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AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
«Dar respostas certas não é o importante. O que é importante é ser capaz de
fazer boas perguntas.»
«Os animais e tudo o mais!»
Educadora Ana Maria Barroca
Jardim de Infância Vasco da Gama
Ano letivo 2011- 2012
INDÍCE:
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Introdução
Caraterização da Instituição e da Equipa Educativa
Caraterização do Grupo de Criança
Nível Socioeconómico
Nível Familiar
Nível de Desenvolvimento
Identificação de Problemas/ Interesses/ Necessidades
Problemas identificados
Áreas a reforçar/ atividades a desenvolver
Fundamentação das opções e estratégias educativas
Papel do educador
Organização do Ambiente Educativo
Organização do Espaço/Sala
Organização do Tempo
Objetivos
Gerais
Específicos
Projetos transversais a desenvolver ao longo do ano
Avaliação
Instrumentos de avaliação
Interação Escola/Família
Bibliografia
Operacionalização do Projeto
Planificações, Operacionalização e Evidências.
Avaliação Projeto
Avaliação do 1º período
Avaliação do 2º período
Avaliação do 3º período
Avaliação Final do Projeto
Anexos
Plano Anual de Atividades
Componente de Apoio à família
Plano Educativo Individual
INTRODUÇÃO
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
“A elaboração de qualquer Projeto, supõe a previsão de um processo que tem como
referências: um ponto de partida, uma situação que é necessário resolver, uma
intenção, uma curiosidade ou um desejo de realizar qualquer coisa que se traduz na
decisão de desencadear um processo. Esta intenção de mudança ou realização
corresponde ao “porquê” do projeto, à sua razão de existir”
in “ Qualidade e Projeto na Educação Pré-Escolar, Outubro de 1998
O presente Projeto Curricular, elaborado no decorrer de todo o ano letivo, tem como
linhas orientadoras, as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, a Lei
de Bases do Sistema Educativo, a Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar e as linhas
definidas no Projeto Educativo do Agrupamento:
1º - Desenvolver as competências leitoras.
2º - Assegurar a igualdade de oportunidades à nossa comunidade.
3º -Transformar o nosso Agrupamento num espaço propiciador do sucesso
educativo para todas as crianças, jovens e adultos.
4º - Promover os afetos, a solidariedade, o trabalho e a disciplina.
5º -Educar para a saúde/sexualidade desenvolvendo competências que
permitam escolhas informadas e seguras.
6º -Potenciar formas organizadas de cooperação entre os docentes, que
facilitem a articulação curricular.
7º - Envolver a comunidade escolar através da qualificação diversificada.
8º - Envolver as famílias na vida escolar.
Considera ainda as filosofias, as opções e as intencionalidades educativas com que a
docente se identifica, assentando numa metodologia própria, sustentando-se no
construtivismo e na teoria de Vigotsky.
Pretende contribuir para o desenvolvimento global da cada criança, concorrer para a
igualdade de oportunidades, combater a iliteracia, fomentar o gosto pelos livros,
ajudar a formar futuros jovens leitores e envolver cada vez mais as famílias no
processo educativo dos filhos, tornando-os aliados e parceiros da escola.
A escolha do tema - «Os animais e tudo o mais» - teve como fundamento o facto de
ser um tema abrangente, do interesse das crianças e permitir o cruzamento das
filosofias da Agenda 21, do projeto aLer+, linhas estruturantes do Projeto Educativo
do Agrupamento.
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PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
A prática pedagógica desenvolvida durante o presente ano vai enraizar-se nos
princípios do Sistema de Acompanhamento de Crianças, segundo uma perspetiva
Experiencial - modelo baseado na linha de pensamento de Ferre Leavers, seguido e
adaptado pela equipa de Gabriela Portugal da Universidade de Aveiro.
«Trata-se de investir no desenvolvimento do cidadão emancipado: alguém autentico
na interação que estabelece com o Mundo, emocionalmente saudável, evidenciando
vitalidade, com uma atitude fortemente exploratória, aberta ao mundo externo e
interno, com um sentido de pertença e de ligação, e uma forte motivação para
contribuir para a qualidade de vida e o universal processo de criação, respeitando o
Homem e a Natureza.
Este processo de ligação e de desenvolvimento de uma orientação positiva
relativamente a si próprio, aos outros, à comunidade e natureza é o que confere
sentido e valor à educação, estando na base de uma orientação pro-social e
construtiva do mundo»
Gabriela Portugal in «Avaliação em Educação Pré-escolar», nov. 2010, pag. 15
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PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO E DA EQUIPA EDUCATIVA
O Jardim-de-Infância fica situado na Cidade do Porto, na
Freguesia de Ramalde, numa zona densamente povoada, com
predominância de bairros camarários e muito industrializada.
A população é diversificada e apresenta fortes contrastes sociais.
No entanto predominam as famílias pertencentes à classe média -
trabalhadora, e a famílias mais desfavorecidas, com poucos recursos económicos. Nos
últimos anos temos vinda a ter crianças de outras etnias, nomeadamente etnia
cigana.
O edifício é um pré-fabricado com 32 anos de existência que foi implantado na
Freguesia de Ramalde, no Porto, num Projeto da Câmara Municipal do Porto do ano
de 1978, que visava abranger as populações trabalhadoras, desfavorecidas
socialmente, dando apoio na educação dos seus filhos.
É frequentado por oitenta e cinco crianças, entre os três e os seis anos de idade, que
se distribuem por quatro grupos heterogéneos.
Composto por quatro salas de atividade, um gabinete de trabalho pedagógico, um
gabinete de atendimento ao Pais, por uma sala polivalente, um refeitório, uma
cozinha, uma copa e uma lavandaria, o JI está localizado num terreno com um vasto
recinto exterior, com zona cimentada, muito
terreno relvado onde para alem de bonitas
árvores que proporcionam bastante sombra,
dinamizamos uma horta pedagógica. Há ainda
um pequeno equipamento (composto por
escorregão e cordas) que permite a exploração
e desenvolvimento de competências motoras.
O JI funciona das 8h30 até às 18h00, sendo o horário letivo das 9h00 às 12h00 e das
13h30 às 15h30. No restante horário funciona a Componente de Apoio à Família (CAF)
onde as crianças estão sob a vigilância das Auxiliares e desenvolvem atividades
previamente planificadas e constantes do Plano da Componente de Apoio à Família. È
da responsabilidade da Junta de Freguesia este tempo de permanência das crianças
de acordo com a legislação em vigor (Despacho nº 14460/2008 de 26 de Maio de
2008) bem como a manutenção dos espaços físicos (interiores e exteriores) e o
serviço de refeições. As educadoras de Infância fazem, rotativamente, a supervisão
deste tempo não letivo.
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Em todas as salas há uma equipa formada por uma Educadora e por um Auxiliar de
Educação. No Jardim-de-infância Vasco da Gama há quatro Educadoras, uma
Assistente Técnica, três Auxiliares de Educação, duas Assistentes Operacionais e duas
Cozinheiras. Esta equipa trabalha em conjunto há vários anos, e alguns elementos já
completaram 32 anos ao serviço desta comunidade.
Atualmente frequentam o JI Vasco da Gama duas crianças com N.E.E. Esta realidade
que se tem vindo a repetir ao lingo de diversos anos (desde o ano letivo de
1989/1990) permite a integração destas crianças nos grupo constituindo uma mais-
valia para todos e são apoiados por técnicos especializados da Educação Especial e da
APPACDM do Porto.
Somos também visitadas semanalmente por um Médico Pediatra que colabora com as
educadoras na resolução, despiste e encaminhamento de situações anormais para os
centros de saúde ou para os hospitais.
