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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

TURMA – PDE/2013

Título: O estudo da biodiversidade vegetal através da foto grafia e pesquisa

digital.

Autor Marta Jarenczuk Ubialli

Disciplina/Área Ciências

Escola de Implementação

do Projeto e sua localização

Escola Estadual do Núcleo Residencial

Pindorama – Ensino Fundamental, Rua Indaiá,

s/n°, Bairro Pindorama, Quedas do Iguaçu – Pr.

Município da escola Quedas do Iguaçu – Pr.

Núcleo Regional de

Educação

Laranjeiras do Sul

Professor Orientador Sidnei Pressinatte Junior

Instituição de Ensino

Superior

UNICENTRO – Guarapuava

Relação Interdisciplinar Geografia, Artes, Matemática.

Resumo

Com a presente Unidade Didática pretende-se oferecer uma sugestão metodológica diferenciada para o ensino da morfologia e fisiologia dos vegetais, a origem da vida e o processo evolutivo, a organização dos seres vivos, a sistemática e a biodiversidade vegetal e suas inter-relações, os quais são abordados no 7º ano do Ensino Fundamental da Educação Básica. Almeja-se utilizar e valorizar a realidade local dos estudantes, por intermédio de recursos metodológicos como: a observação da Natureza existente nas proximidades da escola, o uso da fotografia para registrar as espécies do Reino Plantae e a pesquisa em laboratório de informática como ferramenta para

a construção do conhecimento referente aos conteúdos abordados. A utilização de encaminhamentos metodológicos diferenciados e adequados ao contexto escolar poderá proporcionar aos estudantes uma aprendizagem significativa.

Palavras-chave Ensino de Ciências; Ensino Fundamental; Reino

Plantae; Fotografia; Pesquisa Digital.

Formato do Material

Didático

Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 7° Ano do Ensino Fundamental do

município de Quedas do Iguaçu – Pr.

1. APRESENTAÇÃO

A disciplina de Ciências ainda se depara com inúmeras barreiras ao

ensinar seus conteúdos, isso é devido ao contexto histórico ao qual foi submetida

e a fatores do cotidiano escolar que interferem no processo ensino/aprendizagem.

Busca-se constantemente modificar essa realidade, e dessa forma, os

professores procuram alternativas para romper os vínculos existentes e

enraizados da educação tradicional e conteúdista, bem como, maneiras de atrair

a atenção dos estudantes e o desejo pela aprendizagem. Para isso, utilizam

encaminhamentos metodológicos diferenciados que propiciem uma aprendizagem

significativa e o despertar para o conhecimento científico.

Diante dessa veracidade, para que os estudantes possam compreender

que fazem parte da biosfera, a qual apresenta uma biodiversidade gigantesca, e

com ela realizam inúmeras inter-relações, faz-se necessário despertar o seu olhar

e a sua curiosidade para o meio em que estão inseridos. Uma maneira de

alcançar tal objetivo é utilizar os recursos tecnológicos encontrados no cotidiano

escolar, aos quais os estudantes têm acesso e manipulam com muita facilidade.

Entre esses recursos, dar-se-á destaque à máquina fotográfica ou celular com

dispositivo fotográfico e o computador com o acesso à internet.

Além dos recursos tecnológicos, deve-se levar em consideração alguns

elementos da prática pedagógica para o ensino de Ciências, como a relação

contextual, a pesquisa, a atividade em grupo, a observação e a atividade

experimental. Pois, de acordo com a Diretriz Curricular de Ciências,

Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino

de Ciências, é a escolha de abordagens, estratégias e recursos

pedagógicos adequados à mediação pedagógica. A escolha adequada

desses elementos contribui para que o estudante se aproprie de

conceitos científicos de forma mais significativa e para que o professor

estabeleça critérios e instrumentos de avaliação. (PARANÁ, 2008, p. 72

e p.73).

Dessa forma, o professor poderá diagnosticar se houve compreensão, por

parte dos estudantes, dos seguintes conceitos abordados nessa Unidade

Didática: sistemas biológicos, a morfologia e fisiologia dos seres vivos –

especificamente as plantas, a origem da vida e o processo evolutivo, a

organização dos seres vivos, a sistemática, e a biodiversidade vegetal e suas

inter-relações, bem como estimular o interesse pelo conhecimento científico e

pela investigação da Natureza.

