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MUNICÍPIO DE FAGUNDES
ESTADO DA PARAÍBA
Rua Quebra Quilos, s/n – Centro – Fagundes-PB
CEP 58.487-000 – Fone/Fax 83 3393-1761 – CNPJ: 08.737.694/0001-56
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 1
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 2
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Fagundes, PB
2013/2014
O Plano de Resíduos Sólidos do Município Fagundes-PB foi coordenado e elaborado
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 3
O Plano de Resíduos Sólidos do Município Fagundes-PB foi coordenado e elaborado
Secretaria de Administração Municipal e pela Secretaria de Educação, com o apoio do
Ministérios Público Estadual na elaboração do diagnóstico, e acompanhado pela Comissão
do Plano de Resíduos Sólidos Municipal, criada pela Portaria nº 93A/2013.
Para acompanhar e discutir o processo de elaboração e implementação do Plano de
Resíduos Sólidos do Município de Fagundes-PB, foi criado um Grupo de Trabalho, no âmbito
da Comissão do Plano de Resíduos Sólidos Municipal. Os membros do mencionado grupo
colaboraram nas diferentes etapas de elaboração do Plano.
Membros da Comissão do Plano de Resíduos Sólidos Municipal:
Edvaldo Cavalcanti Soares – Sec. de Administração
Silvio Romero do Nascimento – Sec. de Saúde
Cristina Pedro Gonçalves – Sec. de Educação
Herlane Rafaele Dantas de Mélo – Sec. Chefe de Gabinete
Jaqueline Fabricio Morais Taveira – Sec. de Bem Estar Social
Priscila Costa de Souza – Gestora do Plano
Membros do Grupo de Trabalho – Equipe Técnica
Edvaldo Cavalcanti Soares – Sec. de Administração
Cristina Pedro Gonçalves – Sec. de Educação
Herlane Rafaele Dantas de Mélo – Sec. Chefe de Gabinete
Priscila Costa de Souza – Gestora do Plano
Helder Melquisedec da Silva Gomes – Profº de História
Waltemberg Honório Moizinho – Profº de Geografia
Antonio Cabral da Silva - Chefe da divisão de Limpeza
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 4
José Pedro da Silva
Prefeito do Município
SUMÁRIO
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 5
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Localização espacial do município de Fagundes – PB ......................................... 26
Figura 02 - Barragem de Fagundes ......................................................................................... 34
Figura 03 – Pedra de Santo Antonio ....................................................................................... 39
Figura 04 – Disposição dos Bairros no Município de Fagundes ............................................. 39
Figura 05 – Caminhão que faz a coleta do lixo ....................................................................... 60
Figura 06 – Carrinho de coleta/Varrição de ruas ................................................................... 63
Figura 07 – Varrição da Feira .................................................................................................. 65
Figura 08 – Fotos do lixo do Cemitério .................................................................................. 68
Figura 09 – Fotos do Matadouro ............................................................................................. 69
Figura 10 – Tambor utilizado para o Estudo Gravimétrico ..................................................... 73
Figura 11 – Rompimento dos sacos para o Estudo Gravimétrico ........................................... 74
Figura 12 – Distribuição percentual dos RSD na Quarta (02/10/2013) .................................. 78
Figura 13 – Distribuição percentual dos RSD na Quinta (03/10/2013) .................................. 78
Figura 14 – Distribuição percentual dos RSD na Sexta (04/10/2013) .................................... 79
Figura 15 – Distribuição percentual dos RSD na Segunda (07/10/2013) ............................... 80
Figura 16 – Distribuição percentual dos RSD na Terça (08/10/2013) .................................... 80
Figura 17 – Distribuição percentual dos RSD do Município de Fagundes – PB. ................... 81
Figura 18 – Distribuição percentual dos RSD do Município de Fagundes – PB. Dados
coletados em 02 a 08/10/2013 .................................................................................................. 82
Figura 19 – Caminhão transportando lixo até o lixão ............................................................. 83
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 6
Figura 20 – Etapas de trabalho no galpão de triagem ........................................................... 100
Figura 21 – Fluxo de trabalho no galpão de triagem ............................................................. 101
Figura 22 – Organização do galpão em função da tipografia ................................................ 102
Figura 23 – Triagem em mesa linear ..................................................................................... 104
Figura 24 – Equipamentos internos ....................................................................................... 104
Figura 25 – Galpão com estrutura metálica........................................................................... 105
Figura 26 – Detalhes construtivos do silo ............................................................................. 109
Figura 27 – Baias de triagem ................................................................................................. 110
Figura 28 – Esquema de leira ................................................................................................ 113
Figura 29 – Principais áreas degradadas do Município de Fagundes em virtude dos resíduos
sólidos urbanos ....................................................................................................................... 119
Figura 30 – Disposição final dos resíduos em vala ............................................................... 136
Figura 31 – Abertura de valas ............................................................................................... 137
Figura 32 – Corte transversal de um terreno sanitário em valas ........................................... 138
Figura 33 – Descarregamento de resíduos em valas ............................................................. 139
Figura 34 – Perfil e Corte transversal de um terreno sanitário em valas ............................... 140
Figura 35 – Perfil e Corte transversal de um terreno sanitário em valas ............................... 141
Figura 36 – Abertura de valas c acúmulo de terras ............................................................... 145
Figura 37 – Execução da camada final de cobertura da vala ................................................ 146
Figura 38 – Plantas da Unidade ............................................................................................. 151
Figura 39 – Plantas da Unidade ............................................................................................. 152
Figura 40 – Plantas da Unidade ............................................................................................. 153
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Quarta (02/10/13) ............ 75
Tabela 02 - Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Quinta (03/10/13) .............. 75
Tabela 03 - Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Sexta (04/10/13) ................ 76
Tabela 04- Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Segunda (07/10/13) ............ 76
Tabela 05- Resultado da composição gravimétrica dos RSD da Terça (08/10/13) ................. 77
Tabela 06- Estudo da composição gravimétrica da cidade de Fagundes, referentes aos RSD
gerados, coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a 08/10/2013 ......... 80
Tabela 07- Estudo da composição gravimétrica da cidade de Fagundes, referentes aos RSD
gerados, coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a
08/10/2013apresentando os valores consolidados sem a terra ................................................. 81
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LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Informações acerca da lavoura permanente no Mun.de Fagundes 2012 .... ....... 40
Quadro 02 - Informações acerca da lavoura temporária no Município de Fagundes 2012 .... 46
Quadro 03 – Demonstrativo da pecuária do Município de Fagundes em 2012 ...................... 51
Quadro 04 – Dem. do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura do Munic. de Fagundes/2012 55
Quadro 05- Cronograma dos dias da Coleta por ruas ............................................................. 57
Quadro 06- Unidades que oferecem serviços de saúde no Município de Fagundes ............... 61
Quadro 07- Resumo da logística da coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos
em Fagundes 2013 .................................................................................................................... 65
Quadro 08- Sistematização das Leis pertinentes aos catadores de materiais recicláveis ....... 86
Quadro 09- Fontes e rejeitos decorrentes do abate de bovinos ............................................... 96
Quadro 10- Equipamentos para o galpão de triagem ........................................................... 100
Quadro 11- Tipologia dos recicláveis .................................................................................. 103
Quadro 12- Instalações de apoio .......................................................................................... 107
Quadro 13- Caracterização de resíduos animais e vegetais ................................................. 112
Quadro 14- Áreas degradadas relativas aos resíduos sólidos encontradas no Município de
Fagundes ................................................................................................................................ 128
Quadro 15- Caract. de várias tecnologias simplificadas para disposição de resíduos ........ 131
Quadro 16 – Demonstrativo dos gastos com a coleta atual................................................... 150
Quadro 17- Orçamento da UGIRSU ..................................................................................... 154
Quadro 18- Orçamento para implantação da Coleta Seletiva ............................................... 155
Quadro 19- Cronograma ....................................................................................................... 156
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LISTA DE SIGLAS
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACS- Agentes Comunitários de Saúde
AS – Aterro Sanitário
AR - Área de Reciclagem
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
CT - Central de Triagem
CTR - Controle de Transporte de Resíduos
EE - Equipamento Eletroeletrônico
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto
ETA - Estação de Tratamento de Água
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR - Norma Brasileira
ONG - Organização Não governamental
PNSB - Plano Nacional de Saneamento Básico
PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos
PEV - Ponto de Entrega Voluntária
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
PEE - Programa de Eficientização Energética
RSD - Resíduo Sólido Domiciliar
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 10
RCCC - Resíduos da Construção Civil e Demolição
REE - Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos
SAS – Secretaria de Ação Social
SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
SIRF - Sistema Integrado de Receita e Fiscalização
SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente do Estado da Paraíba
UBS - Unidade Básica de Saúde
UGIRSU – Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos sólidos Urbanos
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PREÂMBULO ........................................................................................................................... 15
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 17
1.0 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 20
CAPÍTULO I .............................................................................................................................. 23
2.0 - OBJETIVOS E PRINCÍPIOS ............................................................................................... 23
CAPÍTULO II ............................................................................................................................. 25
3.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ............................................................................... 25
3.1 - Localização ........................................................................................................................... 25
3.2 - Aspectos históricos ....................................................................................................................... 27
- Revolta Ronco da Abelha .......................................................................................................... 29
- Revolta Quebra Quilos ............................................................................................................... 36
- Revolta Quebra Canos ............................................................................................................... 36
3.3 - Aspectos demográficos ......................................................................................................... 34
3.4 - Relevo ................................................................................................................................... 35
3.5 - Hidrografia ............................................................................................................................ 35
3.6 - Recursos Naturais.................................................................................................................. 35
3.6.1 - Flora ................................................................................................................................... 36
3.6.2 - Fauna .................................................................................................................................. 36
3.7 - Economia municipal .............................................................................................................. 37
3.7.1 - Agricultura ......................................................................................................................... 37
3.7.2 - Turismo .............................................................................................................................. 37
3.7.3 - Lavoura Permanente 2012 ................................................................................................. 40
3.7.4 - Lavoura Temporária 2012 .................................................................................................. 45
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3.7.5 – Pecuária ano 2012 ............................................................................................................. 51
3.7.6 - Extrativismo Vegetal e Silvicultura ................................................................................... 52
3.7.7 - Comércio, Serviços e Indústrias......................................................................................... 55
CAPÍTULO III ........................................................................................................................... 57
4.0 - FASE ATUAL DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM FAGUNDES.......... 57
4.1 - Resíduos Sólidos Domésticos (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores da cidade
e disposição final) ............................................................................................................................. 57
4.2 - Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores
da cidade e disposição final) ............................................................................................................. 61
4.3 - Resíduos Sólidos da Construção Civil (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores
da cidade e disposição final) ............................................................................................................. 62
4.4 - Resíduos Sólidos da Varrição de Ruas (Frequência, Transporte, equipe de trabalho, setores
da cidade e disposição final) ............................................................................................................. 62
4.5 - Resíduos Sólidos Originado de Podas ou Desbaste (Frequência, Transporte, equipe de
trabalho, setores da cidade e disposição final) .................................................................................. 63
4.6 - Resíduos Sólidos Originado na Feira Municipal (Frequência, Transporte, equipe de trabalho,
setores da cidade e disposição final) ................................................................................................. 64
4.7 - Resíduos Sólidos Originado no Cemitério Municipal (Frequência, Transporte, equipe de
trabalho, setores da cidade e disposição final) .................................................................................. 67
4.8 - Resíduos Sólidos Originado no Matadouro Municipal (Frequência, Transporte, equipe de
trabalho, setores da cidade e disposição final) .................................................................................. 68
4.9 - Resíduos da Logística Reversa ............................................................................................. 70
CAPÍTULO IV ........................................................................................................................... 71
5.0 - CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE FAGUNDES ......... 71
5.1. Característica da coleta de resíduos sólidos do Municipio de Fagundes ................................ 71
5.2. Estudo Gravimétrico. .............................................................................................................. 72
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 13
5.2.1. Método ................................................................................................................................ 72
5.2.2 - Resultados .......................................................................................................................... 74
5.2.3 - Resultado Consolidado ...................................................................................................... 80
CAPÍTULO V .................................................................................................................... 84
6.0 - DA SUSTENTABILIDADE ........................................................................................ 84
6.1 - Conceito ............................................................................................................................. 84
6.2. Catadores .............................................................................................................................. 86
6.3. Das Associações de Catadores ............................................................................................. 88
6.4. Propostas ............................................................................................................................. 89
6.4.1 - Infraestrutura do Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos e da UGIRSU .......................... 90
6.4.2 - Infraestrutura de Coleta de Resíduos Sólidos .................................................................... 90
6.3.2.1 – Resíduos Sólidos Domésticos ........................................................................................ 91
6.4.2.2 – Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde ....................................................................... 93
6.4.2.3 – Resíduos Sólidos da Construção Civil ........................................................................... 94
6.4.2.4 – Resíduos Sólidos da Capina, Poda e Desbaste ............................................................... 95
6.4.2.5 – Resíduos Sólidos de Varrição......................................................................................... 95
6.4.2.6– Resíduos Sólidos do Cemitério ....................................................................................... 95
6.4.2.7– Resíduos Sólidos do Matadouro ...................................................................................... 95
6.4.2.8 – Resíduos de Logística Reversa ....................................................................................... 95
6.4.29 – Agências Bancárias ......................................................................................................... 95
6.4.2.10 – Pousadas, Bares e Similares ......................................................................................... 95
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6.4.3 - Infraestrutura UGIRSU ...................................................................................................... 99
6.4.3.1 – IoRGANIZAÇÃO DO Galpão de Triagem .................................................................. 100
CAPÍTULO VI ......................................................................................................................... 118
7. DA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS ......................................................... 118
7.1. Setores e Áreas Degradadas do Município de Fagundes. .................................................... 118
7.2. Lixão do Município de Fagundes ......................................................................................... 120
7.3. Encerramento do lixão .......................................................................................................... 120
7.4 Aterros Sanitários ................................................................................................................. 128
CAPÍTULO VII ........................................................................................................................ 148
8.0 – Proposições de áreas para implantação da Unidade ............................................................. 148
CAPÍTULO VIII ....................................................................................................................... 149
9.0 – Ações de Desenvolvimento Rural ...................................................................................... 149
CAPÍTULO IX ......................................................................................................................... 150
10.0 - CUSTOS ........................................................................................................................... 150
10.1. Gastos atuais com a Coleta Municipal .............................................................................. 150
10..2. Planta e custos para a implantação da UGIRSU ............................................................... 151
11 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ............................................................................... 156
12– PLANO DE DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........................................................... 158
13 - CONCLUSÃO .................................................................................................................. 100
14 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 102
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PREÂMBULO
O Plano Municipal de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes visa atender o
determinado na Lei Federal n.º 12.305 de 2 de agosto de 2010, bem como as Leis nos
11.445,
de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000e o
Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 que a regulamenta, as normas estabelecidas
pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
(Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Sinmetro), sobretudo nos seguintes objetivos:
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem
como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de
minimizar impactos ambientais;
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e
insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor
empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos
sólidos;
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 16
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos
gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados,
como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº
11.445, de 2007;
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo
social e ambientalmente sustentáveis;
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam
a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados
para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos,
incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 17
APRESENTAÇÃO
O planejamento urbano é uma das principais necessidades apresentadas pelo
município a ser efetivado num curto prazo de tempo em meio ao desenvolvimento que se tem
observado no município, sobretudo no que se refere ao meio ambiente.
Segundo o artigo 18º da Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), “a elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos
sólidos é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União,
ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza
urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou
financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade”.
Aliado a essa necessidade, o Município de Fagundes optou por implantar o presente
plano de gestão integrada de resíduos sólidos de acordo com a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, que foi aprovada a partir da Lei 12.305/2010, trazendo em seu corpo um conjunto de
princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações envolvendo os três entes
federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade civil na busca de
soluções para os graves problemas causados pelos resíduos sólidos. Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos é a maneira de conceber, sistematizar, implementar e manter os sistemas de
administração de resíduos sólidos. Para cada situação é necessário identificar as
características dos resíduos e as peculiaridades da cultura local, para implantar e implementar
ações adequadas e compatíveis com a situação.
Os sistemas de gerenciamento integrado são processos que incluem as ações desde a
geração, acondicionamento, coleta seletiva, triagem gerando inclusão social e renda para
catadores e economia de água, energia e matérias-primas para a sociedade, transporte,
transferência, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, além da manutenção da
limpeza dos logradouros públicos.
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 18
A gestão integrada dos resíduos sólidos é um dos elementos do saneamento básico,
onde os objetivos gerais da gestão de resíduos deve ser a obtenção da máxima redução na
geração, no aumento das ações de reutilização e reciclagem e o tratamento adequado para
disposição final. Estas metas estão inseridas dentro do contexto de abrangência e
universalização, desde as definições iniciais da lei de saneamento (Lei nº 11.445/2007),
refinadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).
Com a implantação do presente plano o principal objetivo será a proteção da saúde
pública e da qualidade ambiental, que surgirão como conseqüência dos novos hábitos
inseridos na comunidade através de políticas públicas, bem como através do gerenciamento
dos resíduos sólidos a partir de então, que passarão a ser reaproveitados e reciclados, ao passo
que apenas os rejeitos deverão ter disposição final ambientalmente adequado.
É importante salientar que foi introduzida na legislação mencionada a
"responsabilidade compartilhada", abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos, de tal forma que competirá à toda sociedade como um todo agir e
fiscalizar de conformidade com o presente plano. Sendo lançada a proposta que estabelece
que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive
fazendo a separação para coleta seletiva. Além do que o poder público, o setor empresarial e a
coletividade serão responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a
observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações
estabelecidas na Lei 12.305/2010 e em seu regulamento.
A proposta prevê que a União poderá conceder recursos próprios, ou por ela
controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao
manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de
entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 19
O planejamento aparece como peça fundamental para implantação de medidas
necessárias à sustentabilidade sócio-ambiental em nosso município, e a Política Municipal de
Resíduos Sólidos é componente indispensável nesse arcabouço.
Assim, considerando este cenário, surge a necessidade de se iniciar o processo de
elaboração do projeto de uma política municipal de resíduos sólidos, a partir da qual poderão
ser definidas diretrizes e normas visando à prevenção da poluição para proteção e recuperação
da qualidade do meio ambiente e da saúde pública, através da gestão democrática e
sustentável dos resíduos sólidos no Município, trazendo em seu planejamento a coleta
seletiva, os sistemas de logística reversa, o incentivo à criação e ao desenvolvimento de
cooperativas e outras formas de associação dos catadores de materiais recicláveis, e o Sistema
Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 20
1.0 - INTRODUÇÃO
O reconhecimento da importância de diversos fatores sociais como co-responsáveis na
gestão de resíduos sólidos, a valorização da reciclagem e a promoção de ações educativas para
mudanças de valores e hábitos da sociedade são alguns dos elementos centrais para uma
gestão integrada, descentralizada e compartilhada.
Detectamos que se trata de prioridades relativamente novas, uma vez que foram
incorporadas a partir do início da década de 1990 por alguns governos municipais. Inúmeras
razões explicam o desenvolvimento tardio destas novas prioridades sendo alguns deles: o
descaso ou desconhecimento por parte da sociedade sobre os impactos socioambientais
gerados pelos resíduos sólidos; a escassez de recursos públicos para esta atividade e uma
cultura privilegiando uma abordagem técnica e não socioambiental da questão.
As estatísticas mostram que os resíduos sólidos ocuparam por muito tempo uma
posição secundária no debate sobre saneamento quando comparados às iniciativas no campo
da água e esgotamento sanitário, pois já na década de 1970, o Plano Nacional de Saneamento,
denominado PLANASA, enfatizou a ampliação dos serviços de abastecimento de água e de
coleta de esgoto em detrimento de investimentos em resíduos sólidos.
Referida opção registrou como principal benefício levar água para 80% da população
urbana durante a década de 1980. Resultado bem mais modesto foi alcançado com relação ao
esgotamento sanitário: apenas 35% do esgoto passou a ser coletado, destacando-se ainda o
fato de que, desse total, apenas uma parcela bastante reduzida vem sendo tratada antes do
descarte direto em córregos e rios (Philippi Jr, 2001).
