados do IQA e da CT de cada estação de amostragem, foi produzido o mapa “Qualidade das Águas Superficiais em 2006 no Estado de Minas Gerais”. O nível de qualidade é apresentado com a cor do valor resultante da média aritmética anual dos valores de IQA das quatro campanhas de amostragem, no trecho de corpo de água situado a montante da estação em referência. A contaminação por tóxicos baseia-se no conjunto total de resultados avaliados para cada estação de amostragem, sendo representada no próprio ponto com a cor representativa da pior condição observada na estação no ano em referência. O mapa foi gerado a partir de bases cartográficas em escalas 1:100.000 e 1:50.000, digitalizadas no contexto do projeto GeoMINAS, cartas topográficas do IBGE utilizando-se o software ArcView. Segundo a metodologia do cálculo do IQA, a falta de resultados dos parâmetros coliformes termotolerantes e oxigênio dissolvido inviabiliza o cálculo desse índice, já que esses parâmetros possuem os maiores pesos em relação a importância relativa no cálculo do IQA. Excepcionalmente em 2006, ocorreram perdas de ensaios laboratoriais de coliformes termotolerantes para algumas estações de amostragem da rede básica operada pelo IGAM. Deste modo, não foi possível calcular o IQA para a campanha na qual ocorreu a perda desse dado. Conseqüentemente, a média anual do IQA para essas estações também não foi calculada, uma vez que esse resultado é obtido pela média aritmética do Índice de
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Qualidade das Águas calculado trimestralmente. Por tais razões nos relatórios das bacias dos rios das Velhas, Jequitinhonha, Pardo e Mucuri são apresentados os mapas trimestrais com os resultados de qualidade, além do mapa anual, como de costume. 4.3 Bioensaios Ecotoxicológicos Considerando a porcentagem de resultados positivos dos ensaios de ecotoxicidade realizados com o micro crustáceo Ceriodaphnia dúbia, a ocorrência de toxidez da água na estação de amostragem analisada foi classificada como Baixa, Média ou Alta. A atribuição de Baixa Ocorrência de Toxicidade foi dada àquela estação que apresentou efeitos tóxicos em até 25% das análises, enquanto as denominações Média e Alta correspondem à ocorrência de resultados positivos em 25-50% e 51-100% dos testes, respectivamente. 5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os procedimentos metodológicos adotados norteiam-se pelos objetivos principais estabelecidos para os trabalhos de monitoramento da qualidade das águas, que são:
• Diagnóstico – conhecer e avaliar as condições de qualidade das águas;
• Divulgação – divulgar a situação de qualidade das águas para os usuários;
• Planejamento – fornecer subsídios para o planejamento da gestão dos recursos hídricos em geral, verificar a efetividade das ações de controle ambiental implementadas e propor prioridades de atuação.
Assim, primeiramente descreve-se a rede de monitoramento de 260 estações de amostragem distribuídas em 34 UPGRHs das 8 bacias principais de Minas Gerais. A seguir, detalham-se os dois tipos de campanhas anuais de coleta e o conjunto de análises executadas para as amostras. O próximo item indica a metodologia analítica dos ensaios feitos para os parâmetros medidos no Projeto “Águas de Minas”. A partir daí descreve-se a avaliação temporal e a avaliação espacial dos resultados, a obtenção dos dados hidrológicos, bem como a avaliação ambiental e as ações de controle ambiental propostas para cada bacia. 5.1. Rede de Monitoramento A rede de monitoramento é constituída, atualmente, de 260 estações de amostragem que abrangem as oito maiores bacias hidrográficas do Estado de Minas Gerais cobrindo 578.336 Km2, o que representa 98% de sua área total. Na definição dos locais de coleta, buscou-se identificar áreas que caracterizassem as condições naturais das águas de cada bacia hidrográfica e as principais interferências antrópicas, especialmente relacionadas à ocupação urbana e às atividades industriais e minerárias, além da agropecuária e silvicultura. Além disso, foram consideradas redes de qualidade de água anteriormente operadas em Minas Gerais e dados dos processos de licenciamento ambiental da FEAM/COPAM.
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A localização dos pontos de coleta, efetuada em escritório, foi validada ou remanejada em levantamentos de campo, quando foram efetuados os georreferenciamentos utilizando-se mapas e GPS (Global Position System), o registro fotográfico dos pontos e a otimização dos roteiros das campanhas de coleta. As descrições dos pontos de coleta da UPGRH caracterizada neste relatório encontram-se no Item 9. A rede em operação (macro-rede) foi adequada ao longo da execução dos trabalhos, adotando-se como referência a experiência desenvolvida pelos países membros da União Européia. Assim sendo, estabeleceu-se como meta a razão de uma estação de monitoramento por 1.000km2, que é a densidade média adotada nos mencionados países. Considerando-se os níveis de densidade populacional e infra-estrutura industrial, a rede em operação no Estado possui uma representatividade superior àquela empregada pela União Européia. Contudo, trata-se de uma macro-rede de monitoramento, permanecendo com abrangência regional para caracterização da qualidade de água. Nessa configuração, o número de pontos de coleta por bacia e sub-bacia contemplada, com as respectivas densidades, pôde ser observado na Tabela 2.1. Considerando todo o Estado, a densidade atual de estações é 0,45/1000km2. No entanto, a densidade de pontos é superior a uma estação/1.000km2 nas seguintes UPGRHs: SF2, sub-bacia do rio Pará, SF3, sub-bacia do rio Paraopeba e SF5, sub-bacia do rio das Velhas; na GD4, sub-bacia do rio Verde; na DO2, sub-bacia do rio Piracicaba; e na PS1, sub-bacia do rio Paraibuna e PS2, sub-bacias dos rios Pomba e Muriaé. Nessas regiões, são dominantes as pressões ambientais decorrentes de atividades industriais, minerárias e de infra-estrutura, exigindo, portanto, uma caracterização mais particularizada da qualidade das águas e, dessa forma, devendo-se dar início a redes mais específicas denominadas redes dirigidas. 5.2. Coletas e Análises As amostragens e análises são contratadas junto à Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – CETEC, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, sendo realizadas a cada trimestre, com um total anual de 4 (quatro) campanhas de amostragem por estação. As amostras coletadas são do tipo simples, de superfície, tomadas preferencialmente na calha principal do corpo de água, tendo em vista que a grande maioria dos pontos de coleta localiza-se sobre pontes. 5.2.1. Coletas Foram definidos dois tipos de campanhas de amostragem: completas e intermediárias. As campanhas completas, realizadas em janeiro/fevereiro/março e em julho/agosto/setembro, caracterizam respectivamente os períodos de chuva e estiagem, enquanto as intermediárias, realizadas nos meses abril/maio/junho e outubro/novembro/dezembro, caracterizam os demais períodos climáticos do ano. Nas campanhas completas é realizada uma extensa série de análises, englobando, em média, 50 parâmetros comuns ao conjunto de pontos de amostragem, conforme apresentado na Tabela 5.1.
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Nas campanhas intermediárias são analisados 16 parâmetros genéricos em todos os locais, como mostra a Tabela 5.2. Para as regiões onde a pressão de atividades industriais e minerárias é mais expressiva, como é o caso das sub-bacias dos rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Verde e trechos das bacias dos rios Paraíba do Sul, Doce, Grande e São Francisco, também são incluídos parâmetros característicos das fontes poluidoras que contribuem para a área de drenagem da estação de coleta, conforme a Tabela 5.3. Tabela 5.1: Relação dos parâmetros analisados nas campanhas completas
Parâmetros comuns a todos os pontos Alcalinidade Bicarbonato Alcalinidade Total Alumínio Total* Alumínio dissolvido** ArsênioTotal Bário Total Boro Total Cádmio Total Cálcio Chumbo Total Cianeto Livre Clorofila a Cloreto Total Cobre Dissolvido** Cobre Total Coliformes Termotolerantes Coliformes Totais Condutividade Elétrica “in loco” Cor Verdadeira Cromo(III) Cromo(VI) Cromo Total ** Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO Demanda Química de Oxigênio – DQO Dureza (Cálcio) Dureza (Magnésio) Estreptococos Fecais
Ferro Dissolvido Fósforo Total Fenóis Totais Manganês Total Mercúrio Total Níquel Total Nitrato Nitrito Nitrogênio Amoniacal Total Nitrogênio Orgânico Óleos e Graxas Oxigênio Dissolvido - OD pH “in loco” Potássio Selênio Total Sódio Sólidos Dissolvidos Totais Sólidos em Suspensão Sólidos Totais Substâncias tensoativas Sulfato Total Sulfetos Temperatura da Água Temperatura do Ar Turbidez Zinco Total
* Este parâmetro foi analisado somente nas bacias dos rios Doce, Paraíba do Sul e Grande. ** Parâmetros inseridos a partir de 2005, em adequação à resolução CONAMA 357/05. Tabela 5.2: Relação dos parâmetros comuns a todas as estações de amostragens analisados nas campanhas intermediárias
Parâmetros comuns a todos os pontos Cloreto total Clorofila a Coliformes termotolerantes Coliformes totais Condutividade Elétrica “in loco” Demanda Bioquímica de Oxigênio Fósforo Total Nitrato
Nitrogênio amoniacal total Oxigênio Dissolvido pH “in loco” Sólidos em Suspensão Sólidos Totais Temperatura da Água Temperatura do Ar Turbidez
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Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRHs SF1 e SF4: Rio São Francisco Sul SF001 Fenóis totais
SF003 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF002 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF004 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF005 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF006 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF007 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF008 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF009 Cádmio total, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Substâncias tensoativas
SF010 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF011 Cor, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total
SF013 Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF015 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF017 Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
UPGRH SF2: Rio Pará
PA001 Chumbo total, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Substâncias tensoativas
PA002 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
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Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRH SF2: Rio Pará
PA003 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA004 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
UPGRH SF2: Rio Pará PA005
Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA007 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA009 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA010 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA011 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA013 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA015 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA017 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA019 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA020 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA021 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
PA022 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
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Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRH SF3: Rio Paraopeba
BP079 Cádmio total, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP084
Arsênio total, Bário total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Selênio total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Zinco total
BP080 Bário total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Selênio total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Zinco total
BP026 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP027
Bário total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Selênio total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Zinco total
BP029 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP036 Cádmio total, Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP068 Cádmio total, Ferro dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total
BP070 Cádmio total, Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP086 Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP088 Cádmio total, Cianeto livre, Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Zinco total
BP071 Cianeto livre, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Zinco total
BP072 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cor verdadeira, Cromo (III), Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Zinco total
BP090 Cádmio total, Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Substâncias tensoativas
BP082 Cádmio total, Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Substâncias tensoativas
BP076 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, DQO, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Zinco total
BP083 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Zinco total
34
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRH SF3: Rio Paraopeba
BP078 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP092 Arsênio total, Cádmio total, Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP094 Arsênio total, Cádmio total, Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP096 Cádmio total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BP098 Cádmio total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
UPGRH SF5: Rio das Velhas
BV013 Arsênio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Sulfetos, Níquel total,
BV035
Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Dureza, Fenóis totais, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Substâncias tensoativas, Zinco total
BV037 Arsênio total, Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Zinco total
BV139 Arsênio total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Zinco total
BV062
Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Dureza, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BV063
Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Dureza, DQO, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Selênio total, Sulfetos, Zinco total
BV067 Arsênio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Sulfetos, Surfactantes aniônicos, Zinco total
BV076 DQO, Fenóis totais, Manganês total, Óleos e Graxas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV083
Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV105 Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
35
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRH SF5: Rio das Velhas
BV130 Alcalinidade, Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Dureza, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Óleos e Graxas, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV135 Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
BV137 Arsênio total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV140 Alcalinidade, Chumbo total, Dureza, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total
BV141 Arsênio total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Zinco total
BV142 Arsênio total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Zinco total
BV143 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Óleos e Graxas, Zinco total
BV146 Arsênio total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Zinco total
BV147 Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais
BV148 Arsênio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Densidade de cianobactérias, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total
BV149 Arsênio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Densidade de cianobactérias, DQO, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total
BV152 Arsênio total, DQO, Fenóis totais, Manganês total
BV153 Arsênio total, Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Óleos e Graxas, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV154 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Níquel total, Óleos e Graxas, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV155 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV156 Arsênio total, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas
BV160 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Óleos e graxas, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BV161 Arsênio total, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
BV162 Cor verdadeira, Dureza, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
36
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9, SF10: Rio São Francisco Norte
SF019 Boro dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF021 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF023 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF025 Manganês total, Substâncias tensoativas SF026 DQO, Nitrogênio orgânico SF027 Manganês total, Substâncias tensoativas SF028 DQO, Nitrogênio orgânico
SF029
Boro dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Nitrogênio nitroso, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
SF031 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Fenóis totais, Manganês total, Nitrogênio nitroso, Substâncias tensoativas, Zinco total
SF033 Manganês total, Substâncias tensoativas SF034 DQO, Nitrogênio orgânico SF040 DQO, Nitrogênio orgânico
PT003 Cádmio total, Cianeto livre, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Substâncias tensoativas
PT001 Cianeto livre, Cor verdadeira, Fenóis totais, Manganês total
PT005 Arsênio total, Bário total, Boro dissolvido, Cádmio total, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
PT007 Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Substâncias tensoativas
PT009 Cor verdadeira, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Substâncias tensoativas
PT010 Cádmio total, DQO, Nitrogênio orgânico PT011 Cádmio total, Cor verdadeira, Fenóis totais, Manganês total
PT013 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, Fenóis totais, Manganês total
UR001 Cádmio total, Fenóis totais, Manganês total, Nitrogênio nitroso, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica
UR007 Cádmio total, Cor verdadeira, Fenóis totais, Nitrogênio nitroso, Substâncias tensoativas
UR009 Fenóis totais, Substâncias tensoativas
VG001 Cádmio total, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Zinco total
37
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9, SF10: Rio São Francisco Norte
VG003
Boro dissolvido, Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Toxicidade Crônica, Zinco total
VG004 Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Nitrogênio nitroso, Substâncias tensoativas
VG005 Cádmio total, Fenóis totais, Manganês total, Substâncias tensoativas
VG007 Cádmio total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Toxicidade Crônica
VG009 Cádmio total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Toxicidade Crônica
VG011 Cádmio total, Fenóis totais, Toxicidade Crônica BACIA DO RIO GRANDE
UPGRH GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7 e GD8
BG001 Cádmio total, Chumbo total, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Toxicidade crônica
BG003 Cádmio total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Toxicidade crônica BG005 Cádmio total, Chumbo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais
BG007 Cádmio total, Chumbo total, DQO, Fenóis totais, Níquel total, Toxicidade crônica
BG009 Arsênio total, Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Toxicidade crônica
BG011 Chumbo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Toxicidade crônica BG012 DQO, Ferro dissolvido, Manganês total BG010 DQO, Ferro dissolvido, Manganês total BG013 DQO, Ferro dissolvido, Manganês total BG014 DQO, Ferro dissolvido, Manganês total
BG015 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Níquel total
BG017 Chumbo total, Cromo total, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
BG019 Cádmio total, DQO, Fenóis totais, Mercúrio total, Manganês total, Toxicidade crônica
BG021 Cádmio total, Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Toxicidade crônica
BG023 Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Zinco total
BG025 Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Fenóis totais
BG027 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
38
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO GRANDE
UPGRH GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7 e GD8
BG028 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BG029 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BG030 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Zinco total
BG031 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Fenóis totais, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Toxicidade crônica
BG032 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BG034 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BG033 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Fenóis totais, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total, Ferro dissolvido, Manganês total
BG035 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BG036 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Toxicidade crônica, Zinco total
BG037 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BG039 Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Zinco total
BG041 Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total
BG043 Cádmio total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Zinco total
BG044 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Mercúrio total, Toxicidade crônica
BG045 Cádmio total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
BG047 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
BG049 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Toxicidade crônica
BG051 Cobre dissolvido, Fenóis totais
39
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO GRANDE
UPGRH GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7 e GD8
BG053 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Zinco total
BG055 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Toxicidade crônica, Zinco total
BG057 Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Densidade de cianobactérias, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BG058 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Densidade de cianobactérias, DQO
BG059 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Densidade de cianobactérias, Toxicidade crônica
BG061 Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais
BG063 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, DQO, Toxicidade crônica
BACIA DO RIO PARANAÍBA UPGRH PN1, PN2, PN3
PB001 Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total
PB003 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
PB005 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total
PB007 Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
PB009 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
PB011 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Toxicidade crônica
PB013 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Toxicidade crônica
PB015 Cádmio total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido
PB017 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
PB019 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Toxicidade crônica
PB021 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total
PB022 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais
PB023 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Densidade de cianobactérias, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Toxicidade crônica
PB025 Cádmio total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Fenóis totais, Toxicidade crônica
40
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO PARANAÍBA
UPGRH PN1, PN2, PN3
PB027 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Zinco total, Toxicidade crônica
PB029 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Toxicidade crônica, Zinco total
PB031 Cádmio total, Cobre dissolvido, Fenóis totais
PB033 Cádmio total, Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Níquel total, Toxicidade crônica
BACIA DO RIO DOCE UPGRHs DO1, DO2, DO3, DO4, DO5 e DO6
RD001 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total RD004 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais RD007 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total RD013 Alumínio dissolvido, Cobre dissolvido RD009 Arsênio total, Cobre dissolvido, Fenóis totais, mercúrio total RD019 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total RD018 Cobre dissolvido, Fenóis totais, Ferro dissolvido, Manganês total RD021 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais
RD023 Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos
RD025 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Substâncias tensoativas, Zinco total
RD026 Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas
RD027 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
RD029 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
RD030 Cobre dissolvido, Níquel total RD032 Cobre dissolvido, Manganês total
RD031 Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, Cromo total, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
RD034 Cobre dissolvido RD035 Cobre dissolvido RD033 Cobre dissolvido, Fenóis totais, Manganês total RD039 Cobre dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
41
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
RD040 Cobre dissolvido RD044 Cobre dissolvido RD045 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Manganês total, Sulfetos RD049 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos RD053 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Manganês total, Sulfetos RD056 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos RD057 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos RD058 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos RD059 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos RD064 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos, Toxicidade crônica RD065 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Sulfetos RD067 Cobre dissolvido, Ferro dissolvido, Sulfetos
BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL UPGRHs PS1 e PS2
BS002 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BS006 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Selênio total, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS017 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS018 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS024 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS028 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais
BS029 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS031 DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Óleos e Graxas, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS032 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS033 Cor verdadeira, Cromo total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Zinco total
BS042 DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Sulfetos BS043 Chumbo total, DQO, Ferro dissolvido, Sulfetos BS046 Cianeto livre, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Substâncias tensoativas
42
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL
UPGRHs PS1 e PS2
BS049 Alumínio dissolvido, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Substâncias tensoativas
BS050 Alumínio dissolvido, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Substâncias tensoativas
BS054 Alumínio dissolvido, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Substâncias tensoativas
BS056 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Substâncias tensoativas
BS057 Ferro dissolvido, DQO, Fenóis totais, Substâncias tensoativas
BS058 Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Substâncias tensoativas
BS059 DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Substâncias tensoativas
BS060 Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS061 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais
BS071 DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Zinco total
BS073 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Selênio total
BS075 Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas
BS077 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, DQO,Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos
BS081 Cádmio total, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Substâncias tensoativas
BS083 Alumínio dissolvido, Cádmio total, Chumbo total, Cianeto livre, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Sulfetos, Substâncias tensoativas, Zinco total
BS085 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.3: Relação dos parâmetros específicos analisados nas campanhas intermediárias por estação de amostragem (continuação)
Estação Parâmetros específicos BACIA DO RIO JEQUITINHONHA
UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3
JE001 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
JE003 Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total JE005 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Manganês total, Zinco total
JE007 Cádmio total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total, Zinco total
JE009 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Níquel total
JE011 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
JE013 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
JE015 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Níquel total
JE017 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total, Níquel total
JE019 Cádmio total, Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total
JE021 Cobre dissolvido, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Níquel total, Zinco total
JE023 Cor verdadeira, Ferro dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total
JE025 Cádmio total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total
BACIA DO RIO MUCURI UPGRHs MU1
MU001 Cor verdadeira, Ferro dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total
MU003 Cádmio total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total, Níquel total
MU005 Cianeto livre, Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total
MU006 Cor verdadeira, Ferro dissolvido, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total
MU007 Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total, Mercúrio total
MU009 Chumbo total, Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Manganês total MU011 Cor verdadeira, DQO, Fenóis totais, Manganês total, Sólidos dissolvidos totaisMU013 Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais, Manganês total
BACIA DO RIO PARDO UPGRHs PA1
PD001 Chumbo total, Cobre dissolvido, DQO, Ferro dissolvido PD003 Cor verdadeira, DQO, Ferro dissolvido PD005 DQO, Ferro dissolvido, Fenóis totais
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
5.2.2. Análises Na Tabela 5.4 são apresentadas as metodologias das variáveis avaliadas no monitoramento do Projeto "Águas de Minas". Tabela 5.4: Relação dos métodos de ensaios utilizados no Projeto "Águas de Minas"
Ensaio Tipo de ensaio Referência Normativa Alcalinidade bicarbonato potenciometria APHA 2320 B Alcalinidade total potenciometria APHA 2320 B Alumínio dissolvido espectrometria de AA* - plasma APHA 3120 B
Arsênio total espectrometria de AA - gerador de hidretos APHA 3114 B
Bário total espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B Boro total espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B
Cádmio total espectrometria de AA - forno de grafite APHA 3113 B
Cálcio total titulometria APHA 3500-Ca B
Chumbo total espectrometria de AA - forno de grafite APHA 3113 B
Cianeto livre titulometria APHA 4500-CN- D Cloreto total colorimetria USGS- I -1187 78 Cobre dissolvido espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B Clorofila a colorimetria APHA 10200H Coliformes termotolerantes tubos múltiplos APHA 9221 E
Coliformes totais tubos múltiplos APHA 9221 B Condutividade elétrica condutimetria APHA 2510 B Cor verdadeira colorimetria APHA 2120 B Cromo total espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B DBO Winkler/incubação ABNT NBR 12614/1992 DQO titulometria ABNT NBR 10357/1988 Dureza de cálcio titulometria APHA 3500-Ca D Dureza de magnésio titulometria APHA 3500-Mg E Estreptococos tubos múltiplos APHA 9230 B Ferro dissolvido espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B Fósforo total colorimetria APHA 4500-P E Fenóis totais colorimetria ABNT NBR 10740/1989 Manganês total espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B Mercúrio total espectrometria de AA - vapor frio APHA 3112 B
Níquel total espectrometria de AA - forno de grafite APHA 3113 B
Nitrogênio amoniacal colorimetria ABNT NBR 10560/1988 Nitrato colorimetria APHA 4500-NO3
- E Nitrito colorimetria APHA 4500-NO2
- B Nitrogênio orgânico colorimetria APHA 4500-Norg B
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 5.4: Relação dos métodos de ensaios utilizados no Projeto "Águas de Minas". (Continuação)
Ensaio Tipo de ensaio Referência Normativa Óleos e graxas gravimetria APHA 5520 B Oxigênio dissolvido titulometria ABNT NBR 10559/1988 pH potenciometria APHA 4500 H+ B Potássio solúvel espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B
Selênio total espectrometria de AA - gerador de hidretos APHA 3114 B
Sódio solúvel espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B Sólidos dissolvidos totais gravimetria ABNT NBR 10664/1989 Sólidos em suspensão gravimetria ABNT NBR 10664/1989 Sólidos totais gravimetria ABNT NBR 10664/1989 Substâncias tensoativas colorimetria ABNT NBR 10738/1989 Sulfatos turbidimetria APHA 4500-SO4
2- E Sulfetos titulometria APHA 4500-S2- F Temperatura da água/ar termometria APHA 2550 B Toxicidade crônica ensaio com Ceriodaphnia dubia ABNT NBR 13373 Turbidez turbidimetria APHA 2130 B Zinco total espectrometria de AA - plasma APHA 3120 B
*AA=absorção atômica 5.3. Avaliação Temporal Um importante aspecto na avaliação da qualidade da água em um corpo hídrico é acompanhar a sua tendência de evolução no tempo, possibilitando, dessa forma, a identificação de medidas preventivas bem como a eficiência de algumas medidas adotadas. O acompanhamento da evolução temporal da qualidade das águas pode ser traduzido dentro de rigorosas hipóteses estatísticas. Entretanto, o período de monitoramento relativamente curto das águas do Estado dificulta, no momento, a aplicação de modelos auto-regressivos que utilizam testes de hipótese para indicar uma tendência na evolução do índice de qualidade das águas utilizado. A análise por ora empreendida resume-se a uma avaliação visual de gráficos que tratam da evolução do IQA desde 1997 até 2006, tentando descrever a evolução da qualidade das águas nos diferentes corpos de água do estado de Minas Gerais sem, contudo, saber se o aumento ou diminuição do Índice de Qualidade das Águas em uma determinada bacia é estatisticamente significante ou se tal diferença não é devida simplesmente a variações amostrais. Alguns parâmetros foram observados ao longo dos anos e comparados com os limites das classes de enquadramento (Anexo C) do corpo de água em análise, conforme a Resolução CONAMA Nº357/05. Outros foram ajustados através do cálculo da Média Móvel dos meses anteriores, o que possibilitou a minimização dos efeitos das variações de curto período, dando prioridade ao comportamento mais geral da série observada.
