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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
CAMPUS DE JI-PARANÁ
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA – DME
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
MELLISSA MOURA DE ANDRADE
O USO DO SOFTWARE SUPERLOGO COMO RECURSO DE
ENSINO DE GEOMETRIA PLANA: UMA CAPACITAÇÃO
AOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO
DA REDE PÚBLICA
Ji-Paraná – RO
Julho de 2017
2
Mellissa Moura de Andrade
O USO DO SOFTWARE SUPERLOGO COMO RECURSO DE
ENSINO DE GEOMETRIA PLANA: UMA CAPACITAÇÃO
AOS PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO
DA REDE PÚBLICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Banca Examinadora do Departamento de
Matemática e Estatística-DME da UNIR,
Campus de Ji-Paraná, como requisito parcial
para aprovação no Curso de Licenciatura em
Matemática, sob a orientação do Prof. Dr.
Marlos Gomes de Albuquerque
Ji-Paraná – RO
Julho de 2017
3
FICHA CATALOGRÁFICA
4
Mellissa Moura de Andrade
O USO DO SOFTWARE SUPERLOGO COMO RECURSO DE ENSINO DE
GEOMETRIA PLANA: UMA CAPACITAÇÃO AOS PROFESSORES DE
MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado como parte dos requisitos para
obtenção do título de Licenciada em Matemática e teve o parecer final como Aprovado, no dia
17.07.2017, pelo Departamento de Matemática e Estatística, da Universidade Federal de
Rondônia, Campus de Ji-Paraná.
Banca Examinadora
________________________________________
Prof. Me. Marcio Costa Araújo Filho
1º Membro – DME/UNIR
________________________________________
Profa. Me. Patrícia Batista Franco
2º Membro – DME/UNIR
________________________________________
Prof. Dr. Marlos Gomes de Albuquerque
Orientador – DME/UNIR
5
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meus Pais, Ana Cristina
e Joselito, que durante todo esse período me
ajudaram e me deram forças para vencer, não
medindo esforços para vencermos juntos esta
batalha.
Amo Vocês.
6
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado a chance de chegar até aqui com saúde
e força para superar os obstáculos.
Aos meus familiares, meus pais ANA CRISTINA e JOSELITO, por acreditarem em mim
em todos os momentos, por terem me conduzido e me ajudado a alcançar o primeiro dos meus
objetivos, a meus irmãos MICHELLE e HUGO que me ajudaram constantemente entre idas e
voltas do percurso da faculdade, zelando por meu bem estar e sempre que possível me ajudando
em minhas conquistas. Amo Muito Vocês, obrigada por tudo!
Ao meu namorado melhor amigo e companheiro de todas as horas, CLEBERSON
GONÇALVES, que compartilhou comigo momentos de tristeza e alegria. Ajudando-me sempre
que necessário e me apoiando em todas as decisões. Dedico também meu Amor a Você.
A minha melhor amiga TÁLITA, por estar sempre presente em todas as fases e me
oferecendo sempre palavras de conforto e incentivo para chegar até aqui.
A todo o corpo docente do Departamento de Matemática e Estatística- DME da
Universidade Federal de Rondônia – Campus de Ji-Paraná que contribuíram direta e
indiretamente com a minha formação, destacando os nomes dos professores Me. MARCIO
COSTA ARAÚJO FILHO, Me. PATRÍCIA BATISTA FRANCO e também o professor Dr.
MARLOS GOMES DE ALBUQUERQUE meu orientador neste trabalho, sintam-se todos
abraçados.
Enfim agradeço a todos que colaboraram com a minha formação e com a realização deste
sonho!
7
RESUMO
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa realizada com fins de conclusão de curso de
Licenciatura em Matemática, que se propõe em ministrar um minicurso destinado aos
professores de matemática acerca do uso do software SuperLogo para o ensino de Tópicos de
Geometria Plana. Tendo como problemática: Investigar e analisar o que conhecem e concebem
os docentes sobre o uso das tecnologias educacionais em sala de aula, bem como de que maneira
o software SuperLogo pode contribuir com os professores de matemática para o ensino de
tópicos de Geometria Plana para o Ensino Médio? Metodologicamente foi desenvolvida uma
pesquisa qualitativa, tendo como sujeitos quatro professores de matemática de escolas públicas
de Ji-Paraná, Rondônia. Esta pesquisa estruturou-se nos pressupostos teóricos que abrangem o
tema Tecnologias e Educação. Este trabalho concentrou-se em dois momentos para a obtenção
de dados, sendo o primeiro a aplicação de um questionário e o outro a aplicação do minicurso.
O questionário teve por objetivo caracterizar dados pessoais e concepções sobre o uso das
tecnologias educacionais. Já o minicurso teve por objetivo instrumentalizar e fornecer subsídios
aos professores de matemáticas sobre maneiras de utilizar o Software SuperLogo para o ensino
de Geometria Plana. Em resposta à problemática conclui-se que o software pode sim oferecer
este subsídio, pois propõe uma ideia não abstrata da geometria e quando utilizado pelos
professores fornece aos alunos estímulos para o aprendizado de Matemática. Além disso no que
concerne aos professores de matemática e o uso das tecnologias, temos professores que estão
dispostos a mudanças em suas metodologias, destacando ainda que há a necessidade de
mudanças no cenário escolar ao que nos remete a estruturas físicas adequadas para tais
inovações.
Palavras-chave: Tecnologias educacionais; Professores de Matemática e tecnologias;
SuperLogo e tópicos de Geometria Plana.
8
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Tela inicial do SuperLogo.................................................................
21
FIGURA 2 – Movimento da tartaruga 100 passos para frente...............................
21
FIGURA 3 – Movimento da tartaruga 100 passos para trás...................................
21
FIGURA 4 – Movimento da tartaruga para a direita 90 º.......................................
22
FIGURA 5 – Movimento da tartaruga para a esquerda 90 º...................................
22
FIGURA 6 – Movimento da tartaruga formando um quadrado.............................
22
FIGURA 7 – Movimento da tartaruga formando um retângulo com bases de 100
passos e altura de 200 passos............................................................
31
FIGURA 8 – Movimento da tartaruga formando a figura desejada no exercício...
32
FIGURA 9 – Movimento da tartaruga formando um quadrado e este divido em
dois triângulos retângulos.................................................................
33
FIGURA 10 – Movimento da tartaruga formando um triângulo retângulo e
aplicação do Teorema de Pitágoras...................................................
33
FIGURA 11 – Movimento da tartaruga formando a coroa circular e cálculos para
encontrar sua área.............................................................................
34
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10
CAPÍTULO I – O PERCURSO DA TECNOLOGIA NO CENÁRIO DA EDUCAÇÃO E
OS PROFESSORES E SEU USO EM SALA DE AULA ....................................................... 13
1.1 As novas tecnologias na sociedade contemporânea e seu uso dentro do cenário da
educação ............................................................................................................................... 13
1.2 A dificuldade dos professores quanto ao uso das tecnologias educacionais em sala de
aula ................................................................................................................................... 15
1.3 A importância do ensino da Matemática com o intermédio das tecnologias
educacionais.......................................................................................................................... 18
1.4 O software SuperLogo aplicado ao aprendizado de tópicos da geometria plana ........... 19
CAPITULO II– METODOLOGIA .......................................................................................... 24
2.1 – Abordagem Metodológica ........................................................................................... 24
2.2 – Sujeitos da Pesquisa..................................................................................................... 24
2.3 – Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................................ 25
2.4 – Análise ......................................................................................................................... 25
CAPITULO III– INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ........................................... 27
3.1 Do questionário .............................................................................................................. 27
3.2 Do Minicurso .................................................................................................................. 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 37
APÊNDICES ............................................................................................................................ 39
10
INTRODUÇÃO
Na atualidade os paradigmas conhecidos de ensino, mesmo de forma lenta vêm dando
espaço a novas metodologias, e esse fator pode ser atribuído por estarmos inseridos dentro de
uma sociedade tecnológica. Essa tecnologia está presente em todos os lugares, seja no ambiente
comercial, profissional, familiar e educacional, nesta última caminhando lentamente. Dentre as
metodologias inovadoras, uma delas está ligada às novas tecnologias de ensino que buscam um
aprendizado significativo, caminhando lado a lado com a educação.
A sociedade vem se inovando cada vez mais e com isso o profissional docente têm o
dever de estar sempre em constante processo de formação, para que possa se atualizar e
conseguir se adaptar as inovações atuais, principalmente no tocante as tecnologias. Faz-se
necessários sempre educadores qualificados, para inserirem em seus recursos de ensino
tecnologias educacionais que auxiliem no processo de aprendizagem dos alunos nos mais
diversos componentes curriculares.