Em contrapartida, o fato de ter deixado a questão de resíduos sólidos em segundo plano, os
governos federal, estadual e municipal contribuíram para a proliferação de lixões nas décadas
de 1970 e 1980, paralelo ao intenso processo de urbanização vivido pelo país. Tendo, apenas
em 1985, sido criado o PROSANEAR que privilegiava uma visão integrada do saneamento e
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tendo como objetivo financiar ações conjuntas em relação à água, ao esgoto, à drenagem
urbana e aos resíduos sólidos.
Porém, apesar de toda estrutura legal criada, os recursos destinados aos resíduos
sólidos eram poucos, sendo ainda reduzidos na década de 1990, o que representava um
desafio paras os municípios no que diz respeito aos resíduos sólidos.
A ampliação dos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos é uma característica
inerente ao processo de urbanização, estando presente em praticamente todos os países. Entre
1979 e 1990, enquanto a população mundial aumentou em 18%, o lixo produzido no mesmo
período cresceu 25%. No Brasil, 240 mil toneladas de lixo domiciliar são geradas
diariamente, perfazendo uma produção média maior do que 1 kg por habitante/dia.
Para minimizar este problema, uma das alternativas é a implantação de um Plano de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, o qual aponta à administração integrada dos
resíduos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de
planejamento.
Contudo, para bem atuar sobre os problemas dos resíduos sólidos é necessário que
seja implantada uma política municipal de resíduos sólidos, que esteja alicerçada num
programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva
implementação no contexto da realidade do Município.
A política municipal para a gestão de resíduos sólidos possibilitará a participação e
intervenção da sociedade no processo de gerenciamento desses resíduos. Para que este
gerenciamento seja realmente participativo e que promova mudanças de questões culturais
como o desperdício, é necessário a mobilização dos diversos setores da sociedade.
Um dos objetivos fundamentais estabelecidos pela Lei 12.305/2010 é a ordem de
prioridade para a gestão dos resíduos, que deixa de ser voluntária e passa a ser obrigatória:
não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos.
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Além de toda parte logística e finalística da Lei 12.305/10, esta ainda prevê que a
prioridade no acesso a recursos da União e aos incentivos ou financiamentos destinados a
empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos ou à limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos será dada: aos municípios que implantarem a coleta seletiva com a
participação de cooperativas ou associações de catadores formadas por pessoas físicas de
baixa renda.
Desta forma, temos que a Lei nº 12.305/10 deve ser tirada do papel, e por
conseguinte, garantir que ela se torne, efetivamente, uma referência para o enfrentamento de
um dos mais importantes problemas ambientais e sociais do país.
Certo é que para o seu desdobramento natural, é imprescindível que todos os entes da
federação desenvolvam, com participação da sociedade, planos de gestão capazes de
equacionar o enfrentamento da questão dos resíduos sólidos nos seus respectivos territórios,
estabelecendo as estratégias gerenciais, técnicas, financeiras, operacionais, urbanas e
socioambientais para que todos os lixões do país possam ser eliminados até 2014 e melhorar
os indicadores de coleta seletiva, logística reversa, reciclagem e compostagem, estando o
nosso município engajado nessa luta.
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CAPÍTULO I
2.0 - OBJETIVOS E PRINCÍPIOS
De acordo com o a Lei 12.305/2010, são objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,
bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e
serviços;
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma
de minimizar impactos ambientais;
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-
primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor
empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de
resíduos sólidos;
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de
mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos
serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e
financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de
consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que
envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial
voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos
resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
Da mesma forma que prevê os objetivos gerais, a Lei 12.305/2010 determina como
princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - a prevenção e a precaução;
II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis
ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;
IV - o desenvolvimento sustentável;
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V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços
competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades
humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do
consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de
sustentação estimada do planeta;
VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e
demais segmentos da sociedade;
VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem
econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;
IX - o respeito às diversidades locais e regionais;
X - o direito da sociedade à informação e ao controle social;
XI - a razoabilidade e a proporcionalidade.
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CAPÍTULO II
3.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
3.1 - Localização
O município de Fagundes se localiza a aproximadamente 126 Km da capital do
estado da Paraíba. Localizada na Região Metropolitana de Campina Grande no Planalto da
Borborema na Serra do Bodopitá na Mesorregião do Agreste Paraibano, foi inicialmente
povoada pelos indíos Cariris, tendo sido doada através de sesmarias a Teodosio de Oliveira
Ledo. Fagundes teve outros nomes antes do atual, Brejo de Canas Bravas e Brejo de
Fagundes.
Fagundes no século XIX, foi palco de dois movimento populares da paraíba e do
nordeste foi onde ocorreu o inicio da "Revolta do Quebra-Quilos" e o "Ronco da Abelha".
Hoje, Fagundes está na segunda emancipação política tendo a primeira ocorrido entre 1890 -
1892, por não contar com 10 mil habitantes voltou a condição de distrito de Campina Grande,
e finalmente conseguiu ser cidade novamente através da Lei 2.661 de 22 de dezembro de
1961. A Figura 01 mostra a localização de Fagundes no Estado.
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Figura 01: Localização do município de Fagundes no Estado da Paraíba.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
município possui uma área territorial 162 Km² e densidade demográfica de 70.13 hab./km².
Seu principal ponto turístico é a Pedra de Santo Antônio, localizada na Serra do Bodopitá. A
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Pedra recebe milhares de turistas e romeiros durante o ano todo, principalmente no mês de
Junho, o nome Pedra de Santo Antônio é dado devido a uma lenda local. O padroeiro da
cidade é São João Batista, também realizamos festa para São Sebastião, por isso somos
chamados a Cidade da Fé.
Os serviços de coleta, transporte e disposição final dos resíduos de origem
doméstica, de serviços de saúde, da construção civil, de podas e de varrição são realizados por
prestadores de serviços contratados pela prefeitura municipal.
O município faz limites com os municípios de Itatuba, Aroeiras, Queimadas,
Campina Grande e Ingá.
O clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão. O período chuvoso se
inicia em novembro com término em abril. A precipitação média anual é de 431,8mm.
3.2 - Aspectos históricos
Segundo Irineu Joffily a história de Fagundes começa antes da história de Campina
Grande. Esse historiador afirma que quando Teodósio de Oliveira Ledo, aldeou na grande
campina, os padres da Companhia de Jesus já se haviam retirado da Serra do Bodopitá lugar
onde se localiza a cidade de Fagundes. A Companhia de Jesus tentara em vão catequizar os
índios Cariris, primeiros habitantes desde 1642, que ali viviam e se alimentavam da caça e
ensiná-los a prática da agricultura, mas sem muito sucesso.
Com o abandono da aldeia pelos jesuítas, Teodósio requereu ao governo da
Capitania, em 1702, terras devolutas na parte mais fértil da Serra do Bodopitá, onde hoje se
localiza a cidade. Em seu requerimento ao governo da Capitania da Parahyba, Teodósio de
Oliveira Ledo alegava que:
''“tinha descoberto com grande trabalho e despesa de sua fazenda na serra chamada Bodopitá
um brejo de canas bravas e matas que nela há um olho d’água… e nesses brejos e matas que
nela há lhe parecem capazes de produzir roças e outros legumes necessários para a
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conservação com mais cômodo, não só da guerra contra os Tapuias, mas também dos
moradores do dito sertão, que mais facilidade as poderão povoar e assistir nelas; por isso
requeria a mercê de quatro léguas de comprimento e uma de largura no dito brejo e olho
d’água das canas bravas na serra de Bodopitá, tomada de norte a sul” (grifos da autor).
A sesmarias foi concedida a Teodósio de Oliveira Ledo, com seu comprimento
reduzido para três léguas, segundo a Carta Régia de 7 de dezembro de 1698; a redução foi
para evitar o abuso das doações extensas sem aproveitamento pelos sesmeiros.
Conforme pesquisas o nome Fagundes, provém de origem portuguesa, a quem
conteste essa versão, mas o certo é que esse nome começa a aparecer antes de 1740, pois
nesse ano, em requerimento de sesmarias, fez a ele referência o peticionário. Daí por diante
vem sempre com a designação de Brejo de Fagundes, que antes se chamava Brejo de Canas
Bravas e há quem diga também, que este nome foi originado, em virtude da existência de um
chefe de tribos que se chamava facundo, a origem do topônimo escolhido e que é conservado
até hoje. A emancipação política teve no Dr. Geraldo F. Dantas, Salvino Figueredo e o
professor José Cruz Herculano, como principais colaboradores para o acontecimento.
O projeto de lei, foi apresentado pelo deputado Vital do Rêgo. A autonomia foi
concedida através da Lei nº 2.661, de 22 de dezembro de 1961, quando é definitivamente, até
os dias atuais emancipada politicamente, pelo o então governador Dr. Pedro Godim,
ocorrendo sua instalação oficial em 31 do mesmo mês e ano, desmembrando assim de
Campina Grande.
Na segunda metade do século XIX, Fagundes esteve em evidência na vida da Paraíba
e no Brasil, sendo foco de dois movimentos populares considerados subversivos, ambos em
revolta a medidas decretadas pelo Governo Imperial do Brasil: “Ronco da Abelha” (1852) e
“Quebra – Quilos” (1874). E nos anos 80, do século XX, houve outro levante popular que
ficou conhecido como Revolta do “Quebra-Canos”.
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Ronco da Abelha (1852)
A partir da segunda metade do século XIX, as zonas de cultura algodoeira, no brejo e
agreste, passaram por grandes transformações.
''“Em primeiro lugar, inserido no mercado internacional capitalista, o algodão passou a ser
cultivado através da grande propriedade que, no sertão, admitia escravos. Isso significava
prejuízos para parceiros, meeiros, moradores, pequenos sitiantes, arrendatários e foreiros que
começaram a perder o acesso a terra, monopolizada pelos latifundiários.”
Acompanhando essas mudanças nas relações de medição no brejo e agreste, vinham
medidas centralizadoras promovidas pelo Império Brasileiro. Foram editados alguns decretos,
que colocaram, de inicio, a população pobre constituída por trabalhadores rurais, que
desempenhavam atividades de parceiro, ou meeiros. Num censo geral que tinha como
objetivo estabelecer o registro civil dessa população. Esses decretos provocaram nas massas
populares uma sensação que os levavam para a escravidão do homem de cor, daí chamá-lo
“lei do cativeiro”, que se tornou numa resistência popular aos decretos.
Na Província da Parahyba, a resistência “assumiu a forma de tumultos em que
roceiros armados de pedras, bacamartes e clavinotes, invadiram vilas e cidades como Ingá,
Campina Grande, Alagoa Nova, Guarabira, Areia e Fagundes, dirigindo-se,
preferencialmente, aos cartórios (…)Estava iniciado o movimento popular denominado
“Ronco da Abelha” que ocorreu em 1852, no governo de Sá e Albuquerque. Os revoltosos
reivindicavam o fim do decreto Imperial que retirava da Igreja o direito de emitir registros e
óbitos, passando então a cargo dos Cartórios que eram órgãos do Governo Imperial. Para
complicar mais as coisas, os sacerdotes da Igreja Católica, nada satisfeita com a perda de
parte de sua autoridade, começaram a pregar contra os registros civis, que por eles eram
chamados “papel de satanás”, provocando, ainda mais, a revolta da população.
Quebra - Quilos (1874)
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O “Quebra-Quilos” foi um movimento de maiores proporções que o “Ronco da
Abelha”, chegando a necessitar da interferência do Governo Imperial; o “Quebra-Quilos” que,
partindo dos brejos e chapadas da Borborema, se alastrou pelos estados do Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, no período compreendido entre outubro e dezembro
de 1874.
O que desencadeou esse movimento foi à adesão pelo Governo Imperial ao Sistema
Métrico em 1862. Acontece que, em todo o país, permanecia em uso os sistemas tradicionais
de medidas, tais como léguas, cuia, quarta, onça. Em 1874 a tentativa de adotar os padrões do
sistema métrico provocara uma revolta popular violenta na Paraíba. Essa revolta ficou
conhecida como “Quebra-Quilos”. Para as autoridades da época, o movimento teria sido
insuflado pelo clero, em briga com o governo. Vejamos.
Em 1872, o Decreto Imperial de 18 de setembro estabeleceu como padrão de medidas
o sistema métrico decimal francês. Dois anos mais tarde, em novembro de 1874, a execução
local do que impunha esse decreto foi o estopim que deflagrou a insurreição dos “Quebra-
Quilos”. A revolta, liderada por João Vieira, conhecido como “João Carga d’Água”, irrompeu
na serra de Bodopitá. Descendo a serra, os insurretos invadiram a Vila de Fagundes num dia
de feira, quebraram as “medidas” (caixas de madeira de um e cinco litros de capacidade),
fornecidas pelo poder público municipal e usadas pelos feirantes, e atiraram os pesos dentro
do Açude Velho.
''“Carga de rapadura atirada por feirantes contra cobrador de impostos, na feira de Fagundes,
foi a centelha a partir da qual a rebelião espalhou-se por várias localidades como Pocinhos,
Ingá (Paraíba), Ingá, Cabaceiras, Campina Grande, Areia, Arara, Alagoa Nova, Alagoa
Grande, Bananeiras, Araruna, Guarabira, Pilar, Salgado e Mamanguape.”
A revolta ganhou tal dimensão que se estendeu não apenas para outros municípios do
Brejo e do Cariri, mas transpôs a província, estendendo-se para Pernambuco e até Alagoas.
Ademais, a insurreição ganha novos matizes quando aos revoltosos juntaram-se vários
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indivíduos armados, liderados por Manoel de Barros Souza, conhecido como Neco de Barros,
e Alexandre de Viveiros. Juntos, invadiram e dominaram a cadeia, libertando os presidiários,
entre os quais o próprio pai do primeiro, e incendiaram cartórios e o arquivo municipal. Era
propósito de Alexandre de Viveiros anular os autos de processo de homicídio que pesava
sobre ele.
O governo imperialista brasileiro reagiu com grande brutalidade contra os revoltosos,
chegou a deslocar canhões para a tropa de linha chefiada pelo capitão Longuinho, saqueando
engenhos e fazendas, prendeu e espancou à vontade. O capitão Longuinho tinha uma
particularidade, ele utilizava contra os suspeitos do movimento um instrumento de tortura
denominado colete de couro, que era molhado e costurado no tórax do pobre indivíduo, que
quando estava seco, apertava e matava a vítima por asfixia ou expectoração sanguínea.
A revolta dos “Quebra-Quilos” durou ainda uns poucos meses, quando foi sufocada
pelas forças policiais. O líder João Carga d’Água foragiu-se, mas Alexandre Viveiros foi
preso. Em represália, as forças da milícia imperial desferiram sobre a população, no início de
1875, a mais brutal repressão de que se tem notícia.
Quebra - Canos (1983)
Em meados do século XX, os distritos de Fagundes e Galante (Campina Grande)
passaram por problemas em comum: não tinham abastecimento e sofria com a seca. Foi então
que o prefeito campinense Plínio Lemos resolveu construir uma barragem que a princípio
seria para abastecer o distrito de Galante. O local escolhido foi a Serra do Bodopitá, no
distrito de Fagundes. A escolha da Serra como lugar para essa construção se deveu, ao
entendimento de que sua localização geográfica facilitaria a drenagem de água para o distrito
de Galante. A barragem foi então construída, mas, o distrito de Galante não foi saneado,
porque a população de Fagundes não aceitava, ver Galante saneada e Fagundes não.
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Para complicar as coisas, no ano de 1961, sob o decreto de Lei nº 2.661, de 22 de
dezembro desse mesmo ano, foi criado o município de Fagundes. Com essa nova divisão
territorial, o novo município ganhou a barragem recém construída ficando Galante, sem a
barragem para seu abastecimento. Acontece que, a barragem não tinha utilização para nenhum
dos municípios. Foi apenas na gestão do sexto prefeito de Fagundes José Ferreira Dantas
Irmão (Zuca Ferreira), que governou o município de 1976 a 1982 que, a barragem passou a ter
utilidade, e finalmente serviu para o abastecimento desse município, ficando Galante sem o
seu abastecimento.
Oficialmente, o abastecimento d’água de Fagundes foi inaugurado no dia 4 de
novembro de 1978, com uma grande festa em praça pública que contou com a presença de
políticos ilustres da Paraíba, tais como o deputado estadual Antonio Gomes; o diretor da
CAGEPA de Campina Grande, engenheiro Cristóvão Vicktor; o empresário Raimundo Lira; o
ex-governador, Professor Ivan Bichara Sobreira e o governador eleito, Tarcisio de Miranda
Burity. As obras tinham recebido um investimento da ordem de dois milhões de cruzeiro. A
festa contou com a presença de cerca de cinco mil pessoas, que assistiram ao “show” do
Conjunto de Chicó e do cantor João Gonçalves.
''“Depois de inaugurado oficialmente o sistema de abastecimento d’água de Fagundes, em ato
público presidido pelo prefeito Zuca Ferreira, a praça da Rua principal da cidade foi palco de
uma festa popular nunca antes vista naquele município, tendo em vista a espontaneidade com
que os populares procuraram usufruir pela primeira vez da torneira instalada naquele
logradouro. Enquanto a água jorrava, as crianças banhavam-se os adultos aplaudiam a
iniciativa da administração municipal que redundou naquela realidade”. Diário da Borborema,
caderno especial – 7 de novembro de 1978.''
No ano de 1982, a campanha para prefeito de Campina Grande esquentava;
principalmente no distrito de Galante, pois já fazia trinta anos da construção da barragem que
inicialmente, fora construída para o abastecimento de água desse distrito. Mas, que, por conta
da emancipação administrativa de Fagundes, que passara a município, Galante havia perdido
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a sua barragem. Não podendo mais contar com a barragem, pois ela pertencia a Fagundes a
população pressionava os políticos por uma solução ao problema do abastecimento. Os dois
principais candidatos a prefeito então eram Ronaldo Cunha Lima (tinha como trunfo sua
esposa natural de Galante) e Vital do Rego, (que não tinha muita alternativa para angariar
votos do distrito), conseguiu ao governo do Estado verba, para abastecer Galante antes das
eleições serem realizadas. Com o abastecimento d’água direto da barragem de Fagundes,
antes mesmo das eleições, e conseguiu do governo do Estado os canos para fazer o
abastecimento. Até ai, nenhum problema. Fagundes e Galante estavam recebendo água da
barragem. A situação começou a complicar quando o fator geográfico beneficiou Galante. Por
estar localizado na parte baixa da Serra do Bodopitá, o distrito recebia o fluxo de água
normalmente, enquanto Fagundes tinha problemas, pois está localizada acima do nível da
barragem, acarretando chegada d’água, às torneiras sem pressão ou, mesmo em algumas ruas,
a sua falta.
Essa situação começou a provocar animosidade nos fagundenses e até mesmo um
sentimento de revolta, que chegou às vias de fato quando, em 1983, a CAGEPA tentou
colocar canos grossos para o abastecimento de Galante e a população de Fagundes quebrou os
canos.
A partir desse ocorrido iniciaram-se as ameaças entre as partes, chegando a ocorrer,
apedrejamento de carros, tiroteio, e uma vitima, o galantense Bartolomeu Gomes, que foi
alvejado, mas felizmente não chegou a falecer.
No final dos conflitos pelo acesso aos benefícios da atualização da barragem,
Fagundes acabou vencendo. Mas, olhando por outro ângulo, Fagundes e Galante perderam.
Galante, pelo fato ter perdido o abastecimento d’água da barragem; e, Fagundes porque a
barragem secou, com a estiagem, e a cidade ficou, também, sem o abastecimento de água,
voltando a encher novamente na década de 1990, servindo apenas para irrigar as plantações de
verduras as suas margens.
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Figura 2: Barragem de Fagundes, 2008 - Motivo da Revolta de Quebra-Canos Fonte: Waltembergue Honório Moizinho
3.3 - Aspectos demográficos
Conforme o censo de 2010, a população do município de Fagundes era de 11.405
pessoas, sendo destas, 5607 homens e 5798 mulheres.
