Ondas eletromagnéticas Espectro EM · Ondas eletromagnéticas aA teoria eletromagnética...

Preview:

Citation preview

outubro de 10 Hédison K. Sato

Métodos Eletromagnéticos

Espectro e fontes de energiaTipos de fontes, formas de mediçãoExemplos de alguns métodos

2

Ondas eletromagnéticas

A teoria eletromagnética representa a extensão e o entendimento de que os fenômenos elétricos e magnéticos são interligados.Além das fontes naturais, o campo EM é gerado, controlado e usado num intervalo largo em freqüência.Da mais alta para a mais baixa, são a radiação gama, raio X, luz ultravioleta, luz visível, infravermelho (calor irradiado), microonda, telefonia celular, comunicação em UHF, televisão/FM (VHF), rádio difusão de longo e curto alcance, VLF (“Very low frequency”).

3

Ondas eletromagnéticas

Conforme o objetivo, as ondas EM são irradiadas emdiversas direções (caso das TV, lâmpadas, etc).concentradas através de antenas parabólicasliteralmente canalizadas, como ocorre nas fibras óticas.

Espectro das ondas EM

10-11 10-9 10-7 10-5 10-3 10-1 101 103 105 107 109

Comprimento de onda (cm)

3×10

21 Freqüência(Hz)3×

1017

3×10

13

3×10

9

3×10

5

3×10

1

Raiogama

RaioX

Ultravioleta

Luzvisível

Infravermelho

Ondascurtas

OndaslongasFM

TV(2-6)

TV(7-13)Celular

VLF ELFMicroondas ULF

4

Espectro EM

EHF (Extremely High Frequency: 30-300 GHz)SHF (Super High Frequency: 3-30 GHz)UHF (Ultra High Frequency : 0.3-3 GHz)VHF (Very High Frequency : 30-300 MHz)HF (High Frequency: 3-30 MHz)MF (Medium Frequency: 0.3-3 MHz)LF (Low Frequency: 30-300 kHz)VLF (Very Low Frequency : 3-30 kHz) ELF (Extra Low Frequency : 3-3000 Hz)ULF (Ultra Low Frequency : < 3 Hz)

5

Espectro EM – Utilização

SHF (Super High Frequency: 3-30 GHz)Wi-Fi

UHF (Ultra High Frequency : 0.3-3 GHz)TV 14 a 69 (470 a 806 MHz), Telefonia celular, Wi-Fi, Bluetooth, Forno de microondas

VHF (Very High Frequency : 30-300 MHz)TV canais 2 a 6 (54 a 88 MHz) , FM (88 a 108 MHz), TV 7 a 13 (174 a 216 MHz)

6

Espectro EM – Utilização

HF (High Frequency: 3-30 MHz)Faixa Cidadão (CB – Citizen Band): em torno de 27 MHz

MF (Medium Frequency: 0.3-3 MHz)530 kHz a 1,6 MHz – Uso comercial: ondas longas

LF (Low Frequency: 30-300 kHz)LORAN (LOng RAdio Navigation) – caindo em desuso (GPS)

VLF (Very Low Frequency : 3-30 kHz) Comunicação naval

7

Espectro útil

A profundidade de exploração depende de alguns fatores e, entre eles, a freqüência é fundamental.Quanto menor a freqüência, maior a penetração da onda EM.Na geofísica, tem-se aplicado os intervalos:

UHF, VHF⌧Ground Penetrating Radar

VLF (15-25 kHz na prática), ELF, ULF.⌧Métodos geofísicos eletromagnéticos clássicos.

8

Skin depth

elétrica. tividade-condu a , e magnética dadepermeabili a é onde

por dada É .fator pelo atenuada é ondada amplitude a que em distância a é depth" Skin" •

propagada. distância a com tenencialmen-expo reduzida amplitude sua a tem condutor, meio

um em , freqüência de senoidal plana, onda Uma•

σμσωμσ

δ

ω

f

e15032

1

==

9

1E+0

1E+1

1E+2

1E+3

1E+4

1E+5

1E+6

0,01 0,1 1 10 100 1000 10000Freqüência (Hz)

"ski

n de

pth"

(m)

0.001 S/m

0,010 S/m

0,100 S/m

1,000 S/m

Skin depth

Condutividade

10

Fontes de energia

Naturais:Para freqüências acima de 1 Hz, predominam as ondas irradiadas a partir dos relâmpagos que ocorrem durante as tempestades (concentradas na região equatorial), que se propagam a grandes distâncias.Para freqüências abaixo de 1 Hz, predominam as ondas irradiadas a partir do sistema de correntes elétricas que se desenvolvem na magnetosfera terrestre, subordinada àatividade solar.

