O renascimento com. e urbano

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O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO

Uma Grande mudança na Europa

• No final da Idade Média (entre os séculos XIII e XV), a Europa passou por transformações sociais, econômicas e políticas de grande importância. O fortalecimento do comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o desenvolvimento e surgimento de muitas cidades.

Cidade Medieval – Maquete:

Cidade Medieval:

Crescimento urbano

• Muitas destas novas cidades surgiram a partir dos burgos, que eram conjuntos de habitações fortificadas que serviam de residência para os burgueses. Com a dinamização da economia nas cidades, em função do comércio, muitas pessoas começaram a deixar o campo para tentar a vida nos centros urbanos.

Cidade Medieval – Perouges - França

Tallinn – Estônia:

Tallinn:

• Portanto, nos séculos XIV e XV, a Europa passou por um importante processo de êxodo rural(saída das pessoas do campo para as cidades).

• Com mais pessoas morando nas cidades européias, as necessidades e transformações aumentaram muito.

• Começaram a surgir novas profissões e oportunidades de trabalho. O dinheiro, principalmente moedas de ouro e prata, começou a circular com maior intensidade.

Os cambistas, por exemplo, ganharam espaço na sociedade, pois com o avanço do comércio eram necessárias as trocas de moedas, para o bom funcionamento das relações comerciais entre as várias regiões da Europa. Nesta época, cada cidade ainda possuía um tipo de moeda diferente.

• Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. Cheques, cartas de créditos e outras modalidades financeiras também começaram a ser utilizadas neste período.

Feiras Medievais:

Mercado Medieval:

• Os artesãos e comerciantes começaram a se organizar como uma maneira de obterem melhores resultados em suas atividades. Os artesãos criaram as corporações de ofício, enquanto os comerciantes estabeleceram as guildas.

Ferreiro:

Farmacêutico:

• Aos poucos, os mercadores e banqueiros, cada vez mais ricos, conquistavam maior status social e passaram a ansiar pelo poder político. A burguesia ganhava prestígio e aproximava-se dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas favoráveis ao comércio.

Banqueiros:

• Ao mesmo tempo, os senhores feudais viam-se envolvidos em dívidas, muitas delas aconteceram por causa das grandes despesas com as Cruzadas.

• Além de empreendimentos comerciais, o maior contato entre os burgueses e os reis financiou o surgimento de novas universidades. Com a expansão comercial tomou-se necessário encontrar pessoas que entendessem de direito e comércio.

Universidade de Cambridge – Inglaterra:

Universidade de Oxford – Inglaterra:

• A difusão do conhecimento deixou de ser algo exclusivo da Igreja católica - voltado para assuntos teológicos ou religiosos -,passou a ser cada vez mais para as questões comerciais.

• Desse modo, o homem passou a se preocupar mais com as coisas terrenas do que com as espirituais. As aulas voltavam-se para os textos clássicos, principalmente os dos gregos e romanos, e as atenções dos estudiosos dirigiam-se a diversas áreas do saber e das artes.

• Iniciava-se o Humanismo, movimento cultural que viria a influenciar a Europa por quase três séculos. Até então dominante, o pensamento da Igreja passou a ser questionado por religiosos e filósofos leigos.

• Todo esse crescimento, no entanto, sofreu um forte golpe no século XIV, quando a Europa entrou em crise. Mudanças climáticas geraram um grave colapso no abastecimento agrícola.

Castelo de Edimburgo – Escócia:

• Apesar dos diversos avanços tecnológicos verificados no campo - como a invenção da charrua, da ferradura, a difusão dos moinhos de vento -, as safras não eram suficientes para toda a população européia - que duplicara entre os anos 1000 e 1300. Milhares de pessoas passaram a conviver com o problema da fome.

Charrua de Madeira

Charrua com Metal:

• Entre 1346 e 1352, para piorar esse quadro, o continente foi assolado pela Peste Negra, uma epidemia decorrente das péssimas condições de higiene das cidades, que matou cerca de 25 milhões de pessoas, mais de um terço da população européia.

• A situação ficou ainda mais grave depois que a nobreza da França e Inglaterra deram início à chamada Guerra dos Cem Anos, conflito que se estendeu de 1337 a 1453 provocando grande número de mortos em ambos os países. Outras guerras ocorreram também na Península Ibérica(Portugal e Espanha), na Itália e na Alemanha.

A Guerra dos Cem Anos:

Joana D’Arc:

• Em meio a essa situação de fome, doenças, guerras e mortes, as camadas mais baixas da população sofriam também com a elevada carga de trabalho e com os altos impostos cobrados pelos reis. Todos esses fatores provocaram diversas rebeliões populares em vários pontos da Europa.

• Fugindo da exploração, novas levas de servos abandonaram os feudos e dirigiram-se para as cidades, onde passaram a trabalhar como assalariados.

• O aumento da importância da burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão-de-obra assalariada, aliados ao fortalecimento do poder real - e a conseqüente formação dos Estados nacionais -foram fatores que abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente.

• No século XV (15), os europeus já viviam sob uma nova ordem socioeconômica: o capitalismo comercial.

• Essas transformações políticas, sociais, econômicas e religiosas marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna e produziram reflexos também no campo cultural, em especial das artes plásticas e da arquitetura. Todo esse processo de renovação e cultural também recebe o nome de Renascimento Cultural.

• Graças a essa retomada do comércio, muitos europeus deixaram o campo e foram viver dentro dos burgos - vilas fortificadas com muralhas, construídas entre os séculos IX e X (9 e 10) e depois abandonadas -, onde esperavam encontrar melhores condições de vida. Em pouco tempo, contudo, esses lugares tomaram-se pequenos e as pessoas viram-se obrigadas a se instalar do lado de fora de suas muralhas.

Cidade Medieval: Bodiam

Península Ibérica: Espanha e Portugal

A Europa em 1430:

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