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Universidade Federal Fluminense
Pólo Universitário de Volta Redonda
Instituto de Ciências Humanas e Sociais de Volta Redonda
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ISABELLA VILELA JUNQUEIRA
VANESSA OLIVEIRA DE CASTRO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO COMPARATIVO
SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO NUMA EMPRESA DE
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NA CIDADE DE VOLTA
REDONDA
Volta Redonda/RJ
2016
ISABELLA VILELA JUNQUEIRA
VANESSA OLIVEIRA DE CASTRO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO COMPARATIVO
SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO NUMA EMPRESA DE
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NA CIDADE DE VOLTA
REDONDA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentada ao Curso de Graduação em
Ciências Contábeis do Instituto de
Ciências Humanas e Sociais da
Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para a obtenção do grau
de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. MSc. Anderson Nunes
Fraga
Volta Redonda/RJ
2016
TERMO DE APROVAÇÃO
ISABELLA VILELA JUNQUEIRA
VANESSA OLIVEIRA DE CASTRO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO COMPARATIVO
SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO NUMA EMPRESA DE
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NA CIDADE DE VOLTA
REDONDA
Monografia aprovada pela Banca Examinadora do Curso de Ciências Contábeis da
Universidade Federal Fluminense – UFF
Volta Redonda, 15 de Março de 2016
BANCA EXAMINADORA
Prof. Anderson Nunes Fraga – Mestre– (UERJ) – Orientador
Prof. Arlindo de Oliveira Freitas– Mestre – (UCAM/ UFRRJ)
Prof. Julio Cândido de Meirelles Junior - Doutor
AGRADECIMENTOS
Agradecemos, primeiramente, a Deus e a nossa família, pelo apoio e companheirismo
de sempre.
Não podemos deixar de citar a Universidade Federal Fluminense pela excelente
oportunidade de nos preparar para o mercado de trabalho, nos auxiliando da melhor forma
possível e nos permitindo realizar nossos sonhos.
Outros seres a quem não podemos deixar de retribuir nosso carinho são os mestres da
UFF, em especial nosso orientador Prof. Anderson Nunes, que em um dos momentos mais
difíceis nos estendeu a mão e nos ajudou a enfrentar os obstáculos.
Por fim, agradecemos a todos nossos amigos e pessoas que nos apoiaram estando
sempre ao nosso lado, torcendo pela nossa vitória.
“Nada é suficientemente bom.
Então vamos fazer o que é certo,
dedicar o melhor de nossos
esforços para atingir o
inatingível, desenvolver ao
máximo os dons que Deus nos
concedeu, e nunca parar de
aprender”
Beethoven
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo produzir um estudo comparativo sobre os regimes de
tributação Simples Nacional e Lucro Presumido de acordo com a legislação vigente no ano de
2016. Busca incentivar a utilização do planejamento tributário para reduzir os débitos fiscais e
para tal utiliza como metodologia de pesquisa, análise bibliográfica e estudo de caso com
questionário aplicado em escritórios de contabilidade, além de demonstrar com estudo
hipotético os resultados alcançados com o planejamento tributário. Apresentam-se noções
introdutórias envolvendo conceitos de direito tributário, bem como os elementos
fundamentais do tributo e o planejamento tributário. Os resultados alcançados corroboram que
ao optar pela melhor forma de tributação, é possível reduzir o pagamento de tributos e que o
planejamento tributário poderá ser instrumento de estratégia competitiva, como uma maneira
da empresa cumprir sua missão, garantir sua sobrevivência e manutenção no mercado frente à
concorrência acirrada.
Palavras-chave: Planejamento Tributário. Contabilidade Tributário. Tributo. Direito
Tributário.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Princípios Tributários .............................................................................................. 24
Tabela 2 - Regimes Tributários ................................................................................................ 36
Tabela 3 – Espécie de Atividades ............................................................................................. 44
Tabela 4- Impostos - Lucro Presumido - Transporte Municipal de Passageiros ...................... 59
Tabela 5- Resumo Geral - Lucro Presumido ........................................................................... 59
Tabela 6 - Cálculo sobre a folha de pagamento........................................................................ 60
Tabela 7 - Demonstração do Resultado do Exercício 2014 - Lucro Presumido....................... 60
Tabela 8 - Impostos - Simples Nacional - Transporte Municipal de Passageiros .................... 61
Tabela 9- Demonstração do Resultado do Exercício 2014 - Simples Nacional ....................... 62
Tabela 10-Comparativo - Simples Nacional x Lucro Presumido ............................................. 62
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 Tema e Problema ................................................................................................................ 12
1.2 Objetivos ............................................................................................................................. 12
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 12
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 12
1.3 Justificativa ......................................................................................................................... 13
1.4 Metodologia de Pesquisa .................................................................................................... 13
1.5 Limitação da Pesquisa ........................................................................................................ 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 16
2.1 Sistema Tributário Nacional (STN) .................................................................................... 16
2.2 Definição de Tributo ........................................................................................................... 17
2.3 Tributos em Espécies .......................................................................................................... 18
2.3.1 Impostos .......................................................................................................................... 19
2.3.2 Taxas ................................................................................................................................ 20
2.3.3 Contribuições de Melhoria .............................................................................................. 21
2.3.4 Empréstimos Compulsórios ............................................................................................. 22
2.3.5 Contribuições Especiais ................................................................................................... 23
2.4 Princípios Tributários ......................................................................................................... 24
2.5 Elementos Fundamentais do Tributo .................................................................................. 25
2.5.1 Obrigações Tributárias ................................................................................................... 25
2.5.2 Elementos fundamentais da obrigação tributária ........................................................... 25
2.5.2.1 Lei ............................................................................................................................... 25
2.5.2.2 Objeto .......................................................................................................................... 26
2.5.2.3 Fato Gerador ................................................................................................................ 26
2.5.2.3.1 Elementos Básicos do Fato Gerador ......................................................................... 26
2.5.2.3.2 Momento da Ocorrência do Fato Gerador ................................................................ 27
2.5.3 Contribuinte ou Responsável .......................................................................................... 27
2.5.4 Base de Cálculo .............................................................................................................. 27
2.5.5 Alíquota .......................................................................................................................... 27
2.5.6 Adicional ........................................................................................................................ 28
3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................................................... 28
3.1 Conceito .............................................................................................................................. 30
3.2 Objetivos do Planejamento Tributário. ............................................................................... 31
3.3 Classificações do Planejamento Tributário ........................................................................ 32
3.4 Tipos de Planejamento Tributário ...................................................................................... 34
4 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO PESSOA JURÍDICA .................................................... 35
4.1 Simples Nacionais .............................................................................................................. 36
4.1.1 Pessoa Jurídica que pode ou não optar ............................................................................ 37
4.1.2 Alíquotas .......................................................................................................................... 39
4.1.3 Limitação de Receitas ...................................................................................................... 40
4.1.4 Exclusões do Simples Nacional ....................................................................................... 40
4.2 Lucro Presumido ................................................................................................................ 42
4.2.1 Pessoa Jurídica que pode optar pelo Lucro Presumido ................................................... 43
4.2.2 IRPJ ................................................................................................................................. 43
4.2.3 CSLL ............................................................................................................................... 45
4.2.4 PIS e COFINS ................................................................................................................. 45
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 46
5.1 Pesquisa de Campo em Escritórios de Contabilidade em Volta Redonda ......................... 46
5.1.1 Análise de Dados ............................................................................................................. 47
5.2 Planejamento Tributário: Comparativo Simples Nacional x Lucro Presumido ................. 56
5.2.1 Apresentação da Empresa ................................................................................................ 57
5.2.2 Demonstrações Contábeis ANO 2014 ............................................................................. 58
5.2.3 Cálculos Regime de Tributação Lucro Presumido .......................................................... 58
5.2.4 Cálculos no Regime de Tributação Simples Nacional .................................................... 61
5.2.5 Comparativo entre Simples Nacional e Lucro Presumido............................................... 62
5.3 Resultados da Pesquisa ....................................................................................................... 63
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 66
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 68
8 ANEXOS .............................................................................................................................. 78
11
1 INTRODUÇÃO
Com o decorrer do tempo e o crescimento do capitalismo, o mercado está cada vez
mais competitivo e empresas estão em busca de vantagens que as coloquem em uma posição
melhor neste mercado. Entre as estratégias adotadas para conseguir destaque frente aos
competidores, o planejamento se destaca, pois, tudo que é bem planejado e estruturado pode
gerar produtos ou serviços com mais qualidade, e principalmente, mais lucrativos.
Planejar está constantemente presente na vida da sociedade, além de ser essencial
que esse cenário seja reproduzido na área empresarial, principalmente quando o mesmo está
relacionado aos gastos tributários.
É nesse intuito que o planejamento tributário encontra-se presente em algumas
organizações. Em um ambiente com uma alta concorrência, o planejamento possibilita
alternativas mais econômicas legais e proporciona procedimentos tributários baseados na
legislação que permite sua continuidade no mercado.
De acordo com o artigo 153 da Lei 6.404/76, que dispõe sobre a sociedade por ações,
“o administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e
diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus
próprios negócios”, ou seja, o artigo prevê uma interpretação que, por parte dos
administradores, é fundamental um planejamento tributário para um bom gestor.
Portanto faz-se necessário que o gestor tenha um bom conhecimento sobre a tributação
existente, e a legislação em vigor no Brasil, tendo como base a Constituição Federal do Brasil,
onde esta define normas gerais de tributação.
Existem duas formas de se reduzir as obrigações tributárias, a primeira é a forma legal,
assunto aqui em pauta, que faz-se valer do planejamento tributário, que pode também ser
chamado de elisão fiscal, ou ainda economia legal. Já a segunda seria a evasão, demonstrada
através de sonegação fiscal.
O planejamento tributário é uma maneira legal que tem o objetivo de reduzir os
tributos de uma entidade, no qual o contribuinte tem a liberdade de organizar sua empresa da
melhor forma possível, sempre visando um menor custo e respeitando as normas e leis,
agindo de forma lícita.
12
De acordocom o IBTE – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, no Brasil,
emmédia, 33% do faturamento empresarialé referente ao pagamento de tributos. Somente o
ônusdo Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro
dasempresaspodecorresponder a 51,51% do lucro liquido apurado. Da somodoscustos e
despesas, mais da metade do valor érepresentadapelostributos.1
Sendo assim, é de extrema importância que todos os contribuintes adotem para sua
empresa a economia legal. Deve-se planejar tributos por questão de permanência e
continuidade no mercado. O gestor que planeja tributos está agindo corretamente, em prol do
que é conveniente para sua sobrevivência2.
1.1 Tema e Problema
O tema a ser abordado fundamenta-se em um estudo sobre planejamento tributário
nasempresas prestadoras de serviços observando os regimes de tributação Simples Nacional e
Lucro Presumido.
Presente em grande parcela dos custos de uma entidade, a carga tributária é um dos
fatores que se destacam no ambiente empresarial.Diante disso, surge a seguinte pergunta:
Qual a importância do planejamento tributário considerando os regimes de
tributação Simples Nacional e Lucro Presumido para empresa prestadora de serviços de
transporte municipal de passageiros?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Abordar como o planejamento tributário pode ser benéfico para as entidades,
ressaltando sua importância e aplicabilidade.
1.2.2 Objetivos Específicos
Considera-se como objetivos específicos do presente estudo:
1 Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27201/000763830.pdf>. Acesso:
05.01.2016. 2 Disponível em <http://wlmcne.blogspot.com.br/2009/08/4-recursos-humanos-e-rotinas.html>. Acesso:
05.01.2016.
13
1) Conceituar e definir noções introdutórias ao Direito Tributário, bem como ao
planejamento tributário;
2) Evidenciar e diferenciar os aspectos legais e gerais dos regimes de tributação
Simples Nacional e Lucro Presumido em uma empresa prestadora de serviço.
3) Demonstrar através de questionários realizados em empresas de contabilidade na
cidade de Volta Redonda, um estudo geral sobre a aplicação prática do planejamento
tributário.
4) Verificar, a partir dos resultados do questionário, qual a forma de tributação mais
benéfica à entidade em um estudo hipotético, ressaltando suas vantagens e desvantagens.
1.3 Justificativa
O planejamento tributário permite que a organização encontre a melhor maneira de
fazer uma redução legal da carga tributária possibilitando assim, uma melhora no fluxo de
caixa da empresa, diminuir o auto de infração da empresa e multas, como também,
proporciona aos gestores a análise de ações ligadas à diversas obrigações acessórias que são
fundamentais para o devido recolhimento dos tributos na entidade, bem como exercer seu
papel perante ao fisco corretamente.
Dessa maneira, o planejamento tributário pode auxiliar na tomada de decisão do gestor
produzindo efeitos benéficos para a gerência dos tributos e ajudar a reduzir os custos.
Sendo assim, o estudo do planejamento tributário nas organizações é fundamental para
adotar medidas que evitem a ocorrência do fato gerador dos tributos, reduzir os valores a
serem recolhidos, ou até mesmo, postergar o pagamento do tributo sem multas de maneira
licita.
Com isso, as entidades devem buscar formas legais de minimizar os débitos fiscais,
que podem ser denominados de planejamento tributário, elisão fiscal, ou ainda economia
legal.
1.4 Metodologia de Pesquisa
A metodologia visa demonstrar os métodos de pesquisa utilizados no desenvolver do
trabalho, bem como dar uma prévia do que foi realizado.
Na concepção de Galliano (1979, p.6), método pode ser compreendido
14
como:“Conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da
verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar determinado fim”.
Há dois métodos que ganham destaque sendo eles o quantitativo, voltado para
números e o qualitativo, no qual basea-se na qualificação de dados coletados na análise do
problema.
Para Strauss e Corbin (1998,p.10,11) a pesquisa qualitativa pode ser entendida como:
“... qualquer tipo de pesquisa que produz descobertas não obtidas por procedimentos
estatísticos ou outros meios de quantificação. Pode se referir à pesquisa sobre a vida
das pessoas, experiênciasvividas, comportamentos, emoções, sentimentos, assim
como funcionamento organizacional, fenômenos culturais e interações entre as
nações (...) e a parte principal da análise é interpretativa”.
