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Gestão ambiental e sustentabilidade

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O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O MEIO AMBIENTE

VÂNIA GUIMARÃES

A RELAÇÃO ENTRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O MEIO AMBIENTE

Grandes navegações séc XV → incorporação de novas regiões à economia européia como América e o Sudeste Asiático → aceleração do processo de exploração da natureza → problemas ambientais.

Exploração do pau-brasil séc XVI → quase extinção da espécie.

Revolução industrial séc XVIII → exploração predatória do ambiente natural nos países colonizados.

Plantações de algodão, cana-de-açúcar, tabaco, café entre outras surgiam no lugar das florestas.

Segunda metade do séc XX – crescente preocupação ambiental com o comércio internacional, difusão de espécies exógenas, para locais sem predadores naturais,.

A preocupação com o vínculo comércio internacional e meio ambiente é relativamente recente, e pode ser identificada com as rodadas de discussões finais do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade - Acordo Geral de Tarifas e Comércio)

A criação de blocos econômicos também impulsionou o debate sobre a questão ambiental – União Européia, NAFTA (North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) - América do Norte.

As relações comerciais entre os países sofreram uma radical transformação nos últimos anos; o crescimento do comércio internacional e a difusão de novos padrões de consumo e produção conduzem à perspectiva de uma globalização orientada para a obtenção de um desenvolvimento sustentável.

Presença marcante da temática ambiental nos fóruns internacionais de discussão criação e aparecimento de novas organizações e de atores internacionais que ganham legitimidade e adquirem respeitabilidade e liderança internacional à medida que assumem posturas cada vez mais identificadas com as causas ecológicas.

Governos nacionais são cada vez mais pressionados por diversos atores ambientalmente ativos tanto no plano interno como no externo e respondem com ações administrativas e jurídicas no âmbito nacional e iniciativas bilaterais ou multilaterais.

As discussões sobre o meio ambiente e comércio internacional tem assumido importância muito grande no âmbito empresarial e adotadas medidas de controle ambiental sobre o comércio entre as nações, a utilização de medidas de controle ambiental como forma de barreira tarifária, perda ou não de competitividade das empresas diante das regulações ambientais cada vez mais rigorosas e o chamado “dumping ecológico”.

A OMC e a questão ambiental

30/05/1991 o GATT instituiu que se realizassem estudos no sentido de proibir a importação de qualquer produto considerado nocivo à natureza.

A rodada Uruguaia do GATT decidiu pela criação do Comitê de Comércio e Meio Ambiente (CCMA).

1995 início das atividades da OMC – o Comitê sobre Comércio e Meio Ambiente foi estabelecido pelo Conselho Geral da Organização.

1996 – Cingapura – foi reconhecido que maior transparência poderia satisfazer às preocupações relacionadas com os esquemas das rotulagens ambientais → preparação, adoção e aplicação de programas.

1997 – exigências relacionadas com o comércio internacional e o meio ambiente adotam normas e regulamentações técnicas, exigências sobre o conteúdo do produto, requisitos relativos ao conteúdo dos componentes reciclados, sistema de etiquetagem e embalagem, impostos e normas voluntárias diversas como do selo ecológico.

A certificação e a rotulagem ambiental têm assumido um papel cada vez maior no comércio internacional.

ISO 14000 condição necessária para as empresas que aspiram à exportação de seus produtos.

Empresas devem buscar um selo verde adequado ao produto comercializado.

Muitas exigências ambientais escondem práticas protecionistas – Ex: exigência dos EUA em relação a gasolina brasileira

Blocos comerciais e meio ambiente: o caso do mercosul

Blocos comerciais assumem papel importante no estabelecimento de normas de proteção ambiental.

NAFTA → EUA, México e Canadá → o convencimento das partes sobre a importância da conservação e da melhoria do meio ambiente em seus territórios, e o papel essencial da cooperação nessas áreas para alcançar um desenvolvimento sustentável para o bem-estar das gerações presentes e futuras.

Acordo a serem seguidos pelos membros do NAFTA

Preparar periodicamente informações sobre a situação do meio ambiente e sua colocação à disposição do público.