Artificiais magnéticasPara baixas freqüências, bobinas para a geração de campos magnéticos primários, cujas áreas podem variar de alguns cm2 a milhares de m2 (retângulo com 600m x 600m), ou mais.

11

Fontes de energia

Sistema EM multifreqüênciaRetângulo com 600m x 600mFio paralelo2 x 4mm2

m600

m600

12

Fontes de energia

Sistema EM multifreqüênciaTransmissorUnidade de monitoramentoda corrente dotransmissor

13

Fontes de energia

Sistema EM multifreqüênciaGrupo gerador

14

Fontes de energia

Artificiais elétricasPara altas freqüências (VHF-UHF), dipolos elétricos de 1m.Para baixas freqüências (VLF)

Antena Jim CreekEstação NLKPróximo a Seattle

15

Campos primário e secundário

Conceitos típicos da geofísica.Campo primário é o campo EM devido à fonte geradora.Na realidade não existem ondas planas mas, na prática, elas são consideradas quando a fonte encontra-se distante.O campo EM secundário é aquele gerado por um corpo condutor quando este está sob a ação de um campo primário.

16

Campos primário e secundário

De certa forma, a luz refletida por um espelho é um campo secundário.

yfonte

campoprimário campo

secundário

campoprimário

observador

17

Campos primário e secundário

A imagem “fantasma” no receptor de TV é uma reflexão indesejada em obstáculos (edifícios)

yantenade TV

campoprimário

camposecundário

campoprimário

18

Campos primário e secundário

Corpo condutor em um ambiente resistivo

camposecundário

verticaleixo de bobina a devidoprimário, magnético, Campo

condutor corpo

elétricas correntes

superfície

superf

ície

19

Polarização elíptica

Polarização elíptica: ocorre como combinação de dois campos que apontam em diferentes direções e fases distintas.

z

x

y

energia. de fonte a devidoprimário, magnético, Campo

kHjHiHtzyxH PzPyPxP

rrrr++=),,,(

primário. campo peloinduzidascondutor

corpo num circulamque elétricas correntesas devido ,secundário

magnético, CampokHjHiHtzyxH SzSySxS

rrrr++=),,,(

condutor corpo

elétricas correntes

20

Polarização elíptica

Exemplo:( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )elipse! uma seja, Ou

tempo, o Removendo

anula se nunca que tempo o com variatotal campo do amplitude a Observe

e :considere análise, afacilitar Para

e

.1

sencos

.sen2coscos

coscos

22

222222

=+

+=+

=−==

−=−=

bEaE

tbtaEE

tbtbEtaE

taEtaE

SyPx

SyPx

SyPx

SySySyPxPxPx

ωω

ωπωω

φωφω

21

-1

0

1

-1 0 1

Polarização elíptica

Mergulho do eixo maior da elipse de polarização

( )4/cos3,0 πω −= tEy

6π0=tω

π

( )6/cos6,0 πω −= tEx

22

Polarização elíptica

Elipse de polarização de dois campos que apontam em diferentes direções e têm fases distintas.

z

x

y),,,( tzyxHP

r

),,,( tzyxHS

r

condutor corpoelétricas correntes

horizontal plano no elipse da projeção

23

Polarização elíptica

Elipse de polarização de dois campos que apontam em diferentes direções e têm fases distintas.

z

x

y horizontal plano noelipse da projeção

)angle" dip("opolarizaçã de elipse

damaior eixo domergulho de ângulo ,θ

24

Onda plana

A aproximação de ondas planas de aplica quando a fonte da energia EM encontra-se bastante afastada da zona de pesquisa.É o caso dos métodos VLF (Very Low Frequency), AFMAG (Audio Frequency MAGnetic), MT (MagnetoTelúrico).Na prática, o campo EM propaga-se verticalmente para o interior da superfície da Terra, devido ao grande contraste entre os números de onda do ar e da terra.

25

Método VLF

As fontes de ondas VLF são potentes transmissores cuja função básica é a comunicação com submarinos submersos.Atingem potências de até 1MW.A estrutura das antenas transmissoras desses sinais estendem-se por áreas de até 2,5 km2.

