View
216
Download
2
Category
Preview:
DESCRIPTION
Foi na Conferência Extraordinária das Cidades que a população votou propostas de políticas públicas que deverão interferir diretamente no modo de vida e no traçado da capital federal.
Citation preview
TERÇA-FEIRA 6 de dezembro de 2011
R$ 1,00www.clicabrasilia.com.br Exemplar de assinante
Assinaturas: 0800-612221
Ano 40
Temperaturade 18°C a 26°C
O novo mapa do DFGoverno e brasilienses discutem mudanças e até a criação de regiõesadministrativas. Saiba como sua cidade pode ficar. Cidades, páginas 8 e 9
VVVVeeeelllloooozzzzeeeessss eeeeiiiirrrrrrrreeeegggguuuullllaaaarrrreeeessssCerca de 28% da frota do DF não tem o Licenciamento 2011. São 360 mil veículos de um total de aproximadamente 1,3 milhão.Enquanto isso, fiscalização no Eixão é intensificada: oito pessoas perderam a vida na via este ano. Cidades, página 12
Licitação?Para quê?
Só no Detran, contratos emer-genciais, entre janeiro e novem-bro, chegam a R$ 33,5 milhões.Política & Poder, página 21
Malha fina pega28 mil brasilienses
Economia, página 27
Santo de casafez milagre
Eliminado do Bola de Ouro da Fifa,Neymar foi eleito o craque do Bra-sileirão pela CBF. Cariocas dominarama votação. Torcida, páginas 42 e 43
Focos de Aedes aegypti em dobro deixam Brasília em estado de alertaCidades, páginas 4 e 5
Concurso aberto:R$ 5.485,24
Economia, página 28
Nº 13.065
PAULA CARVALHO
BRU
NO
PO
LETT
I/FR
AM
E/A
E
8 Segunda-feira, 5 de dezembro de 2011CIDADES Jornal de Brasília
Onde antes terialugar para dezapartamentos,seriam 15 ou 20.Isso estáprevisto emcidades comoGama, Ceilândiae Sobradinho.
DESENVOLVIMENTO URBANO
Para qual sentido
l Uso do espaço diante do aumento populacional é tema da Conferência Distrital das Cidades
! Bruna Sensêveb r u n a . s e n s eve @ j o r n a l d e b ra s i l i a . c o m . b r
O adensamento populacional ea verticalização habitacionalsão dois conceitos urbanís-
ticos que o brasiliense tira do papel ecomeça a vivenciar na pele. As duasideias estão previstas nas legislaçõesem elaboração como uma forma deconter a ocupação horizontal irre-gular e preservar o pouco que restados recursos naturais do DistritoFederal. Seria essa a melhor solução?A Conferência Distrital das CidadesExtraordinária, que acontecerá em 9,10 e 11 de dezembro, abre espaçopara que a população debata e in-terfira nesse processo.
O Jornal de Brasília inicia hoje
uma série de matérias que podemajudar a sociedade a discutir os prin-cipais temas em debate na Con-ferência. Entre eles, a maneira comoas cidades deverão crescer, seus li-mites naturais e suas necessidadessocioeconômicas para esse adensa-mento. A atualização do Plano Di-retor de Ordenamento Territorial(PDOT) enviada este ano à CâmaraLegislativa prevê oferta de novasáreas e regulariza os parcelamentosilegalmente ocupados por morado-res de baixa a alta renda.
O Guará é uma das regiões ad-ministrativas mais impactadas poressa oferta, com oito novas áreas. SãoSebastião e Samambaia terão três,assim como o Lago Norte terá maisduas. Gama, Taguatinga, Sobradi-
nho, Lago Sul, Ceilândia, Recantodas Emas, Santa Maria e Brasíliacontarão, cada uma, com a oferta demais uma área urbana habitacional.
NÚCLEOSEntre as ofertas é importante
salientar as propostas de adensa-mento dos núcleos urbanos de Ta-guatinga, Ceilândia, Sobradinho eGama, por meio das ocupações deáreas intersticiais urbanas, ou seja,dos becos residenciais. Em Tagua-tinga e Sobradinho, onde se prevêmédia densidade, os índices serãosuperiores a 50 habitantes, e até 150,por hectare. Em Ceilândia e no Ga-ma, os índices corresponderão à altadensidade, portanto, superiores a150 habitantes por hectare.
A análise é da arquiteta HimaAmaral, que também reforça a aten-ção ao aumento dos coeficientes deaproveitamento, ou seja, quanto po-de ser utilizado dos lotes. Esse au-mento resulta no aumento da den-sidade populacional. Onde antes te-ria lugar para dez apartamentos,seriam 15 ou 20, pois aumenta olimite de área construída. Isso estáprevisto em cidades como Gama,Sobradinho, Guará e Ceilândia.
Ela chama atenção para um con-ceito urbanístico chamado EscalaHumana. “Diz respeito ao dimen-sionamento das edificações. Se elanos é confortável ou nos faz sentiresmagados. Precisamos de algo queo ser humano utiliza de forma con-fortável”, detalha.
vamos crescer?
Fique por dentro
No próximo fim de semana,
chega a reta final da
Conferência Distrital das
Cidades Extraordinária. Nela,
serão discutidos assuntos
importantes para o
planejamento territorial de
todo o Distrito Federal.
Decisões que deverão atingir
diretamente o residente e
comerciante brasiliense. Para
entender melhor os termos
utilizados e os temas em
discussão, o Jornal de Brasília
preparou um glossário com as
principais legislações e termos
da política habitacional.
Q Lei Orgânica do Distrito Federal –
Pode ser definida como a Constituição
do Distrito Federal, que estabelece desde
a organização dos poderes constituídos
no DF à política urbana e rural, além da
organização administrativa, atividades
econômicas e diretrizes sociais. Misto de
lei municipal e constituição estadual,
elaborada em 8 de junho de 1993.
Q PDOT – O Plano Diretor de
Ordenamento Territorial é
o instrumento básico da política
territorial e de orientação aos agentes
públicos e privados que atuam na
produção e gestão das localidades
urbanas, de expansão urbana e rural do
território do Distrito Federal. Ele deve
abranger todo o espaço físico do Distrito
Federal e regular, basicamente, a
localização dos assentamentos humanos
e das atividades econômicas e sociais da
população. O plano foi atualizado este
ano, a pedido do Ministério Público do
Distrito Federal e Territórios (MPDFT),
enviado à Câmara Legislativa e deverá
ser votado no ano que vem.
SAIBA+
o
,
a,
ir
ra
ília
as
mos
Q Le
Pod
do D
a or
no D
orga
econ
lei m
elab
Q PD
Ord
o ins
terr
púb
prod
urba
terr
abra
Fede
loca
e da
pop
ano,
Dist
envi
ser v
Q LUOS – A Lei de Ocupação e Uso do
Solo estabelece os parâmetros e
diretrizes urbanísticas de uso e ocupação
do solo. Ou seja, constitui um dos
instrumentos urbanísticos que deverá
regular as categorias de usos e as
formas de ocupação dos lotes: como e o
quanto pode ser construído dentro de
cada lote – altura, afastamento e
tamanho da edificação. Terá vigência em
todo o território do Distrito Federal, com
exceção do quadrilátero tombado.
Também deverá substituir os PDLs de
todas as cidades. Ainda está em fase de
elaboração e deverá chegar à Câmara
Legislativa em maio de 2012.