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
5.4. Avaliação Espacial Considerando que a qualidade das águas varia em função de uma enormidade de fatores, tais como uso e ocupação do solo da bacia de drenagem e existência de indústrias com lançamento de efluentes diversificados, verifica-se a importância da análise do perfil espacial para se identificar os trechos mais críticos. Para representar o perfil espacial dos parâmetros selecionados ao longo do corpo de água, foram utilizadas algumas representações gráficas. Para certos parâmetros, ressaltou-se o comportamento ao longo do corpo de água monitorado, em relação à campanha de amostragem em que os mesmos ocorreram em condições mais críticas. Outros foram avaliados de acordo com a sua média anual ao longo do corpo hídrico em questão, comparando-se mais de um ano de ocorrência. O Índice de Qualidade das Águas anual das estações de amostragem para os anos 2005 e 2006 foi representado ao longo do corpo de água e ao longo da bacia hidrográfica. Entretanto, a análise efetuada até o momento refere-se a uma avaliação qualitativa do comportamento espacial desses parâmetros, sendo representada com gráficos de barras e descritas as alterações observadas ao longo do rio ou bacia hidrográfica. 5.5. Avaliação Ambiental – Pressão x Estado x Resposta Considerando a série de resultados, no período de 1997 a 2006, para as estações de amostragem de cada bacia hidrográfica avaliaram-se os parâmetros monitorados com relação ao percentual de amostras cujos valores violaram em mais de 20% os limites legais da Resolução CONAMA 357/2005, para os dados gerados a partir de 2005 e da DN COPAM 10/86, para aqueles obtidos no período compreendido entre 1997 e 2004, considerando o enquadramento do corpo de água no local de cada estação. Os percentuais de violações em ordem decrescente do valor obtido para cada parâmetro foram apresentados em uma tabela, indicando os constituintes mais críticos na bacia. Os resultados do monitoramento da qualidade das águas superficiais dos rios do Estado de Minas Gerais foram apresentados em quadros-resumo, que especificam, por corpo de água e estação de amostragem, os principais fatores de PRESSÃO sobre a qualidade das águas associados aos indicadores de degradação verificados em 2006 e os parâmetros que apresentaram as maiores violações em relação aos limites legais no período de 1997 a 2006, caracterizando o ESTADO da qualidade das águas. Os fatores de PRESSÃO foram definidos considerando as seguintes atividades: lançamento de esgoto sanitário, lançamento de efluente industrial, carga difusa, agricultura, agropecuária, suinocultura, atividade minerária, garimpo, resíduo sólido urbano, queimada, expansão urbana, erosão, assoreamento, dentre outros. Esse processo norteou a definição das ações prioritárias para o controle da poluição ambiental recomendadas neste relatório (RESPOSTA). As recomendações apresentadas foram sintetizadas a partir da metodologia estabelecida pelo sistema Pressão – Estado – Resposta, desenvolvido pelo Departamento de Meio Ambiente da Organização de Coordenação e Desenvolvimento Econômico - OCDE. Esse sistema baseia-se nos seguintes princípios de causalidade:
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• as atividades humanas exercem PRESSÕES sobre o meio ambiente, alterando o
ESTADO dos recursos naturais em qualidade e disponibilidade; • a sociedade apresenta RESPOSTAS a essas mudanças através de políticas
setoriais, econômicas e ambientais. A variável RESPOSTA foi apresentada em item a parte, onde foram estabelecidas ações de controle prioritárias inerentes às violações identificadas nos pontos de coleta e na bacia como um todo, ressaltando o lançamento de esgoto sanitário, a ocorrência de metais pesados e o efeito tóxico crônico nas águas. Para tratar o fator de PRESSÃO por esgoto sanitário, em todas as bacias foram levantados os municípios com população urbana superior a 50.000 habitantes, conforme censo do IBGE 2000, e que possuem estação de amostragem em trecho de corpo de água a montante e/ou a jusante da área urbana destes municípios. Em cada estação de amostragem, avaliou-se a evolução do IQA – Índice de Qualidade das Águas ao longo dos anos. O IQA é um bom indicador da contaminação por esgoto sanitário, pois é uma síntese da ocorrência de sólidos, nutrientes e principalmente matéria orgânica e fecal. Além disso, verificaram-se as ocorrências de desconformidades em relação aos principais parâmetros associados aos esgotos sanitários: oxigênio dissolvido e demanda bioquímica de oxigênio (matéria orgânica); amônia não ionizável e nitrogênio amoniacal (nutrientes). No Estado de Minas Gerais foram verificadas no período de 1997 a 2006 algumas ocorrências de metais tóxicos, quais sejam: Cobre total (entre 1997 e 2004), Cobre dissolvido (a partir de 2005), Mercúrio total, Arsênio total, Cádmio total, Zinco total, Bário total, Cromo IV (de 1997 a 2004), Cromo total (a partir de 2005) e Chumbo total, bem como outras substâncias tóxicas como fenóis totais, amônia e íons cianeto livres em desconformidade com os padrões legais. Foram destacadas as estações em que as ocorrências destes metais resultaram em Contaminação por Tóxicos Alta em 2006, levantando-se as causas da contaminação, e feitas recomendações visando a melhoria da qualidade dos corpos de água onde se verificaram estas ocorrências. É objetivo do projeto Águas de Minas a ampliação da divulgação das ações de controle recomendadas às diversas instituições que trabalham no âmbito do gerenciamento ambiental e de recursos hídricos, fortalecendo o sistema de tomada de decisões para a melhoria da qualidade das águas e, conseqüentemente, da qualidade ambiental em todo Estado de Minas Gerais.
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
6. ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE ÁGUA 6.1 O que é Enquadramento dos Corpos de Água Instrumento das Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, Lei n° 9.433/97 e Lei n° 13.199/99, respectivamente, o enquadramento dos corpos de água em classes visa estabelecer metas de qualidade para os corpos hídricos, a fim de assegurar os usos preponderantes, ou seja, o conjunto de usos, atuais e futuros da água, com relevâncias econômicas, sociais e ambientais de um determinado trecho do corpo hídrico. O enquadramento dos corpos de água é um dos mais importantes instrumentos de gestão dos recursos hídricos por compatibilizar os usos múltiplos com o desenvolvimento econômico. É, portanto, um mecanismo de planejamento ambiental de bacias hidrográficas que visa o uso sustentável da água. Além disso, fornece subsídios a outros instrumentos da gestão de Recursos Hídricos, tais como à outorga e à cobrança pelo uso da água, de modo que, quando implementados, tornam-se complementares, propiciando às entidades gestoras de recursos hídricos, mecanismos para assegurar a disponibilidade quantitativa e qualitativa das águas. 6.2 Modalidades de enquadramento dos corpos de água Segundo a Resolução CNRH no12/2000, que dá diretrizes básicas para os procedimentos metodológicos de enquadramento dos corpos hídricos, há duas alternativas de enquadramento, sendo elas:
• Proposta de Referência - visa a atender aos usos atuais dos recursos hídricos na bacia hidrográfica.
• Proposta Prospectiva - visa a atender, de forma satisfatória, a uma determinada alternativa de usos futuros para os corpos hídricos da bacia hidrográfica.
Essas propostas devem ser elaboradas com base nas informações obtidas no diagnóstico e prognóstico do uso e ocupação do solo e considerando os usos atuais e futuros dos recursos hídricos e analisados os benefícios sócio-econômicos e ambientais, bem como os custos e prazos decorrentes, que serão utilizados para a definição do enquadramento a ser proposto. 6.3 Enquadramento dos corpos de água em Minas Gerais A primeira experiência de classificação dos corpos de água que abrangeu um rio do estado de Minas Gerais foi o enquadramento da bacia do rio São Francisco estabelecido pela Portaria do IBAMA n° 715/89-P, de 20 de setembro de 1989. Segundo essa portaria, apenas os rios federais afluentes do rio São Francisco foram enquadrados, enquanto que para os rios das Velhas e Paraopeba, de domínio estadual, foram sugeridas proposta de enquadramento. Pode se dizer que as experiências de enquadramento realizadas no Estado ocorreram efetivamente a partir de 1993, quando a Fundação Estadual de Minas Gerais – FEAM passou a ser responsável pelo enquadramento dos corpos de água em Minas Gerais. Nesse período, priorizou-se o enquadramento das seguintes bacias: Piracicaba, Velhas,
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Paraopeba, Verde, Paraibuna e Pará. Com a formalização da Política Estadual de Recursos Hídricos, concretizada na Lei no 13.199/1999, o enquadramento dos corpos de água foi instituído instrumento da gestão de recursos hídricos, passando a sua elaboração a ser de competência do IGAM. Desde então, o IGAM propôs o reenquadramento dos corpos de água da bacia hidrográfica do rio das Velhas (2004) e da bacia hidrográfica do rio Paracatu (2005), ambas aprovadas pelos respectivos comitês, sendo o próximo passo o encaminhamento do ato normativo ao CERH-MG. 6.4 Procedimentos metodológicos do enquadramento Segundo a Resolução CNRH no12/2000, os procedimentos metodológicos de enquadramento devem compreender as seguintes etapas: diagnóstico e prognóstico do uso e ocupação do solo, elaboração da proposta e aprovação da proposta de enquadramento e respectivos atos jurídicos. Conforme versa a Lei 13.199/99, a Política de Recursos Hídricos tem como premissa a gestão participativa e descentralizada, considerando, portanto, as expectativas e necessidades dos usuários. Neste sentido, o processo de enquadramento dos corpos de água, assim como a sua implantação, devem ser efetuados no âmbito da bacia hidrográfica, sendo, o respectivo comitê de bacia hidrográfica - CBH - o responsável pela sua aprovação. O enquadramento dos corpos de água em Classes, de acordo com o uso preponderante, e em conformidade com a Resolução CONAMA no 357/2005, classifica as águas doces em cinco classes como apresentados na Tabela 6.1.
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Tabela 6.1: Classificação dos corpos de água segundo os usos preponderantes.
Classe Cor Usos Possíveis
Especial
Abastecimento para consumo humano com desinfecção; Preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; Preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
1
Abastecimento para consumo humano após tratamento simplificado; À proteção das comunidades aquáticas; À recreação de contato primário (nadar); À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo; À proteção das comunidades aquáticas em terras indígenas.
2
Abastecimento para consumo humano após tratamento convencional; À proteção das comunidades aquáticas; À recreação de contato primário; À irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; À aqüicultura e à atividade de pesca.
3
Abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado; À irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; À pesca amadora; À recreação de contato secundário; À dessedentação de animais.
4 À navegação; À harmonia paisagística.
Ressalta-se que, de acordo com a resolução CONAMA n° 357/2005 no seu art. 42, enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas Classe 2, exceto se as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente. 7. OUTORGA 7.1. O Que é Outorga de Direito de Uso As preocupações com o planejamento e a gestão dos recursos hídricos, levaram os países desenvolvidos a implantarem políticas para conservação e exploração desses recursos de uma maneira sustentável. No Brasil, por meio da Constituição Federal de 1988, as águas se tornaram de domínio público, sendo, portanto, necessária uma regulamentação para que as pessoas pudessem fazer uso dos recursos hídricos. A Lei Federal nº 9.433 de 08 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, regulamentou o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal.
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Através da nova lei, foram estabelecidos diversos organismos, inteiramente novos na administração dos bens públicos brasileiros que são os Conselhos, os Comitês e as Agências de Bacia e estabelecidos instrumentos econômicos que são as “ferramentas” a serem utilizadas na gestão dos recursos hídricos. A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é, talvez, o instrumento de gestão mais importante na atual fase, pois é o meio através do qual se faz a repartição dos recursos hídricos disponíveis entre os diversos usuários que, eventualmente, disputam recursos escassos para as suas necessidades. A outorga de direito de uso da água (bem de domínio público) é um beneplácito, um consentimento aos vários interesses públicos, individuais e coletivos, cujo estabelecimento cabe àqueles que detêm o respectivo domínio (União ou Estados), para utilização de específica quantidade de água, em determinada localização, para específica finalidade. A outorga garante ao usuário o direito de uso da água, condicionado à disponibilidade hídrica. Cabe ao poder outorgante (Governo Federal, dos Estados ou do Distrito Federal) examinar cada pedido de outorga e verificar a existência de suficiente água, considerando os aspectos quantitativos e qualitativos, para que o pedido possa ser atendido. Uma vez concedida, a outorga de direito de uso da água protege o usuário contra o uso predador de outros usuários que não possuam outorga. 7.2. Modalidades de Outorga
• AUTORIZAÇÃO – Obras, serviços ou atividades desenvolvidas por pessoa física ou jurídica de direito privado e quando não se destinarem à finalidade de utilidade pública (prazo máximo de 5 anos).
• CONCESSÃO - Obras, serviços ou atividades desenvolvidas por pessoa física ou
jurídica de direito público e quando se destinarem à finalidade de utilidade pública (prazo máximo de 20 anos).
7.3. A Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos em Minas Gerais No Estado de Minas Gerais, as primeiras outorgas de direito de uso da água foram concedidas através de Decretos, por ato do Governador do Estado, após análise e aprovação do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de Minas Gerais – DAE/MG, apoiadas nos termos do Código de Águas – Decreto nº 24.643 de 10 de julho de 1934. Desde julho de 1997, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM, passou a atuar como órgão gestor das águas no Estado de Minas Gerais, compondo a estrutura da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD.
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Com a divulgação do instrumento da outorga junto ao grande público, além das companhias de saneamento e abastecimento, diversos usuários têm solicitado ao IGAM autorização para captação de água superficial e explotação de água subterrânea para as mais diversas finalidades, sendo a agricultura irrigada o setor de maior demanda de recursos hídricos. Também, diversas intervenções nos corpos de água como construção de reservatórios, diques, açudes, desvios, entre outras obras, são objetos de solicitação de outorga, conforme preconiza a Lei Estadual nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e a Portaria Administrativa do IGAM nº 010/98, que ordena os procedimentos aplicáveis aos processos de outorga de águas sob domínio estadual. De acordo com a Portaria 010/98, até que se estabeleçam as diversas vazões de referência a serem utilizadas nas bacias hidrográficas, a vazão de referência adotada em todo o Estado de Minas Gerais é a Q7,10 (vazão mínima de sete dias de duração e dez anos de recorrência). Através desta mesma Portaria, é fixado o percentual de 30% da Q7,10 como o limite máximo de derivações consultivas a serem outorgadas em cada seção da bacia hidrográfica considerada, ficando garantidos assim, fluxos residuais mínimos a jusante equivalentes a 70% da Q7,10. No IGAM, a Gerência de Apoio à Regularização Ambiental e Unidades Colegiadas – GARAUC é responsável pelos processos de requerimento de outorga de direito de uso de recursos hídricos e mantém um banco de dados com as informações obtidas dos requerentes e usuários outorgados. As coordenadas geográficas das captações ou intervenções nos cursos de água são georreferenciadas. A análise dos processos é então realizada, sendo que, para o deferimento ou indeferimento de um requerimento, diversas etapas são processadas com consulta em cartas geográficas e delimitação das áreas de drenagem. 7.4. A Quem Solicitar a Outorga As outorgas em águas de domínio do Estado são obtidas junto ao IGAM (Lei 13.199/99). Já as outorgas em águas de domínio da União são emitidas pela ANA (Lei 9.984/2000). 7.5. Como Solicitar a Outorga A outorga de direito de uso da água deve ser solicitada por meio de formulários próprios do IGAM, que contêm todas as informações necessárias para a avaliação técnica do empreendimento e da disponibilidade hídrica. 7.6. Quando se Deve Solicitar a Outorga Antes da implantação de qualquer empreendimento cujo uso da água venha a alterar o regime, a quantidade ou a qualidade do corpo de água, incluindo captações e derivações ou lançamentos de efluentes.
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
7.7. Os Usos de Recursos Hídricos Sujeitos a Outorga
• Captação em corpo de água (rios, lagoas naturais etc); • Captação em barramento em curso de água; • Barramento em curso de água, sem captação; • Perfuração de poço tubular; • Captação de água subterrânea por meio de poço tubular já existente ou poço manual
(cisterna); • Captação de água subterrânea para fins de rebaixamento de nível de água em
mineração; • Captação de água em surgência (nascente); • Desvio parcial ou total de curso de água; • Dragagem, limpeza ou desassoreamento de curso de água; • Canalização e/ou retificação de curso de água; • Travessia rodo-ferroviária (pontes e bueiros); • Estrutura de transposição de nível (eclusa); • Lançamento de efluente em corpo de água; • Aproveitamento de potencial hidrelétrico; • Outros usos que alterem a qualidade, a quantidade ou o regime de um corpo de
água. 7.8. Usos que Independem de Outorga O parágrafo primeiro do artigo 18 da lei 13.199/99 estabelece que os usos considerados insignificantes não são sujeitos a outorga e sim a cadastro junto ao IGAM. A Deliberação Normativa CERH-MG Nº 09/2004 define assim os usos considerados insignificantes:
• Água Subterrânea: Poço manual e nascentes Consumo de até 10m³/dia;
• Água Superficial:
Captações: 1L/s ou 0,5L/s; Acumulações: 5.000m³ ou 3.000m³.
7.9. Procedimento para a Solicitação de Outorga Preenchimento do Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento FCEI disponível no site do IGAM, indicando no campo “Uso do Recurso Hídrico” o código das intervenções em corpos de água existentes e/ou projetados.
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7.10. Documentação Necessária para a Obtenção da Outorga
• Requerimento assinado pelo requerente ou procurador, juntamente com a procuração;
• Formulários fornecidos pelo IGAM; • Relatório técnico conforme modelo fornecido pelo IGAM; • Comprovante de recolhimento dos valores relativos aos custos de análise e
publicações; • Cópias do CPF/CNPJ e da carteira de identidade do requerente ou procurador; • Cópia do registro do imóvel ou de posse do local onde será efetuada a captação; • Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável técnico pela
elaboração do processo de outorga, recolhida na jurisdição do CREA-MG; • Documento de concessão ou autorização fornecido pela ANEEL, em caso de
hidrelétrica ou de termelétrica; • Anotação Documento emitido pelo Comitê de Bacias contendo as prioridades de uso,
caso existente.
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
8. SITUAÇÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006 Foram obtidos, a partir das análises laboratoriais realizadas em 2006, os indicadores da situação ambiental no Estado de Minas Gerais, Índice de Qualidade das Águas – IQA, Contaminação por Tóxicos – CT e Teste de Toxicidade Crônica. Na Figura 8.1 é apresentada a evolução temporal da freqüência de ocorrência do IQA no Estado de Minas Gerais. Ressalta-se que no ano de 2006, a média anual do IQA não foi calculada para algumas estações de amostragem das bacias do rio das Velhas, Jequitinhonha, Pardo e Mucuri, nas quais houve perda de análises laboratoriais de coliformes termotolerantes em uma ou mais campanhas de monitoramento. Nas estações da bacia do rio São Francisco – Norte localizadas no ribeirão dos Vieiras a jusante da cidade de Montes Claros (VG003) e no rio Carinhanha a montante da sua foz no rio São Francisco (SF034), o cálculo da média anual do IQA também não foi realizado, uma vez que não houve amostragem na primeira e quarta campanhas do ano em questão, devido à dificuldade de acesso ao local de coleta. Por tais razões, para comparar os resultados de IQA de 2006 com aqueles obtidos nos anos anteriores foi utilizada a condição de qualidade verificada em cada estação de amostragem por trimestre (Figura 8.1). Pôde-se observar que nas 260 estações de amostragem dos corpos de água das bacias hidrográficas monitoradas no Estado de Minas Gerais, predomina o Índice de Qualidade das Águas Médio, resultado este que vem sendo observado desde o ano de 1997, ressaltando-se que os maiores registros foram nos anos de 1997 e 1998. A análise comparativa da distribuição dos valores médios anuais de IQA demonstra que não houve uma grande variação das condições de qualidade das águas ao longo de dez anos de monitoramento. No ano de 2006, verificou-se uma pequena redução na ocorrência do Índice de Qualidade das Águas Médio, em relação ao ano de 2005. Por outro lado, houve um pequeno aumento na ocorrência do Índice de Qualidade das Águas Bom. A freqüência de IQA Bom aumentou de 34% em 2005 para 36,2% em 2006. Em relação ao IQA Bom pode-se perceber ainda, aumento gradativo da sua ocorrência a partir do ano de 2002. O IQA Médio ainda é predominante em todas as bacias hidrográficas monitoradas no Estado de Minas Gerais com ocorrência em 40,7% dos pontos de amostragem em 2006. Entretanto, pode-se verificar que há uma diminuição gradativa da sua ocorrência a partir do ano de 2002. Ressalta-se ainda a diminuição da ocorrência do IQA Ruim a partir de 2004, registrando uma freqüência de 17,8% em 2006.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Bacias de Minas Gerais
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
MuitoRuim
Ruim Médio Bom Excelente NãoCalculado
IQA
Freq
üênc
ia
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Figura 8.1: Evolução temporal dos dados de qualidade: Índice de Qualidade das Águas – IQA, no
Estado de Minas Gerais.
Com relação à Contaminação por Tóxicos (CT) (Figura 8.2), observou-se uma pequena redução na ocorrência de CT Baixa, de 63,3% de freqüência em 2005 para 58,1% em 2006. Por outro lado, houve aumento na ocorrência da CT Alta, de 13,1% em 2005 para 18,8% em 2006. Destaca-se ainda a mínima redução da CT Média, de 23,6% em 2005 para 23,1% em 2006 e a diminuição gradativa de sua ocorrência a partir do ano de 2004.
Bacias de Minas Gerais
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Baixa Média AltaCT
Freq
üênc
ia
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Figura 8.2: Evolução temporal dos dados de Contaminação por Tóxicos – CT, no Estado de Minas
Gerais.
56
57
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
8.1. IQA – Índice de Qualidade das Águas nas Bacias Hidrográficas Nas figuras a seguir são apresentadas as freqüências de ocorrência anual do Índice de Qualidade das Águas nos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem das bacias hidrográficas monitoradas no Estado de Minas Gerais. Nas estações das bacias dos rios das Velhas, Jequitinhonha, Mucuri, Pardo e São Francisco Norte em que o cálculo do IQA não foi realizado devido à perda de análises laboratoriais de coliformes termotolerantes ou por falta de alguma coleta, o dado correspondente àquela estação está marcado por um asterisco.
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO Na bacia do rio São Francisco observou-se uma diminuição da ocorrência de IQA Médio de 59% em 2005 para 36,8% em 2006. Concomitantemente, houve aumento do IQA Ruim e Bom, os quais ocorreram em 18% e 20% em 2005 e em 24,8% e 30,9% das estações de amostragem em 2006, respectivamente. Em 2006, o IQA não foi calculado em 3,1% das estações, devido à perda de amostras. Destaca-se ainda a ocorrência de IQA Excelente em 1,3% das estações na bacia do rio São Francisco.
Sub-Bacia do Rio das Velhas Na sub-bacia do rio das Velhas houve a permanência da ocorrência de IQA Muito Ruim em 6,1% das estações de monitoramento em 2006. Observou-se aumento do IQA Ruim de 24% em 2005 para 28% em 2006. Foi verificado a diminuição da ocorrência de IQA Médio de 45% em 2005 para 29,5% em 2006 e a diminuição na ocorrência de IQA Bom, de 24% em 2005 para 23,5% em 2006. Destaca-se ainda na sub-bacia do rio das Velhas em 2006 a ocorrência de IQA Excelente em 2,3% das estações e de IQA não calculado, devido à perda de amostras do parâmetro coliformes, em 10,6% das estações, conforme Figura 8.3.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BV01
3
BV03
5
BV03
7
BV06
2
BV06
3
BV06
7
BV07
6
BV08
3
BV10
5
BV13
0
BV13
3
BV13
5
BV13
6
BV13
7
BV13
9
BV14
0
BV14
1
* *
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BV14
2
BV14
3
BV14
4
BV14
5
BV14
6
BV14
7
BV14
8
BV14
9
BV15
2
BV15
3
BV15
4
BV15
5
BV15
6
BV16
0
BV16
1
BV16
2
* * * * * * * * * * * *
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA<=100 Faixa 70<IQA<=90 Faixa 50<IQA<=70 Faixa 25<IQA<=50 Faixa 00<IQA<=25
Média do IQA não calculada para o ano de 2006* Figura 8.3: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem
– UPGRH SF5.