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3.4 – Relevo
O município de Fagundes, está inserido na unidade geoambiental da Depressão
Sertaneja, que representa a paisagem típica do semiárido nordestino, caracterizada por uma
superfície de pediplanação bastante monótona, seu relevo é predominantemente suave-
ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. A vegetação é basicamente
composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia e pequenas áreas
transicionais de Mata Atlântica e o clima é do tipo Tropical Semiárido, com chuvas de verão e
precipitação média anual de 431,8mm (CPRM, 2005; IBGE, 2010). Com respeitos aos solos,
nos Patamares Compridos e Baixas Vertentes do relevo suave ondulado ocorrem os
Planossolos, mal drenados, fertilidade natural média e problemas de sais; Topos e Altas
Vertentes do relevo ondulado ocorrem os Podzólicos, drenados e fertilidade natural média e
as Elevações Residuais com os solos Litólicos, rasos, pedregosos e fertilidade natural média.
3.5 - Hidrografia
O município de Fagundes encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do
Rio Paraíba, Seus principais tributários são: o Rio Paraibinha e o riacho Quati. O principal
corpo de acumulação é o Açude do Gavião.
3.6 - Recursos Naturais
A vegetação é basicamente composta por Caatinga comuns ao agreste. Ao contrário
do que muitos pensam, a caatinga é coberta por solos relativamente férteis. Embora não tenha
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potencial madeireiro, exceto pela extração secular de lenha, a região é também rica em
recursos genéticos, dada a sua alta biodiversidade.
São duas estações na região da caatinga: uma quente e seca no inverno e outra quente
e com chuva no verão. Durante o período de estiagem, a vegetação tem um aspecto seco, as
árvores perdem as folhas para diminuir a transpiração e evitar a perda de água. O solo rígido e
pedregoso exibe as raízes, pois, permanecendo no solo, elas absorvem mais rapidamente a
água das chuvas. Quando caem as chuvas, a paisagem se transforma. As árvores cobrem-se
rapidamente de folhas e o solo fica forrado de plantas e a fauna volta a engordar.
A caatinga carece de planejamento estratégico permanente e dinâmico com o qual se
pretende evitar a perda da biodiversidade do seu bioma.
3.6.1 - Flora
A flora se constitui de espécies xerófitas (formação seca e espinhosa resistente ao
fogo e praticamente sem folhas) e caducifólias (que perdem as folhas em determinada época
do ano) totalmente adaptadas ao clima seco com predominância de cactáceas e bromeliáceas.
O extrato arbóreo apresenta espécies de até 12 metros de altura, o arbustivo, de até 5 metros e
o extrato herbáceo apresenta vegetação de até 2 metros de altura. As principais representantes
do reino vegetal são: a aroeira, o mandacaru, o juazeiro, a amburana, entre outras.
3.6.2 – Fauna
A fauna apresenta cerca de 47 espécies de lagartos, sendo 7 de anfibenídeos:
espécies de lagartos sem pés. 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios (família das tartarugas)
e 44 espécies de anuros (sapos e rãs).
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Os representantes da fauna do município de Fagundes que mais se destacam são:
a) Mamíferos – tatu-peba, tacaca, raposa, preá, mocó, gato-do-mato, guaxinins, entre outros;
b) Répteis – cobras de várias espécies, teju açu, camaleão, lagartixa, calango, entre outro;
c) Aves – rolinha, arribação, galo de campina, seriema, nambu, azulão, papa-capim, sabiá,
gavião, juruti, entre outras;
d) Aves d’água – marreco, pato do mato, paturi, mergulhão, galinha d’água, jaçanã, etc.
3.7 - Economia municipal
3.7.1 - Agricultura
Por ter um solo muito fértil, várias culturas são trabalhadas no município,
proporcionando uma razoável geração de rendas e de empregos na agricultura em anos bons
de chuva.
3.7.2 - Turismo
A Pedra de Santo Antônio: Referencial turístico para Fagundes e Região
A Serra do Bodopitá, na qual Fagundes encontra-se inserida, é uma cadeia de montanhas
que abriga belas paisagens, incluindo trilhas ecológicas e monumentos naturais, dentre eles, a
Pedra de Santo Antônio, situada no Planalto da Borborema, num dos prolongamentos da Serra.
Com aproximadamente 15 metros de altura, a Pedra de Santo Antônio está sobreposta em um
extensivo lajedo cercado por plantas silvestres, sendo a região beneficiada pelo trabalho da
natureza. Constitui-se numa atração turística incomparável. Do seu ponto mais alto, deslumbra-se
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um panorama sem igual em meio a uma densa e diversificada vegetação, inclusive plantas
endêmicas (HERCULANO, 2003).
O local foi transformado em ponto turístico de romarias, principalmente, durante o
período que antecede a data em que se comemora o dia de Santo Antônio: 12 de junho. Além das
belezas naturais, a região serrana do Bodopitá transformou-se num dos pontos turísticos mais
atrativos do interior da Paraíba desde o século XIX, quando foi encontrada no local uma imagem
de Santo Antônio por imigrantes oriundos do Estado de Pernambuco. Uma capela construída no
local em 1904 passou a receber desde então turistas e romeiros movidos pela fé religiosa. A
atratividade do local fez com que Fagundes se tornasse reconhecido em todo o Nordeste, sendo
foco de visitações anuais, já que a Serra, onde está localizada a Pedra de Santo Antônio, abriga
além da atratividade religiosa, monumentos naturais e várias fontes de água doce, tornando-se
assim, numa agradável atração para quem procura usufruir das belezas naturais da região. A
utilização deste espaço em suas abrangentes possibilidades faz da atividade turística em Fagundes
uma importante e viável alternativa para o desenvolvimento local.
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Figura 3:Pedra de Santo Antônio - Serra do Bodopitá, Fagundes, 2008.
Fonte: Waltembergue Honório Moizinho
A Pedra de Santo Antônio é o principal Ponto Turístico de Fagundes, localizada a
03 km do Centro da Cidade, a Pedra recebe a mais de cem anos milhares de turistas e
religiosos que principalmente no mês de junho vem renovar sua fé, agradecer ou pedir uma
graça a Santo Antônio; no dia do Santo Casamenteiro estima-se que mais de 15 mil pessoas
vindas dos mais diversos lugares do Brasil e do exterior visitam Fagundes, movimentado o
comércio local.
A Pedra é hoje muito mais que um ponto de turismo religioso. A Cidade é hoje uma
das principais cidades turísticas da Paraiba. tendo como seu principal ponto turístico a Pedra
de Santo Antônio e que conta com o Parque Haras Candeias, onde ocorre vaquejadas
constantemente. Trazendo otimismo para a população por terem mais um atrativo na cidade.
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3.7.3 - Lavoura Permanente 2012
O Quadro 01 consolida as informações acerca da lavoura permanente no município
de Fagundes.
TIPOS DE LAVOURA QTD. UNI.
Abacate - Quantidade produzida 18 toneladas
Abacate - Valor da produção 11 mil reais
Abacate - Área destinada à colheita 3 hectares
Abacate - Área colhida 3 hectares
Abacate - Rendimento médio 6.000 quilogramas por hectare
Algodão arbóreo (em caroço) - Quantidade produzida - toneladas
Algodão arbóreo (em caroço) - Valor da produção - mil reais
Algodão arbóreo (em caroço) - Área destinada à colheita - hectares
Algodão arbóreo (em caroço) - Área colhida - hectares
Algodão arbóreo (em caroço) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Azeitona - Quantidade produzida - toneladas
Azeitona - Valor da produção - mil reais
Azeitona - Área destinada à colheita - hectares
Azeitona - Área colhida - hectares
Azeitona - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Banana (cacho) - Quantidade produzida 720 toneladas
Banana (cacho) - Valor da produção 432 mil reais
Banana (cacho) - Área destinada à colheita 80 hectares
Banana (cacho) - Área colhida 80 hectares
Banana (cacho) - Rendimento médio 9.000 quilogramas por hectare
Borracha (látex coagulado) - Quantidade produzida - toneladas
Borracha (látex coagulado) - Valor da produção - mil reais
Borracha (látex coagulado) - Área destinada à colheita - hectares
Borracha (látex coagulado) - Área colhida - hectares
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Borracha (látex coagulado) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Cacau (em amêndoa) - Quantidade produzida - toneladas
Cacau (em amêndoa) - Valor da produção - mil reais
Cacau (em amêndoa) - Área destinada à colheita - hectares
Cacau (em amêndoa) - Área colhida - hectares
Cacau (em amêndoa) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Café (em grão) Total - Quantidade produzida - toneladas
Café (em grão) Total - Valor da produção - mil reais
Café (em grão) Total - Área destinada à colheita - hectares
Café (em grão) Total - Área colhida - hectares
Café (em grão) Total - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Café (em grão) Arábica - Quantidade produzida - toneladas
Café (em grão) Arábica - Valor da produção - mil reais
Café (em grão) Arábica - Área destinada à colheita - hectares
Café (em grão) Arábica - Área colhida - hectares
Café (em grão) Arábica - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Café (em grão) Canephora - Quantidade produzida - toneladas
Café (em grão) Canephora - Valor da produção - mil reais
Café (em grão) Canephora - Área destinada à colheita - hectares
Café (em grão) Canephora - Área colhida - hectares
Café (em grão) Canephora - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Caqui - Quantidade produzida - toneladas
Caqui - Valor da produção - mil reais
Caqui - Área destinada à colheita - hectares
Caqui - Área colhida - hectares
Caqui - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Castanha de caju - Quantidade produzida 13 toneladas
Castanha de caju - Valor da produção 20 mil reais
Castanha de caju - Área destinada à colheita 70 hectares
Castanha de caju - Área colhida 70 hectares
Castanha de caju - Rendimento médio 186 quilogramas por
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hectare
Chá-da-índia (folha verde) - Quantidade produzida - toneladas
Chá-da-índia (folha verde) - Valor da produção - mil reais
Chá-da-índia (folha verde) - Área destinada à colheita - hectares
Chá-da-índia (folha verde) - Área colhida - hectares
Chá-da-índia (folha verde) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Coco-da-baía - Quantidade produzida 75 mil frutos
Coco-da-baía - Valor da produção 37 mil reais
Coco-da-baía - Área destinada à colheita 10 hectares
Coco-da-baía - Área colhida 10 hectares
Coco-da-baía - Rendimento médio 7.500 frutos por hectare
Dendê (cacho de coco) - Quantidade produzida - toneladas
Dendê (cacho de coco) - Valor da produção - mil reais
Dendê (cacho de coco) - Área destinada à colheita - hectares
Dendê (cacho de coco) - Área colhida - hectares
Dendê (cacho de coco) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Erva-mate (folha verde) - Quantidade produzida - toneladas
Erva-mate (folha verde) - Valor da produção - mil reais
Erva-mate (folha verde) - Área destinada à colheita - hectares
Erva-mate (folha verde) - Área colhida - hectares
Erva-mate (folha verde) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Figo - Quantidade produzida - toneladas
Figo - Valor da produção - mil reais
Figo - Área destinada à colheita - hectares
Figo - Área colhida - hectares
Figo - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Goiaba - Quantidade produzida 60 toneladas
Goiaba - Valor da produção 30 mil reais
Goiaba - Área destinada à colheita 10 hectares
Goiaba - Área colhida 10 hectares
Goiaba - Rendimento médio 6.000 quilogramas por hectare
Guaraná (semente) - Quantidade produzida - toneladas
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Guaraná (semente) - Valor da produção - mil reais
Guaraná (semente) - Área destinada à colheita - hectares
Guaraná (semente) - Área colhida - hectares
Guaraná (semente) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Laranja - Quantidade produzida 200 toneladas
Laranja - Valor da produção 120 mil reais
Laranja - Área destinada à colheita 40 hectares
Laranja - Área colhida 40 hectares
Laranja - Rendimento médio 5.000 quilogramas por hectare
Limão - Quantidade produzida - toneladas
Limão - Valor da produção - mil reais
Limão - Área destinada à colheita - hectares
Limão - Área colhida - hectares
Limão - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Maçã - Quantidade produzida - toneladas
Maçã - Valor da produção - mil reais
Maçã - Área destinada à colheita - hectares
Maçã - Área colhida - hectares
Maçã - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Mamão - Quantidade produzida 60 toneladas
Mamão - Valor da produção 42 mil reais
Mamão - Área destinada à colheita 6 hectares
Mamão - Área colhida 6 hectares
Mamão - Rendimento médio 10.000 quilogramas por hectare
Manga - Quantidade produzida 280 toneladas
Manga - Valor da produção 140 mil reais
Manga - Área destinada à colheita 40 hectares
Manga - Área colhida 40 hectares
Manga - Rendimento médio 7.000 quilogramas por hectare
Maracujá - Quantidade produzida - toneladas
Maracujá - Valor da produção - mil reais
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Maracujá - Área destinada à colheita - hectares
Maracujá - Área colhida - hectares
Maracujá - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Marmelo - Quantidade produzida - toneladas
Marmelo - Valor da produção - mil reais
Marmelo - Área destinada à colheita - hectares
Marmelo - Área colhida - hectares
Marmelo - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Noz (fruto seco) - Quantidade produzida - toneladas
Noz (fruto seco) - Valor da produção - mil reais
Noz (fruto seco) - Área destinada à colheita - hectares
Noz (fruto seco) - Área colhida - hectares
Noz (fruto seco) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Palmito - Quantidade produzida - toneladas
Palmito - Valor da produção - mil reais
Palmito - Área destinada à colheita - hectares
Palmito - Área colhida - hectares
Palmito - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Pera - Quantidade produzida - toneladas
Pera - Valor da produção - mil reais
Pera - Área destinada à colheita - hectares
Pera - Área colhida - hectares
Pera - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Pêssego - Quantidade produzida - toneladas
Pêssego - Valor da produção - mil reais
Pêssego - Área destinada à colheita - hectares
Pêssego - Área colhida - hectares
Pêssego - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Pimenta-do-reino - Quantidade produzida - toneladas
Pimenta-do-reino - Valor da produção - mil reais
Pimenta-do-reino - Área destinada à colheita - hectares
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Pimenta-do-reino - Área colhida - hectares
Pimenta-do-reino - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Sisal ou agave (fibra) - Quantidade produzida 36 toneladas
Sisal ou agave (fibra) - Valor da produção 36 mil reais
Sisal ou agave (fibra) - Área destinada à colheita 90 hectares
Sisal ou agave (fibra) - Área colhida 90 hectares
Sisal ou agave (fibra) - Rendimento médio 400 quilogramas por hectare
Tangerina - Quantidade produzida - toneladas
Tangerina - Valor da produção - mil reais
Tangerina - Área destinada à colheita - hectares
Tangerina - Área colhida - hectares
Tangerina - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Tungue (fruto seco) - Quantidade produzida - toneladas
Tungue (fruto seco) - Valor da produção - mil reais
Tungue (fruto seco) - Área destinada à colheita - hectares
Tungue (fruto seco) - Área colhida - hectares
Tungue (fruto seco) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Urucum (semente) - Quantidade produzida - toneladas
Urucum (semente) - Valor da produção - mil reais
Urucum (semente) - Área destinada à colheita - hectares
Urucum (semente) - Área colhida - hectares
Urucum (semente) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Uva - Quantidade produzida - toneladas
Uva - Valor da produção - mil reais
Uva - Área destinada à colheita - hectares
Uva - Área colhida - hectares
Uva - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Quadro 01: Demonstrativo da lavoura permanente no município de Fagundes em 2012.
3.7.4 - Lavoura Temporária 2012
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O Quadro 02 consolida as informações acerca da lavoura temporária no município de
Fagundes.
TIPO DE LAVOURA QTD. UNI.
Abacaxi - Quantidade produzida - mil frutos
Abacaxi - Valor da produção - mil reais
Abacaxi - Área plantada - hectares
Abacaxi - Área colhida - hectares
Abacaxi - Rendimento médio - frutos por hectare
Algodão herbáceo (em caroço) - Quantidade produzida - toneladas
Algodão herbáceo (em caroço) - Valor da produção - mil reais
Algodão herbáceo (em caroço) - Área plantada - hectares
Algodão herbáceo (em caroço) - Área colhida - hectares
Algodão herbáceo (em caroço) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Alho - Quantidade produzida - toneladas
Alho - Valor da produção - mil reais
Alho - Área plantada - hectares
Alho - Área colhida - hectares
Alho - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Amendoim (em casca) - Quantidade produzida - toneladas
Amendoim (em casca) - Valor da produção - mil reais
Amendoim (em casca) - Área plantada - hectares
Amendoim (em casca) - Área colhida - hectares
Amendoim (em casca) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Arroz (em casca) - Quantidade produzida - toneladas
Arroz (em casca) - Valor da produção - mil reais
Arroz (em casca) - Área plantada - hectares
Arroz (em casca) - Área colhida - hectares
Arroz (em casca) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Aveia (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Aveia (em grão) - Valor da produção - mil reais
Aveia (em grão) - Área plantada - hectares
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Aveia (em grão) - Área colhida - hectares
Aveia (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Batata - doce - Quantidade produzida 50 toneladas
Batata - doce - Valor da produção 40 mil reais
Batata - doce - Área plantada 25 hectares
Batata - doce - Área colhida 25 hectares
Batata - doce - Rendimento médio 2.000 quilogramas por hectare
Batata - inglesa - Quantidade produzida - toneladas
Batata - inglesa - Valor da produção - mil reais
Batata - inglesa - Área plantada - hectares
Batata - inglesa - Área colhida - hectares
Batata - inglesa - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Cana-de-açúcar - Quantidade produzida - toneladas
Cana-de-açúcar - Valor da produção - mil reais
Cana-de-açúcar - Área plantada - hectares
Cana-de-açúcar - Área colhida - hectares
Cana-de-açúcar - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Cebola - Quantidade produzida - toneladas
Cebola - Valor da produção - mil reais
Cebola - Área plantada - hectares
Cebola - Área colhida - hectares
Cebola - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Centeio (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Centeio (em grão) - Valor da produção - mil reais
Centeio (em grão) - Área plantada - hectares
Centeio (em grão) - Área colhida - hectares
Centeio (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Cevada (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Cevada (em grão) - Valor da produção - mil reais
Cevada (em grão) - Área plantada - hectares
Cevada (em grão) - Área colhida - hectares
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 48
Cevada (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Ervilha (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Ervilha (em grão) - Valor da produção - mil reais
Ervilha (em grão) - Área plantada - hectares
Ervilha (em grão) - Área colhida - hectares
Ervilha (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Fava (em grão) - Quantidade produzida 1 toneladas
Fava (em grão) - Valor da produção 4 mil reais
Fava (em grão) - Área plantada 750 hectares
Fava (em grão) - Área colhida 10 hectares
Fava (em grão) - Rendimento médio 100 quilogramas por hectare
Feijão (em grão) - Quantidade produzida 40 toneladas
Feijão (em grão) - Valor da produção 102 mil reais
Feijão (em grão) - Área plantada 800 hectares
Feijão (em grão) - Área colhida 800 hectares
Feijão (em grão) - Rendimento médio 50 quilogramas por hectare
Fumo (em folha) - Quantidade produzida - toneladas
Fumo (em folha) - Valor da produção - mil reais
Fumo (em folha) - Área plantada - hectares
Fumo (em folha) - Área colhida - hectares
Fumo (em folha) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Girassol (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Girassol (em grão) - Valor da produção - mil reais
Girassol (em grão) - Área plantada - hectares
Girassol (em grão) - Área colhida - hectares
Girassol (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Juta (fibra) - Quantidade produzida - toneladas
Juta (fibra) - Valor da produção - mil reais
Juta (fibra) - Área plantada - hectares
Juta (fibra) - Área colhida - hectares
Juta (fibra) - Rendimento médio - quilogramas por
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 49
hectare
Linho (semente) - Quantidade produzida - toneladas
Linho (semente) - Valor da produção - mil reais
Linho (semente) - Área plantada - hectares
Linho (semente) - Área colhida - hectares
Linho (semente) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Malva (fibra) - Quantidade produzida - toneladas
Malva (fibra) - Valor da produção - mil reais
Malva (fibra) - Área plantada - hectares
Malva (fibra) - Área colhida - hectares
Malva (fibra) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Mamona (baga) - Quantidade produzida - toneladas
Mamona (baga) - Valor da produção - mil reais
Mamona (baga) - Área plantada - hectares
Mamona (baga) - Área colhida - hectares
Mamona (baga) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Mandioca - Quantidade produzida 750 toneladas
Mandioca - Valor da produção 285 mil reais
Mandioca - Área plantada 150 hectares
Mandioca - Área colhida 150 hectares
Mandioca - Rendimento médio 5.000 quilogramas por hectare
Melancia - Quantidade produzida - toneladas
Melancia - Valor da produção - mil reais
Melancia - Área plantada - hectares
Melancia - Área colhida - hectares
Melancia - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Melão - Quantidade produzida - toneladas
Melão - Valor da produção - mil reais
Melão - Área plantada - hectares
Melão - Área colhida - hectares
Melão - Rendimento médio - quilogramas por hectare
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Milho (em grão) - Quantidade produzida 16 toneladas
Milho (em grão) - Valor da produção 11 mil reais
Milho (em grão) - Área plantada 750 hectares
Milho (em grão) - Área colhida 325 hectares
Milho (em grão) - Rendimento médio 49 quilogramas por hectare
Rami (fibra) - Quantidade produzida - toneladas
Rami (fibra) - Valor da produção - mil reais
Rami (fibra) - Área plantada - hectares
Rami (fibra) - Área colhida - hectares
Rami (fibra) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Soja (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Soja (em grão) - Valor da produção - mil reais
Soja (em grão) - Área plantada - hectares
Soja (em grão) - Área colhida - hectares
Soja (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Sorgo (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Sorgo (em grão) - Valor da produção - mil reais
Sorgo (em grão) - Área plantada - hectares
Sorgo (em grão) - Área colhida - hectares
Sorgo (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Tomate - Quantidade produzida - toneladas
Tomate - Valor da produção - mil reais
Tomate - Área plantada - hectares
Tomate - Área colhida - hectares
Tomate - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Trigo (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
Trigo (em grão) - Valor da produção - mil reais
Trigo (em grão) - Área plantada - hectares
Trigo (em grão) - Área colhida - hectares
Trigo (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Triticale (em grão) - Quantidade produzida - toneladas
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Triticale (em grão) - Valor da produção - mil reais
Triticale (em grão) - Área plantada - hectares
Triticale (em grão) - Área colhida - hectares
Triticale (em grão) - Rendimento médio - quilogramas por hectare
Quadro 02: Demonstrativo da lavoura temporária no município de Fagundes em 2012.