Na perspectiva de inserção da tecnologia no ambiente educacional, percebe-se o
crescimento do uso de softwares, como um recurso de ensino, considerado uma metodologia
inovadora com alicerces tecnológicos. Uma vez que estamos inseridos em uma sociedade
fundamentada no uso de instrumentos computacionais, espera-se que a escola cumpra seu papel
de inserção neste cenário.
A educação deve estar ligada a modernização tecnológica da sociedade, pois o aluno
que é o foco principal deste cenário, é um indivíduo que precisa conhecer e aprender de forma
atraente os conteúdos estudados, para isso os procedimentos didáticos atuais devem colaborar
para a construção do conhecimento aliados a tecnologia, onde o professor é um ser ativo que
orienta nessa construção (FARIA, 2004).
Devido a questões como estas as minhas primeiras inquietações surgiram ao relembrar
dos meus anos escolares durante a Educação Básica quando estes recursos tecnológicos em
nenhum momento foram utilizados. Atualmente enquanto estudante de Licenciatura em
Matemática ao cursar a disciplina de Tecnologias Educacionais Aplicadas ao Ensino da
Matemática, percebemos o quanto seriam úteis e ricos o aprendizado utilizando como recurso
a mais, um ambiente com a inserção das tecnologias educacionais.
Diante deste cenário emergiu a necessidade de se pesquisar sobre esse processo de
ensino e aprendizagem por meio do uso de softwares educacionais, direcionadas a buscar
respostas para alguns questionamentos: Os cursos de formação inicial de professores têm
capacitado os futuros docentes a utilizarem softwares educacionais? Os professores da rede
11
pública de ensino estão capacitados a trabalhar com as tecnologias como recurso de ensino-
aprendizagem? Em específico quanto a disciplina de Matemática, os professores foram
apresentados ao universo tecnológico disponível para complementar a forma de ensino?
Diante desses questionamentos o propósito de nossa pesquisa é investigar/analisar como
a utilização dos recursos tecnológicos podem ajudar no processo de ensino da matemática,
assim, a se manifestar em questões de interesse, a ponto de se tornar um dos eixos iniciais para
nossa proposta de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
A relevância em pesquisar esse tema é levantada por diversos autores que relatam como
principal fonte de inserção da tecnologia no ambiente educacional, os professores, tomamos a
exemplo Andrade (2000) que afirma que nenhum resultado positivo será alcançado nesta área,
sem a colaboração dos docentes. E deve-se mencionar que ao visitarmos o site do Departamento
de Matemática e Estatística (DME), percebemos que existem poucas pesquisas realizadas na
área de tecnologias educacionais, o que torna a presente pesquisa ainda mais significante.
A pesquisa foi desenvolvida tendo como sujeitos alguns professores de matemática da
rede pública, com o objetivo geral de oferecer a estes profissionais educadores um momento de
capacitação acerca do uso do software SuperLogo aplicado ao ensino de tópicos da Geometria
Plana, e assim abrangendo a até objetos como análise sobre o que conhecem e concebem os
professores de matemática sob uso das tecnologias; apresentação de possibilidades de trabalhos
pedagógicos de tópicos da Geometria Plana em sala de aula com o uso de um software
educacional, instrumentalizar os professores momentos de aplicação do software SuperLogo e
analise da repercussão da aplicação do momento de capacitação sobre o software.
A presente investigação foi desenvolvida tendo como questão central de pesquisa “Investigar e
analisar o que conhecem e concebem os docentes sobre o uso das tecnologias educacionais em
sala de aula, bem como de que maneira o software SuperLogo pode contribuir com os
professores de matemática para o ensino de tópicos de Geometria Plana para o Ensino Médio?
” e, para respondê-la, este TCC ficou estruturado da seguinte forma:
No capítulo I, traçamos O percurso da tecnologia no cenário da Educação, na
oportunidade tecemos algumas considerações relacionadas a essa temática atual, refletindo
como o uso de um software pode contribuir no ensino de tópicos de Geometria Plana.
Esse capitulo se subdividiu em quatro momentos: As novas tecnologias na sociedade
contemporânea e seu uso dentro do cenário da educação, onde buscou-se evidenciar uma
trajetória histórica em relação a inserção das tecnologias no cenário atual da educação e também
realizar um aparato em relação aos benefícios da modernização dessa tecnologia; A dificuldade
dos professores quanto ao uso das tecnologias educacionais em sala de aula, com destaque aos
12
fatos que interferem no uso das tecnologias por parte dos educadores, evidenciando desde o
processo de formação inicial até os momentos de formação continuada; A importância do
ensino da Matemática por intermédio das tecnologias educacionais, destacando algumas
considerações no tocante a necessidade de modernização na forma de ensino da matemática;
por fim, como último tópico trouxemos O software SuperLogo aplicado ao aprendizado de
tópicos de Geometria Plana, destacando alguns conceitos correspondentes a geometria.
No capítulo II, descrevemos a METODOLOGIA, apresentando os métodos utilizados,
os sujeitos da pesquisa, os instrumentos de coleta de dados e os critérios utilizados na análise
de dados.
No capítulo III, realizamos a INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS, fazendo
assim um estudo acerca dos dados obtidos na aplicação dos questionários e durante a execução
do minicurso na busca de alcançarmos os objetivos traçados em nossa pesquisa.
E por fim, tecemos as nossas CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Espera-se que com todo o processo de investigação, a presente pesquisa sirva como base
de informações para novos estudos na área de tecnologia e educação, em específico no ensino
e aprendizagem de tópicos de Geometria Plana.
13
CAPÍTULO I – O PERCURSO DA TECNOLOGIA NO CENÁRIO DA EDUCAÇÃO
E OS PROFESSORES E SEU USO EM SALA DE AULA
Para que um processo de investigação (pesquisa) seja válido é necessário que ele seja
fundamentado em várias perspectivas de autores, afim de que seja realizado uma construção de
ideias visto que: “Toda ciência, tomada isoladamente, não significa senão um fragmento do
universal movimento rumo ao conhecimento” (BLOCH, 2001, p. 50), deixando melhor
estruturado do ponto de vista científico.
No presente capítulo apresentaremos algumas considerações e definições em relação
aos fatos que perpassam pelo cenário da educação atual e o uso das tecnologias educacionais,
realizando passagens que abrangem desde a escola a até os professores e suas dificuldades de
inserção das tecnologias como recursos metodológicos.
1.1 As novas tecnologias na sociedade contemporânea e seu uso dentro do cenário da
educação
A história da humanidade é permeada por diferentes fases de processos da evolução
tecnológica, estas se deram de acordo com suas passagens temporais, onde idades como da
pedra e do ouro foram momentos históricos sociais em que surgiram as novas tecnologias, e
com isso o avanço científico da humanidade as torna cada vez mais sofisticadas (KENSKI,
2003).
O conceito inicial de tecnologia surgiu na Grécia, onde anteriormente em sua forma
primitiva eram vistas na descoberta como do fogo e da roda, e foram evoluindo, como por
exemplo, no desenvolvimento dos telégrafos, até chegarmos as evoluções como o computador
e o surgimento da internet. Na década de 50, o uso dos computadores já apresentou indícios no
cenário da Educação, porém este vinha apenas para o armazenamento de informações, que no
cenário atual realiza esta e outras funções referentes a educação, ensino e aprendizagem.
Diante destas afirmações vemos que os grupos sociais de acordo com suas relações
educativas, familiares e dentre outros vem constantemente se transformando, sendo que “É
necessária a formação de um novo homem. [...] O importante é saber lidar com diferentes
situações, resolver problemas imprevistos, ser flexível, e multifuncional e estar sempre
aprendendo” (TAJRA, 2012, p.21).
Ao percorrermos a história da humanidade, é perceptível que o homem passou por um
constante processo de evolução tecnológica, e ao nos direcionarmos ao cenário da educação,
14
vemos que ela ainda não caminha lado a lado com estas inovações. A partir desse pressuposto
propõe-se a princípio mudanças neste cenário da educação, pois a sociedade contemporânea
necessita de adequações didáticas que a levem ao estímulo do aprendizado e direcionando-a
sempre a inovação. Nessa concepção a educação se vê pressionada a estabelecer o modo on em
sua modernização, e essa sociedade contemporânea retém e faz uso rapidamente dos avanços
tecnológicos ao seu redor (LEVY, 2000).
Diante desses avanços tecnológicos, o cenário da educação foi um dos que menos sofreu
impactos. Temos que a inserção dos computadores e consigo a internet, são fatores que estão
inseridos na vida dos alunos, porém ainda, não totalmente aderidos pelos professores e a escola,
causando assim uma serie informações não absorvidas.