Sub-Bacia do Rio Paraopeba Na sub-bacia do rio Paraopeba observou-se redução na ocorrência de IQA Médio, de 67% em 2005 para 36,4% em 2006 e aumento na ocorrência de IQA Ruim de 19% em 2005 para 31,8% em 2006. Verificou-se ainda, aumento na ocorrência de IQA Muito Ruim de 0% em 2005 para 2,3% em 2006, condição observada no rio Betim próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP071), conforme pode ser observado na Figura 8.4. A ocorrência de IQA Bom foi constatada em 29,5% das estações, sendo a melhor situação observada no rio Betim monitorado a jusante do reservatório de Vargem das Flores (BP088). Apenas como observação, as estações do rio Manso em Brumadinho (BP096) e do ribeirão do Cedro próximo de sua foz no rio Paraopeba em Caetanópolis (BP098) foram instaladas na quarta campanha de 2005, sendo que em BP098, por falta de acesso a amostragem não foi realizada. Desta forma, o IQA da estação BP096 se refere apenas ao valor da última campanha anual.
58
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BP02
6
BP02
7
BP02
9
BP03
6
BP06
8
BP07
0
BP07
1
BP07
2
BP07
6
BP07
8
BP07
9
BP08
0
BP08
2
BP08
3
BP08
4
BP08
6
BP08
8
BP09
0
BP09
2
BP09
4
BP09
6
BP09
8
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25
Figura 8.4: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH SF3.
Sub-Bacia do Rio Pará Na sub-bacia do rio Pará a ocorrência de IQA Bom foi constatada em 26,6% das estações de amostragem no ano de 2006, condição observada nas estações situadas no rio Pará a montante da foz do rio Itapecerica e próximo da UHE de Gafanhoto (PA005) e no rio Pará monitorado na localidade de Velho da Taipa, próximo ao município de Pitangui (PA013), como pode ser visualizado na Figura 8.5. Verificou-se aumento na ocorrência de IQA Ruim, de 19% em 2005 para 20,3% em 2006 e redução na ocorrência de IQA Médio, de 75% em 2005 para 48,4% em 2006.
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
PA00
1
PA00
2
PA00
3
PA00
4
PA00
5
PA00
7
PA00
9
PA01
0
PA01
1
PA01
3
PA01
5
PA01
7
PA01
9
PA02
0
PA02
1
PA02
2
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25
Figura 8.5: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH SF2.
59
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Bacia do Rio São Francisco – Norte
A bacia do rio São Francisco – Norte, que engloba as sub-bacias dos rios Paracatu, Urucuia, Jequitaí/Pacuí e Verde-Grande, bem como o rio São Francisco após a represa de Três Marias apresentou pequeno aumento na ocorrência de IQA Ruim, de 17% em 2005 para 19% em 2006. Verificou-se também aumento na ocorrência de IQA Bom, de 27% em 2005 para 39,7% em 2006, condição observada nas estações monitoradas no rio Paracatu próximo de sua foz no rio São Francisco (PT013), no rio São Francisco a jusante da cidade de São Romão (SF025) e a jusante da cidade de Manga e a montante da foz do rio Verde Grande (SF033), no rio Pandeiros a jusante da UHE Pandeiros (SF028) e no rio Carinhanha a montante da sua foz no rio São Francisco (SF034), conforme pode ser observado na Figura 8.6. Concomitantemente, houve redução na ocorrência de IQA Médio, de 57% em 2005 para 38,8% em 2006.
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
PT00
1
PT00
3
PT00
5
PT00
7
PT00
9
PT01
0
PT01
1
PT01
3
SF01
9
SF02
1
SF02
3
SF02
5
SF02
6
SF02
7
SF02
8
SF02
9
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
SF03
1
SF03
3
SF03
4
SF04
0
UR
001
UR
007
UR
009
VG00
1
VG00
3
VG00
4
VG00
5
VG00
7
VG00
9
VG01
1
* *
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA<=100 Faixa 70<IQA<=90 Faixa 50<IQA<=70 Faixa 25<IQA<=50 Faixa 00<IQA<=25
Média do IQA não calculada para o ano de 2006* Figura 8.6: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem
– UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9 e SF10.
60
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Bacia do Rio São Francisco – Sul
Na bacia do rio São Francisco - Sul (rio São Francisco e afluentes até a represa de Três Marias) houve aumento na ocorrência de IQA Bom de 29% em 2005 para 37,5% em 2006, e conseqüente redução na ocorrência de IQA Médio de 64% em 2005 para 37,5% em 2006. Observou-se melhoria na qualidade das águas do rio São Francisco na cidade de Iguatama (SF003) e do ribeirão Sucuriú, monitorado a montante do reservatório de Três Marias (SF009), os quais apresentaram IQA Médio no ano de 2005 e IQA Bom em 2006, conforme pode ser verificado na Figura 8.7. Verificou-se, também, uma melhora no rio Santana próximo de sua foz no rio São Francisco (SF008). Houve ainda, piora na qualidade das águas do ribeirão Marmelada, a jusante da cidade de Abaeté (SF007), o qual apresentou média anual do IQA Ruim em 2006, esse ribeirão, historicamente apresenta problemas associados ao lançamento de esgotos domésticos da cidade de Abaeté, bem como de contribuição difusa.
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
SF00
1
SF00
2
SF00
3
SF00
4
SF00
5
SF00
6
SF00
7
SF00
8
SF00
9
SF01
0
SF01
1
SF01
3
SF01
5
SF01
7
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25
Figura 8.7: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs SF1 e SF4.
61
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO GRANDE
A Figura 8.8 apresenta a média anual do Índice de Qualidade das Águas para as quatro campanhas de monitoramento dos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Grande. Observou-se redução na ocorrência de IQA Médio, de 67% em 2005 para 52,4% em 2006. Conseqüentemente, houve aumento na ocorrência de IQA Bom, de 26% em 2005 para 28,6% em 2006, além do aumento de IQA Ruim, de 7% em 2005 para 17,9% em 2006. Destaca-se a melhoria do IQA no rio Grande monitorado a montante do reservatório de Camargos (BG003), no rio do Peixe a jusante da foz do ribeirão Vermelho (BG034), no rio Palmela na proximidade de sua foz no rio Verde (BG036) e no rio Sapucaí a montante do reservatório de Furnas (BG049).
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BG00
1
BG00
3
BG00
5
BG00
7
BG00
9
BG01
0
BG01
1
BG01
2
BG01
3
BG01
4
BG01
5
BG01
7
BG01
9
BG02
1
BG02
3
BG02
5
BG02
7
BG02
8
BG02
9
BG03
0
BG03
1IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BG03
2
BG03
3
BG03
4
BG03
5
BG03
6
BG03
7
BG03
9
BG04
1
BG04
3
BG04
4
BG04
5
BG04
7
BG04
9
BG05
1
BG05
3
BG05
5
BG05
7
BG05
8
BG05
9
BG06
1
BG06
3
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25
Figura 8.8: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRHs GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7 e GD8.
62
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO DOCE
A Figura 8.9 apresenta a média anual do Índice de Qualidade das Águas para as quatro campanhas de monitoramento dos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Doce. Em 2006, não foi observada nenhuma ocorrência de IQA Muito Ruim nos pontos de amostragem da bacia do rio Doce, assim como nos anos anteriores. Observou-se em 2006 a ocorrência de IQA Ruim em 2,3% das estações. Verificou-se redução na ocorrência de IQA Médio de 97% em 2005 para 46,1% em 2006, com conseqüente aumento na ocorrência de IQA Bom de 0% em 2005 para 51,6% dos pontos de amostragem em 2006. O IQA Bom foi observado nas estações de amostragem localizadas no rio Piranga no município de Piranga (RD001), rio Xopotó próximo a sua foz no rio Piranga (RD004), rio Piranga no município de Porto Firme (RD007), rio Doce a montante da foz do rio Casca (RD019), rio Doce a montante da Cachoeira dos Óculos (RD023), rio Santa Bárbara na localidade de Santa Rita das Pacas (RD027), rio Piracicaba na cidade de Timóteo, a montante da ETA da ACESITA (RD031), rio Piracicaba a montante da confluência com o ribeirão Japão (RD032), rio Santo Antônio a montante da confluência com o rio Doce (RD039), rio Corrente Grande próximo de sua foz no rio Doce (RD040), rio Caratinga no Distrito de Barra do Cuieté (RD057), rio Manhuaçú na cidade de Santana do Manhuaçú (RD064), rio Manhuaçú próximo de sua foz no rio Doce (RD065) e rio Doce na cidade de Baixo Guandú/ES (RD067).
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
RD
001
RD
004
RD
007
RD
009
RD
013
RD
018
RD
019
RD
021
RD
023
RD
025
RD
026
RD
027
RD
029
RD
030
RD
031
RD
032
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
RD
033
RD
034
RD
035
RD
039
RD
040
RD
044
RD
045
RD
049
RD
053
RD
056
RD
057
RD
058
RD
059
RD
064
RD
065
RD
067
Figura 8.9: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem
– UPGRHs DO1, DO2, DO3, DO4, DO5 e DO6.
63
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL
A Figura 8.10 apresenta a média anual do Índice de Qualidade das Águas para as quatro campanhas de monitoramento dos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. Houve redução na ocorrência de IQA Médio de 66% em 2005 para 48,3% em 2006, assim como de IQA Ruim, de 24% em 2005 para 19,8% em 2006. Observou-se ainda aumento do IQA Bom de 10% em 2005 para 30,2% em 2006, sendo essa condição de IQA Bom verificada nas estações situadas no rio Paraibuna em Chapéu D’Uvas (BS002), no rio Preto próximo a sua foz no rio Paraibuna (BS028), no rio Paraibuna a jusante do rio Preto (BS029) e no rio Cágado próximo de sua foz no rio Paraibuna (BS031).
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BS00
2
BS00
6
BS01
7
BS01
8
BS02
4
BS02
8
BS02
9
BS03
1
BS03
2
BS03
3
BS04
2
BS04
3
BS04
6
BS04
9
BS05
0IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
BS05
4
BS05
6
BS05
7
BS05
8
BS05
9
BS06
0
BS06
1
BS07
1
BS07
3
BS07
5
BS07
7
BS08
1
BS08
3
BS08
5
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25 Figura 8.10: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de
amostragem – UPGRHs PS1 e PS2.
64
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARANAÍBA
A Figura 8.11 apresenta a média anual do Índice de Qualidade das Águas para as quatro campanhas de monitoramento dos anos de 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Paranaíba. Houve redução na ocorrência de IQA Médio de 50% em 2005 para 33,3% em 2006 e conseqüente aumento na ocorrência de IQA Bom de 44% em 2005 para 51,4% em 2006, além do IQA Ruim, de 6% em 2005 para 15,3% em 2006. Pôde-se observar ainda que não foi registrada nenhuma ocorrência de IQA Muito Ruim ao longo de todo o período de monitoramento nessa bacia hidrográfica. Observou-se em 2006 a piora do IQA no rio Uberabinha a jusante da cidade de Uberlândia (PB023), resultado associado ao lançamento de esgoto doméstico, sem tratamento prévio, originado da cidade de Uberlândia.
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
PB00
1
PB00
3
PB00
5
PB00
7
PB00
9
PB01
1
PB01
3
PB01
5
PB01
7
PB01
9
PB02
1
PB02
2
PB02
3
PB02
5
PB02
7
PB02
9
PB03
1
PB03
3
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25 Figura 8.11: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de
amostragem – UPGRHs PN1, PN2 e PN3.
BACIA DO RIO JEQUITINHONHA A Figura 8.12 apresenta o Índice de Qualidade das Águas para as quatro campanhas de monitoramento dos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha. Verificou-se a predominância do Índice de Qualidade das Águas Bom em 2006, totalizando 51,9% de freqüência. A ocorrência de IQA Médio totalizou uma freqüência de 30,8% em 2006 nas estações dessa bacia. Houve ainda a ocorrência de IQA não calculado em 11,5% das estações, devido à perda de amostras do parâmetro coliformes e a ocorrência de IQA Ruim em 5,8% das estações.
65
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006
0
20
40
60
80
100
JE00
1
JE00
3
JE00
5
JE00
7
JE00
9
JE01
1
JE01
3
JE01
5
JE01
7
JE01
9
JE02
1
JE02
3
JE02
5
* * * * * *
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA<=100 Faixa 70<IQA<=90 Faixa 50<IQA<=70 Faixa 25<IQA<=50 Faixa 00<IQA<=25
Média do IQA não calculada para o ano de 2006* Figura 8.12: Média anual do IQA dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de
amostragem – UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3.
BACIA DO RIO MUCURI A Figura 8.13 apresenta o Índice de Qualidade das Águas em três campanhas de monitoramento dos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Mucuri. Nesta bacia predominou o IQA Bom, com ocorrência em 50% dos pontos de monitoramento em 2006, sendo a melhor condição deste IQA observada na segunda campanha de 2006, no trecho do rio Todos os Santos monitorado a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006). O IQA Médio ocorreu em 21,9% das estações nesta bacia e o IQA Ruim ocorreu em 3,1% das estações, sendo a pior condição de IQA Ruim observada no trecho do rio Todos os Santos monitorado a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) na segunda campanha de 2006. Houve ainda a ocorrência de IQA não calculado em 25% das estações, devido à perda de amostras do parâmetro coliformes.
66
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006 - 1ª CAMPANHA
0
20
40
60
80
100
MU001 MU003 MU005 MU006 MU007 MU009 MU011 MU013
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006 - 2ª
CAMPANHA
0
20
40
60
80
100
MU001 MU003 MU005 MU006 MU007 MU009 MU011 MU013
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006 - 3ª
CAMPANHA
0
20
40
60
80
100
MU001 MU003 MU005 MU006 MU007 MU009 MU011 MU013
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25
Figura 8.13: IQA (1ª, 2ª e 3ª campanhas) dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH MU1.
BACIA DO RIO PARDO A Figura 8.14 apresenta o Índice de Qualidade das Águas em três campanhas de monitoramento dos anos 2005 e 2006, respectivamente, para cada estação de amostragem na bacia hidrográfica do rio Pardo. Nesta bacia predominou a ocorrência de IQA Bom em 2006, situação que vêm ocorrendo ao longo dos anos, sendo a melhor condição deste IQA observada na terceira campanha no trecho do rio Pardo monitorado a jusante da cidade de Rio Pardo de Minas (PD003). Houve a ocorrência de IQA Médio em 33,3% das estações,
67
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
sendo a pior situação deste IQA observada na primeira campanha de 2006, no trecho do rio Pardo a jusante da foz do córrego Tingui no município de Montezuma (PD001). Houve ainda a ocorrência de IQA não calculado em 25% das estações, devido à perda de amostras do parâmetro coliformes.
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006 - 1ª CAMPANHA
0
20
40
60
80
100
PD001 PD003 PD005
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006 - 2ª CAMPANHA
0
20
40
60
80
100
PD001 PD003 PD005
IQA POR PONTO DE AMOSTRAGEM NOS ANOS DE 2005 E 2006 - 3ª CAMPANHA
0
20
40
60
80
100
PD001 PD003 PD005
Excelente Bom Médio Ruim Muito RuimFaixa 90<IQA≤100 Faixa 70<IQA≤90 Faixa 50<IQA≤70 Faixa 25<IQA≤50 Faixa 0<IQA≤25
Figura 8.14: IQA (1ª, 2ª e 3ª campanhas) dos anos 2005 e 2006, respectivamente, por estação de amostragem – UPGRH PA1.
68
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
8.2. CT – Contaminação por Tóxicos nas Bacias Hidrográficas Analisando-se a Figura 8.15 pode-se perceber que o cobre dissolvido é a substância tóxica que apresentou as maiores ocorrências em desconformidade com a legislação em todo o Estado de Minas Gerais em 2006, quando cerca de 37% das análises não atenderam aos limites das classes de enquadramento dos corpos de água monitorados. Destacam-se também as ocorrências dos parâmetros chumbo total e fenóis totais, em que cerca de 18% e 14% das análises, respectivamente, não atenderam aos limites das classes de enquadramento dos corpos de água monitorados. Vale ressaltar ainda os parâmetros nitrogênio amoniacal total e arsênio total que apresentaram, respectivamente, 10% e 9% de ocorrências em desconformidade com os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº357/05.
Tóxicos
9%
18%
37%
3%
14%
2% 1% 4% 10%
N.Amoniacal
Arsênio
Cádmio
Chumbo
Cobre Dissolvido
Cromo
Fenóis Totais
Mercúrio
Zinco
Cianeto
Figura 8.15: Ocorrência de parâmetros avaliados na Contaminação por Tóxicos no Estado de Minas
Gerais. Nas bacias hidrográficas monitoradas em 2006, pôde-se verificar uma piora em relação à Contaminação por Tóxicos comparativamente ao ano de 2005. Apesar disso, observa-se de forma geral o predomínio da Contaminação por Tóxicos Baixa nas bacias monitoradas em Minas Gerais, exceto na bacia do rio Doce na qual predominou a ocorrência de CT Alta, com 38% de freqüência em 2006 (Figura 8.16).
69
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
59%
79%
66% 67%
58%
28%
42%
24%
38%
26%
34%
10%17%
22%18% 21%
15%
38%
17%12% 11%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
MINAS GERAIS JE/MU/PD SÃOFRANCISCO
DOCE GRANDE PARAÍBA SUL PARANAÍBA
Contaminação por Tóxicos - 2006
Freq
uênc
ia
BAIXO MÉDIA ALTA
Figura 8.16: Freqüência de ocorrência de Contaminação por Tóxicos no Estado de Minas Gerais.
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO Na bacia do rio São Francisco houve redução da CT Alta de 19% em 2005 para 15% em 2006, prevalecendo a condição de CT Baixa em todas as sub-bacias (Figura 8.17).
55%
70%
79%
56%58% 59%
45%
24% 26%
41%
20%14%
31%24%
18%15%
30%
5%10% 13%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
MINASGERAIS
SÃOFRANCISCO
VELHAS PARAOPEBA SF NORTE SF SUL PARÁ
Contaminação por Tóxicos - 2006
Freq
uênc
ia
BAIXO MÉDIA ALTA
70
Figura 8.17: Freqüência de ocorrência de Contaminação por Tóxicos nas sub-bacias do rio São Francisco.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
As Figuras a seguir destacam a contribuição dos parâmetros avaliados na Contaminação por Tóxicos nas faixas Média e Alta em cada sub-bacia do rio São Francisco em 2006.
Rio São Francisco – Sul Na sub-bacia do rio São Francisco – Sul houve redução de 22% das ocorrências de CT Média, de 36% em 2005 para 14% em 2006. O parâmetro que contribuiu para a CT Média e Alta nesta sub-bacia foi o chumbo total apresentando 100% de freqüência em cada CT (Figura 8.18).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
100%
Chumbo
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
100%
Chumbo
Figura 8.18: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRHs SF1 e SF4.
Sub-Bacia do Rio Pará Na sub-bacia do rio Pará houve aumento da CT Média em 25% das ocorrências, de 6% em 2005 para 31% em 2006. Os parâmetros que mais contribuíram para este resultado da CT Média na sub-bacia do rio Pará foram cobre dissolvido e chumbo total, com 33% de freqüência cada um (Figura 8.19). Analogamente, verificou-se um aumento da CT Alta que apresentou 8% de freqüência em 2005 e 13% em 2006. Os parâmetros nitrogênio amoniacal total, chumbo total, cobre dissolvido, cianeto e zinco contribuíram com 20% de ocorrência cada um.
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
33%
33%
17%
17%ChumboCobre DissolvidoFenóis TotaisCianeto
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
20%
20%
20%
20%
20%N.AmoniacalChumboCobre DissolvidoCianetoZinco
Figura 8.19: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRH SF2.
71
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Sub-Bacia do Rio das Velhas
Na sub-bacia do rio das Velhas observou-se a redução da CT Média e Alta de 41% e 34% de freqüência em 2005, para 24% e 30% em 2006, respectivamente. Os parâmetros nitrogênio amoniacal total e arsênio total foram os responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Média e Alta na freqüência de 37% e 59% das ocorrências, respectivamente (Figura 8.20).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
37%
14%
7%
7%7%
21%
7%
N.AmoniacalArsênioChumboCobre DissolvidoCromoFenóis TotaisCianeto
FREQUÊNCIA DE CT ALTA8%8%
25%
59%
N.AmoniacalArsênioCobre DissolvidoFenóis Totais
Figura 8.20: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRH SF5.
Bacia do Rio Paraopeba Na sub-bacia do rio Paraopeba verificou-se um ligeiro aumento na ocorrência da CT Média de 40% em 2005 para 41% em 2006. Por outro lado, a freqüência da CT Alta diminuiu de 15% em 2005 para 5% no ano seguinte. O parâmetro chumbo total foi responsável pela CT Média e Alta em 2006, na freqüência de 42% e 100% das ocorrências, respectivamente (Figura 8.21).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA 17%
42%
8%
33% N.AmoniacalChumboFenóis TotaisCianeto
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
100%
Chumbo
Figura 8.21: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRH SF3.
72
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Rio São Francisco – Norte
Na sub-bacia do rio São Francisco – Norte observou-se a redução das ocorrências da CT Média e Alta de 28% e 20% de freqüência, respectivamente, em 2005 para 20% e 10%, respectivamente, no ano seguinte. Os parâmetros responsáveis pela CT Média foram cobre dissolvido, chumbo total e fenóis totais com 50%, 25% e 25% de freqüência respectivamente. Os parâmetros nitrogênio amoniacal total, arsênio total e cobre total contribuíram para a CT Alta na freqüência de 34%, 33% e 33% das ocorrências, respectivamente (Figura 8.22).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
25%
50%
25%
ChumboCobre DissolvidoFenóis Totais
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
34%
33%
33%
N.AmoniacalArsênioChumbo
Figura 8.22: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9 e SF10.
As Figuras a seguir destacam a contribuição dos parâmetros avaliados na Contaminação por Tóxicos nas faixas Média e Alta nas demais bacias hidrográficas do Estado de Minas Gerais em 2006.
BACIA DO RIO GRANDE Em 2006 a bacia do rio Grande apresentou redução de 2% da CT Média e conseqüente aumento da CT Alta em 12%, em relação ao ano de 2005. Os parâmetros chumbo total e fenóis totais foram os que mais contribuíram para a CT Média em 2006, com uma freqüência de 40% das ocorrências nesta bacia para cada parâmetro. O parâmetro chumbo total foi o principal responsável pela CT Alta nesta bacia, com cerca de 60% de freqüência em 2006 (Figura 8.23).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
40% 40%
20%
ChumboCromoFenóis Totais
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
20%20%
60%
ArsênioChumboM ercúrio
Figura 8.23: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRHs GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7 e GD8.
73
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO DOCE
Na bacia do rio Doce houve aumento da CT Alta, de 16% em 2005 para 38% em 2006 e conseqüente redução da CT Média, de 41% em 2005 para em 34% em 2006. O parâmetro cobre dissolvido foi o responsável por 92% de ocorrências na CT Média e na CT Alta desta bacia (Figura 8.24).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
8%
92%N.AmoniacalCobre Dissolvido
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
92%
8%
ArsênioCobre Dissolvido
Figura 8.24: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRHs DO1, DO2, DO3, DO4, DO5 e DO6.
BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL Em 2006, na bacia do rio Paraíba do Sul, houve um aumento de 3% nas ocorrências de Contaminação por Tóxicos Média e Alta em relação ao ano de 2005, perfazendo um total de 17% de freqüência para CT Média e CT Alta. O parâmetro fenóis totais foi o responsável por 32% de ocorrências na CT Média e Alta em 2006 (Figura 8.25).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA17%
17%
32%
17%
17%
N.AmoniacalM ercúrioFenóis TotaisCádmioCobre Dissolvido
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
17%
17%
17%
17%
32%
Fenóis TotaisCádmioCromoChumboCianeto
Figura 8.25: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos Alta e Média – UPGRHs PS1 e PS2.
74
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARANAÍBA
Na bacia do rio Paranaíba a CT Alta que não havia sido detectada em 2005, apresentou 11% de freqüência em 2006. Os parâmetros responsáveis por este resultado foram nitrogênio amoniacal total e cromo total, com freqüência de 50% para cada parâmetro. Houve redução de CT Média de 28% em 2005 para 22% em 2006 e os parâmetros que influenciaram para esta CT em 2006 foram chumbo total e cobre dissolvido, com freqüência de 50% das ocorrência para cada parâmetro (Figura 8.26).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
50%50%
ChumboCobre Dissolvido
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
50%50%
N.AmoniacalCromo
Figura 8.26: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRHs PN1, PN2 e PN3.