3.7.5 – Pecuária ano 2012
Pelo fato de o município está localizado na mesorregião do agreste paraibano o seu
clima é, preferencialmente, aceito por animais de boa resistência aos efeitos de sua aridez.
A seguir demonstrativo da pecuária local, segundo dados do IBGE no ano de 2012,
Quadro 03.
TIPOS DE REBANHO QTD. UNI.
Bovinos - efetivo dos rebanhos 5.400 cabeças
Equinos - efetivo dos rebanhos 320 cabeças
Bubalinos - efetivo dos rebanhos - cabeças
Asininos - efetivo dos rebanhos 600 cabeças
Muares - efetivo dos rebanhos 170 cabeças
Suínos - efetivo dos rebanhos 900 cabeças
Caprinos - efetivo dos rebanhos 800 cabeças
Ovinos - efetivo dos rebanhos 850 cabeças
Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 20.000 cabeças
Galinhas - efetivo dos rebanhos 14.000 cabeças
Codornas - efetivo dos rebanhos - cabeças
Coelhos - efetivo dos rebanhos - cabeças
Vacas ordenhadas - quantidade 1.300 cabeças
Ovinos tosquiados - quantidade - cabeças
Leite de vaca - produção - quantidade 1.500 Mil litros
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Leite de vaca - valor da produção 1.425 Mil Reais
Ovos de galinha - produção - quantidade 100 Mil dúzias
Ovos de galinha - valor da produção 360 Mil Reais
Ovos de codorna - produção - quantidade - Mil dúzias
Ovos de codorna - valor da produção - Mil Reais
Mel de abelha - produção - quantidade - Kg
Mel de abelha - valor da produção - Mil Reais
Casulos do bicho-da-seda - produção - quantidade - Kg
Casulos do bicho-da-seda - valor da produção - Mil Reais
Lã - produção - quantidade - Kg
Lã - valor da produção - Mil Reais Quadro 03: Demonstrativo da pecuária no município de Fagundes em 2012.
3.7.6 - Extrativismo Vegetal e Silvicultura
Extração Vegetal e Silvicultura 2011 Qtd. Uni.
Produtos Alimentícios - açaí - fruto - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - açaí - fruto - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - castanha de cajú - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - castanha de cajú - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - castanha-do-pará - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - castanha-do-pará - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - mangaba - fruto - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - mangaba - fruto - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - palmito - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - palmito - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - pinhão - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - pinhão - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - umbu - fruto - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - umbu - fruto - valor da produção - mil reais
Produtos Alimentícios - outros - quantidade produzida - tonelada
Produtos Alimentícios - outros - valor da produção - mil Reais
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Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - ipecacuanha ou poaia - raiz - quantidade produzida
- tonelada
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - ipecacuanha ou poaia - raiz - valor da produção
- mil reais
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - jaborandi - folha - quantidade produzida
- tonelada
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - jaborandi - folha - valor da produção
- mil reais
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - urucum - semente - quantidade produzida
- tonelada
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - urucum - semente - valor da produção
- mil reais
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - outros - quantidade produzida - tonelada
Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes - outros - valor da produção - mil reais
Borrachas - caucho - quantidade produzida - tonelada
Borrachas - caucho - valor da produção - mil reais
Borrachas - hévea - látex coagulado - quantidade produzida - tonelada
Borrachas - hévea - látex coagulado - valor da produção - mil reais
Borrachas - hévea - látex líquido - quantidade produzida - tonelada
Borrachas - hévea - látex líquido - valor da produção - mil reais
Ceras - carnauba - cera - quantidade produzida - tonelada
Ceras - carnauba - cera - valor da produção - mil reais
Ceras - carnauba - pó - quantidade produzida - tonelada
Ceras - carnauba - pó - valor da produção - mil reais
Ceras - outras - quantidade produzida - tonelada
Ceras - outras - valor da produção - mil reais
Fibras - buriti - quantidade produzida - tonelada
Fibras - buriti - valor da produção - mil reais
Fibras - carnauba - quantidade produzida - tonelada
Fibras - carnauba - valor da produção - mil reais
Fibras - piaçava - quantidade produzida - tonelada
Fibras - piaçava - valor da produção - mil reais
Fibras - outras fibras - quantidade produzida - tonelada
Fibras - outras fibras - valor da produção - mil reais
Gomas não elásticas - balata - quantidade produzida - tonelada
Gomas não elásticas - balata - valor da produção - mil reais
Gomas não elásticas - maçaranduba - quantidade produzida - tonelada
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Gomas não elásticas - maçaranduba - valor da produção - mil reais
Gomas não elásticas - sorva - quantidade produzida - tonelada
Gomas não elásticas - sorva - valor da produção - mil reais
Madeiras - carvão vegetal - quantidade produzida 13 tonelada
Madeiras - carvão vegetal - valor da produção 10 mil reais
Madeiras - lenha - quantidade produzida 676 metro cúbico
Madeiras - lenha - valor da produção 8 mil reais
Madeiras - madeira em tora - quantidade produzida - metro cúbico
Madeiras - madeira em tora - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - babaçu - amêndoa - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - babaçu - amêndoa - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - copaíba - óleo - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - copaíba - óleo - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - cumaru - amêndoa - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - cumaru - amêndoa - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - licuri - coquilho - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - licuri - coquilho - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - oiticica - semente - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - oiticica - semente - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - pequi - amêndoa - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - pequi - amêndoa - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - tucum - amêndoa - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - tucum - amêndoa - valor da produção - mil reais
Oleaginosos - outros oleaginosos - quantidade produzida - tonelada
Oleaginosos - outros oleaginosos - valor da produção - mil reais
Pinheiro Brasileiro Nativo - nó-de-pinho - quantidade produzida - metro cúbico
Pinheiro Brasileiro Nativo - nó-de-pinho - valor da produção - mil reais
Pinheiro Brasileiro Nativo - árvores abatidas - quantidade produzida - mil árvores
Pinheiro Brasileiro Nativo - árvores abatidas - valor da produção - mil reais
Pinheiro Brasileiro Nativo - madeira em tora - quantidade produzida - metro cúbico
Pinheiro Brasileiro Nativo - madeira em tora - valor da produção - mil reais
Tanantes - angico - casca - quantidade produzida - tonelada
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Tanantes - angico - casca - valor da produção - mil reais
Tanantes - barbatimão - casca - quantidade produzida - tonelada
Tanantes - barbatimão - casca - valor da produção - mil reais
Tanantes - outros tanantes - quantidade produzida - tonelada
Tanantes - outros tanantes - valor da produção - mil reais
Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - quantidade produzida - tonelada
Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - valor da produção - mil reais
Produtos da Silvicultura - lenha - quantidade produzida - metro cúbico
Produtos da Silvicultura - lenha - valor da produção - mil reais
Produtos da Silvicultura - madeira em tora - quantidade produzida - metro cúbico
Produtos da Silvicultura - madeira em tora - valor da produção - mil reais
Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - quantidade produzida
- metro cúbico
Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - valor da produção
- mil reais
Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - quantidade produzida
- metro cúbico
Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - valor da produção
- mil reais
Produtos da Silvicultura - acácia-negra - casca - quantidade produzida - tonelada
Produtos da Silvicultura - acácia-negra - casca - valor da produção - mil reais
Produtos da Silvicultura - eucalipto - folha - quantidade produzida - tonelada
Produtos da Silvicultura - eucalipto - folha - valor da produção - mil reais
Produtos da Silvicultura - resina - quantidade produzida - tonelada
Produtos da Silvicultura - resina - valor da produção - mil reais
Quadro 04: Demonstrativo do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura município de Fagundes em 2012.
3.7.7 - Comércio, Serviços e Indústrias.
a) Comércio e Serviços: existem vários estabelecimentos comerciais em Fagundes, na grande
maioria são: supermercados, mercearias, lojas de magazines, ferragens, bares, lanchonetes,
Padarias, Consultórios Odontológicos, Salões de Beleza e outros;
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A feira livre realizada aos sábados no centro da cidade, onde o comércio é
muitíssimo variado, constitui o coração comercial da cidade.
b) Indústrias: como em todas as cidades de pequeno porte, Fagundes sofre com a ausência de
indústrias em seu território.
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CAPÍTULO III
4.0 - FASE ATUAL DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM
FAGUNDES
4.1 - Resíduos Sólidos Domésticos (Frequência, Transporte, equipe de trabalho,
setores da cidade e disposição final)
A coleta de resíduos sólidos domésticos (RSD) é realizada nas segundas, terças,
quartas, quintas e sextas-feiras, na sede do município. Nos dias de coleta de resíduo sólido
doméstico, a logística de transporte executa o serviço seguindo o cronograma abaixo, Quadro
5:
DIAS DA
SEMANA RUAS QUANT. DE RUAS
0
1
SEGUNDA
FEIRA
R João Dia de Araujo – R Cel Gustavo de Farias Leite-
R Jose Barbosa de Melo - Av. Irineu Bezerra – R João
Pessoa – R Eng Edmundo Borba – R Quebra Quilos –R
José Carlos Mousinho - R Domingos Ferreira - Rua
Plínio Lemos – Rua Monsenhor Sales – R Venâncio
Neiva
12
0
2 TERÇA FEIRA
Vila Joaquim Barbosa – Quebra Quilos – Serrote Preto
– R Joquinha Muniz – R Raimundo Taveira – R
Venancio Neiva – Rua Monsenhor Sales – Travessa
Nivaldo Martins
08
0
3 QUARTA FEIRA
Cabatã – R João XXIII – R Bela Vista – Conjunto Dr
Zé - Largo do açude Velho – Av Irineu Bezerra - R
Monsenhor Sales – R Adolfo Ferreira - Travessa Adolfo
Ferreira
09
0
4 QUINTA FEIRA
R Cap Virgulino de Farias Leite – R Raquel de Farias
Leite – Travessa Raquel de Farias Leite - R Castro
09
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Alves – João Dias de Araujo – R Vereador Elias
Fabrício – R Nivaldo Martins- R Plínio Lemos - Rua
Monsenhor Sales
0
5
SEXTA FEIRA
R Cel Gustavo de Farias Leite - R João XXIII – José
Barbosa de Melo – Av Irineu Bezerra – R João Pessoa –
R Eng Edmundo Borba – R Quebra Quilos – R
Vereador Edmilson Aquino Dantas – Rua Monsenhor
Sales – Rua Venâncio Neiva
10
0
6 SÁBADO
Rua Monsenhor Sales 01
Obs:
No sábado é executado a varredura e coleta do lixo da rua do centro da cidade por
ocasião da realização da Feira, ser realizada neste dia.
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Figura 04: Disposição dos bairros do município de Fagundes.
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Na sede do município é utilizado um caminhão da marca Chevrolet, conforme fotos
abaixo, com 04 (quatro empregados), sendo 01 (um) motorista – proprietário do veículo – e
responsável trabalhista dos outros 03 (três) empregados. Deste modo, a prefeitura municipal
de Fagundes contrata apenas o serviço, enquanto que o vínculo empregatício da equipe de
trabalho é com o proprietário do veículo.
Portanto, percebe-se que a área central da cidade, é contemplada todos os dias da
coleta semanal.
Figura 05: Caminhão que faz a coleta do lixo no Município de Fagundes.
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4.2 - Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (Frequência, Transporte, equipe de
trabalho, setores da cidade e disposição final)
Os resíduos de serviços de saúde são gerados por todos os serviços que constam na
Resolução RDC 306/2004 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária e Portaria CVS nº 21,
de 10/09/2008, tais como: hospitais, pronto socorros, unidades de saúde e clínicas
médicas/odontológicas.
O Quadro 05 mostra a quantidade e a localização dos estabelecimentos que prestam
serviços de saúde no município de Fagundes.
Quadro 06: Unidades que oferecem serviços de saúde no município de Fagundes.
Estabelecimento CNES CNPJ Gestão
CENTRO DE SAUDE DE FAGUNDES 2763001 - M
HOSPITAL MARIA DO CARMO AMORIM NAVARRO 2591952 - M
LAB REG DE PROTESE DENTARIA DE FAGUNDES 6831559 - M
POSTO DE SAUDE CATUAMA 2591944 - M
POSTO DE SAUDE DE LARANJEIRA 2591928 - M
POSTO DE SAUDE DO JARDIM 2342693 - M
POSTO DE SAUDE DO MACACOS 2341662 - M
POSTO DE SAUDE DO TRAPICHE 7149832 - M
POSTO DE SAUDE FRANCISCA M DA CONCEICAO 2612593 - M
POSTO DE SAUDE MAE JOANA 2591936 - M
POSTO DE SAUDE NIVALDO MARTINS 2341972 - M
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE DE FAGUNDES 6427324 - M
UNIDADE DE VIGILANCIA SANITARIA DE FAGUNDES 3884147 - M
Fonte: Prefeitura municipal de Fagundes – PB em 2013.
Os resíduos sólidos originados dos serviços de saúde dos estabelecimentos descritos
no Quadro 06 são acondicionados em caixas de papelão específicas para materiais
perfurantes, cortantes e contaminados, sendo levados para o Hospital, os quais estão sendo
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 62
acumulados no referido local até o término da firmação de contrato com uma empresa
especializada no recolhimento de materiais contaminados, o qual já estar em tramitação.
O resíduo não perigoso das referidas unidades de saúde é coletado e transportado
para o lixão pelo caminhão responsável pela coleta do lixo obedecendo o cronograma citado
no tópico acima.
4.3 - Resíduos Sólidos da Construção Civil (Frequência, Transporte, equipe de
trabalho, setores da cidade e disposição final)
Os resíduos sólidos da construção civil gerados em todo o município pelas
construções, demolições e reformas são coletados e transportados pelo mesmo caminhão
responsável pela coleta do lixo. O munícipe não precisa acionar o serviço ou comunicar a
qualquer órgão da prefeitura que necessitará de coleta desse material. Atualmente, a
verificação da existência ou não do resíduo na cidade é feita pela coordenação da coleta de
resíduos sólidos que ao detectar a presença nas ruas desse tipo de despejo aciona um dos
veículos para executar o recolhimento, transporte e disposição final.
4.4 - Resíduos Sólidos da Varrição de Ruas (Frequência, Transporte, equipe de
trabalho, setores da cidade e disposição final)
O processo de varrição de ruas é realizado apenas naquelas que possuem calçamento
e executado por uma equipe composta por 10 (dez) varredores que são funcionários da
prefeitura municipal sendo estes contratados e efetivos. A frequência desse trabalho ocorre
durante todos os dias úteis da semana e no sábado, quando acontece a feira municipal e são
transportados no mesmo dia para o lixão.
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 63
Os funcionários utilizam “carrinhos” para transportarem os resíduos dispostos nas
ruas e nos coletores públicos, depois entregam ao caminhão responsável pela coleta da cidade
e leva para o lixão.
Figura 06: “carrinho” de coleta - transporte utilizado na varrição de ruas.
4.5 - Resíduos Sólidos Originado de Podas ou Desbaste (Frequência, Transporte,
equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)
Os resíduos sólidos provenientes da poda podem ser coletados e transportados
também pelo mesmo caminhão que faz a coleta da cidade. O serviço é disponibilizado para
população de segunda a sexta-feira. O munícipe não precisa acionar o serviço ou comunicar a
qualquer órgão da prefeitura que necessitará de coleta desse material. Atualmente, a
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verificação da existência ou não do resíduo na cidade é feita pela coordenação da coleta de
resíduos sólidos que ao detectar a presença nas ruas desse tipo de despejo aciona um dos
veículos para executar o recolhimento, transporte e disposição final no lixão da cidade.
4.6 - Resíduos Sólidos Originado na Feira Municipal (Frequência, Transporte,
equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)
Os resíduos sólidos provenientes das atividades mercantis da Feira Municipal são
coletados pela mesma equipe da varrição das ruas e transportados pelo caminhão da coleta, e
disposição final no lixão da cidade Figura 08. O serviço é disponibilizado, inclusive com
varrição, aos sábados à tarde, quando termina toda a movimentação da população e dos
comerciantes. Esse material, majoritariamente orgânico, é coletado, transportado e disposto
no lixão da cidade nesse mesmo dia.
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Figura 07: varrição da Feira Municipal.
O Quadro 06 sintetiza a sistemática básica da coleta, transporte e destinação final dos
resíduos sólidos urbanos da cidade de Fagundes.
Quadro 07:Resumo da logística de coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos em Fagundes. 2013.
Tipo de Resíduo Sólido
Setores Dias de coleta Disposição Final
Equipe Tipo de Veículo
Doméstico Sede Seg. a Sext. Lixão 04 Pessoas Caminhão
Serviços de Saúde Sede Seg. a Sext. Hospital X X
Construção Civil Sede Todos os dias úteis Lixão 04 Pessoas Caminhão
Varrição Ruas calçadas Todos os dias úteis Lixão 10 Pessoas Carrinhos e caminhão
Poda Sede Todos os dias úteis Lixão 04 Pessoas Caminhão
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Orgânico (Feira) Sede Sábado Lixão 10 Pessoas Carrinhos e caminhão
De segunda a sexta ocorre coleta na área central da sede.
01 (um) motorista e 03 (três) ajudantes;
10 (dez) diretamente na varrição de ruas;
Deste modo, a equipe total que trabalha em todos os processos de limpeza urbana são
de 14 (quatorze) empregados. Sendo 10 (dez) distribuídos nos trabalhos e 04 (quatro) no
caminhão.