2. CONTEÚDO DE ESTUDO

Entre os conteúdos abordados pela disciplina de Ciências, pode-se

verificar que muitos deles são trabalhados dissociados da Natureza, encontrando-

se em um local distante do cotidiano escolar e familiar, produzindo um

conhecimento sem relação contextual, o que deixa de ter sentido para os

estudantes. Entre esses conteúdos encontram-se os abordados a seguir.

2.1. BIODIVERSIDADE VEGETAL

De acordo com Marcondes e Sariego (1996, p.83), “os vegetais são um

grande grupo de seres vivos, presentes em quase todos os lugares da Terra: nas

florestas, em grandes altitudes, nos oceanos, nas cidades e mesmo no ambiente

doméstico”. Este grande conjunto de plantas, vegetais, arbustos, árvores e mais

de 300 mil espécies, compõem o Reino Plantae. Para conhecer e estudar esta

grande variedade de espécies existentes surgiu a Botânica, que é um ramo

específico da Biologia, responsável em desvendar e registrar a Biodiversidade

Vegetal.

Essa enorme variedade de espécies vegetais que pode ser encontrada

em nosso planeta, como por exemplo, na Mata Atlântica (Imagem1), segundo

César, Sezar e Caldini (2010, p.397), se deve ao processo evolutivo e à grande

capacidade adaptativa dos componentes deste Reino na conquista gradual e

extensa do meio terrestre, pois, nesta conquista, as plantas desenvolveram

estruturas e mecanismos especiais capazes de superar possíveis problemas,

como por exemplo, a perda de água para o ar.

Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo. (WILSON,1997, apud PARANÁ, 2008, p.67).

Imagem 1: Mata Atlântica

Fonte: Sítio Curupira.

Para facilitar e organizar o estudo dos vegetais, este grande grupo foi

subdividido em grupos menores. Atualmente, de acordo com Lopes e Rosso

(2010, p.143), esta organização vem sendo revista, e poderá ser modificada, visto

que, as algas, as quais estão inclusas no Reino dos Protistas, podem vir a fazer

parte do Reino Plantae. Mas, para o momento iremos utilizar a classificação

vigente, onde as plantas encontram-se separadas em quatro grandes grupos,

apresentando a seguinte divisão:

� Briófitas;

� Pteridófitas;

� Gimnospermas;

� Angiospermas;

No processo evolutivo, considerando César, Sezar e Caldini (2010,

p.398), um grande avanço para o Reino Plantae, foi a transição do meio aquático

para o meio terrestre, onde as Briófitas, seguida das Pteridófitas foram as

primeiras a apresentar estruturas diferenciadas para esta adaptação. O passo

seguinte para essa conquista evolutiva foi a formação de sementes, surgindo as

Gimnospermas. As flores e os frutos são as mais recentes aquisições das plantas,

originando o maior grupo dos vegetais, as Angiospermas, grupo com uma vasta

diversidade de espécies.

O Reino Plantae pode se subdividir inicialmente em dois grupos: as

Criptógamas e as Fanerógamas, isso de acordo com a presença ou a ausência

de órgãos reprodutivos.

Para Marcondes e Sariego (1996, p.83), as Criptógamas são plantas que

possuem raiz, caule e folha, não apresentando as flores e as sementes;

pertencem a este grupo as Briófitas e as Pteridófitas. As Fanerógamas são

plantas que além de possuírem raiz, caule e folhas, também apresentam as flores

e os frutos. No entanto, as Fanerógamas podem ser divididas em dois subgrupos:

os vegetais que não possuem fruto, apenas as sementes denominam-se

Gimnospermas; e as plantas que possuem fruto e semente classificam-se como

Angiospermas.

As subdivisões dos grupos dos vegetais que foram abordadas acima

podem ser representadas de forma sucinta em um diagrama (Imagem 2), o qual

se assemelha a um mapa conceitual.

Imagem 2: Divisão do Reino Plantae

Fonte: Ubialli, 2011.