BACIA DO RIO JEQUITINHONHA Na bacia do rio Jequitinhonha a Contaminação por Tóxicos em 2006 apresentou um resultado semelhante em relação ao ano de 2005. A CT Média passou de 38% em 2005 para de 46% em 2006. Houve uma pequena redução na ocorrência CT Alta de 38% em 2005 para 31% das estações em 2006. O parâmetro cobre dissolvido foi responsável pela CT Média e Alta na freqüência de 86% e 100% das ocorrências, respectivamente (Figura 8.27).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
86%
14%
Cobre DissolvidoFenóis Totais
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
100%
Cobre Dissolvido
Figura 8.27: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta e Média – UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3.
75
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARDO
Na bacia do rio Pardo a CT Alta que não havia sido observada em 2005, apresentou 33% de freqüência em 2006. Destaca-se que não houve ocorrência de CT Média em 2006, assim como no ano anterior. O parâmetro cobre dissolvido contribuiu em 100% das ocorrências da CT Alta (Figura 8.28).
FREQUÊNCIA DE CT ALTA
100,0%
Cobre Dissolvido
Figura 8.28: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Alta – UPGRH PA1.
BACIA DO RIO MUCURI Na bacia do rio Mucuri observou-se uma redução da CT Média de 50% em 2005 para 37% das estações monitoradas em 2006. A ocorrência de CT Baixa passou de 13% em 2005 para 62% das estações em 2006. Ressalta-se que não houve ocorrências de CT Alta em 2006 na bacia do rio Mucuri refletindo uma melhoria das condições de toxicidade nas águas desta bacia. O parâmetro fenóis totais foi o responsável pela CT Média na freqüência de 100% das ocorrências (Figura 8.29).
FREQUÊNCIA DE CT MÉDIA
100%
Fenóis Totais
Figura 8.29: Freqüência da ocorrência de parâmetros responsáveis pela Contaminação por Tóxicos
Média – UPGRH MU1.
76
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
8.3. Parâmetros em desacordo com a legislação 8.3.1. No Estado de Minas Gerais Na Figura 8.30 pode-se observar a ocorrência de metais em desconformidade com os limites estabelecidos na Resolução CONAMA 357/05 no Estado de Minas Gerais em 2006. O manganês total permanece apresentando as maiores freqüências de desconformidades no Estado, totalizando 31,2% das ocorrências, com redução de 5,3% em relação a 2005. O ferro dissolvido vem em seguida, com redução de 1,9% nas ocorrências de desconformidades em relação a 2005, totalizando 15% das ocorrências em 2006. Merece destaque também o parâmetro cobre dissolvido, que em 2006 totalizou 7% das ocorrências em desconformidade com os limites permitidos pela legislação, aumento de 3% em relação a 2005. Estes metais são importantes constituintes da camada de substratos dos solos no Estado de Minas Gerais, sendo assim, podem ser considerados constituintes naturais das águas das bacias hidrográficas do território mineiro. A freqüência constante e elevada das concentrações destes parâmetros em Minas Gerais pode estar relacionada com as atividades do setor minerário e metalúrgico, além do manejo inadequado dos solos sem os devidos cuidados para preservação da vida aquática.
Ocorrência de Metais fora do Limite de Classe - 2006
7,0% 6,4% 5,8% 3,2% 1,3% 0,6% 0,4% 0,3% 0,1%
15,0%
31,2%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Man
ganê
sTo
tal
Ferr
oD
isso
lvid
o
Cob
reD
isso
lvid
o
Alu
mín
ioD
isso
lvid
o
Ars
ênio
tota
l
Chu
mbo
Tota
l
Níq
uel
Tota
l
Cro
mo
tota
l
Cád
mio
Tota
l
Mer
cúrio
Tota
l
Zinc
o To
tal
Figura 8.30: Freqüência da ocorrência de metais fora dos limites estabelecidos na legislação.
Em relação aos demais parâmetros monitorados, pode-se observar pela Figura 8.31 que o parâmetro coliformes termotolerantes permanece apresentando a maior freqüência de desconformidades no Estado de Minas Gerais, totalizando 45,6% das ocorrências em 2006. Ressalta-se o aumento das ocorrências do parâmetro óleos e graxas em 2006, totalizando 12,5% das ocorrências no Estado. Vale destacar ainda, as freqüências dos parâmetros turbidez e cor verdadeira, com 13,8% e 20,3% das ocorrências, respectivamente, em 2006.
77
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
25,9%20,3%
13,8% 12,5% 8,3% 7,4% 2,6% 1,9% 1,8% 1,2% 0,2%
40,9%45,6%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Col
iTer
mot
.
Col
iTot
ais
Fósf
oro
Tota
l
Cor
Turb
idez
Óle
os e
Gra
xas
DB
O
OD
Fenó
isTo
tais
Nam
onia
cal
Surf
.A
niôn
ico
Cia
neto
Livr
e pH
Figura 8.31: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação.
8.3.2. Nas bacias hidrográficas Os parâmetros que estiveram em desconformidade com os limites de classe de enquadramento nas bacias hidrográficas de Minas Gerais em 2006 serão apresentados nas Figuras a seguir. O parâmetro coliformes termotolerantes apresentou as maiores ocorrências, predominando na maioria das bacias mineiras em 2006, como por exemplo na bacia do rio das Velhas.. Na bacia do rio São Francisco – Norte e Sul, e na bacia do rio Jequitinhonha predominaram as ocorrências do parâmetro cor verdadeira. Na bacia do rio Paraopeba predominaram as ocorrências do parâmetro manganês total. Nas bacias dos rios Pardo e Mucuri predominaram as ocorrências do parâmetro óleos e graxas.
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
Sub-Bacia do Rio das Velhas Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
46%39%
28% 25%
8% 7% 6% 6%
55% 53%
20%12% 10%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
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Figura 8.32: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH SF5.
78
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Sub-Bacia do Rio Paraopeba
Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
60%
30%24% 24%
8% 8% 6% 2%
65% 63%
14%10% 10%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
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Figura 8.33: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH SF3.
Sub-Bacia do Rio Pará Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
38%32% 28% 25%
6% 5% 5% 5%
56%52%
24%17%
9%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
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Nam
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cal
Figura 8.34: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH SF2.
Rio São Francisco – Sul Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
32% 31% 29% 27%
7%
36% 34% 24%14%
8%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Cor
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Figura 8.35: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRHs SF1 e SF4.
79
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Rio São Francisco – Norte
Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
29% 27%22% 21%
4% 3%
34% 32%17%
9% 5%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Cor
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Tota
l
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ênio
tota
l
Figura 8.36: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9 e SF10.
BACIA DO RIO GRANDE Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
27% 24%14% 10% 5% 4% 2%
57%
44%
9% 8% 5%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Col
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Figura 8.37: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRHs GD1, GD2, GD3, GD4, GD5, GD6, GD7 e GD8.
BACIA DO RIO DOCE Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
25%18%
13% 8%
41% 39%
3% 3% 2%0%
20%
40%
60%
80%
100%
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Ars
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l OD
Figura 8.38: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH DO1, DO2, DO3, DO4, DO5 e DO6. 80
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL
Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
48%
29% 28%18%
11% 8% 5% 4%
54%53%
16% 16% 15%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Col
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Col
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xas OD
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Tota
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Figura 8.39: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH PS1 e PS2.
BACIA DO RIO PARANAÍBA Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
29% 27% 22% 18%
3% 3%
32%29%
5% 4% 4%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Col
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Cor
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ganê
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mbo
Tota
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Óle
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Gra
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Figura 8.40: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRHs PN1, PN2 e PN3.
BACIA DO RIO JEQUITINHONHA Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
24,4%19,2%
37,5%30,8%
11,5% 6,5% 6,3%13,0%
5,8% 4,5%
21,7%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Cor
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Figura 8.41: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRHs JQ1, JQ2 e JQ3. 81
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO MUCURI
Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
29,2% 25,0%18,8% 15,6%
31,3% 29,2%
10,0% 7,1%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Óle
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Gra
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Col
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Col
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mot
.
Cor
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Fósf
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Tota
l
Fenó
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Ferr
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l.
Figura 8.42: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH MU1.
BACIA DO RIO PARDO Resultados que não atenderam ao Limite de Classe - 2006
25,0%
11,1%
33,3%25,0%
8,3%12,5% 11,1%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
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Figura 8.43: Freqüência da ocorrência de parâmetros fora dos limites estabelecidos na legislação –
UPGRH PA1.
82
83
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
8.4. Ensaios de Ecotoxicidade No período compreendido entre agosto de 2003 e dezembro de 2006, foram realizados 390 (trezentos e noventa) ensaios de toxicidade crônica com o microcrustáceo Ceriodaphnia dúbia, correspondentes a 32 estações de amostragem, com freqüência trimestral. As estações de coleta estão distribuídas da seguinte forma: 17 na bacia do rio Grande, 12 na bacia do rio Paranaíba, 2 na bacia do rio São Francisco e 1 na bacia do rio Doce. A distribuição das estações foi determinada, principalmente, em função do uso do solo nas áreas adjacentes, priorizando as bacias em que há predominância da agricultura com uso de agroquímicos. Para a avaliação da ecotoxicidade, foram considerados os percentuais de ocorrência durante as campanhas realizadas. As estações onde efeitos ecotoxicológicos foram identificados em menos de 25% dos ensaios realizados foram caracterizadas como tendo Baixa ocorrência de ecotoxicidade; aquelas que apresentaram resultados positivos em 25,1 a 50% dos ensaios foram consideradas com ocorrência Média de ecotoxicidade e aquelas cuja porcentagem de resultados positivos foi superior a 50% foram consideradas com Alta ocorrência de toxicidade. Conforme apresentado na Tabela 8.1, nenhuma das estações se mostrou atóxica. Apesar de apontarem uma piora em 2006, quando foram registrados resultados positvos, as melhores condições de ecotoxicidade foram observadas no rio Verde Grande próximo de sua foz no rio São Francisco (VG011), onde apenas um dos onze ensaios realizados apresentou resultados positivos, e no rio São Domingos próximo de sua foz no rio Paranaíba (PB033), com ecotoxicidade observada somente em duas das treze amostras coletadas.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 8.1: Avaliação dos resultados dos testes de ecotoxicidade, entre agosto/2003 e dezembro/2006.
BACIA DO RIO GRANDEOcorrência de Nº de
Toxicidade ensaios UPGRH GD1 - Rio GrandeM 13 BG001 Rio GRANDE na cidade de Liberdade
12 BG003 Rio GRANDE a montante do Reservatório de Camargos 13 BG007 Rio GRANDE a jusante do Reservatório de Itutinga12 BG009 Rio CAPIVARI próximo de sua foz no Rio Grande
UPGRH GD2 - Rio das Mortes, Grande e JacaréM 12 BG011 Rio das MORTES a montante da cidade de Barbacena
13 BG019 Rio GRANDE a montante do Reservatório de FurnasM 12 BG021 Rio JACARÉ a montante do Reservatório de Furnas
UPGRH GD4 - Rio Verde13 BG028 Rio VERDE na cidade de Soledade de Minas12 BG029 Rio BAEPENDI próximo de sua foz no Rio Verde11 BG031 Rio LAMBARI próximo de sua foz no Rio Verde13 BG035 Rio VERDE na localidade de Flora12 BG036 Rio PALMELA na proximidade de sua foz no Rio Verde
UPGRH GD5 - Rio Sapuca
AAA
AAAAA
B
íM 12 BG044 Rio SAPUCAÍ-MIRIM a montante da cidade de Pouso AlegreM 13 BG047 Rio SAPUCAÍ a montante da cidade de CareaçuM 12 BG049 Rio SAPUCAÍ a montante do Reservatório de Furnas
UPGRH GD7 - Rio GrandeM 12 BG055 Rio SÃO JOÃO a montante do Reservatório de Peixoto
UPGRH GD8 - Rio GrandeM 12 BG059 Rio UBERABA a montante do Reservatório de Porto Colômbia
BACIA DO RIO PARANAÍBAUPGRH PN1 - Rio Paranaíba
M 12 PB003 Rio PARANAÍBA a jusante da cidade de Patos de Minas13 PB007 Rio PARANAÍBA entre os Reservatórios de Emborcação e Itumbiara12 PB009 Rio JORDÃO a jusante da cidade de Araguari
UPGRH PN2 - Rio Araguari13 PB011 Rio QUEBRA ANZOL a montante do Reservatório de Nova Ponte
M 12 PB013 Rio CAPIVARA a jusante da cidade de Araxá12 PB017 Rio ARAGUARI a montante do Reservatório de Nova Ponte
M 12 PB019 Rio ARAGUARI a jusante do Reservatório de MirandaM 11 PB023 Rio UBERABINHA a jusante da cidade de Uberlândia
UPGRH PN3 - Rio Paranaíba e afluentes M 13 PB025 Rio PARANAÍBA a jusante do Reservatório de Itumbiara
12 PB027 Rio TIJUCO a montante do Reservatório de São Simão M 13 PB029 Rio da PRATA a montante do Reservatório de São Simão
12 PB033 Rio SÃO DOMINGOS próximo de sua foz no Rio ParanaíbaBACIA DO RIO DOCE
UPGRH DO6 - Rio ManhuaçuM 13 RD064 Rio MANHUAÇU em Santana do Manhuaçu
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCOUPGRH SF07 - Rio Paracatu
10 PT007 Rio PRETO a jusante da cidade de UnaíUPGRH SF10 - Rio Verde Grande
11 VG011 Rio VERDE GRANDE próximo de sua foz no Rio São Francisco
Legenda:
M = Média Ocorrência de Toxicidade = Resultados Positivos em 25,1 a 50% dos ensaios realizados
AA
A
A
A
A
A = Alta Ocorrência de Toxicidade = Resultados Positivos em 50,1 a 100% dos esnsaios realizados
B
B
B = Baixa Ocorrência de Toxicidade = Resultados Positivos em até 25% dos ensaios realizados
84
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Uma avaliação geral dos bioensaios realizados no período de 2003 a 2006 mostra que mais da metade das amostras analisadas apresentaram resultados positivos (Figura 8.44), proporção esta que se mantém para as bacias dos rios Grande e Paranaíba, mas se mostra menos expressiva para as bacias dos rios Doce e São Francisco, em sua porção norte (Figura 8.45).
Quadro Geral - Minas Gerais
51%
49%
Não Tóxicos Ecotoxicidade Crônica
Figura 8.44: Porcentagens de amostras não tóxicas e com ecotoxicidade crônica observadas entre 2003 e 2006, considerando as quatro bacias monitoradas.
Bacia do Rio Grande
48%
52%
Não Tóxicos Ecotoxicidade Crônica
Bacia do Rio Paranaíba
45%
55%
Não Tóxicos Ecotoxicidade Crônica
Bacia do Rio Doce
69%
31%
Não Tóxicos Ecotoxicidade Crônica
Bacia do Rio São Francisco (Porção Norte)
67%
33%
Não Tóxicos Ecotoxicidade Crônica
Figura 8.45: Porcentagens de amostras não tóxicas e com ecotoxicidade crônica observadas ao longo do monitoramento realizado entre 2003 e 2006 nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, Doce e
São Francisco.
85
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Os bioensaios positivos resultaram em Média a Alta ocorrência de ecotoxicidade na maior parte da rede de monitoramento ecotoxicológico. Vinte e nove das 32 estações de amostragem mostraram-se potencialmente tóxicas para a biota, ou seja, tiveram resultados positivos em mais de 25% dos ensaios realizados entre 2003 e 2006 (Tabela 8.1). Dois corpos de água da bacia do rio Grande, rios Capivari próximo de sua foz no rio Grande (BG009) e Baependi próximo de sua foz no rio Verde (BG029) e o rio Tijuco a montante do reservatório de São Simão (PB027) na bacia do rio Paranaíba, destacaram-se pelas condições críticas de ecotoxicidade e, conseqüentemente, continuamente restritivas para a biota, ao apresentarem resultados positivos em dez dos doze ensaios realizados. Comparando-se as duas bacias que concentram o maior número de estações monitoradas, verifica-se uma pequena parcela dos pontos com Baixa ocorrência de ecotoxicidade, representada, em ambas, por uma estação de amostragem. Na bacia do rio Grande, as 16 estações restantes dividem-se igualmente entre as categorias Média e Alta ocorrência de ecotoxicidade, enquanto na bacia do rio Paranaíba, a proporção de estações com Média ocorrência de ecotoxicidade é ligeiramente maior (Figura 8.46).
Ocorrência de EcotoxicidadeBacia do rio Grande
6%47%
47%
Baixa Média Alta
Ocorrência de EcotoxicidadeBacia do rio Paranaíba
8%50%
42%
Baixa Média Alta
Figura 8.46: Porcentagem de estações com Baixa, Média e Alta ocorrência de ecotoxicidade nas bacias dos rios Grande e Paranaíba nos anos de 2003 a 2006.
Deve-se destacar que, conforme pôde ser verificado na Tabela 8.1, mostrada anteriormente, todas as estações localizadas na sub-bacia do rio Grande apresentaram alta ocorrência de ecotoxicidade, apontando um quadro de degradação ambiental avançada na UPGRH GD4. Na bacia do rio Paranaíba, as estações que apresentaram alta ocorrência de resultados positivos nos ensaios com o microscrutáceo Ceriodaphnia dubia encontram-se distribuídos nas sub-bacias monitoradas. As piores condições de ecotoxicidade na bacia do rio Grande foram registradas nos anos de 2004 e 2006, quando 60% e 68% dos ensaios realizados apresentaram resultados positivos, respectivamente (Figura 8.47).
86
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Ocorrência de Ecotoxicidade na Bacia do rio Grande
Avaliação temporal
0
10
20
3040
50
60
7080
2003 2004 2005 2006% d
e en
saio
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s po
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os
Figura 8.47: Percentuais de estações com resultados positivos de ecotoxicidade na bacia do rio
Grande entre 2003 e 2006. Os percentuais de ensaios com resultados positivos na bacia do rio Paranaíba podem ser observados na Figura 8.48. As piores condições foram observadas nos anos mais recentes, 2005 (65%) e 2006 (69%), sugerindo um aumento dos impactos ambientais nessa bacia desde o início do monitoramento ecotoxicológico.
Ocorrência de Ecotoxicidade na Bacia do rio Paranaíba Avaliação temporal
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2003 2004 2005 2006
% d
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saio
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m re
sulta
dos
posi
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Figura 8.48: Percentuais de estações com resultados positivos de ecotoxicidade na bacia do rio
Paranaíba entre 2003 e 2006. A bacia do rio Doce, representada no monitoramento ecotoxicológico do projeto Águas de Minas pelo rio Manhuaçu, apresentou Média ocorrência de ecotoxicidade, com resultados positivos observados em 31% dos ensaios. Uma tendência a condições ambientais mais restritivas para a biota também foi registrada em 2006 para essa bacia, já que, nesse ano, três das quatro amostras coletadas apresentaram ecotoxicidade crônica (Tabela 8.1).
87
88
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
As duas estações que representam a porção norte da bacia do rio São Francisco apresentaram condições de ecotoxicidade opostas: enquanto a estação localizada no rio Preto apresentou Alta ocorrência de resultados positivos (60% dos ensaios realizados), aquela localizada no rio Verde Grande mostrou ecotoxicidade crônica apenas na segunda campanha de 2006 (Tabela 8.1). Em suma, os principais resultados evidenciados pelas análises de ecotoxicidade foram:
• Os testes apontaram águas com efeitos ecotoxicológicos na maioria das estações analisadas;
• Nenhuma estação apresentou-se atóxica; • O ano de 2006 foi o que apresentou maior ocorrência de resultados positivos em
todas as bacias, indicando um aumento da degradação ambiental. • As melhores condições ecotoxicológicas foram observadas no rio Verde Grande
próximo à sua foz no rio São Francisco (VG011) e no rio São Domingos próximo à sua foz no rio Paranaíba (PB033).
• Os resultados indicaram uma situação preocupante em relação à ecotoxicidade das águas na sub-bacia do rio Verde, UPGRH GD4, especialmente nos rios Capivari próximo de sua foz no rio Grande (BG009) e Baependi próximo de sua foz no rio Verde (BG029), que se mostraram constantemente restritivos para o desenvolvimento da vida aquática.
• Na bacia do rio Paranaíba, condições criticamente semelhantes foram encontradas no rio Tijuco (PB027), um importante afluente do reservatório de São Simão.
8.5. Concentração de Clorofila a Com o objetivo de adequar o monitoramento das águas de Minas Gerais à Resolução CONAMA 357, publicada em 17 de março de 2005, o parâmetro concentração de Clorofila a foi incluído nas amostragens trimestrais do Projeto Águas de Minas, a partir da quarta campanha de 2006. A inclusão desse parâmetro na resolução e no monitoramento da qualidade das águas se deu pela sua importância ecológica e ambiental, já que se trata de um pigmento fotossintético e propicia uma estimativa da densidade de algas e, indiretamente, do grau de eutrofização do corpo de água. Nessa primeira coleta, a concentração de clorofila a foi analisada em 237 estações distribuídas nas principais bacias hidrográficas do Estado. A única bacia contemplada pelo projeto Água de Minas cujos dados não são apresentados é a bacia do rio Mucuri, devido a problemas técnicos laboratoriais. Os resultados obtidos são apresentados e discutidos a seguir. Em uma análise geral, considerando todo o Estado, verifica-se que somente 2% das estações ultrapassaram os limites estabelecidos na legislação adotada. Essa porcentagem refere-se a quatro estações localizadas em corpos de água de Classe 2, cujo limite estabelecido na legislação é de 30µg.L-1. Por outro lado, nenhuma das estações localizadas em corpos de água enquadrados nas Classes 1 ou 3 apresentou concentração de clorofila a acima dos limites de 10 e 60µg.L-1, respectivamente.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO
A bacia do rio São Francisco, maior e mais importante do Estado, foi avaliada separadamente através das sub-bacias dos rios das Velhas, Pará e Paraopeba, e das regiões denominadas São Francisco - Norte (sub-bacias dos rios Paracatu, Urucuia e Verde-Grande e o rio São Francisco após a represa de Três Marias) e São Francisco - Sul (rio São Francisco e afluentes até a represa de Três Marias). Na sub-bacia do rio das Velhas, os teores de clorofila a foram avaliados em 25 estações de amostragem. Conforme pode ser verificado na Figura 8.49, os resultados obtidos mostram que em nenhuma delas, a concentração de clorofila a ultrapassou os limites estabelecidos na legislação, independente da classe de uso. Apesar disso, a estação localizada no rio das Velhas a montante do ribeirão Sabará (BV067) merece maior atenção na continuidade do monitoramento, já que se destacou das demais em relação a este parâmetro.
Clorofila a - Sub-Bacia do rio das Velhas
0
10
20
30
40
50
60
70
BV
133
BV
135
BV
136
BV
147
BV
013
BV
035
BV
037
BV
062
BV
063
BV
067
BV
130
BV
139
BV
140
BV
144
BV
146
BV
148
BV
149
BV
160
BV
076
BV
083
BV
105
BV
137
BV
153
BV
154
BV
155Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 1
Classe 2
Classe 3
Figura 8.49: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do
rio das Velhas em 2006. Analogamente, nenhuma das 15 estações avaliadas na sub-bacia do rio Pará apresentou valores acima dos limites legais para a concentração de clorofila a. No entanto, teor muito próximo ao limite (8,1µg.L-1) foi registrado na estação situada no rio Pará a montante da foz do rio Itapecerica, próximo da UHE de Gafanhoto (PA005), localizada em um trecho de Classe 1, indicando elevada densidade de algas (Figura 8.50).
89
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Clorofila a - Sub-Bacia do rio Pará
0
1020
3040
5060
70
PA
001
PA
003
PA
004
PA
005
PA
015
PA
017
PA
002
PA
011
PA
013
PA
019
PA
021
PA
022
PA
007
PA
009
PA
010
Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 1
Classe 2
Classe 3
Figura 8.50: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do
rio Pará em 2006. Na sub-bacia do rio Paraopeba, somente em uma das 22 estações avaliadas registrou-se violação dos limites estabelecidos na legislação vigente para o parâmetro clorofila a (Figura 8.51). Tal fato ocorreu no ribeirão Sarzedo próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP086), onde o teor de clorofila a alcançou 54,9µg.L-1, o que representa 80% acima do permitido pela Resolução 357/05 para águas de Classe 2.
