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, OSORIO
Rio Grande do Sul
Em comemorw;ao ao 1. 0 cenlendrio
JBG !E - CONSHHO NACJONAL DE ESTATiSTICA
Fundac;:ao I 8 G E
l i~~HiUiJ BRASilEIRO DE ESTATISTICI BIBLIOTECA
N. u de Reg. __ ;:-l~j-~~-::JL_
Data .... ~£:: .... &.~ __ f.&-. .......... ~
Coleciio de Monografias - N ." 152
, OSORIO
Rio Grande do Sul
i:l ASPECTOS FlSICOS - Area : 2 858 km' (1956) ; altitude: 38 m.
i:l POPULA()AO - 50 650 habitantes (estimativa para 1.0-f-1957 ) .
i:l ATIVIDAD<ES PRINCIPAlS - Agricuztura (principalmente produgiio de arroz) e pecuaria.
i:l ESTABELECIMENTOS BANCARIOS - 2 agencias.
i:l VEiCULOS REGISTRADOS (na Prefeitura Municipal) - 233 autom6veis e 189 caminh6es.
i:l ASPECTOS URBANOS (sede) - 687 ligag6es eletricas, 2 hoteis, 2 pens6es e 2 cineteatros.
i:l ASSISTENCIA MEDICA (sede) - 2 hospitais com 50 leitos; 4 medicos no exercicio da prafissiio.
i:l ASPECTOS CULTURAIS - 103 unidades escolares de ensino primario geral, 2 de ensino media ; 1 tipogratia, 2 l ivrarias, 1 radioemissora e 1 biblioteca.
' ~ i . l ! 'I' f. I .,...., • ~ .... ~~ ..... , "7i : r - ~
i:l OR()AMENTO MUNICIPAL PARA 1956 (milhares de cruzeiros) - receita prevista total : 9 268; receita tributaria: 3 381 ; despesa: 9 268.
i:l REPRESENTACAO POLlTICA - 9 v ereadores em exercicio.
Texto e desenho da capa de Marcos Vini cius da Rocha, da Diretoria de Documentagiio e Divulgagao do CNE.
ASPECTOS HIST6RICOS
0 PovoAMENTO do territ6rio teve inicio quando alguns casais agorianos proce
dentes de Laguna se estabeleceram no sope da Serra do Mar, proximo ao litoral, em terras pertencentes a Manuel Pereira Franco. Aos poucos, o casario foi-se adensando e assim nasceu o povoado entao conhecido par "Vila da Serra".
Em 1772, Antonio Gonc;alves dos Anjos construiu no local uma capela sob o orago de Nossa Senhora da Conceic;ao, sendo a povoac;ao, a 17 de janeiro do ana seguinte, elevada a categoria de distrito.
Ao tempo do Brasil colonial e em diversos periodos do Imperio, foi marcante a influencia do elemento africano na composic;ao da populac;ao.
0 Municipio foi criado, com territorio desmembrado do de Santo Antonio da Patrulha e sob a designac;ao de Conceic;ao do Arroio , pela Lei provincial n .0 401, de 16 de dezembro de 1857, verificando-se a respectiva instalac;ao a 12 de abril do ana seguinte.' Dividia-se, ent ao, em 3 distritos: Vila, Tres Forquilhas e Palm ares .
Experimentaram os seus habitantes, no passado, o cultivo da cana-de-ac;ucar, introduzindo, na zona, pequenos engenhos, fato que, a par das tentativas de desenvolvimento da industria pastoril, explica a presenc;a ali do elemento negro , em quantidade aprechivel.
Em 1934, o municipio de Conceic;ao do Arroio t eve o nome mudado para Osorio, em homenagem ao grande vulto da hist6ria patria nascido na regiao.
Par ocasiao do Recenseamento de 1950, o Municipio compunha-se dos seguintes distritos : Osorio, Cornelius, Emilio Meyer, Itati, Maquine, Marques de Herval e Tramandai.