2.1.1. AS BRIÓFITAS

De acordo com Lopes e Rosso (2010, p. 145), as briófitas são plantas que

possuem características de transição entre o meio aquático e o terrestre,

enfrentando problemas com a redução de água disponível, visto que, não

possuem raízes para a absorção da água; por este motivo são encontrados em

solo úmido, rochas, troncos de árvores e interior de matas tropicais com baixa

luminosidade, sendo o musgo seu principal representante. Existem algumas

espécies de briófitas que são muito sensíveis à poluição aérea ou atmosférica, e

quando essas são ausentes, tem-se a indicação que existe uma má qualidade do

ar.

Além dos musgos (Imagem 3), com cerca de 9500 espécies, neste grupo

estão reunidas também as hepáticas - semelhantes a algas (Imagem 4),

englobando cerca de 6000 espécies e os antóceros - semelhantes às hepáticas

(Imagem 5), com cerca de 100 espécies.

Imagem 3: Musgos

Fonte: Brasil Escola.

Imagem 4: Hepáticas

Fonte: Planta Sonya.

Imagem 5: Antóceros

Fonte: Fabiana Santos Gonçalves / Infoescola.

2.1.2. AS PTERIDÓFITAS

Segundo César, Sezar e Caldini (2010, p.402), as pteridófitas apresentam

importantes modificações que possibilitaram a sua vida no ambiente terrestre,

pois, são as primeiras que possuem raízes e estruturas condutoras de seiva,

caracterizando as plantas vasculares. Atualmente, a grande maioria das espécies

de pteridófitas é encontrada nas florestas úmidas das regiões tropicais ou em

localidades com condições semelhantes.

Lopes e Rosso (2010, p.150 e p.151) afirmam que as plantas chamadas

de forma coletiva por pteridófitas, são atualmente subdivididas em dois grupos: o

das Pterófitas ou Pteridófitas , representada pelas samambaias (Imagem 6),

avencas (Imagem 7), Psilotum (Imagem 8) e Cavalinhas: Equisetum (terrestres),

Salvinia, Azolla e Marsilea (aquáticas) e o Lycopodiophyta ou Lycophyta que

agrupa as espécies do gênero Lycopodium (Imagem 9), que ocorrem em regiões

árticas e tropicais, e as do gênero Selaginella (Imagem 10), que ocorrem em

matas tropicais e, também, em desertos e caatingas. No grupo das pteridófitas

encontram-se mais de 11 mil espécies existentes.

Imagem 6: Samambaia

Fonte: Coca The One And Only.

Imagem 7: Avenca

Fonte: Núcleo de Aprendizagem.

Imagem 8: Psilotum

Fonte: Flora Brasilienses.

Imagem 9: Lycopodium

Fonte: Planta Sonya.

Imagem 10: Selaginella

Fonte: Planta Sonya.

2.1.3. AS GIMNOSPERMAS

De acordo com Bizzo (2011, p.159 e p.160), as plantas que apresentam

sementes sem uma proteção, neste caso o fruto, são classificadas como

Gimnospermas, ou também conhecidas como coníferas, devido suas estruturas

de reprodução possuírem o formato de cone. Com o surgimento das sementes, as

plantas adquiriram autonomia, pois, não dependeriam exclusivamente da água do

ambiente para a sua reprodução e locomoção; e no processo de germinação a

pequena planta poderá nutrir-se com a reserva de substâncias estocadas na

semente.

Este grupo é representado pelos seguintes gêneros: Pinus (Imagem 11),

Ciprestes (Imagem 12), Araucária ou Pinheiro-do-Paraná (Imagem 13), Cedrus

(Imagem 14), Sequoia (Imagem 15), Taxodium ou Cipreste-dos-Pântanos

(Imagem 16) e as Cycas, que lembram uma palmeira (Imagem 17).

Imagem 11: Pinus

Fonte: Flora Brasilienses.

Imagem 12: Cipreste

Fonte: Núcleo de Aprendizagem.

Imagem 13: Araucária ou Pinheiro-do-Paraná

Fonte: Diego Singh/ Multimeios/ SEED-Pr.

Imagem 14: Cedrus

Fonte: Wikipedia.

Imagem 15: Sequoia

Fonte: Flora Brasilienses.

Imagem 16: Taxodium ou Cipreste-dos-Pântanos

Fonte: Wikipedia.

Imagem 17: Cycas

Fonte: Flora Brasilienses.