Q PPCUB – O Plano de Preservação do
Conjunto Urbanístico de Brasília é
equivalente à Lei de Uso e Ocupação do
Solo, mas tem vigência apenas no
quadrilátero tombado do Distrito
Federal. Esse quadrilátero compreende
os limites do Plano Piloto,
Candangolândia, Cruzeiro, Sudoeste e
Octogonal. A lei está em elaboração e
ainda terá a última audiência para
apresentação da minuta do projeto de
lei.
Q PDL – O Plano Diretor Local é o
instrumento básico da política de
desenvolvimento das regiões
administrativas. A finalidade é orientar a
atuação do poder público e da iniciativa
privada na construção dos espaços
urbano e rural na oferta dos serviços
públicos essenciais, visando assegurar
melhores condições de vida para a
população. Atualmente, apenas sete
regiões administrativas possuem esse
plano: Gama, Taguatinga, Sobradinho,
Ceilândia, Guará, Samambaia e
Candangolândia. Eles serão extintos
assim que a LUOS for aprovada.
Q ZEE – O Zoneamento
Ecológico-Econômico é um instrumento
de gestão territorial que tem por
finalidade propiciar um diagnóstico
preciso sobre o meio físico-biótico,
socioeconômico e sobre sua organização
institucional e oferecer, ainda, diretrizes
de ação, as quais deverão refletir os
diferentes interesses dos cidadãos.
Deverá subsidiar e orientar a formulação
de políticas de planejamento, ordenação
e gerenciamento do território, voltadas
para a conciliação do desenvolvimento e
crescimento econômico e social com a
melhoria da qualidade de vida da
população e redução de perdas e danos
ao patrimônio natural e cultural.
9Segunda-feira, 5 de dezembro de 2011 CIDADESJornal de Brasília
Expansão sem complexidadeOs problemas decorrentes dessa
verticalização e adensamento popu-lacional levantam questões estrutu-rais. O professor Frederico Flósculo,da Faculdade de Arquitetura e Ur-banismo da Universidade de Brasília(UnB), aponta o abastecimento deágua, energia e o pleno tratamentodo esgoto produzido por essa po-pulação em expansão.
“Águas Claras começou com 12andares, subiu até chegar a 34 an-dares e agora está entre 30 ou 28.Qualquer coisa acima de 20 é muitopara Águas Claras. A cidade não foiplanejada para receber os carros,os prédios, a população”, exem-plifica Flósculo. Ele compara a
situação vivida por Brasília àquelade uma pessoa obesa, com excessode gordura, acúmulo de energiaque não é trabalhada.
INCHAÇO“Brasília está adquirindo cada
vez mais mercadoria imobiliáriaque não corresponde à atividadeeconômica nenhuma. São Paulo égigante, porque São Paulo é umgigante econômico, com indús-trias, serviços, maturidade, com-plexidade. Brasília não tem com-plexidade. Brasília é ainda o ser-viço público federal e um colarimenso de serviços de apoio a ele.Ela não tem sustentabilidade ain-
da. Então deve-se criar mais áreasde moradia? Não. Isso vai ser o fimde Brasília”, analisa.
Ele lembra da necessidade deconfecção do Zoneamento Ecologi-coeconômico (ZEE) previsto na LeiOrgânica do Distrito Federal, masque nunca foi produzido. “É com-parado ao registro civil de seu filho.Deveria ser pressuposto de qual-quer plano urbano. Precisamos deum estudo de ambiente que mos-tre os limites ecológicos, graus desensibilidade, lençóis freáticos eáreas para construção. Brasília nãotem. O ZEE vem sendo empurradohá 16 anos e vai fazer 17 ano quevem”, debate o arquiteto.
PAULA CARVALHO
Frederico Flósculo ressalta sobre as questões estruturais básicas
Planejamento é desafioO secretário-adjunto de Habi-
tação, Regularização e Desenvolvi-mento Urbano do Distrito Federal(Sedhab), Rafael Oliveira, concordaque o ZEE deveria ser preparadoantes das outras legislações, masafirma que ainda não foi possívelfinalizar sua elaboração. “Na rea-lidade, o ZEE deveria ser anterior aoPDOT. São as escolhas de Sofia.Estamos vivendo num mundo quenão é o ideal, mas o real, que estáacontecendo. Em um mundo ideal,dois anos depois da Lei Orgânica oZEE deveria estar pronto. O ZEE
continua em desenvolvimento e es-tará compatível com o PDOT, aLUOS e o PPCUB”, garante.
Ele afirma que não haverá con-tradições entre essas legislações. Des-de já seria analisado o que é passívelde reversão e o que é preciso reverterpara poder, do ponto de vista am-biental, garantir a sustentabilidade doDF. A elaboração, segundo o se-cretário-adjunto, deverá ser finaliza-da junto ao cronograma de elabo-ração da – Lei de Uso e Ocupação doSolo, na segunda quinzena de maio.
O tipo de adensamento e como
ele poderá ser feito estão entre osprincipais pontos dos debates pro-movidos pela Conferência das Ci-dades. Deverão entrar na discussão oque deverá vir junto a esse aden-samento. “Quais são os serviços pú-blicos e as melhorias de infraes-trutura que precisam ser promovidaspara que seja possível um cresci-mento que garanta a qualidade devida. Não adianta construir edifíciose não ter melhoria do sistema viário,nem capacidade de suporte da con-cessionária da rede de esgoto dee n e rg i a ”, define.Para Rafael Oliveira, crescimento deve garantir a qualidade de vida
Q EIV – O Estudo de Impacto de Vizinhança é um instrumento de gestão urbana que abre inúmeras possibilidades de assegurar ou incrementar a qualidade de vida de toda a população. Mais especificamente, os empreendimentos a serem implementados, a partir da edição da lei, deverão obedecer essa legislação que assegura a qualidade de vida das populações residentes e usuárias do entorno dos empreendimentos.
Q PLANDHIS – O Plano Distrital de Habitação de Interesse Social deverá definir quem faz parte da população de interesse social que vive em situação de moradia precária. Também fará um planejamento para aqueles incluídos no programa habitacional de interesse social. Envolverá a percepção da realidade dessa parcela da população, qual a situação atual e a ideal, quais recursos e estratégias poderão ser utilizados.
Q SISPLAN – O Sistema de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal é um instrumento de democratização da gestão urbana, com representação tanto do governo como de diversos segmentos da sociedade civil. É nesse ambiente em que órgãos e colegiados institucionais interagem no processo de planejamento e gestão do desenvolvimento do DF. A partir dele, a população terá acesso mais facilitado a participar ativamente do processo decisório sobre a política habitacional.
Q Adensamento populacional – É o aumento da densidade demográfica de um espaço em particular, o aumento do aglomerado populacional de uma região. Pode se dar de várias formas, uma delas sendo a verticalização das edificações, que possibilita a multiplicação da área do lote proporcionalmente ao número de andares.
Q Conplan – O Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal é um órgão auxiliar do governo na formulação, acompanhamento, aprovação e atualização das diretrizes e dos instrumentos de implementação da política territorial e urbana. É formado pelo poder público e sociedade civil.
Q Verticalização - É um processo urbanístico que ocorre em metrópoles e consiste na construção de grandes e inúmeros edifícios. Em algumas cidades, a verticalização pode ser notada por um projeto urbanístico, ou planejamento urbano, que muitas vezes auxilia na organização da cidade. Em outras, a verticalização retardadamente não ocorre acentuadamente em toda sua estrutura urbana, e sim em pontos característicos, como seria o caso da região central do Plano Piloto.
