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Trabalho sobre otite média crónica colesteatomatosa
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Otite Média CrónicaOtite Média CrónicaColesteatomatosaColesteatomatosa
Trabalho realizado por:João LopesLisa Müßig
Luis Andrade
4º ano – turma D22010/2011
Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraPatologia Cirúrgica I: Otorrinolaringologia
O Ouvido Médio Otites Médias Otite Média Crónica Colesteatomatosa:
o Clínicao Diagnóstico Diferencialo Tratamentoso Complicaçõeso Evolução / Prognóstico
ÍNDICE
-Caixa do tímpano-Ossículos-Trompa de Eustáquio-Cavidades mastoideias
O OUVIDO MÉDIO
MEMBRANA DO TÍMPANO = face externa da caixa do tímpano Estruturas:
Pars tensa Pars flácida
FUNÇÕES DA TROMPA DE EUSTÁQUIO Manter o equilíbrio entre a P atmosférica e a P do ouvido
médio Prevenir o refluxo do conteúdo nasofaríngeo para o ouvido
médio Limpeza do ouvido médio
a disrupção destes mecanismos pode resultar numa otite média
CLASSIFICAÇÃO DAS OTITES MÉDIAS Agudas:
Simples Necrosantes
Crónicas: Seromucosas Purulentas simples Tuberculosas COLESTEOMATOSA
OTITE MÉDIA CRÓNICA COLESTEATOMATOSA Definição:
Inflamação crónica da mucosa do ouvido médio (=otite média crónica) que se caracteriza pela presença de uma bolsa quística.
Bolsa quística: lâminas epiteliais imbricadas umas sobre as outras, limitadas por membrana de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e corneificado
Classificação:
Colesteatoma
OTITE MÉDIA CRÓNICA COLESTEATOMATOSA
Primário
Secundário
COLESTEATOMA PRIMÁRIO
Obstrução da tuba auditiva e inflamação crónica do OM
Pressão negativa mantida no ouvido médio
Retracção da pars flácida da membrana do tímpano
Disrupção do padrão normal do epitélio escamoso
Acumulação de queratina no saco colesteatomatoso
Colesteatoma Primário
Sem perfuração da membrana do tímpano.
COLESTEATOMA SECUNDÁRIO
Migração epitélio escamoso da membrana do tímpano Otite média necrotizante aguda Perfuração postero-
superior
Com perfuração da membrana do tímpano.
Colesteatoma secundário
SINTOMATOLOGIA
Sinais subjectivos: Muito frustes.
Sinais funcionais: 1. surdez de transmissão, 2. surdez de percepção Ou padrão misto.
Sinais objectivos: Perfuração epitimpânica Otorreia fétida Inibição da pneumatização das células mastoideias
EXAMES COMPLEMENTARES Audiometria
Hipoacúsia de transmissão ou mista
Radiologia Lise ossicular Alargamento das cavidades Eburnização da mastóide Fístula do canal semicircular externo
TC Erosão dos ossículos Alteração da cadeia ossicular Erosão do labirinto (muito sugestivo)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Se otorreia persistente:
Otite média crónica simples Otite externa Carcinoma Adenocarcinoma das células escamosas do ouvido
Se dúvida: Estudo Laboratorial Estudo Imagiológico Biópsia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Crianças com hipoacúsia de transmissão: Malformação congénita da cadeia ossicular Disfunção ossicular (por inflamação ou trauma)
• Adultos com memb. timp. normal e hipoacúsia de transmissão: Otosclerose Disfunção ossicular
TRATAMENTO
Tratamento Não Cirúrgico
Tratamento Cirúrgico
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO
Objectivo inicial: reduzir o nível do processo inflamatório
e infeccioso
Removendo fragmentos do saco colesteatomatoso
Evitando a presença de água no ouvido (evitar a contaminação)
Aplicando agentes antibacterianos ototópicos
TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICOExecuta-se quando:
* Bolsa de retracção suficientemente pequena * Audição em níveis aceitáveis * Paciente sem condições cirúrgicas
* Controlo da infecção
Remoção da queratina em intervalos periódicos
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Indicações: - erradicação da doença;
- complicações.