A necessidade de modernização no atual método de instrução utilizado neste cenário se
faz necessária pelo fato das tecnologias fazerem parte desta nova era, logo sua inserção dentro
do ambiente educacional se torna indispensável, pois com seu uso os alunos terão acesso a um
ensino inovador, atualizado e não obsoleto, em que:
A educação ideal do homem da sociedade do conhecimento passa a ser a educação do
aprendizado continuado ao longo da vida, do conhecimento atualizado, da formação
de indivíduos para adaptar-se a mudanças rápidas e aceleradas, e do desenvolvimento
pedagógico baseado na prática reflexiva. (ANDRADE, 2000, p. 59)
A sociedade contemporânea e seus procedimentos didáticos devem colaborar para a
construção de conhecimentos atualizados e que estejam associados a tecnologia, onde o
professor se torna um mediador para essa construção, ressaltando sempre que as tecnologias
não vêm como método de substituição mais sim como um instrumento a ser utilizado pelo
docente de forma a proporcionar ao aluno um momento de aprendizado conduzido.
A educação atual caminha cada vez mais a ser tecnológica, contudo, para isso se faz
necessário seu entendimento por ambas as partes, seja aluno ou professor, porém em relação
aos educadores observa-se que eles são postos frente a novos desafios que os levam a pensar de
que maneira são considerados os mediadores no processo de aprendizagem, devem inserir estes
recursos em suas metodologias de ensino.
Pensando sobre este processo defendemos que:
Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar
do conhecimento, superando a visão utilitarista de oferecer informações “úteis” à
competitividade, para obter resultados. Deve oferecer uma formação geral na direção
de uma educação integral. (GADOTTI, 2000, P.250)
15
Direcionando-nos a esta evolução tecnológica referente ao homem e nos referindo a
disciplina de Matemática desenvolvida na Educação Básica, se faz necessário o estudo da
mesma auxiliada pelo uso destas tecnologias, pois o ensino de Matemática atual não traz ao
aprendiz maneiras de atingir seu potencial criativo, e isto está diretamente ligado ao desuso das
tecnologias como recurso de ensino (ALBUQUERQUE, 2000). As novas gerações estão a todo
o momento ligadas a estas tecnologias e a escola não pode fugir a sua responsabilidade.
Contudo, o mundo tecnológico pode nos proporcionar o aprendizado em qualquer local
não ficando restrito apenas ao ambiente escolar, uma vez que com as ferramentas atuais como
celulares, tablets, computadores e outros o aluno consegue aprender tanto no ambiente físico
como no virtual, seja na escola ou em outros espaços. Reiteramos que ao se falar no uso de
tecnologias em sala de aula, não estamos defendendo que esta seja a única modalidade de aula,
mas sim que seja intercalada com aula expositiva atuando como ferramenta de auxílio ao
processo de ensino e aprendizagem.
Sabemos que a educação constitui toda a base da formação humana, com isso a forma
utilizada de ensino neste momento se torna de extrema importância, para obtermos indivíduos
críticos e participativos. É necessário conseguirmos compreender a nossa situação social, onde
a educação deve estar sempre aberta a processos de atualização para que os padrões tradicionais
de ensino não á marginalizem.
1.2 A dificuldade dos professores quanto ao uso das tecnologias educacionais em sala de
aula
Na sociedade atual é necessária uma inclusão das tecnologias educacionais como
recursos didáticos metodológicos de ensino, afim de se acompanhar a sociedade atual. Assim,
temos que o ato docente está caracterizado por ações de constantes mudanças e reformas, para
que estes estejam sempre aptos a atuarem nos contextos atuais de educação, com isso a
sociedade exige profissionais capazes de estimular seus alunos a serem críticos, criativos,
comunicativos e adaptáveis as mudanças continuas da sociedade.
Os procedimentos metodológicos da educação contemporânea, devem facilitar a
construção coletiva dos conhecimentos por intermédio das tecnologias, onde o professor é o ser
ativo que orienta esta forma de construção de conhecimentos.
O uso das tecnologias pode facilitar a compreensão das inúmeras informações, porém o
papel do professor se dá na orientação da escolha correta de quais informações são úteis para
absorver, logo é ele quem auxilia na escolha correta de quais recursos tecnológicos trarão
benefícios aos alunos na realização de tarefas e resoluções de problemas.
16
Sabemos que a sociedade contemporânea está interligada a um mundo tecnológico e
necessita que a educação também caminhe para este formato inovador, onde essa nova forma
de educação não pede apenas a inclusão de máquinas de recursos de multimídia, mais sim
ofereça meios e recursos que se atualizem quando necessário, onde sempre que possível, seja
construído um novo pensar sobre a educação, Preto nos traz que essa nova forma de educação:
Não basta, portanto, introduzir na escola o vídeo, televisão, computador ou mesmo
todos os recursos multimidiáticos para fazer uma nova educação. É necessário
repensá-la em outros tempos, porque é evidente que a educação numa sociedade dos
mass media, da comunicação generalizada, não pode prescindir da presença desses
novos recursos. Porém, essa presença, por si só, não garante essa nova escola, essa
nova educação (PRETO,1996, p. 12).
Ao se fazer menção a inserção das tecnologias dentro do ambiente escolar, nós somos
postos frente a realidade em questão, em um cenário onde alguns educadores, ainda encontram-
se despreparados no que se refere ao uso destas tecnologias em sala de aula, sendo que o
processo de informática na educação ainda não foi aderido as ideias de boa parte dos
professores, por isso ainda essa metodologia de ensino e aprendizagem não possui forças dentro
do sistema educacional, sendo este um dos obstáculos a serem superados (VALENTE E
ALMEIDA, 1997).
Essa dificuldade em relação ao uso das tecnologias educacionais pode estar
correlacionada a uma série de fatores, podemos dar destaque, a princípio, sobre o processo de
formação inicial (licenciaturas) dos professores concernente às novas tecnologias educacionais,
estes cursos por meio de suas instituições que são as responsáveis pela formação de educadores
e incumbidas da demanda de capacitação de professores em tecnologias educacionais ainda
estão a buscar um modus operandi, ou um modo de operação para uma atuação inovadora nas
escolas (ANDRADE, 2000).
Existem dificuldades em inserir nos meios convencionais de ensino das licenciaturas as
novas tecnologias, essas estão interligadas a uma série de fatores que abrangem desde os
currículos de ensino, à dificuldade na aquisição de equipamentos e também a falta de
professores do Ensino Superior que ensinem práticas metodológicas com o uso das tecnológicas
aplicáveis no cenário da Educação.
O fato de vários professores não utilizarem em suas aulas as tecnologias educacionais
pode ser atribuído ao processo de formação inicial que o envolveu, visto que o tema tecnologias
educacionais, é visto como recente e busca ainda uma forma de inserção dentro das atuais
licenciaturas. Porém vale ressaltar que a proposta de formação inicial por meio das
licenciaturas, trabalhando com tecnologias, não é a de que ele se torne um técnico em
17
informática e sim que ele consiga trabalhar conhecimentos técnicos de informática juntamente
a sua forma pedagógica de ensino, que favoreça o aprendizado de matemática.
Se faz necessário construir uma nova prática educacional no que se refere processo
contínuo de formação docente, uma “[...] formação permanente dos professores, o momento
fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje e
de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (KENSKI ,2003, p. 88).
O importante neste momento não é utilizar as tecnologias como algo banal, apenas para
preenchimento de tempo de aula, mas como forma de motivação e aprendizagem. O objetivo
neste momento é a interação de ambas as partes, e que o professor consiga transmitir o
conhecimento e o aluno possa aprender desta maneira. Com esse universo modernizado com as
novas tecnologias tem-se que “o novo professor tem que aprender a gerenciar e integrá-los ao
seu ensino” (MORAN, 2004, p.14).
Ao empregar as tecnologias educacionais em sua metodologia de ensino, o educador se
torna um facilitador da aprendizagem, e com seu trabalho criativo e participativo cria-se uma
rede de informações que torna a forma de ensino não-linear e facilita no processo de
aprendizado e organização da inteligência coletiva distribuída em espaço e tempo (LÉVY,
1999).
Podemos refletir a inserção das tecnologias educacionais, por meio do processo de
formação continuada deste profissional. A atividade docente não é posta como pronta e
acabada, ao se receber o diploma de licenciado, e sim, deve estar em constante processo de
formação e o educador, deve estar aberto a mudanças, além de aderir ao uso de tecnologias
sempre que necessário, tornando-se o “facilitador da aprendizagem do aluno” (PAPERT, 1985).
Fazendo -se necessário que o professor procure, através de formação continuada, desenvolver
novas metodologias de ensino que envolvam as atuais tecnologias trazendo assim uma
popularização a essas práticas pedagógicas.
A nova forma de educar exige que cada vez mais, esse profissional docente deve adaptar
suas metodologias a forma de sociedade atual, essas metodologias podem ser aderidas por meio
de processos de formação continuada pois “[...] a atualização permanente é condição
fundamental para o bom exercício da profissão docente” (KENSKI 2003, p. 88). Diante desse
novo cenário, a atuação do professor exige rupturas e transformações para atuar com as
tecnologias dentro do ambiente educacional.