Clorofila a - Sub-Bacia do rio Paraopeba
0
10
20
30
40
50
60
70
BP
026
BP
079
BP
088
BP
092
BP
094
BP
027
BP
029
BP
036
BP
068
BP
070
BP
072
BP
076
BP
078
BP
080
BP
082
BP
083
BP
084
BP
086
BP
090
BP
096
BP
098
BP
071C
once
ntra
ção
de C
loro
fila
a (u
g/L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 1
Classe 3
Classe 2
Figura 8.51: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do
rio Paraopeba em 2006. A sub-bacia do rio Paracatu apresentou apenas uma estação com concentração de clorofila a acima do limite legal, a qual está localizada no rio da Prata a jusante da cidade de João Pinheiro (PT001). Porém, os valores observados ultrapassaram o limite permitido para água de Classe 2 em apenas 2% (Figura 8.52).
90
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Clorofila a - Sub-Bacia do rio Paracatu
010203040506070
PT
001
PT
003
PT
005
PT
007
PT
009
PT
010
PT
011
PT
013
Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Figura 8.52: Concentrações de clorofila a observadas nas estações de amostragem da sub-bacia do
rio Paracatu em 2006. Conforme pode ser visualizado na Figura 8.53 as concentrações de clorofila a mantiveram-se abaixo dos limites legais nas sub-bacias dos rios Urucuia e Verde Grande e no Rio São Francisco, mostrando-se especialmente reduzidas nas três estações localizadas na bacia do Urucuia (entre 0 e 0,76µg.L-1) e no rio São Francisco, onde o máximo de 5,70µg.L-1 foi observado na estação situada no rio São Francisco a jusante a cidade de São Francisco (SF027). Teores um pouco mais elevados de clorofila a foram registrados na sub-bacia do rio Verde Grande (1,53 a 13,62µg.L-1).
91
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Clorofila a - Sub-Bacia do rio São Urucuia
0
10
20
30
40
50
60
70
UR
001
UR
007
UR
009C
once
ntra
ção
de C
loro
fila
a (u
g/L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 1
Classe 2
Clorofila a - Sub-Bacia do rio Verde Grande
0
10
20
30
40
50
60
70
VG 0
01
VG 0
04
VG 0
05
VG 0
07
VG 0
09
VG 0
11Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Classe 1
Clorofila a - Bacia do rio São Francisco
0
10
20
30
40
50
60
70
SF
019
SF
021
SF
023
SF
025
SF
026
SF
027
SF
028
SF
029
SF
031
SF
033
SF
040Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Figura 8.53: Concentrações de clorofila a observadas nas sub-bacias dos rios Urucuia e Verde
Grande e no rio São Francisco – Norte em 2006.
92
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Na bacia do rio São Francisco – Sul a maior concentração de clorofila a foi observada na estação situada no rio Preto a jusante da localidade de Ilha de Baixo (SF004), onde foram registrados 13,9µg.L-1 desse pigmento fotossintético. As demais estações apresentaram valores entre 0 e 4,4µg.L-1 (Figura 8.54).
Clorofila a - Bacia do rio São Francisco - Parte Sul
0
10
20
30
40
50
60
70
SF0
01
SF0
02
SF0
03
SF0
04
SF0
05
SF0
06
SF0
07
SF0
08
SF0
09
SF0
11
SF0
13
SF0
15
SF0
17Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Classe 1
Figura 8.54: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio São Francisco – Sul em 2006.
BACIA DO RIO GRANDE
A bacia do rio Grande concentrou o segundo maior número de estações avaliadas (41). Apesar disso, nenhuma violação dos limites foi registrada (Figura 8.55). Na estação localizada no ribeirão da Bocaina a jusante da cidade de Passos (BG053), foram observados 29,5µg.L-1 de clorofila a, concentração muito próxima ao limite estabelecido para águas de Classe 2. Nesta bacia, também merece destaque a estação situada no ribeirão das Antas a jusante da cidade de Poços de Caldas (BG063), que apresentou 19,7µg.L-1 de clorofila a. As estações localizadas no rio das Mortes a jusante da cidade de Barroso (BG013), no rio do Peixe a jusante da foz do Ribeirão Vermelho (BG034), no rio Sapucaí-Mirim próximo de sua foz no Rio Sapucaí (BG045), no rio Sapucaí a montante do Reservatório de Furnas (BG049) e no rio São João a montante do Reservatório de Peixoto (BG055) apresentaram concentrações desse pigmento abaixo de 1,0µg.L-1, indicando densidades muito reduzidas de algas.
93
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Clorofila a - Bacia do rio Grande
0
1020
3040
5060
70
BG
025
BG
001
BG
003
BG
005
BG
007
BG
009
BG
010
BG
011
BG
012
BG
013
BG
014
BG
015
BG
017
BG
019
BG
021
BG
023
BG
027
BG
028
BG
029
BG
030
BG
031
BG
032Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 1
Classe 2
Clorofila a - Bacia do rio Grande
0
1020
30
40
5060
70
BG
034
BG
035
BG
036
BG
037
BG
039
BG
041
BG
043
BG
044
BG
045
BG
047
BG
049
BG
051
BG
053
BG
055
BG
057
BG
058
BG
061
BG
063
BG
033Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Classe 3
Figura 8.55: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Grande em 2006.
BACIA DO RIO DOCE
Na bacia do rio Doce, a concentração de clorofila a foi avaliada em 32 estações, das quais duas não atenderam o limite estabelecido na Resolução 357/05. As violações ocorreram nas estações localizadas no rio do Carmo no distrito de Monsenhor Horta (RD009) e no rio Doce a montante da foz do rio Casca (RD019), nas quais os teores desse pigmento fotossintético ultrapassaram, respectivamente, em 21% e 23% os limites legais definidos para águas de Classe 2. Duas outras estações, situadas no rio Matipó a jusante de Raul Soares (RD021) e no rio Suaçuí Grande em Matias Lobato (RD049), chamaram a atenção por apresentarem concentrações relativamente elevadas de clorofila a (>20µg.L-1). No entanto, tais valores estão ainda na faixa legalmente aceita (Figura 8.56).
94
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Clorofila a - Bacia do rio Doce
0
10
20
3040
50
60
70
RD
001
RD
004
RD
007
RD
009
RD
013
RD
018
RD
019
RD
021
RD
025
RD
026
RD
027
RD
029
RD
030
RD
032
RD
023Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Clorofila a - Bacia do rio Doce
0
10
20
3040
50
60
70
RD
031
RD
034
RD
035
RD
033
RD
039
RD
040
RD
044
RD
049
RD
045
RD
053
RD
057
RD
058
RD
059
RD
065
RD
067
RD
056
RD
064Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Figura 8.56: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Doce em 2006.
95
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARANAÍBA
Os teores de clorofila a obtidos nas 18 estações avaliadas na bacia do rio Paranaíba podem ser visualizados na Figura 8.57. Nenhuma violação foi registrada, sendo o valor máximo observado de 6,2µg.L-1, no rio Araguari a montante do reservatório de Itumbiara (PB021).
Clorofila a - Bacia do rio Paranaiba
0
10
20
30
40
50
60
70
PB
001
PB
003
PB
005
PB
007
PB
009
PB
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PB
013
PB
015
PB
017
PB
019
PB
021
PB
022
PB
023
PB
025
PB
027
PB
029
PB
031
PB
033C
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ntra
ção
de C
loro
fila
a (u
g/L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Figura 8.57: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Paranaíba em 2006.
BACIA DO RIO JEQUITINHONHA Conforme apresentado na Figura 8.58, nas onze estações monitoradas na bacia do rio Jequitinhonha, os valores de clorofila a se mantiveram bem abaixo do limite estabelecido na legislação vigente, variando entre 0µg.L-1 no rio Araçuaí a jusante da foz do rio Itamarandiba (JE013) e 7,12µg.L-1 no rio Jequitinhonha a montante da foz do rio Itamarandiba (JE011).
Clorofila a - Bacia do rio Jequitinhonha
0
10
20
30
40
50
60
70
JE 0
01
JE 0
03
JE 0
05
JE 0
07
JE 0
09
JE 0
11
JE 0
13
JE 0
15
JE 0
17
JE 0
19
JE 0
21Con
cent
raçã
o de
Clo
rofil
a a
(ug/
L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Figura 8.58: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Jequitinhonha em 2006.
96
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
BACIA DO RIO PARDO
Na bacia do rio Pardo foram monitoradas três estações (Figura 8.59). Em nenhuma delas a concentração de clorofila a ultrapassou o limite estabelecido para águas de Classe 2. Os valores obtidos variaram entre 2,67 e 8,54µg.L-1 nas estações de amostragem localizadas no rio Pardo na cidade de Cândido Sales (PD005) e a montante da cidade de Montezuma (PD001), respectivamente.
Clorofila a - Bacia do rio Pardo
0
10
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30
40
50
60
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PD
001
PD
003
PD
005C
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ntra
ção
de C
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fila
a (u
g/L)
Concentração observada Limite CONAMA 357/2005
Classe 2
Figura 8.59: Concentrações de clorofila a observadas na bacia do rio Pardo em 2006.
Considerações Finais Com base nos dados apresentados, pode-se concluir que a maioria das estações monitoradas através do Projeto Águas de Minas atendeu aos limites estabelecidos na Resolução CONAMA 357/05, no que se refere às concentrações de clorofila a. Apenas quatro violações foram registradas nessa primeira campanha, sendo duas na bacia do rio Doce nas estações localizadas no rio do Carmo no distrito de Monsenhor Horta (RD009) e no rio Doce a montante da foz do rio Casca (RD019); uma na bacia do rio Paraopeba no trecho do ribeirão Sarzedo próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP086)e uma na bacia do rio Paracatu na estação situada no rio da Prata a jusante da cidade de João Pinheiro (PT001). Todas as violações identificadas ocorreram em corpos de água de Classe 2. As piores condições foram observadas no ribeirão Sarzedo (BP086), onde a concentração de clorofila a foi de 54,9µg.L-1, 80% além do limite legal. Tal resultado reflete uma elevada densidade de algas neste corpo de água e sugere um estado avançado de eutrofização. As demais violações foram inferiores a 20%. Apesar de não ter sido caracterizada como violação, merece destaque a elevada concentração de clorofila a identificada no ribeirão da Bocaina a jusante da cidade de Passos (BG053), bacia do rio Grande. Na continuidade do monitoramento, maior atenção deve ser dada às estações nas quais se identificaram as violações ou onde a concentração de clorofila a se destacou das demais
97
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
estações da bacia. Em caso de persistência das tendências apontadas nessa primeira campanha, sugere-se a busca por fontes pontuais de poluição, especialmente, de esgoto orgânico. 8.6. A Situação Atual das Outorgas em Minas Gerais Analisando a totalidade das outorgas concedidas pelo IGAM no Estado de Minas Gerais vigentes em 2006 e utilizando como critério as vazões outorgadas, observa-se que as outorgas de águas superficiais se destinam principalmente à irrigação (62,4%) conforme pode ser observado na Figura 8.60. Os usos destinados à mineração e ao abastecimento representaram 19,9% e 9,3%, respectivamente, das vazões outorgadas. Vale ressaltar que a categoria de usos múltiplos refere-se aos locais para onde um único registro de outorga foi realizado, porém com mais de um uso declarado pelo requerente.
PORCENTAGEM DE ÁGUA SUPERFICIAL UTILIZADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM FUNÇÃO DA VAZÃO
62,4%
9,3%4,5%
0,2%
19,9%
3,7%
ABASTECIMENTO INDUSTRIAL IRRIGAÇÃOUSOS MÚLTIPLOS OUTROS MINERÁRIA
Figura 8.60: Porcentagem de água superficial utilizada no Estado de Minas
Gerais em 2006, em função da vazão outorgada. Em relação às águas subterrâneas no Estado de Minas Gerais, prevaleceram as vazões outorgadas referentes ao uso para abastecimento (30,9%), seguido pela irrigação (19,4%), outros usos (19,3%) e usos múltiplos (16,6%), conforme pode ser observado na Figura 8.61. O uso minerário representou a menor parcela de vazões outorgadas para água subterrânea (1,3%).
98
99
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
PORCENTAGEM DE ÁGUA SUBTERRÂNEA UTILIZADA NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM FUNÇÃO DA VAZÃO
1,3%19,3% 30,9%
16,6%
19,4%13,8%
ABASTECIMENTO INDUSTRIAL IRRIGAÇÃO
USOS MÚLTIPLOS OUTROS MINERÁRIA
Figura 8.61: Porcentagem de água subterrânea utilizada no Estado de Minas Gerais em 2006, em função da vazão outorgada.
Na Figura 8.62 está representada a evolução das outorgas no período de 1987 a 2006.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Ano
Out
orga
s
Figura 8.62: Evolução das outorgas ano a ano.
A situação das outorgas em cada bacia hidrográfica será discutida no item 9.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
100
9. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA BACIA DO RIO MUCURI NO ESTADO DE MINAS GERAIS A bacia do rio Mucuri localiza-se na porção nordeste do Estado de Minas Gerais e extremo sul da Bahia, precisamente entre as coordenadas 16°48'07'' e 18°09'16'' sul e 39°31'09'' e 42°04'31'' oeste. Segundo o Plano de Recursos Hídricos das Bacias do Leste, de 1996, a área de drenagem do rio Mucuri ocupa 14.800 km2 em Minas Gerais e 608,8 km2 na Bahia e é formada pela junção dos rios Mucuri do Sul, no município de Malacacheta, e Mucuri do Norte, município de Ladainha. Os principais afluentes do rio Mucuri em Minas Gerais são os rios Mucuri do Sul, Todos os Santos, Urucu, Pampã, Preto e os ribeirões Marambaia, Americana e Gavião. Os dados gerais da bacia do Rio Mucuri estão descritos na Tabela 9.1.
Tabela 9.1: Dados gerais da bacia do rio Mucuri no Estado de Minas Gerais
Área de Drenagem 14.800 km2 Sede municipal na bacia 13 municípios
Urbana 205.132 habitantes População aproximada (IBGE, 2000) Rural 91.713 habitantes
Outorgas Superficiais Vigentes em 2006 0,614 m3/s
Outorgas Subterrâneas Vigentes em 2006 0,156 m3/s Usos do Solo Segundo relatório do Plano Diretor de Recursos Hídricos das Bacias do Leste – PDRH LESTE, de 1996, a bacia do rio Mucuri apresenta problemas distintos relacionados ao uso e ocupação do solo. No alto curso do rio Mucuri e sub-bacias dos rios Todos os Santos e Marambaia estão presentes garimpos de gemas e diamantes, atividades agrícola, e pecuária. As indústrias alimentícias destacam-se na sub-bacia do rio Todos os Santos e no baixo curso do rio Mucuri onde também é relevante o setor sulcroalcooleiro. O lançamento de efluentes doméstico sem tratamento ainda constitui um desafio e contribui, significativamente, para o comprometimento da qualidade da água. As áreas destinadas à pastagem, localizadas nos planaltos e maciços montanhosos, apresentam solos susceptíveis à erosão. Os impactos sobre o solo contribuem para a disponibilização de sedimentos que são carreados através do escoamento superficial para os corpos de água contribuindo para o assoreamento dos mesmos. Em relação à agricultura praticada nas áreas de tabuleiro e planícies costeiras, há um problema distinto que se refere ao conflito pelo uso da água, uma vez que a agricultura irrigada compete com outros usos, como, por exemplo, o abastecimento humano. Usos da Água A bacia hidrográfica do rio Mucuri é caracterizada pelos usos múltiplos dos recursos hídricos, que são distribuídos em toda a bacia, com destaque para o abastecimento doméstico, dessedentação de animais, irrigação e uso industrial (Mapa 9.1).
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Salinas
Araçuaí
Rubelita
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Rio Mucuri do Sul
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Montesuma
São João do Paraíso
Ninheira
Rio Pardo de Minas
Turmalina
CarbonitaCapelinha
Taiobeiras
Pedra Azul
Itacambira
Grão-Mogol
Felisburgo
Diamantina
Olhos-d'Água
Teófilo Otôni
Coronel Murta
Carlos Chagas
Padre Carvalho
Águas Formosas
Salto da Divisa
Novo Oriente de Minas
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Ribeirão da Areia
Córrego da Furquilha
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Rio Fanado
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39°W40°W41°W42°W43°W
15°S
16°S
17°S
18°S
2006022603 - A4
USO DA ÁGUA NAS BACIAS DOS RIOS PARDO, JEQUITINHONHAE MUCURI SEGUNDO AS OUTORGAS CONCEDIDAS PELO IGAM,
VÁLIDAS EM 2006
MG
-42°
-42°
-48°
-48°
-16°
-16°
-22°
-22°
Localização
Fonte: - Bases Digitais Geominas, 1995 - Banco de dados de Outorgas IGAM, março de 2007
¹
0 42 8421 Km
Sistema de Coordenadas GeodésicasSouth American Datum 1969
"Outros Usos Diversos" corresponde a usos pouco freqüentes relacionados geralmente a desvios ou alterações da calha do curso de água, obras de contenção de encostas entre outros.
"Outros usos agropecuários" corresponde a captações para mover maquinário rural como moinhos, pulverizar culturas e outros usos pouco freqüentes nos requerimentos de outorga.
Os usos correspondem às finalidades de captação, declaradas pelos usuários requisitantes de outorgas.
Legenda
!( Sedes Municipais
Principais Rios
UPGRHs
Origem (Forma)Superficial
Subterrânea#!
Usos (Cor)
Abastecimento�
Consumo Humano�
Aquicultura�
Agroindústria�
Usos da Água
Dessedentação de Animais�
Lavagem de Veículos�
Irrigação�
Indústria�
Mineração�
Paisagismo�
Outros Usos Agropecuários�
Outros Usos Diversos�
Mapa 9.1: Uso da água nas bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri, segundo outorgas concedidas pelo IGAM, válidas em 2006.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
102
Analisando a totalidade das outorgas de água vigentes em 2006 e utilizando como critério as vazões outorgadas pelo IGAM na bacia do rio Mucuri, observa-se que em relação à água superficial prevalecem àquelas destinadas ao abastecimento (94%) (Figura 9.1).
PORCENTAGEM DE ÁGUA SUPERFICIAL UTILIZADA NA BACIA DO RIO MUCURI EM
FUNÇÃO DA VAZÃO
94,3%
1,3% 2,8%1,6%
ABASTECIM ENTO INDUSTRIAL IRRIGAÇÃO
USOS M ÚLTIPLOS AQUICULTURA
Figura 9.1: Porcentagem de água superficial utilizada na bacia do rio Mucuri
em 2006, em função da vazão outorgada.
Em relação às vazões outorgadas de águas subterrâneas na bacia do rio Mucuri (Figura 9.2) prevalecem aquelas cujo objetivo é o de abastecimento (79,5 %), industrial (10,3%) e usos múltiplos (9,0%).
PORCENTAGEM DE ÁGUA SUBTERRÂNEA UTILIZADA NA BACIA DO RIO JMUCURI EM
FUNÇÃO DA VAZÃO
79,5%
10,3%9,0% 1,3%
ABASTECIM ENTO INDUSTRIAL IRRIGAÇÃO
USOS M ÚLTIPLOS LAVAGEM DE VEÍCULOS
Figura 9.2: Porcentagem de água subterrânea utilizada na bacia do rio
Mucuri em 2006, em função da vazão outorgada.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
103
Distribuição das Estações de Amostragem na bacia do rio Mucuri no Estado de Minas Gerais A Tabela 9.2 apresenta a descrição das estações de amostragem monitoradas na bacia do rio Mucuri em ordem numérica crescente. Tabela 9.2: Descrição das estações de amostragem da bacia do rio Mucuri no Estado de Minas Gerais.
Estação Descrição Latitude Longitude Altitude
MU001 Rio MUCURI a montante da foz do ribeirão Marambaia 17 29 40 41 18 44 400
MU003 Ribeirão MARAMBAIA próximo da sua foz no rio Mucuri 17 24 06 41 14 18 400
MU005 Rio MUCURI a jusante da foz do ribeirão Marambaia 17 29 31 41 14 14 300
MU006 Rio TODOS OS SANTOS a montante da cidade de Teófilo Otoni 17 50 28 41 41 18 700
MU007 Rio TODOS OS SANTOS a jusante da localidade de Pedro Versiani 17 52 56 41 18 22 300
MU009 Rio MUCURI a jusante da cidade de Carlos Chagas 17 42 16 40 43 17 200
MU011 Rio PAMPÃ a montante da foz no rio Mucuri 17 42 22 40 36 33 200
MU013 Rio MUCURI a jusante da cidade de Nanuque 17 50 10 40 22 26 150
Qualidade das Águas Superficiais Os Mapas 9.2 a 9.5 apresentam a distribuição espacial das estações de amostragem monitoradas na bacia do rio Mucuri, a Contaminação por Tóxicos – CT e o Índice de Qualidade das Águas - IQA para cada trimestre de 2006. O Mapa 9.6 mostra a Contaminação por Tóxicos – CT em 2006.
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Minas Novas
Cândido Sales
Teófilo Otôni
Novo Cruzeiro
Jequitinhonha
Carlos Chagas
Salto da Divisa
Rio Pardo de Minas
São João do Paraíso
Novo Orientede Minas
Rio Jequitinhonha
Rio Araçuaí
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Rio Mu curi
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Rio Vacaria Rio
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0 60 12030 90 Km
1:2.500.000
BACIAS DOS RIOS PARDO, JEQUITINHONHA E MUCURI - UPG RHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 E MU1
Legenda
Sede Municipal
Limites de bacias
CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS
!( Baixa
!( Média
!( Alta
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sem Estação de Amostragem
Excelente 90 < IQA ≤ 100
Bom 70 < IQA ≤ 90
Médio 50 < IQA ≤ 70
Ruim 25 < IQA ≤ 50
Muito Ruim 00 < IQA ≤ 25
UNIDADES DE PLANEJAMENTO
Alto Jequitinhonha
Médio / Baixo Rio Jequitinhonha
Rio Arçuaí
Rio Mosquito
Rio Mucurí
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OCEANO AT
LÂN
TIC
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS - PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2006
Projeção: Latitude/LongitudeDatum SAD69Fonte: -Base Digital GeoMINAS / Prodemge, 1996Dados de qualidade das águas: 2006 - IGAM - CETECExecução: Projeto Águas de Minas
MG
-42°
-42°
-48°
-48°
-16°
-16°
-22°
-22°
2006010024 - A4 - 1T
LOCALIZAÇÃO
Mapa 9.2: Qualidade das águas superficiais das bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri no primeiro trimestre de 2006 – UPGRHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 e MU1.
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Capelinha
Taiobeiras
Pedra Azul
Diamantina
Minas Novas
Cândido Sales
Teófilo Otôni
Novo Cruzeiro
Jequitinhonha
Carlos Chagas
Salto da Divisa
Rio Pardo de Minas
São João do Paraíso
Novo Orientede Minas
Rio Jequitinhonha
Rio Araçuaí
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Rio Mu curi
Rio Pampã
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Rio Pardinho
Rio Itacambiruçu
Rio Mucuri do Sul
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Ribeirão da Areia
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MU007MU006
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MU003
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Repr. MachadoMineiro
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18°0
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0 60 12030 90 Km
1:2.500.000
BACIAS DOS RIOS PARDO, JEQUITINHONHA E MUCURI - UPG RHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 E MU1
Legenda
Sede Municipal
Limites de bacias
CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS
!( Baixa
!( Média
!( Alta
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sem Estação de Amostragem
Excelente 90 < IQA ≤ 100
Bom 70 < IQA ≤ 90
Médio 50 < IQA ≤ 70
Ruim 25 < IQA ≤ 50
Muito Ruim 00 < IQA ≤ 25
IQA Não Calculado*
UNIDADES DE PLANEJAMENTO
Alto Jequitinhonha
Médio / Baixo Rio Jequitinhonha
Rio Arçuaí
Rio Mosquito
Rio Mucurí
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OCEANO AT
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS - SEGUNDO TRIMESTRE DE 2006
Projeção: Latitude/LongitudeDatum SAD69Fonte: -Base Digital GeoMINAS / Prodemge, 1996Dados de qualidade das águas: 2006 - IGAM - CETECExecução: Projeto Águas de Minas
MG
-42°
-42°
-48°
-48°
-16°
-16°
-22°
-22°
2006010024 - A4 - 2T
LOCALIZAÇÃO
* Para algumas estações o IQA não foi calculadodevido à perda das análises de coliformes termotolerantes.
Mapa 9.3: Qualidade das águas superficiais das bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri no segundo trimestre de 2006 – UPGRHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 e MU1.