Q UPT – As Unidades de Planejamento Territorial são sete macrodivisões territoriais que englobam diversas cidades em uma só unidade. O objetivo é proporcionar discussões de temas que atingem não só o planejamento local da cidade, mas sua interação com as regiões vizinhas.
Q UPT Norte – Planaltina, Sobradinho I e Sobradinho II.
Q UPT Sul – Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Santa Maria.
Q UPT Oeste – Brazlândia, Ceilândia, Samambaia e Taguatinga.
Q UPT Leste – Itapoã, Jardim Botânico, Paranoá e São Sebastião.
Q UPT Central Adjacente I – Lago Norte, Lago Sul, Park Way e Varjão.
Q UPT Central Adjacente II – Águas Claras, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I, Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA), Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Vicente Pires.
Q UPT Central – Brasília, Candangolândia, Cruzeiro e Sudoeste/Octogonal.
Q Poligonal – São os limites territoriais legais de uma determinada região.
INFO JBr/Cícero
8 Terça-feira, 6 de dezembro de 2011CIDADES Jornal de Brasília
Entre os assuntos mais debatidos na Conferência Distrital das Cidades Extraordinária está a
definição das poligonais do DF. A proposta da Sedhab é tornar essa limitação mais
administrativa que política.
As regiões administrativas perderiam seus nomes e começariam a responder pelos números.
As cidades, no entanto, continuariam com os mesmos nomes e não haverá qualquer
mudança de endereçamento.
Veja abaixo a proposta da Sedhab para mudanças. Essa proposta é colocada junto às
propostas apresentadas pela comunidade durante os fóruns e está passível de mudanças
ainda na Conferência das Cidades e depois, antes da implementação final.
As áreas abaixo discriminadas podem sofrer alterações futuras.
POLIGONAIS
Águas Claras - RA XX
Estabelecimento do limite oeste,
seguindo o mesmo pelos canteiros
centrais do Pistão Sul, da EPNB
até EPTG. Os limites norte, leste e
sul, ficam conforme a proposta
apresentada pela Sedhab.
Guará - RA X
A primeira proposta de poligonal
retira a Colônia Agrícola Vicente
Pires. Já a segunda proposta inclui
CEB e CAESB.
Os participantes pediram ainda a
definição e publicação da poligonal
do Parque do Guará e da Reserva
do Guará.
Núcleo Bandeirante - RA VIII
A 1ª proposta pede a incorporação
da Placa das Mercedes até o
Ribeirão Riacho Fundo e a Ferrovia
; da área da TASA e, na porção
noroeste, incorporando o Lar dos
Velhinhos até a antiga Estação
Ferroviária . A 2ª proposta é
retornar ao limite da 8ª região,
constante dos limites das 19
regiões administrativas do DF.
Riacho Fundo - RA XVII
Em todas as propostas foi
proposto que a região de Placa das
Mercedes fosse incorporada de
formas diferentes.
SCIA - RA XXV
Criação da Poligonal da RA XXV
com limite da DF-095 ao sul, o
limite da DF-097 a leste, ao norte
com a DF-097 e o limite oeste até
a DF-001 (BR-251).
SIA - RA XXIX
A proposta apresentada pela
população busca a extensão do
limite da EPGU, englobando o
ParkShopping.
Vicente Pires - RA XXX
A primeira proposta de poligonal
busca o limite com o Pistão Norte,
no Taguapark. A segunda proposta
trata da Colônia Agrícola Vicente
Pires /EPTG, o limite seria pela Rua
02 ou pelo Córrego Samambaia. A
terceira proposta coloca como
limite a Jóquei Clube Via.
Gama - RA II
A população acorda a continuação dos limites
sul, oeste e norte, ampliando a leste até o
Córrego Monjolo. Outra proposta quer a
ampliação da área do Condomínio Paraíso,
contemplando os conjuntos K, L, M, N e O, no
PDOT. Redefinição também da poligonal da
Reserva Ecológica do Gama .
Recanto das Emas - XV
Proposta de criação de RA Água Quente e
definição da Poligonal do Parque Ecológico e
Vivencial do Recanto das Emas, cercamento e
sua implementação.
Riacho Fundo II - RA XXI
A primeira poligonal está delimitada pela
margem direita da via de terra da Granja
Modelo até o Riacho Fundo; deste ponto segue
até a confluência com o Córrego Açudinho;
deste segue a jusante do córrego até a
confluência com o Córrego Ipê Coqueiro; deste
segue a montante até o limite da antiga
chácara 54 do CAUB I até o eixo da via da DF-
065; deste ponto, segue pelo eixo da via
sentido sudoeste até a interseção com a
DF-001, seguindo até o ponto inicial. A
segunda sugestão segue igual a primeira mas
propõe que os limites sigam a montante até a
interseção com o Córrego Capão Preta; deste,
segue a jusante até a interseção com o
Córrego Ipê Coqueiros, em diante.
Santa Maria - RA XIII
Foram duas propostas para poligonais
sugeridas pelos delegados. A primeira visa a
manutenção da poligonal original,
incorporando a vila DVO e o Parque do Gama.
A segunda quer a manutenção da poligonal
original, incorporando a vila DVO e o Parque
do Gama e incorporação na porção nordeste
da área delimitada pela Vicinal 361 até a
DF-480 e desta até a DF-001 até o limite da
poligonal anterior.
UPT Central Adjacente II
Guará, Riacho Fundo, Águas Claras, SCIA, Núcleo Bandeirante, Vicente
Pires e SIA
UPT Sul
Gama, Santa Maria, Riacho Fundo II e Recanto das Emas
CONFERÊNCIA DAS CIDADES
Chance para redefinir o
mapa do DFl Encontro fixarálimitação das poligonais,incorporação de áreasrurais e criação de RAs
! Bruna Sensêvebruna .senseve@jornaldebrasilia .com.br
AConferência Distrital das Ci-dades Extraordinária traz aoportunidade de rediscutir e
redefinir o mapa do Distrito Fe-deral. No próximo fim de semana,as propostas enviadas pela comu-nidade de delegados eleitos emcada região administrativa, assimcomo a proposta elaborada pelaSecretaria de Regularização, Ha-bitação e Desenvolvimento Urba-no (Sedhab), deverão ser anali-sadas e discutidas pela sociedadecivil e órgãos estatais. As mudan-ças sugeridas variam da incorpo-ração de áreas rurais, readequaçãode limites e até a criação de novas
regiões administrativas.De acordo com o secretário ad-
junto da Sedhab, Rafael Oliveira, oprocesso de limitação das poligonaisnão será finalizado com a Con-ferência, promovida de 9 a 11 destemês. “Continuaremos com o projetodas poligonais. Ainda não é o final,é o momento de consulta mais am-pla à sociedade para o desenvol-vimento desses produtos, que con-tinuará num momento seguinte.”
A Sedhab divulgou uma pro-posta de poligonais feita por seucorpo técnico, sob a supervisão doscargos de gestão. “Acreditamos queessa divisão deverá ser mais técnicaque necessariamente política. Es-tamos falando da melhoria da ca-pacidade de gestão do governo na
oferta de serviços públicos” jus -tifica Rafael.
Segundo ele, a região admi-nistrativa não deverá estar dire-tamente ligada com a Lei de Uso eOcupação do Solo (LUOS) e asdiretrizes de desenvolvimento dedeterminada região. O objetivo éregulamentar e racionalizar a ofertade serviços públicos. Essa divisãoorienta, por exemplo, toda a basede dados e informações sociais eeconômicas do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE).