As tecnologias são facilmente dominadas pelos alunos, o que não se pode atribuir a
todos os educadores, porém se torna necessário potencializar estudos para esta mudança por
18
meio de processos de formação continuada, para que seja disseminado o uso das tecnologias
como metodologias de ensino.
As novas tecnologias têm adquirindo seu espaço no ambiente escolar pois já se usam
frequentemente equipamentos audiovisuais e os laboratórios científicos, porém o computador
que vem ganhando cada vez mais dimensão ainda não conquistou seu espaço dentro da sala de
aula, pois sua inserção neste ambiente, depende dos professores, estes encontram-se em modo
off levando em consideração seu uso juntamente aos alunos, pois atualmente grande parte dos
docentes têm facilidade em manipulação de atividades com computadores, porém não possuem
práticas pedagógicas usuais para inseri-las no ambiente educacional. Diante disso, entendemos
que uma:
[...] missão dos educadores é preparar as novas gerações para o mundo em que terão
que viver. Isto quer dizer proporcionar-lhes o ensino necessário para que adquiram as
destrezas e habilidades que vão necessitar para seu desempenho, com comodidade e
eficiência, no seio da sociedade que enfrentarão ao concluir a escolaridade.
(SANTALÓ, 2001, p.11)
A inserção de recursos tecnológicos dentro das aulas não é apenas um modismo e sim
um direito, uma vez que o computador está fortemente presente em nossa sociedade atual
(BORBA; PENTEADO, 2001), e considerando um dos pilares da Educação os professores, são
também responsáveis pela inserção desta tecnologia no contexto educacional, visto que temos
um quadro de professores que veem a necessidade de novos métodos para o ensino e a
compreensão da matemática.
1.3 A importância do ensino da Matemática com o intermédio das tecnologias
educacionais
Atualmente sabe-se que a disciplina de matemática é a que mais apresenta aversão
por parte dos alunos, está é vista por eles como umas das disciplinas mais difíceis, por esse fator
os índices de reprovação na disciplina são geralmente altos, pode-se dizer que está é vista pelos
alunos como “um bicho de sete cabeças” algo que deveria ser desmistificado. Sabe-se que a
Matemática é tida como ferramenta indispensável para a sociedade, onde os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs), trazem:
A Matemática faz-se presente na quantificação do real – contagem, medição de
grandezas – e no desenvolvimento das técnicas do cálculo com os números e com as
grandezas. No entanto, esse conhecimento vai muito além, criando estruturas
abstratas, idéias, que organizam, inter-relacionam e revelam fenômenos do espaço, do
movimento, das formas e dos números, associados quase sempre a fenômenos do
mundo físico (PCN, p. 25, 1998).
19
Percebe-se que a disciplina de Matemática é apresentada de maneira desinteressante,
onde para os alunos ela é posta como um corpo imodificável com uma estrutura rígida, não
tendo como possibilidade atribui-la uma forma dinâmica de se aprender, “Onde um dos
principais problemas da Educação atualmente é o baixo índice de utilização da tecnologia no
processo Educacional” (ALBUQUERQUE, 2000, p. 3).
No entanto os objetivos do ensino de matemática, por parte dos alunos devem
contemplar“[...] valorizá-la como instrumental para compreender o seu dia-a-dia, vendo-a como
área que estimula o interesse, curiosidade, investigação e o raciocínio lógico” (BRASIL, 2001,
p. 15). Assim o aluno deve compreender a matemática, seus significados e saber argumenta-
las.
É notório em muitos momentos o distanciamento que há entre teoria e pratica quando o
assunto é a disciplina de matemática e este fator pode ser considerado como um dos agravantes
as dificuldades que os alunos tem em compreender a disciplina, logo vemos a necessidade de
se implantar metodologias de ensino que visam uma melhor assimilação do aluno em relação à
teoria com a sua aplicação prática, sendo assim como na atualidade a nossa sociedade está
vivendo na era digital, devemos então utilizar algo que faça está associação entre teoria e prática
e o que seria melhor do que a tecnologia para fornecer esta base.
O desmistificar a matemática é um grande desafio a ser enfrentado onde esta forma de
cultura de como se ensinar de forma tradicional já atravessa gerações, temos que o surgimento
de tecnologias voltadas à educação matemática surgiu em meados dos anos 70, por intermédio
de programas do ministério da educação e cultura.
Realizando assim um elo entre teoria e prática temos como sugestão o uso dos softwares
educacionais que possibilitam ao aluno uma melhor compreensão ao que se refere a
aprendizagem de matemática, visto que não estamos suprimindo o momento de aulas
expositivas mais sim estamos na busca de tornar essa teoria que é vista neste momento como
algo aplicável. Assim quanto ao uso do ambiente informatizado temos que o professor deve
orientar o seu aluno para que o aprendizado seja alcançado e conforme os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) os professores são os responsáveis “Utilizar adequadamente os
recursos tecnológicos como instrumentos de produção e de comunicação” (BRASIL, 1999, p.
259).
1.4 O software SuperLogo aplicado ao aprendizado de tópicos da geometria plana
20
A linguagem Logo foi desenvolvida nos EUA tendo como criador Seymour Papert, no
ano de 1967. O seu objetivo compreendia que a aplicação fosse em ambientes educacionais,
onde essa linguagem teve seu desenvolvimento com o propósito de se trabalhar com crianças.
O software tem como base o princípio construcionista, desenvolvido por Papert, quando o
aprendiz busca suas estratégias para que se possa obter o conhecimento por meio de seu próprio
raciocínio, se faz na interação, ou interface, entre o software e o aluno. Podemos então
caracterizar este princípio como sendo o indivíduo humano um ser cultural, que apresenta a sua
forma específica de viver sendo o único que pode traçar o caminho a percorrer, este uma vez
criado, pode vir a ser modificado, porém sempre o (re)criando.
Ao software em questão são atribuídos vários nomes como: S-Logo, Linguagem Logo,
Logo, SuperLogo dentre outros, para tanto, levaremos como nomenclatura na escrita do
presente trabalho, o nome SuperLogo.
Este software possui uma linguagem simples e totalmente interativa com seu
manipulador, podendo assim ser atribuído a ele quaisquer conteúdos relacionados a geometria
a exemplo dos tópicos aplicados a conceitos da Geometria Plana. Destaca-se ainda que o
software é fácil de ser compreendido, o que leva o aluno a desenvolver seu raciocínio
proporcionando uma fonte de novas ideias (PAPERT, 1994).
O seu ambiente é caracterizado por coordenadas que não envolvem eixos, e a tartaruga
(animal que realiza os movimentos), está posicionada em seu centro validando assim a
coordenada (0,0), assim quando solicitada, ela realiza os movimentos de ir para frente ou para
trás, sendo estes caracterizados como os seus passos, também realiza as rotações. Este plano
possui como limite 1.000 passos seja na horizontal ou vertical e seus movimentos são
direcionados na barra de comandos e após, pressiona-se a tecla enter ou o próprio executar do
software.
Para o uso do SuperLogo deve-se ter noções de comandos interligados a arestas, que
são os movimentos de passos para frente e para trás, demarcação de ângulos, que são os
movimentos de rotação para direita e para a esquerda, estes respectivamente são os
componentes formadores de figuras planas.
21
Figura1- Tela inicial do SuperLogo
Fonte: Elaborada pela autora
Os comandos básicos para o movimento da tartaruga são:
• pf nº (para frente e a quantidade de passos). Ex.: pf 100
Figura 2- Movimento da tartaruga 100 passos para frente Fonte: Elaborada pela autora
• pt nº (para trás e a quantidade de passos). Ex.: pt 100
Figura 3- Movimento da tartaruga 100 passos para trás
Fonte: Elaborada pela autora
• pd nº (para a direita e a quantidade de graus para a rotação). Ex.: pd 90
22
Figura 4- Movimento da tartaruga para a direita 90 º
Fonte: Elaborada pela autora
• pe nº (para a esquerda e a quantidade de graus para a rotação). Ex.: pe 90
Figura 5- Movimento da tartaruga para a esquerda 90 º Fonte Elaborada pela autora
O usuário, por meio da interface do programa, consegue verificar ideias e conceitos
impostos no momento isso através do movimento de uma tartaruga que forma figuras
geométricas planas, quando direcionada, permitindo assim fácil compreensão do seu conteúdo
a exemplo da construção de um quadrado (figura 6).