Os distritos de Marques de Herval, Cornelius e Emilio Meyer passaram a denominar-se, respectivamente, Barra do Ouro, Capao da Canoa e Palmares do Sul. A Lei n.O 225, de 1953, criou o distrito de Passinhos, com territ6rio desmembrado do de Palmares do Sul, e a de n.0 4, do mesmo ana, o de Terra de Areia, desmembrado do de Capao da Canoa.
Segundo a divisao administrativa do Pais, vigente em 1.0 de julho de 1957, o Municipio e composto dos seguintes distritos: Osorio,
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Barra do Ouro, Capao da Canoa, Itati, Maquine, Palmares do Sul, Passinhos, Terra de Areia e Tramandai.
LOCALIZA(:A.O DO MUNICiPIO
0 SORIO pertence a Zona do Litoral, uma das 11 regi6es fisiogr::ificas em que o Estado
do Rio Grande do Sul esta subdividido e da qual fazem parte, tambem, os municipios de Santa Vit6ria do Palmar, Sao Jose do Nort e, Torres e Rio Grande.
A cidade, que dista, em linha reta, 93 quilometros da capital estadual, apresenta as seguintes coordenadas geograficas: 29° 53' 25" de latitude sul e 50° 16' 02" de longitude W. Gr.
(\
;
ASPECTOS FiSICOS
A REGIAO do Litoral e formada por sedimentos aluvionais, do quaternario, ocorrendo
fracas altitudes de comoros de areia. 0 territ6rio do Municipio e cortado pelos
rios Tres Forquilhas, Maquine, Tramandai e Capivari, alem de varios arroios. As lagoas ocupam grandes areas, sendo mais importantes as dos Quadros, Malvas, Palmital e parte da lagoa dos Barros.
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A regiiio caracteriza-se pelo clima umido, com grande formac;ao de nevoeiros, trovoadas e ventos com grandes velocidades, predominando acentuadamente os de nordeste.
Apresenta a Zona do Literal vegetais xerofilos nas formac;6es campestres, palustres e de dunas arenosas.
0 ponto culminante das elevac;6es do Municipio esta localizado na Serra da Barra do Ouro, nao sendo, porem, conhecida sua altitude.
ASPECTOS DEMOGRAFICOS
0 MuNiciPIO de Osorio contava, na data do Recenseamento Geral de 1950, 43 068 ha
bitantes - 21 824 homens e 21 244 mulheres. Segundo o Departamento Estadual de Estatistica, a populac;ao estimada para 1.0 -I-1957 e de 50 650 pessoas ( 4 280 na Cidade e nas Vilas e 46 370 no quadro rural) .
Na discriminac;ao da populac;ao segundo a religiao v·erifica-se que o Municipio tern a quota do grupo dominante - o dos catolicos - superior a do Estado: 92 % da populac;ao total, contra a quota estadual de 84 % ; ha em Osorio percentagem apreciavel de ptotestantes: 6% .
Em relac;ao a cor, o Municipio reflete, aproximadamente, o conjunto estadual, com 87% de habitantes de cor branca e 13% de cor preta ou parda (no Estado essas percentagens sao de 89 % e 10 %, respectivamente) . N a o ha praticamente estrangeiros em Osorio: 0,2%.
A cidade (quadros urbana e suburbano do distrito-sede) congrega cei'ca de QUAORO URBANO ~ g.,-. 7% dos habitan-tes do Municipio e OUADRO SUBURBANO- 8%
a Vi 1 a de Tra- QUA ORO RURAL ~ 83% mandai, aproxima-damente 5%; as demais vilas, em conjunto, apenas 5 %.
Enquanto no Estado 66 % dos habitantes estao localizados no quadro rural, em Osorio a quota correspondente eleva-se para 83% , refletindo a economia local cuja base esta nas atividades agricolas e pecuarias.
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PRINCIP AIS ATIVIDADES
ECONOMICAS
As principais atividades econ6micas dos habitantes de Osorio - agropecuaria e
industrias correlatas- sao identificadas pelas elevadas quotas de pessoas que exercem a ocupagao basica nos ramos "agricultura, pecuaria e silvicultura" e "industrias de transformagao".