A EQUIPA EDUCATIVA DA SALA
«O Trabalho em equipa torna-se fundamental para refletir sobre a melhor forma de
organizar o tempo e os recursos humanos, no sentido de uma ação articulada e
concertada que responda às necessidades das e crianças e dos pais.»
(Orientações Curriculares, 1997)
Concretamente na sala, a equipa educativa é formada pela educadora e pela auxiliar
de educação. Esta última concluiu durante o ano letivo anterior o mestrado em
Educação de Infância na ESE de Bragança depois de ter completado a licenciatura em
educação básica, na ESE do Porto.
São duas profissionais que trabalham em conjunto desde longa data, e por isso
constituem uma verdadeira equipa. Ambas acreditam nos mesmos valores e
fundamentos, tem a mesma perspetiva da aprendizagem e desenvolvimento das
crianças em contexto de educação de infância. Desse facto resulta uma boa
articulação facilitadora do sucesso de todo o processo educativo.
CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO DE CRIANÇA
O grupo é formado por dezanove crianças: catorze de 3 anos e cinco de 4 anos.
No grupo está inserida uma criança do sexo feminino com Necessidades Educativas
Especiais, por sofrer de epilepsia refratária ainda não controlada (Síndrome de
West). Considera-se que a inclusão de crianças com N.E.E. em contexto de Jardim-
de-infância, constitui uma mais-valia para todo o grupo que vê assim reforçada a
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oportunidade em desenvolver competências de solidariedade, de interajuda e de
cooperação.
Doze crianças são do sexo masculino e sete são do sexo feminino facto que imprime
caraterísticas muito próprias ao grupo; são crianças mais enérgicas, mais
conflituosas, turbulentas, com uma maior necessidade de espaço, com dificuldade
nas interações ao nível de pares. Gostam particularmente de brincar na casinha, na
área das construções, na garagem e pista dos carros, de jogar à bola. Revelam um
maior interesse em atividade de grande motricidade.
Todas as crianças frequentam o JI pela primeira vez; contudo há seis crianças que
vieram de creches, três crianças de amas e sete que nunca frequentaram nenhum
espaço educativo, tendo permanecido à guarda dos avós.
Dezoito crianças usufruem do almoço; há apenas uma que almoça em casa e não
frequenta o período da tarde.
A Componente de Apoio à Família é frequentada por dez crianças que usufruem do
período da manhã e do fim da tarde.
A construção dos Quadros abaixo apresentados baseia-se nos dados recolhidos nas
Fichas de Identificação preenchidas pelos Encarregados de Educação.
COMPOSIÇÃO DO GRUPO/ TURMA
Nº Turma Nome da criança Data Nasc Idade Nº Vezes
1 Afonso Soares Maia 20/11/2007 4 1ª
2 Alexandre Rafael Macedo de Sousa 15/07/2008 3 1ª
3 Beatriz Teixeira da Costa Feiteira 31/12/2008 3 1ª
4 Carolina da Costa Barbosa (NEE) 02/03/2008 3 1ª
5 Fabiano Rodrigo Silva Madureira 18/09/2008 3 1ª
6 Filipe Ladeira Rodrigues 02/04/2008 3 1ª
7 Gonçalo Manuel Conceição Pereira 13/12/2007 4 1ª
8 Jéssica Ribeiro Ramos 30/10/2008 3 1ª
9 Lourenço de Sousa Figueiredo 14/06/2007 4 1ª
10 Luana Mara Santos Guedes1 16/09/2008 3 1ª
11 Martim Alexandre Silva Ribeiro 09/06/2008 4 1ª
12 Matilde Antunes Constâncio 22/07/2008 3 1ª
1 Frequentou apenas 3 dias
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13 Matilde de Araújo Couto Tavares Ferreira 20/06/2008 3 1ª
14 Matilde Filipa Sousa Oliveira 15/10/2008 3 1ª
15 Nuno Filipe da Silva Prazeres 13/10/2008 3 1ª
16 Paulo Jorge Nunes da Almeida 12/12/2008 3 1ª
17 Pedro Miguel Barros Valente 10/08/2008 3 1ª
18 Ruben Miguel Santos da Silva 17/03/2008 3 1ª
19 Salvador Andrade Ribeiro 19/07/2008 3 1ª
20 Sofia Gomes Freitas 22/06/2007 4 1ª
CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO O SEXO
TOTAL Nº CRIANÇAS FEMININO MASCULINO
19
7
12
CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO A IDADE DAS CRIANÇAS
TOTAL Nº CRIANÇAS 3 ANOS 4 ANOS
19
14
5
CARATERIZAÇÃO DO GRUPO SEGUNDO A FREQUENCIA NO ANO ANTERIOR
TOTAL Nº CRIANÇAS AMA CRECHE CASA/ AVÓS SEM DADOS
19
3
6
7
3
Nº DE CRIANÇAS QUE FREQUENTAM O PROLONGAMENTO E O ALMOÇO
TOTAL Nº CRIANÇAS COMPONENTE APOIO À FAMÍLIA ALMOÇO
19
10
18
NÍVEL FAMILIAR
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CARATERIZAÇÃO DAS FAMILIAS
TOTAL Nº CRIANÇAS FAMILIA
MONOPARENTAL NUCLEAR ALARGADA
19
4
11
4
NÚMERO DE IRMÃOS
NOME DA CRIANÇA
Nº DE IRMÃOS
SEXO
IDADE
Afonso Soares Maia 1 F 13A
Alexandre Rafael Macedo de Sousa 0 - -
Beatriz Teixeira da Costa Feiteira 1 M 9A
Carolina da Costa Barbosa 1 F 12A
Fabiano Rodrigo Silva Madureira 0 - -
Filipe Ladeira Rodrigues 2 F 8M
Gonçalo Manuel Conceição Pereira 1 F 10A
Jéssica Ribeiro Ramos 0 - -
Lourenço de Sousa Figueiredo 1 F 8A
Martim Alexandre Silva Ribeiro 1 F 19M
Matilde Antunes Constâncio 0 - -
Matilde de Araújo Tavares Ferreira 0 - -
Matilde Filipa Sousa Oliveira 1 F 14A
Nuno Filipe da Silva Prazeres 1 F 14A
Paulo Jorge Nunes da Almeida 0 - -
Pedro Miguel Barros Valente 1 F 8A
Ruben Miguel Santos da Silva 1 F
Salvador Andrade Ribeiro 0 - -
Sofia Gomes Freitas 1
IDADE DOS PROGENITORES
IDADE 20-30 31- 40 41-50 NÃO RESPONDEM
PAI
4
7
2
5
MÃE
6
8
2
1
Depois da análise dos dados contidos nas tabelas acima representadas pode concluir-
se que as famílias das crianças são maioritariamente nucleares (onze); há quatro
casos de famílias monoparentais por motivo de divórcio/separação dos pais e quatro
casos de famílias alargadas vivendo com os avós e tios.
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Na sua maioria (mais de 50%) não são filhos únicos mas sim segundos filhos, com
irmãos mais velhos. No entanto sete crianças são filhas únicas. Há ainda um caso que
tem duas irmãs gémeas mais novas.
A maioria dos pais tem idades compreendidas entre os trinta e os quarenta anos.
