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Jornal Gol Varzeano de junho de 2009

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Definitivamente o povo brasileiro não dá a mínima pelo es-porte (com exceção do futebol, é claro). Mas ao fazer tal afirma-ção quero deixar claro que a “grande” mídia em geral não cola-bora para mudar este cenário. E, se ao analisarmos os atletasde ponta que temos, chegaremos à conclusão que eles se des-tacam não pelo apoio ou qualquer tipo de patrocínio, mas simpor esforço próprio. Por isso temos que ter orgulho quando atle-tas brasileiros se destacam em qualquer tipo de competição in-ternacional.

As empresas ainda não se deram conta o valor que o espor-te pode agregar em um indivíduo. Não apenas nos esportes com-petitivos, mas no investimento na formação do cidadão. Isso de-veria começar lá... Desde criança, nas aulas de educação física,valorizando outras modalidades como o vôlei, basquete, handebol,atletismo, etc.

Gestão – Hoje sabemos que é necessário patrocínio para mon-tar bons times de basquete, vôlei, etc. Aliás, há anos São Paulo nãoconta com um bom time de basquete ou vôlei, mas para o investi-mento no esporte como cidadania o que falta mesmo é uma boagestão do poder público.

Não existem bons projetos, tanto do governo municipal,estadual ou federal. O que existe é uma pequena “virada es-portiva”, evento que acontece uma vez por ano e não atinge oseu objetivo. Em resumo, não há bons projetos que envolvamo poder público (em qualquer esfera) e a sociedade. Em outraspalavras, as pessoas que ocupam as pastas de secretarias deesporte são mal capacitadas. Pode até existir pessoas comboas intenções, mas como diz o ditado: “De boa intenção o in-ferno está cheio”.

São necessários projetos específicos para cada comunida-de, isso de acordo com as suas características, tanto culturais comogeográfica. É necessário fazer uma pesquisa do local para averi-guar a característica da população que mora em tal bairro onde oprojeto pode ser aplicado. Bom, aí as coisas começariam a funcio-nar. O esporte tem que ser levado a sério, assim como a cultura.Pois é fundamental na vida do ser humano.

Enquanto isso, o esporte é coisa do “outro”, de quem jogaem um time qualquer, ou de quem pode pagar uma academia.“Esporte é coisa que passa na televisão e é praticado por quemnão tem nada o que fazer”. Esta é a visão de muitas pessoas quenão tem acesso ao esporte.

O GOL mostra-se preocupado com esta situação, pois não ésó de futebol que vive o homem, mas de todas as atividades físi-cas, capazes de fazê-lo, pensar, agir e se interagir na sociedade,transformando-o em um cidadão.

Sérgio Pires

O jogo mal começou: faltam projetos esportivos Um estudo publicado recentemente na revistacientífica New EnglandMedical Journal, da In-

glaterra, aponta que crianças comÍndice de Massa Corporal (IMC)considerado acima do normal têmmaiores chances de contrair doen-ças coronarianas na idade adulta."Como cada vez mais criançasestão se tornando obesas no mun-do inteiro, espera-se que em pou-co tempo o número de pessoascom problemas cardíacos aumentesignificativamente", comenta o Dr.Frederico G. Marchisotti,endocrinologista do Lavoisier Me-dicina Diagnóstica/ DASA.

A associação entre obesida-de e doenças cardíacas se mos-trou mais forte entre os meninos doque em relação às meninas e ain-da aumenta de acordo com a ida-de. "Assim, meninos obesos no fi-nal da infância apresentam o maiorrisco", diz o endocrinologista. Alémde doenças coronarianas e infarto,são problemas futuros relacionadosà obesidade: diabetes, hipertensão,colesterol alto, e AVC (popularmen-te conhecido como "derrame cere-bral"), gota (elevação ácido úrico),artrose, cálculo biliar (pedra navesícula), apnéia do sono, câncerde mama e câncer de intestino.

Para evitar a obesidade nafase infantil, recomenda-se aamamentação até seis meses deidade, seguida do fornecimento dealimentos adequados e estímulo àprática de atividade físicaprazerosa, como brincar e espor-tes. "Os pais devem evitar o aces-so das crianças às guloseimas,para preservar o apetite nas refei-ções. Além disso, é recomendadaa ingestão de no máximo uma latade óleo para preparo das refeiçõesao mês", sugere Dr. Frederico.

Obesidade na infância e doençacardíaca na fase adulta

Introduzir precocemente ver-duras e legumes à alimentação dacriança para acostumar seu pala-dar e sua aceitação futura tambémpode ser uma boa solução. Paraisso, indica-se diversificar a formade preparo dos vegetais eleguminosas, oferecer os mesmosem pequena quantidade e mistura-dos com outros alimentos de maisfácil aceitação.

A dieta deve conter todos osnutrientes: carboidratos, fibras, gor-duras, proteínas, sais minerais e vi-taminas, que podem ser obtidos pormeio da ingestão de frutas, legumes,verduras, carne, ovo, leite e deriva-dos, arroz, feijão, cereais. Devem serevitados: doces, bolachas, bolos,massas, refrigerantes e sucos arti-ficiais, salgadinhos e frituras.

Diagnóstico e tratamentoExistem alguns exames im-

portantes para se constatar a cau-sa da obesidade e para verificar sea o excesso de peso já provocaconseqüências adversas no orga-nismo. São, basicamente:hormônios da tireóide (TSH e T4livre) ; um hormônio da adrenal(cortisol); glicose, colesterol total esuas frações + triglicérides;enzimas hepáticas (TGO e TGP)que podem indicar sobrecarga degordura no fígado. "Caso a crian-ça também tenha estatura abaixodo normal, é importante observarse há deficiência do hormônio decrescimento, que apesar de rara,também pode acarretar excessode peso", alerta o médico.

O tratamento da obesidadeinfantil deve ser baseado em ali-mentação correta e atividade físi-ca orientada.

Fonte: Lavoisier MedicinaDiagnóstica

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