2.1.4. AS ANGIOSPERMAS

Baseando-se nos estudos de César, Sezar e Caldini (2010, p.407 e p.408)

pode-se definir as angiospermas como o grupo mais recente diante do processo

evolutivo dos vegetais, com cerca de 250 mil espécies conhecidas atualmente e

apresentando duas características exclusivas bem evidentes: as flores e os frutos.

Estas estruturas são responsáveis por inúmeras relações existentes entre os

vegetais e os animais, definindo os principais ecossistemas terrestres.

Durante o processo reprodutivo das angiospermas, cada óvulo fecundado

originará uma semente, e o ovário contendo uma ou mais sementes, dará origem

ao fruto.

Este grupo, segundo Bizzo (2011, p.163), desenvolveu diversas

adaptações/modificações, o que permitiu aumentar consideravelmente o sucesso

reprodutivo das plantas, levando-as a praticamente todos os ambientes da Terra,

pois, as sementes aliadas com as formas de dispersão fizeram da fecundação

uma prática muito frequente, dilatando as espécies vegetais.

A seguir encontram-se alguns representantes (Imagens: 18, 19, 20, 21)

para ilustrar um pouco dessa imensa variedade de espécies.

Imagem 18: Buriti

Fonte: Núcleo de Aprendizagem.

Imagem 19: Girassol

Fonte: Portal Dia a Dia Educação.

Imagem 20: Limoeiro

Fonte: Núcleo de Aprendizagem.

Imagem 21: Ipê

Fonte: Núcleo de Aprendizagem.

2.2. A FOTOSSÍNTESE

Toda essa variedade de exemplares vegetais existentes em nosso

planeta, assim como os demais seres vivos, inclusive nós, só existem devido a

um processo denominado fotossíntese. Esse processo segundo Raven, Evert e

Eichhorn (2007, p.1), é um processo em que a energia radiante do Sol é

capturada pelo ser fotossintetizante e usada para formar os açúcares, ou seja, a

energia dos quais toda a vida depende; durante este processo, o oxigênio, outro

elemento essencial à vida, é liberado como subproduto. “Uma vez que a energia

luminosa é capturada em uma forma química, ela se torna disponível como uma

fonte energética para todos os outros organismos, incluindo os seres humanos”.

(RAVEN, EVERT E EICHHORN, 2007, p.1).

Esse importante processo, a fotossíntese (Imagem 22), é responsável

pela produção de mais de 250 bilhões de toneladas de açúcares a cada ano, o

que determina o ritmo da vida em nosso planeta.

Imagem 22: Fotossíntese

Fonte: Pbworks.

Além do processo fotossintetizante realizado pelos vegetais, da produção

de frutos, flores, sementes, enfim, do alimento necessário à vida dos seres vivos,

o Reino Plantae fornece também incontáveis benefícios, tais como: substâncias

para a produção de remédios, fibras para as vestimentas e produção de papel,

óleos e combustíveis, madeira para construção de moradias e móveis, temperos,

oxigênio, adornos e muitas outras possibilidades que a tecnologia e a engenharia

genética ainda podem descobrir e explorar.

Como se pode perceber, a existência dos seres vivos está atrelada à

existência dos vegetais. Partindo desta realidade tão explicita à humanidade e

que muitas vezes se custa a enxergar, faz-se necessário mudar as atitudes, ter

consciência dos atos, evitando dessa forma o desmatamento, a poluição, a

destruição da vegetação terrestre, para que este relacionamento entre homem-

natureza possa perdurar por muitas centenas de anos.

3. MATERIAL DIDÁTICO

3.1. ATIVIDADE 1: APRESENTAÇÃO

No início do ano letivo, será apresentada a presente Unidade Didática

Pedagógica à comunidade escolar, para que todos os membros da escola

possam acompanhar e ter conhecimento das atividades a serem desenvolvidas.

3.2. ATIVIDADE 2: QUESTIONÁRIO

Essa atividade apresenta um questionário avaliativo a ser aplicado para

os estudantes do 7° ano, contendo 5 (cinco) questões abertas sobre o conteúdo a

ser trabalhado, com o intuito de investigar o conhecimento que cada estudante

possui sobre o reino das plantas, a biodiversidade vegetal e suas inter-relações.