NIVEL SOCIO-ECONOMICO
SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS PAIS
PROFISSÃO DA MAE
EMPREGADA DESEMPREGADA NÃO RESPONDEM
Técnica de contas a pagar 1
Gestora 1
Assistente de consultório 1
Empregada Domestica 1
Auditora 1
Empregada de balcão 3
Administrativa 1
Empregada de hotelaria 1
Gestora de Qualidade 1
Merchandiser 1
Cabeleireira 1
Empregada de limpeza 2
Sem profissão 2
Não respondem 2
PROFISSÃO DO PAI
EMPREGADO DESEMPREGADO NÃO RESPONDEM
Trabalho por conta própria 1
Motorista 1
Informático 1
Psicólogo 1
Engenheiro Químico 1
Vigilante 1
Técnico de alarmes 1
Gerente/ pasteleiro 1
Empregado de hotelaria 1
Responsável comercial 1
Sem profissão 3
Não respondem 8
ESCALÕES DO SASE
ESCALÃO A
ESCALÃO B OUTROS
2
4
13
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Depois de uma análise feita aos dados sobre a situação económica das famílias
podemos concluir que maioritariamente são famílias economicamente estáveis (só há
dois casos de mães e três de pais desempregados). Há uma situação em que ambos os
pais recebem Rendimento Social de Inclusão (RSI).
Na sua maioria são famílias com um nível socioeconómico medio ou medio/baixo.
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DA MÃE
4ºANO 6ºANO 9ºANO 12ºANO LICENCIATURA MESTRADO NÃO RESPONDEM
2
3
2
4
3
0
5
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PAI
4ºANO 6ºANO 9ºANO 12ºANO LICENCIATURA MESTRADO NÃO RESPONDEM
1
2
4
1
2
1
8
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS Nº DE PAIS
Ensino Superior 6
Ensino Secundário 5
3º Ciclo 6
2º Ciclo 5
1º Ciclo 3
Sem dados 13
Total 38
Podemos também verificar (pela leitura dos quadros acima apresentados) que a
formação académica dos progenitores corresponde a um grau de escolaridade medio/
baixo só havendo seis casos de formação universitária e seis de nível secundário.
Há a salientar a existência de dois pais com formação ao nível de 1º ciclo.
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IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS/ INTERESSES/ NECESSIDADES
O grupo é composto maioritariamente por crianças de 3 anos, que se encontram
numa fase de conquista da autonomia, com acentuadas características egocêntricas,
com uma visão individualista da partilha dos materiais, dificuldades na aceitação do
outro, na resolução dos conflitos. Estão ainda muito centradas em si mesmas,
revelam dificuldade em ceder o que é deles, não conseguem diferenciar entre o
mundo dos outros e elas próprias.
Esta idade caracteriza-se, essencialmente pelo aparecimento da função simbólica,
sob diferentes formas: linguagem, jogo simbólico, imitação diferida, e imagem
mental.
No jogo simbólico as crianças brincam e imitam acontecimentos ou pessoas que
tenham impacto na sua vivência diária, sendo comum assumirem determinados
papéis, como acontece, especialmente na área da casinha e no canto dos fantoches.
Nestes espaços, as crianças inventam conversas ou reproduzem-nas, utilizam as
bonecas como se fossem seus filhos, mudam a fralda, vestem roupas, dão-lhes
comida, falam como elas; recriam histórias à semelhança das suas vivências. Muitas
das ações no jogo simbólico têm por base os desejos da própria criança. O mundo vai
tornando-se mais organizado, começam a colocar questões e a estabelecer a relação
de causa e efeito.
As noções temporais não estão definidas, para as crianças e tudo ainda muito
confuso. Vivem o presente, o aqui, o agora, lembrando-se vagamente do passado e o
futuro é especulado, mas ao qual não dão grande importância, a não ser que seja
algo de muito significativo, como é o caso, por exemplo do Natal, ou do seu
aniversário.
O desenho surge essencialmente como intermediário entre o jogo simbólico e a
imagem mental. Esta imagem mental surge como uma imitação interiorizada. As
crianças começam a atribuir intencionalidade ao que estão a desenhar, apesar de os
traços desenhados não corresponderem ao objeto real (realismo falhado) e de não
serem percetíveis ao adulto.
O desenvolvimento das capacidades motoras da criança permite-lhe conhecer e
utilizar o seu corpo com maior segurança e domínio.
O desenvolvimento da linguagem começa a ter cada vez mais relação com o meio
ambiente - da qualidade e quantidade de estímulos, que o meio ambiente pode
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proporcionar, depende o desenvolvimento destas competências. A linguagem passa
de simples a mais elaborada, a criança começa a conseguir relatar factos mesmo que
não sejam vivências suas. Há um grande progresso na sua capacidade linguística,
apesar de ainda permanecerem algumas dificuldades articulatórias e de ainda haver
falhas gramaticais. Os centros de interesse vão divergindo dos temas relacionados
com o meio familiar.
Por outro lado, as crianças aos 4 anos manifestam mais interesse por tudo o que as
rodeia e desejo em descobrir situações novas, gostam de colocar questões sobre o
que observam no sentido de obter respostas. Revelam uma maior disposição para
aprender. São mais criativas recriando a realidade.
Estabelecem laços de amizade cada vez mais fortes e começam a escolher os seus
amigos preferidos. São mais atentas ao outro começando a descobrir e a entender os
sentimentos dos outros.
Permanecem mais tempo nas tarefas que executam, evidenciam maior empenho e
maior capacidade de concentração.
Demonstram um maior domínio no jogo simbólico e gostam de assumir papéis que
combinam entre eles. Adoram disfarçar-se.
Conversam incessantemente mesmo que ninguém os ouça. A sua linguagem é cada
vez mais rica, rigorosa, clara e detalhada. Gostam de criar histórias misturando
ficção com realidade. Adoram disparates e começam a ter sentido de humor.
No desenho gostam que estes se pareçam com a realidade; ensaiam vários esboços
até encontrarem a forma que mais lhes agrada; os pormenores aumentam e
atribuem, sempre, significado ao que fazem; conseguem respeitar os limites da folha
e a organizar-se dentro dela. Gostam de desafios. Possuem uma maior e melhor
coordenação motora. Reconhecem as diferentes partes do corpo.
Começam a interiorizar a noção temporal distinguindo passado (ontem) e presente
(hoje) e futuro (amanhã).
O processo de adaptação destas crianças foi conseguido de uma forma fácil e
tranquila estando estas atualmente integradas nas rotinas do JI. Há apenas um caso
que ainda chora quando é deixada pela avó e que durante o dia, em diversos
momentos, afirma a sua tristeza porque a avo se foi embora.
No subgrupo das crianças de 4 anos distinguem-se duas crianças que apresentam um
desenvolvimento adequado à idade. Há outras duas crianças evidenciam
competências e desempenho abaixo do esperado.
Depois de ter realizado uma avaliação diagnostica de todas as crianças e de ter
identificado as áreas mais fortes e menos fortes deste grupo concluo:
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Aspetos positivos:
Apesar de ser um grupo maioritariamente de crianças de 3 anos salienta-se, na
grande maioria:
O interesse manifestado na diversidade de atividades;
A capacidade de permanência em trabalho de grande grupo;
A atenção e o tempo de permanência nas tarefas;
Capacidade das crianças de identificar os seus sentimentos e estados de
espírito
Aspetos menos positivos e de preocupação:
A existência de alguns casos de crianças (cinco) que evidenciam mal-estar,
instabilidade, pouca autonomia e um atraso global de desenvolvimento que se traduz
na falta de competências básicas expectáveis para a sua idade.
De uma maneira geral sinto a necessidade de reforçar/consolidar/desenvolver:
A Autonomia;
O bem-estar e a implicação/envolvimento nas atividades;
A organização nas tarefas;
A consecução das tarefas sem a supervisão constante do adulto;
A concentração e atenção;
As vivências sociais (diversificando as visitas de estudo e as saídas ao exterior)
A linguagem (que em muitos casos está empobrecida)
Desempenho ao nível da coordenação motora fina e ao nível da representação
gráfica.