Figura 6- Movimento da tartaruga formando um quadrado
Fonte: Elaborada pela autora
23
Papert define a proposta deste animal da seguinte forma a “[...] Tartaruga é um animal
cibernético controlado pelo computador. Ela existe dentro das miniculturas cognitivas do
'ambiente LOGO', sendo LOGO a linguagem computacional que usamos para nos comunicar
com a Tartaruga” (1985, p. 26).
Nota-se que, com o software SuperLogo, é possível trabalhar conceitos da Geometria
Plana e é algo de extrema importância para o aluno conseguir compreender e aprender esses
conceitos de forma inovadora. Fainguelernt (1999) retrata que a Geometria deve ser trabalhada
desde cedo e deve ser aprimorada na Matemática. A Geometria está inteiramente relacionada
ao processo de desenvolvimento cognitivo do indivíduo, e “[...] é um campo fértil de situações-
problema que favorece o desenvolvimento da capacidade para argumentar e construir
demonstrações ” (BRASIL, 2001, p. 122).
A implementação do software em sala de aula e seu aprimoramento torna-se de extrema
importância e seu uso para que a Geometria Plana possibilita que a disciplina possa ser vista de
maneira menos abstrata.
24
CAPITULO II– METODOLOGIA
Neste capítulo procurou-se evidenciar o formato da pesquisa, demostrando assim o
passo a passo do percurso, caracterização, sujeitos, instrumentos de coleta de dados e pôr fim a
interpretação e análise dos dados.
2.1 – Abordagem Metodológica
Levando em consideração o objetivo da pesquisa proposta, a investigação que foi
realizada teve como base a abordagem da pesquisa qualitativa, que “envolve a obtenção de
dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza
mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes”
(LUDKE; ANDRÉ, 1986, p. 13), ou seja o observador envolve-se subjetivamente na
observação e análise do objeto. Essa abordagem de pesquisa também se validou por ser uma
das mais usuais dentro das áreas relacionadas a licenciaturas.
2.2 – Sujeitos da Pesquisa
Nossos sujeitos de pesquisa foram professores de Matemática que atuam no Ensino
Médio em escolas públicas, localizadas na cidade de Ji-Paraná-RO e que encontram-se em
pleno exercício de sua profissão.
Foram abertas inscrições com divulgação desta autora por meio de visita em diversas
escolas e Coordenação Regional de Ensino (CRE), que assumiu compromisso de divulgação
em todas as escolas dessa regional. Delimitamos um número máximo de 15 vagas para melhor
atender esses docentes. Assim, terminada as inscrições, chegamos a um público de apenas 4
professores, desses três atuantes em escolas estaduais e um no ensino do campo, numa escola
da zona rural.
Para apresentar nossa análise de dados os nomearemos por: Hipatia, Sofia, Pitágoras e
Euclides fazendo homenagem a grandes personagens que contribuíram com a Matemática.
Optamos pela escolha deste público por sua condição de mediadores da educação.
Afinal:
[...] o professor é impelido a converter-se em mediador, a mostrar aos alunos os
caminhos para atingir a autonomia em relação ao conhecimento. Assim, ambiente e
professor integrados são constituintes de um espaço escolar adequado ao
desenvolvimento da didática, na perspectiva de mais formação e não apenas
25
informação. (LAUDARES; MIRANDA, 2007, p. 4)
Os docentes possuem um contato direto com os alunos, direcionando-os então a
autonomia do conhecimento, assim definido os nossos sujeitos de investigação prosseguimos
com o desenvolver da pesquisa.
2.3 – Instrumentos de Coleta de Dados
Os dados foram coletados a partir do minicurso de capacitação oferecido aos professores
de matemática nas instalações da UNIR, que teve como objetivo apresenta-los às tecnologias
educacionais e principalmente o software SuperLogo, bem como dispor de técnicas de
manipulação do software em questão e de aplicação de atividades envolvendo tópicos do ensino
de Geometria Plana, vale ainda ressaltar que para o minicurso foi realizada a produção de uma
apostila que em seu corpo possui instruções dos comandos, como também sugestões de
atividades que aplicavam o software.
Dessa maneira os dados da pesquisa foram coletados antes, durante e após a oferta do
minicurso que teve como duração o período de 6 horas, divididos em dois encontros.
Para a coleta de dados antes do primeiro contato com o software, utilizamos a aplicação
de um questionário aberto sendo este “livre” sem perguntas objetivas tendo como base a
afirmação de Fiorentini e Lorenzato (2012) como um dos instrumentos mais utilizados e
tradicionais de coleta de informações, com o objetivo de mapear o conhecimento que estes
professores têm e fazem em relação ao uso de softwares matemáticos.
O uso desta forma de questionário se torna importante por proporcionar ao sujeito
investigado a liberdade de expressar suas opiniões, não se restringindo a respostas fechadas.
Durante o momento do minicurso fez-se o uso de gravação de imagem e áudio, para
captar a percepção dos professores, a fim de se armazenar informações, uma vez que "a
videogravação permite registrar, até mesmo, acontecimentos fugazes e não-repetíveis que
muito provavelmente escapariam a uma observação direta" (SADALLA; LAROCCA, 2004, p.
423).
2.4 – Análise
Existem inúmeras maneiras de se analisar uma determinada pesquisa, considerando
assim Fiorentini e Lorenzato (2012), temos o seguinte:
26
Há várias formas de interrogar a realidade e coletar informações. Algumas são mais
dirigidas [...] Outras são mais abertas [...] Todas essas técnicas têm suas vantagens e
desvantagens. O pesquisador, visando obter maior fidedignidade, pode lançar mão de
mais de uma técnica, procurando, assim, triangular informações (FIORENTINI,
LORENZATO, 2012, p. 102).
Concebemos que a análise se constitui na discussão, argumentação e explicações que
perpassam para a enunciação da pesquisa. Tendo por fim mostrar relações entre a pesquisa e
outros fatores. Ao nos direcionarmos ao fator interpretação consideramos que essa consiste em
uma “atividade intelectual que dá significado as respostas, cria modelos, relacionando os dados
obtidos a outros conhecimentos existentes” (GRESSLER, 2004, p. 186).
Em nossa análise final dos dados, utilizamos o caráter interpretativo realizando uma
triangulação das bibliografias já contextualizadas com os dados coletados, visando a
interpretação segundo o que corresponde os objetivos da presente pesquisa de TCC.
27
CAPITULO III– INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Neste capítulo apresentamos os dados obtidos e sua análise interpretativa, levando em
consideração durante as discussões aqui apresentadas, os embasamentos teóricos que foram
desenvolvidos, as informações obtidas com os sujeitos da pesquisa e, nossa perspectiva em
função das ações, realizando assim uma triangulação.
3.1 Do questionário
Buscando conhecer melhor cada sujeito, iniciamos questionando se utiliza recursos de
tecnologias durante as aulas, ao passo que obtivemos as seguintes respostas:
Eu utilizo a tecnologia na educação apenas no sistema on-line da escola, o diário
(Hipatia);
Não temos computadores na escola disponíveis para os alunos (Pitágoras);
Apesar da escola não ter laboratório de informática, sempre que possível utilizo algo
relacionado a tecnologia, pois a maioria dos alunos têm computador em casa (Sofia);
Sim eu realizo, porém, sem muita prática (Euclides).
A professora Hipatia têm como conceito de tecnologia na educação, o uso do sistema
on-line da escola, que é conhecido como o diário, esta não emprega em sua metodologia de
ensino as tecnologias educacionais, entretanto mostra a importância dos recursos tecnológicos
influenciando o ofício docente. Já o professor Pitágoras tem em seus conceitos o uso da
tecnologia em suas metodologias, porém a estrutura escolar não fornece o básico, computadores
para os alunos, porém o mesmo ainda não busca outra maneira de inserção para que se
modifique esta forma tradicional de ensino. Enquanto isso a professora Sofia, por mais que a
estrutura escolar também não forneça a base para se trabalhar com a tecnologia educacional,
ainda sim busca inserir em sua metodologia mesmo que não seja dentro do ambiente físico
escolar, já que a educação ultrapassa barreiras e por fim, o professor Euclides utiliza as
tecnologias educacionais, porém não possui muita prática no que se refere tecnologias e sala de
aula.
Analisando essas respostas vemos que o conceito de uso da tecnologia como recurso de
ensino, ainda caminha a passos lentos, visto que são necessárias adequações didáticas, o cenário
de educação atual se faz necessário o modo on em sua modernização (LEVY, 2000). Sendo os
educadores participantes nesta evolução, enfrentam barreiras que permeiam principalmente a
estrutura escolar (falta de laboratórios de informática).
Outro questionamento, considerado simples, porém nos suscitou uma série de ligações
com o questionamento anterior, neste perguntamos acerca do ano de conclusão da formação
28
superior, donde transcrevemos a seguir:“1993”(Pitágoras), “1995”(Hipatia), “2000”
(Euclides) e “ 2015”(Sofia).
