O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO...O Coritiba lançou a nova marca fornecedora de material esportivo...

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O Coritiba lançou a nova marca fornecedora de material esportivo do clu-be, que recebeu o nome de 1909 e ficará no lugar da Adidas na confec-ção dos uniformes da equipe paranaense. Como não precisará dividir

os ganhos com uma empresa patrocinadora, a equipe espera conseguir o maior faturamento de sua história com o licenciamento.

A expectativa do Coritiba é, no primeiro ano, lucrar R$ 1 milhão com as vendas de camisa. Em comparação, o clube recebeu, pelos dois últimos anos de acordo com a Adidas, R$ 200 mil. O valor esperado agora é o dobro do recorde de ganho da equipe com o segmento. O antigo pico aconteceu em 2011, com a Lotto, e em 2012, com a Nike, com um montante que ficou por volta e R$ 500 mil. Em ambas

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

Por R$ 1 mi, Coritiba lança marca própria

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N Ú M E R O D O D I A

de dólares já recebeu Neymar pelo contrato com a Gillette, assinado em 2015, para ser embaixador global da marca 7 mi

EDIÇÃO 1054 - QUARTA-FEIRA, 1 / AGOSTO / 2018

as temporadas, o time chegou à final da Copa do Brasil.A marca é própria, mas cada etapa do projeto foi dividida por empresas contra-

tadas. A principal, a confecção, ficou por conta da Bomache. O Coritiba também contratou companhias para ceder o tecido e para fazer o desenho, além de uma agência para promover a nova vestimenta aos torcedores.

A Bomache será também a responsável por distribuir as camisas no varejo nacio-nal; a companhia faz trabalhos semelhantes com Paysandu, Santa Cruz e Fortaleza. A entrega de material da empresa será outro diferencial: serão 20 mil uniformes, o dobro do que era fornecido pela Adidas durante as últimas temporadas.

Outra vantagem apontada pelo Coritiba é a possibilidade de fazer pedidos es-pecíficos sem a necessidade de passar pela burocracia de uma grande companhia. “Além de termos toda a gerência no desenvolvimento dos produtos, das peças de material esportivo, das camisas de jogo, a nossa expectativa é atender algumas demandas da torcida”, celebrou o vice-presidente do clube, Anibal Mesquita.

Essas mudanças passam pelas listras nas costas da camisa, por exemplo, além da confecção de uniformes com manga longa. Com o clima frio da capital paranaen-se, esse era um pedido de parte dos torcedores. Com o controle sobre a produ-ção, a entrega desse tipo de detalhe ficará mais simplificada.

O uniforme ainda não foi apresentado oficialmente. A estreia da camisa, no en-tanto, será nas próximas semanas. Na partida contra o Sampaio Correa, que mar-cará o início do segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro, a equipe estará em campo com a nova vestimenta.

C L U B E A C E R TA C O M M A R C A D E

C E R V E J A

F L A M E N G O U S A V I T I N H O PA R A AT I VA R S Ó C I O

O Flamengo acertou um patrocínio para o time de futebol americano do clube. Chamado de “Flamengo Im-peradores”, a equipe terá o aporte da cervejaria Brassaria Ampolis.

A marca, que pertence ao filho do humorista Mussum, Sandro Gomes, ficará exposta no uniforme do time na área dos ombros e nas costas.

A empresa justificou a escolha pelo futebol americano porque o perfil da companhia busca “parcerias originais”.

Além disso, a Brassaria Ampolis aposta no crescimento da modalidade no país. Clubes como Corinthians, Botafogo e Palmeiras também mantêm esquipes no futebol americano.

O Flamengo usou a contratação do atacante Vitinho para ativar o programa de sócio-torcedor do clube.

Uma série de iniciativas foi feita com exclusividade a sócios-torcedores envolvendo o jogador. A primeira delas foi o anúncio da contratação, feito em primeira mão aos mais de 100 mil cadastrados no programa rubro-negro.

No domingo, Vitinho viu o jogo contra o Sport do camarote reservado a sócios. Na apresentação oficial, três torcedores acompanharam a entrevista coletiva.

O P I N I Ã O

Coritiba servirá para avaliação no esporte

O caso do Coritiba, com uma marca própria para fornecedora de ma-terial esportivo, não é inédito no futebol, mas talvez seja a primeira iniciativa mais bem estruturada de um time de Série A (ainda que es-

teja momentaneamente na B) dentro do eixo centro-sul do Brasil. Por isso mesmo, a experiência paranaense servirá de termômetro para o mercado do futebol.

Caso a equipe seja bem-sucedida, a tendência é que outras equipes sigam o mes-mo caminho. Vale a ressalta que não há precedente de algo do tipo no futebol de ponta, mas talvez seja uma necessidade no mercado brasileiro.

O problema é que fornecimento de material esportivo é algo totalmente desequi-librado. Muito se fala na televisão, pela alta diferença de valores, mas proporcional-mente são os patrocínios de camisa que mais carregam distâncias no futebol do país.

Segundo o Coritiba, os ganhos com a Adidas eram de R$ 100 mil por tempo-rada. Isso significa que o Flamengo ganha mais de 30 vezes que a equipe do Paraná recebia da empresa alemã pela mesma pro-priedade. Nem patrocínio, nem televisão e nem bilheteria têm diferenças tão grandes entre as equipes brasileiras.

O modo de pensar a parceria é muito diferente. Em uma equipe média ou pe-quena, as fornecedoras de material espor-tivo fazem conta de padaria. É meramente

um produto de licenciamento. Nas grandes equipes, o acordo vale como um patrocí-nio mais convencional. Adidas, Nike e Puma não vão, necessariamente, recuperar o investimento financeiro feito em Flamengo, Corinthians e Palmeiras de forma direta. Mas estar com os três é uma questão de posicionamento das maiores marcas.