Na constituição da monografia, fez-se necessário seguir algumas etapas, dentre elas a
definição do assunto a ser abordado, a delimitação do tema, identificação dos objetivos,
definição dos métodos a serem pesquisados, elaboração do referencial teórico,
desenvolvimento do trabalho abordando temas relevantes e fundamentais, a coleta e análise
dos dados, e por fim os resultados alcançados.
Foram utilizados a pesquisa bibliográfica, descritiva, estudo de caso, com abordagem
qualitativa.
Baseando-se no referencial teórico do estudo, fez-se valer da pesquisa bibliográfica,
que segundo Gil (2010, p.29) é construída baseando-se em documentos anteriormente
publicado objetivando analisar posições de determinado assunto. Sendo assim, o estudo
baseou-se na legislação em vigor, material impresso e eletrônico.
Além disso, foi utilizado a pesquisa descritiva baseando-se em informações
disponíveis do estudo no qual foi descrito fatos de acordo com uma realidade, que de acordo
com Silva & Menezes (2000, p.21):
“a pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de
técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.
Assume, em geral, a forma de levantamento”.
No desenvolver da pesquisa foi elaborado e aplicado um questionário contendo apenas
perguntas objetivas,com a finalidade de atender os principais pontos do estudo ressaltando a
15
importância da realização do planejamento tributário para uma melhor forma de estruturação
tributária de uma organização, e para ratificar os resultados obtidos foi exposto um estudo
hipotético de comparação dos regimes tributários Simples Nacional e Lucro presumido basea-
se em estudo de caso, e pesquisa de levantamento, no qual foi selecionado uma amostra
dentro de um universo para serem utilizados ao desenvolver do estudo de caso, tendo como
abordagem uma pesquisa qualitativa de campo, no qual colaborou para a obtenção de precisos
resultados.
1.5 Limitação da Pesquisa
O decorrer deste estudo limita-se a dois horizontes, um estudo de campo sobre
planejamento tributário na região Sul Fluminense, mais precisamente, em Volta Redonda
realizando uma análise de dados, e um estudo hipotético de uma organizaçãoprestadora de
serviços, dando continuidade ao questionário aplicado, sendo o estudo, baseado no Simples
Nacional e Lucro Presumido e suas respectivas legislações.
As referências utilizadas basearam-se em livros, artigos, monografias, leis, decretos,
medidas provisórias, ementas, bem como questionários para abranger de forma mais
fidedigna um planejamento tributário.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Sistema Tributário Nacional (STN)
O Sistema Tributário Nacional é um aglomerado de regras jurídicas que regulamenta o
exercício do poder impositivo pelos diversos órgãos públicos, aos quais a Constituição
Federal atribui competência tributária. A expressão STN atua para determinar o conjunto de
todos os tributos cobrados no País, sem diferenciar os da competência Federal, Estadual ou
Municipal, bem como, todas as regras jurídicas com relações entre si que ordenam a
arrecadação desses tributos.
Existem dois tipos de STN, rígido e flexível, onde percebe-se que no Brasil é um
sistema rígido, inflexível e definido rigorosamente, sem mudanças constantes.
Salomão, Carrazza e Carvalho (2001, p.23) ressaltam que o Sistema tributário
brasileiro é exclusivamente constitucional, no qual não permitenovidades ou modificações
baseadas em instâncias legislativas inferiores. A partir desse fato defendem que possui-se em
nosso ordenamento jurídico um sistema rígido de competências tributárias.
O Sistema Tributário Nacional é um assunto com grande destaque nos últimos tempos,
principalmente por ser um dos sistemas mais complexos e caros do mundo.
Leis complementares, resoluções do Senado Federal, leis e decretos federais, estaduais
e municipais, constituem o STN, conforme o artigo 2º do Código Tributário Nacional, in
verbis:
“O Sistema tributario nacional e regido pelo disposto na Emenda Constitucional
n.18, de 1o de dezembro de 1965, em leis complementares, em resolucoes do
Senado Federal e, nos limites das respectivas competencias, em leis federais, nas
Constituicoes e em leis estaduais, e em leis municipais”.
O Sistema Tributário Nacional compreende todo o grupo de tributos vigentes no
Brasil, quer no âmbito Federal, Estadual ou Municipal, absorvendo uma gama de
mandamentos jurídicos voltados para a arrecadação do tributo, de modo a proporcionar aos
contribuintes atividades necessárias, como por exemplo, à vida, educação, saúde,
infraestrutura nas organizações, garantindo, assim, o desenvolvimento do país e o bem estar
social. Segundo as palavras de Oliveira (2009, p. 57),
“(…) a existência de um sistema tributário estará sempre vinculada à cobrança de
tributos que fazem parte não só de um conjunto específico, mas, também, que
17
estejam constantemente em consonância entre eles e com as normas que os
regulamentam, limitando o poder do Estado de tributar livremente”.
Sendo assim, o STN consubstancia a estrutura da tributação brasileira, compreendida
como um conjunto de normas e princípios jurídicos que regulamentam a instituição, a
fiscalização, a arrecadação e a limitação do poder de tributar, ou seja, o poder de tributar do
Estado e a limitação dos tributos aos contribuintes.
Na Constituição Federal do Brasil de 1988, está presente o Sistema Tributário
Nacional, destacando-se como uma de suas principais fontes normativas. Aponta-se outras
duas fontes, igualmente presentes: as leis complementares, que tratam integralmente das
disposições gerais dos entes federativos e as leis ordinárias de cada ente federativo, que
podem ser consideradas elementos chave, dispondo sobre questões fundamentais.
A CF/88 apresenta três funções no âmbito tributário: a de competências, indicando o
poder de cada ente criar seus tributos; a das hipóteses de incidência, ou seja, os fatos sob os
quais seriam exercidos os poderes; e, o fornecimento de princípios, que são as normas de
suma importância nesse conjunto de leis.
2.2 Definição de Tributo
Muito além de meio de arrecadação do Estado, com a finalidade de proporcionar o
bem comum de seus cidadãos, possibilitando promoção da saúde, educação e infraestrutura, o
tributo possui utilização extrafiscal, sendo um forte instrumento na posse do Estado para
intervir em situações sociais e econômicas.
Portanto, duas vertentes pairam sobre sua utilidade: arrecadação e extrafiscalidade.
Não obstante, as duas vertentes sobre a utilização do tributo pelo Estado estão
conjuntas, haja vista que caso fosse instituído um tributo para intervir em alguma questão,
consequentemente, resultaria em uma arrecadação de tributos, o que torna presente um “efeito
colateral” que estará sempre em paralelo.
Na prática, não pode-se afirmar que um tributo é apenas concebido com fins
arrecadatórios, pois acabam, por si só, gerando algum efeito nos agentes econômicos. Ou seja,
os tributos não são neutros.
Há diversas definições de tributos trazidas pela doutrina. Na visão de Harada (2004, p.
313): “tributos são prestações pecuniárias compulsórias, que o Estado exige de seus súditos
em virtude do seu poder de imperio”.
18
Luciano da Silva Amaro (2003, p. 25), por sua vez, entende por tributo “toda
prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a
entidades não estatais de fins de interesse público”.
Em seu conceito legal é apresentado no Código Tributário Nacional, artigo 3º e 5º, nos
seguintes termos:
"Art 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda cujo valor nela
se possa exprimir, que não consta sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 5º - A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadacão.”
O tributo tem que ser cobrado mediante a atividade previamente vinculada, isto é, a
cobrança deve provir, primordialmente do ente publico, dessa forma, representados pela
União, o Estado, o Distrito Federal e os Municípios.
2.3 Tributos em Espécies
Apesar do Código Tributário Nacional, em seu artigo 5º, mencionar a existência de
três espécies tributárias – os impostos, taxas e contribuições de melhoria –, a Constituição
Federal faz referência a cinco espécies tributárias, dentre elas as já mencionadas pelo CTN,
presentes no artigo145 da CF, conjuntamente com mais duas espécies tributarias que podem
ser observadas no artigo 149 da CF, que são os empréstimos compulsórios e as contribuições
especiais.
Machado (2004, p. 72) leciona sobre as espécies de tributo, expondo-se da seguinte
forma:
"Temos, portanto, em nosso Sistema Tributário, cinco espécies de tributo, a saber:
os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições sociais e os
empréstimos compulsórios. As contribuições sociais subdividem-se em
contribuições de intervenção do domínio econômico e contribuições do interesse de
categorias profissionais ou econômicas, e contribuições de seguridade social”.
Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal estabeleceu que, independentemente das
diversas doutrinas existentes, o nosso ordenamento jurídico adotou a Teoria Quimpartite ou
Pentapartite, onde é considerado como tributo os impostos, as taxas, as contribuições de
19
melhoria, os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais presentes, todos
disciplinados na Constituição.
2.3.1 Impostos
A definição de imposto está prevista no artigo 16 do CTN, que dispõe ser uma
obrigação decorrente de fato gerador em que não há uma atividade estatal especifica
direcionada ao contribuinte, conforme reproduzido:“Imposto é o tributo cuja obrigação tem
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte”.
Com isso, o artigo exposto faz referência ao imposto sendo um tributo desvinculado
de uma atividade estatal específica conduzida singularmente aos contribuintes, ou seja,
independe de uma contraprestação estatal específica encaminhada ao contribuinte.
O imposto será devido pelo contribuinte a partir do momento em que o mesmo pratica
o fato gerador assinalado em lei, incidindo sobre a manifestação de riqueza do sujeito passivo.
Tendo como esse parâmetro, Borba (2003, p.29) determina que “os impostos, sempre
que possível, têm caráter pessoal e são calculados de acordo com a capacidade econômica do
contribuinte”.
A CF/88 separa previamente entre os quatro entes federativos, sendo eles União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas respectivas competências para a instituição de
impostos.
O artigo 153 da CF estabelece os impostos que competem a União, isto é, os impostos
que incidem sobre condutas ou fatos realizados pelos contribuintes que tenham alguma
relação aos interesses federais. Já no artigo 155 da CF, relata que Estados e o Distrito Federal
também possuem competência para tributar, e por sua vez, os impostos de competência
municipal estão previstos no artigo 156 da CF e, em virtude do artigo 147, também competem
ao Distrito Federal.
Para Machado (2004, p.255) “É indelegável a competência tributária. A pessoa
jurídica à qual tenha a Constituição atribuído competência para instituir certo tributo não pode
transferir essa competencia”.
Sendo assim, cada ente federativo tem sua competência garantida, na qual pode-se
denominar de competência privativa, isto é, cada ente federativo pode instituir apenas os seus
20
impostos previstos no nosso ordenamento jurídico, não podendo se exceder instituindo
impostos que competem a outros entes federativos. Caso institua imposto não previsto em lei,
este é considerado claramente inconstitucional.
Ressalta-se que embora a instituição de impostos seja privativa de cada ente, há dois
impostos, de competência da União, que fogem à essa regra geral. Tais impostos estão
previstos no artigo 154, inciso I e II, da Constituição Federal, e são denominados de impostos
residuais e de impostos extraordinários de guerra, respectivamente.
Por fim, o imposto tem que estar em consonância com o artigo 3º do CTN e, conforme
expostos, por ser uma espécie tributaria, possui suas próprias características, sendo tributo
desvinculado, de competência privativa, e independente quanto à finalidade específica.
2.3.2 Taxas
As taxas foram criadas com o intuito de corrigir uma imperfeição da utilização dos
impostos, e podem ser instituídas por lei ordinária, salvo nos casos em que houver relevância
e urgência, podendo serem instituídas por Medida Provisória, conforme previsto no artigo 62,
§3º, da Constituição Federal.
A competência para criação de taxas é comum de todos os entes, ou seja, as taxas
podem ser instituídas pela União, Estado, Distrito Federal e Municípios.
A taxa é espécie do gênero tributo, sendo obrigatoriamente vinculada à uma
contraprestação. Assim, é retributiva, na medida em que retribui ao erário as verbas públicas
já utilizadas. Corrobora esse entendimento a lição de Alexandre (2014, p. 26): “os contornos
da definição constitucional deixam claro que as taxas são tributos retributivos ou
contraprestacionais, uma vez que não podem ser cobradas sem que o Estado exerça o poder de
polícia ou preste ao contribuinte, ou coloque à sua disposição, um serviço público específico e
divisível.”.
As taxas, em regra, ocorrem por lançamento3 de ofício, isto é, o sujeito passivo não
age, apenas aguarda o ente responsável calcular o valor devido e notificá-lo para que realize o
3Entende-se por lançamento o "procedimento administrativo realizado pelo ente político que
verifica a ocorrência do fato gerador, conforme legislação vigente, calcula o montante do
tributo devido, identifica o sujeito passivo e propõem a penalidade pecuniáriacabível, quando
21
pagamento. Excepcionalmente, pode ser por homologação, na qual é o contribuinte que faz
seu cálculo e concretiza o pagamento e o ente competente o homologa.
O artigo 145, II, CF, bem com o artigo 77 do CTN, fazem referência a dois tipos de
modalidade de taxas: a Taxa de Poder de Polícia e a Taxa de Serviço Público Divisível e
Especifico.
Importante observar que, ainda quanto às taxas, o ordenamento jurídico brasileiro
elenca os Princípios da Legalidade e o da Anterioridade, expressamente previstos no artigo
150, I e III, respectivamente, na CF.
2.3.3 Contribuições de Melhoria
Tendo em vista que no ordenamento jurídico brasileiro o enriquecimento sem causa é
vedado, as Contribuições de Melhoria foram criadas e destinadas a retribuir ao erário o valor
referente à valorização desses bens.
Conceituadas no artigo 81 do CTN, as contribuições de melhoria assemelham-se às
taxas em alguns aspectos: apresentam característica de tributo vinculado à uma
contraprestação – a realização da obra pública –; e, são tributos retributivos, ou seja, o
contribuinte compensa o erário pelo valor despendido na realização da obra pública.
As contribuições de melhoria são de competência comum, ou seja, todos os entes são
autorizados pela Constituição Federal a instituírem essa contribuição.