Correlacionando estes dois questionamentos, vemos que os professores Pitágoras e
Hipatia são os professores mais antigos na carreira docente, e levando em consideração o
questionamento anterior observa-se que eles não fazem o uso de tecnologias, pressupomos que
isso esteja relacionado ao processo de formação superior que os envolveu, pelo tema não ser
tão recorrente durante sua formação, estes então ,não tiveram uma base de como inseri-las em
suas metodologias de ensino, havendo assim a necessidade da inserção do processo de formação
continuada.
Já os professores Euclides e Sofia têm sua formação mais atual, porém é necessário
destacar que Euclides não possui formação superior na área de matemática, mas a muitos anos
leciona a disciplina, e ao se tratar do tema, ele apenas menciona que não utiliza softwares, com
isso podemos destacar que a professora Sofia é quem mais busca o uso desta tecnologia em
sua metodologia de ensino, por mais que a estrutura física da escola ainda não permita avanços,
essa tentativa de uso pode estar relacionada a sua formação superior que por ser mais atual já
possui em suas bases a tecnologia. Por falta de preparo dentro do seu processo de formação
inicial, esses docentes ainda estão na busca de maneiras de inserir está inovação em sala de aula
(ANDRADE, 2000).
Foi realizado também um questionamento fora do conceito tecnológico, porém que
atinge a maioria dos professores, que se refere ao fato deles lecionarem também outras
disciplinas além da Matemática, e as respostas foram todas afirmativas, sendo “Biologia”
(Euclides), “Ensino Religioso” (Pitágoras), “Inglês” (Sofia), a professora Hipatia respondeu
apenas que sim mais não revelou a disciplina.
Com base nessas informações fica perceptível que o tempo dos professores para
planejamentos diferenciados em suas aulas acaba se tornando curto, pois em grande parte estes
se veem sobrecarregados de atividades que vão além da sua disciplina de formação,
impossibilitando-os a buscar outras estratégias de ensino. Como o objetivo dos educadores não
é o de tornar suas aulas, em momentos banais, ou seja a tecnologia como preenchimento de
aula, os professores então devem aprender gerencia-la e a integrar no seu ensino (MORAN,
2004), visando sempre a obtenção do conhecimento por parte do aluno.
Ao serem questionados sobre a necessidade de mais processos de formação continuada
na área de tecnologias, as respostas foram:
Sim temos necessidade, pois ao longo da jornada percebo que quanto mais
estudamos mais aprendemos coisas novas para usar em sala (Euclides);
29
Com certeza, pois há sempre o que melhorar ao que se refere práticas pedagógicas
(Pitágoras);
Sim, principalmente na área de tecnologias. As crianças atualmente crescem com um
celular, tablet, computador na mão, assim levando as inovações para a sala de aula
esperamos despertar o interesse do aluno pela disciplina em especial a temida
matemática, como é vista pelos alunos (Sofia);
Sim é importante (Hipatia).
Concernente ao processo de formação continuada, todos os professores o julgam
importante, principalmente em relação a área de tecnologias educacionais. Euclides entende
que esse processo é algo de grande importância, onde sempre há a possibilidade de acrescentar
novidades dentro do processo de ensino; já o professor Pitágoras ressalta que o processo de
formação de professor inicial não é completo mas contínuo, logo há sempre o que se melhorar
e atualizar no quesito práticas pedagógicas; a professora Sofia, defende ouso das tecnologias
em sala de aula, pois entende como evidente que as gerações atuais já estão inseridas neste
sociedade tecnológica, com isso para despertar o estimulo do aluno em aprender,
principalmente a temida matemática, se faz necessário o uso de inovações. A professora Hipatia
também acredita na importância de momentos de formação continuada. Desta forma é
necessário que esse professor esteja sempre em constante processo de formação,
compreendendo que a partir das práticas de hoje ele modifique seu amanhã (KENSKI, 2003).
3.2 Do Minicurso
O primeiro momento se deu na apresentação do software SuperLogo, mostrando assim
o que é este software, seu princípio construcionista e a importância de utilizá-lo como recurso
de ensino em conteúdos da matemática, mais especificamente em tópicos de Geometria Plana,
após demos início ao processo de instrumentalização básica, onde todos os comandos iniciais
para manipulação estavam no corpo da apostila. Com isso iniciamos as primeiras práticas, a
princípio os professores não demonstraram grandes habilidades, algo compreensível pois trata-
se do primeiro contato e manipulação do software.
Demos então o início à resolução de uma atividade que constituía uma ideia inicial a
construção de figuras geométricas planas, envolvendo aqui os conceitos iniciais de arestas e
ângulos que são os seus respectivos formadores, onde foram resolvidas questões como:
Ex.:
1- Vamos determinar uma sequência de comandos e construir um retângulo que tenha 100
cm de base e 200 cm de altura.
30
Figura 7- Movimento da tartaruga formando um retângulo com bases de 100 passos e altura de 200
passos
Fonte: Elaborada pela autora
2- Vamos determinar os comandos para a construção da imagem abaixo:
Figura 8- Movimento da tartaruga formando a figura desejada no exercício
Fonte: Elaborada pela autora
Observando então os professores, Hipatia a princípio apresentou algumas dificuldades
nas resoluções, evidencia-se neste momento que os outros professores a auxiliaram na
resolução, mostrando assim uma possibilidade de ocorrência também em sala de aula, pois os
professores contam com os próprios alunos para auxiliarem uns aos outros quando necessário,
os alunos sempre apresentam uma facilidade para compreenderem conceitos que estão ligados
à tecnologia, esta forma de modernização do ensino não é apenas um modismo mais sim um
31
direito, já que a sociedade atual exige maneiras que instiguem o aluno a se tornar um ser criativo
(BORBA; PENTEADO, 2001).
Ao Passo seguinte de avanço do minicurso adentramos a conceitos que envolviam
figuras inscritas, áreas, diagonais e o uso do Teorema de Pitágoras. Para tais funções, os
professores foram instrumentalizados a introduzir alguns comandos, que possibilitavam realizar
operações no software, pois o mesmo possui esta característica, quando instruído. Neste
momento os professores apresentaram-se mais participativos, começando a expor ideias que
eram evidentes nos conceitos aplicados. O professor Pitágoras menciona que “por mais que o
software funcione como uma calculadora, quando utilizado pelo aluno eles devem saber os
conceitos básicos de resoluções” evidenciando aqui aplicação do princípio construcionista
onde o aprendiz busca por meio do seu próprio raciocino obter o conhecimento (PAPERT,
1994). Como destaque duas das atividades propostas (Figuras 9 e 10) foram as que
proporcionaram maiores discussões tomando a exemplo:
1- Vamos construir um quadrado cuja aresta mede 150 cm. Logo após vamos dividi-lo em
dois triângulos retângulos.
Figura 9- Movimento da tartaruga formando um quadrado e este divido em dois triângulos retângulos
Fonte: Elaborada pela autora
2- Desenvolva a construção de um triângulo retângulo cuja base mede 150 cm e sua altura
também. Note que para ser um triângulo se faz necessário três lados, qual seria o
comando necessário para completar esse triângulo.
32
Figura 10- Movimento da tartaruga formando um triângulo retângulo e aplicação do Teorema de Pitágoras
Fonte: Elaborada pela autora
Nestas duas propostas de exercícios os professores apresentaram posições:
Nossa, um exercício tão simples mais que compreende conceitos que passam
despercebidos pelos alunos (Pitágoras);
Com esse exercício é possível que o aluno compreenda conceitos de forma visual,
pois nem sempre sem a imagem ele consegue verificar (Sofia);
Incrível, pois quando nos falamos sobre diagonais, os alunos não conseguem verificar
o conceito que ali está posto, e esta é uma maneira de se desapegar de formulas e
entender a aplicação (Hipatia);
Os alunos irão amar, pois têm muita dificuldade em compreender a característica de
cada triângulo (Euclides).
É evidente que os conceitos que envolvem a geometria estão relacionados a concepção
visual, onde o aluno precisa fazer a relação com uma figura geométrica, os professores então
percebem está dificuldade e a “(...) importância de se incentivar nos meios educacionais o
desenvolvimento de habilidades de visualizar” (KALEFF ,2003, p.15). E por meio do software
eles têm a possibilidade de desenvolver esta habilidade visual no aluno, o levando a
compreender os conceitos apresentados.
Ao avançar iniciamos o trabalho com as circunferências, sendo apresentada a sua
construção por meio do comando:
• arco nº nº (Ângulo formador da circunferência e tamanho do raio)
Para tal momento a atividade a exemplo, levantou também inúmeras opiniões plausíveis
de discussão; sendo está:
1- Desenvolva a estrutura de uma coroa circular cujos raios são respectivamente 200 e 150,
determine então a área da coroa. Agora construa um setor circular dentro das
circunferências sendo esse de 45º. Qual a área da coroa circular?