Considerando-se o contingente dos que exercem atividades econ6micas, pode-se estim ar a quota dos que estao em atividade nos ramos "agricultura, pecuaria e silvicultura" e "industrias de transformagao" em 74% e 6%, r espectivamente (quotas calculadas sabre o t otal das pessoas de 10 anos e mais exclusive os nabitantes inativos, os que exercem atividades domesticas nao remuneradas, discentes e os que nao puderam ser incluidos em alguns des outros ramos).
Agricultura e pecuaria
A LAVOURA do arroz e a pecuaria concent ram grande parcela da populagao ativa
(cerca de 76 % dos homens de 10 anos e mais que exercem atividades econ6micas).
0 sucesso da lavoura arrozeira reside na excelencia das terras da regiao para o cultivo desse cereal - terras das margens dos rios, arroios e lagoas nao sujeitas a enchentes durante o periodo vegeta tivo da plantagao.
Grande area da lavoura e irrigada pelas lagoas, principalmente pela da Porteira, do Casamento e dos Barros. Areas apreciaveis sao tambem irrigadas pelos rios Maquine, Capivari e Palmares e par agudes, vertentes e banhados .
Dados referentes a sa fra de 1953/ 54 publicados no "Anuario" do Instituto Rio-grandense do Arroz assinalam a existencia, no Municipio, de 161 lavouras de mais de 9 hectares com area total de 11 698 hectares. A adubagao dessas lavouras estende-se par 11197 h ectares, com media de 285 quilogramas par hectare ; pre domina a irrigagao mecanica : 11327 hectares ; a irrigagao natural atinge apenas 214 hectares e a mista, 157 hectares.
Contavam-se no Municipio 638 arados a boi, 38 arados de disco a trator, 74 de aiveca a
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trator, 102 grades de disco a hoi, 135 grades de disco a trator, 230 grades de dentes; havia, ainda, 75 levantes, 29 semeadeiras de arroz, 3 secadores mecanicos e o numero relativamente elevado de 166 tratores, em relac;ao aos quais apenas Cachoeira do Sul apresen tou numero superior.
Os estabelecimentos rurais recenseados pelo IRGA, na safra 1953/ 54, possuiam, nas pequenas lavouras de arroz (menos de 9 hectares), 284 hectares plantados e nas gran des (9 hectares e mais), 11 730 hectares, perfazendo o total de 12 014 hectares.
A prodw;ao media - 2 983 quilos por hectare, correspondentes a produc;ao total de 35 839 toneladas - foi superior as verificadas n as sucessivas safras do periodo 1950/52.
A area plantada convertida em quadras era de 6 895 com produgao de 716 785 sacos de 50 quilogramas, o que corresponde a media de 104 sacos por quadra.
As lavouras de 9 hectares ou menos produziram 825 toneladas de arroz, das quais 45 de arroz de grao curto (tipo japonesl, 44 de grao media (blue-rose) e 736 de grao medio (blue-rose 388); nas lavouras de mais de 9 hectares foram produzidas 35 014 toneladas, sendo 27 534 de arroz de graos medias (bluerose 388), 2 358 do tipo blue-rose; de graos curtos, 3 847, do tipo japones, 1 206, do tipo caloro e 19 do colusa; de graos longos, tipo agulha, 50 toneladas.
Na safra em questao, o financiamento da lavoura arrozeira foi feito, em grande parte, pelo Banco do Brasil e pelo IRGA: 6 804 hect ares (58 % da area total ) e 1 376, respectivamente; outros bancos financiaram 120 hectares, alem de 2 286 hectares com financiamento proprio .
. 0 arroz e transportado principalmente por estrada de rodagem e por via fluvial; por via ferrea, tambem, embora em menor escala.
Out ras lavouras sao praticadas com exito, como as de feijao, mandioca, cebola, trigo e cana-de-agucar; existem, ainda, outras cult uras de menor expressao.