ÁREAS A REFORÇAR/ ACTIVIDADES A DESENVOLVER
Tendo em consideração as caraterísticas destas crianças, as dificuldades e os
problemas diagnosticados e depois de uma reflexão, foram definidas as áreas, os
objetivos e as competências a reforçar, durante o presente ano letivo:
Como não podia deixar de ser, considerando que o desenvolvimento se realiza de
uma forma integral, todas as áreas de conteúdo vão ser trabalhadas, mas haverá sim,
uma maior atenção e cuidado no que respeita às seguintes:
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Formação Pessoal e Social - por ser uma área transversal, integradora e
estruturante de todo o processo educativo e do desenvolvimento global de
cada criança como um ser único, autónomo, livre e solidário.
Linguagem oral e abordagem à escrita - por ser uma das preocupações
contidas no PEA, combater a iliteracia e fomentar as competências
leitoras
Área da Formação Pessoal e Social, promovendo situações de desenvolvimento
emocional, cognitivo e relacional, de interiorização de conceitos de cidadania e de
democracia, de desenvolvimento da autonomia, de desenvolvimento da identidade e
do sentido de pertença ao grupo.
Competências/ atitudes a fomentar:
Autoestima positiva
Capacidade de iniciativa
Auto-organização na tarefa
Persistência na tarefa
Curiosidade e desejo de aprender
Sentimento de pertença
Ligação aos outros e ao mundo
Atividades a desenvolver:
Implementação de rotinas diárias; diálogos e conversas em individuais, em pequeno e
em grande grupo; preenchimento dos Quadros de presenças, Quadro do tempo,
Quadro da data; planificação conjunta de atividades e estratégias; resolução
situações do dia-a-dia; tomada de decisões.
Área da Expressão Oral e da Linguagem, considerando que muitas das
crianças apresentam um vocabulário empobrecido, um discurso simplista, e
deficiência na articulação de muitos fonemas.
Competências/ atitudes a fomentar:
Ser capaz de:
Usar a linguagem como meio de comunicação; focalizar a atenção
no diálogo, compreender o sentido das palavras e das ideias,
comunicar com confiança através de um vocabulário adequado,
correto e rico.
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
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Atividades a desenvolver:
Criar situações diárias que conduzam as crianças à expressão dos seus sentimentos e
emoções, a descrever e relatar situações vividas em casa ou na rua, a comunicar
ideias e pontos de vista, a recontar histórias usando os livros ou imagens, recorrendo
a diversas técnicas (fantoches, flanelografo, através de pps), a ordenar imagens
segundo uma sequência e ainda através da observação de livros informativos de
visitas a bibliotecas e de idas ao teatro.
Área da Matemática, promover situações diárias de contagens que visam a
construção do sentido de número, a correspondência termo a termo e o
conceito de cardinalidade, através da manipulação de materiais colocados a
disposição das crianças e ainda através de situações recriadas para esse efeito que
fomentem as interiorização de noções espaço temporais, noções topológicas e de
classificação de objetos.
Competências/ atitudes a fomentar:
Ser capaz de:
Organizar sequencialmente alguns objetos, classificar objetos
de acordo com determinados atributos, contar e reconhecer a
representação da quantidade associando-a ao algarismos,
estabelecer a correspondência entre a quantidade e o
algarismo representativo, seguir um raciocínio logico dedutivo,
reconhecer e identificar as formas geométricas, descrever e
localizar os objetos - noções topológicas, reconhecer o
dia/noite, a sequência dos dias.
Atividades a desenvolver:
Rotinas diárias de preenchimento de diversas tabelas de registo – Quadro das
presenças, Quadro do tempo, Quadro dos leites; jogos de seriação e ordenação, de
classificação, de formação de conjuntos, com as formas geométricas, contagens
diversas, jogos que desenvolvam estabelecimento de relações, jogos de
correspondência, de semelhança e diferença, experiências de pesagem e medição;
modelagem com diversos tipos de pastas; construções com diversos materiais.
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Área da Expressão Plástica, recorrendo à introdução gradual de diversas
técnicas de plástica, reforçando o uso do desenho como meio de exteriorização de
sentimentos, emoções e do pensamento, como forma de representação e “escrita”,
promovendo experiências de exploração e descoberta dos diversos materiais
colocados á sua disposição.
Competências/ atitudes a fomentar:
Ser capaz de:
Utilizar corretamente os lápis, pinceis, tesoura; usar livremente
técnicas de recorte, rasgagem, desenho, pintura, colagem e
modelagem
Recriar, executar e apreciar.
Atividades a desenvolver:
Atividades livres de exploração dos materiais, desenho livre, desenho orientado,
registos diversos, rasgagem, recorte, colagem, digitinta, modelagem com diversos
materiais, pintura com tinta e com lápis de cor, de cera e marcadores.
Área da Expressão Motora, desenvolver as capacidades motoras de locomoção –
saltar, correr, saltar com um pé, rastejar, rebolar, subir e descer escadas - de
controlo de movimentos, favorecer a interiorização do esquema corporal; promover
situações de relaxamento e descontração.
Competências/ atitudes a fomentar:
Ser capaz de:
Identificar e localizar em si e no outro as diferentes partes do
corpo; movimentar-se com agilidade e segurança usando as suas
capacidades motoras, reconhecer as noções topológicas e
identificar e definir a sua lateralidade
Atividades a desenvolver:
No dia-a-dia ou em momentos predefinidos com atividades programadas para esse
efeito, no recreio em situações de livre expressão ou em momentos criados
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Área do Conhecimento do Mundo, no dia-a-dia, favorecer a curiosidade, o
espírito de iniciativa, a vontade de saber mais, sensibilizar para o respeito pela
natureza, e desenvolver situações facilitadoras de saberes sociais e saberes sobre o
Mundo
Competências/ atitudes a fomentar:
Ser capaz de:
Respeitar o meio ambiente; reconhecer o estado do tempo
atmosférico; identificar as estações do Ano; reconhecer animais
domésticos, salvagens identificando os seus habitats, hábitos
alimentares, assumir um atitude exploratória manifestando desejo,
curiosidade e vontade de saber mais.
Atividades a desenvolver
Desafios lançados através de conversas em pequeno grupo e em grande grupo,
recriando situações de reflexão sobre as atitudes corretas perante os outros,
nomeadamente os animais, o meio ambiente; situações que fomentem o
levantamento de hipóteses, a previsão de soluções; observação de livros que versem
esta temática; exploração de temas e desenvolvimento de projetos.
Novas tecnologias de informação no dia-a-dia, promover o uso destas
ferramentas através da realização de jogos de computador, de forma a familiarizar
as crianças com o manuseamento do rato, introduzir gradualmente outros
instrumentos nomeadamente o teclado, os DVDs e CDs assim como a presentação de
pps e de pesquisas na net.
Competências/ atitudes a fomentar:
Ser capaz de:
Manipular o rato; explorar livremente os jogos; usar o programa de
desenho (paint)
FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES E ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
«Uma educação inclusiva é aquela em que o educador cria um contexto educativo
onde cada criança encontra a estimulação de que necessita para progredir, não
perdendo de vista nenhuma criança e respondendo bem a todas elas»
Gabriela Portugal in Avaliação em Educação Pré-escolar, nov. 2010.
A metodologia que vai ser adotada apoia-se no princípio de que todo o currículo se
deve centrar nos interesses e necessidades das crianças e na aceitação do direito á
igualdade de oportunidades fundamentais numa educação inclusiva.
Partindo de uma perspetiva integradora e transversal dos saberes, confia-se nas
capacidades das crianças, assenta-se a ação na co construção das aprendizagens
entre crianças e adultos num “processo conflitual que leva a novos saberes”. (Zona
de Desenvolvimento Próximo).