É por meio de lei ordinária que se institui a contribuição de melhoria, salvo se houver
relevância ou urgência, quando poderá ser instituída por medida provisória, conforme o artigo
62, da Constituição Federal.
Pode-se encontra-la a partir de três diplomas legais: o artigo 145, III, da CF; nos
artigos 81 e 82 do CTN, e no DL 195/67, que foi recepcionado, materialmente, com
hierarquia de lei complementar.
O lançamento, em regra, é de ofício, conforme previsto no artigo 149 do CTN,
podendo ser compreendido quando o próprio ente identifica o fato gerador e notifica o sujeito
passivo para proceder ao pagamento. Ou seja, o ente realizador da obra pública identifica os
for o caso (ESAF, 2004)”. – Disponível em:<http://contabilidadepessoal.com/gestao-
tributaria/conceitos-tributarios-sistema-tributario-nacional/> . Acesso: 27.12.2015.
22
imóveis valorizados pela realização da obra e notifica os proprietários da área valorizada para
o pagamento da contribuição de melhoria.
O fato gerador da contribuição de melhoria é a realização da obra pública, com a
consequente valorização imobiliária decorrente dessa obra. Estes são quistos cumulativos.
Conclui-se que é cabível a contribuição de melhoria quando há uma realização de obra
pública e consequente valorização imobiliária de determinados imóveis.
2.3.4 Empréstimos Compulsórios
Presente no artigo 148 da Constituição Federal, o empréstimo compulsório pode ser
instituído por meio de lei complementar, desde que atenda a alguns dos incisos citados no
referido artigo como exposto abaixo:
"Art. 148. A União, mediante lei complementar, podera instituir
emprestimoscompulsórios:
I - para atender a despesas extraordinarias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminencia;
II - no caso de investimento público de carater urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Paragrafoúnico. A aplicacão dos recursos provenientes de
emprestimocompulsóriosera vinculada a despesa que fundamentou sua instituicão.”
Os Empréstimos Compulsórios consubstanciam-se num empréstimo dos contribuintes
ao poder público, de forma forçada, que será restituído. Emana de uma determinação legal,
diferentemente dos empréstimos, que geralmente são firmados por meio de contrato.
Sua criação é de competência exclusiva da União, independente da situação ocorrida,
sendo que os empréstimos compulsórios somente serão instituídos nas estritas hipóteses
previstas constitucionalmente. Porém em algumas ocasiões, como por exemplo, num estado
de guerra externa ou na sua iminência, bem como diante de calamidade pública, o tributo
pode ser cobrado imediatamente, não havendo, necessariamente, a necessidade de submeter-
se aos princípios da anterioridade e da noventena.
Logo, o empréstimo compulsório só pode ser instituído para servir a despesas
extraordinárias, provenientes de calamidade pública, guerra externa, ou sua eminência, e, na
presunção de um investimento público urgente e de relevância nacional.
23
2.3.5 Contribuições Especiais
Alguns doutrinadores preferem denominar as contribuições especiais como,
simplesmente, contribuições.
As Contribuições Especiais, previstas no artigo 149 da CF/88, dividem-se em
Contribuições Sociais, Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE),
Contribuições de Interesse de Categoria Profissional e Econômica, e Contribuição para
Custeio de Iluminação Pública (COSIP/CIP).
As Contribuições, geralmente, são instituídas pela União mediante lei ordinária, salvo
quanto à Contribuição de Interesse de Categoria Profissional e Econômica, que, conforme
previsto no artigo 149, da Constituição Federal, são instituídas pelo ente ao qual pertencer
aquele servidor público, e quanto à COSIP, que é instituída pelos municípios e, em casos
específicos, o Distrito Federal. Outrossim, temos as Contribuições Residuais, que
correspondem à uma possibilidade de a União criar novas contribuições, além das já
mencionadas, presentes no artigo 195, parágrafo 4º, da CF, que faz referência ao artigo 154,
inciso I.
As Contribuições Sociais dividem-se em Contribuições Sociais para a Seguridade
Social, a qual é, basicamente, a tributação sobre o salário, obtenção de receitas, faturamentos,
principalmente no que tange o PIS e a COFINS e tudo que se diz respeito às contribuições
sociais previdenciárias; e as Contribuições Sociais Gerais, que afetam todo o campo social
relacionado à educação, à cultura e à saúde.
Com relação às Contribuições de Interesse de Categoria Profissional e Econômica,
esta é devida por todos que pertencem a uma categoria profissional e sejam filiados ao
sindicato. Sendo assim, trata-se de uma contribuição confederativa, o que se difere de imposto
sindical, que é devido por todos da categoria independente de filiação sindical.
Ademais, tem-se a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE), que
é tributo extrafiscal, com a finalidade de somar recursos voltados a intervirem em uma
situação econômica ou social, observados os mandamentos constitucionais. Pode-se destacar
o artigo 170, presente na CF, que zela pela ordem econômica, pois, uma vez em desequilíbrio,
essa ordem necessita de uma intervenção para se estabelecer.
Para finalizar, ainda quanto às Contribuições Especiais, há as Contribuição para
Custeio de Iluminação Pública (COSIP), prevista no artigo 149-A, da CF, sufragada pela
24
Súmula 670 do STF, a qual pode ser conceituada, resumidamente, como uma contribuição
para iluminação pública de outro meio, que não seja através de taxa.
2.4 Princípios Tributários
A Constituição Federal de 1988 instituiu duas limitações ao poder de tributar, que são
os princípios tributários e as imunidades, ou seja, regras que a CF estabeleceu para que fosse
possível restringir o abuso do poder do Estado.
Focando-se na atuação estatal, as imunidades e os princípios são limitações ao poder
de tributar, ao passo que, sob a perspectiva do contribuinte, são garantias constitucionais
fundamentais. No texto da CF/88, tais princípios possuem natureza de cláusula pétrea,
porquanto constituem parte do núcleo imodificável da Constituição, isto é, não são objeto de
proposta de emenda constitucional que vise a sua supressão.
Conforme o artigo 146 da CF, a regulamentação infra constitucional do poder de
tributar é realizada por meio de lei complementar.
Sendo assim, há quatro princípios tributários: o principio da legalidade, da isonomia
tributária, da irretroatividade e o da anterioridade.
Tabela 1 - Princípios Tributários
Princípios
Tributários
Princípio da Legalidade Princípio da
Isonomia
Princípio da
Irretroatividade
Princípio da
Anterioridade
Conceito
Estabelece que a criação,
o aumento, a redução e a
extinção de tributos deve
ser realizada
imprescindivelmente por
lei, tendo como principal
finalidade garantir aos
contribuintes que o
Estado não poderá
exceder os limites da
legislação em vigor.
Prevê que o
Estado deve
conceder
tratamento
igualitário aos
contribuintes que
estiverem em
situações
equivalentes.
O Principio da
Irretroatividade
significa que a lei
tributaria não deve
ser aplicada a fatos
pretéritos. Dessa
forma, a lei
tributaria passa a
valer para apenas
fatos presentes e
futuros, não agindo
sobre o passado.
Estabelece um
intervalo mínimo
entre a publicação
e a lei que cria e
aumenta tributos e
a exigência do
referido tributo.
Fonte: Elaborado pelas autoras.
25
2.5 Elementos Fundamentais do Tributo
Os elementos fundamentais do tributo são: A obrigação tributária, os elementos
fundamentais da obrigação tributária, contribuinte ou responsável, base de cálculo e alíquota.
2.5.1 Obrigações Tributárias
Entende-se porobrigação tributária, a relação de Direito Público na qual o Estado
(sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos
e nas condições descritas na lei (fato gerador). A obrigação tributária pode ser principal ou
acessória: Principal (CTN, art. 113, § 1o): tem por objeto o pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária (em dinheiro). É a prestação à qual se obriga o sujeito passivo, é de
natureza patrimonial. Acessória (CTN, art. 113, § 2o): é uma obrigação não patrimonial que
decorre da legislação tributária. É uma obrigação de fazer, não fazer ou de tolerar4.
Exemplos: • Emitir nota fiscal, escriturar um livro, inscrever-se no cadastro de
contribuintes (de fazer); 20 • Não receber mercadorias desacompanhadas da documentação
legalmente exigida (não fazer); • Admitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar).
As obrigações acessórias têm como finalidade comprovar a existência e o limite das
operações tributadas e a exata observância da legislação aplicável.
2.5.2 Elementos fundamentais da obrigação tributária
Os três elementos fundamentais da obrigação tributária são: a lei, o objeto e o fato
gerador.
2.5.2.1 Lei
A lei é uma regra jurídica que permite, proíbe ou obriga uma conduta humana. É o
principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as condições de sua
cobrança (Princípio da Legalidade).
4 Disponível em <http://expositis.blogspot.com.br/2007/02/o-fato-gerador-dos-tributos.html>. Acesso:
05.01.2016.
26
Segundo Oliveira et al (2004. P.28) caracteriza a lei como:
“A lei é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as
condições de sua cobrança (princípio da legalidade dos tributos). Contudo, assume,
em um sistema jurídico, formas diferentes de expressão, a partir de um texto
fundamental (Constituição), as regras ordinárias de convivência (leis em sentido
restrito)”.
2.5.2.2 Objeto
Representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve cumprir, segundo
as determinações legais. Basicamente, as obrigações consistem em principais (pagamento do
valor em dinheiro referente ao tributo devido ou à multa imposta pelo não atendimento à
determinação legal) e acessórias (cumprimento de formalidades complementares).
2.5.2.3 Fato Gerador
Representa a incidência de determinados pagamentos de tributos vinculados ao fato.
Deve ser respeitados os princípios contábeis da competência, no qual se trata de
reconhecimento das receitas e despesas no momento de ocorrência do fato gerador, e o
princípio da oportunidade, que refere-se a mensuração e apresentação das demonstrações
contábeis de forma íntegra e tempestiva.
2.5.2.3.1 Elementos Básicos do Fato Gerador
De acordo com o Portal Tributário, o fato gerador possui 3 elementos básicos, sendo
eles:
1) Legalidade, que se refere à exigibilidade do cumprimento do princípio constitucional da
legalidade;
2) Economicidade, que se refere ao aspecto econômico do fato tributável (como regra geral,
envolvendo a base de cálculo e alíquota do tributo) e à capacidade contributiva do sujeito
passivo;
3) Causalidade, que corresponde à consequência ao efeito, do fato gerador; enfim, ao
nascimento da obrigação tributária.
27
2.5.2.3.2 Momento da Ocorrência do Fato Gerador
No artigo 116 do CTN pode-se ser observado definições que, com exessão de leis
contrárias, é considerado ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
a) tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
b) tratando-se da situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável.
2.5.3 Contribuinte ou Responsável
As partes da obrigação tributária são, de um lado, o sujeito ativo, que é o ente público
(União, Estado ou Município), criador do tributo, e, de outro lado, o sujeito passivo, que,
segundo o CTN, pode ser o contribuinte ou o responsável.
O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua
o respectivo fato gerador. Já o responsável, é aquele que sem revestir a condição de
contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato gerador, vê a
obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal.
2.5.4 Base de Cálculo
É o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a finalidade de se
apurar o montante a ser recolhido.
A base de cálculo, conforme a CF, deve ser definida em lei complementar, estado sua
alteração sujeita aos princípios da legalidade (mudança somente por outra lei); da
anterioridade (a lei deve estar vigente antes de iniciada a ocorrência do fato gerador) e da
irretroatividade (a norma não pode atingir fatos passados).
2.5.5 Alíquota
É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o
montante do tributo a ser recolhido. Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota
28
também está sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da
irretroatividade5.
2.5.6 Adicional
De acordo com a Secretaria da Receita Federal do Brasil em se tratando do IRPJ (
Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas), a parcela do lucro real que exceder ao resultado
da multiplicação de R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo
período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por cento).
Também se encontra sujeita ao adicional à parcela da base de cálculo estimada
mensal, no caso das pessoas jurídicas que optaram pela apuração do imposto de renda sobre o
lucro real anual, presumido ou arbitrado, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Em relação às pessoas jurídicas que optarem pela apuração do lucro presumido ou
arbitrado, o adicional incide sobre a parcela que exceder o valor resultante da multiplicação
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração.
A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições
financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.6
3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
É importante que as empresas comecem um novo exercício financeiro planejando o
negócio como um todo, incluindo, essencialmente o Planejamento Tributário.
Para Francisco Junior Teixeira, o excesso de tributação impossibilita muitas atuações e
cabe ao gestor fazer possível, em termos de custos, a continuidade de determinados produtos e
serviços, num preço compatível com o que o mercado consumidor deseja pagar.
Uma empresa deve possuir uma formação de custos, onde está incluso o custo
tributário, o que consome boa parcela do lucro. Com o intuito de reduzir esses custos, nasce a
necessidade de buscar meios legais, meios esses que possibilitem a redução do custo
5 Disponível em <http://peandrade9.jusbrasil.com.br/artigos/253867892/planejamento-tributario>. Acesso:
27.12.2015. 6 Disponível em <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRPJ>. Acesso: 21.12.2015.
29
tributário. E assim, surge a figura do planejamento tributário, onde se dá o ato de projetar o
pagamento do tributo.
Pode-se verificar na Lei 6.404/76 (Lei das S/A), em seu Artigo 153, que presume por
parte dos sócios administradores, a obrigação de realizar o planejamento tributário.
Esse planejamento, ainda de acordo com Francisco Junior Teixeira, deve ser feito em
todas as etapas produtivas da empresa, seja ela Indústria, Comércio ou Prestação de Serviços,
com o objetivo de maximizar o aproveitamento de créditos tributários, evitando assim
desperdícios.
É de extrema importância as empresas se inserirem no mercado globalizado com
estruturas competitivas. Portanto, é oportuno salientar que, para o bom desenvolvimento
destas organizações, se faz necessário estabelecer caminhos orientados, de modo a permitir as
organizações alcançarem seus objetivos e resultados.