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0 60 12030 90 Km
1:2.500.000
BACIAS DOS RIOS PARDO, JEQUITINHONHA E MUCURI - UPG RHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 E MU1
Legenda
Sede Municipal
Limites de bacias
CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS
!( Baixa
!( Média
!( Alta
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sem Estação de Amostragem
Excelente 90 < IQA ≤ 100
Bom 70 < IQA ≤ 90
Médio 50 < IQA ≤ 70
Ruim 25 < IQA ≤ 50
Muito Ruim 00 < IQA ≤ 25
UNIDADES DE PLANEJAMENTO
Alto Jequitinhonha
Médio / Baixo Rio Jequitinhonha
Rio Arçuaí
Rio Mosquito
Rio Mucurí
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OCEANO AT
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QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS - TERCEIRO TRIMESTRE DE 2006
Projeção: Latitude/LongitudeDatum SAD69Fonte: -Base Digital GeoMINAS / Prodemge, 1996Dados de qualidade das águas: 2006 - IGAM - CETECExecução: Projeto Águas de Minas
MG
-42°
-42°
-48°
-48°
-16°
-16°
-22°
-22°
2006010024 - A4 - 3T
LOCALIZAÇÃO
Mapa 9.4: Qualidade das águas superficiais das bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri no terceiro trimestre de 2006 – UPGRHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 e MU1.
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Capelinha
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Pedra Azul
Diamantina
Minas Novas
Cândido Sales
Teófilo Otôni
Novo Cruzeiro
Jequitinhonha
Carlos Chagas
Salto da Divisa
Rio Pardo de Minas
São João do Paraíso
Novo Orientede Minas
Rio Jequitinhonha
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Rio São FranciscoRio M
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Rio Itamara
ndib
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Rio
Itinga
R io Preto
Rio Uru
cuRio M
acaúbas
Rio Pardinho
Rio Itacambiruçu
Rio Mucuri do Sul
Córrego S
antana
Ribeirão da Areia
Rio
Preto
Rio C
apivari
Rio Todos os SantosR
ib. Imbiruçu
Rio
Sã
o M
i gue
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Córr. Brejo do Ambrósio
Rib. do G
avião
Rio P
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Rio Jequitinhonha
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MU007MU006
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PD001
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Repr. MachadoMineiro
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17°0
'0"S
18°0
'0"S
18°0
'0"S
0 60 12030 90 Km
1:2.500.000
BACIAS DOS RIOS PARDO, JEQUITINHONHA E MUCURI - UPG RHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 E MU1
Legenda
Sede Municipal
Limites de bacias
CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS
!( Baixa
!( Méida
!( Alta
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sem Estação de Amostragem
Excelente 90 < IQA ≤ 100
Bom 70 < IQA ≤ 90
Médio 50 < IQA ≤ 70
Ruim 25 < IQA ≤ 50
Muito Ruim 00 < IQA ≤ 25
IQA Não Calculado*
Coleta Não Realizada
UNIDADES DE PLANEJAMENTO
Alto Jequitinhonha
Médio / Baixo Rio Jequitinhonha
Rio Arçuaí
Rio Mosquito
Rio Mucurí
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OCEANO AT
LÂN
TIC
O
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS - QUARTO TRIMESTRE DE 2006
Projeção: Latitude/LongitudeDatum SAD69Fonte: -Base Digital GeoMINAS / Prodemge, 1996Dados de qualidade das águas: 2006 - IGAM - CETECExecução: Projeto Águas de Minas
MG
-42°
-42°
-48°
-48°
-16°
-16°
-22°
-22°
2006010024 - A4 - 4T
LOCALIZAÇÃO
* Para algumas estações o IQA não foi calculadodevido à perda das análises de coliformes termotolerantes.
Mapa 9.5: Qualidade das águas superficiais das bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri no quarto trimestre de 2006 – UPGRHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 e MU1.
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!( !(
!(
!(
!(
!(
Caraí
Medina
Berilo
Nanuque
Itaobim
Salinas
Araçuaí
Rubelita
Almenara
Montezuma
Capelinha
Taiobeiras
Pedra Azul
Diamantina
Minas Novas
Cândido Sales
Teófilo Otôni
Novo Cruzeiro
Jequitinhonha
Carlos Chagas
Salto da Divisa
Rio Pardo de Minas
São João do Paraíso
Novo Orientede Minas
Rio Jequitinhonha
Rio Araçu
aí
Ri o Pardo
Rio Mu curi
Rio Pampã
Rio Vacaria Rio
Sal
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Rio P
iauí
Rio Setub al
Rio G
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Rio São FranciscoRio M
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Rio
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R io Preto
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Rio Pardinho
Rio Itacambiruçu
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Córrego S
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Ribeirão da Areia
Rio
Preto
Rio C
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Rib. Im
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Córr. Brejo do Ambrósio
Rib. do G
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Rio P
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Rio
Ara
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Rio Jequitinhonha
PD005
PD003
MU013
MU011
MU007MU006
MU005
MU003
MU001
JE025JE023
JE021
JE019
JE017
JE013
JE011
JE009
JE007
JE005
JE003
JE001
PD001
MU009
JE015
Repr. MachadoMineiro
JQ3JQ1
JQ2
MU1
PA1
40°0'0"W
40°0'0"W
41°0'0"W
41°0'0"W
42°0'0"W
42°0'0"W
43°0'0"W
43°0'0"W
44°0'0"W
44°0'0"W
45°0'0"W
45°0'0"W15
°0'0
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15°0
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16°0
'0"S
16°0
'0"S
17°0
'0"S
17°0
'0"S
18°0
'0"S
18°0
'0"S
0 60 12030 90 Km
1:2.500.000
BACIAS DOS RIOS PARDO, JEQUITINHONHA E MUCURI - UPG RHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 E MU1
Legenda
Sede Municipal
Limites de bacias
CONTAMINAÇÃO POR TÓXICOS
!( Baixa
!( Média
!( Alta
ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sem Estação de Amostragem
Excelente 90 < IQA ≤ 100
Bom 70 < IQA ≤ 90
Médio 50 < IQA ≤ 70
Ruim 25 < IQA ≤ 50
Muito Ruim 00 < IQA ≤ 25
IQA Não Calculado*
UNIDADES DE PLANEJAMENTO
Alto Jequitinhonha
Médio / Baixo Rio Jequitinhonha
Rio Arçuaí
Rio Mosquito
Rio Mucurí
º
OCEANO AT
LÂN
TI C
O
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS EM 2006
Projeção: Latitude/LongitudeDatum SAD69Fonte: -Base Digital GeoMINAS / Prodemge, 1996Dados de qualidade das águas: 2006 - IGAM - CETECExecução: Projeto Águas de Minas
MG
-42°
-42°
-48°
-48°
-16°
-16°
-22°
-22°
2006010024 - A4 - media
LOCALIZAÇÃO
* Para algumas estações o IQA não foi calculadodevido à perda das análises de coliformes termotolerantes.
Mapa 9.6: Qualidade das águas superficiais das bacias dos rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri em 2006 – UPGRHs PA1, JQ1, JQ2, JQ3 e MU1.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
109
Enquadramento das Águas Superficiais As águas da bacia do rio Mucuri ainda não foram enquadradas, sendo, portanto, consideradas Classe 2, exceto se as condições de qualidade atuais foram melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente, segundo a Resolução CONAMA 375/2005 no seu art 42.
10. CONSIDERAÇÕES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DE 2006 10.1 Rio Mucuri e seus afluentes O Índice de Qualidade da Água – IQA na bacia hidrográfica do rio Mucuri, nos últimos dois anos, tem apresentado uma melhora significativa (Figura 10.1). Observando a figura abaixo se nota que até 2004 o IQA anual predominante era o Médio. A partir de 2005 houve uma melhora progressiva no IQA que passou a apresentar resultado Bom. Os parâmetros que compõem o IQA e que mais influenciaram nessa condição foram coliformes termotolerantes e turbidez.
Bacia do Rio Mucuri - Média Anual do IQA
68,0962,23 59,89 61,22
66,12 65,63 64,88 66,59 71,0270,59
0
20
40
60
80
100
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Ano
IQA
Méd
io
Figura 10.1: Evolução Temporal da média anual do IQA na Bacia do rio Mucuri.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
110
10.1.1 Rio Mucuri UPGRH MU1 Estações de Amostragem: MU001, MU005, MU009 e MU013 Nas estações localizadas no curso principal do rio Mucuri o IQA, calculado por trimestre, variou de Bom a Médio. O IQA Bom foi observado nas estações localizadas a montante da foz do ribeirão Marambaia (MU001), a jusante da foz do ribeirão Marambaia (MU005) e a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009). Houve ocorrência de IQA Médio, na primeira campanha no trecho do rio Mucuri localizado a jusante da foz do ribeirão Marambaia (MU005), e na terceira campanha no trecho do rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009). Na estação monitorada a jusante da cidade de Nanuque (MU013) o IQA foi predominantemente Médio. Os parâmetros que mais influenciaram nos IQAs apresentados no rio Mucuri foram: coliformes termotolerantes e turbidez. Não foi possível calcular o IQA na quarta campanha em nenhuma das estações devido à perda de amostras. Dentre os indicadores sanitários analisados, os valores de coliformes termotolerantes superaram o limite legal da Resolução CONAMA 357/05 em quase todas as estações monitoradas, sendo que apenas o trecho localizado na nascente do rio, estação a montante da foz do ribeirão Marambaia (MU001), apresentou valores inferiores aos determinados nessa resolução (Figura 10.2). A violação desse parâmetro ocorreu em pelo menos uma campanha do ano 2006, nas estações do rio Mucuri situadas à jusante da foz do ribeirão Marambaia (MU005), a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009) e a jusante da cidade de Nanuque (MU013). É importante salientar, que não houve informações sobre coliformes termotoletantes na quarta campanha de 2006 devido à perda de amostras em todas as estações. Na estação monitorada a jusante da cidade de Nanuque (MU013) ocorreu violação desse parâmetro em três campanhas; uma na estação chuvosa e duas na estação seca. A presença de coliformes termotolerantes está associada ao lançamento de esgoto doméstico sem tratamento prévio, principalmente, das cidades de Teófilo Otoni, Carlos Chagas e Nanuque.
Evolução Espacial Do Coliformes ao longo do rio Mucuri em 2006
1,0E+00
1,0E+01
1,0E+02
1,0E+03
1,0E+04
1,0E+05
MU001 MU005 MU009 MU013
Col
iform
es T
erm
ot. (
NM
P/10
0ml)
1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha 4ª campanha Limite CONAMA 357/05
Figura 10.2: Ocorrência de coliformes termotolerantes ao longo do rio Mucuri, no ano de 2006.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
111
As ocorrências de fósforo total em concentrações acima do limite legal podem estar associadas aos despejos domésticos e industriais, aos excrementos de animais e ao uso de fertilizantes. O teor de fósforo total (Figura 10.3) apresentou valor acima do limite legal, na segunda campanha de 2006, apenas na estação a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009). Isso indica a interferência desse centro urbano na alteração do fósforo total devido ao lançamento de esgoto no rio Mucuri.
MU009- Fósforo Total (mg/L P)
0,000,050,100,150,200,250,300,350,400,45
jul/9
7de
z/97
jun/
98de
z/98
jun/
99de
z/99
jun/
00de
z/00
jun/
01de
z/01
jun/
02de
z/02
jun/
03de
z/03
jun/
04de
z/04
jun/
05de
z/05
jun/
06no
v/06
Fósforo Total Limite DN 10/86 CONAMA 357/05 Figura 10.3: Ocorrência de fósforo total no rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas
(MU009), no período de 1997 a 2006.
Os valores dos parâmetros cor verdadeira (Figura 10.4), ferro dissolvido (Figura 10.5) e manganês total (Figura 10.6) evidenciam o manejo inadequado dos solos. As alterações no parâmetro cor ocorreram em todas as estações monitoradas, principalmente, na quarta campanha de 2006, época de maior índice de precipitação, onde as chuvas começaram no início do mês de outubro. As concentrações elevadas de manganês foram observadas nas estações de monitoramento localizadas a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009) e a jusante da cidade de Nanuque (MU013) também na quarta campanha de 2006. Ocorrência do parâmetro ferro dissolvido foi verificada na estação monitorada a jusante da cidade de Nanuque (MU013) apenas na segunda campanha de 2006.
Evolução Espacial de Cor Verdadeira ao longo do rio Mucuri em 2006
0
50
100
150
200
250
MU001 MU005 MU009 MU013
Cor
Ver
dade
ira (U
Pt)
1ª campanha 2ª campanha 3ª campanha 4ª campanha Limite CONAMA 357/05
Figura 10.4: Ocorrência de cor ao longo do rio Mucuri, no ano de 2006.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
112
MU013 - Ferro Dissolvido (mg/L Fe)
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
jul/9
7de
z/97
jun/
98de
z/98
jun/
99de
z/99
jun/
00de
z/00
jun/
01de
z/01
jun/
02de
z/02
jun/
03de
z/03
jun/
04de
z/04
jun/
05de
z/05
jun/
06no
v/06
Ferro Dissolvido Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86 Figura 10.5: Ocorrência de ferro dissolvido no rio Mucuri a jusante da cidade de Nanuque (MU013),
no período de 1997 a 2006.
MU009 - Manganês Total (mg/L Mn)
0,000,050,100,150,200,250,300,350,400,45
jul/9
7de
z/97
jun/
98de
z/98
jun/
99de
z/99
jun/
00de
z/00
jun/
01de
z/01
jun/
02de
z/02
jun/
03de
z/03
jun/
04de
z/04
jun/
05de
z/05
jun/
06no
v/06
Manganês Total Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86
MU013 - Manganês Total (mg/L Mn)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35ju
l/97
dez/
97ju
n/98
dez/
98ju
n/99
dez/
99ju
n/00
dez/
00ju
n/01
dez/
01ju
n/02
dez/
02ju
n/03
dez/
03ju
n/04
dez/
04ju
n/05
dez/
05ju
n/06
nov/
06
Manganês Total Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86 Figura 10.6: Ocorrência de manganês total no rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas
(MU009) e a jusante da cidade de Nanuque (MU013), no período de 1997 a 2006.
Observa-se ainda, que o parâmetro óleos e graxas apresentou valores próximos a 1 mg/L na primeira campanha e acima desse valor na terceira campanha de monitoramento em todas estações de amostragem localizadas no rio Mucuri, reforçando a interferência negativa dos esgotos domésticos na qualidade de água (Figura 10.7).
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
113
Evolução Espacial de Óleos e Graxas ao longo do rio Mucuri em 2006
0
2
4
6
MU001 MU005 MU009 MU013
Óle
os e
Gra
xas.
(mg/
L)
1ª campanha 3ª campanha
Figura 10.7: Ocorrência de óleos e graxas ao longo do rio Mucuri, no ano de 2006. A Contaminação por Tóxicos no rio Mucuri foi caracterizada como Baixa em 2006, em virtude da inobservância de metais pesados ou outras substâncias tóxicas nas amostras de água coletadas nesse mesmo ano. 10.1.2 Ribeirão Marambaia UPGRH MU1 Estação de Amostragem: MU003 O ribeirão Marambaia, próximo a sua foz no rio Mucuri (MU003), apresentou Índice de Qualidade das Águas – IQA Bom na primeira, segunda e terceira campanha de 2006. Não foi possível calcular o IQA na quarta campanha, devido à perda de amostras. Representando uma melhora se comparado ao ano anterior no qual o IQA foi Médio. As variáveis que mais influenciaram nos resultados de IQA foram os coliformes termotolerantes e pH. A avaliação dos parâmetros físico-químicos na estação de monitoramento localizada no ribeirão Marambaia próximo de sua foz no rio Mucuri aponta para a violação dos valores estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05 dos seguintes parâmetros: cor e fenóis totais. A alteração do parâmetro cor ocorreu nos períodos chuvosos, podendo estar associada à poluição difusa que é transportada pelo escoamento superficial (Figura 10.8).
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
114
MU003- Cor Verdadeira (UPt)
0
50
100
150
200
250
jul/9
7de
z/97
jun/
98de
z/98
jun/
99de
z/99
jun/
00de
z/00
jun/
01de
z/01
jun/
02de
z/02
jun/
03de
z/03
jun/
04de
z/04
jun/
05de
z/05
jun/
06no
v/06
Cor Verdaidera Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86 Figura 10.8: Ocorrência de cor no ribeirão Marambaia próximo a sua foz no rio Mucuri (MU003), no
período de 1997 a 2006. A contaminação por Tóxicos no ribeirão Marambaia foi Média, em função da concentração dos fenóis totais, detectada acima do padrão de qualidade na quarta campanha de 2006 (Figura 10.9). Os despejos domésticos são fatores que contribuem para a presença de fenóis totais na água interferindo na sua qualidade.
MU003- Fenóis Totais (mg/L)
0,000
0,001
0,002
0,003
0,004
0,005
0,006
jul/9
7fe
v/98
set/9
8ab
r/99
nov/
99
jun/
00ja
n/01
ago/
01
mar
/02
out/0
2m
ai/0
3
dez/
03ju
l/04
fev/
05
set/0
5ab
r/06
dez/
06
Fenóis totais Limite DN 10/86 CONAMA 357/05
Figura 10.9: Ocorrência de fenóis totais no ribeirão Marambaia próximo a sua foz no rio Mucuri (MU003), no período de 1997 a 2006.
10.1.3 Rio Todos os Santos UPGRH MU1 Estações de Amostragem: MU006 e MU007 O Índice de Qualidade das Águas – IQA apresentou-se no nível Bom no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006) e Médio a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007). Na estação de monitoramento localizada a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) os parâmetros que mais influenciaram o IQA foram: coliformes termotolerantes, DBO, fósforo total e turbidez. O trecho do rio Todos os Santos a jusante de Pedro Versiani (MU007) apresentou os resultados de coliformes termotolerantes em desconformidade com o padrão de qualidade na primeira e segunda campanha de 2006 (Figura 10.10). A principal causa é o lançamento
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
115
dos esgotos sanitários dos municípios de Teófilo Otoni e Pedro Versiani. Ressalta-se que no ano de 2006, não houve dados de coliformes termotolerantes na quarta campanha devido à perda de amostras.
MU007- Coliformes Termot. (NMP/ 100mL)
1,E+001,E+011,E+021,E+031,E+041,E+051,E+061,E+07
jul/9
7fe
v/98
set/9
8ab
r/99
nov/
99ju
n/00
jan/
01ag
o/01
mar
/02
out/0
2m
ai/0
3de
z/03
jul/0
4fe
v/05
set/0
5ab
r/06
dez/
06
Colif . Termot. Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86
Figura 10.10: Ocorrência de coliformes termotolerantes no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.
Os valores de fósforo total, apresentados na Figura 10.11, superaram os limites estabelecidos na legislação em todas as campanhas no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) em 2006. Esta condição reflete a influência do lançamento de esgotos sanitários do município de Teófilo Otoni na degradação das águas do rio Todos os Santos.
MU007- Fósforo Total (mg/L P)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
jul/9
7
fev/
98
set/9
8
abr/9
9
nov/
99
jun/
00
jan/
01
ago/
01
mar
/02
out/0
2
mai
/03
dez/
03
jul/0
4
fev/
05
set/0
5
abr/0
6
dez/
06
Fósforo Total Limite DN 10/86 CONAMA 357/05 Figura 10.11: Ocorrência de fósforo total no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro
Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.
O parâmetro óleos e graxas apresentou valor elevado na terceira campanha de ano 2006, em todo o rio Todos os Santos, reforçando a interferência do esgoto da cidade de Teófilo Otoni (Figura 10.12).
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
116
MU006-Óleos e Graxas (mg/L)
0
1
2
3
4
jan/
00
jun/
00
dez/
00
jun/
01
dez/
01
jun/
02
dez/
02
jun/
03
dez/
03
jun/
04
dez/
04
jun/
05
dez/
05
jun/
06
dez/
06
Óleos e Graxas
MU007-Óleos e Graxas (mg/L)
0
1
2
3
4
5
jul/9
7
fev/
98
set/9
8
abr/9
9
nov/
99
jun/
00
jan/
01
ago/
01
mar
/02
out/0
2
mai
/03
dez/
03
jul/0
4
fev/
05
set/0
5
abr/0
6
dez/
06
Óleos e Graxas Figura 10.12: Ocorrência de óleos e graxas no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006) e a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de monitoramento.
Desconformidades nos parâmetros ferro dissolvido e manganês total (Figura 10.13) foram identificadas no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006) em pelo menos uma campanha de 2006. Essas alterações evidenciam a influência do mau uso do solo.
MU006 - Ferro Dissolvido (mg/L Fe)
0,00
0,15
0,30
0,45
0,60
0,75
0,90
jan/
00
jun/
00
dez/
00
jun/
01
dez/
01
jun/
02
dez/
02
jun/
03
dez/
03
jun/
04
dez/
04
jun/
05
dez/
05
jun/
06
dez/
06Ferro Dissolvido Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86
MU006 - Manganês Total (mg/L Mn)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
jan/
00
jun/
00
dez/
00
jun/
01
dez/
01
jun/
02
dez/
02
jun/
03
dez/
03
jun/
04
dez/
04
jun/
05
dez/
05
jun/
06
dez/
06
Manganês Total Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86 Figura 10.13: Ocorrência de manganês total no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo
Otoni (MU006), no período de 2000 a 2006.
Na estação de monitoramento localizada no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) ocorrem violações nos parâmetros cor (Figura 10.14), manganês total e ferro dissolvido (Figura 10.15). As violações do parâmetro manganês total ocorreram na primeira, segunda e terceira campanhas de 2006. Essas violações são indicativas do mau uso do solo ao longo do rio Todos os Santos.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
117
MU007- Cor Verdadeira (UPt)
0
30
6090
120
150
180
jul/9
7
fev/
98
set/9
8ab
r/99
nov/
99
jun/
00
jan/
01ag
o/01
mar
/02
out/0
2
mai
/03
dez/
03ju
l/04
fev/
05
out/0
5
mai
/06
dez/
06
Cor Verdadeira Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86 Figura 10.14: Ocorrência de cor verdadeira no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro
Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.
MU007- Ferro Dissolvido (mg/L Fe)
0,0
0,20,4
0,60,8
1,01,2
1,4
jul/9
7de
z/97
jun/
98de
z/98
jun/
99de
z/99
jun/
00de
z/00
jun/
01de
z/01
jun/
02de
z/02
jun/
03de
z/03
jun/
04de
z/04
jun/
05de
z/05
jun/
06no
v/06
Ferro Dissolvido Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86
MU007 - Manganês Total (mg/L Mn)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7ju
l/97
dez/
97ju
n/98
dez/
98ju
n/99
dez/
99ju
n/00
dez/
00ju
n/01
dez/
01ju
n/02
dez/
02ju
n/03
dez/
03ju
n/04
dez/
04ju
n/05
dez/
05ju
n/06
nov/
06
Manganês Total Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86
Figura 10.15: Ocorrência de ferro dissolvido e manganês total no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de 1997 a 2006.
A contaminação por Tóxicos nas águas do rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) apresentou-se Média em 2006, sendo causada pela ocorrência de altos teores de fenóis totais que superam o limite legal na terceira campanha de 2006 (Figura 10.16). Na estação localizada a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006), o valor de fenóis totais apresentou-se um pouco acima dos limites legais também na terceira campanha, contudo, a contaminação por tóxicos permaneceu Baixa. A partir da avaliação da série histórica é possível verificar que a contaminação por fenóis totais não é recente, podendo estar associada às indústrias alimentícias, matadouros e ao lançamento de efluentes domésticos.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
118
MU006- Fenóis Totais (mg/L)
0,000
0,002
0,004
0,006
0,008
0,010
jan/
00
jun/
00
dez/
00
jun/
01
dez/
01
jun/
02
dez/
02
jun/
03
dez/
03
jun/
04
dez/
04
jun/
05
dez/
05
jun/
06
dez/
06
Fenóis totais Limite DN 10/86 CONAMA 357/05
MU007- Fenóis Totais (mg/L)
0,000
0,002
0,004
0,006
0,008
0,010
0,012
ago/
97
mar
/98
nov/
98
jul/9
9
mar
/00
nov/
00
jul/0
1
mar
/02
nov/
02
jul/0
3
fev/
04
out/0
4
jun/
05
fev/
06
out/0
6
Fenóis totais Limite DN 10/86 CONAMA 357/05 Figura 10.16: Ocorrência de fenóis totais no rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo
Otoni (MU006) e a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007), no período de monitoramento. 10.1.4 Rio Pampã UPGRH MU1 Estação de Amostragem: MU011 O rio Pampã, monitorado a montante da foz no rio Mucuri (MU011), apresentou Índice de Qualidade das Águas – IQA Bom na primeira, segunda e terceira campanha de 2006. Não foi possível calcular o IQA na quarta campanha, devido à perda de amostras. Em relação aos parâmetros sanitários, pode-se dizer que todos atenderam aos limites de referência determinados na Resolução CONAMA 357/05. Os parâmetros manganês total e ferro dissolvido (Figura 10.17) estiveram presentes em concentração acima dos limites estabelecidos na legislação em pelo menos uma campanha de 2006. No caso do manganês total, a violação ocorreu na segunda e quarta campanhas, enquanto o elevado teor de ferro ocorreu na primeira campanha. Valores desconformes desses parâmetros evidenciam o mau uso do solo.