Este projeto, elaborado com base no levantamento da problemática, assenta na
avaliação diagnóstica das crianças, sustenta-se na definição das metas definidas no
PEA.É construído e serve de andaime a todo o processo educativo, à planificação,
adequação e execução das práticas educativas.
No entanto exige-se uma estruturação aberta, flexível e dinâmica da planificação,
por parte todos os intervenientes neste processo educativo.
«O currículo é uma grande estrada por onde as crianças viajam, sob a orientação de
um guia e companheiro experimentado, o educador. O efeito que a viagem terá
sobre cada um dos viajantes será diferente, de acordo com as características, as
intenções e formas de ser individuais e também de acordo com os contornos da
estrada.”
Teresa Vasconcelos in “Cadernos de Educação de Infância”
Seguindo uma perspetiva construtivista do desenvolvimento, “na qual a
aprendizagem é entendida como um processo de construção pessoal e social do
conhecimento adequando toda a prática à realidade de desenvolvimento” o
educador lança desafios para que as crianças ponham em questão os esquemas de
conhecimento, forçando-as a progredir no seu desenvolvimento.
Toda a ação pedagógica vai dirigir-se para aquilo que as crianças não conhecem, não
dominam, quer dizer “ o ensino deve ser constantemente exigente com os alunos,
pondo-os perante situações que os obriguem a implicar-se num esforço de
compreensão da atuação” (Javier Onrubia).
A conceção inicial deste projeto vai sendo transformada e enriquecida pela
participação conjunta de todos os protagonistas (crianças e adultos) transformando-
se num instrumento de inovação, definindo os objetivos, os conteúdos, as atividades
e a avaliação dos processos e dos resultados.
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
«É finalidade da educação pré-escolar organizar um conjunto de experiencias a
partir das quais as crianças aprendem e desenvolvem competências pessoais e
sociais. Este conjunto de experiências constitui o currículo, englobando princípios
essenciais, valore, processos e praticas que formam a base de tudo o que sucede
num determinado contexto educativo.
PAPEL DO EDUCADOR
O educador é o construtor e gestor do currículo. Está pessoalmente implicado em
todo o processo. Atento e disponível a tudo o que se passa, agarra sugestões, escuta
opiniões, mantém o diálogo, participa na elaboração do projeto. Alimenta a sua
construção, envolvendo todas as crianças, promovendo as interações, a exploração e
a aprendizagem.
Partindo do conhecimento de cada criança e do grupo em geral, configura uma
estrutura lógica e sequencial dos conteúdos, tendo em vista a interiorização e
assimilação de novas aprendizagens e o desenvolvimento global das crianças.
Favorece as aprendizagens, parte da motivação intrínseca, promove o
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, sensibiliza para a Educação para os
Valores, cria um espírito crítico e interventivo, desenvolve o espírito de interajuda e
de trabalho cooperativo, promove uma atitude reflexiva. Transforma-se num
elemento do grupo, mais experimentado, que planeia em interação com as crianças,
organiza, e avalia cada degrau do projeto estabelecido em grupo.
É também responsável pela organização de todo o ambiente educativo, pela relação
afetiva que estabelece, pela implementação de atividades verdadeiramente
desafiadoras e pela promoção do desenvolvimento global de todas as crianças
enquanto seres únicos, contribuindo para uma verdadeira igualdade de
oportunidades.
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO
“O espaço, na educação constitui-se como uma estrutura de oportunidades. É uma
condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de crescimento pessoal e
o desenvolvimento das atividades instrutivas. (…) Isto leva-nos a uma consideração
bidimensional do espaço escolar: como contexto de aprendizagem e crescimento
pessoal, por um lado e, por outro, como contexto de significados”
Miguel Zabalza, 1992.
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PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Conscientes da importância da qualidade das interações que se estabelecem entre
todos os elementos do contexto educativo e que são determinantes da qualidade do
trabalho e do ambiente educativo, procuramos incluir todos os agentes neste
processo (educadoras, auxiliares; pais).
É fundamental que, no JI, haja um trabalho em equipa em que estejam envolvidos
todos os adultos, para que sejam adotadas as mesmas atitudes e formas de agir com
as crianças, para que o trabalho desenvolvido seja coerente, organizado e promotor
do desenvolvimento harmonioso das crianças.
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO/ SALA
“A sala é antes de mais nada, e sobretudo na Escola Infantil, um ambiente de vida”.
Miguel Zabalza
A sala é muito pequena e tem varias janelas, facto que, se por um lado dá um
aspeto arejado, luminoso e alegre à sala, por outro dificulta a distribuição e
organização dos espaços. Contudo, conseguiu – se organizar a sala criando-se
diferentes áreas em que são permitidas às crianças atividades de grupo, atividades
individuais, zonas de maior movimento e zonas de maior recato.
Tratando-se de um grupo maioritariamente de crianças de 3 anos, a sala foi
organizada e dividida em diferentes áreas que se entendeu serem de maior interesse,
e agrado das crianças:
Área do faz-de-conta (inclui a Casinha das Bonecas e a zona de fantoches)
Área dos jogos e da matemática
Área das construções e garagem
Área das atividades plásticas (inclui a pintura)
Área do acolhimento
Biblioteca (inclui o computador)
Estas diferentes zonas estão bem delimitadas, não são estanques e são transformadas
ao longo do ano, de acordo com os projetos que vão surgindo, originando novas
áreas, ou apenas modificadas e sempre renovadas. Todas o material das áreas está
etiquetado de forma a facilitar a sua arrumação.
Esta organização do espaço /sala permite:
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Fomentar a cooperação e aprendizagem na interação com os adultos e
sobretudo, entre as crianças, pois estas resolvem problemas, comunicam
entre si, fazem projetos comuns, partilham jogos, atividades e espaços,
Favorecer e fomentar a autonomia e o sentido de responsabilidade ao cuidar
dos materiais, mantendo-os em ordem, limpos e arrumados.
Estimular na criança o sentido de partilha pois tudo é de todos, não só os
materiais existentes como também o espaço.
Área do faz-de-conta (Casinha das Bonecas e a zona de fantoches)
O espaço é amplo e está dividido do resto da sala
por uma grade com
uma porta/cancela.
A Casinha não está
explicitamente
subdividida em
quarto, sala e cozinha mas estas zonas estão definidas.
Os móveis estão etiquetados com o respetivo nome para que as crianças se habituem
à escrita e à leitura.
Há diverso material (pratos, tachos, copos, talheres, tábua de passar e ferro,
bonecas com roupas, roupa de cama, telefone, etc.) para que as crianças possam
desenvolver o jogo simbólico, recriando experiências familiares, assumindo e
experimentando papeis.
Os materiais existentes estão simplificados para que se vá
fazendo uma integração gradual dos diversos materiais,
aumentando a sua complexidade, provocando desafios
cada vez mais estimulantes, renovando os espaços de
brincadeira livre. Na casinha há também um espaço
destinado a servir de mercearia/ lojinha.
Há ainda um espaço
dedicado ao disfarce
onde as crianças se
podem fantasiar de
acordo com os papéis
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que assumir e representar. Uma das divisórias pode ser transformada em cenário/
biombo para a realização de teatro de fantoches.
Área da matemática
O espaço destinado aos jogos desta área é reduzido. Assim encontram-se ao dispor
das crianças diversos jogos e material do dia-a-dia das
crianças que promovem as contagens (tampas de
garrafas, botões em plástico). Há tabelas de dupla
entrada, blocos lógicos, jogos de padrões, sequencias,
associação, encaixes.
Ao longo do ano estes jogos vão sendo substituídos por outros.
Área dos Jogos
Esta área ocupa uma grande parte da sala. È constituída
por um armário onde estão guardados os jogos. Há
também uma mesa grande as crianças podem fazer jogos
de encaixe, puzzles; jogos de associação, lotos; dominós,
pinos, enfiamentos. Ao mesmo tempo alguns jogos
também podem ser feitos na manta do acolhimento. Há
também um quadro magnético.