Desta maneira, Oliveira (2001, p.30) aborda:
“Estratégia empresarial é a ação básica estruturada e desenvolvida pela empresa para
alcançar, de forma adequada e, preferencialmente, diferenciada, os objetivos
idealizados para o futuro, no melhor posicionamento da empresa perante seu
ambiente”.
Oliveira (2001, p.31) elenca ainda os elementos básicos da estratégia empresarial,
quais sejam:
• Os objetivos a serem alcançados;
• As políticas que orientam ou limitam as estratégias a serem desenvolvidas e;
• Os projetos, com suas atividades sequenciais, para concretizar os objetivos definidos
dentro dos limites estabelecidos pelas políticas.
Oliveira (2001, p.25) representa nesta figura a escolha de uma estratégia pela empresa,
que é apresentada como a orientação das ações que devem ser adotadas na projeção futura.
Figura 1
Passado Presente Futuro
Fonte: Oliveira (2001, p.25)
EMPRESA
30
Assim, a chave do sucesso da empresa não está apenas na estratégia ou opção
inteligente e viável para a otimização dos resultados no conjunto de decisões que orientam a
estratégia. Decisões que, dentro de um todo sistêmico, são submetidas a certas características.
Segundo Oliveira (2001, p.27):“uma decisão estratégica ocorre numa situação com as
seguintes características: senso crítico, interdependênciasistêmico, incerteza, risco,
criatividade, iniciativa e conflito”.
O planejamento tributário éum instrumento de gestão empresarial, cuja proposta é
visualizar um conjunto de ações que, amparadas pela legislação tributária, ofereçam a
oportunidade de economia nos impostos.
Para tanto, se faz necessário àinformação contábil, cuja finalidade fundamental é
fortalecer a decisão estratégica, diminuindo o grau de incerteza e, consequentemente,
influenciando o nível de risco, por conta da adoção de um sistema de informação que
torneconfiável esta decisão.
3.1 Conceito
Entende-se que planejamento tributário consiste na adoção de procedimentos, pelo
contribuinte, na busca por uma menor oneração tributária.
De acordo com DOMINGUES (2000), “o conceito de planejamento tributário pode ser
entendido como sendo ações que culminem na economia legal de tributos, as quais podem
formar uma verdadeira engenharia tributária, enriquecida por projetos de elevada
complexidade, abarcando perspectivas fiscais, contábeis, financeiros, societários e jurídicos.
Assim, é possível defini-lo como sendo um conjunto de medidas continuas que visam à
economia de tributos, de forma legal, levando-se em conta as possíveis mudanças com
eficiência e eficacia”.
Segundo OLIVEIRA, “Planejamento Tributário é a atividade empresarial que,
desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos
com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais
disponíveis. O objeto do planejamento tributário é, em última análise, a economia tributária.
Cotejando as várias opções legais, o administrador obviamente procura orientar os seus
31
passos de forma a evitar, sempre que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista
fiscal”.
Já no no entendimento de CORRÊA, “o planejamento tributário é o estudo, a
organização e a implementação de ações que permitam às empresas garantir a economia nos
gastos com tributos, em conformidade com os normativos que regem o sistema tributário
nacional, por meio da prática de atos e negócios jurídicos na mais estrita legalidade e que se
apresentem como opções com menor ônus fiscal”.
Defende-se, ainda, que o planejamento tributário contempla tão somente
procedimentos lícitos de economia fiscal, não podendo sê-lo as medidas de economia
tributária realizada ao arrepio da lei e do ordenamento jurídico. Nessa perspectiva, o conceito
de elisão tributária passa a ser o resultado (fim) do planejamento tributário (meio), assim
entendido como a adoção de procedimentos lícitos com vistas à redução da carga tributária,
sobretudo com o retardamento da ocorrência de fato gerador de tributo.
3.2 Objetivos do Planejamento Tributário.
O objetivo do planejamento tributário ou planejamento fiscal (no trabalho em questão,
as duas terminologias têm o mesmo sentido) é o caminho menos oneroso que a empresa
escolhe a partir de diversas opções apresentadas pela legislação tributária, o seu planejamento
tributário.
Latorraca (2000, p.58) se reporta ao objetivo do Planejamento Tributário da seguinte
maneira: “O objeto do planejamento tributário é, em última análise, a economia tributária.
Cotejando as várias opções legais, o administrador procura orientar os seus passos de forma a
evitar, sempre que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal”.
Para tanto, cabe aos gestores observar as limitações previstas em lei e delinear as
estruturas formais legítimas para a sua atividade econômica. Logo, modelar o fato gerador
com o propósito de impedir uma prestação tributária superior, utilizando a prática de uma
correta administração dos tributos, fornece meio e instrumentos legítimos no processo de
gestão estratégica empresarial competitiva.
32
3.3 Classificações do Planejamento Tributário
O intuito é contribuir para a sistematização do assunto e o desenvolvimento da
perspectiva interdisciplinar no trato das questões relacionadas à tributação. Portanto, envidar-
se-á esforços no sentido de atingir o objetivo proposto, partindo da identificação de estudos
anteriores imbuídos do mesmo escopo, analisando-os, acrescentando novas contribuições e
sintetizando com uma classificação que se julga suficientemente completa para abranger todo
e qualquer estudo relacionado à matéria tributária7.
De acordo com Moles (1971), o método de classificação redunda em subverter a
ordem natural de nossas percepções fenomenais, e a rearranjá-las segundo uma perspectiva
diferente seguindo aí uma ordem imposta, fornecida como um princípio, por uma ideia, um
conceito, um ponto de vista amplamente arbitrário: o critério de classificação. O critério de
classificação, de acordo com o autor, encontra-se neste instante em nosso espírito como dado,
mesmo que ele deva ser submetido a modificações, e, sobretudo a extensões, tão substancial
que o critério possa ser transformado à medida que os materiais a classificar se multiplicam.
A importância do ato classificador está menos no valor intrínseco do quadro dos fatos
classificados e menos ainda na sua exaustividade. O valor de uma classificação depende
justamente do valor do critério adotado, que pode ser decomposto nas seguintes dimensões:
A) Exaustividade. Os critérios classificadores adotados não devem deixar de fora do quadro
de classificação senão um resíduo negligenciável dos elementos do conjunto dado.
B) Especificidade. Possuirá cada um dos elementos a classificar um valor definido e um só
em face de cada um dos critérios escolhidos?
C) Ausência de ambiguidade. Nenhum elemento deve achar-se simultaneamente em duas
categorias separadas da classificação, em dois casos não distintos do quadro.
D) Simplicidade operacional. Os critérios escolhidos devem ser, tanto quanto possível,
imediatamente perceptíveis, ser aparentes com o mínimo de intermediários.
E) Valor dicotomizante. Quando o conjunto das condições acima mencionadas é preenchido,
a escolha dos critérios classificadores baseia-se na aptidão dicotomizante8 de cada um deles.
De fato, uma classificação tem por fim romper o real em elementos, isto é, em entidades
7 Disponível em <https://querogerir.wordpress.com/2013/04/>. Acesso: 20.11.2015. 8Dicotomizante – Que se exprimiu, que se manifestou
33
distintas: uma classificação cria fronteiras que devem ser difíceis de franquear. Dessa forma, a
classificação deve permitir colocar em evidência valores binários: sim ou não.
F) O número de critérios classificadores será o mais reduzido possível. Como a apreensão
que o espírito humano faz dos sistemas de muitas variáveis é estritamente limitada, a pesquisa
e a eliminação das variáveis em correlação será o método normal para reduzi-las às únicas
variáveis realmente independentes.
O processo de classificação adotado por Shackelford e Shevlin (2001) teve por paradigma a
estrutura desenvolvida em 1992 por Scholes, um professor de Finanças, e Wolfson, um
professor de Contabilidade, que adotaram uma perspectiva microeconômica para analisar
ambiente onde a tributação era provavelmente importante. O paradigma de Scholes e Wolfson
(2004) não avança em novas teorias ou metodologias. Não enfoca aspectos legais ou
recomendações de políticas. Antes, adota uma perspectiva positiva na tentativa de explicar o
papel dos tributos nas organizações. Delineado a partir das Finanças Corporativas e da
Economia Pública, ele mescla dois distintos campos de conhecimento: Microeconomia e
legislação tributária. O paradigma é central para a atual pesquisa sobre Contabilidade
Tributária, é importante na Economia Pública, e de alguma forma influente nas
FinançasCorporativas. Sua estrutura conceitual é desenvolvida em torno de três temas centrais
(conhecidos com, e), nenhum dos quais é particularmente novo:
A) Um planejamento tributário eficaz exige de o planejador considerar as implicações
fiscais de uma transação proposta para todas as partes da transação (allparties9).
B) Um planejamento tributário eficaz exige que o planejador, ao fazer investimentos e
tomar decisões financeiras, considere não apenas os tributos explícitos, que é o valor pago
diretamente às autoridades, mas, também, tributos implícitos, que são aqueles pagos
indiretamente na forma de menores taxas de retorno antes dos impostos em investimentos
incentivados (all taxes10).
C) Um planejamento tributário eficaz exige de o planejador reconhecer que os tributos
representam apenas um dentre muitos custos do negócio, e todos os custos devem ser
9AllParties – Todas as partes 10All Taxes – Todos os impostos
34
considerados no processo de planejamento; para serem implementadas, algumas propostas
exigem custosos procedimentos de reestruturação (allcosts11).
3.4 Tipos de Planejamento Tributário
Conceitualmente existem três tipos de planejamento: Planejamento Estratégico,
Planejamento Tático e Planejamento Operacional.
Oliveira (2010, p. 17-18) diz que Planejamento estratégicoé o processo administrativo
que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida
pela empresa. Ele tem objetivo a ser alcançado através de ações em longo prazo.
Oliveira (apud Vasconcelos 2004, p.31) afirma:
“O planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de
providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende
a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir
sobre as variáveis e fatores de modo que possa exercer alguma influencia; o
planejamento é, ainda, um processo contínuo um exercício mental que é executado
pela empresa independentemente de vontade específica de seus executivos”.
Enquanto o planejamento estratégico se estende a prazos longos, o tático se limita a
prazos médios divididos em departamentos na organização.
Oliveira (2001, p.48) assim expressa:“O planejamento tático tem por objetivo otimizar
determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com
decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento
estratégico”.
Neste sentido o planejamento táticoé o desdobramento do planejamento estratégico em
sua execução.
Planejamento operacional executa a metodologia estabelecida para o desenvolvimento
dos planejamentosestratégico e tático, com realizações em curto prazo.
A esse respeito Chiavenato (1998, p.231) comenta que:“O planejamento operacional é
constituído de uma infinidade de planos operacionaisque proliferam nas diversas áreas e
funções dentro da organização.”
11AllCosts – Todos os custos
35
4 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO PESSOA JURÍDICA
A tributação sobre as empresas é uma forma inteligente de garantir recursos ao Estado,
uma vez que se a tributação incidisse apenas ao nível das pessoas físicas, a pulverização
tornaria mais onerosos os custos de administração. Nota-se, portanto, que as razões mais
fortes estão baseadas em argumentos de conveniência e simplicidade administrativa.
Para fins tributários federais, a apuração dos impostos, no Brasil, pode ser feita de três
formas:
1. Lucro Real;
2. Lucro Presumido e
3. Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Segundo Haroldo Silveira Piccina em decorrência de pesquisas a respeito do tema que
envolve os regimes tributários: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, com base
na LC nº 123/06, destaca-se que o regime tributário do Lucro Real, obrigatório as empresas
com faturamento anual acima de R$ 78 milhões, pode ser utilizada por qualquer empresa.
Geralmente, as obrigações acessórias são mais complexas.
Já o regime tributário pelo Lucro Presumido, para Haroldo Silveira é facultativo para
as empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Portanto, independente do lucro
efetivo, a base de cálculo é presumida por percentuais fixadas pela legislação, e sobre ela
incide 9%, a título de CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e 15% a título de
Imposto de Renda.
Por fim, o Simples Nacional, com base na LC nº 123/06, por sua vez, está limitada ao
faturamento anual de R$ 3,6 milhões. É importante consultar a legislação que dispõe das
atividades e condições de enquadramento.
Segue na tabela abaixo, para melhor entendimento, um comparativo entre as três
formas de tributação:
36
Tabela2 - Regimes Tributários
REGIMES TRIBUTÁRIOS
Simples Lucro Presumido Lucro Real
Quem
pode
Pequenas e médias
empresas, com faturamento
de até R$3,6milhões anuais.
Empresas com
faturamento anual menor
do que R$78milhões/ano.
Todas as empresas. Obrigatório
para as de faturamento maior
que R$78milhões/ano.
Como
Funciona
Uma série de tributos é paga
em uma única alíquota
incide sobre o faturamento,
sendo maior quanto mais a
empresa tiver recebido.
As alíquotas incidem
sobre o faturamento total,
a partir de porcentagens
pré-determinadas de
acordo com a atividade.
Imposto de Renda e outros são
calculados com base no lucro.
Além disso, PIS e COFINS
podem ser reduzidos com a
utilização de créditos.
Fique
atento
Empresas com poucos
funcionários e maior
faturamento podem ter a sua
carga ampliada devido as
contribuições para a
previdência. Também
diminui a competitividade
em alguns casos, pois quem
compra de empresas do
Simples recebe menos
crédito do ICMS.
Se sua empresa estiver
tendo pouco lucro, pode
ser mais adequado estar
no lucro real.
Em caso de lucro alto, as outras
formas de tributação podem ser
menos custosas. A
apuraçãonessamodalidade é
maiscomplexa.
Fonte: Informativoeletrônico PROAGIL
4.1 Simples Nacionais
O Simples Nacional(também conhecido como Super Simples) é um programa do
governo federal que visa simplificar a burocracia das empresas.As empresas enquadradas no
programa possuem as rotinas e obrigações mensais facilitadas, além de uma carga tributária
reduzida e unificada (um imposto único).12
Toda a vez que esta empresa emitir nota fiscal referente à atividade primária de
suporte técnico, ela pagará 6% de imposto sobre o valor faturado.13
Siga a leitura e conheça as alíquotas e as atividades permitidas em cada anexo,
disponibilizadas ao final deste trabalho no “ANEXOS”.