Em 1955, segundo elementos do Servigo de Estatistica da Produc;ao, o valor da produgao agricola elevou-se a 176 milh6es de cruzeiros, dos quais 116 milh6es resultantes da produgao de arroz corn casca:
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VALOR DA PRODUCAO
PRODUTO S AGR[COLAS Numeros %sabre absolutos o total
(C r$ 1 000)
Arroz com casca .... . . . . . .. . .. ..... . . 116 257 65,99 Cebola 21 000 11,92 Feiiao .. 9 504 5,39 Mandioca ....... . . ... . 6 760 3,84 Outros (1) .. 22 662 12,86
TOTAL ...... . 176 183 100,00
(1) Em outros incluem-se os seguintes produtos: batata-doce, milho, trigo, banana,laranja, batata-inglfsa, alho', abacaxi, cana-de-acllcar, tangerina, uva, aveia, etc.
0 desenvolvimento da fruticu ltura e resultante do grande consume que se verifica por ocasHio da afluencia de turistas as praias. A capital estadual e o principal mercado comprador dos produtos agricolas do Municipio, 0 que se deve, em parte, a facilidade de liga<;ao de Porto Alegre com Osorio atraves de rodovias. Santo Antonio, tambem, e outro importante mercado, consumidor de grande quantidade de arroz do Municipio.
Em rela<;ao a atividade pecuarista no Municipio observa-s·e que a mesma se restringe a 2 distritos, cuj a area e apropriada a criagao do gada. Os pecuaristas procuram selecionar o gada, sendo preferida, na cria<;ao de bovines, a raga holandesa para produ<;ao de leite. 0 Municipio mantem, atraves do Departamento Estadual de Abastecimento do Leite, comercio com Porto Alegre. Nao ha propriamente exportagao de gada, mas pequenas t rocas com os municipios vizinhos.
Em 1956, o Municipio contava 50 300 cabe<;as de gado bovina, 63 200 ovinos, 11 700 eqiiinos e 9 100 suinos (e, ainda, 1 300 muares e 320 caprinos). Valia o gado bovina 96 ~ilh6es de cruzeiros e o ovino 13 milh6es .
lndustrias de transformar;iio
A nmusTRIA de transformagao reduz-se praticamente a de produtos alimentares que
contava, em 1955, com 4 estabelecimentos, dos 7 entao existentes que ocupavam 5 ou mais pessoas.
Em 1956, havia 317 estabelecimentos industrials; tendo em vista o total anterior dos
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estabelecimentos que ocupavam 5 ou mais pessoas, constata-se a existencia de elevado numero de pequenas industrias. Sao estas, mais propriamente, industrias do tipo caseiro, de pequeno reflexo na economia municipal.
Na industria de produtos alimentares, assinalem-se as atafonas para a transformagao de mandioca em farinha e polvilho, os rudimentares engenhos de fabricagao de agucar bangiie e 1 engenho para beneficiamen to do arroz, situado na propria zona de produgao.
Em 1955, segundo apuragao do Departamento Estadua! de Estatistica, os 7 estabelecimentos anteriormente citados tiveram produgao no valor de 66 milh5es de cruzeiros, dos quais 64 milh5es correspondentes as industrias de transformagao de produtos alimentares.
Produ~ao de pescado
A PESCA, praticada em escala apreciavel, constitui importante atividade de parte
da populagao da zona litoranea, para a qual, alias, e a unica fonte de renda.
Reunem-se os pescadores em colonias de pesca e em cooperativas, fiscalizadas pelo Ministerio da Agricultura. A venda do pescado e feita tambem em Porto Alegre .
Em 1955, foram produzidas 860 toneladas de pescado, no valor de 4,3 milh5es de cruzeiros.
MEIOS DE TRANSPORT£
0 s6Rl0 possui uma estrada de ferro, que serve para o transporte de cargas de
grande peso nao transportaveis par caminh5es. Os trabalhadores que demandam as zonas de trabalho do Municipio se utilizam, tambem, dessa estrada.