Área das construções e garagem
As brincadeiras com carros e as construções são uma das
tarefas preferidas por uma grande parte das crianças do
grupo. Neste espaço, para além de diverso material de
construção (blocos de madeira,
legos grandes e pequenos,
pistas de carros e de comboio, material de carpintaria,
material para construir cidades de madeira e de plástico)
há uma garagem que facilita a organização no espaço. No
chão, as crianças podem ainda brincar ao faz-de-conta em cima de um tapete, que se
encontra á sua disposição, que contem a representação de uma cidade (com ruas e
casas).
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Área das atividades plásticas (inclui a Pintura)
Num armário específico para estas atividades, as crianças encontram diverso material
tais como papéis de diversos tamanhos e grossuras, lápis de carvão, lápis de cor e de
lápis de cera, pinceis e cola, revistas velhas, tesouras, plasticina, diverso material
para colagens e contornos. Os trabalhos terminados são colocados num tabuleiro e os
que estão ainda por terminar são guardados num outro. A presença de etiquetas com
a identificação e nome de tudo facilita a organização e arrumo dos materiais assim
como promovem a familiarização com o código escrito.
Numa das paredes há um cavalete de pintura. Esta atividade está diariamente à
disposição das crianças.
Área do acolhimento
Por ser um espaço que privilegia a troca de ideias, a discussão e tomada de decisões,
há um tapete extenso, onde as crianças se sentam em lugares escolhidos e
identificados com a foto de todos. Aqui é feito o acolhimento matinal, são
planificadas as atividades e avaliado o dia. Nas paredes estão os quadros de registo:
Quadro das presenças,
Quadro do tempo
Data
Quadro de registo do nº de presenças e de leites consumidos
Quadro de Avaliação do dia
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Na sala há ainda material de música e de psicomotricidade:
maracas feitas com material reutilizável, pandeireta, pequenos
sacos de areia e pequenas bolas em plástico.
Biblioteca (Computadores)
A Biblioteca fica situada num canto da sala, perto de janelas, num espaço limitado
por dois armários e permite um recolhimento e ambiente próprio de uma biblioteca.
Uma das paredes é forrada a cortiça e numa outra há
um flanelógrafo, que permite inventar histórias
através de personagens e recontar os contos usando
para esse efeito algumas ilustrações das histórias
trabalhadas.
As crianças podem também manipular as imagens de
um ficheiro que vai sendo criado/enriquecido á medida que as temáticas vão sendo
abordadas.
Há uma variedade grande de livros de histórias e livros de carácter enciclopédico/
informativo que estão organizados por cores e temas.
Existe ainda um leitor e vários CD’s de música variada
- infantil, clássica e relaxante.
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No chão, as crianças podem sentar-se em
almofadas.
Ao seu dispor existe também uma mesa com
cadeiras onde está um computador que serve para
trabalho das crianças introduzindo-as no
manuseamento desta ferramenta.
Foram aplicadas as Escalas de Avaliação do Ambiente em Educação de Infância -
ECER’S (Harms, Clifford & Cryer, 1998), edição revista( Set 2008) - como um
instrumento regulador e avaliador do ambiente educativo com vista a uma melhoria
constante e permanente.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
Na organização do tempo teve-se em conta a panificação de momentos
comuns para as rotinas diárias, tempo para trabalho de grupo e para trabalho
individual, considerando sempre o carater flexível e a necessidade de se
adaptação às circunstâncias e situações que vão surgindo no dia-a-dia.
O esquema abaixo apresentado é apenas um guião.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
8h30 – 9h00
9h00 -9h30
9h30 – 10h15
10h15 – 10h45
10h45- 11h15
11h15-11h30
11h30-11h45
Receção das crianças na sala polivalente
Acolhimento na sala; preenchimento dos Quadros das
presenças e do Tempo; Dialogo/ planificação sobre as
atividades a realizar
Atividades de livre escolha
Arrumação da sala
Lanche da manhã
Contagem e registo das crianças presentes e dos leites
consumidos
Tempo de trabalho orientado
Recreio (se o tempo atmosférico permitir uma vez que não
temos um espaço coberto)
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11h45 – 12h45
13h00 – 14h00
14h00 – 15h00
15h00 – 15h30
15h30
Preparação para o almoço – higiene
Saída para o Almoço
Higiene depois do almoço
Atividades de livre escolha
Atividade em grande grupo/ trabalho individualizado/ em
pequeno grupo
Tempo de avaliação do dia e preenchimento do respetivo
Quadro.
Saída para o lanche. (As crianças que não frequentam a CAF
esperam, na sala pela chegada dos pais)
OBJETIVOS
Ao definir os objetivos do Projeto Curricular de Sala, tivemos em conta as
crianças, o grupo e as nossas opções e conceções da educação Pré-Escolar.
Assim, e porque acreditando numa escola de integração e de inclusão, onde se
aceita a diferença, onde todos têm os mesmos direitos, onde se considera a
subjetividade, estipulamos os objetivos gerais, baseados nas Orientações
Curriculares.
OBJETIVOS GERAIS
Atender ao desenvolvimento global de cada criança como um ser único,
autónomo, livre e solidário.
Contribuir para uma igualdade de oportunidade para todas as crianças.
Fomentar o respeito pela individualidade dentro de grupos sociais
multiculturais, baseando-se no respeito pela pluralidade das culturas
Promover o bem-estar e a autoestima.
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Facilitar a participação e organização social tendo em vista uma
vivência democrática e a crescente responsabilização, cooperação e
participação na sociedade.
Perspetivar a educação da sensibilidade e do sentido estético.
Visar a aquisição de espírito crítico, numa perspetiva interventiva de
educação para a cidadania.
Garantir a participação ativa de cada criança no seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem, num ambiente facilitador que
promova o sucesso do processo educativo.
Incentivar a participação das famílias no processo educativo,
interagindo a escola.
Despistar inadaptações e ajudar a resolver conflitos potencialmente
geradores de situações que afetam o desenvolvimento saudável das
crianças
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PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
AREAS DE CONTEUDO
DOMINIO
OBJETIVOS
AREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
AREA DAS
EXPRESSÕES E COMUNICAÇÃO:
MOTORA
DRAMÁTICA
PLÁSTICA
IDENTIDADE/ AUTOESTIMA AUTONOMIA / CAPACIDADE DE INICIATIVA COMPETENCIAS SOCIAIS: - Cooperação - Cidadania - Respeito pela diferença - Solidariedade MOTRICIDADE GROSSA CRIATIVIDADE EDUCAÇÃO DO SENTIDO ESTETICO EXPERIENCIA ARTÍSTICA CRIATIVIDADE
- Contribuir para o bem-estar emocional e
autoconfiança de cada criança.
- Desenvolver a autonomia da criança e do grupo.
- Favorecer o sentido da responsabilidade, de
partilha, de cooperação, de entreajuda e do
trabalho em grupo.
- Promover atitudes e valores que permitam às
crianças tornarem-se cidadãos solidários.
- Promover a vivência democrática – saber opinar,
saber ceder, saber desculpar, saber partilhar e
dar.
- Fomentar atitudes de tolerância, compreensão e
respeito pelo outro.
- Promover a apropriação das noções espaciais
básicas
- Estimular a consciência e domínio do próprio
corpo, em situações de relaxamento
- Promover o jogo simbólico e o faz-de-conta.
- Promover a comunicação verbal e não-verbal.
- Proporcionar a exteriorização das vivências
individuais.
- Proporcionar a exteriorização de situações
vividas
- Desenvolver a motricidade fina
- Promover o contacto com diferentes materiais,
de expressão Plástica.