MU011 - Manganês Total (mg/L Mn)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
jul/9
7
fev/
98se
t/98
abr/9
9no
v/99
jun/
00ja
n/01
ago/
01m
ar/0
2
out/0
2m
ai/0
3
dez/
03ju
l/04
fev/
05se
t/05
abr/0
6de
z/06
Manganês Total Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86
MU011 - Ferro Dissolvido (mg/L Fe)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
jul/9
7
fev/
98se
t/98
abr/9
9
nov/
99
jun/
00ja
n/01
ago/
01
mar
/02
out/0
2
mai
/03
dez/
03
jul/0
4fe
v/05
set/0
5
abr/0
6de
z/06
Ferro Dissolvido Limite CONAMA 357/05 e DN 10/86 Figura 10.17: Ocorrência de manganês total e ferro dissolvido no rio Pampã a montante da foz no rio
Mucuri (MU011), no período de 1997 a 2006.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
119
A contaminação por Tóxicos no rio Pampã foi Média em função da concentração dos fenóis totais, detectada acima do padrão de qualidade na quarta campanha de 2006. Esse resultado pode estar associado ao lançamento de esgoto doméstico da cidade de Carlos Chagas (Figura 10.18).
MU011- Fenóis Totais (mg/L)
0,000
0,001
0,002
0,003
0,004
0,005
0,006ju
l/97
fev/
98
set/9
8ab
r/99
nov/
99ju
n/00
jan/
01
ago/
01m
ar/0
2
out/0
2m
ai/0
3de
z/03
jul/0
4fe
v/05
out/0
5
mai
/06
dez/
06
Fenóis totais Limite DN 10/86 CONAMA 357/05
Figura 10.18: Ocorrência de fenóis totais no rio Pampã a montante da foz no rio Mucuri (MU011), no período de 1997 a 2006.
120
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
11. AVALIAÇÃO AMBIENTAL 11.1. Análise das Violações Considerando a série de resultados, no período de 1997 a 2006, para as 8 estações de amostragem da bacia do rio Mucuri, avaliaram-se os parâmetros monitorados com relação ao percentual de amostras cujos valores violaram em mais de 20% os limites legais da DN COPAM 10/86 (1997 a 2004) e Resolução CONAMA 357/05 (2005 e 2006), considerando o enquadramento do corpo de água no local de cada estação. A Tabela 11.1 apresenta o percentual de violações em ordem decrescente do valor obtido para cada parâmetro, indicando os constituintes mais críticos na bacia.
Observa-se na Tabela 11.1 que os parâmetros que mais violaram os limites legais foram fósforo total, coliformes termotolerantes, coliformes totais, manganês total e ferro dissolvido. Os valores de fósforo total, coliformes termotolerantes e totais evidenciam a contribuição significativa do lançamento de esgoto no comprometimento da qualidade da água, enquanto manganês e ferro dissolvido, o mau uso do solo. O fósforo total apresenta a situação mais crítica com 52% das violações. Sua disponibilização ocorre de forma natural a partir da dissolução de compostos do solo e da decomposição de matéria orgânica, ou por interferência antrópica, através do uso de fertilizantes e do despejo doméstico e industrial. A presença de fósforo total nos corpos de água pode causar a superfertilização do meio aquático desencadeando o desenvolvimento de algas e/ou plantas aquáticas. Também com alto índice de violação (46%), a presença de coliformes termotolerantes e totais nos corpos de água indicam contaminação por material fecal proveniente, principalmente, do lançamento dos esgotos domésticos. O mau uso do solo, ou seja, sem práticas conservacionistas ou planejamento contribui para a desagregação de partículas do solo, que ficam susceptíveis ao carreamento para os corpos de água nos primeiros episódios chuvosos. Portanto, a presença de manganês total e ferro dissolvido são indicativos de práticas inadequadas no manejo do solo. Em 2006, manganês total apresentou um percentual de ocorrência de 27% de violação na bacia do rio Mucuri e o ferro dissolvido em 26%.
121
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 11.1: Classificação dos parâmetros monitorados em ordem decrescente segundo o percentual de violações de classe de enquadramento na parte mineira da bacia do rio Mucuri no período de 1997 a 2006.
PARÂMETRO % VIOLAÇÃO N° TOTAL DE ANÁLISES
Fósforo Total 52% 491 Coliformes Termotolerantes 46% 283 Coliformes Totais 41% 283 Manganês Total 27% 256 Ferro Dissolvido 26% 228 Fenóis Totais 23% 242 Óleos e Graxas* 21% 144 Cor Verdadeira 16% 256 Turbidez 5% 291 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 3% 291 Mercúrio Total 2% 186 Níquel Total 2% 158 Cádmio Total 1% 157 Chumbo Total 1% 158 Oxigênio Dissolvido (OD) 1% 290 Zinco Total 1% 144 Cianeto Livre 1% 158 Sólido Dissolvido 0% 224 pH “in Loco” 0% 283 Cloreto Total 0% 291 Sulfato Total 0% 144 Sulfeto 0% 144 Nitrogênio Amoniacal Total 0% 291 Nitrato 0% 291 Nitrito 0% 184 Arsênio Total 0% 143 Bário Total 0% 143 Cobre Dissolvido 0% 24 Cromo Total 0% 144 Selênio Total 0% 144 Amônia Não Ionizável** 0% 227 Substâncias Tensoativas 0% 112 Boro Solúvel 0% 111 Cobre Total** 0% 114 Cromo Trivalente** 0% 112 Cromo Hexavalente** 0% 112
* Considerou-se como violação as ocorrências maiores que 1mg/L ** Dados correspondentes ao período de 1997 a 2004
Em complementação a esses dados, foram identificadas as principais violações de parâmetros em relação aos limites legais nos pontos de amostragem da bacia do rio Mucuri. Os quadros a seguir apresentam os principais fatores de PRESSÃO associados aos indicadores de degradação em 2006 e os parâmetros que apresentaram as maiores violações no período de 1997 a 2006 para cada estação de amostragem, caracterizando o ESTADO da qualidade das águas. Os metais e outras substâncias tóxicas responsáveis por Contaminação por Tóxicos Alta em 2006 estão realçados em vermelho.
122
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Corpo de água: Rio Mucuri UPGRH: MU1
PRESSÃO ESTADO ESTAÇÃO CLASSE FATORES DE PRESSÃO INDICADORES DE DEGRADAÇÃO EM
2006 INDICADORES COM MAIOR Nº DE
VIOLAÇÕES NO PERÍODO DE 1997 A 2006
MU001 2 Carga difusa Agropecuária Cor, óleos e graxas Cor, fósforo total, fenóis totais,
coliformes totais, óleos e graxas
MU005 2
Lançamento de esgoto sanitário Garimpo Carga difusa Pecuária
Cor, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes
Cor, fósforo total, fenóis totais, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes e ferro dissolvido
MU009 2
Lançamento de esgoto sanitário Lançamento de efluente industrial Garimpo Carga difusa Pecuária
Fósforo total, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes e manganês total
Fósforo total, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes, ferro dissolvido e manganês total
MU013 2
Lançamento de esgoto sanitário Lançamento de efluente industrial Carga difusa Pecuária
Cor, coliformes totais, coliformes termotolerantes e manganês total
Fósforo total, fenóis totais, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes, ferro dissolvido e manganês total
123
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Corpo de água: Ribeirão Marambaia
UPGRH: MU1
PRESSÃO ESTADO ESTAÇÃO CLASSE FATORES DE PRESSÃO INDICADORES DE DEGRADAÇÃO EM
2006 INDICADORES COM MAIOR Nº DE
VIOLAÇÕES NO PERÍODO DE 1997 A 2006
MU003 2 Lançamento de esgoto sanitário Garimpo Carga difusa
Cor e fenóis totais Cor, fósforo total, fenóis totais, coliformes totais, coliformes termotolerantes
Corpo de água: Rio Todos os Santos UPGRH: MU1
PRESSÃO ESTADO ESTAÇÃO CLASSE FATORES DE PRESSÃO INDICADORES DE DEGRADAÇÃO EM
2006 INDICADORES COM MAIOR Nº DE
VIOLAÇÕES NO PERÍODO DE 1997 A 2006
MU006 2 Carga difusa Agropecuária Óleos e graxas
Fósforo total, fenóis totais, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes e ferro dissolvido
MU007 2
Lançamento de esgoto sanitário Lançamento de efluentes industriais Carga difusa Garimpo
Cor, fósforo total, fenóis totais, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes, ferro dissolvido e manganês total
Cor, fósforo total, DBO, fenóis totais, óleos e graxas, coliformes totais, coliformes termotolerantes, ferro dissolvido e manganês total
124
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Corpo de água: Rio Pampã
UPGRH: MU1
PRESSÃO ESTADO ESTAÇÃO CLASSE FATORES DE PRESSÃO INDICADORES DE DEGRADAÇÃO EM
2006 INDICADORES COM MAIOR Nº DE
VIOLAÇÕES NO PERÍODO DE 1997 A 2006
MU011 2 Carga difusa Pecuária Fenóis totais e manganês total
Fósforo total, fenóis totais, óleos e graxas, ferro dissolvido e manganês total
125
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
12. AÇÕES DE CONTROLE AMBIENTAL – RESPOSTA 12.1. Contaminação por esgoto sanitário No Estado de Minas Gerais os parâmetros que apresentaram maior número de violações nas estações de amostragem no período de 1997 a 2006 foram fósforo total, coliformes termotolerantes e coliformes totais com, respectivamente, 61,9%, 51,5% e 46,5%, de ocorrências em desconformidade com os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/05. Esses parâmetros representam um forte indicativo de contaminação dos corpos de água por lançamento de esgoto sanitário sem tratamento prévio, que é o fator de PRESSÃO mais comum sobre a qualidade das águas na bacia do rio Mucuri, conforme observado no item 11.1. Em 2006, na bacia hidrográfica do rio Mucuri os parâmetros que indicaram a contaminação por esgoto doméstico foram: fósforo total, coliformes termotolerantes, coliformes totais e óleos e graxas. As alterações de fósforo total ocorreram nas estações monitoradas a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) e a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009). Os óleos e graxas apresentaram violações em 50% das campanhas realizadas em 2006, na maioria das estações, quais sejam: no rio Mucuri a montante da foz do ribeirão Marambaia (MU001), rio Mucuri a jusante da foz do ribeirão Marambaia (MU005), rio Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006), rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) e rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas (MU009). Os esgotos domésticos lançados pelo município de Poté e das comunidades presentes ao longo do rio Pampa foram responsáveis pela violação de fenóis totais obtidas nas estações de amostragens localizadas no rio de Todos os Santos a montante da cidade de Teófilo Otoni (MU006) e no rio Pampã a montante da foz no rio Mucuri (MU011), ocasionando Contaminação por Tóxicos Média em ambas as estações. Para avaliar a interferência dos esgotos domésticos na qualidade da água foram levantados os municípios da bacia do rio Mucuri com população urbana superior a 50.000 habitantes, de acordo com o Censo 2000 do IBGE, e que possuem estação de amostragem em trecho de corpo de água a montante e/ou a jusante dos núcleos urbanos destes municípios. Para cada estação, conforme apresentado na Tabela 12.1, avaliou-se a evolução do IQA – Índice de Qualidade das Águas ao longo dos anos. O IQA é um bom indicador da contaminação por esgotos sanitários, pois é uma síntese da ocorrência de sólidos, nutrientes e principalmente matéria orgânica e fecal. O município mais populoso da bacia do rio Mucuri, Teófilo Otoni contribuiu com o aumento do aporte de matéria orgânica e de nutrientes para rio Todos os Santos, conforme apresentado na Tabela 12.2. Observou-se que o trecho do rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007) apresentou 95% de ocorrências de coliformes termotolerantes e 95% de fósforo total acima dos limites preconizados na legislação para corpos de água de Classe 2. O IQA Ruim e Médio vem caracterizando ao longo dos anos a má qualidade do rio Todos os Santos que recebe o lançamento do esgoto do município de Teófilo Otoni. Recomenda-se, portanto, a definição de ação conjunta entre a FEAM, Concessionária de água e esgoto, Prefeitura Municipal e Ministério Público, com participação do COPAM e do CERH, para priorizar a implantação e/ou otimização dos sistemas de esgotamento sanitário dos municípios da bacia do rio Mucuri, especialmente o município de Teófilo Otoni.
126
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Tabela 12.1: Evolução da média anual do IQA nos municípios mineiros da bacia do rio Mucuri que possuem população urbana superior a 50.000 habitantes
Média Anual do IQA Estações Corpo de água Localização Município População Urbana
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
MU006 Rio Todos os
Santos Montante Bom Bom Médio Bom Bom Bom Bom
MU007 Rio Todos os
Santos Jusante
Teófilo Otoni 127.818
Médio Médio Bom Médio Bom Médio Médio Médio Ruim Médio
Tabela 12.2: Avaliação dos parâmetros associados aos esgotos sanitários dos municípios mineiros da bacia do rio Mucuri que possuem população urbana superior a 50.000 habitantes
Violações (%) Período: 1997-2006
Estações Corpo de água Localização Município População Urbana
Coliformes Termotolerantes
Nitrogênio Amoniacal
Total OD DBO Fósforo
Total Nitrogênio Amoniacal
Amônia não
ionizável*
MU006 Rio Todos os
Santos Montante 22 0 0 0 18 X 0
MU007 Rio Todos os
Santos Jusante
Teófilo
Otoni 127.818
95 0 8 18 95 X 0
*Violações baseadas na Deliberação Normativa COPAM nº10/86 para corpos de água Classe 1 e 2
127
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
12.2. Contaminação por atividades industriais e minerárias No Estado de Minas Gerais foram verificadas no período de 1997 a 2006 algumas ocorrências de metais tóxicos em desconformidade com os limites estabelecidos na legislação, quais sejam: cobre total, cobre dissolvido, mercúrio total, arsênio total, cádmio total, zinco total, bário total, cromo VI, cromo total e chumbo total, bem como outras substâncias tóxicas como fenóis totais, amônia não ionizável e íons cianetos livres. Na bacia do rio Mucuri, a substância tóxica que se destacou em 2006 foi fenóis totais, que ocasionou a Contaminação por Tóxicos Média nas estações monitoradas no rio Marambaia próximo da sua foz no rio Mucuri (MU003) e no rio de Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007). A atividade do ramo de laticínio desenvolvida no município de Novo Oriente foram as responsáveis pelas violações de fenóis totais obtidas na estação de monitoramento localizada no rio Marambaia próximo da sua foz no rio Mucuri (MU003). As atividades do ramo de laticínios, curtume e matadouros, desenvolvidas no município de Teófilo Otoni foram as responsáveis pelas violações de fenóis totais na estação monitorada no rio de Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani (MU007). Recomenda-se, portanto, a FEAM, com apoio da Polícia Ambiental e da Unidade Colegiada Regional do COPAM Leste de Minas, priorizar a fiscalização e tomar as medidas pertinentes quanto ao controle de lançamento dos efluentes. 12.3. Contaminação por mau uso do solo O mau uso do solo é um dos principais responsáveis pela modificação na qualidade da água na bacia do rio Mucuri. Essa interferência é evidenciada pela violação de parâmetros físicos e químicos que são indicadores do mau uso do solo, como é o caso da cor verdadeira, manganês total e ferro dissolvido. Na estação localizada no rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiane (MU007) ocorreu a maior violação dos parâmetros cor verdadeira (50%), manganês total (75%) e ferro dissolvido (50%). Recomenda-se o apoio de órgãos estaduais como a EMATER no estabelecimento de programas de educação ambiental para os agricultores, com o incentivo ao uso de práticas agrícolas alternativas e de manejo sustentável. Deve-se também ressaltar os riscos à saúde e ao meio ambiente decorrente do uso inadequado de resíduos de agrotóxicos.
128
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
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129
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
FATMA/GTZ. 1999. Relevância de parâmetros de qualidade das águas aplicados às águas correntes. Parte I: Características gerais, nutrientes, elementos-traço e substâncias nocivas inorgânicas, características biológicas. Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, Florianópolis. 108 p. FIGUEIREDO, V.L.S. Enquadramento das águas da bacia hidrográfica do rio Verde. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente, 1998. 50p. FIGUEIREDO, V.L.S.; MAZZINI, A.L.A. Enquadramento das águas da bacia hidrográfica do rio das Velhas. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente, 1997. 60p. FLORENCIO, E. Enquadramento das águas da bacia hidrográfica do rio Paraibuna. Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente, 1997. 50p FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS. Diagnóstico ambiental do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1983. v. 4 (Série de Publicações Técnicas, 10). FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE E CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL. Processos de licenciamento e fiscalização (Sistema FEAM). Belo Horizonte, 1989 a 2000. ______. Licenciamento ambiental: coletânea de legislação. Belo Horizonte: FEAM, 1998. 380p. v. 5.(Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os Municípios) FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Qualidade das águas superficiais do Estado de Minas Gerais em 1998. Belo Horizonte: FEAM, 1999. 87p. ______. Qualidade das águas superficiais do Estado de Minas Gerais em 1999. Belo Horizonte: FEAM, 2000. 81p. ______. Qualidade das águas superficiais do Estado de Minas Gerais em 2000. Belo Horizonte: FEAM, 2000. 112p. ______. Eventos de mortandade de peixes acompanhados pela FEAM de 1996 a 2002. Belo Horizonte: FEAM, 2005. ______. Agenda Marrom: Indicadores Ambientais 2002. Belo Horizonte: FEAM, 2002. 68p. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cartas topográficas. Rio de Janeiro: IBGE. Escalas de 1:50.000; 1:100.000 e 1:250.000. ______. Pesquisa da pecuária municipal. Minas Gerais: IBGE, 2000. ______. Pesquisa de informações básicas municipais. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. ______. Pesquisa de informações básicas municipais 1999. Perfil dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro, 2001. 121p.
130
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
______. Pesquisa industrial 2000. Volume 19, número 1, EMPRESA. Rio de Janeiro, 2000. ______. Pesquisa industrial 2000. Volume 19, número 1, PRODUTO. Rio de Janeiro, 2000. ______. Pesquisa nacional de saneamento básico 2000. Rio de Janeiro, 2002. INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Doce em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 138 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Grande em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 165 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Jequitinhonha em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 110 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Mucuri em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 111 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Pará em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 119 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Paraíba do Sul em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 147 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Paranaíba em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 125 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Paraopeba em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 127 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio Pardo em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 101 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio São Francisco - Norte em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 141p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio São Francisco - Sul em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 125 p. ______. Monitoramento das águas superficiais na bacia do rio das Velhas em 2005. Belo Horizonte: IGAM, 2006. 146 p. ______. Sistema de Cálculo de Índice de Qualidade de Água (SCQA) - estabelecimento das equações do Índice de Qualidade das Águas (IQA). Belo Horizonte: IGAM, 2005. 18p. ______. Programa de gerenciamento integrado das atividades desenvolvidas em terra na bacia do rio São Francisco: avaliação das interferências ambientais da mineração nos recursos hídricos na bacia do Alto rio das Velhas. sub-projeto 1.2. Belo Horizonte: IGAM, 2001. 20p.
131
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
KNIE, J. Proteção ambiental com testes ecotoxicológicos: Experiências com a análise das águas e dos efluentes no Brasil. Florianópolis, 1998. 14p. KRENKEL, P.A.; NOVOTNY, V. Water quality management. New York: Academic Press, 1980. 671p. LEÃO, M.M.D. et al. Desenvolvimento tecnológico para controle ambiental na indústria têxtil/malha de pequeno e médio porte. Belo Horizonte: DESA-UFMG, 1998. 204p. MACÊDO, J. A. B. Introdução a química ambiental: Química, meio ambiente e sociedade 1ª ed. Juiz de Fora: Jorge Macedo, 2002, 487p. ______. Águas & Águas. 1ª ed. Juiz de Fora: ORTOFARMA, 2000, 505p. MALAVOLTA, E. Fertilizantes e seu impacto ambiental: metais pesados, mitos, mistificações e fatos. São Paulo: ProduQuímica, 1994. 153p. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Ciência e Tecnologia et al, Diagnóstico ambiental do Vale do Paraopeba. Belo Horizonte, 1996. ODUM, E. 1983. Ecologia. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara. 423 p. PÁDUA, H. B. Alcalinidade, condutividade e salinidade em sistemas aquáticos. Disponível em <www.ccinet.com.br/tucunare/alcalinidade.htm>. Acesso em: 06 ago. 2001. PAREY, V.P. Manuais para gerenciamento de recursos hídricos: relevância de parâmetros de qualidade das águas aplicados a águas correntes. Paraná: GTZ, Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, 1993. 227p. PATRÍCIO, F.C. Avaliação da toxicidade do pesticida aldicarbe e duas espécies de peixes de água doce, Brachydanio rerio e Orthospinus franciscensis. Dissertação de mestrado. Lavras: UFLA, 1998. 76p. Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia do Rio São Francisco. GEF / PNUMA / OEA / SRH. Sub-projeto 1.2. Avaliação das Interferências Ambientais da Mineração sobre os Recursos Hídricos na Bacia do Alto Rio das Velhas. IGAM. GOLDER ASSOCIATES. 2001. QUEIROZ, J.F.; STRIXINO, S.T.; NASCIMENTO, V.M.C. Organismos bentônicos bioindicadores da qualidade das águas da bacia do médio São Francisco. EMBRAPA, 2000. 4p. Resumo da 1ª versão do relatório "Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos de Minas Gerais". Processo de Codificação de Cursos D'água, jun 1999 ROMANELLI, M.C.M.; MACIEL, P. Enquadramento das águas da bacia hidrográfica do rio Paraopeba. Belo Horizonte: FEAM, 1996. 50p. SCHVARTSMAN, S. Intoxicações agudas. 4ª ed. São Paulo: UFMG Editora Universitária, 1991.
132
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
SHREVE, R.N., BRINK Jr. J.A. Indústrias de processos químicos. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1980. 718p. Von SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. VOL 1, 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 1996. 243p. STANDART METHODS: for the examination of water and wastewater. 18 ed. Baltimore: APHA, 1992. TEIXEIRA, J.A.O. Enquadramento das águas da bacia hidrográfica do rio Pará. Belo Horizonte: FEAM, 1998. 45p TRAIN, R.E. Quality criteria for water. Washington D.C.: Environmental Protection Agency, 1979. 256p.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Anexo A Municípios com Sede na Bacia do Rio Mucuri
TOTAL URBANA RURALÁguas Formosas 17845 12594 5251Carlos Chagas 21994 14190 7804Catuji 7332 1574 5758Crisólita 5298 1478 3820Fronteira dos Vales 4902 2929 1973Itaipé 10751 4079 6672Ladainha 15832 3983 11849Nanuque 41619 37781 3838Novo Oriente de Minas 9974 3836 6138Pavão 8912 5177 3735Poté 14780 8201 6579Teófilo Otôni 129424 102812 26612TOTAL 288663 198634 90029
UPGRH MU1
MUNICÍPIOPOPULAÇÃO
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAISNO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
A - 1
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Anexo BCurvas de Qualidade e Equações para Cálculo do Índice de
Qualidade das Águas
B-1
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
1. Coli formes Fecais
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro Coli formesFecais (CF) são:
Para CF ≤ 105 NMP/100ml32 ))(log(107821,0))(log(614267,2))(log(7145,3424034,98 CFCFCFqs ×+×+×−=
Para CF > 105 NMP/100ml ⇒ 0,3=sq
Coliformes Fecais
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1,E+00 1,E+01 1,E+02 1,E+03 1,E+04 1,E+05
Coliformes fecais (NMP/100ml)
q s
2. Potencial Hidrogeniônico – pH
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro PotencialHidrogeniônico (pH) são:
Para pH ≤ 2,0 ⇒ 0,2=sq
Para 2,0 < pH ≤ 6,9432 091252,0417486,27043,1591277,411085,37 pHpHpHpHqs ×−×+×−×+−=
Para 6,9 < pH ≤ 7,1432 59165,1638886,214561,684593,2169365,4 pHpHpHpHqs ×−×+×−×−−=
Para 7,1 < pH ≤ 12432 810613,01551,33494,499031,262.319,698.7 pHpHpHpHqs ×−×+×−×+−=
B-2
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Para pH ≥ 12,0 ⇒ 0,3=sq
pH
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00
pH
q s
3. Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro DemandaBioquímica de Oxigênio (DBO) são:
Para DBO ≤ 30 mg/l432 0001,0011167,049544,07121,109571,100 DBODBODBODBOqs ×+×−×+×−=
Para DBO > 30,0 mg/l ⇒ 0,2=sq
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 5 10 15 20 25 30
DBO (mg/l)
q s
B-3
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
4. Nitrato – NO3
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro Nitrato (NO3)são:
Para NO3 ≤ 10 mg/l ⇒ 17,1001,5 3 +×−= NOqs
Para 10 < NO3 ≤ 60 mg/l ⇒ 18,101)ln(853,22 3 +×−= NOqs
Para 60 < NO3 ≤ 90 mg/l ⇒ 1161,53 )(000.000.000.10 NOqs ×=
Para NO3 > 90 mg/l ⇒ 0,1=sq
Nitrato
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
NO3 (mg/l)
q s
5. Fosfato Total – PO4
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro Fosfato Total(PO4) são:
Para PO4 ≤ 10 mg/l ⇒ 15,14 )821,0(7,79 −+×= POqs
Para PO4 > 10,0 mg/l ⇒ 0,5=sq
B-4
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Fosfato Total
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10
PO4 (mg/l)
q s
6. Temperatura (afastamento da temperatura de equil íbrio)
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro Temperaturasão:
Para ∆T < -5,0 ⇒ indefinidoéqs
Para –5,0 ≤ ∆T ≤ -2,5 ⇒ 10010 +∆×= Tqs
Para –2,5 < ∆T ≤ -0,625 ⇒ 958 +∆×= Tqs
Para –0,625 < ∆T ≤ 0 ⇒ 938,4 +∆×= Tqs
Para 0 < ∆T ≤ 0,625 ⇒ 938,4 +∆×−= Tqs
Para 0,625 < ∆T ≤ 2,5 ⇒ 958 +∆×−= Tqs
Para 2,5 < ∆T ≤ -5,0 ⇒ 10010 +∆×−= Tqs
Para 5,0 < ∆T ≤ 10,0 ⇒ )1842,0(57,124 Ts eq ∆×−×=
Para 10,0 < ∆T ≤ 15,0 ⇒7083,12,002.1 Tqs ∆×=
Para ∆T > 15,0 ⇒ 0,9=sq
B-5
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Variação da Temperatura
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
-5 0 5 10 15 20 25
Tamb-Teq (°C)
q s
Nota: O Projeto Á gua de Minas adota o Dt sempre igual a zero ondeqs=92,00.