26

Método VLF

Transmissor NLK: 24.8 kHz, 125kW, aproximadamente 2,5 km2 a área coberta pela antena

Antena Jim CreekEstação NLKPróximo a Seattle

27

Método VLF (transmissores)

Estação NAA Cutler, Maine24 kHz, 1000 kW

28

Método VLF (receptor)

Marca: Iris Instruments.

O sensor, levado às costas, interliga-se a um controle das medições, visualização e armazenamento de dados.

Mede (i) inclinação do eixo maior da elipse de polarização do campo magnético e

(ii) resistividade aparente, com a medição do campo elétrico.

29

VLF: dique vertical enterrado

( )

encaixante da depth" skin"

indução de número encaixante da adecondutivid :

espessura. pela adecondutivid da produto dique do ltransversa acondutânci :

:Parâmetros

2

1

21

22

11

212

1

1

2

2

⎟⎠

⎞⎜⎝

⎛=

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

••

μωσ

σσμω

σ

σ

δ

tL

t

1t1

diqueσ 2σ

30

VLF: dique vertical enterrado

diversas. adesresistivid de sencaixante com S, ltransversa aCondutânci

%. em --)-(- elipsidade e graus em mergulho de Ângulo111 =tσ

31

Magneto-telúrico (MT)

Ondas EM de baixa freqüência penetram intensamente no interior da Terra (ordem de km).Conceito de resistividade aparente

21

y

xxy H

Eμω

ρ =

obtido a partir dos campos elétrico e magnético, normais entre si, medidos na superfície da Terra.O campo elétrico é medido com dois eletrodos aplicados no solo, enquanto o campo magnético é medido por meio de uma bobina.

32

Magneto-telúrico (MT)

Aplicações na investigação profunda, por exemplo, de bacias sedimentares.Atualmente, aplica-se também em ambientes marinhos para a exploração de petróleo.

33

MT sobre 2 camadas

ρ1= 1 ohm.mh1= 1000 m

ρ2= ∞

100

50

20

10

5

2

0.5

0.20.1

0.05

0.02

0.01 0

Valores diversos de ρ2

(Hz)f freqüência da função em (ohm.m) aparenteρ

34

MT sobre 2 camadas

ρ1= 1 ohm.mh1= 5000 m

ρ2= ∞100502010

5

2

0.5

0.20.1

0.050.02

0.01 0

Valores diversos de ρ2

(Hz) f freqüência da função em (ohm.m) aparenteρ

35

Configurações típicasT R

54,74O

HCP (Horizontal Coplanar)

PERP (Perpendicular)

VCP (Vertical Coplanar)

VCA (Vertical Coaxial)

NULL

PAR (Parallel)

H WAVETILT

V WAVETILT

Configurações usuais em aplicações no domínio da freqüência.Máximo acoplamento: HCP,VCP, VCA.Mínimo acoplamento: PERP, NULL, PAR a 54,74o

36Domínio da freqüênciaMedições típicas

Fase de um ou mais componentes espaciais em relação a corrente na bobina transmissora.Dois componentes espaciais são, simultaneamente, captados e os resultados expressos como a razão entre as magnitudes dos componentes e a diferença de fase, ou os parâmetros da elipse de polarização.O mergulho e, algumas vezes, a direção horizontal do campo são medidos através da rotação da bobina receptora à procura do sinal mínimo.As diferenças entre os mesmos componentes para duas ou mais freqüências.

37

Fonte fixa e móvel s/ esfera

Fonte fixa: a medida éassociada àposição do receptor.Fonte móvel: a medida éassociada ao ponto médio entre as posições do transmissor e do receptor.

38

Forma da anomalia

T e R podem ser trocados nos arranjos simétricos e a anomalia é simétrica quando o corpo é simétrico em relação ao arranjo.Geralmente, arranjos assimétricos produzem anomalias espelhadas ao se permutar T por R sobre um corpo simétrico.

39

HCP s/ semi-plano condutor40

Domínio do tempo

Mede-se o campo magnético durante o intervalo de tempo em que a corrente no transmissor está cortada.

A voltagem detectada, proporcional ao campo magnético, corresponde apenas ao campo secundário, mesmo com o uso das configurações de acoplamento máximo.

41

“Loop-loop” s/ condutor plano

Resposta TEM sistema HCP. Observar a simetria

42

“Loop-loop” s/ condutor plano

Resposta TEM sistema HCP. Mergulho p/ direitaObservar a assimetria.