- Desenvolver a expressão livre e criativa – a
criatividade
- Desenvolver o sentido estético e o gosto pela
arte através dos distintos papéis de executante,
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MUSICAL
LINGUAGEM E
EXPRESSÃO VERBAL E
EMERGENCIA DA
LEITURA E
EMERGENCIA DA
ESCRITA
MATEMÁTICA
EDUCAÇÃO DO SENTIDO ESTETICO EXPERIENCIA ARTÍSTICA CRIATIVIDADE INTERAÇÕES ORAIS CONSCIENCIA FONOLOGICA RECONHECIMENTO DAS PALAVRAS ESCRITA CONVENÇÕES GRAFICAS SENTIDO DO NUMERO GEOMETRIA ORGANIZAÇÃO DE DADOS
criador e apreciador
- Explorar e produzir diferentes sons e ritmos.
- Desenvolver o sentido estético e a sensibilidade
musical
- Fomentar a livre expressão musical
- Desenvolver as competências musicais de cada
criança
- Explorar e identificar sons produzidos pela
Natureza.
- Desenvolver a expressão oral e o gosto pela
comunicação através de diversas formas de
expressão e comunicação;
- Saber escutar, compreender e comunicar;
- Promover a expressão através de vocabulário
variado, com uma articulação correta, de acordo
com a estrutura sintática e as regras de
concordância;
- Adquirir um maior domínio de expressão e
comunicação- narrar acontecimentos, recontar
histórias;
- Desenvolver a emergência das competências pre-
leitoras: consciência fonológica, reconhecimento
da palavra escrita e das convenções gráficas
- Fomentar o gosto pelos livros e pela leitura.
- Proporcionar a familiarização com a palavra e a
funcionalidade da linguagem escrita
- Promover situações diárias de contagens que
visam a construção do sentido de número, a
correspondência termo a termo e o conceito de
cardinalidade
- Fomentar a emergência das operações
matemáticas e do cálculo mental
- Estimular a interiorização de noções topológicas
- Estimular a construção da noção de espaço
- Apoiar e fomentar o espírito crítico e reflexivo
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PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
AREA DO CONHECIMENTO DO
MUNDO
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
COMPREENSÃO DO MUNDO FISICO SOCIAL E CIENCIAS EXPERIMENTAIS
na resolução de problemas.
- Desenvolver o raciocínio lógico – matemático.
- Favorecer a construção da noção de tempo
- Proporcionar situações facilitadoras da aquisição
de saberes sociais e sobre o Mundo.
- Sensibilizar para a Natureza e despertar para o
respeito a ter com ela.
- Favorecer o contacto direto com a Natureza
- Sensibilizar para a Educação Ambiental
- Estimular o pensamento crítico e a necessidade
de pesquisa
- Fomentar a curiosidade e a vontade de saber
mais, fator fundamental para a aprendizagem e
crescimento pessoal
- Abrir novos horizontes na aprendizagem
científica futura; promove conhecimentos nas
áreas da Biologia, Geografia, Química e Física.
- Democratizar o conceito de ciência, tornando-o
acessível a todos.
- Sublinhar a importância na vida quotidiana
- Desenvolver a capacidade de partilha e de
colaboração.
- Fomentar a autonomia e responsabilidade na
utilização do computador: manipula o rato e
explora jogos, etc
PROJETOS TRANSVERSAIS A DESENVOLVER AO LONGO DO ANO
Ao longo de todo o ano letivo vão ser implementados/desenvolvidos projetos
transversais a todo o agrupamento e que fazem parte do Plano estratégico do PEA
TEIPII
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PARTICIPAÇÃO NO PROJETO ALER+
Objetivos Gerais: Desenvolver as competências leitoras e pre-leitoras
Objetivos específicos: Promover o gosto pelos livros;
Fomentar hábitos de leitura;
Envolver as famílias na criação destes hábitos.
Atividades: Comemorações de dias especiais - Semana da leitura; Dia do livro
Desenvolvimento de atividades específicas em contexto de sala, ao longo de
todo o ano;
Implementação do projeto de empréstimo de livros;
Participação no projeto Histórias à Lupa com a BMAG;
Atividades semanais de leitura;
Visita de um contador de histórias
Contactos com escritores ou ilustradores;
Intercâmbio com famílias e outras salas
Visitas a Bibliotecas.
Recursos existentes: Comunidade Educativa; Biblioteca Municipal Almeida Garrett
(BMAG); JFR; biblioteca pessoal da educadora
Calendarização: Ao longo do ano letivo e em dias chave tais como: Projeto Histórias à
Lupa – Maio, Semana da leitura – de 5 a 9 de Março; Dia das Bibliotecas Escolares –
Outubro; Dia Internacional do Livro - Abril; Semana do Livro Infantil; Outros.
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (PASSEZINHO)
Objetivos Gerais: Fomentar a aquisição de atitudes que levam a um desenvolvimento
adequado tendo em vista um estilo de vida saudável
Objetivos específicos: Reflexão sobre a importância de uma alimentação equilibrada,
sobre a aquisição de hábitos de higiene, sobre aquisição de hábitos de vida saudáveis
Justificação da acão – Ir de encontro às preocupações e levantamento de problemas
desta População, numa parceria com o Centro de Saúde
Atividades: Atividades desenvolvidas em contexto de sala ao longo de todo o ano
Projeto “Semana da Alimentação” - Outubro;
Sensibilização aos cuidados de higiene (corporal e oral).
Recursos existentes: Participação no projeto «Passezinho» com o CS; articulação com
alunas finalistas do curso de Enfermagem da UCP
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Calendarização: Ao longo do ano e em momentos chave tais como: Semana da
alimentação; ações de sensibilização
Avaliação: Através de reflexões com as crianças
AGENDA 21
Objetivos Gerais: Implementar atitudes de respeito pela natureza, tendo em vista um
desenvolvimento sustentável.
Objetivos específicos: Envolver as crianças/ a escola/ família no projeto de
reciclagem do lixo
Justificação da ação: Princípios consagrados na Agenda 21 de que o nosso
agrupamento faz parte.
Atividades: Diversas atividades de reutilização de materiais, desenvolvidas ao longo
do ano em contexto de sala;
Criação de pequenos ecopontos reutilizando materiais de desperdício para
fomentar a reciclagem na sala;
Participação das crianças nas Ações desenvolvidas pela Lipor;
Comemoração de Dias Especiais: (Dia Mundial da Água; Dia da Floresta;
Chegada da Primavera; Dia do Ambiente);
Realização de Visitas de estudo;
Criação, na sala, de um Cantinho de exploração do Mundo / Natureza.
Calendarização: Ao longo do ano letivo
Avaliação: Comprovação da alteração dos comportamentos das famílias através de
diálogos com as crianças.
ENVOLVIMENTOS DAS FAMÍLIAS
Objetivos Gerais: Fomentar uma boa articulação com as famílias (Retirado do PEA)
Objetivos específicos: Promover o intercâmbio escola/ família; aumentar a
participação das famílias na escola e na vida escolar dos filhos
Atividades: Realização do blogue «A sala 3 do JI VG -
http://asala3dojivg.blogspot.com/;
Momentos de partilha/reuniões individuais ou coletivas;
Visita de pais à escola para troca das suas experiências profissionais;
Justificação da Ação: Fundamentado nas linhas orientadoras e prioridades educativas
do PEA
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Parceiros a envolver: Associação de Pais; JFR; Agrupamento do Viso; BMAG;
Calendarização: Ao longo de todo o ano letivo
Avaliação: Envolvimento dos encarregados de educação,
Participação nas reuniões;
Contribuição para a elaboração das atividades de intercâmbio.