0 Estado do Rio Grande do Sui mantem, pelo Servigo de Transporte, ent re Palmares do Sui, Osorio e Torres, uma linha de navegagao, com urn porto de pequenas proporg6es, dotado de armazem, trapiche e guindaste , que serve para o escoamento da produgao local. Linhas de onibus fazem o transporte interdistrital e intermunicipal.
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Osorio liga-se as localidades vizinhas e as capitais estadual e federal pelos seguintes meios de transporte:
Rolante - Rodoviario: 60 km.
Santo Antonio - Rodoviario : 30 km .
Sao Jose do Norte - Rodoviario: 448 km .
Sao Francisco de Paula - Rodoviario: 81 km.
Torres - Rodovhirio: 106 km.
Viamao - Rodoviario : 97 km.
Capital Estadual - Rodoviario: 110 km .
Capital Federal - Via Porto Alegre, ja descrita. Dai ao DF : 1) Ferroviario (VFRGS, VFPSC, EFS e EFCB): 2 711 km ; 2) Rodoviario via Sao Leopoldo : 1 934 km ou via Torres: 2 027 km; 3) Aereo: 1 217 km ; 4) Misto Oacustre e ma ritimo) : 1 860 km.
COMERCIO E BANCOS
E xcLurnno-sE o comercio de produtos agricolas com Porto Alegre e a grande quan
t idade de arroz exportada para Santo Anton io, as demais transagoes atacadista.c; limitam-se quase a reduzida importagao de alguns artigos, entre os quais pequenas quantidades de trigo, batata-inglesa, etc.
E, porem, relativamente intenso o comercia varejista. Segundo resultados do censo comercia! de 1950, contava o Municipio com 204 estabelecimentos varejistas e 10 atacadistas , n os quais, foram realizadas vendas, no ano a nterior ao Censo, cujos valores ascenderam a 34 e 5 milh6es de cruzeiros , respectivamente.
Em 1956, existiam no Municipio 2 estabelecimentos a tacadistas e 38 varejistas (esses ultimos dados referem-se apenas aos estabeIecimentos cujo valor anual das vendas foi superior a 200 milh6es de cruzeiros) .
Em relagao ao movimento bancario, contava Osorio, em 1956, 2 agencias bancarias . Em 31 de dezembro de 1956, os saldos referentes as principais contas, em confronto com os correspondentes dados de P elotas, fo ram os seguintes :
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SAL DOS EM 31-XII-56
(Cr$ 1 000) % de CO NTAS OsOrio
Municipio Municipio sjPelotas
de de Os6rlo Pelotas --- --- ---
E mpn}s! irnos em C/C .. ..... 147 358 101 0,0·1 Ti tulos dcscontados .. 9 805 500 193 1,96 Dep6sitos a vista e a curta prazo .. 13 637 343 031 3,98 DepOsitos a prazo .. 1 412 35 781 3.95
Acham-se instaladas no Municipio as agencias do Banco Industrial e Comercial do Sul S.A. (escrit6rio) e do Banco do Rio Grande do Sul S.A.
SA LARIOS
N o que diz respeito ao salario minimo do trabalhador adulto (vigente a partir
de 1.0 de agosto de 1956), Osorio pertence a 2.a sub-regiao do Rio Grande do Sul, cujo salario minima mensa! e de 2 900 cruzeiros (Porto Alegre e mais 15 municipios pertencem a 1.a sub - regiao, com 3 100 cruzeiros de salario minima).
INSTRUc;AO PUBLICA
C OM base nos dados censitarios de 1950, pode-se estimar que, atualmente, a per
centagem de pessoas alfabetizadas seja um pouco superior a 49 %, quota observada n a quele ana (calculada sobre 0 total das pessoas presentes de 10 anos e mais).
Essa quota, conquanto nao seja baixa no quadro nacional, e inferior a correspondente percentagem para o Estado, de 66%.