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4.7 - Resíduos Sólidos Originado no Cemitério Municipal (Frequência,
Transporte, equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)
Os resíduos sólidos dos cemitérios são formados pelos materiais particulados de restos
florais resultantes das coroas e ramalhetes conduzidos nos féretros, vasos plásticos ou
cerâmicos de vida útil reduzida, resíduos de construção e reforma de túmulos e da
infraestrutura, resíduos gerados em exumações, resíduos de velas e seus suportes levados no
dia a dia e nas datas emblemáticas das religiões, quando se dá uma concentração maior de
produção de resíduos.
A separação passa a ser não só necessária para a destinação dos diversos materiais,
mas é também uma questão de organização da própria área, para que sua qualidade receptiva
aos visitantes seja ponto de excelência daquele ambiente de homenagens.
Os resíduos sólidos originados no Cemitério Público da cidade Figura 08 são
coletados pelo coveiro e jogados no final do referido local, tendo em vista da grande
dificuldade em sair pela frente, e são queimados ( materiais como resto de caixões, restos de
flores, de panos, restos de velas, entre outros), já os restos de ossos são colocados depois de
um certo período dentro de uma vala.
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Figura 08: Fotos do lixo do cemitério.
4.8 - Resíduos Sólidos Originado no Matadouro Municipal (Frequência,
Transporte, equipe de trabalho, setores da cidade e disposição final)
Os resíduos sólidos originados no Matadouro Público da cidade Figura 09 são
coletados pelo carro à serviço da Prefeitura Municipal, e levados para um terreno e aterrados
deixando o matadouro limpo e em condições higiênicas. O Matadouro se localiza a 3,0 Km do
centro da cidade. No Matadouro se abatem bois, os efluentes líquidos putrescíveis são
depositados em dois reservatórios formados pela depressão do próprio terreno, os quais
também recebem parte dos corpos dos animais mortos.
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Figura 9: Fotos do Matadouro sem nenhum resto de animal.
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4.9 - Resíduos de Logística Reversa
O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina quando, após serem usados
pelos consumidores, são descartados. Há muito se fala em reciclagem e reaproveitamento dos
materiais utilizados. Esta questão se tornou foco no meio empresarial, e vários fatores cada
vez mais as destacam, estimulando a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu
produto. Numa visão ecológica, as empresas pensam com seriedade em um cliente
preocupado com seus descartes, sendo estes sempre vistos como uma agressão à natureza.
Desta forma surge uma Logística Verde baseada nos conceitos da logística reversa do Pós-
consumo. Numa visão estratégica, a preocupação fica por conta do aumento da confiança do
cliente, com políticas de Logística Reversa do Pós-venda ou Administração de Devoluções.
Desta forma a empresa se responsabiliza pele troca imediata do produto, logo após a venda.
Outro foco dado à logística reversa é o reaproveitamento e remoção de refugo, feito
logo após o processo produtivo.
A logística Reversa (LR) é o instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a
coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante
retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público
de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de: pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e
embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista,
agrotóxicos, seus resíduos e embalagens. Atualmente estes tipos de resíduos são jogados junto
com os outros tipos de lixo e dispostos no lixão da cidade.
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CAPÍTULO IV
5.0 - CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE
FAGUNDES
5.1. Característica da coleta de resíduos sólidos do Municipio de Fagundes
A coleta de resíduos sólidos domésticos (RSD) é realizada de Segunda à Sexta, na
sede do município. Nos dias de coleta de resíduo sólido doméstico, a logística de transporte
executa o serviço em duas etapas, transportando os resíduos no final da manhã e final da tarde
para o lixão da cidade. Observou-se que na Segunda são contempladas as ruas: R João Dia de
Araujo – R Cel Gustavo de Farias Leite- R Jose Barbosa de Melo - Av. Irineu Bezerra – R
João Pessoa – R Eng Edmundo Borba – R Quebra Quilos –R José Carlos Mousinho - R
Domingos Ferreira - Rua Plínio Lemos – Rua Monsenhor Sales – R Venâncio Neiva. Na
terça-feira a coleta ocorre nas ruas: Vila Joaquim Barbosa – Quebra Quilos – Serrote Preto –
R Joquinha Muniz – R Raimundo Taveira – R Venancio Neiva – Rua Monsenhor Sales –
Travessa Nivaldo Martins. Na quarta-feira, a coleta é realiza nas ruas Cabatã – R João XXIII
– R Bela Vista – Conjunto Dr Zé - Largo do açude Velho – Av Irineu Bezerra - R Monsenhor
Sales – R Adolfo Ferreira - Travessa Adolfo Ferreira. Na quinta-feira as ruas R Cap Virgulino
de Farias Leite – R Raquel de Farias Leite – Travessa Raquel de Farias Leite - R Castro
Alves – João Dias de Araujo – R Vereador Elias Fabrício – R Nivaldo Martins- R Plínio
Lemos - Rua Monsenhor Sales e finalmente na sexta as ruas R Cel Gustavo de Farias Leite -
R João XXIII – José Barbosa de Melo – Av Irineu Bezerra – R João Pessoa – R Eng
Edmundo Borba – R Quebra Quilos – R Vereador Edmilson Aquino Dantas – Rua Monsenhor
Sales – Rua Venâncio Neiva. Sendo assim, a determinação da composição gravimétrica dos
resíduos sólidos domésticos foi aferida na quarta-feira (02/10/2013) na parte da manhã, o
mesmo se sucedendo na quinta e sexta-feira (03/10 e 04/10) respectivamente, continuada no
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dia (07/10/2013) e finalizada no dia (08/10/2013). Portanto, foram realizadas cinco medições,
uma em cada dia mencionado.
5.2. Estudo Gravimétrico.
A determinação da composição gravimétrica dos resíduos sólidos domésticos mostra
quais as principais formações dos resíduos avaliados. Isto é, o tipo e a frequência dos
materiais descartados, em média, das residências. A partir desse estudo se determina quais os
percentuais de resíduos orgânicos, recicláveis e não recicláveis de forma amostral, contudo,
extrapolando-se a análise para todo o resíduo doméstico produzido no município. Sendo,
portanto, subsídio das tomadas de decisões quanto ao planejamento futuro dos RSD e,
especificamente, no dimensionamento da unidade de gerenciamento de RSD.
5.2.1. Método
Este estudo foi realizado no lixão municipal localizado a aproximadamente 3 Km do
centro. Utilizou-se uma amostra de 1.000 L retirada do caminhão, com auxílio de tambores de
200 L, Figura 08.
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Figura 10: Tambor de 200 L utilizado para a seleção amostral da composição
Gravimétrica dos RSD do município de Fagundes – PB em 02 e 08/10/2013.
Após a escolha da amostra de 1.000 L retirada do caminhão recém chegado ao lixão,
em uma lona, procedeu-se a retirada dos resíduos contidos dentro dos sacos plásticos e
homogeneização, Figura 10:
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Figura 11: Rompimento dos sacos para homogeneização da amostra.
Fagundes-PB em 02 e 08/10/2013.
Para iniciar o procedimento de pesagem era necessário que ocorresse o quarteamento
(NBR 10.007) da amostra de 1.000L, que já misturada era dividida em quatro partes e
descartadas duas delas, ficando aquelas com aparência mais representativa. A partir desse
ponto houve a separação de cada tipo de resíduo e sua respectiva pesagem.
5.2.2 - Resultados
A Tabela 01 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na
manhã da quarta-feira (02/10/2013).
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Tabela 01: Estudo da Composição Gravimétrica da parte da cidade de Fagundes – PB coletada pela manhã em
02/10/2013.
Gravimetria 02/10/2013 (quarta-feira): Bairros Cubatã, Bela Vista e Largo do açude velho
Material
Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria Tipologia
(Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 2,60 1,00 3,60 7,80
24,49 Recicláveis
Plástico Duro 2,40 1,90 4,30 9,32
Papelão 1,70 0,00 1,70 3,68
Papel 0,00 0,00 0,00 0,00
Metal 0,70 0,00 0,70 1,52
Vidro 1,00 0,00 1,00 2,17
Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00
Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 15,71
Matéria Orgânica Matéria Orgânica 3,00 4,25 7,25 15,71
Roupas e tecidos velhos 3,20 0,00 3,20 6,93
59,80 Rejeitos
Fralda/Absorv/P. Hig 6,00 0,00 6,00 13,00
Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00
Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia, pedra, entulho 9,00 9,40 18,40 39,87
Total 29,6 16,6 46,2 100,0 100,0
A Tabela 02 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na
manhã da quinta-feira (03/10/2013).
Gravimetria 03/10/2013 (quinta-feira) Rua Capitão Virgulino, Rua do Agreste...
Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria
Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 2,10 1,90 4,00 9,07
27,21 Recicláveis
Plástico Duro 1,00 0,00 1,00 2,27
Papelão 1,90 0,00 1,90 4,31
Papel 1,30 0,00 1,30 2,95
Metal 1,20 0,00 1,20 2,72
Vidro 2,60 0,00 2,60 5,90
Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00
Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 31,18
Matéria Orgânica
Matéria Orgânica 9,00 4,75 13,75 31,18
Roupas e tecidos velhos 2,00 0,00 2,00 4,54 41,61 Rejeitos
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Fralda/Absorv/P. Hig 3,00 3,50 6,50 14,74
Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00
Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia, pedra, entulho 7,00 2,85 9,85 22,34
Total 31,1 13,0 44,1 100,0 100,0
A Tabela 03 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na
manhã da sexta-feira (04/10/2013).
Gravimetria 04/10/2013 (sexta-feira) )origem: Rua João Pessoa, Rua 23 e Rua da Chã...
Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria
Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 4,00 0,00 4,00 8,35
39,04 Recicláveis
Plástico Duro 2,50 2,30 4,80 10,02
Papelão 2,20 0,00 2,20 4,59
Papel 1,20 0,00 1,20 2,51
Metal 1,00 0,00 1,00 2,09
Vidro 5,50 0,00 5,50 11,48
Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00
Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 22,44
Matéria Orgânica
Matéria Orgânica 5,00 5,75 10,75 22,44
Roupas e tecidos velhos 1,00 0,00 1,00 2,09
38,52 Rejeitos
Fralda/Absorv/P. Hig 6,00 0,00 6,00 12,53
Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00
Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia, pedra, entulho 8,00 3,45 11,45 23,90
Total 36,4 11,5 47,9 100,0 100,0
A Tabela 04 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na
manhã da segunda-feira (07/10/2013).
Gravimetria 07/10/2013 (segunda-feira): Rua João Dias, Rua Irineu Bezerra, Rua João Pessoa e Rua da Chã ...
Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria
Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 3,10 2,00 5,10 6,38 22,25 Recicláveis
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 77
Plástico Duro 3,50 2,80 6,30 7,88
Papelão 2,50 0,00 2,50 3,13
Papel 1,20 0,00 1,20 1,50
Metal 1,30 0,00 1,30 1,63
Vidro 1,40 0,00 1,40 1,75
Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00
Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 25,50 Matéria Orgânica
Matéria Orgânica 8,40 12,00 20,40 25,50
Roupas e tecidos velhos 1,30 0,00 1,30 1,63
52,25 Rejeitos
Fralda/Absorv/P. Hig 8,30 0,00 8,30 10,38
Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00
Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia, pedra, entulho 12,00 20,20 32,20 40,25
Total 43,0 37,0 80,0 100,0 100,0
A Tabela 05 mostra o resultado da composição gravimétrica dos RSD coletados na
manhã da terça-feira (08/10/2013).
Gravimetria 08/10/2013 (terça-feira): Vila Barbosa, Rua Serrote Preto, Rua Irineu Bezerra e Rua da Chã
Material Peso 1 Peso 2 Total Fração Gravimetria
Tipologia (Kg) (Kg) (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 3,80 2,80 6,60 8,62
24,93 Recicláveis
Plástico Duro 4,10 3,20 7,30 9,53
Papelão 2,00 0,00 2,00 2,61
Papel 1,40 0,00 1,40 1,83
Metal 1,30 0,00 1,30 1,70
Vidro 0,50 0,00 0,50 0,65
Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00
Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 16,06 Matéria Orgânica
Matéria Orgânica 5,30 7,00 12,30 16,06
Roupas e tecidos velhos 4,20 0,00 4,20 5,48
59,01 Rejeitos
Fralda/Absorv/P. Hig 6,30 0,00 6,30 8,22
Isopor 0,00 0,00 0,00 0,00
Algodão 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia, pedra, entulho 13,00 21,70 34,70 45,30
Total 41,9 34,7 76,6 100,0 100,0
A Figuras 12 mostra a distribuição dos RSD realizada na quarta-feira (02/10/13).
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24,49%
15,71%59,80%
Gravimetria 02/10/2013 - Fagundes/PB
Recicláveis
Matéria Orgânica
Rejeitos
Figura 12: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,
coletados na manhã de 02/10/13.
As Figuras 13 e 14 mostram a distribuição dos RSD realizada na quinta-feira
(03/10/13) e sexta-feira ( 04/10/2013) respectivamente.
Figura 13: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,
coletados na manhã de 03/10/13.
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Figura 14: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,
coletados na manhã de 04/10/13.
E por fim as Figuras 15 e 16 mostram a distribuição dos RSD realizada na segunda-
feira (07/10/13) e terça-feira (08/10/2013) respectivamente.
Figura 15: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,
coletados na manhã de 07/10/13.
Figura 15: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,
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Figura 16: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB,
coletados na manhã de 08/10/13.
5.2.3 - Resultado Consolidado
Somando-se os resultados obtidos nas quatro gravimetrias, o que equivale a um dia
de geração de RSD, tem-se, as informações sistematizadas na Tabela 05.
Tabela 06: Estudo da Composição Gravimétrica da cidade de Fagundes – PB referente aos RSD gerados,
coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a 08/10/2013.
Valores consolidados
Material Total Fração Gravimetria
Tipologia (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 4,66 7,91%
26,77% Recicláveis
Plástico Duro 4,74 8,04%
Papelão 2,06 3,49%
Papel 1,02 1,73%
Metal 1,10 1,87%
Vidro 2,20 3,73%
Borracha 0,00 0,00%
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Madeira 0,00 0,00% 21,87%
Matéria Orgânica
Matéria Orgânica 12,89 21,87%
Roupas e tecidos velhos 2,34 3,97%
51,37% Rejeitos
Fralda/Absorv/P. Hig 6,62 11,23%
Isopor 0,00 0,00%
Algodão 0,00 0,00%
Areia, pedra, entulho 21,32 36,17%
Total 59,0 100,0% 100,00%
A Figura 17 mostra a distribuição percentual dos RSD depositados no Lixão da cidade.
26,77%
21,87%
51,37%
Gravimetria 2013- Fagundes/PB
Recicláveis
Matéria Orgânica
Rejeitos
Figura 17: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB. Dados coletados em 02 a 08/10/13.
Tabela 07: Estudo da Composição Gravimétrica da cidade de Fagundes – PB referente aos RSD gerados,
coletados e transportados para o lixão entre os dias 02/10/2013 a 08/10/2013, apresenta os valores consolidados
sem a terra.
Valores sem areia, pedra, entulho
Material Total Fração Gravimetria
Tipologia (Kg) (%) (%)
Plástico Mole 4,66 12,38%
41,93% Recicláveis
Plástico Duro 4,74 12,60%
Papelão 2,06 5,47%
Papel 1,02 2,71%
Metal 1,10 2,92%
Vidro 2,20 5,85%
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Borracha 0,00 0,00%
Madeira 0,00 0,00% 34,25%
Matéria Orgânica Matéria Orgânica 12,89 34,25%
Roupas e tecidos velhos 2,34 6,22% 23,81% Rejeitos
Fralda/Absorv/P. Hig 6,62 17,59%
Total 37,6 100,0% 100,00%
Figura 18: Distribuição percentual dos RSD do município de Fagundes-PB. Dados coletados em 02 a 08/10/13.
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Figura 19: Caminhão de coleta de RSD do município de
Fagundes – PB, outubro de 2013.
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CAPÍTULO V
6.0 - DA SUSTENTABILIDADE
6.1 - Conceito
O termo sustentabilidade é empregado para definir ações e atividades humanas que
tenham por objetivo suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o
futuro das próximas gerações. Desta forma, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos
naturais de forma inteligente para que eles possam se manter no futuro. Agindo assim, a
humanidade tenta garantir um futuro no qual o desenvolvimento sustentável esteja inserido.
Algumas ações práticas são relacionadas diretamente com a sustentabilidade, sendo
elas:
a) Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o
replantio sempre que necessário;
b) Preservação total de áreas verdes não destinadas à exploração econômica;
c) Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não
agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 85
d) Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada,
racionalizada e com planejamento;
e) Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para
diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de
recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar;
f) Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos.
Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a
diminuição da retirada de recursos minerais do solo;
g) Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de
matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia;
h) Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício.
Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a
despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Tomando atitudes como estas elencadas, é possível garantir a médio e longo prazo
um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive
a humana.
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6.2. Catadores
O objetivo deste texto é apresentar o contexto em que ocorre a atividade de catação
de recicláveis no Brasil e em especial no Município de Fagundes, apontando caminhos para a
inclusão social dos catadores, sustentabilidade econômica de sua atividade e desenho de uma
política pública eficaz voltada a esta categoria.
Há hoje entre 400 e 600 mil catadores de materiais recicláveis no Brasil. A renda
média dos catadores, aproximada a partir de estudos parciais, não atinge o salário mínimo,
alcançando entre R$420,00 e R$ 520,00. A faixa de instrução mais observada entre os
catadores vai da 5ª a 8ª séries. A inclusão social dos catadores vem sendo objeto de uma série
de medidas indutoras na forma de leis, decretos e instruções normativas de fomento à
atividade de catação. O quadro traz alguns exemplos.
QUADRO 8 – Sistematização das leis pertinentes aos catadores de materiais recicláveis.
Lei / Decreto Objeto
DECRETO 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE
2006
Institui a separação dos resíduos recicláveis
descartados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal direta e indireta, na
fonte geradora, e a sua destinação às associações
e cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis, e dá outras providências.
LEI 11.445, DE 05 DE JANEIRO DE 2007 Dispensa de licitação na contratação da coleta,
processamento e comercialização de resíduos
sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em
áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
efetuados por associações ou cooperativas
formadas exclusivamente por pessoas
físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder
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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município de Fagundes – PB 87
público como catadores de materiais recicláveis,
com o uso de equipamentos compatíveis com as
normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
INSTRUÇÃO NORMATIVA MPOG Nº 1, DE
19 DE JANEIRO DE 2010.
Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade
ambiental na aquisição de bens,contratação de
serviços ou obras pela Administração Pública
Federal direta, autárquica e fundacional e dá
outras providências.
LEI Nº 12.375, DE 30 DE DEZEMBRO DE
2010, Art.5º e Art. 6º
Os estabelecimentos industriais farão jus, até 31
de dezembro de 2014, a crédito presumido do
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na
aquisição de resíduos sólidos utilizados como
matérias-primas ou produtos intermediários na
fabricação de seus produtos. Somente poderá
ser usufruído se os resíduos sólidos forem
adquiridos diretamente de cooperativa de
catadores de materiais recicláveis com número
mínimo de cooperados pessoas físicas definido
em ato do Poder Executivo, ficando vedada,
neste caso, a participação de pessoas jurídicas;
LEI 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;
e dá outras providências.
DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO
DE 2010.
Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de
2010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política
Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê
Orientador para a Implantação dos Sistemas de
Logística Reversa, e dá outras providências
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DECRETO Nº 7.405, DE 23 DE DEZEMBRO
DE 2010.
Institui o Programa Pró-Catador, denomina
Comitê Interministerial para Inclusão Social e
Econômica dos Catadores de Materiais
Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê
Interministerial da Inclusão Social de Catadores
de Lixo criado pelo Decreto de 11 de
setembro de 2003, dispõe sobre sua organização
e funcionamento, e dá outras providências.
6.3. Das Associações de Catadores
As associações tem por objetivo principal, a contratação de serviços para seus
associados em condições e preços convenientes, organizando o trabalho para aproveitar a
capacidade dos catadores associados, distribuindo-os conforme suas aptidões e interesses
coletivos. Além disso, fornece assistência aos associados no que for necessário para melhor
executarem o trabalho.