AVALIAÇÃO
Avaliação das crianças
«A avaliação (só) pode ser concebida e utilizada como um meio de aprendizagem e
não apenas como um exercício de comprovação da aquisição da mesma. Não é o
momento final de um processo e, mesmo que o seja, pode converter-se no início de
um novo processo mais rico e fundamentado.»
Miguel Santos Guerra in” Uma seta no alvo”, Nov.2003
Seguindo as linhas definidas nos documentos emanados do ME 2, “Avaliar o processo e
os efeitos implica tomar consciência da ação para adequar o processo educativo às
necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução. A avaliação realizada com as
crianças é uma atividade educativa, constituindo também uma base de avaliação
para o educador. A sua reflexão, a partir dos efeitos que vai observando, possibilita-
lhe estabelecer a progressão das aprendizagens a desenvolver com cada criança.
Neste sentido, a avaliação é suporte do planeamento.”
É “um processo contínuo e interpretativo que se interessa mais pelos processos do
que pelos resultados e procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem,
de modo a que vá tomando consciência do que já conseguiu e das dificuldades que
vai tendo e como as vai ultrapassando”.
2 Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar; Perfil Específico de Desempenho Profissional do
Educador de Infância; Procedimentos e práticas organizativas e pedagógicas na avaliação na
educação Pré-Escolar; Avaliação na Educação Pré-escolar; Gestão do Currículo na Educação
Pré-escolar.
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Assim, a avaliação é entendida como um instrumento de reflexão e monotorização de
toda a ação educativa, contribui para a reavaliação e adequação das práticas, tendo
em consideração o grupo e cada criança. Constitui um elemento de apoio estratégico
ao desenvolvimento da ação educativa pois permite analisar o percurso efetuado e,
por outro lado, perspetivar o futuro. É um guia útil para uma prática inteligente,
refletida e criativa visando o sucesso educativo.
É desenvolvida em vários momentos de decisão:
Avaliação diagnóstica, que serve para alicerçar a conceção do
currículo, a planificação e a organização do ambiente educativo;
Avaliação da evolução das aprendizagens das crianças realizada nos
finais de período e final de ano que serve para direcionar a
planificação com vista à obtenção das Metas de Aprendizagem.
Avaliação das atividades, do Projeto Curricular e de toda a ação
educativa, no final de cada trimestre, para reajustar as linhas de
orientação e de atuação.
«As boas decisões acerca de quando intervir dependem de se observar de perto as
interações e da avaliação das capacidades individuais das crianças para resolverem
conflitos sem ajuda dos adultos, para afirmarem e defenderem os seus direitos, e
para se envolverem de uma forma satisfatória e construtiva no trabalho e nas
brincadeiras.3»
Avaliação do Ambiente Educativo
Pensar «o espaço para lhe dar uma primeira organização é, usando Dewey, um
exercício que visa intencionalmente fazer do espaço um território feito de muitos
territórios, de jogos, trabalho, sonho, transgressão…4». Assim, cada educador
transforma o espaço da sala num local privilegiado de atuação, de relações e de
intencionalidade educativa onde a sua atualização, mudança, avaliação e
reavaliação, são uma constante. A sua organização não é totalmente fixa. Para que o
ambiente seja realmente promotor de desenvolvimento há necessidade de, também,
se realizar uma avaliação da organização do espaço
3 In «Educação pré-escolar - A construção Social da Moralidade» ; Organização de júlia
Formosinho, pag. 22
4 In «O espaço e o tempo na pedagogia-em-participação» Júlia Oliveira-Formosinho - 2011
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Esta avaliação será feita com base na aplicação das Escalas de Avaliação do
Ambiente em Educação de Infância - ECER’S, (Harms, Clifford & Cryer, 1998) numa
versão revista e adaptada ao contexto português de 2008.
Instrumentos utilizados:
Recorre-se à utilização de diversos instrumentos:
Registo de observação continua,
Dossiers das crianças
Check-list (grelhas de apoio e orientação para o educador)
SAC’s – Sistema de acompanhamento de Crianças (aplicação das
escalas de bem-estar e implicação de Ferre Leavers)
ECER´s- Escalas de avaliação do Ambiente em Educação de Infância
Fichas de avaliação.
Metas de aprendizagem
Materiais diversos construídos pela educadora que promovem
autoavaliação das crianças (reforço da autorregulação das crianças,
quadro das áreas trabalhadas/exploradas, atividades desenvolvidas,
etc.)
«Observa-se para avaliar, avalia-se para decidir, decide-se para agir»
Paulo del Pino Fernandes
INTERAÇÃO ESCOLA / FAMÍLIA
Porque “Uma boa relação entre a escola e a família é, muitas vezes o segredo do
êxito escolar da criança, da sua alegria e segurança afetiva” e “A família e a
instituição de educação pré-escolar são dois contextos sociais que contribuem
para a educação da mesma criança; importa por isso, que haja uma boa relação
entre estes dois sistemas!5”.
Assim pretendo:
Estabelecer uma relação próxima com as famílias através de um dialogo
permanente.
5 In, Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
Fomentar participação dos pais na vida escolar dos filhos, promovendo a vinda
à sala para troca de experiencias e leitura de histórias.
Promover reuniões de pais - individuais ou em grupo - para troca de ideias
sobre os filhos.
Divulgar as atividades desenvolvidas no JI, através destas reuniões e da
atualização do Blogue da sala - http://asala3dojivg.blogspot.com/.
Incentivar a interação família – escola pedindo às crianças para trazerem
materiais de casa, permitindo a participação dos pais nas atividades.
Estabelecer, com os pais, o intercâmbio de materiais do JI facilitando a
aproximação e envolvimento dos pais com os filhos e ao mesmo tempo
desenvolver o sentido de responsabilidade nas crianças pelos materiais que
pertencem a todos.
Implementar o projeto de empréstimo semanal de livros.
Dar a conhecer as avaliações das crianças em vários momentos previamente
calendarizados
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRUPAMENTO VERTICAL DO VISO
PROJETO CURRICULAR DE GRUPO SALA 3 JI VG ANA BARROCA
BIBLIOGRAFIA
«Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar», ME, Departamento
de Educação Básica, Núcleo de Educação Pré-escolar, Setembro de 1997.
«Manual de desenvolvimento Curricular para a educação de infância»,
Texto Editora, Lisboa, Junho de 2004
«A descoberta da escrita», textos de apoio para Educadores de Infância, ME -
DGIDC, 2008
«Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância», textos de apoio para
Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008
«Sentido do número e organização de dados», textos de apoio para
Educadores de Infância, ME - DGIDC, 2008
«Geometria», textos de apoio para Educadores de Infância» ME - DGIDC, 2008
«Despertar para as ciências», atividades dos 3 aos 6, ME - DGIDC, 2009
«As artes no Jardim de Infância», textos de apoio para Educadores de
Infância, ME - DGIDC, 2010
«Avaliação em Educação pré-escolar - Sistema de Acompanhamento das
crianças», Gabriela Portugal e Ferre Laevers, Porto Editora, 2010
«Aprender… Matemática do Jardim de Infância à escola», João Sampaio
Maia, Porto Editora, 2008
«Qualidade e Projeto na Educação Pré-Escolar», ME, Outubro de 1998.
«Uma seta no Alvo – A Avaliação como Aprendizagem», Miguel Santos
Guerra, Edições ASA, Nov.2003.
«Diário de Aula», Miguel Zabalza, Porto Editora, 1994.
«Escalas de avaliação do ambiente em educação de Infância», edição
portuguesa e revista (Harms, Clifford & Cryer, 1998)
«O espaço e o tempo na pedagogia-em-participação» Júlia Oliveira-
Formosinho, Porto Editora, Junho 2011.
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