PARASITOLOGIA DISCIPLINA 2019 de vida Ingestão de ovos Ovos são liberados nas fezes e se embrionam...

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DISCIPLINA 2019

PARASITOLOGIA

ASCARIDÍASE, ENTEROBÍASE E

TRICURÍASE

Docente:

Profa. Dra. Juliana Q. Reimão

02 de maio

• VÍDEOS

• Ascaridíase: tossindo lombrigas - Parasitas Assassinos

• https://www.youtube.com/watch?v=wTbMCVLB0Yc

• Grey's Anatomy - Surgical Deworming Season 13 Episode 21

• https://www.youtube.com/watch?v=GgASE-mO2kk

• Cirurgia para retirada de Ascaris lumbricoides

• https://www.youtube.com/watch?v=TMASccJpX4E

Nematódeos

• Filo Nematoda • Vermes cilíndricos e não segmentados

• Dimorfismo sexual (maioria)

• Sistema digestório (boca e ânus)

• Tamanho variado (1mm até > 1m)

• 50 espécies parasitam o homem

• Formas de vida:

• Ovo

• Larvas (L1, L2, L3 e L4)

• Vermes adultos

• Ancylostoma duodenale • Ascaris lumbricoides • Dracunculus medinensis • Enterobius vermicularis • Necator americanus • Onchocerca volvulus • Strongyloides stercoralis • Trichinela spiralis • Trichuris trichiura • Wuchereria bancrofti

Merecem destaque

ASCARIDÍASE

Ascaridíase

• Generalidades • Conhecida popularmente como “lombriga” ou “bicha”

• Maior nematóide parasito humano

• Agente etiológico • Ascaris lumbricoides

• Parasita monoxênico estenoxeno

• Helminto mais frequente • Países menos desenvolvidos

• > 150 países

• Prevalência 30% (1,5 bilhão de infectados)

• Maioria (70 a 90%) são crianças

Morfologia

• Vermes adultos • Cilíndricos, com as extremidades afiladas • Tamanho

• Depende da carga parasitária • 20 a 40 cm comprimento

• Longevidade: 1 a 2 anos • Dimorfismo sexual

• Machos • Extremidade posterior recurvada • 2 espículas

• Órgãos acessórios na cópula

• Fêmeas • Extremidade posterior reta • Produzem ~200 mil ovos/dia

Fêmea Macho

boca trilabiada

espículas

Morfologia

• Extremidade posterior • Macho

espículas

Morfologia

• Extremidade anterior • Boca trilabiada

• Provida de papilas sensoriais (setas)

Morfologia

• Ovos • Ovais (50 x 60 µm)

• Cor castanha (fezes)

• Membrana mamilonada

• Polissacarídeos

• Membrana mamilonada delgada

• Mais alongados

• Citoplasma granuloso

• Não fecundado

Fértil Infértil Membrana mamilonada

Larva

Células germinativas

• Membrana mamilonada espessa • Forma infectante, após 2 mudas

Fértil Infértil

Infectantes em 3 semanas no solo.

Ciclo de vida

Ingestão de ovos Ovos são liberados

nas fezes e se embrionam no solo

Larvas entram nos espaços alveolares

Larvas chegam aos capilares pulmonares

Larvas liberadas no intestino delgado, entram na corrente sanguínea e chegam ao fígado

Larvas migram até o coração

Penetração e obstrução Adultos atingem

a maturidade no intestino

Larvas migram até a traqueia e

são deglutidas

CICLO DE LOSS

vermes adultos

ovos

L1 L2

L3 L5

L4

Ingestão

~ 2 meses de ovo a adulto

Infectantes em 3 semanas no solo.