O investimento na criação de associações possui vários pontos positivos, a saber:
a) Criação de empregos, que engloba desde a gerência até os empregados envolvidos na
separação dos Resíduos Sólidos;
b) Conscientização geral da população;
c) Cadastramento e regularização dos catadores de lixo;
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d) Melhoria da qualidade de trabalho e vida dos catadores, uma vez que na medida que se
tornam regularizados, passam a ter um apoio da população, passando o material a ser
valorizado, pois deixam de passar por atravessadores.
Como elencado acima, a conscientização da população torna-se imperioso, ao passo
que a coleta seletiva é considerada como um pilar de sustentação para a implantação do plano
de gerenciamento de resíduos sólidos, sem a qual não há condições de se criar pretendida
estrutura.
6.4. Propostas
A implantação da coleta seletiva se apoia em três pilares operacionais, os quais são
motivados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei nº 12.305/10.
O primeiro ponto se refere à participação social, isto é, o programa deve ser discutido
exaustivamente com os segmentos sociais, incluindo-se cada indivíduo da área implantada
para que ele possa compreender a importância e a responsabilidade dos seus atos, e
principalmente, entender como funciona toda a sistemática da segregação do resíduo sólido na
origem como permanece até a disposição ou destinação final adequada.
O segundo elemento se encontra no sistema fundamental de infraestrutura para dar
suporte às mudanças necessárias à coleta seletiva de resíduos. Neste momento se deve
elaborar e executar um plano de coleta, transporte, disposição e destinação finais adequados
que funcione de maneira lógica e harmônica, no qual haja um fluxograma definido das etapas
necessárias ao funcionamento pleno desse trabalho. É nesta ocasião que se encaixa a estrutura
da Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos (UGIRSU), a qual
gravitará a recepção dos rejeitos sólidos e dela sairão os materiais que retornarão ao ciclo
produtivo e ao ambiente de forma apropriada.
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A terceira parte se embasa nos fundamentos dos pontos anteriores, pois trata da
formação e continuidade de uma associação que deve ser formada prioritariamente por
pessoas que sobrevivem atualmente nas ruas e lixões selecionando material com potencial
reciclável e da infraestrutura de mão de obra para realizar os trabalhos exigidos ao completo
funcionamento da coleta seletiva. Inicialmente, esta assembleia deve surgir com dois
objetivos principais: fornecer condições dignas de trabalho e emprego aos seus associados e
ser responsável pela operacionalização da (UGIRSU). Portanto, neste último fator se enquadra
os aspectos ambientais e sanitários, assim como os financeiros que se formam pela
negociação dos materiais recicláveis e do composto orgânico produzido na unidade.
A primeira e a terceira vertentes tiveram as discussões iniciadas na cidade Fagundes.
Reuniões com o Prefeito, grupo de Secretários, Professores, Agentes de endemias, Agentes
ambientais, Agentes de Saúde, Varredores, Catadores, Garis foram realizadas. Estão
programadas, ainda, audiências para solidificação dos preceitos associativísticos e
mobilização social nos setores, bairros e distritos do município, além da exposição ao publico
do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do município.
6.4.1 - Infraestrutura do Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos e da
UGIRSU
Este parâmetro se encontra no segundo ponto anteriormente disposto em linhas
gerais, subdividido em dois aspectos: infraestrutura de coleta e infraestrutura da UGIRSU.
6.4.2 - Infraestrutura de Coleta de Resíduos Sólidos
A coleta seletiva se fundamenta na segregação prévia na origem dos resíduos em 03
(três) níveis básicos: recicláveis, orgânicos e rejeitos. Essa metodologia de segregação ampara
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a sistemática estrutural dos aspectos relativos à coleta, ao transporte, à disposição e à
destinação finais.
Os recicláveis são formados por materiais valorados de acordo com seu estado e
emprego como matéria-prima de algum processo de transformação, retornando ao ciclo
produtivo e consequentemente preservando os recursos naturais.
A matéria orgânica é aquela que pode ser reutilizada, após processo aeróbio de
compostagem, como composto orgânico e reintegrada ao ambiente com objetivo de
desenvolvimento de projetos agrícolas, silvícolas e/ou pastoris.
Os rejeitos são enquadrados como qualquer material que não possa se classificar
como reciclável, ou reciclável que ainda não tenha aproveitamento econômico na região ou
não se transforme em composto orgânico ou prejudique de alguma forma a eficácia desse
procedimento. Encerrando como seu destino final o aterro de rejeitos.
Nos estudos gravimétricos prévios foi constatado que a população que reside na sede
do município de Fagundes produz em média um resíduo sólido com as seguintes
características: 26,77% de materiais com potencial reciclável, 21,87% de materiais com
potencial para se transformar em composto orgânico e 51,37% de materiais com destino para
o aterro de rejeitos.
Consequentemente, a coleta deve recolher os resíduos sólidos e entregá-los ainda
separados para que na UGIRSU se realize a disposição e destinação finais conforme preceitua
a PNRS.
6.4.2.1 – Resíduos Sólidos Domésticos
Para plena eficiência desse plano, os resíduos sólidos domésticos devem possuir a
seguinte sistemática:
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a) Frequência de coleta: Permaneça da mesma forma todos os dias com a coleta dos
recicláveis, orgânicos e rejeitos, na sede municipal – contemplando-se, todos os bairros e
setores;
b) Frota de veículos: os caminhões que trabalharão nessa etapa do trabalho devem possuir 03
(três) compartimentos distintos para que possa recolher e transportar até UGIRSU os resíduos
sólidos de forma segregada. Esse tipo de veículo deve atender ainda aos requisitos mínimos
de segurança para os operadores e ainda não dispersar nenhum tipo material nas ruas do
município durante o transporte de material. Preferencialmente devem armazenar e conduzir os
resíduos sólidos em ambientes fechados. A quantidade de veículos é proporcional ao
atendimento eficiente e eficaz pressuposto no item “a”;
c) Equipe de Trabalho: Dever possuir número compatível com o objetivo do
desenvolvimento pleno do item “a” anterior. Impreterivelmente todos os envolvidos nas
etapas de todo esse sistema devem utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) para
realização de suas atividades de trabalho;
Dentro dos resíduos domésticos é importante fazermos um adendo, pois como
observamos, os resíduos domésticos serão divididos em recicláveis, orgânicos e rejeitos. Os
recicláveis são os produtos encaminhados à reciclagem, que consiste no processo de
transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas,
físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos,
observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e,
se couber, do SNVS e do Suasa.
Já o orgânico tem origem animal ou vegetal. Nessa categoria inclui-se grande parte do
lixo doméstico, restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, etc. Quando
acumulado ou disposto inadequadamente, o lixo orgânico pode tornar-se altamente poluente
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do solo, das águas e do ar. A disposição inadequada desses resíduos cria um ambiente
propício ao desenvolvimento de organismos patogênicos. O lixo orgânico pode, entretanto,
ser objeto de compostagem para a fabricação de adubos ou utilizado para a produção de
combustíveis como biogás, que é rico em metano.
Por fim os rejeitos consistem nos resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada.
6.4.2.2 – Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde
Os resíduos originados dos serviços de saúde necessitam de uma frequência de coleta
e de veículos exclusivos para o transporte apropriado que atendam os requisitos básicos
indicados pela PNRS e recomendados pela Resolução nº 358/3005 do Conselho Nacional de
Meio Ambiente (CONAMA). Além da segregação prévia conforme os tipos, seguindo do
grupo “A” até o “E”, deve-se atender aos critérios mínimos para disposição final de resíduos
de serviços de saúde. Sugere-se ainda, que no aterro de rejeitos haja célula para conter
separadamente este tipo de resíduo. Para a população que gera esse tipo de resíduos em casa,
será indicado que transporte esse material para o Hospital sendo colocados dentro de garrafas
PET para evitar qualquer tipo de contaminação. E ao final da firmação do referido contrato
com a empresa especializada no manejo destes resíduos, os quais serão recolhidos pela
mesma quinzenalmente a qual dará destino correto.
6.4.2.3 – Resíduos Sólidos da Construção Civil
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A Resolução nº 307, aprovada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente –
CONAMA em 2002 criou instrumentos para avançar no sentido da superação dos problemas
ambientais oriundos do mau gerenciamento, definindo responsabilidades e deveres e tornando
obrigatória em todos os municípios do país e no Distrito Federal a implantação pelo poder
público local de Planos Integrados de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil.
A Resolução nº 307 também determina para os geradores a adoção, sempre que
possível, de medidas que minimizem a geração de resíduos e sua reutilização ou reciclagem;
ou, quando for inviável, que eles sejam reservados de forma segregada para posterior
utilização da fração triturável. Segundo a Resolução CONAMA os Resíduos da Construção
Civil são: provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção
civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos,
tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras.
A Resolução nº307 estabelece “diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os
impactos ambientais.”, trazendo práticas específicas no que se refere aos construtores, além
da implantação pelo poder público local de Planos Integrados de Resíduos da Construção
Civil.
Os resíduos gerados pelas construções, demolições e reformas, como os demais
tipos, são de responsabilidade do gerador. Portanto, caso o município de Fagundes queira
continuar com o serviço de coleta e transporte, os munícipes precisam ser informados dos dias
da semana que esse serviço será oferecido, agendando-o previamente. Com isso, não se
permitindo a disposição desse material nas ruas ou calçadas fora dos dias de coleta. Àqueles
que não puderam ou não quiserem esperar a coleta municipal, deve ser indicado à célula no
aterro de rejeitos que o usuário, às suas custas, deva coletar e transportar seu resíduo.
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6.4.2.4 – Resíduos Sólidos da Capina, Poda e Desbaste
Os resíduos gerados pelas capinas e podas, se coletados e transportados pela
municipalidade precisam ser agendados e dispostos somente nos dias da semana que esse
serviço será oferecido. Não se permitindo a disposição desse material nas ruas ou calçadas
fora dos dias de coleta. Àqueles que não puderam ou não quiserem esperar a coleta municipal,
deve ser indicado à célula no aterro de rejeitos que o usuário, às suas custas, deva coletar e
transportar seu resíduo.
6.4.2.5 – Resíduos Sólidos de Varrição
Os resíduos produzidos pelos trabalhos de varrição das ruas devem ser coletados e
transportados pelos “carrinhos” já existentes e entregues ao caminhão da coleta como já vem
sendo feito.
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6.4.2.6– Resíduos Sólidos do Cemitério
Realizar o manejo adequado de todos os resíduos secos, úmidos e infectantes; Garantir
que os equipamentos públicos tenham um padrão receptivo apropriado para a finalidade a que
se destina (cenário de excelência em limpeza e manutenção). Garantir cumprimento completo
da Resolução CONAMA nº 335.
Executar a segregação dos resíduos na origem, sendo destinados: orgânicos para o
composto orgânico; secos para a coleta seletiva; resíduos de construção para ATTs,
infectantes para a incineração, em recipientes adequados para cada resíduos. Garantir EPIs
para todos os trabalhadores. Buscar novas tecnologias para solucionar a carência de espaços
no município.
6.4.2.7– Resíduos Sólidos do Matadouro
De modo geral, as fontes e os rejeitos das indústrias de carne podem ser agrupados,
conforme o Quadro 09.
Quadro 09: Fontes e rejeitos decorridos do abate de bovinos, suínos e aves.
FONTES REJEITOS DESPEJADOS
Curral Esterco
Sala de abate Sangue, rejeitos de carne e gordura
Depilação, Depenagem Pêlos, penas e materiais terrosos
Triparia, Bucharia
Conteúdo de estômagos, intestinos,
gordura (líquidos com grande quantidade
de sólidos)
Preparo de carcaças Rejeitos de carne, gordura e sangue
Fusão de gordura Líquidos ricos em gordura
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Subprodutos Gorduras e rejeitos não comestíveis
Fonte adaptada: PARDI et al., 2006
Estes rejeitos se lançados diretamente no ambiente, acarretam graves problemas de
poluição, impondo prejuízos à flora e à fauna, podendo se comportar como focos de
proliferação de insetos, roedores e de agentes infecciosos.
Os matadouros, frigoríficos e abatedouros, são agroindústrias com alta concentração e
despejos de rejeitos sólidos, sendo que há necessidade de grandes áreas em que se possam
receber os rejeitos gerados por estas indústrias, o que representa problema para o meio
ambiente.
Para evitarmos este problema o despejo final dos rejeitos sólidos deve ser feita de
forma segura, sem gerar riscos para a saúde e impactos ambientais. As formas mais utilizadas
para a destinação final destes rejeitos são: o aterro sanitário, enterramento, compostagem,
queima, reciclagem, bem como a incineração.
Tendo em vista o baixo volume de rejeitos gerados no município, este serão aterrados
em valas apropriadas para este fim no aterro sanitário, e provisoriamente em vala
independente no lixão remediado.
6.4.2.8– Resíduos de Logística Reversa
Implantar parceria para a logística reversa a ser implementada por fabricantes,
comerciante e importadora, por tipo de RLR (Agrotóxicos e suas embalagens, Pilhas,
Baterias, Pneus, Óleos lubrificantes e suas embalagens, Lâmpadas fluorescentes e Produtos
eletroeletrônicos; Implantar parcerias internas aos órgãos públicos; Firmar parcerias e
capacitar cooperativas de catadores para reciclagem de resíduos eletroeletrônicos (REE),
quando ambientalmente segura; Incentivar a implantação de eco negócios, com oficinas,
cooperativas ou indústrias processadoras de resíduos; Criar programas no âmbito municipal
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como o de Inclusão Digital que aceite doações de computadores para serem recuperados e
distribuídos a instituições que os destinariam ao uso de comunidades carentes. Zerando assim
descartes irregulares desses resíduos; E garantindo 100% de destinação final ambientalmente
adequada; Promover oficinas de reciclagem; reaproveitamento de computadores e inclusão
digital; Estabelecer uma cultura de reciclagem dos usos dos equipamentos, estendendo seu
ciclo de vida, aproveitando para treinamento os que forem substituídos por modelos
atualizados; Adequar procedimentos às diretrizes da Resolução CONAMA nº 401 de 2008,
sobre pilhas e baterias.
Regulamentar as instalações equipadas para receber esses tipos de resíduos,
licenciadas para depósito temporário, visando encaminhamento para empresas recicladoras,
ou para aterro de resíduos perigosos. Criar LEVs em locais públicos de fácil acesso para a
população em geral, para o recebimento deste tipo de material;
Estruturar rede de Centros de Capacitação com finalidade de promover a Inclusão
Digital: conjugando cursos de reaproveitamento e requalificação do dito “lixo tecnológico”
(profissionalizante), visando prolongar seu ciclo de vida, redirecionando seu uso para públicos
de menor poder aquisitivo e entidades com perfil social; além de promover a inclusão digital
com cursos de capacitação para diversas atividades do mundo do trabalho. Promover parceria
junto a SUDEMA para fiscalização e controle de Produtos Perigosos. Criar cadastro dos
pontos de logística reversa, referenciado no Sistema Municipal de Informações sobre
Resíduos. Cadastrar a rede de revendedores; transportadores; de processadores e de
produtores desse tipo de material. Cadastrar Empresas de Reciclagem de Lâmpadas na região.
6.4.2.9– Agências Bancárias
Estabelecer parcerias com envolvimento da categoria para coleta seletiva de secos.
Incentivar parcerias para a coleta de resíduos volumosos e envolver o setor para aqueles
específicos da logística reversa. Agências Bancárias: torná-lo um multiplicador das ações e
procedimentos concernentes à reciclagem com Programas ambientais das instituições
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bancárias podem tornar-se geradores de novos comportamentos; Fundações das instituições
bancárias engajadas na política de resíduos sólidos em nível local podem fazer o papel de
dispersoras de experiências exitosas entre localidades servidas pela instituição.
6.4.2.10. Pousadas, bares e similares
Esses estabelecimentos são por si só, grandes parceiros potenciais para influenciar nas
mudanças de comportamento que se exigirá de toda a população para o enfrentamento dos
desafios da Política Nacional. Lugar de lazer e prazer, do encontro e do debate de ideias, eles
poderão se tornar cenários importantes para divulgação de campanhas e eventos para pautar a
questão dos resíduos de maneira divertida e eficiente. São espaços privilegiados de uma série
de manifestações, que servem a diversos propósitos, desde os familiares aos do paladar e da
caneca. Mas as questões da cultura também estão no cardápio desses recintos, com as mais
diversas roupagens e acompanhamentos sejam musicais, dramatúrgicos, cenográficos ou
visuais. Promover a rápida adoção da Política Nacional de Resíduos Sólidos com implantação
dos Planos de Gerenciamento; Incentivar a discussão de acordos setoriais visando soluções
colegiadas para os grandes geradores.
6.4.3 - Infraestrutura UGIRSU
A UGIRSU é uma obra de engenharia civil, sanitária e ambiental que se localizará
( local ainda sendo estudado), conceituando-se fundamentalmente nas diretrizes intentadas
pela PNRS. Sua premissa básica é atender e dar suporte para a disposição e destinação finais
adequadas aos resíduos produzidos em uma cidade.
Essa unidade é desenvolvida e planejada com o objetivo de receber o resíduo sólido
previamente segregado em três níveis e oferecer disposição final adequada para a massa que
ainda não possui viabilidade econômica ou sanitária para ser reciclada.
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Portanto, conforme projeto arquitetônico elaborado, a UGIRSU é composta pelas seguintes
subunidades:
O Quadro 10 apresenta três equipamentos para o galpão de triagem adotado pelo PAC,
em 2008, para a concessão de recursos aos municípios.
Quadro 10– Equipamentos previstos para o galpão de triagem com 300 m2.
Equipamentos Quantidade (Und)
Prensa 01
Balança 01
Carrinho 01
Fonte: PAC, 2008.
6.4.3.1. Organização da produção no galpão de triagem
A Figura 20 demonstra as atividades e a sequência em que as mesmas se realizam no
galpão de triagem:
Figura 20 – Etapas de trabalho no galpão de triagem
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Legenda:
1 - Recepção;
2 - Triagem primária;
3 - Triagem secundária;
4 - Prensagem;
5 - Estoque.
6.4.3.2 Organização do galpão - planta
Do fluxo de trabalho apresentado decorre uma organização do galpão como a
apresentada na Figura 21.
Figura 21 – Fluxo de trabalho no galpão de triagem.
Triagem primária: nesta etapa serão separados até 16 tipos de materiais em tambores,
“bags” e sacos pendurados próximos aos triadores.
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Triagem secundária: nesta etapa serão retriados alguns tipos de materiais (papéis,
plásticos, metais).
Para a movimentação interna de cargas será utilizados equipamentos manuais
(carrinhos para tambores e “bags”, carrinho plataforma)
6.4.3.3 Organização do galpão em função da topografia
Em terrenos planos é recomendável a utilização de equipamentos leves, de pequeno
porte, tais como talhas elétricas para elevação de “bags” na recepção de materiais e
empilhadeiras manuais para a movimentação dos fardos com os materiais processados, no
momento da expedição.
A Figura 22, demostra a organização de um galpão em função da topografia do terreno.
Figura 22 – Organização do galpão em função da topografia.
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6.4.3.4. Organização da área de triagem
Colocação dos materiais mais constantes em tambores
Colocação dos materiais menos constantes em sacos pendurados nos tambores ou nas
mesas
Realizar a retriagem dos metais e dos plásticos no momento de deslocamento dos
mesmos para as baias
Na maioria dos galpões são obtidos dezenas de tipos de material, como mostra o
quadro 11:
Quadro 11 – Tipologia dos recicláveis
PAPEL PLÁSTICO METAL VIDRO OUTROS
Branco PET Alumínio Latas Vasilhames Tetrapak
Misto PEAD Alumínio Perfis Cacos Chapa de raio X
Revistas PVC Cobre Planos Isopor
Jornais Plástico Filme Ferrosos/Latas
Acartonado Plástico Duro Ferrosos/Chapas
Papelão
Fonte: - IPT-SP e SEBRAE-SP.
6.4.3.5 TRIAGEM EM MESA LINEAR.
A possibilidade de organização da atividade de triagem é demonstrada na Figura 16.