33
Figura11- Movimento da tartaruga formando a coroa circular e cálculos para encontrar sua área
Fonte: Elaborada pela autora
As concepções apresentadas neste momento tinham como foco a dificuldade na
abordagem do conteúdo que envolve circunferências. Assim levantaram-se tais situações:
Novamente é possível que os alunos, compreendam o conceito, e não se apeguem a
formula, acho isso incrível (Hipatia);
Com questões como essa posso enfatizar abordagens como raio e diâmetro, conceitos
que eles têm dificuldade em compreender (Euclides);
Nossa, a partir dessa ideia posso adaptar a outros conceitos como setor circular, e
conseguir que os alunos compreendam (Sofia);
É muito interessante essa abordagem, pois consigo levar o aluno a interpretar, ou
seja, compreender o que está sendo posto em questão (Pitágoras)
Os professores percebem a todo momento a diferença que um recurso tecnológico traria
durante suas aulas e suas possibilidades de trabalho se tornam inúmeras, e sempre levando o
aluno a desenvolver sua capacidade de pensar, ou seja, ele estaria preparando esse aluno para o
mundo atual que eles estão inseridos, onde o possibilitará ser um ser crítico, adquirindo assim
habilidades para o seu desempenho eficiente em tal modelo de sociedade (SANTALÓ, 2001).
34
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa teve como objetivo proporcionar uma formação continuada para
professores de Matemática do Ensino Médio, atuantes em escolas públicas de Ji-Paraná-RO,
realizada por meio de ação pedagógica no formato de minicurso, sobre o uso do software
SuperLogo no ensino de tópicos de Geometria Plana.
Toda investigação educacional exige uma formatação metodológica, a nossa foi
desenvolvida por meio de pesquisa qualitativa, com a obtenção de dados através da aplicação
de um questionário diagnóstico e o desenvolvimento do minicurso que teve a participação de
quatro docentes
A partir da análise inicial do nosso questionário, percebemos que o uso das tecnologias
ainda que recorrente dentro da sociedade, ou seja fora do espaço escolar, ainda não conseguiu
alcançar o espaço formal da escola, concebendo-as como recurso de ensino e aprendizagem,
pois o uso da tecnologia na atualidade, na maioria das escolas, está limitado apenas ao setor
administrativo, na organização, arquivos de dados e diários, porém ao se tratar de sala de aula
caminha a passos lentos. Este cenário deve ser modificado a escola deve acompanhar o
crescente desenvolvimento tecnológico.
Vale ressaltar que o não uso, por parte dos professores, pode estar relacionado ao fato
da escola não fornecer estrutura apropriada aos alunos, para que o docente possa atualizar tais
tecnologias.
Um dos questionamentos realizado, nos leva ao ano de formação destes professores.
Ficou perceptível que os docentes com formações mais antigas realizadas na década de 1990,
possuem uma estrutura não voltada ao uso das tecnologias, o que emprega uma dificuldade em
inseri-las durante as aulas, visto que para tal ato se faz a necessidade do domínio da ferramenta
em questão, onde os alunos têm essa facilidade, mas nem sempre o professor a domina,
consequentemente ele acaba deixando de utiliza-la com receio de que suas aulas não sejam
produtivas. Os professores com formações mais recentes, já compreendem e têm uma maior
habilidade no uso de novas tecnologias, tornando-se mais fácil a inserção tecnológica em suas
metodologias, porém também para estes, o que os impede está relacionado quase sempre a
estrutura inadequada não fornece os subsídios necessários como um laboratório de informática
para os alunos.
Um dos processos que vale ser ressaltado, seria o fato destes docentes lecionarem outras
disciplinas além da Matemática, o que afeta ao que se refere planejamento de atividades
diferenciadas e inovadoras para a sala de aula, pois o tempo destes profissionais acaba sendo
35
curto e com a grande demanda de alunos o mesmo se vê quase sempre pressionado a praticar
apenas as conhecidas aulas tradicionais.
Em contrapartida quando perguntados sobre a necessidade de mais momentos de
formação continuada nas áreas de tecnologias educacionais, os mesmos concordam, pois
ressaltam sempre que este é um processo que traz mudanças na forma de ensino, onde eles são
as responsáveis por estimular este aluno visto que esse universo faz parte do seu cotidiano.
Porém ao dialogarmos após aplicação dos mesmos o que foi levantado por todos foi a falta de
oferta de tais momentos bem como a falta de tempo para tais práticas, tornando assim difíceis
os processos de formação continuada.
O momento de aplicação do minicurso, surge com grande papel pois fornece aos
educadores um momento de formação continuada, os quais destacaram ser de grande valia pelo
tema que é tão recorrente para a sociedade contemporânea. Um dos pontos positivos também
alavancados foi o tempo de duração do minicurso, que não possuía grande extensão mais
fornecia os subsídios necessários para introduzirem em sua metodologia de ensino uma
tecnologia educacional, o software SuperLogo e que este por sua pouca carga horária foi
compatível de ser inserido em sua rotina.
O minicurso em questão veio para servir como recurso aos professores de matemática,
afim de se modificar a estrutura abstrata com a qual a Geometria Plana é vista pelos alunos,
fornecendo assim aos docentes uma base visual e prática de ofertar tal conteúdo.
A todo momento, foi proposto a esses professores maneiras de como utilizar o software
para a aplicação de tópicos de Geometria Plana, sendo os momentos do minicurso dialogados
com os professores expondo suas ideias de outras possibilidades de trabalho com o software,
momento muito rico pois com essa troca de informações fica evidente que estes professores
compreenderam a importância de tal recurso. Naquele momento foi fornecido a eles uma base
de atividades a serem elaboradas, cabendo assim a eles elaborar outras atividades conforme a
necessidade.
Contudo, durante a aplicação do minicurso, o resultado foi totalmente satisfatório em
relação aos professores, mesmo que alguns tivessem dificuldades de trabalhar com as
tecnologias, em geral, em nenhum momento desistiram algo de extrema importância, pois
demonstra o quanto estes querem modificar a forma tradicional de ensino da Matemática.
Sendo assim, a partir destas analises apresentadas e na perspectiva de futura professora
de matemática, entendemos que deveriam ser oferecidos maiores momentos de
complementação aos professores, por meio de formação continuada, no tocante ao uso de
softwares matemáticos.
36
Foi notório que os sujeitos perceberam a importância do uso das tecnologias como
recurso de ensino da Matemática, pois esta proporciona ao professor uma ferramenta de ensino
que proporciona a facilitação da aprendizagem do aluno.
37
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reflexões psicopedagógicas. Trad. Juan Acuña Llorens. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001
TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o
professor na atualidade. 9 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Érica, 2012
VALENTE, José Armando. ALMEIDA, Fernando José. Visão analítica da informática na
educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática
Educativa [online], Florianópolis, n. 1, p. 1-28, nov. 1997.disponível em:
<http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/library/valente.html> acessado em 16 de maio
2017.
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APÊNDICES
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Superlogo
Apostila de instrumentalização e possibilidades de
trabalhos pedagógicos aplicados para tópicos de
Geometria Plana associados ao software SuperLogo
Um minicurso ofertado por Mellissa Moura de Andrade
sob a orientação do Professor Dr. Marlos Gomes de
Albuquerque
Ji-Paraná/ RO, 2017
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................
03
O que é o SuperLogo?.......................................................................................
03
Porque utilizar o software SuperLogo aplicado a conceitos de Geometria
Plana?.................................................................................................................
03
2. COMANDO BÁSICOS INICIAIS................................................................
04
Comandos primitivos para o movimento da tartaruga (Janela de comandos)....
04
Atividade I........................................................................................................
05
3. NOVOS CONCEITOS EM RELAÇÃO AO SOFTWARE........................
06
O software como recurso para cálculos............................................................
06
Atividade II.......................................................................................................
07
4. TRABALHANDO COM O CÍRCULO........................................................
08
Como construir as circunferências no SuperLogo.............................................
08
Atividade III......................................................................................................
09
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................
10
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................
11
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1. INTRODUÇÃO
O que é o SuperLogo?
A linguagem Logo foi desenvolvida nos EUA onde seu criador foi Seymour Papert, no
ano de 1967. O seu objetivo compreende a sua aplicação em ambientes educacionais, onde essa
linguagem a início foi desenvolvida com o propósito de se trabalhar com crianças, o software
tem como base o princípio construcionista, desenvolvido por Papert, onde o aprendiz busca
suas estratégias para que se possa obter o conhecimento por meio de seu próprio raciocínio.
Porque utilizar o software SuperLogo aplicado a conceitos de Geometria Plana?