Para isso, a professora aplicará o mesmo questionário em duas turmas

distintas: uma das turmas seguirá a aplicabilidade das atividades propostas nessa

Unidade Didática, denominando-se “turma experimental”, e a outra turma utilizará

uma proposta metodológica tradicional, denominando-se “turma controle”. Essa

divisão acontecerá objetivando avaliar a eficácia dessa proposta e a análise dos

resultados após o término de sua execução.

Segue abaixo as questões a serem aplicadas.

QUESTIONÁRIO AVALIATIVO

a) Você consegue perceber a existência dos vegetais no seu dia-a-dia? De

que forma?

b) Escreva o que se entende por Biodiversidade Vegetal.

c) Os vegetais (plantas) estão divididos em grupos? Caso afirmativo, quais

são esses grupos?

d) Quais são os órgãos vegetativos e reprodutivos que os vegetais podem

apresentar?

e) Escreva sobre a importância dos vegetais para os seres vivos e para a vida

em nosso planeta.

3.3. ATIVIDADE 3: VISITA DIRIGIDA

Os alunos serão orientados a fazer uma visita dirigida aos arredores da

escola, em contra turno, para observar as espécies vegetais existentes,

analisando a natureza, sua organização e disponibilidade.

Para facilitar essa atividade e poder colaborar com os estudantes de

forma mais organizada na observação da natureza, contemplando e socializando

a constituição e disponibilidade da vegetação, a turma será dividida em dois

grupos, onde será agendada a data para cada grupo vir em horário contrário ao

de estudo para desenvolver essa prática.

Após a observação e análise da realidade ambiental existente nas

proximidades da escola, a professora propiciará um momento de socialização

entre os estudantes, para que possam expor o que atraiu sua atenção, o vegetal

que mais lhe agradou ou intrigou.

Na sequência, quando todos contribuírem com sua opinião, a professora

conduzirá a seleção de espécies por aluno, onde cada estudante irá selecionar

um exemplar vegetal para estudar, evitando que haja repetição das espécies.

3.4. ATIVIDADE 4: FOTOGRAFIA

Cada aluno deverá realizar observações referentes à espécie vegetal

selecionada e registrar imagens, através da fotografia, para que na continuidade

possa aprofundar o estudo sobre a planta por meio da pesquisa digital.

Caso ocorra de algum grupo dos vegetais não apresentar nenhum

representante selecionado e fotografado pelos estudantes, serão trabalhados pela

professora, em sala de aula, utilizando imagens, tevê multimídia, textos e

informações necessárias que promovam o conhecimento dos conceitos

propostos. Dessa maneira, será possível desenvolver o conteúdo relativo às

espécies ausentes e contemplar todos os grupos do Reino das Plantas.

3.5. ATIVIDADE 5: PESQUISA DIGITAL

Os alunos irão utilizar, em horário contrário e com o auxílio da professora,

o Laboratório de Informática existente na escola, para desenvolver pesquisas

digitais sobre a planta fotografada, ampliando o conhecimento que possuem do

vegetal, adquirindo novas informações, curiosidades e utilidades da espécie.

Nessa atividade, os alunos novamente serão divididos em dois grupos,

onde será agendada a data para cada grupo vir em horário contrário ao de

estudo, facilitando o atendimento no desenvolver dessa prática e para que cada

estudante possa ficar com um computador disponível para executar sua pesquisa.

Os alunos receberão um manual impresso para ser utilizado, denominado

ficha técnica, além de sugestões de sites de pesquisa, como o

www.plantamed.com.br e o www.cultivando.com.br. A ficha técnica será como um

guia de pesquisa e nela registrarão os resultados de seu trabalho.

Abaixo encontra-se a ficha técnica a ser seguida e preenchida pelos

alunos.

FICHA TÉCNICA DO VEGETAL

a) Nome popular do vegetal:

b) Nome científico do vegetal:

c) A qual grupo esse vegetal pertence?

d) Como são os órgãos vegetativos dessa planta? E quais as funções de cada

órgão?

e) Como são os órgãos reprodutivos dessa planta? E quais as funções de

cada órgão?

f) Qual a importância desse vegetal para o ser humano?

g) Qual a importância desse vegetal para os demais seres vivos?

h) É uma planta facilmente encontrada ou difícil de encontrar? Corre risco de

extinção?

i) Observações: (registre informações ou curiosidades que você encontrou ou

descobriu sobre o vegetal pesquisado).