Ensino
E M 1955, o Municipio possuia 103 unidades escolares de ensino primario geral (7 044
alunos matriculados no inicio do ana), 1 Escola Normal Rural e 1 Ginasio.
FINANc;AS PUBLICAS
E M 1956, a receita total orgada foi de 9 268 milhares de cruzeiros, dos quais 1 281 cor
respondentes a tributaria ; a despesa prevista nesse ana foi de 9 268 milhares de cruzeiros.
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No periodo 1951/ 56, as finan<;as do Municipio atingiram as seguintes cifras (dados fornecidos pelo Conselho Tecnico de Economia e Finangas) :
FINANCAS (Cr $ 1 000)
ANOS Receita arrecadada Saldo ou Desoes1 realizada ''deficit"
Total TritMaria do balan~o
1951 .... ... . . 4 188 I 281 4 287 - 99 1952 . .. . .. . 4 107 1 541 4 011 + 96 1953 ... . ........ 5 2S3 I 948 .) 283 -1954 ... . ·· ··· · · ·· 8 881 2 416 10 025 - I 144 1955 .. 11 647 3 023 8 fi93 + 3 054 1956 (1) .. 9 268 3 381 9 263 -
(I) Dados do orcamento.
As principais contas em que se decomp6e a receita tributaria or<;ada para 1956 sao as seguintes (dados em milhares de cruzeiros):
Trlbutaria · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 381 I mpostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 011
Territorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
Predia l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 200 Sabre indttstrias e profiss6es . . . . . . . . . 250
De licen~as . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 310 J ogos e di vers6es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I
T a xas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 370
Assistencia e seguran~a social . . . . . . . . 502 De estatistica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Fins hospitalar es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Fins educativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
Expedlente . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • 100 Fiscaliza~ii.o e servlcos di versos . . . . . . . 5 Limpeza publica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Via~ii.o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Melhor amentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
A arrecada<;ao da receita federal, estadual e municipal apresentou os seguintes dados para o periodo 1951/ 56:
RECEITA ARRECADADA (Cr $ 1 OGO} ANOS
Federal Estadual Munici pal
1951. ... . . . . . . . . . . 1 084 5 624 4 188 1952 ... . .. ......... I 505 6 863 4 107 1953 ...... . ......... . . 1944 9 279 5283 1954 ..... ..... ... 3 365 12 647 8 881 1955. ..... ...... .. . 4 137 14 154 11 647 1956 .... . . 4 558 16 903 (1) 9 268
(1) Orcamento
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DIVERSOS ASPECTOS
DO MUNICiPIO
NA imensa faixa atlantica do Municipio localizam-se famosas praias, movimentados
centros de veraneio do Estado: Tramandai , Capao da Canoa, Imbe e Santa Tereza. Nos ultimos anos, principalmente, essas estancias balnearias, distribuidas na extensao de 160 quil6metros de praias, apresentaram consideravel desenvolvimento turistico.
A cidade e modesta , do ponto c!c-= vista urbanistico. 0 consumo de energia etetrica para iluminagao publica e da ordem de 2 210 kw mensais, e para a iluminagao particular, de 25 407 kw. Nao ha linhas regulares de 6nibus no perimetro urbano, mas a cidade e servida por esses veiculos para as ligag6es entre os distritos e os municipios vizinhos.
0 Institute do Acucar e do Alcool esta construindo nas proxi!nidades da sede municipal uma destilaria que utilizara a p rodugao de agucar das regi6es circunvizinhas, devendo produzir cerca de 14 mil litros diirios de aJcool e derivados.
Ha na cidade um campo de aviagao, pert encente ao Ministerio da Aeronautica, e em Tramandai urn aeroporto de propriedade da Varig. Em Capao da Canoa existe. t ambem, campo de pouso.
Conta ainda o Municipio uma Estcwao Experimental Agricola, uma In spetoria de Terras e um Posta de Caga e Pesca .