INDEFINIÇÕESO Distrito Federal enfrentou
vários problemas com o registro damalha censitária, no ano passado,porque suas 30 regiões adminis-
trativas não são reconhecidas peloInstituto, apenas as primeiras 19.Isso porque as fronteiras das re-giões restantes não foram apro-vadas pela Câmara Legislativa doDF. Essa indefinição faz com quealgumas regiões corram o risco denão ter informações estatísticasapuradas que servem como ba-lizadoras e indicadores de políticaspúblicas.
No entanto, são muitos os con-flitos para a definição dessas áreas.Alguns administradores e líderescomunitários chegam a argumen-tar que certas mudanças, propostaspela Sedhab ou outras adminis-trações, poderiam acarretar na re-dução de arrecadação para sua re-gião. No entanto, Rafael Oliveira
garante que a distribuição de re-cursos do planejamento orçamen-tário do governo não segue a di-nâmica da divisão de recursos porarrecadação de cidade.
“Tudo é centralizado no Te-souro do DF. O planejamento or-çamentário segue o Plano Pluria-nual (PPA) do governo que, por suavez, segue o que os indicadoresapontam como necessidade de cadacidade”, explica. A partir do que foiproposto nas reuniões, um projetode lei complementar será encami-nhado à Câmara Legislativa no pri-meiro semestre de 2012, como umamédia da visão técnica da Sedhab,da visão política e social da cidade etambém do que os deputadosacham coerente.
9Terça-feira, 6 de dezembro de 2011 CIDADESJornal de Brasília
UPT Central
Brasilia, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal e Candangolândia
Brasília - RA I
Definição das poligonais dos parques, em especial a implementação imediata do Parque Burle Marx.
Cruzeiro - RA XI
Foi sugeriada a manutenção dos limites da poligonal atual.
Sudoeste/Octogonal - RA XXII
A proposta apresentada não foi aprovada na plenária, portanto fica mantida a poligonal da proposta da Sedhab.
Cadangolândia - RA XIX
O fórum levou a inclusão de todo o setor dos postos e motéis e garantia da existência do Parque Vivencial da Candangolândia, e a imediata publicação de sua poligonal.
UPT Central Adjacente I
Park Way, Lago Sul, Lago Norte e Varjão
Lago Norte - RA XVIII
Foi proposta a poligonal dos núcleos rurais, de acordo com o PDOT de 1997 e reestabelecimento no PDOT, do anexo 7, com inclusão de novas áreas rurais em enclaves urbanos,aplicando o estatuto da terra no que couber.
Lago Sul - RA XVI
Manutenção da atual poligonal.
Park Way - RA XXIV
Três propostas foram colocadas para a poligonal. A primeira delas busca manter a poligonal com o que existe hoje, incorporando a Fazenda Água Limpa e a Granja do Ipê. A segunda quer apenas manter como é definida a poligonal hoje e a terceira propõe unificar a RA XXIV com a VIII e o Catetinho.
Varjão - RA XXIII
Não prevê mudanças de poligonal.
Planaltina - RA VI
Ficou pactuado em plenário que a poligonal de Planaltina manteria a proposta da Conferência Local, à exceção da região do Córrego do Arrozal, que passaria a pertencer à Região Administrativa de Sobradinho. Também foi apresentada a reincorporação da parte Sudeste do Distrito Federal, que inclui o PADF e Jardim II, na RA VI.
Sobradinho I
Sugere como proposta de limite da poligonal da RA V a retirada da seguinte área: partindo do limite do Córrego Sobradinho, subindo pela DF- 420 sentido DF-150 e desta no sentido Fercal até o entroncamento da DF-205. Deste ponto até a cabeceira do Ribeirão Contagem. Dele até o paralelo 15º, 30’ Sul. A partir daqui, seguindo no sentido Oeste até a DF-205. Segue deste ponto
no sentido Sul pela referida rodovia, até o Ribeirão do Buraco. Segue rumo à montante do Ribeirão do Buraco até a DF-150. Vai até o limite norte do setor Habitacional Contagem até a Lagoa Canela de Ema, seguindo a jusante do afluente do Ribeirão Sobradinho até a confluência com o Ribeirão Sobradinho e deste ponto a montante pelo Ribeirão Sobradinho até a DF-420.
Sobradinho II
Quanto à definição da poligonal de Sobradinho, foi aprovada a proposta apresentada na Conferência Local, na qual já excluía a área de Sobradinho II. No entanto, devido à divergência com os delegados de Sobradinho II, foi apresentada moção solicitando o retorno da poligonal em que Sobradinho I e II retornariam à condição de uma RA.
Brazlândia - RA IV
Não houve propostas para mudança da poligonal, que deverá ser mantida assim como a proposta da Sedhab.
Samambaia RA XII
Ampliação da poligonal da RA XII, descendo pela DF-001 ate o Córrego Vargem da Benção, seguindo por esse córrego ate o limite do DF, subindo pelo limite até encontrar o córrego Melchior daí mantendo a poligonal da proposta da Sedhab.
Ceilândia - RA IX
Outras propostas convalidadas pelos delegados foi a incorporação da área do Incra 7 à Região Administrativa
de Ceilândia — antes pertencente a Brazlândia, e o Parque Boca da Mata, que passa ao norte, os delegados da Área Oeste passaram integralmente a área para a Região Administrativa de Samambaia. Antes a área estava dividida entre as Regiões Administrativas de Taguatinga e Samambaia.
Taguatinga - RA III
A incorporação da Colônia Agrícola Cana do Reino e a área rural 26 de Setembro à poligonal de Vicente Pires. Ambas pertenciam à Região Administrativa de Taguatinga.
UPT Leste
Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e São Sebastião
Itapoã - RA XXVIII
A proposta de poligonal inicia no entroncamento da DF-015 com a DF-005, por esta até a ponte sobre Córrego Tamanduá. Segue por este acima, até o Córrego Taquari, e por este acima até a Vicinal 263. Daí vai até a DF-440, e por esta dividindo com a RA-Sobradinho até o Rio São Bartolomeu . Deste segue abaixo até a ponte do BR-479 (DF- 250). Por esta até o entroncamento DF-001, seguindo pela DF-015 até o ponto inicial.
Jardim Botânico - RA XXVII
A primeira proposta estabelece limite norte com o Rio Paranoá, a DF-001 a oeste, delimitada com a DF-035 (EPCV), incluindo toda área do Instituto Jardim Botânico e a Reserva Ecológica do Jardim Botânico e reserva do IBGE. Ao sul, fica delimitada pelo Córrego Santana, aí incluindo o Setor Habitacional Tororó. A região administrativa deve ter a nomenclatura ora descrita: Região Administrativa Jardim Botânico. A segunda proposta coloca o limite norte com o altiplano leste DF, DF-001 a oeste, delimitada com a DF-035 (EPCV), incluindo toda área do Instituto Jardim Botânico e a Reserva Ecológica do Jardim Botânico e reserva do IBGE. Ao sul, delimitada pelo Córrego Santana, aí incluindo o Setor Habitacional Tororó.
Paranoá - RA VII
A primeira proposta busca a ampliação da poligonal do Parque Urbano e Vivencial do Paranoá até a beira do Lago Paranoá. Discutir com os técnicos da UNB, Sedhab e comunidade sobre a poligonal do Parque Vivencial. A segunda proposta traz a ampliação da poligonal do Paranoá, incluindo o trecho 7 do Lago Norte, DF-005, Córrego do Bálsamo até a DF-001 sentido Paranoá/Colorado. A terceira proposta quer a manutenção da poligonal do Paranoá como é no decreto de limites das 19 RAs no que diz respeito à parte sul, excetuando-se a RA do Jardim Botânico e mantendo o Altiplano Leste dentro do Paranoá.