3.6. ATIVIDADE 6: SOCIALIZAÇÃO DOS RESULTADOS

Ao concluir a pesquisa online, a professora irá propiciar aos alunos

momentos de socialização e apresentação dos resultados da fotografia e

pesquisa realizada.

Com isso, pretende-se favorecer as comparações entre as espécies

vegetais, destacando suas semelhanças e diferenças e facilitar a compreensão e

a aprendizagem sobre os grupos em que o Reino Plantae está subdividido.

Partindo desse comparativo, promover o conhecimento do processo

evolutivo das espécies vegetais, suas inter-relações e a amplitude das relações

existentes entre os seres vivos e o ecossistema.

3.7. ATIVIDADE 7: CONHECIMENTO SISTEMATIZADO

Após os alunos concluírem as discussões e as comparações, poderão

compreender a importância dos vegetais para a existência da vida no planeta,

bem como a constante interação que ocorre entre os fatores bióticos e abióticos

presentes na biosfera.

A partir do momento em que os estudantes perceberem que o meio

ambiente não está dissociado de sua vida, que tudo que existe está interligado e

em constante reciprocidade, poderão perceber que agredindo a natureza estarão

cometendo uma auto-agressão, e ao deixarem de fazer sua parte como cidadãos

conscientes estarão se anulando como ser vivo na teia da vida da qual fazem

parte.

Partindo dessas discussões e reflexões, espera-se que os estudantes

despertem sua curiosidade e desenvolvam a prática de observar a natureza,

podendo interferir positivamente na realidade ambiental da qual são peças

integrantes.

Ao desenvolver o senso de pertencimento à natureza nos estudantes, a

professora prosseguirá suas aulas utilizando o conteúdo sistematizado existente

nos livros didáticos, buscando favorecer o conhecimento referente à

biodiversidade, à amplitude das relações existentes entre os seres vivos e o

ecossistema, à classificação dos seres vivos, às interações e sucessões

ecológicas, o processo evolutivo e a preservação ambiental.

Para isso, promoverá leituras, resolução de atividades, tarefas,

questionários, visualização de vídeos com discussões pertinentes ao assunto,

jogos como o Mankala (jogo muito conhecido e utilizado no continente africano, o

qual consiste em transferir pedras ou sementes de um recipiente a outro, em um

tabuleiro; seu objetivo é desenvolver o raciocínio e substituir atividades guerreiras

pelas artes pacíficas), construção de mapas conceituais e outras atividades que

possam contribuir com o conteúdo estudado e com a aprendizagem dos

estudantes.

3.8. ATIVIDADE 8: DEBATES

Ao desenvolver as atividades apresentadas aos estudantes pretende-se

valorizar suas contribuições através de debates e da execução das atividades

propostas, de forma que cada indivíduo possa expor o resultado de sua pesquisa

e considerar o trabalho desenvolvido por seus colegas, estimulando, dessa

maneira, o diálogo, o respeito mútuo, as diferenças, e o conhecimento que o outro

tem para compartilhar.

Mas, além de despertar o senso de respeito ao próximo e à vida, também

é importante instigar os alunos para que eles percebam a necessidade de

preservar o ambiente e a biodiversidade, destacando a importância do Reino

Plantae para os seres vivos e para a manutenção do planeta. Para isso, propõe-

se simular cadeias alimentares, onde os alunos representarão os elementos que

as compoem e algumas possíveis interações existentes entre os seres vivos.

3.9. ATIVIDADE 9: EXPOSIÇÃO

Ao término de todas as atividades elencadas acima, os alunos juntamente

com a professora, organizarão uma exposição no ambiente escolar com as

fotografias e com o material de pesquisa, elaborando uma linha do tempo,

respeitando a ordem de acordo com o processo evolutivo das espécies.

Dessa maneira, a comunidade escolar poderá compartilhar e acompanhar

os resultados do conhecimento desenvolvido no decorrer dessa proposta

metodológica.