Desenvolver e revisar as medidas para a atuação em emergências ambientais;

Promover a educação ambiental; Apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento

tecnológico na área ambiental. Avaliar de maneira apropriada os impactos

ambientais. Promover o uso de instrumentos econômicos

para alcançar as metas ambientais de forma eficiente.

MERCOSUL

Os programas ambientais multilaterais têm de definir adequadamente as responsabilidades, respeitar as soberanias nacionais no quadro do direito Internacional e tornar realidade uma interdependência que garanta benefícios equítativos às partes.

Posições conjuntas dos 5 países do MERCOSUL

Proteção da atmosfera; Diversidade biológica; Degradação dos solos e desertificação; Florestas; Recursos hídricos; Meios marinhos; Resíduos tóxicos e perigosos; Assentamentos humanos; Recursos financeiros e comércio internacional; Fortalecimento instirucional

A declaração de Taranco

25/06/1995 reunião em Montevidéu com os ministros e Secretários de Estado responsáveis pela área ambiental.

Pauta1. Avanços da Reunião Especializada de Meio Ambiente

do Mercosul;2. Legislação e normas ambientais no Mercosul;3. Introdução às normas ISO 14000;4. Considerações sobre os impactos ambientais da

Hidrovia Paraguai Paraná;5. Ações conjuntas em áreas de ecossistemas

compartilhados;6. Coordenação de posições nos Acordos Internacionais

do Meio ambiente.7. Custos ambientais dos processos produtivos.

A declaração de Taranco

Resultados1. Divulgação do documento

“Declaração de Taranco”.2. REMA transformado em Subgrupo

de Trabalho do Mercado Comum (ST6).

Papel do ST6

Consiste em formular e propor estratégias e diretrizes que garantam a proteção e a integridade do meio ambiente dos Estados Parte em um contexto de livre comércio e consolidação da União Aduaneira, assegurando, paralelamente, condições equânimes de competitividade, tendo como premissas a excelência e a eficácia e considerando as diretrizes básicas de política ambiental aprovadas pela resolução 10/94 e os princípios emanados da CNUMAD/92.

Objetivos específicos do SGT - 6

Promover o desenvolvimento sustentável a partir das ações combinadas que garantam a integração dos Estados-parte nas áreas meio ambiente e relações econômicos-comercial.

Evitar a criação de distorções ou de novas restrições ao comércio.

Realizar estudos e propor ações e práticas para a prevenção da contaminação e da degradação do meio ambiente e para o melhoramento da qualidade ambiental no território dos Estados-parte;

Promover medidas ambientais efetivas e econômicamente eficientes.

Propostas e pautas de negociação criadas pelo SGT 6

Barreiras não tarifárias; Competitividade e meio ambiente; Normas internacionais – ISO 14000; Temas setoriais; Projeto de Instrumento Jurídico de Meio

Ambiente no Mercosul. Sistema de informação ambiental; Selo Verde Mercosul

O acordo quadro sobre o meio ambiente do Mercosul

Objetivo“O desenvolvimento sustentável e a

proteção do meio ambiente mediante a articulação entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais, contribuindo para uma melhor qualidade do meio ambiente e de vida das populações.”

Princípios

Promoção da proteção do meio ambiente e aproveitamento mais eficaz dos recursos disponíveis mediante a coordenação de políticas setoriais, com base nos princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio.

Incorporação da componente ambiental nas políticas setoriais e inclusão das considerações ambientais na tomada de decisões que se adotem no âmbito do Mercosul para fortalecimento da integração

Promoção do desenvolvimento sustentável por meio do apoio recíproco entre os setores ambientais e econômicos, evitando a adoção de medidas que restrinjam ou distorçam de maneira arbitraria ou injustificável a livre circulação de bens e serviços no âmbito do Mercosul.

Tratamento prioritário e integral às causas e fontes dos problemas ambientais.

Promoção da efetiva participação da sociedade civil no tratamento das questões ambientais;

Fomento à internalização dos custos ambientais por meio do uso de instrumentos econômicos regulatórios.

Bibliografia

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade – 1ª Ed- são Paulo: Atlas,2010

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