12 Disponível em <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional/>. Acesso:
23.12.2015. 13 Disponível em <http://www.shmcontabilidade.com/#!tudo-sobre-o-simples/c1tq7>. Acesso: 23.12.2015.
37
4.1.1 Pessoa Jurídica que pode ou não optar
Poderão optar pelo SIMPLES as pessoas jurídicas que, cumulativamente, satisfizerem
as seguintes condições:
a) tenham auferido no ano-calendário anterior receita bruta dentro dos limites estabelecidos
em lei. Na condição de Microempresa, igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta
mil reais), e na condição de Empresa de Pequeno Porte, superior a R$ 360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (trê milhões e seiscentos mil reais)
(Lei nº 9.732/1998);
b) não estejam expressamente impedidas de valer-se desse benefício por imposição do art. 9º
da Lei nº 9.317/1996, e alterações posteriores.
1) A partir da Lei nº 9.732/1998, o limite para opção no SIMPLES, na qualidade de Empresa
de Pequeno Porte, foi elevado para R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).
2) A falsidade das declarações, adulteração de documentos, falta de emissão de nota fiscal,
com vistas à obtenção da indevida inclusão no sistema, caracteriza crime de falsidade
ideológica (Código Penal, art. 299), configurando-se, por decorrência, crime contra a ordem
tributária (Lei nº 8.137, de 27/12/1990, art. 1º), sem prejuízo do enquadramento da empresa
em outras figuras penais cabíveis, a que também estão sujeitos o titular ou sócio da pessoa
jurídica (Lei nº 9.317/1996, art. 22).
3) Excepcionalmente, para o ano-calendário de 1997, as empresas que se dedicavam à
execução de obras da construção civil, própria ou de terceiros, como a demolição, reforma,
ampliação de edificação ou outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo, podiam optar
pelo SIMPLES, desde que não incorressem nas demais hipóteses impeditivas à opção. É que a
vedação de ingresso dessas prestadoras de serviço no SIMPLES só se concretizou com a
Medida Provisória nº 1.523-7, de 30/04/1997, convertida, após reedições, na Lei nº
9.528/1997, que acrescentou o § 4º ao art. 9º da Lei nº 9.317/1996, estabelecendo que
referidas atividades componham o conceito de construção de imóveis.
Após a publicação da Lei Complementar 147/2014, ocorreram algumas mudanças no
impedimento para que a empresa possa optar pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –
Simples Nacional.
38
Com isso, o regime simplificado nas empresas podem ser optados para as que
exercerem as seguintes atividades: fisioterapia; corretagem de seguros; serviços advocatícios;
administração e locação de imóveis de terceiros; medicina, inclusive laboratorial e
enfermagem; medicina veterinária; odontologia; psicologia, psicanálise, terapia ocupacional,
acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite;
serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação; arquitetura,
engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodesia, testes, suporte e análises
técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; representação comercial e
demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; perícia, leilão e
avaliação; auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;
jornalismo e publicidade; agenciamento, exceto de mão de obra; e outras atividades do setor
de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de
atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que
constitua profissão regulamentada ou não.
Ressalta-se que as empresas impedidas de optar pelo Simples Nacional são as que:
• Tiverem como sócia integrante do Capital Social outra pessoa jurídica;
• Participarem do capital social de outra empresa;
• Forem remanescente de cisão, ou seja, da divisão de empresas;
• Forem constituída sob a forma de sociedade por ações;
• Tiverem sócio domiciliado no exterior;
• Tiverem como sócia uma pessoa física dona de outra empresa optante pelo Simples
Nacional, qualquer que seja a participação, quando a soma do faturamento de ambas
ultrapassar o limite de R$ 3.600.000,00 por ano;
• Tiverem como sócio uma pessoa física com mais de 10% do capital de outra empresa não
optante pelo Simples Nacional, quando o faturamento somado das empresas ultrapassar a R$
3.600.000,00 por ano;
• O titular ou sócio, independente da participação, forem administrador ou equiparado de
outra pessoa jurídica, e a soma do faturamento de ambas ultrapassar a R$ 3.600.000,00;
• Possuírem débito com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, ou com as Fazendas
Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
39
• Explorarem atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,
gerenciamento de ativos (assetmangement14), compras de direitos creditórios resultantes de
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); .
• Prestaremserviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando
na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou
metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte
de estudantes ou trabalhadores;
• Sejam geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
• Exercerem atividade de importação de combustíveis e importação ou fabricação de
automóveis e motocicletas; .
• Exercerem atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas ou de
derivados de fumo;
• Realizem cessão ou locação de mão-de-obra;
• Se dediquem ao loteamento e à incorporação de imóveis;
• Realizem atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir àprestação de
serviços tributados pelo ISS;
4.1.2 Alíquotas
Embora o programa proponha uma guia única de imposto, as alíquotas diferem de
acordo com a atividade exercida e faturamento anual. Demonstrada nos anexos desse
trabalho.
Cada atividade permitida no Simples Nacional está enquadrada dentro de 1 dos 6
anexos do programa.Por isso, é possível que uma empresa que possua mais de uma atividade
tenha que pagar diferentes alíquotas de imposto.15
14AssetMangement – Gestão de Ativos 15 Disponível em <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional/>Acesso:
23.12.2015.
40
4.1.3 Limitação de Receitas
Uma das primeiras análises a ser feita pelo gestor tributário é o enquadramento em
uma das formas de tributação, dentro dos limites de receita bruta admitidos para cada regime
tributário.
No Brasil, temos 4 sistemas de tributação federal, a saber:
1. Micro Empreendedor Individual – limite para opção é a receita bruta anual até R$
60.000,00;
2. Simples Nacional – limite anual para opção é a receita bruta até R$ 3.600.000,00;
Nota: para fins de opção e permanência no Simples Nacional, poderão ser auferidas
em cada ano-calendário receitas no mercado interno até o limite de R$ 3.600.000,00 (três
milhões e seiscentos mil reais) e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de
mercadorias ou serviços, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da
sociedade de propósito específico prevista no artigo 56 da Lei Complementar 123/2006, desde
que as receitas de exportação de mercadorias também não excedam R$ 3.600.000,00 (três
milhões e seiscentos mil reais).
3. Lucro Presumido – limite de receita bruta anual até R$ 78.000.000;
4. Lucro Real – sem limite de opção.
De acordo com o Guia Tributário há ainda o Lucro Arbitrado, quando o contribuinte
não mantém a escrituração contábil e fiscal de acordo com as normas legais exigidas.
Também, neste caso, não há limite de receita bruta para opção.
4.1.4 Exclusões do Simples Nacional
Existem várias formas de a empresa ser excluída do Simples Nacional, entre elas, em
alguns casos a empresa é que tem que tomar a iniciativa da exclusão e em outros a receita já
enviará direto o comunicado de exclusão.
A seguir são expostasalgumas situações em que é a Receita quem comunica, de
acordo com a Lei Complementar 123/2006:
1) Falta de comunicação de exclusão obrigatória, conforme as hipóteses previstas na
legislação;
41
2) Embaraço a fiscalização (negativa injustificada de exibição de livros e documentos a que
estiverem obrigadas; não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira,
negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar; ou qualquer outra hipótese que
autorize a requisição de auxílio da forçapública);
3) Oferecimento de resistênciaà fiscalização (caracterizada pela negativa de acesso ao
estabelecimento ou a qualquer outro local afim);
4) Constituição da empresa por interpostas pessoas (laranjas);
5) Comercialização de mercadorias objeto de contrabando, roubo (ou furto) ou descaminho
(receber mercadoria originalmente destinada à outra empresa);
6) Falta de escrituração do livro-caixa ou não permissão para identificação
da movimentação financeira, inclusive bancária;
7) Constatação durante o ano-calendário das seguintes ocorrências:
o valor das despesas pagas superior em 20% do valor de ingressos de recursos no mesmo
período, excluído o ano de início de atividade; ouo valor das aquisições de mercadorias para
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de
estoque, superior a 80% dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de
início de atividade.
8) Falta de emissão de documento fiscal de venda ou prestação de serviço, conforme as
operações e prestações que realizar;
9) Omissão da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto
pela legislação previdenciária;
10) Constatação que a ME ou a EPP incorria em alguma das hipóteses de vedação previstas
na legislação, quando do ingresso no Simples Nacional.
11) Constatação de declaração inverídica, por ocasião da opção ao Simples Nacional,
prestada nas seguintes hipóteses:
o quanto ao não enquadramento nas vedações previstas na legislação; ou
o quanto ao exercício de atividades permitidas, no caso de atividade econômica cuja
CNAE seja considerada ambígua.
OBS.: Em qualquer das hipóteses acima a empresa ficará impedida de voltar para o
Simples nos próximos 3 anos e se for verificado que ela tentou disfarçar (fraude) para
esconder a ocorrência, o prazo de impedimento aumenta para 10 ano
42
4.2 Lucro Presumido
Esse regime é uma forma de tributação simplificada para definição da base de cálculo
do imposto de renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL das pessoas
jurídicas.
Refere-se a um lucro registrado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a
Receita Operacional Bruta - ROB. Com o resultado, somam-se as outras receitas adicionais
(receitas financeiras, alugueis esporádicos, entre outras). Logo, devido a não se tratar do lucro
contábil efetivo, mas uma simples aproximação fiscal, denomina-se de Lucro Presumido.
Neste regime tributário, o montante a ser tributado é determinado com base na receita
bruta, através da aplicação de alíquotas variáveis em função da atividade geradora da receita.
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, cuja receita bruta total no ano
calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou ao limite proporcional
de R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se esse for
inferior a 12 meses.
No regime do lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais incidentes
sobre o faturamento, dentre eles o PIS e a COFINS, que devem ser apurados mensalmente, e
o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita trimestralmente. Pode-se dizer que o lucro
presumido é uma presunção por parte do fisco, do que seria o lucro de uma empresa caso não
existisse a contabilidade.
Porém, nota-se que algumas empresas possuem uma escrituração contábil completa,
com os rigores das normas e princípios fundamentais da contabilidade, e mesmo assim
acabam por optar pela tributação baseada no lucro presumido. Isso ocorre na maioria das
vezes por falta de conhecimento dos empresários ou até mesmo dos próprios contadores, os
quais desconhecem ou possuem pouca informação sobre as demais formas de tributação. É aí
que deve aparecer a figura do planejamento tributário, o qual deverá exercer conscientemente
a redução da carga tributária visando a melhor opção para a empresa, seja através do lucro
real ou presumido.16
16 Disponível em <http://www.queroabrirempresa.com.br/2011/07/formas-de-tributacao-para-sua-empresa/>.
Acesso: 05.12.2015.
43
É uma forma de tributação simplificada do imposto de renda (IR) e contribuição sobre
o lucro (CSLL), baseada na receita bruta de um exercício, para empresas de pequeno porte;
salvo aquelas obrigadas à apuração do Lucro Real17.
Para constatar se esse regime de tributação é mais benéfico para a empresa, segundo o
site FISCOSOFT 18 , é necessário realizar simulações, pois caso a empresa tenha valores
consideráveis de despesas dedutíveis para o IRPJ, é muito provável que o lucro real seja mais
econômico. A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos
516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda através do Decreto nº 3000/1999.
4.2.1 Pessoa Jurídica que pode optar pelo Lucro Presumido
Conforme o Art. 516, do Regulamento de Imposto de Renda – RIR/99, podem optar
pelo regime de tributação pelo lucro presumido todas as pessoas jurídicas que não estão
obrigadas ao regime de tributação do lucro real, e que tenham auferido, no ano-calendário
anterior, receita total igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou
a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil de reais) multiplicado pelo número de
meses de atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses. Podem optar
também pelo lucro presumido as pessoas jurídicas que iniciarem atividades ou que resultarem
de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real.
4.2.2 IRPJ
Conforme o artigo 518 do Regulamento de Imposto de Renda do - RIR/99, a base de
cálculo do imposto e do adicional do lucro presumido será determinado mediante aplicação
do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou
prestação de serviços, auferida no período de apuração.
O valor apurado é mediante a aplicação de um percentual sobre o valor total das
receitas da empresa, independente dos ajustes, e de apuração de lucro.
17 Disponível em <http://franquiastudiofiscal.com.br/site/blog/regime-de-tributacao-conceito>. Acesso:
28.12.2015. 18 Disponível em <http://www.fiscosoft.com.br/n/1sfzr/11112010-planejamento-tributario-lucro-presumido-
lucro-real-ou-simples-nacional-algumas-vantagens-e-desvantagens-fiscosoft>. Acesso: 17.12.2015.
44
Como o próprio nome diz, trata-se de presunção de lucro. Conforme artigo 519, do
Regulamento de Imposto de Renda - RIR/99, estes percentuais variam de acordo as atividades
operacionais desenvolvidas pela pessoa jurídica descrita na tabela a seguir:
Tabela3–Espécies de Atividades
Fonte: Portal Tributário.
Espécies de atividades Percentual
de
presunção
Alíquot
a
do IR
a)Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool
etílico carburante e gás natural;
1,6%
15%
b)Venda de mercadorias e produtos;
c) Prestação de serviços de transporte de cargas;
d) Serviços hospitalares;
e) Atividade rural;
f) Industrialização de produtos;
g) Atividades imobiliárias;
h) Construção por administração ou por empreitada com fornecimento de
materiais de mão-de-obra;
i) Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não
esteja previsto percentual especifico.
8%
15%
Prestação de serviços de transportes, exceto de carga;
Instituições financeiras e entidades a ela equiparadas.
16%
15%
Serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares (*);
Serviços prestados por sociedade civil de profissão legalmente
regulamentada;
Intermediação de negócios
Administração, locação ou cessão de bens móveis, móveis e direitos de
qualquer natureza (exemplo: factoring, franching, etc.).
Construção por administração ou por empreitada, unicamente de mão-de-
obra.