A exposição seguirá a ordem dos grupos vegetais de acordo com o

processo evolutivo das espécies, ficando assim representada:

REINO PLANTAE

BRIÓFITAS

PTERIDÓFITAS

GIMNOSPERMAS

ANGIOSPERMAS

MUSGOS

HEPÁTICAS

ANTÓCEROS

SAMAMBAIAS

AVENCAS

PSILOTUM

CAVALINHAS

SALVINIA

AZOLLA

MARSILEA

LYCOPODIUM

SELAGINELLA

PINUS

CIPRESTES

ARAUCÁRIA OU

PINHEIRO-DO-

PARANÁ

CEDRUS

SEQUOIA

TAXODIUM OU

CIPRESTE-DOS-

PÂNTANOS

CYCAS

TODOS OS

VEGETAIS QUE

APRESENTAM

FLORES E

FRUTOS, COM

MAIS DE 250 MIL

ESPÉCIES.

3.10. ATIVIDADE 10: QUESTIONÁRIO

Ao finalizar o desenvolvimento de todas as atividades propostas acima,

será reaplicado o questionário avaliativo proposto na atividade 2, objetivando

avaliar, comparar e medir a eficácia da presente Unidade Didática Pedagógica,

servindo de embasamento para a elaboração do artigo final.

4. REFERÊNCIAS

BIZZO, Nélio. Novas Bases da Biologia: seres vivos e comunidades. 1 ed. São

Paulo: Ática, 2011.

IMAGEM 1: Mata Atlântica. Disponível em:

<http://sitiocurupira.files.wordpress.com/2008/04/mata-atlantica.jpg>. Acesso em

05/11/2013.

IMAGEM 2: Diagrama ilustrativo da divisão do Reino Plantae. Produzido por:

Marta Jarenczuk Ubialli. Quedas do Iguaçu-Pr. 2011.

IMAGEM 3: Disponível em:

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/1musgos.jpg>.

Acesso em: 01/10/2013.

IMAGEM 4: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/196musgo.jpg>.

Acesso em: 01/10/2013.

IMAGEM 5: Disponível em: <http://www.infoescola.com/biologia/antoceros-filo-

anthocerophyta/>. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 6: Disponível em:

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/4/4samambaia.jpg>.

Acesso em: 04/11/2013.

IMAGEM 7: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/146avenca.jpg>.

Acesso em: 01/10/2013.

IMAGEM 8: Disponível em: <http://florabrasilienses.blogspot.com.br/2009/05/o-

reino-plantae.html>. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 9: Disponível em: <http://www.plantasonya.com.br/gramados-e-

forracoes/licopodio-lycopodium-clavatum-l-lycopodiaceae.html>. Acesso em:

21/11/2013.

IMAGEM 10: Disponível em: <http://www.plantasonya.com.br/bonsai-e-

samambaias/musgo-tapete-selaginella-kraussiana.html>. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 11: Disponível em: <http://florabrasilienses.blogspot.com.br/2009/05/o-

reino-plantae.html>. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 12: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/291cipreste.jpg.>.

Acesso em: 01/10/2013.

IMAGEM 13: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/130arauca.jpg.>.

Acesso em: 01/10/2013.

IMAGEM 14: Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cedrus_deodar.jpg>. Acesso em 21/11/2013.

IMAGEM 15: Disponível em: <http://florabrasilienses.blogspot.com.br/2009/05/o-

reino-plantae.html>. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 16: Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Taxodium_distichum_Caddo_Lake_TX_2.jpg>

. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 17: Disponível em: < http://florabrasilienses.blogspot.com.br/2009/05/o-

reino-plantae.html>. Acesso em: 21/11/2013.

IMAGEM 18: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/199buriti.jpg.>.

Acesso em: 01/10/2013.

IMAGEM 19: Disponível em:

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/4/3girassol.jpg>.

Acesso em: 04/11/2013.

IMAGEM 20: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/576fruto.jpg>.

Acesso em: 04/11/2013.

IMAGEM 21: Disponível em:

<http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/2/681inflor.jpg>.

Acesso em: 04/11/2013.

IMAGEM 22: Disponível em

<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/671fotossintesees

quema.jpg>. Acesso em: 05/11/2013.

LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. Bio: Volume 3. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

MARCONDES, Ayrton Cesar; SARIEGO, José Carlos. Ciências: Seres Vivos. 3

ed. São Paulo: Scipione, 1996.

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