Organizado por Andréa Motta

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Organizado por Andréa Motta

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É o movimento poético que se desenvolveu durante os séculos XII, XIII e XIV em Portugal.

O cantor dessas composições poéticas era chamado de jogral e o autor recebia o nome de trovador. As cantigas eram acompanhadas de flauta, viola, alaúde e outros instrumentos.

A língua portuguesa ainda não estava totalmente caracterizada. A língua utilizada nas cantigas trovadorescas era o galego-português , idioma que mantinha unidade linguística entre Portugal e Galiza.

Cancioneiros são coletâneas de cantigas escritas por diversos autores. Os mais conhecidos são:

Cancioneiro da Ajuda. Data do século XIII. Encontra-se no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa. Reunido no século XIV.

Cancioneiro da Vaticana. Organizado no século XV, está na Biblioteca do Vaticano.

Cantigas de Santa Maria. Atribuídas a Afonso X, rei de Castela.

Cantigas de amigo

Cantigas de amor

Cantigas de escárnio

Cantigas de maldizer

Originárias da Península Ibérica.

A palavra “amigo” significava namorado ou amante.

O trovador usa um eu lírico feminino. A mulher fala de seus problemas sentimentais e

da saudade de seu amigo. Por vezes, retira-se para um local isolado e desabafa com a natureza.

Originárias da região de Provença, sul da França.

Eu lírico masculino.Expressão do eterno amor pela

dama.Nos textos provençais, há presença

de forte erotismo, enquanto nos ibéricos predomina a associação da mulher com a Virgem Maria.

Cantigas de teor satírico.

Cantigas de escárnio: referências indiretas à pessoa satirizada.

Cantigas de escárnio: ataque explícito, com o uso até de linguagem obscena. Ridicularização dos maus jograis, dos cavaleiros covardes, das adúlteras.

Cantigas em que há a exaltação dos nobres cavaleiros. Esse tipo de composição originou as novelas de cavalaria.

Ondas do mar de Vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!

Ondas do mar levado,se vistes meu amado!E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amigo,o por que eu sospiro!E ai Deus, se verrá cedo!

Se vistes meu amado,por que hei gran cuidado!E ai Deus, se verrá cedo!

A moça olha as ondas do mar de Vigo perguntando pelo seu amigo ausente, cujo regresso espera.

FILHO, Leodegário Azevedo. História da Literatura Portuguesa: a poesia dos trovadores galego-portugueses. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.

SARMENTO, Leila L.; TUFANO, Douglas. Português: Literatura, Gramática, Produção de Texto. São Paulo: Moderna, 2004.