32%
15%
45
4.2.3 CSLL
A CSSL é devida trimestralmente, e quando calculada com base no lucro presumido,
deve-se aplicar o percentual de 12% sobre a receita bruta auferida no período, com exceção
das atividades já descritas acima, no qual o percentual da receita bruta a ser considerado na
determinação da base de cálculo da CSLL é de 32% em relação aos fatos geradores ocorridos
a partir de 1º/9/03.
Aplicam-se a CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas
para o imposto de rendas das pessoas jurídicas, mantidas a base de calculo e as alíquotas
previstas na legislação em vigor. No lucro presumido, em regra, sua base de calculo é de 12%
e sua alíquota é de 9%. A partir de setembro/2003 as empresas prestadoras de serviços
tiveram a sua base de cálculo aumentada de 12% para 32%.
4.2.4 PIS e COFINS
As pessoas jurídicas tributadas no Lucro Presumido estão obrigadas ao regime
cumulativo de recolhimento do PIS, onde apenas se aplica o percentual sobre o faturamento,
não havendo o débito e crédito como ocorre no regime não cumulativo.
Conforme dispõe o Inciso II do art. 10 da Lei nº 10.833/03, as pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro presumido estão sujeitas ao regime cumulativo do PIS. Assim,
as empresas tributadas pelo lucro presumido estão sujeitas a um percentual de: 0,65% sobre o
faturamento bruto, em relação ao PIS. O PIS deverá ser recolhido em DARF (Documento de
Arrecadação da Receita Federal) até o último dia útil do segundo decêndio do mês
subsequente ao de ocorrência do fato gerador.
As empresas que optarem pelo lucro presumido, estão sujeitas ao recolhimento da
COFINS pelo regime cumulativo, onde se aplica o percentual sobre o faturamento.
De acordo com Young (2004, p.141),
“a contribuição para a COFINS, devida pelas pessoas jurídicas de direito privado,
será calculada com base no seu faturamento, à alíquota de 3%. O faturamento
corresponde à receita bruta da pessoa jurídica, entendida esta como a totalidade das
receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela
exercida e a classificação contábil adotada para as receitas”.
O vencimento da COFINS será até o último dia útil do segundo decêndio do mês
subsequente ao de ocorrência do fato gerador.
46
5 ESTUDO DE CASO
5.1 Pesquisa de Campo em Escritórios de Contabilidade em Volta Redonda
É de fundamental importância que os contadores e pessoas que trabalham na área
contábil e financeira, além dos empreendedores, conheçam as práticas de ações tributárias
legais que estão voltadas para o desempenho das atividades operacionais mais econômicas.
O planejamento tributário orienta o usuário ao bom funcionamento da empresa e
contribui para a tomada de decisão, porém muitas vezes o próprio empresário, e/ou gestor da
organização não tem conhecimento suficiente para realizá-lo. Com isso surge uma indagação,
será que as empresas prestadoras de serviços contábeis orientam e ajudam seus clientes na
aplicação do planejamento tributário e na tomada de decisão?
Com esse objetivo, analisam-se as prestadoras de serviços contábeis da cidade de
Volta Redonda, através de um questionário que foi elaborado com base em todo o estudo
contido nesse trabalho. O mesmo, busca mencionar a importância do planejamento tributário
para os contadores, auxiliares e profissionais da área, bem como a veracidade prática que eles
vivem hoje em escritórios de contabilidade.
A pesquisa tem uma amostra de 20 escritórios de contabilidade da cidade de Volta
Redonda em funcionamento, em um total de 45 que foram procurados, totalizando
44,4%.Adota-se o questionário como instrumento para coleta de dados, previamente
elaborado com questões objetivas referentes aos aspectos do planejamento tributário, sua
importância, suas informações e grau de conhecimento pelos escritórios e seus respectivos
clientes sobre o assunto.
A pesquisa realizada buscou confirmar a relevância que o Planejamento Tributária
tem, ou pelo menos, deve ter, para uma entidade, através de sua aplicação e resultados
obtidos, visando obter redução de carga tributária para as empresas. Os dados apresentados a
seguir foram obtidos junto aos escritórios de contabilidade de Volta Redonda, bem como as
conclusões sobre eles.
47
5.1.1 Análise de Dados
Em seguida, os resultados obtidos e analisados com base no questionário sobre
planejamento tributário, sua importância e influência nos escritórios contábeis.
Gráfico 1 - Qual é o seguimento de seus principais clientes?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
No gráfico 1 pode-se perceber quais os principais segmentos dos clientes dos
escritórios de contabilidade, onde vemos que 50% são prestadoras de serviço, 40% comércio
e os outros 10% responderam que seus clientes são de outros segmentos. Logo se conclui que
a o estudo sobre planejamento tributário se voltará principalmente para empresas prestadoras
de serviço.
De acordo com relatório da economia informal urbana realizado pelo SEBRAE em
2005, referente aos dados coletados pelo IBGE (2003), constatou-se que dos quase onze
milhões de trabalhadores informais no Brasil, 32,9% (trinta e dois vírgula nove por cento)
atuam na atividade de comércio, 15,8% (quinze vírgula oito por cento) na atividade de
indústria e os demais 51,3% (cinquenta e um vírgula três por cento) nas atividades de
serviços.
Isto demonstra uma representatividade significativa nos resultados desta pesquisa,
considerando que atividades de serviço somam o maior percentual da amostra estudada.
Percebendo-se assim, que o estudo está voltado as atividades que tinham mais representação
na economia informal no Brasil.
Na continuação, apresenta-se o regime de tributação dos respectivos clientes dos
escritórios entrevistados.
40%
50%
0%
10% Comercio
Prestação deserviços
Indústria
Outros
48
Gráfico 2 – Qual é o regime de tributação de seus clientes?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Em se tratando da questão anterior, dentre os entrevistados que responderam comércio
como o segmento de seus clientes, 62,5% dizem que seus clientes optam pelo Simples
Nacional, já os outros 37,5% alegam que seus clientes estão enquadrados no Lucro
Presumido. Todos os que responderam outros na segmentação de seus clientes, dizem que os
mesmos estão enquadrados no Simples Nacional. E por fim os que responderam que seus
clientes são do segmento de prestação de serviços, também alegaram que o regime de
tributação é o Simples Nacional. Tendo-se assim uma visão geral de que 85% dos clientes dos
escritórios da amostra pesquisada optam pelo regime de tributação Simples Nacional.
Como analisado no decorrer do trabalho, de acordo com o Portal Tributário, o Simples
Nacional estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário diferenciado mediante
regime único de arrecadação. Para Rafael de Queiroz Torres propósito do governo federal, ao
criar a Lei do Simples Nacional (Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006), era de simplificar
a cobrança de impostos de empresas, unificando a arrecadação dos tributos e
contribuições devidos pelas empresas nos âmbitos dos governos federal, estadual e municipal.
Percebe-se então que esse regime tem suas vantagens e desvantagens, onde na
pesquisa destaca-se que seus benefícios prevalecem ao abranger que 85% dos entrevistados
responderam por este regime de tributação.
0
2
4
6
8
10
12
Soma de LucroPresumido
Soma de SimplesNacional
49
Gráfico 3–Na sua opinião o Planejamento Tributário é importante para a entidade?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Questiona-se no terceiro gráfico, quais os entrevistados acham o Planejamento
Tributário é importante, visto que muitas pessoas ainda não o conhecem e não sabem sua
importância nos dias de hoje. Porém surpreendentes 100% dos entrevistados sabem o que é, e
acham importante, o que facilita respostas claras e corretas dos próximos questionamentos.
Verificou-se no desenrolar da monografia que um Planejamento Tributário é essencial para se
obter sucesso nos negócios, além de proporcionar uma apuração de resultado mais precisa e
confiável. É importante na empresa, pois ajuda a mesma a obter êxito no cumprimento de
deveres, além de levar à uma economia fiscal. E toda essa importância e influência nas
empresas se comprovam nesse questionamento, onde 100% dos entrevistados consideram o
Planejamento Tributário importante.
Gráfico 4 - O escritório oferece o Planejamento Tributário aos seus clientes?
100%
Sim
Não
85%
15%
Sim
Não
50
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Os entrevistados foram questionados sobre o oferecimento do planejamento tributário
aos clientes, onde constatou-se que 85% dos escritórios questionados oferecem aos clientes o
serviço, já 15% deles, não prestam o serviço aos usuários.
Gráfico 5 – Quem elabora o Planejamento Tributário no escritório?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Dentre os 85% dos escritórios questionados que realizam o Planejamento tributário
aos clientes, 11,8% disseram que quem elabora o planejamento são os próprios contadores, já
os outros 88,2% que prestam o serviço alegam ser os funcionários dos escritórios à preparar o
Planejamento Tributário aos seus clientes.
Gráfico 6 - O escritório realiza algum tipo de treinamento para os funcionários atuarem na
área de Planejamento Tributário?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Não Sim
Soma deContador
Soma deFuncionários
35%
20%
45% Constantemente
Raramente
Não realiza
51
No gráfico 6 concluiu-se um total de 45% de empresas prestadoras de serviços
contábeis, entre as que foram pesquisadas, que não realizam com seus funcionários um
treinamento na área de planejamento tributário, 35% delas que realizam constantemente um
treinamento, e 20% que realizam raramente.
Gráfico 7–Na visão do escritório, qual o motivo da busca do Planejamento Tributário pelos
clientes?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Constatou-se nesse gráfico, que o motivo, na visão do escritório, dos clientes
buscarem pelo planejamento tributário, para 45% dos escritórios pesquisados dá-se por
sugestão do próprio contador, 35% dizem que é por motivo de fins fiscais e 20% “outros”, no
qual os entrevistados destacaramsobre a elevação do lucro final, acham que os clientes se
preocupam com o resultado da empresa.
Gráfico 8 –Na visão do escritório, qual o motivo da falta de procura do Planejamento
Tributário pelos clientes?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
45%
0%
35%
20%
Sugestão doContador
Forma Voluntária
Fins Fiscais
Outros
0%0%
35%
65%
Os clientes serecusam a pagarpelo serviço
O escritório nãopresta esseserviço
O escritório nãosugere aosclientes
Outros
52
Em se tratando da falta de procura do planejamento tributário, na visão do escritório,
pelos clientes, 35% dos entrevistados responderam que o escritório não sugere esse serviço
aos clientes, já os outros 65% responderam “outros”, destacando a falta de interesse e atenção
desse serviço pelos clientes e falta de conhecimento das diversas formas de tributação e do
tema em geral, por parte do cliente.
Gráfico 9 - Qual a frequência da realização do Planejamento Tributário nas empresas
solicitantes?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Nota-se nesta figura que a frequência de realização do planejamento tributário nas
empresas solicitantes é de 1 vez ao ano para 35% dos escritórios de contabilidade pesquisados
e que prestam o serviço, e para 65% deles são “outros”, sendo que apontaram que realizam o
planejamento sempre que necessário, outros, quando há um novo negócio a ser empreendido e
alguns quando o cliente deseja entrar para o Simples Nacional ou ainda mudar de regime de
tributação. Tendo ainda 3 escritórios que não realizam o planejamento tributário aos seus
clientes.
Gráfico 10 – Na opinião da empresa de contabilidade, qual o grau de satisfação dos
empresários após o resultado do Planejamento Tributário?
35%
0%
0%
65%
1 vez ao ano
A cada 2 anos
A cada 3 anos
Outros
53
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Após ser realizado o planejamento tributário nas empresas solicitantes, para os
entrevistados 85% das mesmas ficam satisfeitas com o resultado e 15% muito satisfeitas.
Grau bastante favorável para o tema em pauta, mostrando sua importância para os usuários.
Gráfico 11 – Na visão do escritório de contabilidade, qual o grau de conhecimento dos
empresários solicitantes quanto ao Planejamento Tributário?
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Os entrevistados foram questionados sobre o grau de conhecimento dos empresários
solicitantes quanto ao planejamento tributário, pergunta essa que se dividiu, onde 50%
responderam que os empresários tem pouco conhecimento e os outros 50% afirmaram que
eles tem um bom conhecimento, evidenciado no gráfico 11.
0%
0%
85%
15%Insatisfeito
Pouco Satisfeito
Satisfeito
Muito Satisfeito
50%
0%
50%
PoucoConhecimento
Somente o quediz respeito aofisco
Bomconhecimento
54
Gráfico 12 - Grande parte das micro e pequenas empresas não conseguem sobreviver há mais
de 5 anos nas atividades em que estão inseridas e um dos fatores que podem contribuir é a
falta de Planejamento Tributário.
Fonte: Elaborado pelas autoras.
O gráfico 12 destaca que 70% dos questionados concordam que grande parte das
micro e pequenas empresas não conseguem sobreviver há mais de 5 anos nas atividades em
que estão inseridas e um dos fatores que podem contribuir é a falta de Planejamento
Tributário, já os outros 30% discordam da a afirmação acima.
Gráfico 13 - O Planejamento Tributário bem elaborado é um fator determinante para a
permanência das empresas no mercado e para alavancagem dos lucros.
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Quando se diz que um Planejamento Tributário bem elaborado é um fator
determinante para a permanência das empresas no mercado e para alavancagem dos lucros,
70%0%
30%
Concordo
Imparcial
Discordo
100%
Concordo
Imparcial
Discordo
55
100% das empresas prestadoras de serviços contábeis pesquisadas concordam, evidenciando
ainda mais a influência de uma economia fiscal nas empresas.
Gráfico 14 - Vantagens de se realizar o Planejamento Tributário nas empresas, sob o ponto de
vista do profissional contábil:
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Trata-se no gráfico 14 sobre as vantagens de se realizar o Planejamento Tributário nas
empresas, sob o ponto de vista do profissional contábil, e resultou-se em 50% afirmando ser a
redução da carga tributária, 40% a identificação do melhor regime tributário e 10% “outros”,
onde alegaram ser um conjunto dos 3 itens, já que todos levam a uma redução da carga
tributária e consequentemente melhores resultados financeiros.
Com a aplicação do questionário realizado, é observado que o planejamento tributário
está cada vez mais em destaque e falta, por parte dos escritórios, informar aos seus clientes da
importância do planejamento tributário para a empresa, e sua capacidade de elevar os
resultados através de estratégias que podem ser observadas a partir do mesmo, bem como
orientar seus clientes sobre o direito tributário e contabilidade tributária, destacando sobre as
formas de tributação que as empresas podem ser enquadradas e dando melhores opções aos
clientes.