Timpanoplastia
Mastoidectomia simples
Aticotomia
Mastoidectomia Radical Modificada
Mastoidectomia Radical
TRATAMENTO CIRÚRGICO
o Selecção do procedimento:
* Pneumatização da mastoide
* Condições gerais do paciente
* Experiência do cirurgião
* Estado do ouvido contra-lateral
* Características do Colesteatoma
* Audição pré-operatória
* Complicações associadas
* Função da tuba auditiva
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Aticotomia (transcanal)
Colesteatoma limitado ao ático
Pequeno colesteatoma congénito
Pequeno colesteatoma devido a perfuração
Timpanoplastia Tipo I: Fáscia do músc. temporal como base de reconstrução
Tipo II: Tipo I + prótese sobre o estribo
Tipo III: Tipo I + prótese ossicular completa
TRATAMENTO CIRÚRGICO Mastoidectomia Simples
o Menos utilizadao Grande incidência de recidivas (não permite limpeza)
Mastoidectomia Radicalo Para quando há destruição da cadeia ossicular
o Limpeza: caixa do tímpano, antro e mastóide
Mastoidectomia Radical Modificadao Mastoidectomia radical + reconstrução da caixa do tímpano
COMPLICAÇÕES Intra-temporais
MastoiditeLabirintiteParalisia do nervo facialDestruição da cadeia ossicular
IntracranianasMeningiteTrombose do seio lateralAbcessos
MENINGITE Complicação intracraneana mais comum Invasão directa da doença, Inflamação em áreas próximas à meninge (abscesso, tromboflebite) Disseminação hematogénica
Manifestações clínicas
Sintomas:
•cefaleias violentas
•náuseas, vómitos
•mal-estar
Sinais:
•Febre•Sinais de irritação meníngea
• Rigidez da nuca• Kernig+• Budzinski+
MENINGITE Exames complementares
Punção lombar Aspecto macroscópico Exame citoquímico
Proteinorraquia Glicorraquia
Cultura
TC crâneo-encefálica Espessamentos durais “em placa” Hidrocefalia
MENINGITE Tratamento
Médico Antibioticoterapia
Cirúrgico Esvaziamento petro-mastoideu
TROMBOFLEBITE DO SEIO LATERAL
Fisiopatologia• Flebite inicialmente localizada promove formação de trombo mural;
• O trombo pode aumentar de tamanho, obstruir o lúmen, infectar-se e libertar êmbolos sépticos
Clínica: •Febre alta (com picos febris);
•Cefaleias;
•Aumento da pressão intracraniana;
•Sinal Griesinger
TROMBOFLEBITE DO SEIO LATERAL Exames complementares
TC O sinal característico é o “Sinal delta” (inflamação dos tecidos moles
circunjacentes à dura que reveste o seio).
RM
TROMBOFLEBITE DO SEIO LATERAL Tratamento
Médico Antibioticoterapia de largo espectro
CirúrgicoMastoidectomia
Exploração da dura do seio Remoção de tecido de granulação Exploração do seio sigmóide
Nota – a utilização de anticoagulantes é controversa, pelo risco de disseminação do
trombo.
ABCESSOS
Por extensão directa ou devido a uma tromboflebite; Destruição óssea pelo colesteatoma;
Tipos:Extra-duraisSub-duraisCerebraisCerebelosos
ABCESSOS CEREBRAL E CEREBELOSO Colecção purulenta no lobo temporal ou no cerebelo. Podem ocorrer por extensão directa ou secundários a
tromboflebites.
Manifestações clínicas Cefaleia Febre Sinais de hipertensão craniana (náuseas e vómitos) Sinais neurológicos focais:
Abcessos cerebrais : convulsões focais e/ou afasia Abcessos cerebelosos: ataxia e tremor intencional
ABCESSOS CEREBRAL E CEREBELOSO DiagnósticoTomografia computorizada (confirma e localiza)
TratamentoDrenagem cirúrgica;Antibiótico intravenoso
EVOLUÇÃO / PROGNÓSTICO Evolução:
o Lenta vs Rápida e agressivao Silenciosa durante anos vs Sintomática
Prognóstico:o Recorrência após a 1ª intervenção cirúrgica: - 40% aos 5 anos
- 15-25% aos 10 anoso Técnicas cirúrgicas diminuem com algum significado a recorrência da
doençao Importante exames regulares durante 10 anos após tratamento
definitivo
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