• L1 • Interior do ovo (rabditóide)

• L2 • Interior do ovo

• L3 • Interior do ovo (filarióide)

• INFECTANTE

• Eclode no intestino delgado

• Atravessa a parede intestinal vasos linfáticos veias mesentéricas veia porta fígado coração capilares pulmonares

• CICLO DE LOSS

• L4 • Alvéolos pulmonares

• L5 • Sobrem pela árvore

brônquica traqueia faringe deglutidas intestino delgado

• Vermes adultos • Cópula, ovipostura

• Ovos (fezes)

muda

muda

muda

Patogenia

• Depende da carga parasitária

• Infecções leves • Maioria dos casos

• > 10 vermes

• Sem alterações clínicas e sintomas

ou com sintomas inespecíficos

• Infecções moderadas • 30 a 40 vermes

• Sintomas intestinais

• Infecções maciças • 100 ou mais vermes

• Complicações

Patogenia

• Fase de migração pulmonar • Assintomática na maioria dos pacientes

• Alguns apresentam pneumonite

• Caracterizada por:

• Tosse

• Febre

• Dispneia

• Reação de hipersensibilidade

• Obstrução brônquica sibilos

• Resposta inflamatória intensa

• Infiltrado eosinofílico

• Quadro conhecido como:

• SÍNDROME DE LOEFFLER • Pode ocorrer na infecção por qualquer

helminto com ciclo pulmonar (ciclo de Loss)

No fígado: Pequenos focos hemorrágicos necrose fibrose

O sibilo é um ruído de assobio relativamente agudo produzido pelo movimento do ar em vias respiratórias de pequeno calibre estreitadas ou comprimidas. É um sintoma, bem como um achado físico.O que é Sibilos? Os sibilos são sons respiratórios auscultados (ouvidos pelo médico com auxílio do estetoscópio) ao exame físico ou relatados pelo paciente (que escutam esses sons de perto ou de longe). Popularmente são descritos com os seguintes termos: chieira, chiado no peito, piado, pieira ou miado de gato. Os sintomas mais comuns relacionados ao aparecimento de sibilos são tosse, dispneia (falta de ar) e opressão torácica (aperto no peito). A presença de sibilos indica obstrução das vias aéreas (limitação ao fluxo aéreo) podendo ocorrer a presença de secreção nas mesmas e vibração das paredes das vias aéreas que podem se colapsar (fechar). Pode haver espessamento das paredes das vias aéreas ou obstrução do lumen (cavidade). Os sibilos estão caracteristicamente presentes em uma crise de asma, mas qualquer obstrução ao fluxo das vias aéreas de grosso e médio calibre podem gerar sibilos. Por exemplo, um corpo estranho, secreção ou tumor central.

Patogenia

• Fase intestinal • Inflamação da mucosa redução da absorção

• Diarreia

• Perda de peso

• Alterações da motilidade intestinal

• Distensão e dor abdominal

• Infecções crônicas retardo de crescimento

• Complicações • Obstrução intestinal

• Causa mais comum de complicação

• Principalmente em crianças (pequeno diâmetro)

• Localização ectópica

• Apêndice cecal, duto colédoco, duto pancreático,

narinas, ouvido...

Bethony J, Brooker S, Albonico M, Geiger

SM, Loukas A, Diemert D, Hotez PJ.

Lancet. 2006 May 6;367(9521):1521-32.

ENTEROBÍASE

Enterobíase

• Generalidades • Infecção intestinal caracterizada por intensa

coceira no ânus durante a noite.

• Conhecida popularmente como Oxiúro.

• Agente etiológico • Enterobius vermicularis

• Oxyuris vermicularis • Nomenclatura antiga

• Parasita monoxênico estenoxeno

• Helminto mais comum em países desenvolvidos

• Crianças (média de 5 a 10 mil vermes)

• Ocorrência em creches, asilos, etc.

Morfologia

• Vermes adultos • Asas cefálicas

• Machos • Menores

• Cauda recurvada • Com um espículo

• Morrem após a cópula

• São eliminados (fezes) • Raramente são vistos

• Fêmeas • Cauda pontiaguda e longa

• Quando grávidas • Migram para a região perianal coceira

• Eliminam cerca de 11 mil ovos e morrem

• Podem penetrar a vagina

Macho (~5 mm)

Fêmea (~1 cm)

Asas cefálicas

Asas cefálicas

Quando grávidas Migram para a região perianal Durante a noite Causam coceira

Se rompem Podem migrar

Vagina, útero e bexiga

Morfologia

Asa cefálica

Morfologia

• Ovos • Formato de um “D”