De acordo com os dados, a maior parte das empresas, com 50% das respostas é do
ramo de atividade de serviços, sendo seguida da atividade de comércio com 40%. A maioria
delas, 85%, tem como regime de tributação o Simples Nacional, sendo 100% das prestadoras
de serviço e 62,5% das de comércio optantes por esse regime. Todos os escritórios alegam
que o Planejamento Tributário é importante, algo muito significativo para o resultado da
pesquisa.
50%
0%
40%
10%
Redução da cargatributária
Legalidade com ofisco
Identificação domelhor regimetributário
Outros
56
Destaca-se que 85% dos entrevistados oferecem Planejamento Tributário aos seus
clientes.Enfatizando que para 88,2% dos escritórios que oferecem o serviço aos clientes,
quem o realiza são os funcionários, sendo que em 45% dos escritórios não se realiza
treinamento à eles, e em 20% raramente se realiza treinamento. O que mostra que os
funcionários devem estudar sobre o planejamento tributário para saberem sua função e sua
importância e conseguir atender aos clientes.
No cenário contábil, foi constatado que 45% da busca pelo planejamento tributário é
por sugestão do contador e 35% para fins fiscais, enquanto 35% da falta de procura pelo
planejamento se dá por falta de sugestão do escritório e outros 65% por falta de interesse e
conhecimento dos clientes, ou seja, numa visão geral, percebe-se que as pessoas não tem
conhecimento sobre o assunto e precisam ser orientadas pelos profissionais da área.
Quanto à frequência da aplicação do Planejamento Tributário, 65% dos pesquisados
dizem ocorrer apenas quando necessário, ou quando os clientes desejam optar pelo Simples
Nacional, já 35% realizam uma vez ao ano.Em se tratando da satisfação com os resultados de
um planejamento tributário os clientes dos escritórios entrevistados ficam para 85% deles,
satisfeitos, e para 15% muito satisfeitos, o que comprova a dimensão favorável que se tem um
Planejamento Tributário.Para 50% dos escritórios os empresários têm bom conhecimento
sobre o assunto, enquanto para a outra metade eles têm pouco conhecimento.
Dentre os entrevistados 70% concorda que uma empresa não consegue sobreviver
mais de 5 anos e um dos motivos é a falta do Planejamento Tributários, já os outros 30%
discordam da afirmação, porém em seguida, 100% deles concorda o Planejamento Tributário
ser determinante para a permanência e alavancagem de lucro da empresa.Ressalta-se que para
50% deles a vantagem de se realizar o Planejamento Tributário é redução na carga tributária e
para 40% é identificar o melhor regime de tributação.
Na continuação apresenta-se a comprovação e conclusões finais, da presente pesquisa.
5.2 Planejamento Tributário: Comparativo Simples Nacional x Lucro Presumido
Nesta etapa, será realizado e demonstrado um planejamento tributário de uma empresa
prestadora de serviços seguindo todo o estudo anterior. O planejamento realizado destina-se
para a comprovação da pesquisa de campo e seus resultados, onde foi evidenciado a
importância e influência do Planejamento Tributário.
57
De acordo com alguns autores, a grande força do País, atualmente, vem dos serviços.
O crescimento desse setor está ligado a alguns fatores como a variedade de tipos de negócios
que ele abrange e a necessidade de investimento inicial mais baixo, quando comparado a
empresas que lidam com produtos.
Isso foi demonstrado no questionário, onde 50% dos entrevistados responderam que
seus clientes são do segmento de prestação de serviços. Logo esse comparativo se dá com
uma empresa prestadora de serviços, em virtude da porcentagem que representa o segmento
em destaque. Comparando-se assim as formas de tributação Lucro Presumido, utilizada
atualmente pela empresa e Simples Nacional, que foram os regimes de tributação citados
pelos escritórios de contabilidade. Com isso o caso visaresponder à uma indagação
constante para os empresários e gestores das organizações: é possível, através do
planejamento tributário, reduzir o pagamento de impostos?
5.2.1 Apresentação da Empresa
O estudo foi realizado em uma empresa denominada ABC, prestadora de serviços de
transporte municipal de passageiros, localizada na cidade de Volta Redonda-RJ, tem como
razão social ABC Transporte Municipal de Passageiros Ltda.Foi fundada em 13 de fevereiro
de 2006, tendo 10 anos de existência, seu ramo de atividade é serviços de transporte de
passageiros, como citado anteriormente e conta com um total de 15colaboradores. Sociedade
formada por dois sócios que possuem participações iguais.
Na sua fundação (2006), a empresa possuía 01 ônibus e 02Vans (lotação) para atender
a cidade. Com o passar do tempo, foi obtendo um crescimento.
Atualmente, atende em 6 linhas, com mais de 3 veículos e funcionários
qualificados para melhor interação com a população durante seus mais de 12.000 km por mês.
Unindo todos os bairros da cidade, todas as linhas passam pelo centro, facilitando
assim qualquer deslocamento e interligando no mínimo dois bairros.
A empresa ABC Transporte Municipal de Passageiros Ltda é uma empresa de médio
porte, que atua na área de prestação de serviços de transporte de passageiros e tem como
propósito atender a necessidade de deslocamento das pessoas com qualidade, segurança,
confiabilidade e pontualidade, de maneira responsável.
58
A competitividade neste ramo é grande, mas a ABC Transporte Municipal de
Passageiros conta em sua frota, com veículos da mais alta tecnologia e sofisticação para
oferecer conforto, tranquilidade e segurança a seus clientes. Itinerário eletrônico, vidros fumê,
bancos anatômicos e estofados, sistema de exaustão, motor eletrônico e ecológico com menor
emissão de ruído e fumaça, tudo isso para melhor atender seus clientes.
Tem por objetivo garantir o crescimento sustentável, mantendo-se como referencia
local de qualidade no setor de transporte, conquistando novos caminhos e novos mercados.
Fazer com excelência no transporte de pessoas um objetivo permanente,através da melhoria
contínua e superação para agregar valor às partes interessadas. Buscar sempre essa excelência
na prestação dos serviços aos clientes.
A empresa esta conseguindo aumentar seus clientes mês a mês, o que cria uma
expectativa de crescimento a curto prazo nos sócios da empresa, e em seus colaboradores.
Tendo em vista esse crescimento, a empresa necessita aprimorar sua forma de administrar,
para conseguir acompanhar o crescimento e não perder o controle da organização.
A empresa, objeto desse estudo, enquadrada no Lucro Presumido, opta por esse
regime, onde será comparado com o regime de Simples Nacional.
Esse comparativo é importante, pois, pode definir a permanência da empresa no
mercado de atuação ou até mesmo ser investido em melhorias que possibilitem a ela
vantagens competitivas em relação a seus concorrentes.
Para um bom Planejamento Tributário, as informações devem ser confiáveis e
analisadas pelos profissionais contábeis para que possam demonstrar ao empresário qual o
melhor caminho a ser seguido, e que pode ser possível sim, reduzir custos e despesas através
de alternativas legais. Com isso, pode-se ter uma análise clara e precisa sobre o conceito de
Planejamento Tributário, sua importância dentro das organizações e como ele influência
diretamente na permanência de uma empresa no mercado de trabalho.
5.2.2 Demonstrações Contábeis ANO 2014
5.2.3 Cálculos Regime de Tributação Lucro Presumido
Tendo em vista as informações analisadas e estudas pela forma de tributação Lucro
Presumido, fez-se um quadro demonstrando os valores supostos devidos de tributos,
59
calculando, assim, o PIS e a COFINS no regime de incidência cumulativa, a Contribuição
Social Anual, bem como o Imposto de Renda e a Contribuição Patronal.
Embora o Lucro Presumido seja apurado trimestralmente, o cálcula será anual.
Segue abaixo uma tabela detalhada do cálculo dos impostos:
Tabela 4- Impostos - Lucro Presumido - Transporte Municipal de Passageiros
IMPOSTOS - LUCRO PRESUMIDO - TRANSPORTE MUNICIPAL DE PASSAGEIROS
IRPJ
Faturamento % de Presunção Base de Cálculo % IRPJ
R$302.836,00 16% R$48.453,76 15% R$7.268,06
CSLL
Faturamento % de Presunção Base de Cálculo % CSSL
R$302.836,00 32% R$96.907,52 9% R$8.721,68
PIS/COFINS
Faturamento % PIS % COFINS
R$302.836,00 0.65% R$1.968,43 3% R$9.085,08
CPP
Faturamento % CPP
R$302.836,00 2% R$6.056,72
ISS
Faturamento % ISS
R$302.836,00 2% R$6.056,72
Fonte: Elaborado pelas autoras
Conforme já evidenciado anteriormente no desenvolver do trabalho, neste regime de
tributação existe uma alíquota de presunção nos impostos IRPJ e CSLL de acordo com a
tabela anterior.Ademais, os impostos são calculados a partir da receita líquida multiplicada
pela alíquota devida de cada imposto.
Sendo assim, para uma melhor visualização foi elaborado um quadro expondo os
respectivos tributos, demonstrado a seguir:
Tabela 5- Resumo Geral - Lucro Presumido
RESUMO GERAL - LUCRO PRESUMIDO
FATURAMENTO IRPJ CSLL COFINS PIS
CPP ISS TOTAL
R$302.836,00 R$7.268,06 R$8.721,68 R$9.085,08 R$1.968,43 R$6.056,72 R$6.056,72 R$39.156,69
Fonte: Elaborado pelas autoras
60
Foi calculado sobre a folha de pagamento a Contribuição Variável de Outras
Entidades, com um percentual de 5.8% e o Risco do Acidente do Trabalho (RAT), com 3%,
de acordo com a tabela - Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de
Risco - Conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Encontra-se a
porcentagem no item “ Serviço de transporte de passageiros – locação de automóveis com
motorista”. Os cálculos a seguir, já estão incluídos nas despesas gerais e administrativas:
Tabela 6 - Cálculo sobre a folha de pagamento
Folha de Pagamento Mensal Multiplicado por 13 meses
R$ 13.200,00 R$ 171.600,00
Folha de Pagamento Anual % Total
R$ 171.600,00 5,8% + 3% R$ 15.100,80
Fonte: Elaborado pelas autoras
Posteriormente, está sendo evidenciado a DRE simulada no Lucro Presumido
Tabela 7 - Demonstração do Resultado do Exercício 2014 - Lucro Presumido
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – 2014
Em milhares de
reais
Receita Operacional Bruta 302.836,00
Deduções
Impostos ( PIS/COFINS/ISS/CPP) -23.166,95
Receita Operacional Líquida 279.669,05
Custo dos Serviços Prestados -115.555,00
Lucro Bruto 164.114,05
Receitas (Despesas) Operacionais
Honorários -2.134,00
Gerais e Administrativas -76.706,00
Outras Despesas Operacionais -3.149,00
Outros Resultados – Líquidos 192,00
Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro 82.317,05
Resultado Financeiro – Líquido 11.150,00
Lucro Antes do IR, do CSSL 93.467,05
Imposto de Renda -7.268,06
Contribuição Social -8.721,68
Lucro Líquido do Exercício 77.477,31
Fonte: Elaborado pelas autoras
61
Pode ser observado que após os cálculos realizados, a partir das estimativas de tributo
devido, o resultado é de R$ 77.477,31, que será comparado na sequência com o reusltado do
Simples Nacional, percebendo-se a importância de se realizar um planejamento tributário.
5.2.4 Cálculos no Regime de Tributação Simples Nacional
A partir das informações utilizadas para cálculo do Simples Nacional, sabendo que a
empresa em questão está enquadrada no Anexo III, da Lei 123/2006, calculou-se uma
suposição de imposto devido, caso a mesma estivesse inclusa neste regime de tributação.
Segue cálculo dos impostos do Regime de Tributação Simples Nacional:
Tabela 8 - Impostos - Simples Nacional - Transporte Municipal de Passageiros IMPOSTOS - SIMPLES NACIONAL - TRANSPORTE MUNICIPAL DE PASSAGEIROS
FATURAMENTO ALÍQ. IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ISS TOTAL
8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%
R$302.836,00 R$24.862,84 R$- R$- R$4.300,27 R$- R$12.113,44 R$8.449,12 R$24.862,84
Fonte: Elaborado pelas autoras
Os impostos são obtidos multiplicando o valor da receita líquida anual retirada das
demonstrações contábeis já expostas no presente trabalho, pelas alíquotas referidas na tabela
acima de cada tributo respectivamente.
Com os cálculos realizados, chega-se a uma nova demonstração do exercício dando
um resultado líquido de R$ 91.771,16, conforme a DRE a seguir:
62
Tabela 9- Demonstração do Resultado do Exercício 2014 - Simples Nacional
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – 2014
Em milhares de reais
Receita Operacional Bruta 302.836,00
Deduções
Impostos ( PIS/COFINS/ISS/CPP/IR/CSLL) -24.862,84
Receita Operacional Líquida 277.973,16
Custo dos Serviços Prestados -115.555,00
Lucro Bruto 162.418,16
Receitas (Despesas) Operacionais
Honorários -2.134,00
Gerais e Administrativas -76.706,00
Outras Despesas Operacionais -3.149,00
Outros Resultados – Líquidos 192,00
Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro 80.621,16
Resultado Financeiro – Líquido 11.150,00
Lucro Antes do IR, do CSSL 91.771,16
Imposto de Renda
Contribuição Social
Lucro Líquido do Exercício 91.771,16
Fonte: Elaborado pelas autoras
Sendo assim, os ajustes se devem aos impostos que foram alterados a partir dos
cálculos com as novas alíquotas que incidiram sobre a base de cálculo e fez com que
diminuísse as deduções da receita, e consequentemente, aumentando o resultado líquido,
aumentando o Lucro Líquido da entidade
5.2.5 Comparativo entre Simples Nacional e Lucro Presumido
Após a análise das duas formas de tributação já expostas, pode-se optar pelo Simples
Nacional ou pelo Lucro Presumido, compreendendo os resultados obtidos a seguir:
Tabela 10-Comparativo - Simples Nacional x Lucro Presumido
COMPARATIVO – SIMPLES NACIONAL X LUCRO PRESUMIDO
IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS Total
Simples
Nacional
R$- R$- R$4.300,27 R$- R$12.113,44 R$8.449,12 R$24.862,84
Lucro
Presumido
R$7.268,06 R$8.721,68 R$9.085,08 R$1.968,43 R$6.056,72 R$6.056,72 R$39.156,69
Fonte: Elaborado pelas autoras
63
Gráfico 15 – Comparativo Simples Nacional x Lucro Presumido
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Mediante a tabela e o gráfico comparativo, apesar da CPP e do ISS serem superiores
no Simples Nacional, no montante geral, é mais vantajoso para a empresa se enquadrar nesse
regime de tributação.