Ter uma marca própria passa a ser o caminho para, pelo menos, ter mais direitos a royalties de venda. Só que isso não é simples. Fabricar camisetas está longe do know--how de qualquer clube de futebol. É necessária uma estrutura muito profissional, com parceiros muito específicos, para a experiência ser minimamente positiva. E o pior: distribuição de produtos no varejo é algo que exige companhias fortes por trás. Caso contrário, a expectativa de lucrar com as vendas vai por água abaixo com as su-cessivas rupturas nos principais pontos de venda do mercado nacional.

São esses empecilhos que fazem da experiência do Coritiba algo arriscado e sem um grande espelho, seja no Brasil ou no mercado europeu. Mas caso o time final-mente consiga fazer dar certo, esse deverá ser um caminho a ser seguido por outros.

Proporcionalmente, os fornecedores

de camisa formam os contratos com

maior discrepância no futebol

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

Clubes da América têm valorização

de 21%, diz Forbes

A Nestlé, por meio da marca Nescau, ampliou a relação com a NBA. Em ação inédita no país, a marca lançará copos personalizados da liga de basquete dos EUA.

São sete modelos diferentes, que serão distribuídos a quem comprar R$ 20 em produtos Nescau. A ini-ciativa é mais uma da marca com a liga americana.

Em abril, foi lançada a pro-moção “Partiu NBA”, em que dez consumidores ganharam uma via-gem com acompanhante para ver um jogo da próxima temporada da NBA em Orlando.

Além disso, a empresa trouxe para a sua sede o troféu da NBA, que ficou exposto aos funcionários.

N O S E S TA D O S U N I D O S , N E S C A U C R I A C O P O S C O M A N B A

O Cruzeiro tem promovido uma “invasão do bem” no Mineirão. As-

sim tem sido chamada a ação que tem levado cachorros para adoção no

gramado do estádio. A campanha tem sido realizada em parceria do clube

com a administração da arena, além da ONG Cãoviver e da Popcorn.

A ação faz parte do esforço do Mineirão em se mostrar amigável aos cachorros. O estádio já chegou a criar

um espaço nas arquibancadas para torcedores levarem seus cães em jogos.

C R U Z E I R O A P O S TA E M A Ç Ã O PA R A A D O Ç Ã O D E

C Ã O E M A R E N A

POR REDAÇÃO

Os 50 clubes mais valiosos da América estão avaliados em US$ 7,3 bilhões de dólares, quase R$ 30 bilhões. O número representa um aumento de 21% em relação ao último ano, segundo a revista Forbes; a publicação dos Estados Unidos faz o levantamento anualmente.

Pelo sexto ano seguido, o líder da lista é o Corinthians, ava-liado em US$ 462 milhões. Logo abaixo, está o maior rival, o Palmeiras, com US$ 424 milhões. Os times se valorizaram nos últimos anos graças a construção de suas arenas; soma-das, elas passam de R$ 2 bilhões em construção. O valor de direitos de televisão e patrocínios também têm sido um fator relevante para a valorização de marca dos times.

Arenas costumam valorizar os clubes dentro da pesquisa da Forbes. O terceiro colocado, por exemplo, é um abso-luto novato: Los Angeles FC. O time que estreou na MLS, a liga de futebol dos Estados Unidos, construiu um novo está-dio, que conta com o naming rights do Youtube. A marca do Google também faz aporte à equipe.

Outros times com estádios de destaque também foram co-locados entre os primeiros da lista. É o caso do Grêmio, além do Chivas do México e do New York Red Bull, dos Estados Unidos. O Flamengo ficou em apenas 14º na lista.

Os brasileiros permanecem como maioria no levantamento da Forbes, seguidos dos times americanos e mexicanos. A lista da revista considera três fatores: valor do elenco de jo-gadores, valor da marca do clube e custo do estádio.

POR ERICH BETING

O Vasco da Gama estará a partir do próximo domingo com um novo patroci-nador na camisa. O clube acertou um contrato de patrocínio com o Zoom, site e aplicativo comparador de preços e produtos. Em acordo válido até o final do ano, a mara ficará na parte das costas do uniforme vascaíno já na partida contra o São Paulo, pela 17ª rodada do Brasileirão Assaí, que será transmitida pela Globo.

“O patrocínio do Zoom é mais um passo na firme reaproximação do Vasco com o mercado publicitário. É uma marca jovem, digital, com um modelo de negócio moderno e medidas de performances absolutamente contemporâneas, exatamen-te na medida do que o Vasco precisa para mostrar o novo momento que vive”, afirmou em nota Bruno Maia, vice-presidente de marketing do Vasco.

Segundo o dirigente, a proposta é utilizar a parceria também para o meio digital.“As plataformas digitais são uma prioridade de comunicação para nós e tê-los

conosco vai ajudar muito nisso. O Vasco fará um trabalho muito forte para que eles atinjam os objetivos que nos mostraram e desejamos que seja o nascimento de uma longa parceria. Temos confiança que a torcida vai abraçar o Zoom”, afirmou.

O primeiro resultado digital já foi celebrado. O anúncio do patrocínio colocou a expressão #zoomnovasco entre o assunto mais comentado do Twitter no Brasil.

“Nosso público, é apaixonado por futebol e encontramos muita sinergia nessa parceria. Outro ponto importante é o alto impacto em termos de visibilidade de marca que essa ação proporciona, já que o Brasileirão apresentou a maior audiên-cia em 11 anos em 2017”, disse Thiago Flores, diretor executivo do Zoom.

Vasco fecha patrocínio com aplicativo

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POR REDAÇÃO