• Um lado achatado e outro convexo

• Membrana dupla, lisa e transparente

• Tornam-se infectantes em 6 horas

• Ficam aderidos à região perianal ou

são arrastados pelas fezes

Larva eclodindo do ovo

larva

Ciclo de vida Ingestão de ovos

Larvas eclodem no intestino delgado

Larvas migram para o colon

Fêmeas grávidas migram até o ânus

Ovos embrionam na região perianal

Fêmeas grávidas se rompem e

liberam os ovos

30 a 40 dias entre infecção e

liberação de ovos

Infectantes dentro de poucas horas

larvas rabditóides sofrem 2 mudas até chegarem ao

ceco

Auto-infecção (mãoboca)

Não há migração visceral

Vermes adultos copulam

Patogenia

• Infecções leves a moderadas • Assintomático na maioria dos casos

• Apenas 1:10 crianças têm sintomatologia • Prurido anal noturno

• Perda de sono e irritabilidade

• Contaminação dos dedos (unhas)

• Prurido e irritação vaginal

• Excitabilidade

• Infecções intensas • Colite crônica

• Diarreia

• Perda de apetite

• Muco nas fezes

• Emagrecimento

• Eosinofilia ligeira

inapetência ausência de apetite, de vontade de comer; anorexia.

Patogenia

• Lesões • Na mucosa

• Ceco e apêndice

• Ação irritativa inflamação

• Na região perianal

• Laceração da pele hemorragia, dermatite

• Infecções secundárias

• Localizações ectópicas • Vagina útero, trompas, cavidade peritoneal

• Uretra bexiga e próstata

• Fígado e rim perfuração do ceco sistema porta

• Granuloma

• Casos raros

TRICURÍASE

Tricuríase

• Generalidades • Infecção intestinal causada pelo verme

chicote (“whipworm”)

• Agente etiológico • Trichuris trichiura

• Trichuris = cauda em forma de fio

• =Trichocephalus trichiura

• Trichocephalus = cabeça em forma de fio

• Parasita monoxênico de primatas e suínos

• Prevalência

• Mundial: 15% da população

• Brasil: 5-25%, com variações regionais

Morfologia

• Vermes adultos • Forma de chicote

• 3 a 5 cm

• Região anterior (mais fina)

• Esôfago

• Penetra na mucosa do intestino grosso

• Ingere muco, células e sangue

• Região posterior

• Intestino e órgãos genitais

• Permanece livre no lúmen intestinal

• Reprodução e eliminação de ovos

Fêmea Macho

Morfologia

• Fêmeas • Longevidade: 4-5b anos

• 3 a 5 mil ovos/dia

• Machos • Extremidade posterior recurvada

• 1 espículo coberto por bainha e espinhos

Macho

Fêmea

Espículo e bainha

Morfologia

• Ovos • Formato elíptico

• Poros salientes e transparentes

• Embrionam no ambiente

Ovo recém eliminado

Ovo embrionado

larva

3 semanas meio ambiente

Ciclo de vida

Ovos embrionam

no solo

Fêmeas liberam ovos nas fezes

Ingestão de ovos

Larvas eclodem no intestino delgado

Adultos se tornam maduros no colon

60 a 90 dias Entre a infecção e a eliminação de ovos

Ovo embrionado ingestão estômago eclosão no duodeno L1 migra para ceco L2 L3 L4 adultos ovo não embrionado ambiente ovo embrionado

Não há migração visceral

Patogenia

• Infecções leves • Até mil ovos/g fezes

• Assintomático/sintomas intestinais

discretos pouco específicos

• Infecções moderadas • Entre mil e 10 mil ovos/g fezes

• Dor abdominal, diarreia, náusea e vômito

• Infecções graves • > 10 mil ovos/g fezes

• Síndrome disentérica crônica

• Diarreia intermitente com presença abundante de muco e/ou sangue

• Dor abdominal, tenesmo, anemia, desnutrição grave (perda de peso)

• Prolapso retal

Tenesmo retal é a sensação de constante necessidade de defecar, apesar do reto estar vazio

• Lesões • Estão confinadas ao intestino

• Não existe migração sistêmica das larvas

• Penetração (região anterior), movimentação e alimentação

• Aumento da produção de muco, descamação e inflamação

• Vive em túneis constantemente formados na camada epitelial

• Infecções leves a moderadas • Causam inflamação local ceco e cólon ascendente pouca

interferência nos processos fisiológicos poucos sintomas

Causam inflamação da mucosa

Patogenia • Prolapso retal

• Infecções graves

• Inflamação intensa

• Reflexo de defecação + alteração nas terminações nervosas

• Reversível após a eliminação dos vermes

Infecções graves Causam inflamação intensa colite e apendicite Atingem o reto edema e sangramento inchaço da mucosa retal reflexo de defecação (mesmo na ausência de fezes no reto) + alterações nas terminações nervosas PROLAPSO RETAL

O QUE ESSES

PARASITAS TÊM EM

COMUM?