7. Turbidez
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro Turbidez são:
Para Tu ≤ 100
8,022,10))30(0571,0cos(5,137,90 )231,0()0169,0( −×+−××−×= ×−×− TuTus eTueq
Para Tu > 100 ⇒ 0,5=sq
Observação: os cálculos de seno são considerando os valores em RADIANOe não em graus.
B-6
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Turbidez
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Turbidez (NTU)
q s
8. Sólidos Totais - ST
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro Sólidos Totais(ST) são:
Para ST ≤ 500
))0146,0sen()2,6((17,5317,133 )00462,0()0141,0()0027,0( STeeeq STSTSTs ×××−+×−×= ×−×−×−
Para ST > 500 ⇒ 0,30=sq
Observação: os cálculos de seno são considerando os valores em RADIANOe não em graus.
Sólidos Totais
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 100 200 300 400 500 600
Sólidos Totais (mg/l)
q s
B-7
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
9. Oxigênio Dissolvido – (OD = % oxigênio de saturação)
As equações para o cálculo da qualidade (qs) do parâmetro OxigênioDissolvido são:
Para OD% saturação ≤ 100 %
54
12))sen()86,6018,0)sen(5,2(())(sen(100 322
1 yys eeyODyyq
++×+×−×−×=
Onde:
0873,001396,01 +×= ODy )27(562 −×= ODy π )15(
853 −×= ODy π
10)65(
4−= ODy
10)65(
5ODy −=
Para 100 ≤ OD% saturação ≤ 140 %
8817148572,4942782785428571,1)(71428320077714285,0 2 +×+×−= ODODqs
Para OD% saturação > 140 % ⇒ 0,47=sq
Observação: para os cálculos de seno considera-se os valores em RADIANOe não em graus.
B-8
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Oxigênio Dissolvido
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
0 20 40 60 80 100 120 140 160
%OD saturação
q s
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
Anexo C Classificação das Coleções de Água
C - 1
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO ESTADO DE MINAS GERAIS EM 2006
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, em sua resolução Nº 357/2005, classifica as águas segundo a qualidade requerida para os seus usos preponderantes. A esse sistema, chama-se enquadramento dos corpos de água, que estabelece o nível de qualidade (classe) a ser mantido ou alcançado em um corpo de água ao longo do tempo, em termos dos usos possíveis com segurança determinada. As coleções de água doce são classificadas de acordo com seus usos preponderantes em 5 classes: I - Classe especial: águas destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de
proteção integral. II - Classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. III - Classe 2: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme d) Resolução CONAMA no 274, de 2000; e) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de
esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e f) à aqüicultura e à atividade de pesca.
IV - Classe 3: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de animais.
V - Classe 4: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
NO ESTADO DE M INAS GERAIS EM 2006
Anexo D Resultados dos Parâmetros e Indicadores de Qualidade
das Águas em 2006
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o C 25 21 20 23Temperatura da Água o C 26,2 22,2 20,9 21,6pH 6 a 9 6 a 9 6 a 9 6,4 6,3 6,2 7,3Condutividade Elétrica µmho/cm 52,7 47,6 44,3 48,3Turbidez 40 100 100 NTU 19,4 17,4 13,7 86,9Cor Verdadeira cor natural 75 75 UPt 55 68 50 194Sólidos Totais mg / L 81 80 49 119Sólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / L 52 38 Sólidos Suspensos Totais mg / L 29 23 11 61Alcalinidade Total mg / L CaCO3 14,6 10,3 Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3 14,6 10,3 Dureza Total mg / L CaCO3 15,2 12 Dureza de Cálcio mg / L CaCO3 10 7,3 Dureza de Magnésio mg / L CaCO3 5,2 4,7 Cloreto Total 250 250 250 mg / L Cl 3,18 3,14 4,07 4,11Potássio Dissolvido mg / L K 1,96 1,93 Sódio Dissolvido mg / L Na 4,69 4,42 Sulfato Total 250 250 250 mg / L SO4 2,1 2 Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S < 0,5 < 0,5 Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P 0,04 0,02 0,02 0,01
Nitrogênio Orgânico mg / L N 0,5 0,2
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N 1 0,9 < 0,1 < 0,1
Nitrato 10 10 10 mg / L N 0,12 0,18 0,16 0,06Nitrito 1 1 1 mg / L N 0,003 0,005 Amônia não Ionizável mg / L NH3 0,001824 0,000983 0,000079 0,001039OD > 6 > 5 > 4 mg / L 7 7,7 8,3 8% OD Saturação % 90,212 91,165 95,599 93,521DBO 3 5 10 mg / L < 2 < 2 < 2 2DQO mg / L < 5 8 Cianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN < 0,01 < 0,01
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH 0,001 < 0,001 0,001 < 0,001
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / L < 1 3 Substâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LAS < 0,05 < 0,05 Coliformes Totais NMP / 100 ml 170 87 350 Coliformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 ml 50 53 60 Estreptococos Fecais NMP / 100 ml 2200 1100 Clorofila a 10 30 60 µg / L Feofitina a µg / L Densidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mL Alumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L Al Alumínio Total mg / L Al Arsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L As < 0,0003 < 0,0003 Bário Total 0,7 0,7 1 mg / L Ba 0,031 0,022 Boro Dissolvido mg / L B < 0,07 < 0,07 Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L Cd < 0,0005 < 0,0005 Cálcio Total mg / L Ca 4 2,9 Chumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L Pb < 0,005 < 0,005 Cobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L Cu < 0,004 < 0,004 Cobre Total mg / L Cu < 0,004 < 0,004 Cromo Hexavalente mg / L Cr < 0,01 < 0,01 Cromo Trivalente mg / L Cr < 0,04 < 0,04 Cromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L Cr 0,050000 0,050000 Ferro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L Fe 0,16 0,23 0,17 0,16Magnésio Total mg / L Mg 1,3 1,1 Manganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L Mn 0,058 0,061 0,033 0,111Mercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L Hg < 0,2 < 0,2 Níquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L Ni < 0,004 < 0,004 Selênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L Se < 0,0005 < 0,0005 Zinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn 0,02 < 0,02
Toxicidade Crônica
IQACT
Descrição da Estação :Rio Mucuri a montante da confluência com o Rio Marambaia
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
Nublado
MU001
Classe 224/10/06
8:25Nublado
MU001
Classe 201/08/06
Bom
MU001
Classe 210/05/06
8:35Nublado
MU001
Classe 207/02/06
8:35
MU1 MU1 MU1
8:35
MU1
76,74 76,91 77,00 BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA
D - 1
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
28 23 22 21 26,8 22,6 21,5 22,6 6 6,2 5,9 6,9 31,5 29,6 28 32,1 10,9 12,9 10,2 39,3 94 78 55 165 60 48 32 67 43 26 17 9 6 24 6,1 4,3 6,1 4,3 8,3 6,2 4 3,6 4,2 2,6 4,49 3,68 2,83 4,72 1,26 1,34 3,6 3,29 2 < 1 < 0,5 < 0,5
0,04 0,02 0,02 0,05
0,6 0,4
0,1 0,1 < 0,1 0,1
0,1 0,14 0,11 0,02 0,004 0,005 0,000076 0,000089 0,000041 0,000446 7,2 8,3 8,4 7,8 93,979 99,106 97,988 93,137< 2 < 2 < 2 < 2 15 < 5 < 0,01 < 0,01
< 0,001 < 0,001 0,001 0,004
< 1 < 1 < 0,05 < 0,05 3000 90 70 60 60 30 1400 140 < 0,0003 < 0,0003 0,024 0,023 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 < 0,0005 1,6 1,4 < 0,005 < 0,005 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,17 0,22 0,16 0,23 1 0,6 0,032 0,079 0,08 0,04< 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2 0,005 < 0,004 < 0,004 < 0,004< 0,0005 < 0,0005 0,02 < 0,02
Descrição da Estação :Rio Marambaia a montante da confluência com o Rio Mucuri
Nublado
MU003
Classe 224/10/06
9:30Bom
MU003
Classe 201/08/06
9:50Bom
MU003
Classe 210/05/06
9:40Bom
MU003
Classe 207/02/06
9:50
MU1 MU1 MU1 MU1
75,74 77,37 77,93 BAIXA BAIXA BAIXA MÉDIA
D - 2
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
31 27 23 23 28 23,9 22,2 22,2 6,2 6,4 6,1 7,1 45,9 40,7 39,8 43,4 10,3 15,5 11,6 52,2 86 103 57 163 61 70 48 94 56 34 5 30 14 40 8,1 7,5 8,1 7,5 13,4 10,8 7,5 6,1 5,9 4,7 4,48 4,26 3,76 5,4 1,7 1,78 4,66 4,24 2,1 4 < 0,5 < 0,5
0,05 0,03 0,03 0,07
0,3 0,3
0,2 0,1 < 0,1 0,1
0,06 0,13 0,1 0,02 0,005 0,005 0,000261 0,000155 0,000069 0,000686 6,8 7,9 8 7,9 90,059 95,917 93,693 92,523< 2 < 2 < 2 < 2 20 8 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01
< 0,001 < 0,001 0,002 0,002
< 1 2 < 0,05 < 0,05 30000 53 3000 3000 40 70 700 70 < 0,0003 < 0,0003 0,04 0,027 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 3 2,4 < 0,005 < 0,005 < 0,004 < 0,004 0,005 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,16 0,18 1,4 1,1 0,077 0,11 0,035 0,068< 0,2 < 0,2 < 0,004 < 0,004 < 0,0005 < 0,0005 0,05 < 0,02
Descrição da Estação :Rio Mucuri, a jusante da confluência com o Rio Marambaia.
Nublado
MU005
Classe 224/10/06
10:15Nublado
MU005
Classe 201/08/06
11:00Bom
MU005
Classe 210/05/06
10:35Bom
MU005
Classe 207/02/06
10:50
MU1 MU1 MU1 MU1
63,29 78,63 76,04 BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA
D - 3
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
34 25 26 20 27,1 23,4 21,2 21 6 6,9 5,8 6,9 39,8 32,4 29,3 43,7 15,8 8,33 9,64 10,3 60 81 37 75 48 34 29 36 35 24 13 9 5 7 9,3 6,8 9,3 6,8 13,1 7,7 7,5 5,1 5,6 2,6 2,11 2,39 2,21 4,32 0,68 0,8 3,51 3,35 1,4 1,2 < 0,5 < 0,5
0,02 0,01 0,01 0,01
0,3 0,1
0,3 < 0,1 0,1 0,1
0,01 0,06 0,05 < 0,01 0,002 0,004 0,000232 0,000472 0,000032 0,000398 6,5 7,6 7,8 7,1 88,279 95,432 93,480 84,732< 2 < 2 < 2 2 7 < 5 < 0,01 < 0,01
< 0,001 0,001 0,002 0,003
< 1 2 < 0,05 < 0,05 170 30 5000 170 30 91 3000 80 < 0,0003 < 0,0003 0,03 0,019 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 3 2 < 0,005 < 0,005 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,35 0,33 0,2 0,28 1,4 0,6 0,069 0,092 0,042 0,05< 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2< 0,004 < 0,004 < 0,0005 < 0,0005 < 0,02 < 0,02
Descrição da Estação :Rio Todos os Santos à montante da cidade de TeófiloOtoni.
Nublado
MU006
Classe 224/10/06
13:05Nublado
MU006
Classe 201/08/06
13:25Bom
MU006
Classe 210/05/06
13:20Bom
MU006
Classe 207/02/06
12:55
MU1 MU1 MU1 MU1
72,32 82,86 74,32 BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA
D - 4
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
36 29 27 23 31,4 27 24,7 23,3 6,6 6,8 6,5 7,2 141 132 131 136 19 96,9 44,8 57,8 68 136 108 87 142 205 154 146 106 95 36 110 59 45 27,5 25,2 27,5 25,2 31 24,9 21 18,2 10 6,7 14,7 11,5 8,46 13,8 3,98 3,83 14,1 12,5 5 3,8 < 0,5 < 0,5
0,19 0,25 0,24 0,18
0,5 0,7
0,7 0,2 1,7 0,4
0,36 0,6 1,02 0,09 0,195 0,133 0,002885 0,000966 0,003513 0,003730 5,8 5,4 6,4 5,6 82,564 70,022 79,037 67,139 3 3 3 5 21 11 < 0,01 < 0,01
< 0,001 < 0,001 0,006 0,002
< 1 2 < 0,05 < 0,05 50000 8000 350 22000 8000 280 17000 2800 < 0,0003 < 0,0003 0,062 0,058 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 8,4 7,3 < 0,005 0,008 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,16 0,37 0,5 0,17 2,4 1,6 0,252 0,152 0,163 0,109< 0,2 < 0,2 < 0,2 < 0,2< 0,004 < 0,004 < 0,0005 < 0,0005 0,02 0,04
Descrição da Estação :Rio Todos os Santos a jusante da localidade de Pedro Versiani.
Bom
MU007
Classe 224/10/06
14:35Nublado
MU007
Classe 201/08/06
15:00Bom
MU007
Classe 210/05/06
14:40Bom
MU007
Classe 207/02/06
14:20
MU1 MU1 MU1 MU1
52,72 47,56 60,85 BAIXA BAIXA MÉDIA BAIXA
D - 5
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
28 23 22 22 28,4 23,5 22,4 22,8 6,6 7 6,7 7,7 121 201 207 354 8,62 18,1 10,6 57 58 74 36 76 115 153 140 332 90 120 25 28 20 56 21,6 18,4 21,6 18,4 26,5 36,2 13,5 27,2 13 9 20,7 38,1 31,5 109 2,6 2,78 13 19,5 3,6 5 < 0,5 < 0,5
0,04 0,13 0,04 0,02
0,3 0,5
0,3 0,1 0,1 0,1
0,11 0,11 0,18 0,01 0,005 0,005 0,001009 0,000598 0,000278 0,002801 6,5 7,2 7,3 7,1 85,903 85,781 84,962 83,403< 2 < 2 < 2 < 2 9 11 < 0,01 < 0,01
< 0,001 0,001
< 1 2 < 0,05 < 0,05 170 3000 8000 140 53 5000 50 170 < 0,0003 < 0,0003 0,054 0,062 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 5,4 10,9 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005< 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,16 0,31 0,18 0,22 3,2 2,2 0,074 0,101 0,056 0,138< 0,2 < 0,2 < 0,004 < 0,004 < 0,0005 < 0,0005 < 0,02 0,03
Descrição da Estação :
Rio Mucuri a jusante da cidade de Carlos Chagas
Nublado
MU009
Classe 225/10/06
10:05Chuvoso
MU009
Classe 202/08/06
8:25Bom
MU009
Classe 211/05/06
8:20Nublado
MU009
Classe 208/02/06
8:15
MU1 MU1 MU1 MU1
75,08 75,28 62,24 BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA
D - 6
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
28 23 23 23 28,7 24,8 23,5 23,9 6,9 7,1 7 7,7 221 309 385 440 9,95 28 7,69 37,1 56 59 30 46 182 227 286 359 167 249 15 27 37 63 21,2 21,6 21,2 21,6 57,5 90,5 29,6 50,2 27,8 40,3 38 63,2 74,4 98,8 2,22 3 19,5 32,3 5,6 7,7 < 0,5 < 0,5
0,05 0,05 0,02 0,08
0,3 0,3
0,1 0,1 < 0,1 0,1
0,03 0,09 0,05 0,02 0,003 0,004 0,000683 0,000824 0,000598 0,003024 6,6 7,5 7,8 7,2 87,796 91,875 92,963 86,564< 2 < 2 < 2 < 2 14 24 < 0,01 < 0,01
0,001 < 0,001 0,003 0,004
< 1 1 < 0,05 < 0,05 40 3000 220 40 140 70 220 20 < 0,0003 < 0,0003 0,052 0,084 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 11,9 20,1 < 0,005 < 0,005 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,13 0,08 6,8 9,8 0,051 0,111 0,051 0,134< 0,2 < 0,2 < 0,004 < 0,004 < 0,0005 < 0,0005 < 0,02 0,04
Descrição da Estação :Rio Pampã a montante da confluência com o Rio Mucuri.
Nublado
MU011
Classe 225/10/06
10:45Nublado
MU011
Classe 202/08/06
9:20Bom
MU011
Classe 211/05/06
9:10Nublado
MU011
Classe 208/02/06
9:10
MU1 MU1 MU1 MU1
79,22 73,43 78,37 BAIXA BAIXA BAIXA MÉDIA
D - 7
Variável Unidade
UPGRHClasse de Enquadramento Classe 1 Classe 2 Classe 3Data de AmostragemHora de AmostragemCondições do TempoTemperatura do Ar o CTemperatura da Água o CpH 6 a 9 6 a 9 6 a 9Condutividade Elétrica µmho/cmTurbidez 40 100 100 NTUCor Verdadeira cor natural 75 75 UPtSólidos Totais mg / LSólidos Dissolvidos Totais 500 500 500 mg / LSólidos Suspensos Totais mg / LAlcalinidade Total mg / L CaCO3
Alcalinidade de Bicarbonato mg / L CaCO3
Dureza Total mg / L CaCO3
Dureza de Cálcio mg / L CaCO3
Dureza de Magnésio mg / L CaCO3
Cloreto Total 250 250 250 mg / L ClPotássio Dissolvido mg / L KSódio Dissolvido mg / L NaSulfato Total 250 250 250 mg / L SO4
Sulfeto 0,002 0,002 0,3 mg / L S Fósforo Total (limites p/ ambiente lótico)
0,1 0,1 0,15 mg / L P
Nitrogênio Orgânico mg / L N
Nitrogênio Amoniacal Total3,7 p/ pH < =7,5
2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
3,7 p/ pH <= 7,5 2,0 p/ 7,5<pH<=8,0 1,0 p/ 8,0<pH<=8,5
0,5 p/ pH>8,5
13,3 p/ pH <= 7,5 5,6 p/ 7,5<pH<=8,0 2,2 p/ 8,0<pH<=8,5
1,0 p/ pH>8,5
mg / L N
Nitrato 10 10 10 mg / L NNitrito 1 1 1 mg / L NAmônia não Ionizável mg / L NH3
OD > 6 > 5 > 4 mg / L% OD Saturação %DBO 3 5 10 mg / LDQO mg / LCianeto Livre 0,005 0,005 0,022 mg / L CN
Fenóis Totais (substâncias quereagem com 4-aminoantiprina)
0,003 0,003 0,01 mg / L C6H5OH
Óleos e Graxas ausentes ausentes ausentes mg / LSubstâncias Tensoativas 0,5 0,5 0,5 mg / L LASColiformes Totais NMP / 100 mlColiformes Termotolerantes 200 1000 4000 NMP / 100 mlEstreptococos Fecais NMP / 100 mlClorofila a 10 30 60 µg / LFeofitina a µg / LDensidade de Cianobactérias 20000 50000 100000 cel / mLAlumínio Dissolvido 0,1 0,1 0,2 mg / L AlAlumínio Total mg / L AlArsênio Total 0,01 0,01 0,033 mg / L AsBário Total 0,7 0,7 1 mg / L BaBoro Dissolvido mg / L B Boro Total 0,5 0,5 0,75 mg / L B Cádmio Total 0,001 0,001 0,01 mg / L CdCálcio Total mg / L CaChumbo Total 0,01 0,01 0,033 mg / L PbCobre Dissolvido 0,009 0,009 0,013 mg / L CuCobre Total mg / L CuCromo Hexavalente mg / L CrCromo Trivalente mg / L CrCromo Total 0,05 0,05 0,05 mg / L CrFerro Dissolvido 0,3 0,3 5 mg / L FeMagnésio Total mg / L MgManganês Total 0,1 0,1 0,5 mg / L MnMercúrio Total 0,2 0,2 2 µg / L HgNíquel Total 0,025 0,025 0,025 mg / L NiSelênio Total 0,01 0,01 0,05 mg / L SeZinco Total 0,18 0,18 5 mg / L Zn
Toxicidade Crônica
IQACT
Resultados das Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
Padrão
32 25 26 23 29,8 25,9 24,7 23,7 6,9 7,3 7,1 7,7 163 208 223 231 6,67 13,1 5,27 75,4 59 71 30 144 127 156 161 239 113 155 14 15 6 82 20,5 16,8 20,5 16,8 34,7 40,8 18,4 27,8 16,3 13 51,8 39,7 37,5 122 2,58 2,81 17,1 23 3,8 5,3 < 0,5 < 0,5
0,05 0,06 0,05 0,11
0,6 0,5
0,1 0,2 0,1 0,1
0,03 0,1 0,07 0,02 0,005 0,003 0,000736 0,002809 0,000819 0,002982 7,2 7,9 8,3 8 97,528 98,507 100,893 95,287< 2 < 2 < 2 < 2 19 14 < 0,01 < 0,01
0,001 < 0,001 0,001 0,001
< 1 < 1 < 0,05 < 0,05 24000 13000 30000 24000 13000 17000 3000 8000 < 0,0003 < 0,0003 0,056 0,061 < 0,07 < 0,07 < 0,0005 < 0,0005 7,4 11,1 < 0,005 < 0,005 < 0,004 < 0,004 0,005 < 0,004 < 0,01 < 0,01 < 0,04 < 0,04 0,050000 0,050000 0,19 0,31 0,13 0,17 4 3,2 0,043 0,072 0,023 0,133< 0,2 < 0,2 0,007 < 0,004 < 0,0005 < 0,0005 0,02 0,02
Descrição da Estação :
Rio Mucuri a jusante da cidade de Nanuque.
Nublado
MU013
Classe 225/10/06
11:45Nublado
MU013
Classe 202/08/06
11:20Bom
MU013
Classe 211/05/06
10:25Nublado
MU013
Classe 208/02/06
10:15
MU1 MU1 MU1 MU1
59,17 60,42 60,57 BAIXA BAIXA BAIXA BAIXA
D - 8
Legenda:
9,5: Valores em vermelho indicam resultados não conformes em 20% do padrão de classe.
IQA: Excelente 90 < IQA ≤ 100
Bom 70 < IQA ≤ 90
Médio 50 < IQA ≤ 70
Ruim 25 < IQA ≤ 50
Muito Ruim 0 < IQA ≤ 25
CT: Baixa Concentração ≤ 1,2 . P
Média 1,2 .P < Concentração ≤ 2 . P
Alta Concentração > 2 . P
P = Limite de classe definido na CONAMA No 357/05
Vazão: Inferida por método de regionalização.
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