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APRESENTAÇÃO
OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL
AGROICONE
JULHO 2015
TEMA CÓDIGO FLORESTAL
PROJETO OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE BIOENERGIA
O projeto Iniciativa para o Uso da Terra (INPUT) é composto por uma equipe de especialistas que trazem ideias inovadoras para conciliar a produção de alimentos com a proteção ambiental. O INPUT visa avaliar e influenciar a criação de uma nova geração de políticas voltadas para uma economia de baixo carbono no Brasil. O trabalho produzido pelo INPUT é financiado pela Children’s Investment Fund Foundation (CIFF), através do Climate Policy Initiative. www.inputbrasil.org
1
OPORTUNIDADES PARA FLORESTAS
ENERGÉTICAS NA GERAÇÃO DE ENERGIA
NO BRASIL
CURITIBA | JULHO, 2015
RELATÓRIO FINAL – 05ACN0115R00
2
1 - INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Geral:
Subsidiar à AGROICONE com informações no sentido de ampliar seu
entendimento sobre as oportunidades de investimento em florestas
plantadas no Brasil, voltadas a geração de energia
Específico:
Apoiar na geração de conhecimento sobre fatores de
competitividade e potencial das florestas plantadas na
geração de energia no Brasil
3
ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA
Este projeto abrange o Brasil como um todo, com informações desagregadas por
estados e/ou nas grandes regiões brasileiras.
ABRANGÊNCIA DO ESCOPO
2 - METODOLOGIA
Fontes Energéticas: foco em biomassa/lenha (madeira);
Espécies: oriundas de florestas plantadas (eucalipto e pinus);
Principais atividades:
Caracterização do perfil de florestas plantadas e segmentos consumidores
no Brasil (ênfase em florestas energéticas); e
Análise do potencial de florestas na geração de energia.
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3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS
Cadeia Produtiva:
PMVA
COMPENSADO
CELULOSE & PAPEL
LAMINADO
TORA FINA
8 – 18 cm
LENHA /
> 8 cm
SERRADO
PAINEL
RECONSTITUÍDO
TORA GROSSA
> 18 cm
RESÍDUO
FLORESTAL
RESÍDUO
NDUSTRIAL
FLORESTAS
PLANTADAS
PRODUTOS
MADEIRA
SÓLIDA
MERCADO
PROCESSO
MADEIRA P/
ENERGIA
MERCADO
BIOMASSA
FLORESTAL
BIOCOMBUSTÍVEIS
FLORESTAISMERCADO
1
2
3
PRODUTOS QUE GERAM A BIOMASSA FLORESTAL
1 – Resíduo industrial (casca, costaneira, refilos, destopos, serragem, maravalhas, outros)
2 – Resíduo florestal (ponteiras, galhos, casca, ramos, outros)
3 – Biocombustíveis florestais (carvão, briquete, pellet, etanol celulósico, licor negro, outros)
Fonte: Elaborado por STCP.
5
3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
PERFIL DE FLORESTAS PLANTADAS E PRODUÇÃO DE MADEIRA NO BRASIL
Evolução da Área de Florestas Plantadas com Eucalipto e Pinus no Brasil
2006: 5,7 milhões de ha – Eucalyptus 67% e Pinus 33%
2014: 7,1 milhões de ha – Eucalyptus 78% e Pinus 22%
Razões: Rápido crescimento da indústria de celulose (base Eucalyptus) e
menor ciclo de corte do Eucalyptus em relação ao Pinus
3,9 4,1 4,5 4,7 4,9 5,0 5,3 5,5 5,6
1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,6 1,6 1,6 1,6
0
1
2
3
4
5
6
7
8
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
MM
de
ha
Eucalipto Pinus
Fonte: IBÁ (2015), compilado por STCP.
6
3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
PERFIL DE FLORESTAS PLANTADAS E PRODUÇÃO DE MADEIRA NO BRASIL
Distribuição da Área Plantada de Eucalipto e Pinus por Estado (2014)
Eucalipto = 5,6 MM de ha Pinus = 1,6 MM de ha
Minas Gerais 25%
São Paulo 18%
Mato Grosso do Sul 15%
Bahia 11%
Outros 31%
Paraná 42%
Santa Catarina
34%
Rio Grande do Sul 12%
São Paulo 8%
Outros 4%
Fonte: IBÁ (2015), compilado por STCP.