Epidemiologia

Ascaridíase Enterobíase Tricuríase Países em desenvolvimento +++ +++ +++

Países desenvolvidos + +++ ++

Prevalência em crianças ++ +++ ++

Prevalência em adultos +++ ++ +++

Locais com elevada densidade populacional ++ +++ ++

Transmissão pela água e alimentos +++ + +++

Ligada a precárias condições de higiene +++ +++ +++

Geo-helmintíases sim não sim

Transmissão direta pessoa-pessoa e auto-transmissão não sim não

Epidemiologia

Soil-transmitted helminth infections are widely distributed in tropical and subtropical areas and, since they are linked to a lack of sanitation, occur wherever there is poverty. Proportion of children requiring intervetion. http://www.who.int/intestinal_worms/epidemiology/en/

file:///C:/Users/Juliana%20Q%20Reimao/Downloads/58-115-1-SM.pdf

Distribuição geográfica dos geo-helmintos

Diagnóstico

Ascaridíase Enterobíase Tricuríase Exame Parasitológico de Fezes (pesquisa de ovos) +++ + +++

Método de Graham - +++ -

Colonoscopia ++ - +++

Eosinofilia +++ + ++

Encontro de larvas nas fezes sim não não

Encontro de vermes nas roupas íntimas sim sim não

Ovos de helmintos

*

* * * *

*

(ancilostomídeo)

*

Diagnóstico

• Método de Graham • Realizar pela manhã, antes de higienização

• Fita adesiva transparente

• Tubo de ensaio, lâmina ou palito de madeira

• Repetidas vezes

• Lâmina de vidro Microscópio

• Útil no diagnóstico de enterobíase e teníase Use luvas!

Diagnóstico

• Método de Graham • Repetições em dias consecutivos

• 3 vezes

• Detectam 90%

• 6 vezes

• Detectam 100%

Ovos de Enterobius vermicularis Fêmeas de Enterobius vermicularis

Diagnóstico

• Colonoscopia

Verme adulto de Trichuris trichiura

Tratamento

Ascaridíase Enterobíase Tricuríase Albendazol +++ +++ ++

Mebendazol +++ +++ ++

Pamoato de pirantel +++ +

Ivermectina +++ ++

Levamizol +++

Piperazina + óleo mineral (casos de obstrução intestinal) +++

Tratamento cirúrgico (casos graves de obstrução) sim não não

Recomendável fazer controle de cura (exame de fezes) sim sim sim

Eficácia do tratamento aumenta com doses múltiplas sim sim sim

Profilaxia

Ascaridíase Enterobíase Tricuríase Saneamento básico +++ - +++

Lavagem dos alimentos +++ + +++

Tratamento da água +++ + +++

Higienização das roupas de cama - +++ -

Higienização domiciliar e do peridomicílio ++ +++ ++

Lavagem das mãos +++ +++ +++

Tratamento dos doentes +++ +++ +++

Educação em saúde +++ +++ +++

Discussão de caso clínico

Comunicados

• Mapa conceitual eleito • Grupos 1 a 6 – Turma A

• Versão digital (monitores) para divulgação

• Atividade de Promoção à Saúde • Definição das atribuições de cada grupo: 16/05/19

• Resumo do que foi definido por votação: • Local: Praça Matriz*

• Parasitose: Parasitos intestinais

• Tipo de abordagem: Banner + festa junina/estandes

• Tipo de registro: Coleta de dados (formulário em papel contendo as informações fornecidas pelas pessoas abordadas)

• Plano B em caso de chuva: Terminal rodoviário*

Possibilidade de mudança para uma Escola Estadual*

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