São Sebastião - RA XIV
Inclusão das aréas do Tororó e parte norte da BR-251 na Região do PAA-DF, aumentando inclusive os recursos financeiros para a região administrativa, uma vez que aumenta sua demanda.
UPT Norte
Sobradinho I, Sobradinho II e Planaltina
UPT Oeste
Taguatinga, Brazlândia, Ceilândia e Samambaia
COMO É
COMO PODE FICAR
INFO JBr
CIDADES4lQuarta-feira, 7 de dezembro de 2011 l Jornal de Brasília
Editora: Nelza Cristina [nelza@jornaldebrasilia.com.br]. Subeditoras: Elza Troncoso e Roberta Luiza. Redatora: Carolina Tulim. Fone: 3343-8061 ou 3343-8097
Mande sua sugestão de pautapara o Jornal de Brasília:Nosso telefone é 3343-8051, ou mande para oe-mail redacao@jornaldebrasilia.com.br.
Veja as principais propostas da população
aprovadas durante as plenárias dos fóruns da
Conferência Distrital das Cidades Extraordinária
para a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS). É
importante frisar que a LUOS não incide sobre o
quadrilátero tombado do DF, que corresponde à
Unidade de Planejamento Territorial Central. Nela,
o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico
de Brasília (PPCUB) é a legislação equivalente.
� UPT Central
Brasília
Entre as propostas destinadas à LUOS para
Brasília está a destinação de áreas para
pousadas no Plano Piloto, preferencialmente
na RA I (500 SCRS e 700 SCRLN),
estabelecendo período de transição até 31 de
dezembro de 2014, além de prever uma área
para as pousadas no trecho 3 do SMAS.
Também foi trazido o pedido de alteração do
coeficiente de aproveitamento das quadras
700, de 1.8 para 2.5, e regularização do
cercamento das casas. A flexibilização do uso
e adequação de gabaritos de alguns setores
da área tombada (SIG, W3 Sul, 502 Norte e
Setor de Clubes) também foram trazidos.
Cruzeiro
Inclusão da proposta de lei que estabelece:
ocupação lateral de três metros; calçada frontal
1,60cm; calçada de fundo; transparência do muro
30% e cobertura 75% nas quadras 6, 8 e 10, com
ocupação de 35m nos fundos e margem de
tolerância para os recuos de 10 %; ratificação da
reafetação da área dos lotes criado pelo projeto de
urbanismo que criou a Avenida Comercial na
Avenida Mangueiras; regularização da titularidade
dos terrenos CCI e ARUC; ratificação das
propostas de revitalização do Cruzeiro Center e do
Centro Comercial; manutenção do cercamento
com grades no Cruzeiro Novo; cancelamento de
multas e autos e infração e de demolição
referentes à ocupação de área pública lindeira aos
lotes residenciais; permissão para ocupação de
área pública com elevadores nos blocos do
Cruzeiro Novo.Sudoeste/Octogonal
Essa RA pede a revisão de gabarito da
Octogonal AOS três, onde estão previstos sete
até 12 pavimentos, permitindo no máximo seis
pavimentos. A população da Octogonal
também pediu a revisão da legislação
existente no que diz respeito à acessibilidade
de veículos de grande porte (Emergência,
Bombeiros, Defesa Civil). Já no Sudoeste, a
preocupação está com o adensamento
populacional. Eles propuseram admissão, nas
quadras SQSW 500, apartamentos de no
mínimo 100m² de área privativa útil e no
mínimo duas vagas por unidade residencial em
subsolo, sendo construções de seis pavimentos.
Candangolândia
Criação e revisão da área de comércio, serviços e
institucionais visando aumento de potencial
construtivo e taxa de ocupação e também a
mudança de uso de acordo com o anseio da
comunidade, inclusive os grandes lotes voltados
para a Epia/SPM, com aumento de potencial
construtivo para hotéis. Combate à ocupação
comercial de área pública pelos comerciantes e
quiosqueiros. A população pede ainda a regular-
ização do Setor de Chácaras.
� UPT Central Adjacente I
Lago Norte
Debate ampliado de uso da terra, incluindo o
Zoneamento Ecológico-Econômico e a
importância de preservação das águas, com
dispensa de produção rural para os chaca-
reiros que zelem pela preservação desses
mananciais. Além disso, a população propõe
revisão e implementação do plano de acesso
viário ao Lago Norte, com implementação do
acesso exclusivo do Taquari, reforma
estrutural da Ponte do Bragueto e melhoria
das estradas rurais.
Lago Sul
Os delegados pedem a regulamentação da
instalação de guaritas em área pública e a
ocupação de áreas públicas e lindeiras aos
lotes residenciais. Atividades de prestação
de serviço em lotes residenciais devem
constar com no mínimo 60% de anuência
dos moradores da rua.
Park Way
Regularização fundiária da Vargem Bonita,
Córrego da Onça e Coqueiro, corrigidas as
distorções. Manutenção do gabarito atual
do Park Way. Criação de área agroindús-
trial não poluente dos núcleos rurais.
Varjão
Revisão das normas e gabarito da cidade:
três pavimentos nas áreas residenciais e
quatro pavimentos na área comercial;
regularização das edificações existentes
e quitinetes; revisão da localização dos
prédios das normas para construção de
subsolos, prioritariamente nas áreas
comerciais.
Fonte: Sedhab-DF
CONFERÊNCIA DAS CIDADES
Buscapor maiorocupaçãol Entre asdemandas maisfrequentes estãoo aumento daárea construída
! Bruna Sensêveb r u n a . s e n s eve @ j o r n a l d e b ra s i l i a . c o m . b r
G rande parte do que pode serconsiderado como adensa-mento das cidades é o aumento
da área construída e ocupada em umdeterminado terreno. Não por acaso,esse é o principal pedido dos de-legados da maioria das regiões ad-ministrativas participantes da Con-ferência Distrital das Cidades Extraor-dinária, que começa sexta-feira. Du-rante o evento, será finalizado o pro-cesso de diagnóstico para elaboraçãoda Lei de Uso e Ocupação do Solo(Luos), responsável por definir quantoé possível construir no lote e quais osusos e atividades em cada local.
Entre os principais exemplos estáa cidade de Águas Claras. Já comuma taxa de ocupação elevada, aproposta para a cidade é de aumentodo gabarito e do potencial cons-trutivo, de seis para 13 metros dealtura, sem que sejam levados emconsideração a cobertura, o telhado eas caixas d’água. O crescimento pen-sado pelos representantes da comu-nidade não será somente vertical,mas também horizontal, com a re-gularização fundiária de Arniquei-ras, Areal e Setor de Chácaras.
Os pedidos buscam também au-mentar a taxa de ocupação da região,restabelecendo o gabarito inicial doprojeto de Águas Claras para osterrenos não construídos e permi-tindo a execução da caixa de in-filtração de águas pluviais nos novosempreendimentos. A proposta subs-titui a área permeável da construção –diminui a quantidade de área que se
deve deixar dentro do lote sem cons-trução ou pavimentação, para que aágua das chuvas possa infiltrar nosolo e abasteça os lençóis freáticos.
Para evitar o problema já gravede alagamento no período de chu-vas, a proposta é que o poder públicoimplemente lagoas de infiltração nasáreas urbanas. As mudanças sãograndes e atingem diretamente todosos moradores daquela região ad-ministrativa. Propostas similares sur-giram para quase a totalidade dasregiões do DF (veja quadro).