7
3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
MERCADO CONSUMIDOR DE BIOMASSA FLORESTAL
Consumo de Energia no Brasil
Evolução Histórica do Consumo
de Energia (MM tep)
Distribuição do Consumo de Energia,
por Tipo (2014)
Derivado Petróleo
45%
Biomassa¹ 26%
Eletricidade 17%
Gás Natural 7%
Outros 5%
191
195
203
215
226
221
24
1
246
253
260
266
0
50
100
150
200
250
300
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
¹ Inclui lenha, bagaço de cana, álcool, carvão vegetal e outras fontes renováveis.
Fonte: BEN (2015 - base 2014), adaptado por STCP.
8
3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
MERCADO CONSUMIDOR DE BIOMASSA FLORESTAL
Consumo de Biomassa no Brasil
Distribuição do Consumo de Biomassa
por Setor da Economia (2014)
Distribuição do Consumo de Biomassa
por Subsetor da Indústria (2014)
Alimentos e Bebidas
54%
Papel e Celulose
24%
Ferro Gusa e Aço 8%
Cerâmica 8%
Outros 6%
Fonte: BEN (2015 - base 2014), adaptado por STCP.
Industrial 49% Energético
18%
Transportes 19%
Residencial 10%
Agropecuário 4%
Comercial e Público
0%
9
3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
MERCADO CONSUMIDOR DE BIOMASSA FLORESTAL
Exportação de Cavacos para Celulose
Exportações Brasileiras Principais Destinos (2014)
Japão 76%
China 7%
Portugal 7%
Espanha 6%
Turquia 4% Outros
0%
Fonte: MDIC (2015), compilado por STCP
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Mil
to
n
Mil
hõ
es
US
D
10
3 – CARACTERIZAÇÃO DE FLORESTAS PLANTADAS E
SEGMENTOS CONSUMIDORES NO BRASIL
Tendências e Perspectivas
Reaproveitamento de Resíduos
Produção de Pellets
Geração de Energia a partir de
Biomassa de Madeira
‒ 507 usinas no Brasil abastecidas com
biomassa (bagaço de cana, resíduos
de madeira, licor negro, carvão
vegetal, biogás, gás de alto forno e
casca de arroz)
‒ Potência instalada de 12,7 milhões kW
(9% da potência total)
‒ 54 UTEs abastecidas com carvão
vegetal e resíduos de madeira
totalizam com potência instalada de
411,7 mil kW.
Localização de Produtores de Pellets no Brasil
Fonte: ABIPEL (2014), adaptado por STCP.
MERCADO CONSUMIDOR DE BIOMASSA FLORESTAL
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4 – COMPETITIVIDADE DE FLORESTAS PLANTADAS
PARA FINS ENERGÉTICOS
VANTAGENS COMPARATIVAS E COMPETITIVAS
Principais Vantagens Comparativas e Competitivas do Setor Florestal Brasileiro
Fonte: Elaborado por STCP.
VANTAGEM COMPARATIVA VANTAGEM COMPETITIVA
Condições Existentes:
- condições edafoclimáticas favoráveis ao
cultivo florestal vis-à-vis outros países,
resultando naturalmente em altas
produtividades nas plantações;
- grande extensão de áreas degradadas
no País com vocação para projetos de
reflorestamento, o que não ocorre em
outros países grandes produtores;
- grande extensão de áreas com florestas
nativas, passíveis de serem exploradas
mediante planos de manejo sustentável;
- ciclos de rotação curtos (principalmente
para madeira de biomassa) para as
principais espécies, em torno de sete
anos, favorecendo o fluxo de caixa dos
projetos de reflorestamento no Brasil.