Figura 23 – Triagem em mesa linear.
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Desta forma é possível obter 16 tipos diferentes de material, triados e colocados nos tambores
ou sacos.
6.4.3.6. Equipamentos internos
Os equipamentos mais comuns, utilizados nos galpões de triagem, são apresentados na
Figura 24.
Figura 24 – Equipamentos internos.
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6.4.3.7. Elementos principais do projeto dos galpões de triagem
Definição da estrutura da edificação
Estruturas metálicas (Figura 25).
Figura 25 – Galpão com estrutura metálica.
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A definição de um pé direito mais alto favorece as condições de conforto e permite,
dentro dos limites dos equipamentos utilizados, verticalizar a armazenagem dos materiais.
Recomenda-se a utilização de mezaninos (ou jiraus) sempre que possível, onde podem ser
implantados um pequeno escritório, sanitários e vestiários, um pequeno refeitório e outros
espaços necessários, deixando-se o pavimento térreo livre para as atividades de
processamento e estoque dos materiais.
Fechamento de alvenaria
As alvenarias podem ser executadas com blocos cerâmicos ou de concreto, ou outra
solução que se mostrar adequada.
Nos galpões serão processados muitos materiais incendiáveis, por este motivo serão
implantadas:
Equipamentos de combate ao fogo são necessários.
Colocação da alvenaria internamente à estrutura metálica, como mostra a Figura 19.
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Instalações de apoio
O quadro 12 apresenta algumas recomendações importantes relacionadas a esta parte das
instalações:
Escritório: prever área suficiente de no mínimo de 12 m²;
Sanitário / Vestiário: consultar a NR 24/78 do Ministério do Trabalho e Emprego e
observar os dados do Quadro 9;
Refeitório: prever espaço suficiente, sugere-se 1 m² por usuário;
Prever instalação de pia, bebedouro, aquecedor de marmitas e fogão;
Prever possibilidade de sua conversão em sala de reuniões e treinamento, usando
mesas móveis.
Quadro 12 – Instalações de apoio.
Vaso Sanitário 1und. para cada 20 usuários Ref.: box mínimo 1,0 m2
Lavatório 1und. para cada 20 usuários Ref.: largura mínima 0,60 m
Chuveiro 1und. para cada 10 usuários --
Vestiário Armários individuais Ref.: 1,5m2 por usuário
Armários Compartimento duplo Ref.: h=0,9 m,l=0,3 m, p=0,4 m
FONTE: NR 24/78 Ministério do Trabalho e Emprego.
Distribuição de energia
Na definição das redes elétricas é necessário:
Prever posição das prensas;
Prever outras tomadas de apoio;
Aterrar a rede.
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Distribuição de água
Ao definir as redes de distribuição de água é recomendável:
Prever diversos pontos de uso pelo galpão;
Prever solução para lavagem de pisos, mesas de triagem e silo.
Outras instalações
Prever também:
Distribuição de telefonia e dados;
Proteção contra descargas atmosféricas;
Proteção contra incêndio.
Captação e uso da água pluvial
Sempre que for possível recomenda-se a utilização das águas pluviais para a realização
de tarefas secundárias (limpeza,rega de plantas e outras); nestes casos é necessário:
Sistema de captação, filtragem, reservação e distribuição da água.
6.4.3.8. Detalhes construtivos importantes
Os detalhes construtivos que são apresentados a seguir foram extraídos dos projetos de
alguns galpões atualmente em funcionamento. São detalhes que foram criados pelo
desenvolvimento da prática e selecionados com base na observação da atividade nestas
unidades.
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Sua execução certamente facilitará o trabalho das pessoas envolvidas nas atividades do galpão
sem acrescentar custos significativos.
6.4.3.9. Silo de recepção e mesa de triagem
Os silos de entrada dos materiais, representado a Figura 26, tem se mostrado eficiente
pelas seguintes razões: facilidade de descarregamento (podendo ser utilizada pequena talha
elétrica quando necessária) permite bom acúmulo de material (importante para garantir a
continuidade do trabalho) sua colocação no nível da bancada torna fácil o acesso dos triadores
com o mínimo esforço o detalhe do tubo sob a mesa se destina à colocação de sacos ou
recipientes para os materiais menos usuais em local de fácil acesso ao triador.
Figura 21 – Detalhes construtivos do silo de recepção e da mesa de triagem
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6.4.3.9 Baias intermediárias
Na execução das baias intermediárias destinadas ao armazenamento, por tipo, dos
materiais já triados, recomenda-se observar o seguinte:
Usar estrutura em perfis metálicos;
Usar tela trançada de fio grosso (Figura 27);
Prever dispositivo de travamento superior;
Prever dispositivo para fechamento frontal.
Figura 27 – Baias de retriagem.
Pisos
Na execução dos pisos sugere-se que sejam observadas as seguintes recomendações:
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Piso interno: sugere-se o uso de concreto desempenado simples;
Piso externo: sugere-se a compactação do solo e a distribuição de pedra 1 ou pedrisco
Deve haver um cuidado maior com os locais de tráfego de veículos de carga.
6.5. Pátio de compostagem
6.5.1 Compostagem – Transformando matéria orgânica em adubo
O uso de matéria orgânica como adubo é bem antigo, a observação do processo natural
de formação de uma camada de húmus sobre o solo pela decomposição de folhas e galhos
caídos sobre a terra permitiu reproduzi-lo de forma organizada, planejada e controlada para se
obter adubo. Os primeiros relatos sobre compostagem datam da antiguidade.
Os índios Maias, na América, por exemplo, ao plantar milho, colocavam um ou mais
peixes no fundo da cova oferecendo-os aos deuses e com isso realizavam, sem saber, uma
adubação orgânica com matéria prima de fácil decomposição e rica em nutrientes. Já no
Oriente, a compostagem se dava pela restituição ao solo dos restos de cultura e pela
incorporação de estercos de animais.
6.5.2. Características dos resíduos sólidos para compostagem
Com relação à compostagem, os componentes do lixo podem ser divididos em
materiais biologicamente decomponíveis, com cerca de 50% de material orgânico e, mais os
inorgânicos separados por catação manual ou peneiração. Quanto à utilização o lixo apresenta
três tipos decomponentes: resíduos compostáveis; rejeitos recuperáveis ou recicláveis, os
quais deverão ser separados e os rejeitos desprezíveis que são encaminhados para aterros
sanitários ou para incineradores.
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Os materiais orgânicos que podem ser compostados classificam-se de uma forma
simplificada em castanhos e verdes (Quadro 10). Os castanhos são aqueles que contêm maior
proporção de carbono como palha, serragem e folhas secas, e os verdes são os de maior
proporção de nitrogênio, como restos de cozinha e folhas frescas. Para que a compostagem
decorra de uma forma melhor, convém ter a maior diversidade de resíduos possível, numa
proporção aproximadamente igual dos castanhos e verdes.
Quadro 13 – Caracterização de resíduos animais e vegetais.
VERDES (Nitrogênio) CASTANHOS (Carbono)
Cascas de Batata Feno
Legumes Palha
Hortaliças Aparas de Madeira
Cascas de Frutas Serragem
Cascas de Frutos Secos Ervas Daninha de Jardins
Borras de Café Folhas de Árvores
Restos de Pão Pequenos Galhos Triturados
Arroz Cinzas de Madeira
Massa Esterco
Cascas de Ovos ---------
Folhas e Sacos de Chá ---------
Cereais ---------
Restos de Comida Cozida ---------
Fonte: Adaptada de Kiehl (1985).
Assim, aconselha-se não juntar carne, peixe, ossos, lacticínios e gorduras aos materiais
orgânicos do lixo porque podem atrair animais indesejáveis. Restos de animais também não
devem ser compostados, porque podem conter microrganismos patogênicos que podem
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sobreviver ao processo de compostagem. Os resíduos de jardim tratados com pesticidas
também não devem ser utilizar para compostagem, tal como plantas com doenças.
6.5.3. Objetivos e metas para a compostagem
Produzir adubo para a agricultura e para a contenção de erosão, diminuindo o volume
de resíduos a serem aterrados.
6.5.4. Dimensão das leiras
A unidade vai dispor de um pátio dimensionado para um tempo de maturação do
composto de 120 dias. As leiras para melhor aeração dos resíduos devem ter no máximo 1,2
metros de largura por 1,2 metros de altura.
6.5.4.1. Exemplo de cálculo da área média da leira
A Figura 28 esquematiza as dimensões de uma leira para compostagem de resíduos.
Figura 28 – Esquema da leira
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Aseção = (1,2 x 1,2) / 2 = 0,72 m2 Equação 1.
Admitindo-se a densidade dos resíduos como 550 kg/m3, o volume da leira pode ser
calculado:
Volume da leira (V) = 1.000 kg / 550 kg/m3 = 1,82 m
3 Equação 2.
Com o volume e a seção média, podemos ter o comprimento:
Comprimento = V / Aseção = 1,82 / 0,72 = 2,53 m Equação 3.
Dimensões da leira (C x L x H) = 2,53 x 1,2 x 1,2 m Equação 4.
Assim, o comprimento da leira será de 2,53 m. A base da leira terá 3,04 m2 de área.
Para calcular o tamanho do pátio, deve-se considerar uma área equivalente para reviramento
da leira e mais 10% do total da área de operação para segurança e circulação.
6.5.4.2. Exemplo de cálculo da área do pátio de compostagem
Como a compostagem consome até 120 dias, o pátio necessário para a compostagem
de uma tonelada de resíduos por dia deve comportar pelo menos 120 leiras simultaneamente.
Disso resulta que para a compostagem de 1 tonelada por dia de matéria orgânica são
necessários cerca de 765 metros quadrados de pátio, para leiras com essas dimensões:
Área de uma leira = 3,04 m2
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Área de reviramento = 3,04 m2
Área de circulação = 30,4 cm2
Total da área necessária para cada leira = 6,38 m2
Área de pátio para 120 leiras = 765 m2
6.5.5. Pátio de compostagem
Tendo em vista o pequeno volume de orgânicos direcionados para a coleta,
observando-se que a maioria é destinada a alimentação animal (lavagem), a área destinada ao
pátio de compostagem será impermeabiliza com camada de argila compactada de 30 cm de
espessura, com declividade de 2% em relação ao ponto de captação de efluentes
eventualmente gerados no processo – nos casos em que há umidade excessiva nas pilhas de
material há geração de chorume, o que ocorre nas épocas chuvosas, ou por descuido no
controle da umidade. Canaletas de drenagem em concreto instaladas em torno do pátio
conduzirão os líquidos ao ponto de tratamento. Os líquidos percolados serão encaminhados
para fossas sépticas com sumidouro.
Para o galpão de materiais considerou-se uma área de 50 m2 para guardar as
ferramentas e para armazenar temporariamente o composto ensacado.
6.5.6. Serviços no pátio de compostagem
Estima-se que na unidade para processamento de 1 tonelada por dia trabalhem 2
pessoas. As atividades desenvolvidas são recepção e expedição de material, trituração de
galhos e separação de galhos grossos que não serão utilizados, montagem e reviramento de
leiras, controle de temperatura e umidade das leiras, rega das leiras, limpeza do pátio,
peneiramento de composto, ensacamento do composto, registros de entrada e saída de
material, e controles técnicos do processo de compostagem e do tratamento dos efluentes.
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6.5.7. Programas de capacitação e de educação ambiental
Uma área que merecerá grande atenção na implantação dos programas de
compostagem é a capacitação de todas as equipes envolvidas na operação tanto da coleta
quanto do processamento e gestão do processo. Estão previstas capacitações abordando os
seguintes aspectos.
6.5.7.1 Processos de compostagem
Curso destinado aos operadores das unidades de compostagem, bem como aos
técnicos envolvidos na área de planejamento do município. Para os técnicos de planejamento
pode ser feito um módulo básico, com informações gerais sobre o processo, ao final do curso,
o aluno deve ser capaz de dimensionar as unidades, sistematizar parâmetros e redefinir ações
a partir de monitoramento de variáveis dos programas.
Para os operadores das unidades, além do módulo básico, deve haver grande
conhecimento do processo de degradação da matéria orgânica, dos principais parâmetros a
serem observados, das ocorrências mais comuns no processo e como solucionar os problemas
detectados, dos aspectos a serem observados e dos parâmetros operacionais.
Em especial para a operação com resíduos de poda e remoção de árvores, deverá haver
módulo especifico sobre qualidades, características e identificação das madeiras e seus usos
potenciais.
6.5.7.2 Tratamento de efluentes
Capacitação direcionada aos encarregados da unidade e os técnicos envolvidos com o
monitoramento da operação devem ter conhecimentos mais detalhados sobre processos de
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tratamento do chorume e dos efluentes do processo, que ocorrem especialmente nos períodos
chuvosos.
2.5.7.3. Compostagem doméstica
Curso destinado a técnicos do município que farão a implantação e o acompanhamento
do programa de compostagem doméstica. Deve abordar o processo de degradação da matéria
orgânica, construção das compoteiras, operação no dia a dia, ocorrências mais comuns no
processo e como solucionar os problemas detectados, aspectos a serem observados e
parâmetros operacionais traduzidos em medidas práticas que possam ser adotadas em casa. Os
técnicos capacitados serão envolvidos também no projeto de assistência técnica à população.
Um módulo voltado para a população em geral, com conteúdo semelhante, porém
simplificado, deverá ser ministrado. Este módulo pode envolver Minho cultura, noções de
adubação de plantas ornamentais e adubação de hortas. Deve ser pensado não só para a
capacitação em si, mas também como atrativo para a disseminação das iniciativas de
compostagem doméstica.
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CAPÍTULO VI
7. DA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS
7.1. Setores e Áreas Degradadas do Município de Fagundes.
Devido à gestão e o planejamento atual dos resíduos sólidos produzidos pela
municipalidade, verifica-se a presença de áreas degradadas e em desequilíbrio ecossistêmico.
Esses pontos devem ser integralmente solucionados ou pelos menos se inicie a execução de
um plano de recuperação nos locais que exijam uma intervenção técnica mais elaborada. As
áreas avaliadas fazem parte de um conjunto territorial que impacta, negativamente, a
população do município de Fagundes.
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Figura 29:Principais áreas degradadas do município de Fagundes em virtude dos resíduos sólidos urbano
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7.2. Lixão do Município de Fagundes
O lixão de Fagundes se localiza a aproximadamente 3Km do centro da cidade,
conforme as coordenadas geográficas. Possui uma área de aproximadamente 3 ha, sem
incorporar o entorno que recebe diretamente todos os impactos negativos causados por esse
ambiente.
Foi observada a presença de um único catador que sobrevive do lixão
selecionando materiais recicláveis. Não há nenhum tipo de isolamento (muros, cercas) que
proteja as pessoas ou os animais de entrarem em contato com este ambiente.
Os despejos sólidos produzidos na sede municipal são depositados nessa área sem
cobertura alguma, ou proteção do solo. Por isso, os materiais mais leves como plástico
filme são rapidamente dispersos em toda área do entorno do lixão. Há contaminação
evidente das primeiras camadas de solo, sendo necessária uma avaliação mais acurada do
perfil geotécnico da área para obter precisão da magnitude dos danos causados.
7.3. Encerramento do lixão
De acordo com a PNRS, os municípios têm até agosto de 2014 para eliminar os
lixões e implantar aterros sanitários, preferencialmente compartilhados, que receberão
apenas rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
A Constituição Federal de 1988, Cap. VI, Art.225 estabelece que todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a
sadia qualidade de vida, atribuindo ao Poder Público, e também à coletividade, o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos representa um grave passivo
ambiental para a maioria dos municípios brasileiros, configurando-se, inclusive, como um
problema ambiental e de saúde pública, contrariando assim o Art.225.
Atualmente, a maior parte dos municípios brasileiros dispõe de uma coleta regular
dentro nas áreas urbanas, serviço esse que é de fácil controle da população, visto que sua
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não realização gera grande transtorno à cidade e a seus moradores. Porém, a disposição
final dos resíduos sólidos urbanos, na maioria das vezes, é colocada em um segundo plano.
Devido ao grande volume de lixo produzido pela população em quantidades cada
vez maiores, a destinação final adequada de RSU, atualmente, é considerada como um dos
principais problemas de qualidade ambiental das áreas urbanas no Brasil.
É evidente a necessidade de se promover uma gestão adequada das áreas de
disposição de resíduos, no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis efeitos negativos ao
meio ambiente ou à saúde pública. A busca de soluções tem envolvido, sobretudo, a
recuperação técnica, social e ambiental de áreas de depósitos de RSU inadequadas.
Metodologias de recuperação de lixões e aterros são desenvolvidas devido à necessidade
de implantação de mecanismos de inertização da massa de lixo objetivando o fechamento
do lixão e/ou aterro ou o prolongamento da vida útil dos mesmos.
7.3.1. Critérios a serem observados no encerramento de lixões em processos de
licenciamento ambiental de sistemas adequados de disposição final de RSU
Deve conter no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas por Lixões as seguintes
informações:
Caracterização e identificação do empreendimento e dos responsáveis pelo projeto;
Levantamento topográfico/cadastral com indicação de cursos d’água, poços ou
cisternas e edificações existentes no entorno;
Caracterização geológica/geotécnica da área;
Diagnóstico ambiental simplificado;
Definição dos problemas a resolver e dos objetivos da recuperação;
Monitoramento, controles e medidas mitigadoras propostas;
Escolha do uso futuro da área.
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No memorial descritivo das propostas para os processos de recuperação, deve
conter:
A reconformação geométrica;
Selagem do lixão;
Drenagem das águas pluviais;
Drenagem dos gases;
Drenagem e tratamento dos lixiviados;
Cobertura vegetal;e
Isolamento da área.
7.3.2. Ações de recuperação de áreas degradadas por disposição de RSU
O processo de recuperação da área do lixão acontecerá em duas etapas:
1. Na etapa inicial da recuperação será realizada à avaliação das condições de
comprometimento ambiental do local, através de análises das águas
superficiais/subterrâneas e de sondagens para conhecimento do estágio de
decomposição dos resíduos e das condições de estabilidade e permeabilidade do
solo. Nesta etapa buscaremos determinar as vias potenciais de transporte dos
contaminantes e os riscos ambientais para a população e ecologia.
2. A segunda etapa definirá as atividades remediadoras, com o objetivo de reduzir a
mobilidade, toxicidade e volume dos contaminantes e estabilização do solo. Serão
adotadas ações de tratamento primário ou físico da área, tratamento secundário e
terciário, seguido, por fim, do monitoramento ambiental da área.
Ressalta-se que as intervenções para a recuperação de aterros também incluirão o
controle/gestão ambiental e a ocupação do solo de maneira lógica, prática e
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economicamente viável. Assim, simultaneamente ao processo de remediação, será iniciada
a implementação de um Programa de Gestão da área desativada.
7.3.3.1. Tratamento primário
O tratamento primário do aterro consistirá na aplicação de controles físicos que não
alteram as características químicas e biológicas dos resíduos e dos contaminantes
existentes no local, busca-se nesta etapa à estruturação do aterro para a realização
do tratamento dos seus resíduos:
o Preparação da infraestrutura de acessos e circulação do aterro;
o Drenagem de águas pluviais;
o Formação de células;
o Cobertura do lixo compactado;
o Drenagem e retenção de chorume e
o Drenagem e captação de gases.
É de fundamental importância no tratamento primário observar a eficiência das
ações relativas à execução das camadas de cobertura das células e a implantação e
manutenção do sistema de drenagem de efluentes são fundamentais na criação de um
ambiente favorável para a degradação biológica da massa de lixo. Visto que, a deficiência
desses dois aspectos promove a entrada excessiva de ar e do acúmulo de líquidos na massa
de lixo. Como resultado, a aplicação do tratamento primário possibilita reduzir
significativamente a proliferação de vetores de doenças que são atraídos pelo lixo e a
migração descontrolada de gases e líquidos que impactam o meio, além de melhorar o
aspecto estético da massa de resíduos em tratamento, cumprindo, assim, às normas e
regulamentações dos órgãos de controle ambiental.