Outro assunto bastante aborda-do nas reuniões – e que deverá serlevantado novamente nos dias 9, 10 e11 de dezembro, quando acontece aconferência – é a mudança para usomisto de muitos locais onde não épermitida a moradia ou o comércio.
USO MISTOO caso mais popular é o comércio
e as pousadas das quadras 700 daAsa Sul. No entanto, o secretário-ad-junto da Secretaria de Regularização,Habitação e Desenvolvimento Ur-bano do DF (Sedhab), Rafael Oli-veira, explica que esse não é um casoexclusivo do Plano Piloto.
“Essas propostas surgem prin-cipalmente do micro ou pequenoempreendedor que tem um bar, umapadaria ou uma mercearia, porexemplo. Foram questões muitoabordadas, pois hoje eles estão sem oalvará de funcionamento. Isso por-que suas atividades não podem serexercidas naquele local devido aouso e ocupação que aquele imóveltem hoje”, explica Oliveira.
O resultado das demandas dasociedade e das inconformidades dacidade junto aos parâmetros técnicosservirão de subsídio para a com-posição da lei. O prazo máximo paraa audiência final da Luos, quandohaverá apreciação do projeto de leicomplementar pela sociedade, é aprimeira quinzena de maio. O pro-jeto de lei deverá ser enviado àCâmara Legislativa para votação, nomáximo, até o fim do mesmo mês.
5Quarta-feira, 7 de dezembro de 2011 CIDADESJornal de Brasília
� UPT Central Adjacente II
Águas Claras
Aumento do gabarito da altura/potencial
construtivo de seis metros para 13 metros (já
autorizado pela Aeronáutica), com uso misto,
sem levar em consideração a cobertura,
telhado e caixas de água, da ADE, da Av.
Águas Claras, das QS, da Av. Brasília, da QS 11
e da Av. Comercial Arniqueira, sendo que na
ADE seja respeitado como prioritárias as
atividades empresariais do setor.
Regularização fundiária de Arniqueira, Areal
(incluindo as QS 05, 06, 07, 08, 09, 10 e 11) e
Chácaras, a partir da conclusão dos estudos
de regularização fundiária, que preveja o
remanejamento dos ocupantes das áreas de
APPs, sem prejuízo das condições atuais.
Possibilidade de contrato de concessão de
uso, nas antigas ARR, para aqueles que ainda
exercem atividade rural. Restabelecer o
gabarito inicial do projeto de Águas Claras
para os terrenos não construídos, permitindo
a execução da caixa de infiltração de águas
pluviais nos novos empreendimentos em
substituição ou complementação à área
permeável. O poder público deve implementar
lagoas de infiltração nas áreas urbanas.
Guará
Limitação de altura até seis andares no Guará
e regularização de áreas.
Núcleo Bandeirante
Aumento de gabarito de forma genérica em
todos os setores da cidade e maior
flexibilidade de uso, para que sejam possíveis
várias atividades num mesmo lote, que não
podem ser atividades conflitantes.
Riacho Fundo
Regularização dos lotes compartilhados e
condomínios; aprovação do 3º e 4º
pavimentos em área; recusa da usina de
resíduos de construção civil e destinação do
local para equipamento público e lazer.
Setor Complementar de Indústria e
Abastecimento (SCIA)
Proposta de aumento de gabarito para quatro
pavimentos e uso do subsolo. Regularização
conforme legislação vigente dos quiosques e
trailers em área pública. Remoção das
invasões de áreas públicas. Regularização dos
restaurantes na Cidade do Automóvel. Revisão
das áreas dos lotes no projeto de
regularização para adequar suas dimensões.
Afastamento dos lotes para ventilação e
iluminação. Adequação das dimensões das
vias para comportar transporte coletivo e
caminhões, além de calçadas.
Setor de Indústria e Abastecimento (SIA)
Ampliação para todas as áreas, exceto o Setor
de Inflamáveis. Deverão ser incluídas as novas
áreas da poligonal, sendo o uso para
habitação permitido somente em alguns
pontos, como as quadras 3C e o Centro de
Vivência STRC.
Vicente Pires
Previsão na LUOS do projeto de regularização
em estudo na Sedhab, visando entre outras
propostas: a destinação de áreas para
edificações acima de três
pavimentos fora da área de residências
unifamiliares e aumento do potencial
construtivo (adensamento) entre a via
Estrutural, Setor Cana do Reino e DF-001. O
perfil das edificações deve seguir o plano
urbanístico já existente.
� UPT Leste
Itapoã
Nenhuma proposta aprovada em plenária para a Lei de Uso e
Ocupação do Solo.
Jardim Botânico
Regularização do Jardim Botânico de forma que as novas leis
deverão orientar as novas construções, flexibilizando as normas para
as construções existentes, desde que não provoque risco à
população. Implementação de infraestrutura e equipamentos
públicos urbanos em todo o Jardim Botânico. Manter a
característica rural do Altiplano Leste.
Paranoá
Revitalização das avenidas do Paranoá, assegurando o espaço para a
Feira Permanente; Regularização do quarto pavimento e ampliação
para até seis pavimentos dos edifícios comerciais e residenciais.
São Sebastião
O gabarito da cidade deverá obedecer o crescimento desta. Também
é pedido que a região conhecida como Morro da Cruz seja área
urbana, porém os produtores rurais não têm o mesmo interesse.
Implementação de equipamento público.
� UPT Norte
Planaltina
Não houve propostas para a Lei de Uso e Ocupação do Solo nessa RA.
Sobradinho I
Revitalização das áreas verdes, mantendo a proibição da circulação de
veículos, com previsão de penalidades com valores elevados que inibam
a atividade irregular. Revisão da lei de ocupação do espaço público
devido ao impacto negativo nas cidades. Qualificação dos condomínios
instalados em áreas de proteção ambiental para que se tornem
ecologicamente sustentáveis, em contrapartida para sua regularização.
Sobradinho II
Trabalhar a LUOS de forma a estabelecer índices adequados para
enquadrar o que já está feito nos condomínios. Regularização fundiária
com clara definição de sistema viário e sistema de transportes e áreas
adequadas para equipamentos públicos.
� UPT Oeste
Brazlândia
Revisão dos usos contemplando outras áreas. Revisão geral com
aumento de gabaritos e de potencial construtivo. Revisão do plano
de manejo da APA do Descoberto.
Ceilândia
Reestudar e definir as áreas para equipamentos públicos e
imobiliários urbanos proporcionais às demandas da cidade, com
atenção especial à linha do metrô/VLT até Águas Lindas e a geração
de empregos. Redefinição de áreas e cinturões verdes,
estabelecendo regras de uso e ocupação, paralelamente aos
programas de educação e preservação ambiental, enfatizando a
coleta seletiva, depósitos de lixo e ações de reciclagem.
Samambaia
Manutenção e ampliação das áreas públicas, praças e espaços livres,
destinação de mais lotes para obras sociais e definição de 12
andares como número máximo de pavimentos em toda a cidade.
Taguatinga
Definição de uma nova área para uso industrial na região, destinação
de áreas para negócios e uso misto de interesse social, revisão das
normas de gabarito e criação da Vila Olímpica, na região do antigo
Clube Primavera.