43“Coincident loop” sobrecondutor plano

Observar os valores do campo secundário continuam mais destacados sobre o corpo condutor que mergulha para a direita.Entretanto, o pico àesquerda está mais elevado relativamente.

44

Levantamento aéreo

Princípios de funcionamento.Campo primário artificial.Bobina transmissora instalada na asa.

45

Levantamento aéreo

Princípios de funcionamento.Campo primário artificial.Bobinas transmissora e receptora a reboque.

46

Levantamento aéreo

Método com o transmissor fixo.

A bobina fica montada diretamente sobre o terreno e são feitos sobrevôos com o receptor.

47

Método INPUT

Método com o transmissor móvel.Método no domínio do tempo: as medidas são feitas durante os intervalos de tempo em que a corrente no transmissor inexiste, ou seja, sem a presença do campo primário.

48

Método INPUT

Dois perfis de INPUT sobre locais provavelmente contendo sulfetos maciços.

49

CSEM

CSEM (Controlled Source ElectroMagnetics)O nome é bastante genérico mas tem-se destacado na exploração de petróleo, com levantamentos no fundo do mar, com o nome SBL.SBL (Sea Bed Logging) method

ReceptoresEspalhados no fundo do mar, medindo os campos elétricos em direções ortogonais (Ex, Ey) e magnético(Hz).

Transmissor:“Dipolo” elétrico rebocado

Freqüências no intervalo de 0,0625 a 1,725 Hz.

50

CSEM

Na investigação para petróleoResistividade da água do mar da ordem de 1 ohm.mResistividade do reservatório com óleo e gás, da ordem de 55 ohm.m

51GPR Ground Penetrating Radar

Unidade de controle, armazenamento, processamento e apresentação.Antenas transmissora e receptora (dipolos elétricos).

52

GPR

É usado na geofísica, geologia, hidrogeologia, mineração, engenharia civil e arqueologia.A condutividade elétrica dos materiais investigados e a freqüência de operação determinam a profundidade de penetração dos sinais de radar no material.Enquanto nos demais métodos EM a permissividade elétrica édesprezada, é ela quem desempenha o papel importante na partição da energia nas interfaces no GPR, devido as altas freqüências usadas.A resolução do método aumenta com a freqüência do sinal, enquanto a penetração diminui. A profundidade de penetração típica varia de 1 a 40 metros. Além das antenas dipolar, usam-se antenas-corneta (1,0 a 2,5 GHz) para investigações do pavimento em estradas de rodagem.

53

GPR

Perfil às margens da Lagoa de Abaeté

54

GPR

Dois canos sob uma laje de concreto

55

GPR

Contaminação em um posto de gasolina.

56

Bibliografia:

Castro, D. L., Castelo Branco, R. M. G., Cunha, L. S., Souza R. C. V. P. e Augusto, V. A., 2001, Mapeamentode pluma contaminante de hidrocarbonetos a partir de seções GPR em um posto de abastecimento em Fortaleza-Ceará, in: Anais do 7o. Congr. Inter. da SBGf, Salvador, 336-339.Frischknecht, F. C., Labson, V. F., Spies, B. R. e Anderson, W. L., 1991, Profiling methods using small sources. In: Nabighian, M. N., Electromagnetic methods in applied geophysics, V.2, Applications, p. 105-270.

57

Bibliografia:

McNeill, J. D. e Labson, V. F., 1991, Geological mapping using VLF radio fields. In: Nabighian, M. N., Electromagnetic methods in applied geophysics, V.2, Theory, p. 521-640.Nabighian, M. N. e Macnae, J. C., 1991, Time domain electromagnetic prospecting methods. In: Nabighian, M. N., Electromagnetic methods in applied geophysics, V.2, Applications, p. 427-520.Palacky, G. J. e West, G. F., 1991, Airboneelectromagnetic methods. In: Nabighian, M. N., Electromagnetic methods in applied geophysics, V.2, Applications, p. 811-879.

58

Bibliografia:

Telford, W. M., Geldart, L. P., Sheriff, R. E. e Keys, D. A., 1978, Applied geophysics. Cambridge University Press. Vozoff, K., 1991, The magnetotelluric method. In: Nabighian, M. N., Electromagnetic methods in applied geophysics, V.2, Applications, p. 641-711.

Recommended