INTERELACIONADAS Condições Construídas:
- existência de estoque florestal plantado com
diferentes idades, espécies e localizações;
- ↑ oferta de madeira fina em polos florestais (Sul);
- custos relativamente baixos, tanto de formação
florestal, quanto de operações florestais;
- regimes de manejo criados p/ potencialização da
produtividade, considerando localidade, espécies,
condições edafoclimáticas, entre outros;
- custo de mão de obra baixo se comparado ao de
outros países produtores florestais (exceto China);
- preços de terra para produção florestal mais barata
que para a produção agrícola;
- vários polos florestais já estabelecidos, incluindo
indústrias de base florestal e mercados regionais de
madeira organizados;
- gestão profissional do negócio de base florestal: ↑
capacidade técnica;
- mercado consumidor interno em processo de
expansão e diversificação (maior potencial de uso
de biomassa florestal para a geração de energia).
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5 – POTENCIAL PARA FLORESTAS ENERGÉTICAS NO
BRASIL
ATRIBUTOS E GARGALOS P/ DESENVOLVIMENTO DE FLORESTA ENERGÉTICA
Fonte: Diversas, elaborado por STCP.
Região Atributos Gargalos
Sudeste
Condições edafoclimáticas compatíveis
IMAs de até 50 m³/ha.ano (eucalipto)
Alta demanda das UTEs a biomassa em SP
↑ IDH, MO qualificada e infraest. de qualidade
Preço de terra não competitivo
Alto custo da mão de obra em São Paulo
Sul
Condições edafoclimáticas compatíveis
Região propícia p/ o desenv. de plantios de pinus
IMAs de até 45 m³/ha.ano (pinus)
Alta demanda por biomassa das UTEs (PR e SC)
Médio a Alto IDH, mão de obra qualificada e
infraest. adequada
Alto preço de terra
Sobre oferta de tora fina de pinus no PR e SC – pressão
nos preços
RS: dificuldade de implantar maciços florestais em larga
escala devido ao zoneamento do Estado
Ocorrência de geadas
Centro-
Oeste
Condições edafoclimáticas compatíveis
↑ Consumo de tora fina no MS e expectativa de ↑
nos próximos anos (expansão de fábricas)
Preço de terra competitivo
Baixo a médio IDH, mão de obra com pouca qualificação
e infraestrutura precária a mediana
Alguns municípios do norte do MT com precipitação
superior a 2.500 mm/ano
Nordeste
Regiões específicas do PI e BA como novas
fronteiras, c/ condições edafoclimáticas mínimas p/
eucalipto
Preço de terra competitivo
Grande consumo de tora fina na BA (C&P)
Estimativas baixas de IMA p/ eucalipto e c/ grande
variabilidade no PI (16-25 m³/ha.ano)
Algumas regiões com períodos longos de déficit hídrico
Baixo a médio IDH, MO c/ pouca qualificação e
infraestrutura precária a mediana
Norte
Preço de terra competitivo
Possibilidade de substituir áreas
desmatadas/pecuária por plantios de eucalipto
Geração de energia elétrica em regiões onde a
oferta da rede da concessionária é limitada e
consequente desenvolvimento regional
Alguns municípios com precipitação > a 3.000 mm/ano
Baixo IDH, mão de obra com pouca qualificação e
infraestrutura precária
Alto consumo de madeira nativa ilegal (desmatamento)
Percentual de reserva legal de 80% em propriedades
inseridas na Amazônia Legal, sendo necessária a
aquisição de mais áreas para o projeto florestal
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6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Brasil c/ grande dependência energética por fontes não renováveis (petróleo
e gás natural) e energia hidráulica (vinculado a período regulares de chuva)
Diversificação da matriz energética - garantir abastecimento nacional.
Imprescindível incentivo, busca e aprimoramento na pesquisa e utilização de
fontes energéticas renováveis no país.
Região Sul e Sudeste - níveis de utilização de biomassa elevados c/
concentração do maior número de fábricas de pellets e UTEs
Brasil - compromisso de expandir as energias renováveis na matriz
energética do país até 2030 - oportunidades de investimentos (Fundo de
Energia do Nordeste)
Grandes oportunidades para florestas energéticas (biomassa florestal) e
resíduos p/ fins de geração de energia no Brasil
Utilização da biomassa florestal como fonte de energia renovável tem sido o
foco das políticas em países desenvolvidos e em desenvolvimento
A importância dessas políticas é crescente, visto que o setor energético
depende, e muito, de investimentos privados.
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