� UPT Sul
Gama
Regularização e garantia da ocupação dos lotes dos espaços
intersticiais (becos) no âmbito da LUOS, implementação do Parque de
Exposições Agropecuária do Gama definitivamente em local já
demarcado. Estruturar a cidade do Gama, conforme impacto gerado
pelo adensamento do Setor de Indústria, garantindo a infraestrutura
dos demais setores da cidade e preservando as áreas verdes com
implementação de equipamentos públicos.
Recanto das Emas
Consolidação do avanço de 1,5 metro com grade nas residências e de
duas habitações por lote. Aumento do coeficiente de aproveitamento
de 1,8 para 2,5 e implementação de ciclovia e posto policial em
Água Quente.
Riacho Fundo II
Aumento do gabarito da cidade para quatro pavimentos em áreas de
habitação coletiva e comercial, reserva de 100 metros ao longo da
DF-001 para comércio e residências (uso misto) e locais para
entidades culturais e de educação.
Santa Maria
Flexibilização dos usos residenciais para uso misto nas principais vias
de circulação, com aumento de gabarito para três pavimentos e
aumento de gabaritos nas avenidas Alagados e Santa Maria, entre 10
e 20 pavimentos. Eliminação do afastamento de lotes de uso misto e
permissão 100% de ocupação do solo para lotes comerciais menores
de 200 m².
INFO/JBr
Legalizaçãodos becos
Um dos pontos polêmicos que aLei de Uso e Ocupação do Solo(Luos) pode contemplar é a ocu-pação dos becos entre residênciasunifamiliares, áreas intersticiais dasquadras residenciais, em cidades co-mo Gama, Planaltina, Brazlândia eCeilândia. São lotes com cerca de 200metros quadrados que constam nalegislação como área de uso comum,porém, foram doados, invadidos oucomprados pelos atuais moradores.
Nesta semana, a Sedhab levou àaudiência pública projeto de lei com-plementar que regulariza essa ocu-pação em Ceilândia. A aprovação delei específica poderá regular a si-tuação desses moradores sem ne-cessidade de esperar pela Luos.
São mais de 3.500 becos ocu-pados nos setores O e P Norte, P Sul,Ceilândia Norte e Ceilândia Sul. Osterrenos foram doados pelo Governodo Distrito Fedral, em 2002, por meiode um plano de moradia para bom-beiros e policias militares. Algunsservidores do Detran e policiais civistambém foram beneficiados. Porém,a situação hoje é bem diferente. Cercade 90% desses lotes foram vendidose a concessão de uso foi transferidaaos novos moradores. São eles osmais preocupados com o projeto delei complementar apresentado.
Joel Martinho de Oliveira, 34anos, é comerciante no Setor O eadquiriu, há nove anos, o lote ondevive com a família. Ele diz que faltaclareza e transparência no processode venda previsto pelo projeto. “Nãoestá explícito quem avaliará o imóvelnem como será avaliado. Além disso,queremos clareza na definição dequais serão as condições de paga-mento”, afirma Joel, que é vice-pre-sidente da Associação de Moradoresdos Becos de Ceilândia (Ambec).
O temor dos moradores é jus-tificado pela situação vivenciada atéhoje com a ilegalidade. James Cam-pos, 30 anos, já teve seu lote licitadoduas vezes pela Terracap. “Q u e rosegurança. Comprei de boa-fé minhamoradia e não consigo legalidade dasituação”, reclama.
OUTRAS CIDADESDiferentemente dos moradores
dos becos da Ceilândia, os residentesem outras cidades, na mesma si-tuação, terão de esperar mais tempopara a regularização. Segundo o se-cretário de Habitação, Geraldo Ma-gela, os processos caminharam demaneira separada e estão menosconsolidadas e tensionadas.
“No caso de Ceilândia, vamostratar em lei específica porque não dápara esperar a elaboração da Luos. Jápara o Gama, por exemplo, ela serátratada na conferência, e depois, seráanalisada tecnicamente. De toda for-ma, a Luos irá recepcionar toda alegislação consolidada”, explica. Eleinforma ainda que será necessárioum mapeamento qualitativo e quan-titativo dessas residências.
8 Quinta-feira, 8 de dezembro de 2011CIDADES Jornal de Brasília
Dados preliminares da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) realizada pela
Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) já mostram alguns detalhes
qualitativos da moradia em muitas cidades do Distrito Federal. A qualidade do material usado
nas paredes externas e internas, assim como do piso e da cobertura das residências mostram a
situação das habitações. Da mesma forma, o número de cômodos e banheiros das moradias em
determinada cidade pode ser indicativo dos locais onde as melhorias são necessárias.
É importante lembrar que Lago Norte, Lago Sul, Brasília, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Park
Way e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) ainda não tiveram suas pesquisas divulgadas
e, por esse motivo, não estão representados nos dados abaixo.
Quanto ao material das paredes internas
610.667 domicílios de alvenaria.
903 domicílios de madeira aparelhada.
1.439 domicílios de material reaproveitado.
3.780 domicílios de madeirite.
497 domicílios de placas de cimento.
239 domicílios mistos.
Outros: 231 domicílios.
Quanto ao material das paredes externas
576.203 domicílios de alvenaria.
785 domicílios de madeira aparelhada.
1.570 domicílios de material reaproveitado.
2.304 domicílios de madeirite.
524 domicílios de placas de cimento.
219 domicílios mistos.
Outros: 120 domicílios.
Quanto ao material de cobertura
107.778 domicílios com telhado de cerâmica com laje.
83.926 domicílios com telhado de fibro aquecimento com laje.
65.329 domicílios com telha de cerâmica.
274.606 domicílios com fibroaquecimento/amianto.
80.085 domicílios com laje.
599 domicílios com materiais reaproveitados.
Outros: 5.788 domicílios.
Quanto ao material do piso
11.615 domicílios de contrapiso.
84.476 domicílios de cimento.
1.296 domicílios de terra batida.
508.042 domicílios de cerâmica.
3.843 domicílios de pedra.
1.919 domicílios de revestimento laminado.
7.054 domicílios de madeira.
177 domicílios de carpete.
Outros: 2.902 domicílios.
SAIBA +
CONFERÊNCIA DAS CIDADES
Identificada nova formade carência sociall Muitas famílias têm casa própria, mas não possuem recursos para ampliar ou melhorar o imóvel
120mil é o déficit de
habitações deinteresse social
! Bruna Sensêvebruna .senseve@jornaldebrasilia .com.br
O governo está identificandouma nova demanda para osmoradores de baixa renda
do Distrito Federal. Muitos pos-suem imóvel próprio, mas não têmcondições financeiras para melho-rar o ambiente onde vivem. Elesnão se enquadram exatamente naatual política habitacional para es-sa categoria, mas pedem atenção dogoverno, que sinaliza com a pos-sibilidade de desenvolvimento deuma ação específica para essa si-tuação. Esse fato foi constatado apartir das discussões sobre o Planode Habitação de Interesse Social(Plandhis), iniciadas nas primeirasetapas da Conferência Distrital dasCidades Extraordinária.
De acordo com informações daSecretaria de Regularização, Ha-
bitação e Desenvolvimento Urba-no do Distrito Federal (Sedhab),esse pedido vem de dois tipos decidadãos. Moradores de cidadesconstituídas no período da cons-trução de Brasília, como Candan-golândia e Núcleo Bandeirante, co-meçam a demandar por melhorias.São pessoas que construíram suascasas há muito tempo e não fi-zeram nenhuma reforma. Dessaforma, hoje, essas moradias po-deriam ser classificadas como ha-bitação precária. Essa situação, noentanto, é mais recorrente em es-tados e cidades com mais idadeque Brasília.