Urn aspecto curiosa da vida municipal e a influencia do elemento africano na t oponi mia e no folclore. Sao correntes varias lendas: a da Lagoa Negra, da Lagoa da Pin guela e Sangradouro do P ai Manoel , alem da festa popula r afro-brasileira das "Congactas". a uto cujo tema essencial e a embaixada da rainha Ginga a um potentado negro. 0 enrecto refere-se a uma luta entre a guerreira Ginga e um soba de Cariongo, transformado em rei. Comparecem a festa , que se realiza no dia 6 de janeiro, os "Mogambiques" com vestimentas coloridas, com guizos e chocalho·s as pernas.
Acha-se instalada em Osorio uma Agen cia Municipal de Estatistica, 6rgao integrante do sistema estatistico brasileiro . ·
OSORIO - 13
E'ST A pub licarao faz parte da serie de monogmfias municipais organizada pela
Diretoria de Documentarao e Divulgarao do Conselh o Nacional de Estatistica. A nota introdut6ria, sabre aspectos da evolurao hist6rica do Municipio, corresponde a uma ten tativa no sentido de sintetizar, com adequada sistematizar,:ao, elementos esparsos em diferentes documentos. Ocorrem, em alguns casas, divergenoias de op:iniao, comuns em assuntos dessa natureza, nao sendo raros os equivocos e erros nas pr6prias fontes de pesquisa. Por isso, o CNE acolheria com o maior interesse qualquer colaborarao, especialmente de historiadores e ge6grafos, a fim de que se possa divulgar de futuro, sem receio de controvhsias. 0 escorro hist6rico e geogrdfico dos municipios brasileiros.
PVBLIC.4 GOES A VENDA NO CONSELHO NACIOIVAL DE ES1'ATiS1'ICA
Estatistica Geral e Aplicada - CROXTON e COWDEN Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, cada
volume ..... . . .. ....... . ............ . ....... . Metodos Estatisticos Aplicados a Economia e aos
Neg6cios - MILLS . . ............ . ........ ... . Anutirio E statistico do Brasil - 1957 ......... . Vocabuldrio Brasileiro de Estatistica - MILTON
DA SILVA RODRIGUES ............... ...... . Anudrio Estatistico do Brasil - 1956 e 1955 . . . . Bib l i o g r a f i a G eogrdtico -Estatistica Brasi-
leira (1936/50) .. . .. . ........... . ...... ..... . T eoria dos Levantamentos par Amostragem -
WILLIAM MADOW .. . ... .. ..... . ......... ... .. . Anudrio Estatistico do Brasil - 1954 e 1953 . . . . Ferrovias do Brasil . . . . . . . .......... . ...... . 0 Mundo em Numeros . . ............ . . ..... ... . A tecundidade da Mulher no Brasil - GIORGIO
MORTARA ..... . ... .. .. . ......... . .. . . .. .. .. . .. . Curso E lementar de Estatistica Aplicada a Admi -
nistra9iLO - GIORGIO MORTARA . . ... ...... .. . Grdficos: Constru9ao e Emprego - ARKIN e
COLTON . . . . . . . . . . . . .................. . . ... . Brazi l Up - to -Date . . . . . . . . . .. .... . . .. . . . ... ... . Bresil d'Autourd'Hui ......................... ... . Vida e Mar t e nas Capitais Brasileiras - LINCOLN
DE FREITAS ... . .. , . . .. , .. , , , . , .... . .... , .. , ... .
Analise Matemdtica do Estilo - TULO HOSTfLIO MONTENEGRO .... ... .. . .... . ....... . .••........
Geografia dos Pre90S - MOACYR MALHEIROS DA SILVA .. . .... . ...... . . . . ............ . .... ... .. .