O software SuperLogo possui uma linguagem simples e totalmente interativa com seu
manipulador, podendo assim ser atribuído a ela o ensino de tópicos aplicados a conceitos da
Geometria Plana e seus conceitos de comandos estão interligados a arestas e ângulos estes
respectivamente os formadores de figuras planas.
O usuário por meio da interface do programa consegue verificar ideias e conceitos
impostos no momento e através do movimento da tartaruga (Animal cibernético que realiza os
movimentos no software quando solicitado) que forma figuras geométricas planas quando
direcionada permitindo assim fácil compreensão do conteúdo de tópicos de geometria plana.
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2. COMANDOS BÁSICOS INICIAIS
Janela Inicial: Ela apresenta uma janela sendo este o local que a tartaruga (Animal Cibernético)
realizará seus movimentos e também estará presente uma janela de comandos que determinará
o movimento desta tartaruga quando solicitado.
QUADRO 1- Comandos primitivos para o movimento da tartaruga (Janela de
comandos)
Movimento Sigla representante para o
comando e numero
Descrição
Para frente
pf 100 (Digite a sigla dê um espaço
e digite o número de passos)
A tartaruga se movimentará para frente
um determinado número de passos.
Para trás pt 100 (Digite a sigla dê um espaço
e digite o número de passos)
A tartaruga se movimentará para trás um
determinado número de passos.
Para direita pd 90 (Digite a sigla dê um espaço
e digite o ângulo de rotação)
A tartaruga irá girar a direita o respectivo
ângulo mencionado.
Para esquerda pe 90 (Digite a sigla dê um espaço
e digite o ângulo de rotação)
A tartaruga irá girar a esquerda o
respectivo ângulo mencionado.
Tartaruga tat (Apenas digite a sigla ) A tartaruga voltará a posição inicial, bem
como a janela gráfica também retornara
ao início.
Fonte: Próprio autor
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Na janela de comandos aparecem teclas que desempenham papeis importantes sendo eles:
QUADRO 2- Comandos presentes na janela inicial
Restaurar Janela gráfica
Leva a tartaruga a sua posição inicial como também restaura
os rastros deixados na janela gráfica, porém não restaura a
janela de comandos.
Restaurar Janela de comandos
Restaura apenas os comandos que foram digitados na janela
de comandos e não interfere na janela gráfica.
Tat
A tartaruga voltara a posição inicial, bem como a janela
gráfica também retornara ao início.
Estado
Fornece algumas informações as quais o software encontra-se
configurado
Fonte: Próprio autor
ATIVIDADE I
1. Apresente uma sequência lógica de comandos que nos leve a construção de um
retângulo que tenha como medidas 100 cm de base e 200 cm de altura?
2. Determine os comandos que constroem as imagens dispostas abaixo:
3. Introduza os comandos necessários para a construção desta figura sabendo que a
respectiva se inicia com uma aresta de 100 mm (Considere 100mm como o comando
100).
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4. Evidencie alguns conceitos da Geometria plana verificados até o momento através do
software.
3. NOVOS CONCEITOS EM RELAÇÃO AO SOFTWARE
O software SuperLogo também possui outros comandos além dos primitivos
apresentados anteriormente. São Eles:
QUADRO 3- Comandos além dos primitivos
Comando
Sigla
representante
para o
comando
Descrição
Use borracha
ub
A tartaruga ao passar sobre traços estes
são apagados
Use nada
un
A tartaruga realiza seus movimentos
porém sem deixar traços
Use Lápis
ul
A tartaruga realiza seus movimentos
deixando traços
Desapareça Tat
desapareçatat
A tartaruga desaparece, porém ainda é
possível traçar linhas com seus comandos
Apareça Tat
apareçatat
A tartaruga aparece e ainda trace linhas
com seus comandos
Fonte: Próprio autor
Também é possível realizar mudanças na fonte, tamanho do lápis e cores de fundo e do
lápis, e como método mais rápido basta irmos em formatar na tela inicial onde teremos
estas opções. Veja:
• O software como recurso para cálculos
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O SuperLogo possui a capacidade de resolver expressões e interpretar sinais de
operações sendo eles representados por:
QUADRO 4- Sinais de operação utilizados no software
Operações sinais
Adição +
Subtração -
Multiplicação *
Divisão /
Fonte: Próprio autor
Porém exige alguns cuidados como:
I. Nas expressões numéricas ele admite apenas o uso dos parênteses sendo que
as operações serão realizadas a partir do interior a até o exterior.
II. Quando há duas operações sendo elas divisão e multiplicação sem restrições
ele resolve na ordem da leitura. Ex.: 50*10/2 = 250
III. Para raízes n- ésima basta aplicarmos o conceito de potência. Devemos
escrever da seguinte maneira- potência 9 ½ = 3
ATIVIDADE II
1. Determine os comandos necessários para a construção da imagem abaixo sabendo
que o quadrado maior possui aresta de 200 mm e o menor possui a metade de sua
aresta. Logo após desconsiderando a área do quadrado menor qual a área restante
do quadrado maior.
2. A partir da imagem anterior trace a diagonal principal do quadrado maior e em
seguida apague a diagonal que ocupa o quadrado menor.
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3. Desenvolva a construção de um triângulo retângulo cuja base mede 150 cm e sua
altura também. Note que para ser um triângulo se faz necessário três lados, qual seria
o comando necessário para completar esse triângulo.
4. Construa um triângulo equilátero com os seguintes comandos pd 30 – pf 100- pd
120- pf 100- pd 120, neste falta uma das arestas então a faça. Logo após trace uma
linha de cor vermelha representando a altura deste triângulo.
5. Elabore um quadrado cuja aresta mede 150 cm. Logo após faça a divisão em dois
triângulos retângulos. Agora determine a área do triângulo e faça uma associação
com o cálculo da área do quadrado com a do triângulo em questão.
4. TRABALHANDO COM O CÍRCULO
Como construir as circunferências no Superlogo:
arco nº( ângulo formador da circunferência) nº( tamanho do raio)
Ex.:
A partir do conceito de construção da circunferência é possível combinarmos a ela os conceitos
vistos anteriormente, e então elaborar atividades que envolvam, área do círculo, área do setor,
área da coroa e outras indo até onde você consegue criar.
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ATIVIDADE III
1. Desenvolva a construção de um semicírculo de 180º com raio de 100, trace sua reta que
representa o diâmetro com a cor vermelha, logo após determine sua área.
2. Construa um setor circular de 30º em uma circunferência que possui 200 cm de
diâmetro. Agora determine a área do setor circular e área da circunferência.
3. Desenvolva a estrutura de uma coroa circular cujos raios são respectivamente 200 e 150,
determine então a área da coroa. Agora construa um setor circular dentro das
circunferências sendo esse de 45º. Qual a área deste setor que está apenas na coroa.
4. Construa uma circunferência de raio 200 cm e inscrito nela um quadrado de área 10.000
cm². Lembre-se ele deve ser centralizado. Logo após trace a linha do diâmetro da
circunferência de modo que está trace também a diagonal do seu quadrado agora retire
a diagonal traçada no quadrado.
5. Construa o desenho abaixo considerando seu diâmetro 250 e responda qual a área do
setor circular na cor vermelha, e qual a área restante.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das práticas realizadas até o momento foi possível perceber que o software em
questão é um excelente recurso de ensino aplicado a tópicos de geometria plana, porém ele não
se delimita a apenas está vertente da matemática mais sim pode se expandir de acordo com a
necessidade e sua criatividade.
É importante destacar que o minicurso apresentado veio para propor a vocês professores
de matemática da rede pública de ensino um momento de instrumentalização bem como uma
apresentação de possíveis atividades práticas que poderão ser utilizadas durante suas aulas de
matemática.
O que foi proposto a vocês foi uma ideia inicial de atividades práticas que poderão ser
elaboradas uma vez que já conseguiram obter uma forma de como criar tais atividades, fazendo
assim que você as elabore de acordo com a sua necessidade.
Agora cabe a vocês professores de matemática através das ideias apresentadas até o
momento aprimorá-las e também as pôr em pratica, já que atualmente estamos inseridos em
uma sociedade tecnológica, logo temos a necessidade de atualizar também o cenário da
educação atual.
MUITO OBRIGADA!
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6. REFERÊNCIAS
MOTA, M. S.; MIRANDA, D. F. Geometria da tartaruga: Contribuições do SuperLogo ao
ensino de geometria. Belo Horizonte: Do autor, 2008. 94p.
PAPERT, Seymour. A Máquina das Crianças: Repensando a Escola na Era da Informática.
Artes Médicas. Porto Alegre. 1994.
______. Logo: Computadores e Educação. Editora Brasiliense, São Paulo. 1985
VALENTE, José Armando. O professor no ambiente Logo: formação e atuação. Campinas:
UNICAMP/NIED, 1996. v. 1, cap. 5, p. 71-89.
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