O maior volume de pedido pormelhorias na habitação é ouvidoem cidades do DF onde está apopulação de mais baixa renda,como Cidade Estrutural, Varjão,quadras QNR e condomínios Pôrdo Sol e Sol Nascente, em Cei-
lândia. Localidades como Samam-baia e Recanto das Emas, que sãocidades mais jovens, também de-mandam por melhoria habitacio-nal. No entanto, a dinâmica é outra.Nesse caso, a demanda é por ajudaao morador para construir sua re-sidência. Ele teve acesso ao terreno,mas não ao financiamento para
construção da moradia.“O cidadão, às vezes, mora nu-
ma casa que tem sala, cozinha, ba-nheiro, um quarto para o casal e osfilhos dormem todos no outro quar-to. Então, dentro de uma política demelhoria habitacional, apontada pe-los delegados, o governo tem deencontrar saídas para isso. Pode atéser construído mais um cômodo nacasa, para separar meninos de me-ninas”, explica Rafael Oliveira, se-cretário adjunto da Sedhab.
MELHORIASOliveira explica que essas pes-
soas têm um terreno próprio, in-clusive em cidades que foram cons-tituídas pelo próprio governo, masnão possuem capacidade de me-lhorar a condição de sua habitação.“Também falo de planejamento,porque isso pode garantir que aspessoas façam o projeto de expan-
são da casa respeitando os parâ-metros urbanísticos que estão co-locados para a região dele.” Oliveiraesclarece que essas demandas sur-giram durante os debates feitos naConferência Distrital das Cidades,cuja última etapa será realizada nosdias 9, 10 e 11 de dezembro.
O debate em torno do Plandhisna conferência, assim como a Lei deUso e Ocupação do Solo (Luos),deverá formar a fase de diagnóstico.A partir daí, deverá ser elaboradoum prognóstico para entender ademanda e a realidade descritas,possibilitando as soluções para asquestões identificadas. Com as so-luções, será possível elaborar o pla-no que ainda não teve formatodefinido, possivelmente como umprojeto de lei. O calendário, noentanto, está um pouco atrasado,com previsão para ser finalizado noprimeiro semestre de 2012.
SSSS
9Quinta-feira, 8 de dezembro de 2011 CIDADESJornal de Brasília
RA
Número de banheiros
Nenhum Um
Dois Três ou mais
Águas Claras
- 10.004
11.801
18.447
Brazlândia
69 9.781
3.636
529
Candangolândia
9 2.213
1.417
576
Ceilândia
637 70.610
28.812
5.978
Estrutural – SCIA
64 5.205
921
64
Gama
40 20.385
11.123
3.923
Guará
- 17.674
15.179
5.285
Itapoã
66 10.133
2.249
306
Jardim Botânico
- 549
1.137
4.626
Núcleo Bandeirante 26
3.790 2.381
1.710
Paranoá
59 8.406
2.365
665
Planaltina
52 30.571
11.562
2.500
Recanto das Emas
74 22.248
8.130
1.256
Riacho Fundo I
14 3.911
2.662
1.400
Riacho Fundo II
- 6.783
2.660
657
Samambaia
228 36.395
12.467
2.238
Santa Maria
107 19.635
8.273
2.450
São Sebastião
54 13.861
4.548
592
Sobradinho I
37 11.554
7.862
5.611
Sobradinho II
48 13.273
8.546
6.827
Taguatinga
91 32.360
22.319
9.904
Varjão
11 1.193
188
44
Vicente Pires
56 4.855
6.361
8.481
Total
1.742 355.389
176.599
84.069
RA
Número de cômodos
1 a 4 5 a 8 9 a 12 Mais de 12
Águas Claras 2.587
18.542 16.512
2.612
Brazlândia 1.450
10.839 1.657
69
Candangolândia 354
3.126 540
195
Ceilândia 12.838
79.234 12.691
1.274
Estrutural – SCIA 1.496 4.655
90 13
Gama
1.780 25.724
7.402 565
Guará
2.748 27.272
7.188 930
Itapoã
2.686 9.609
459
-
Jardim Botânico 91
1.451 3.071
1.699
Núcleo Bandeirante 1.197 4.473
2.013 224
Paranoá 2.365
8.133 821
176
Planaltina 4.427
36.195 3.698
365
Recanto das Emas 4.324 24.206
3.067 111
Riacho Fundo I 865
5.324 1.386
412
Riacho Fundo II 51
1.835 4.443
3.771
Samambaia 4.293
42.605 4.384
46
Santa Maria 3.196
23.540 3.480
249
São Sebastião 3.903
13.941 1.184
27
Sobradinho I 1.587
15.947 6.164
1.366
Sobradinho II 2.864
17.283 5.824
2.721
Taguatinga 4.473
45.824 12.095
2.282
Varjão
476 879
81
-
Vicente Pires 893
8.928 7.561
2.371
Total
60.944 429.565 105.811
21.478
INFO JBr/ Julio Lapagesse e Cícero
PAULA CARVALHO
Ivonete, Gabriela e mais três pessoas vivem na casa de dois quartos
Sem recursos para ampliarUma ação específica da Secre-
taria Habitação para promover me-lhoria das habitações precárias aten-deria à família de Ivonete Ferreirade Souza, 18 anos. Ela mora comdois irmãos adolescentes, a mãe e asobrinha de três anos de idade emum lote no Varjão. O espaço é muitopequeno para a família que dividedois pequenos quartos, uma sa-la/cozinha e um banheiro.
O lote onde a família mora foidoado pelo GDF em um dos pro-gramas de habitação de interessesocial. No entanto, como o lote foientregue vazio, a família precisou sevirar para construir a casa. A situaçãoficou ainda mais difícil quando ocasal se separou, há dois anos, e oterreno precisou ser dividido. O paificou com a parte da frente, que foivendida a outra pessoa, e a família se
apertou ainda mais nos fundos dolote. O desnível do terreno é o quemais atrapalha a reforma.
“Já conversamos sobre o ater-ramento, mas fica muito caro e nãotemos como pagar. Sem isso, nãoconseguimos avançar mais”, relataIvonete. O objetivo principal eraaumentar o espaço com pelo menosmais um cômodo, onde a filha maisvelha tivesse mais privacidade.
Foco no núcleo familiarDa mesma forma que todas as
discussões sobre moradia no Dis-trito Federal, o Plano de Habitaçãode Interesse Social (Plandhis) temdemanda e necessidade por am-pliação das áreas habitacionais. ASedhab calcula que o déficit ha-bitacional para essa classe gira en-tre 100 mil a 120 mil moradias. Noentanto, a lista para o programa dehabitação de interesse social daCompanhia de Desenvolvimento
Habitacional do Distrito Federal(Codhab) chega a mais de 300 milinscritos. Porém, segundo o se-cretário adjunto de habitação, Ra-fael Oliveira, o interesse socialcolocado na legislação para o DF éalto (até 12 salários-mínimos), oque provoca uma situação atípica.
A lista é essencialmente jovem.Quase 60% da lista da Codhab écomposta por jovem, solteiro, deaté 30 anos, que ainda mora na casa
dos pais. É alguém que, neces-sariamente, em curto prazo, de-manda da ação do Estado paragarantir a ele o acesso à mo-radia.” Entretanto, o foco da po-lítica habitacional é o núcleofamiliar já constituído, com ren-da menor de cinco salários-mí-nimos e que demanda urgen-temente por habitação, pois gas-ta mais de 30% do rendimentofamiliar com aluguel.
Recommended