D i visao Territoria l do Brasi l - 1.0 -VII-955 .... . . Estatistica do Conul rcio Exterior do Brasi l ( ja-
neiro a junho de 1953) . . . .... ...... ... ... . . . Idem (Janeiro a setembro de 1953) ........... . . . Idem ( janeiro a dezembro de 1953) . . ..... . . . . . . Idem (1954) , volumes trimestrais, cada ... . . ... . . Idem (1955), volumes trimestrais, cada .... .. .. . . Idem (1956), volumes trimestra is, cada .... .. . .. . Idem (janeiro a dezembro de 1956) ......... . . B r azilian Commodity Nomenclature ........ . .. . Brasil - Censo D emogrdfico ........ .... . . ... . . . Brasil - Censo Agricola .............•... .... .. . Brasil - Censo Industrial ... . . . .... . . . ... . . . .. . .
Formulas Empiricas - T. RUNNING ... . .. ..... . Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - 1953 fndice Alfabetico da Nomenclatura
PERI6DICOS
R evista Brasileira de E statistica (anual ) R evi sta Brasileira dos Municipios ( " ) Boletim Estatistico ....................... . . .... .
500,00
400,00
230,00 200,00
150,00 150,00
130,00
120,00 100,00 100,00 100,00
90,00
80,00
80 ,00 80,00 80 ,00
80 ,00
80,00
80,00 70 ,00
70 ,00 70,00 60,00 60,00 60 ,00 60,00 60,00
50,00 50,00 40,00 50,00
40 ,00 30,00 20,00
80,00 80,00 8o·;oo
Vendas pelo reemb6lso postal ou mediante remessa • do numerario correspondente, em cheque, vale postal ou com valor decla rado, a favor do CoNSELHO NAciONAL DE ESTATiSTICA (Av. Franklin Roosevelt, 166 - Rio de J a n eiro, DF) . Os func iona rios do sistema estat!stico, os profess6 res e alunos de cursos oficiais de estatistlca e os s6cios quites da Sociedade Brasileira d e Esta tisttca tern direlto a um desconto de 50% , exceto para o Anuario Es t atistico e peri6dicos.
IBGE - CONSELHO NACIONAL DE ESTATiSTICA
P residente : Jurandyr Pires Ferreira
Sccretario-Geral em exercicio: Hildebrando Martins
COLE!;!iO DE MONOGRAFIAS
( 2.a serie)
101 - Santa Quiteria. 102 - Guaiba. 103 - Adamantina. 104 - Prudent6polls. 105 - Sao Fidells. 106 -Brusque. 107 - Patos. 108 - Propria. 109 - Mossor6. 110 - Quixeramobim. 111 - Cip6. 112 - Cachoeira do Sul. 113 - Floriano. 114 - Baependi. 115 - Gua!;ui. 116 - Ponte Nova. 117 - Goiania. 118 - Caxambu. 119 - Joao P essoa. 120 - Mariana. 121 - Jaboatao. 122 - Carandai. 123 - Tijucas. 124 - Estancia. 125 -Caruaru. 126 - Sao Pedro do Sui. 127 - 0 Vale do Car iri. 1~3 - A~u. 129 - Len~ois. 130 - :Born Jesus. 131 - Cangussu. 132 - Juazeiro do Norte. 133 - Livra mento. 134 - Rio Claro. 135 - Itajuba. 136 - Buquim. 137 - Concei!;iio do Mato Dentro. 138 - Campo Maior. 139 - Dois Corregos. 140 - Paranaiba. 141 - Lapa. 142 - Picui. 143 - Territorio do Acre. 144 - Russas. 145 - Tres Pontas. 146 - Juazeiro . 147 - Sao Louren!;o. 148 - Jan uaria. 149 - Santo Amaro. 150 - Barra Mansa. 151 - Marques de Valen!;a, 152 - Osorio. 153 - Viana. 154 - Irati . 155 - Muqui. 156 - Vassouras. 157 - Mage. 158 - Cantagalo. 159 - Santarem. 160 -:\ a ra quara. 161 - Pau dos F erros. 162 - Itambe. 163 - Sao Carlos.
Acabou-se de imprimir no Serviro Grdfico do lEGE, aos treze dias do mes de dezembro de mil novecentos e cinqiienta e sete.
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