Outros aspectos devem ser observados, como a margem de lucro do exercício, que
conforme já demonstrado, no Simples Nacional o lucro líquido do exercício foi R$ 91.771,16
e o do Lucro Presumido, R$ 77.477,31, evidenciando que o Simples Nacional é mais
vantajoso para essa entidade.
Conclui-se assim, que a melhor forma de tributação para a referida empresa seria pelo
Simples Nacional, caso ela não pretenda obter um lucro maior que R$3.600.000,00 no
próximo ano e pode-se perceber que a empresa deixaria de ter um débito de impostos de R$
14.293,85, em comparação com o Lucro Presumido.
5.3 Resultados da Pesquisa
No desenvolver da pesquisa observa-se o quanto a carga tributária se minimiza quando
se opta pelo planejamento tributário possibilitando a empresa analisar o mais adequado
regime de tributação.
Outrossim, comprova-se através do estudo de campo, que os escritórios de
contabilidade deixam a desejar quando se trata do planejamento tributário, principalmente por
demonstrarem que é fundamental no ambiente empresarial, porém não transmitirem a devida
importância e conhecimento que eles, profissionais contábeis, possuem aos seus clientes.
R$ -
R$ 5,000.00
R$ 10,000.00
R$ 15,000.00
ComparativoSimples Nacional x Lucro
Presumido
Simples Nacional Lucro Presumido
64
Esquema 1: União escritórios e clientes
Fonte: Elaborado pelas autoras
Sendo assim, provou-se que é possível sim, através de um bom planejamento reduzir
o pagamento de tributos, melhorando o seu lucro, demonstrado pelo estudo realizadocom a
empresa ABC Transporte Municipal de Passageiros que se optar pela tributação baseada no
Simples Nacional trará benefícios a entidade, aumentando seu resultado.
Logo, percebe-se que o seguimento mais citado pelo questionário é prestadora de
serviços, que posteriormente foi aplicado um estudo comparativo objetivando concluir a
melhor forma de tributação, e por fim, obteve sucesso, conseguindo reduzir a carga tributária
através do planejamento tributário ressaltando qual é a melhor forma de tributação baseado
em suas demonstrações contábeis.
Contudo, se todos os clientes dos escritórios de contabilidade, considerando um
universo de 20 escritórios entrevistados, onde 50% são prestadores de serviços, tivessem a
devida ciência e/ou orientação, todas essas empresas seguindo o exemplo exposto da empresa
tratada neste estudo poderiam ter melhores resultados e menores cargas tributárias.
Esquema 2: Ciclo Planejamento Tributário
Fonte: Elaborado pelas autoras
65
Por fim, analisando os principais dados de toda a pesquisa, recomenda-se a utilização
do Planejamento Tributário em todos os ramos empresariais sob forma instrumento de
estratégia competitiva, como uma maneira da empresa cumprir sua missão, garantir sua
sobrevivência e manutenção no mercado frente à concorrência acirrada.
66
6 CONCLUSÃO
As empresas pagam um significativo montante de impostos sobre seu faturamento, o
que faz necessário,que os empresários e o profissional da área contábil busquem alternativas
rápidas e eficazes para a redução dos custos. Para que seja alcançado,uma das alternativas é o
planejamento tributário, tema do presente trabalho, que faz uma análise das demonstrações
contábeis da empresa, legislação vigente e, consequentemente maximizando o lucro, e
minimizando a carga tributária.
Pode-se observar que há duas formas objetivando a redução tributária. Uma delas é a
evasão que não é indicada por envolver a sonegação fiscal, não sendo condizente com os
princípios fundamentais, e a elisão, ou também denominada de economia legal, englobando o
planejamento tributário.
O Código Tributário Nacional bem como a Constituição Federal de 1988, foram as
principais legislações frisadas. Nelas faz-se valer dentre diversos assuntos, os tributos, que
são representados pelos impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos
compulsórios e as contribuições especiais e que são de extrema importância e estão
constantemente presente no cotidiano da população.
Outrossim, é essencial que haja um conhecimento dos princípios fundamentais do
direito tributário bem como os princípios da contabilidade para a correta aplicabilidade do
planejamento tributário e assim, contribuir para redução dos ônus fiscais, melhoramento do
fluxo de caixa, postergação de tributos e redução dos autos de infração.
Vale destacar que para um bom planejamento tributário é necessário que as partes
tenham um amplo conhecimento dos regimes de tributação (Simples Nacional, Lucro
Presumido, e Lucro Real), pois há a necessidade de identificar onde a empresa pode ser
enquadrada, além de saber sobre as alíquotas aplicáveis e exceções.
O planejamento tributário é a adoção de procedimentos, por parte do contribuinte
visando a redução dos ônus ficais, em consonância com os princípios éticos e legais, de
maneira eficiente e eficaz.
Para tanto, fez-se uma revisão sobre o tema, inicialmente, dando noções
introdutórias,destacando que o planejamento tributário auxilia no desenvolvimento da
67
empresa possibilitando a mesma, obter ou não uma economia tributária, e caso
obtenha,poderá investir em diversos fatores que visam o melhoramento da continuidade da
empresa.
Sendo assim, o trabalho realizado teve como objetivo efetuar um estudo sobre o
planejamento tributário, voltado para a sua importância e a realização de um estudo
comparativo do melhor regime de tributação no ano de 2014 para uma empresa de transporte
situada em Volta Redonda –RJ.
Dessa forma, pode-se concluir que o objetivo do trabalho foi alcançado, haja vista que
o planejamento tributário é essencial para ajudar na tomada de decisão e tem fundamental
importância para as empresas, apesar de algumas empresas ainda não terem se conscientizado
sobre os benefícios e conceitos do tema. O planejamento tributário faz uma análise mais
detalhada sobre a entidade, podendo ser observada a melhor forma de tributação, e
consequentemente a empresa poderá ser enquadrada no regime de tributação de maneira mais
benéfica.
Por fim, sugere-se um estudo que pesquise sobre a divulgação do planejamento
tributário na região Sul Fluminense, bem como um estudo comparativo tendo como foco
principal o Lucro Presumido e o Lucro Real.
68
7REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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69
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78
8 ANEXOS
Anexo 1:
Anexos contidos na Lei Complementar N o 123/2006
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(vigência: 01/01/2012)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%
79
ANEXO II DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(vigência: 01/01/2012)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS IPI
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%
80
ANEXO III DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(vigência: 01/01/2012)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de Locação de Bens Móveis e de
Prestação de Serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 desta Lei
Complementar.
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS
Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%
De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%
De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%
81
ANEXO IV DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(vigência: 01/01/2012)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços
relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar.
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%
De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%
De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%
82
ANEXO V DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006.
(vigência: 01/01/2012)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços
relacionados no § 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar.
1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:
(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)
Receita Bruta (em 12 meses)
2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde “<”
significa menor que, “>” significa maior que, “≤” significa igual ou menor que e “≥” significa
maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,
Cofins e CPP corresponderão ao seguinte:
TABELA V-A
Receita Bruta em 12 meses (em R$) (r)<0,1
0
0,10≤ (r)
e
(r) < 0,15
0,15≤ (r)
e
(r) < 0,20
0,20≤ (r)
e
(r) < 0,25
0,25≤ (r)
e
(r) < 0,30
0,30≤ (r)
e
(r) < 0,35
0,35≤ (r)
e
(r) < 0,40
(r) ≥
0,40
Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%
De 360.000,01 a 540.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%
De 540.000,01 a 720.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%
De 720.000,01 a 900.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%
83
3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e
CPP apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV a esta Lei
Complementar.
4) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na
forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B, onde:
(I) = pontos percentuais da partilha destinada à CPP;
(J) = pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados após o resultado do fator
(I);
(K) = pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após o resultado dos
fatores (I) e (J);
(L) = pontos percentuais da partilha destinada à COFINS, calculados após o resultado dos
fatores (I), (J) e (K);
(M) = pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o PIS/Pasep, calculados
após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L);
(I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100
N = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100;
P = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.
84
Tabela V-B:
Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP
I J K L M
Até 180.000,00 N x
0,9
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 180.000,01 a 360.000,00 N x
0,875
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 360.000,01 a 540.000,00 N x
0,85
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 540.000,01 a 720.000,00 N x
0,825
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 720.000,01 a 900.000,00 N x
0,8
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 900.000,01 a 1.080.000,00 N x
0,775
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 N x
0,75
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 N x
0,725
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 N x
0,7
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 N x
0,675
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 N x
0,65
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 N x
0,625
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 N x
0,6
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
85
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 N x
0,575
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 N x
0,55
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 N x
0,525
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 N x
0,5
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 N x
0,475
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 N x
0,45
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 N x
0,425
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 - I - J - K) 100 - I - J - K - L
ANEXO VI
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)
(Vigência: 1o de janeiro de 2015)
Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços
relacionados no § 5o-I do art. 18 desta Lei Complementar.
1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:
(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)
Receita Bruta (em 12 meses)
2) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na
forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B do
Anexo V desta Lei Complementar.
3) Independentemente do resultado da relação (r), as alíquotas do Simples Nacional
corresponderão ao seguinte:
86
TABELA VI
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,
Cofins e CPP
ISS
Até 180.000,00 16,93% 14,93% 2,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 17,72% 14,93% 2,79%
De 360.000,01 a 540.000,00 18,43% 14,93% 3,50%
De 540.000,01 a 720.000,00 18,77% 14,93% 3,84%
De 720.000,01 a 900.000,00 19,04% 15,17% 3,87%
De 900.000,01 a 1.080.000,00 19,94% 15,71% 4,23%
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 20,34% 16,08% 4,26%
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 20,66% 16,35% 4,31%
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 21,17% 16,56% 4,61%
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 21,38% 16,73% 4,65%
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 21,86% 16,86% 5,00%
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 21,97% 16,97% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 22,06% 17,06% 5,00%
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 22,14% 17,14% 5,00%
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 22,21% 17,21% 5,00%
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 22,21% 17,21% 5,00%
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 22,32% 17,32% 5,00%
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,37% 17,37% 5,00%
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,41% 17,41% 5,00%
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,45% 17,45% 5,00%
87
Anexo 2:
Os escritórios receberam por email, o questionário abaixo:
PlanejamentoTributário
Como parte do desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, estamos realizando uma pesquisa sobre a
atuação e conhecimento de Planejamento Tributário dos escritórios de contabilidade e gostaríamos de contar com a sua
participação.
O instrumento de coleta de dados é composto de um conjunto de 13 (treze) questões.
O tempo médio deverá consumir aproximadamente 5 minutos de seu tempo.
Não é necessário identificação pessoal para responder este questionário.
O perfil do respondente se aplica a profissionais de escritórios de contabilidade que conhecem todos os serviços
oferecidos de seu escritório, e principalmente a área tributária.
Desde já, agradecemos sua participação, nos ajudará muito.
*Obrigatório
Qual é o nome do seu escritório ou escritório em que você trabalha?
Qual é o seguimento de seus principais clientes? *
o Indústria
o Comércio
o Prestação de serviços
o Outro:
Qual é o regime de tributação de seus clientes? *
o Simples Nacional
o Lucro Presumido
o Lucro Real
Na sua opinião o Planejamento Tributário é importante para as entidades? *
o Sim
o Não
O escritório oferece o Planejamento Tributário aos seus clientes? *
o Sim
o Não
Quem elabora o Planejamento Tributário no escritório? *
88
o Funcionários
o Contador
O escritório realiza algum tipo de treinamento para os funcionários atuarem na área de Planejamento
Tributário? *
o Constantemente
o Raramente
o Não realiza
Na visão do escritório, qual o motivo da busca do Planejamento Tributário pelos clientes? *
o Sugestão do contador
o Forma voluntária
o Fins fiscais
o Outro:
Na visão do escritório, qual o motivo da falta de procura do Planejamento Tributário pelos clientes? *
o Os clientes se recusam a pagar pelo serviço
o O escritório não presta esse serviço
o O escritório não sugere aos clientes
o Outro:
Qual a frequência da realização do Planejamento Tributário nas empresas solicitantes? *
o 1 vez ao ano
o A cada 2 anos
o A cada 3 anos
o Outro:
Na opinião da empresa de contabilidade, qual o grau de satisfação dos
empresários após o resultado do Planejamento Tributário?*
o Insatisfeito
o Pouco Satisfeito
o Satisfeito
o Muito Satisfeito
Na visão do escritório de contabilidade, qual o grau de conhecimento dos
empresários solicitantes quanto ao Planejamento Tributário?*
o Pouco conhecimento
o Somente o que diz respeito ao fisco
89
o Bom conhecimento
Grande parte das micro e pequenas empresas não conseguem sobreviver há mais de 5 anos nas
atividades em que estão inseridas e um dos fatores que podem contribuir é a falta de Planejamento
Tributário. *
o Concordo
o Imparcial
o Discordo
O Planejamento Tributário bem elaborado é um fator determinante para a permanência das empresas
no mercado e para alavancagem dos lucros. *
o Concordo
o Imparcial
o Discordo
Vantagens de se realizar o Planejamento Tributário nas empresas, sob o ponto de vista do profissional
contábil: *
o Redução da carga tributária
o Legalidade com o fisco
o Identificação do melhor regime tributário
o Outro:
Enviar
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