7.3.3.2. Tratamento secundário
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O tratamento secundário se dará através da concepção anaeróbica, que consiste na
aplicação de processos bio-físico-químicos objetivando a redução de volume, toxicidade e
mobilidade dos contaminantes nos resíduos.
O tratamento secundário deve considerar, principalmente, as características
específicas da área e as limitações técnicas, financeiras e de prazo do gestor do processo.
7.3.3.3. Tratamento terciário
O escopo do tratamento terciário envolve atividades direcionadas ao tratamento de
cada tipo de resíduo.
As ações visam garantir a adequada destinação dos resíduos resultantes do
tratamento primário e secundário da área, que continuarão sendo produzidos no local até
sua completa decomposição:
1. Tratamento e destinação final dos resíduos sólidos resultantes dos processos físicos
e biológicos nos quais o aterro foi submetido, de modo à torná-los inertes ou deixa-
los num grau de contaminação aceitável para disposição no meio;
2. Monitoramento ambiental, cujo papel torna-se fundamental na avaliação da
eficiência das ações anteriores e no controle do processo de recuperação final da
área.
A aplicação efetiva dos tratamentos primário, secundário e terciário deve mitigar os
impactos ambientais decorrentes do manejo inadequado dos resíduos.
7.3.4. Recuperação simples
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Neste tipo de ação observamos as seguintes atenuantes, que atendem a um grupo de
condições específicas:
O lixão tem pequena altura, podendo ser capeado com solo, sem manejo de lixo, de
modo seguro e economicamente viável;
O lixão não esta localizado em áreas de reconhecida formação cáustica, ou sobre
qualquer outra formação geológica propícia à formação de cavernas;
O lixão não esta localizado em áreas de valor histórico ou cultural, exemplificando-
se com os sítios arqueológicos;
O lixão não esta localizado em áreas de preservação permanente, áreas de proteção
ambiental e reservas biológicas;
O lixão está afastado de pelo menos 200 metros de fontes de abastecimento hídrico
para irrigação de hortaliças e consumo humano;
Observando as condições supracitadas, realizaremos as seguintes atividades:
Avaliação da extensão da área ocupada pelos resíduos;
Delimitação da área com cerca de isolamento e portão;
Identificação do local com placas de advertência;
Arrumação dos resíduos em valas escavadas ou reconformação geométrica dos
resíduos, com a menor movimentação de lixo possível, ficando a critério dos
técnicos responsáveis, a obtenção da configuração mais estável.
Conformação do platô superior com declividade mínima de 2%, na direção das
bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito de forma abaulada
para evitar o acúmulo de águas de chuva sobre a vala e ficar em cota superior à do
terreno, prevendo-se prováveis recalques;
Recobrimento do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50 cm de argila
de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais;
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Execução de canaletas de drenagem pluvial a montante do maciço para desvio das
águas de chuva;
Lançamento de uma camada de terra vegetal ou composto orgânico para possibilitar
o plantio de espécies nativas de raízes curtas, preferencialmente gramíneas.
Dentre as vantagens aventadas para esse tipo de intervenção, ressalta-se a
simplicidade dos equipamentos exigidos (trator de esteiras de qualquer porte é desejável),
dispensando a aquisição de novos equipamentos e das operações envolvidas para a selagem
do lixão e para a execução de drenagem pluvial.
Como uma desvantagem importante da recuperação simples menciona-se a
restrição de possibilidades de uso futuro da área.
Além disso, vale destacar a necessidade de escolha de um novo local para
disposição de resíduos no município, em conformidade com a legislação ambiental e as
normas técnicas pertinentes.
7.3.5. Requalificação da área
No processo de requalificação da área do lixão teremos que considerar que os
resíduos aterrados ainda permaneceram em processo de decomposição por um período
superior a 10 anos. Deste modo, mesmo realizando o fechamento do lixão, será necessário
manter em bom estado e em pleno funcionamento os sistemas de drenagem superficial de
águas pluviais por um período de 25 anos. Este período padrão (default) é adotado por ser
considerado suficiente para o maciço de lixo alcançar as condições de relativa estabilidade.
Para uso futuro dos aterros é indicamos o reflorestamento da área com espécies
nativas criando uma área de preservação ambiental, nos casos de aterros próximos a áreas
urbanizadas com equipamentos comunitários como praças esportivas, campos de futebol e
áreas de convívio. As áreas encerradas podem também ser utilizadas para pastagens ou
plantações (de grãos, lenhosas, viveiros de mudas etc.), observando-se, em ambos os casos,
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a recomendação de que a camada utilizada para o plantio (acima da camada selante
argilosa) seja suficiente para garantir que as raízes não entrem em contato com os resíduos
dispostos, sugerindo-se que as raízes cheguem, no máximo, até a camada de argila da
cobertura final.
A requalificação da área será realizada de modo a integra-la ao seu entorno,
considerando-se, principalmente, as necessidades da comunidade local. Assim, a
participação efetiva da população é fundamental nesta etapa do processo. É necessário,
além de adequar ambientalmente a área, suprir os anseios e expectativas da população
diretamente afetada, compreendendo, principalmente, a problemática social que envolve o
destino dos indivíduos que utilizam o aterro como meio de subsistência.
7.3.6. Revegetação
A revegetação da área deverá seguir o seguinte padrão: vegetação pioneira,
vegetação secundária e vegetação final.
O objetivo da vegetação pioneira é de minimizar a erosão com o rápido
estabelecimento das raízes. Uma vez estabelecida a vegetação pioneira, as vegetações
secundária, sucessiva e clímax deverá requerer cada vez menos manutenção e menor
demanda hídrica. Observa-se que o ambiente em questão é inadequado para boa parte da
vegetação, sobretudo àqueles que possuem raízes profundas. O uso de vegetação com
raízes profundas, no entanto, pode ser viabilizado com a adição de uma camada mais
profunda de terra, procedimento adotado na recuperação de aterros geralmente a fim de
amenizar a estética visual de um espaço estéril e monótono. A vegetação final a ser
implantada provavelmente não será a mesma da vegetação pioneira.
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Quadro 14: Áreas degradadas relativas aos resíduos sólidos encontradas no município de Fagundes em
Outubro de 2013.
Área Degradada
Localização
Ações
Latitude Longitude
Lixão Municipal S 07° 04’
38,4”
O 36° 04’ 43,1” Elaboração e execução do PRAD.
Matadouro Municipal S 07° 04’
13,0”
O 36° 05’ 06,9” Gerenciamento dos resíduos sólidos
e líquidos.
Cemitério S 07° 04’
29,9”
O 36° 03’ 51,0”
Limpeza da área adjacente e orientação à gerência.
7.4. Definições do modelo de aterro sanitário
7.4.1. Normatização dos modelos de aterros sanitários para cidades de
pequeno porte.
O maior problema encontrado pelos municípios de pequeno porte, associado à
escassez de recursos técnicos e financeiros para a construção de aterros sanitários, é o da
disponibilidade de equipamentos para a sua operação. Os tratores de esteiras, utilizados
usualmente nos aterros de resíduos, têm custo de aquisição e manutenção elevado. Deve-se
considerar, também, que o menor trator de esteiras disponível no mercado nacional tem
capacidade para operar até 150 toneladas de resíduos por dia. Assim, para as cidades que
geram quantidades de lixo muito inferiores a esse limite, tem se longos períodos de
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ociosidade do equipamento, o que, invariavelmente, resultará na utilização desse
equipamento em outras obras no município.
Logo, o aterramento dos resíduos fica relegado a um plano secundário, com a
consequente transformação do aterro sanitário num depósito a céu aberto. Esse é o grande
obstáculo oferecido por diferentes modalidades de aterros para resíduos, quando aplicados
a pequenas comunidades, exceto aqueles desenvolvidos em valas e operados sem a
utilização de equipamentos.
As tecnologias simplificadas de destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos -
RSU, também denominadas de aterros em valas, aterros sustentáveis ou aterros manuais,
todas muito similares, surgem como resposta aos riscos das diversas formas de poluição
causadas pelos lixões das cidades de pequeno porte. São projetos de engenharia que
compreendem um conjunto de procedimentos que minimizam os impactos a níveis
aceitáveis; sendo ideais para atender ao grande número de municípios brasileiros de
pequena população, por serem sistemas construídos com a devida preocupação ambiental,
possuírem simplicidade construtiva e operacional, e baixos custos de implantação e
operação, vindo a se comparar a outras soluções.
Possibilitam também a reutilização, sob-restrições, da área após seu fechamento e
requerem simplicidade no monitoramento. Portanto, tornam-se vantajosas para serem
aplicadas em municípios de pequeno porte. Entende-se como município de pequeno porte
aquele que possui até 20.000 habitantes e que gera, no máximo, 30 toneladas de resíduos
sólidos por dia.
Essa tecnologia simplificada consiste na escavação de valas, cujas dimensões irão
variar conforme as características físicas do terreno, principalmente, no caso do lençol
freático estar próximo à superfície. O solo retirado na escavação deverá ser disposto ao
lado das valas para ser utilizado, posteriormente, como material de cobertura.
O uso de máquinas e equipamentos pesados se faz necessário, essencialmente no
momento da adequação do solo (ex: nivelamento, quando necessário); escavação das valas;
e construção das vias internas para circulação dos veículos coletores de resíduos sólidos. O
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tipo de equipamento a ser utilizado pode variar conforme a capacidade de pagamento do
município ou de sua disponibilidade de máquinas e equipamentos. A existência de uma
máquina retroescavadeira no município já permite atender as necessidades dos serviços de
abertura de valas do AS.
Conforme ABNT (2010), a maior parte dos municípios brasileiros tem pequena
população e apresenta contextos ambientais bem diversificados. Nestes municípios, ou
associações de municípios, sempre que as condições físicas o permitam, é possível à
implantação de sistemas de disposição final simplificados, em razão das pequenas
quantidades e das características dos resíduos gerados diariamente, sem prejuízo do
controle de impactos ambientais e sanitários.
As normas existentes, especialmente a NBR 8419:1992 e a NBR 13896:1997 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT tratam, de forma abrangente os aterros
de resíduos, independentemente do porte. No entanto, entende-se que algumas estruturas
ou sistemas comuns a esses empreendimentos podem, sob certas condições, ser facultativas
em aterros de pequeno porte. Desta forma a Norma NBR 15849:2010 da ABNT, especifica
os requisitos mínimos para localização, projeto, implantação, operação e encerramento de
Aterros Sanitários de Pequeno Porte - ASPP, para a disposição final de resíduos sólidos
urbanos. Estabelece também as condições para a simplificação das instalações de pequeno
porte, além de determinar condições para a proteção dos corpos hídricos superficiais e
subterrâneos no local de implantação, bem como a proteção da saúde e do bem estar das
populações vizinhas.
Segundo ABNT (2010) define-se aterro de pequeno porte o aterro sanitário para
disposição no solo de resíduos sólidos urbanos, até vinte toneladas por dia ou menos,
quando definido por legislação local, em que, considerados os condicionantes físicos
locais, a concepção do sistema possa ser simplificada, adequando os sistemas de proteção
ambiental sem prejuízo da minimização dos impactos ao meio ambiente e à saúde pública.
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Uma síntese das tecnologias simplificadas existentes encontra-se no Quadro 11.
Observam-se vários pontos em comuns, tais como, escavação de valas ou trincheiras, uso
de equipamentos de baixo custo, uso de cobertura diária dos resíduos, entre outras.
Quadro 15. Características de várias tecnologias simplificadas para disposição de resíduos
sólidos.
Elementos
Aterro
em
Valas1
Aterro
Simplificado2
Aterro
Manual3
Aterro
Sustentá
el4
População
máxima a ser
Atendida
25.000
hab.
20.000
hab. 30.000 hab. 20.000 hab.
Quantidade
máxima de
Resíduos
Depositados
por dia
10 t/d 20 t/d 15 t/d 20 t/d
Método
Construtivo
para o
confinamento
Valas Trincheiras
e células
Área e
Trincheiras Trincheiras
Profundidade
doaterro ≅ 3m ≤ 4m 2 a 4m 2 a 3m
S stema
dedrenagem de gás
Não
existente
Não
existe te xistente Existente
Sistema
dedrenagem
delixiviado
Não
existente
Não
existente Existente Existente
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Forma
decompactação
dosresíduos sólidos
Manual Manual Equipamentos
manuais
Equipamen
Tos
manuais
Grau
decompactação 500kg/m
3 400kg/m
3
400
500kg/m3
500kg/m3
Tipo de
solorecomendado
parase implantar o
aterro
Argila Argila Argila Argila
Fontes: Adaptado de (1) CETESB, 1997; (2) CONDER, 2000; (3) CEPIS/OMS, citado por
MAY, 2008; (4) CASTILHOS JR, 2003.
Uma das principais inovações apresentadas na Norma NBR 15849:2010 é a
definição de critérios para a dispensa da impermeabilização complementar, tendo como
variáveis o coeficiente de permeabilidade, o excedente hídrico, a fração orgânica dos
resíduos e a profundidade do freático. Além da simplificação técnica, os aterros sanitários
de pequeno porte, com disposição diária de até 20 t (vinte toneladas) de resíduos sólidos
urbanos, contam com procedimentos simplificados de licenciamento ambiental, conforme
estabelecido na Resolução CONAMA 404/2008.
Assim, estes empreendimentos são dispensados da elaboração do Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente – EIA/RIMA, sendo que,
para o licenciamento ambiental, devem ser atendidas, no mínimo, as seguintes condições,
critérios e diretrizes:
Vias de acesso ao local com boas condições de tráfego ao longo de todo o ano,
mesmo no período de chuvas intensas;
Respeito às distâncias mínimas estabelecidas na legislação ambiental relativas a
áreas de preservação permanente, Unidades de Conservação, ecossistemas frágeis e
recursos hídricos subterrâneos e superficiais;
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Uso de áreas com características hidrogeológicas, geográficas e geotécnicas
adequadas ao uso pretendido, comprovadas por meio de estudos específicos;
Uso de áreas que atendam a legislação municipal de Uso e Ocupação do Solo, com
preferência daquelas antropizadas e com potencial mínimo de incorporação à zona
urbana da sede, distritos ou povoados, e de baixa valorização imobiliária;
Uso de áreas que garantam a implantação de empreendimentos com vida útil
superior a 20 anos.
Impossibilidade de utilização de áreas consideradas de risco, como as suscetíveis a
erosões, salvo após a realização de intervenções técnicas capazes de garantir a
estabilidade do terreno.
Impossibilidade de uso de áreas ambientalmente sensíveis e de vulnerabilidade
ambiental, como as sujeitas a inundações.
Descrição da população beneficiada e caracterização qualitativa e quantitativa dos
resíduos a serem dispostos no aterro;
Capacidade operacional proposta para o empreendimento
Caracterização do local:
Métodos para a prevenção e minimização dos impactos ambientais;
Plano de operação, acompanhamento e controle;
Apresentação dos estudos ambientais, incluindo projeto do aterro proposto,
acompanhados de anotação de responsabilidade técnica;
Apresentação de programa de educação ambiental participativo, que priorize a não
geração de resíduos e estimule a coleta seletiva, baseado nos princípios da redução,
reutilização e reciclagem de resíduos sólidos urbanos, a ser executado
concomitantemente à implantação do aterro;
Apresentação de projeto de encerramento, recuperação e monitoramento da área
degradada pelo(s) antigo(s) lixão(ões) e proposição de uso futuro da área, com seu
respectivo cronograma de execução;
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Plano de encerramento, recuperação, monitoramento e uso futuro previsto para a
área do aterro sanitário a ser licenciado;
Apresentação de plano de gestão integrada municipal ou regional de resíduos
sólidos urbanos ou de saneamento básico, quando existente, ou compromisso de
elaboração nos termos da Lei Federal 11.445/2007 ou Lei Federal 12.305/2010;
7.5. Aterro sanitário em valas
Após licenciamento do empreendimento, o aterro sanitário tem sua implantação
realizada em duas fases distintas, são apresentados dados quanto à caracterização dos
serviços supracitados e, quando o caso específico, sua metodologia de execução.
Na fase de implantação são previstas ainda a instalação de estruturas auxiliares
como portaria, e cercas (12 fios) para isolamento do terreno, de modo a evitar a entrada de
catadores ou animais, e ainda, evitar o arraste de materiais leves pelo vento, para fora da
área.
7.5.1 Requisitos básicos para a implantação de aterro sanitário em valas
A área deve atender aos seguintes requisitos:
A população atendida pelo sistema de coleta deve ser inferior a 20.000 habitantes;
Não deve estar localizada em áreas de reconhecida formação cárstica, ou sobre
qualquer outra formação geológica propícia à formação de cavernas;
Não deve estar localizado em áreas erodidas, em especial em voçorocas ou em
áreas de preservação permanente;
Deve possuir solo de baixa permeabilidade e ter declividade média inferior a 30%;
Não deve estar localizado em área sujeita a eventos de inundação;
Deve estar situado a uma distância mínima de 300 metros de cursos d’água ou
qualquer coleção hídrica.
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O local deve estar a uma distância mínima de 500 metros de núcleos populacionais;
O local deve estar a uma distância mínima de 100 metros de rodovias federais, a
partir da faixa de domínio estabelecida pelos órgãos competentes.
O local deve ser delimitado com cerca de isolamento e portão, complementada por
espécies arbustivas/arbóreas;
O local deve ser identificado com placas de advertência;
Nas valas onde a disposição de resíduos estiver encerrada, deverá ser feita a
conformação do platô superior com declividade mínima de 2%, na direção das
bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito de forma abaulada
para evitar o acúmulo de águas de chuva sobre a vala e ficar em cota superior à do
terreno, prevendo-se prováveis recalques;
Recobrimento final do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50 cm de
argila de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais;
Execução de canaletas de drenagem pluvial a montante da área de disposição para
desvio das águas de chuva;
Após o encerramento da vala ou do aterro deverá ser realizado o lançamento de
uma camada de terra vegetal ou composto orgânico para possibilitar o plantio de espécies
nativas de raízes curtas, preferencialmente gramíneas, todos esses procedimentos podem
ser observado na Figura 24.
Figura 30 –Disposição final de resíduos em valas.
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7.5.3 Características do solo
Com relação às áreas escolhidas para implantação destes aterros, são recomendados
locais com solos argilosos, pois para esse tipo de aterro, não há exigências dos órgãos
ambientais para impermeabilização artificial das valas com manta PEAD - Polietileno de
Alta Densidade.
À medida que se faz a escavação das valas o solo é armazenado em uma das
laterais, sobre uma vala já finalizada, para ajudar na compactação da mesma, e ainda, para
ser utilizado como material de cobertura da vala em operação, conforme mostrado nas
Figuras 25, 26 e 27.
Figura 31. Abertura de valas.
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Figura 31. Perfil e corte esquemático da abertura das valas.
Fonte. CETESB (2006).
Figura 32 – Corte transversal esquemático de um aterro sanitário em valas.
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Fonte. CETESB (2006).
7.5.4. Profundidade do lençol freático
A cota máxima do lençol freático deve estar o mais distante possível da cota do
fundo da vala, a distância mínima é de 3 metros de profundidade.
7.5.5. Drenagem superficial e proteção com grama
O sistema de drenagem dependerá do local e deverá ser implantada ao redor da área
do aterro e em locais mais íngremes poderá ser necessária à colocação desses drenos
também entre as valas. Ao longo do período de operação, torna-se necessária a execução
de sistemas e dispositivos de drenagem superficial, a fim de manter a área do aterro em
condições normais de operação.
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A cada descarga de resíduos, a vala deverá receber uma cobertura, com a terra
removida de aproximadamente 20cm de espessura, evitando mau cheiro, moscas, fogo e
arrastamento dos resíduos pelo vento.
7.5.6. Controle do acesso ao aterro sanitário
O acesso dos caminhões coletores à área será feito através de portaria, que contará
com uma guarita ocupada por funcionário que fará o controle de entrada e saída dos
coletores, assim será permitido o acesso ao aterro somente os caminhões coletores
cadastrados na Prefeitura.
7.6.6. Disposição dos resíduos sólidos
Durante a operação a disposição dos resíduos na vala aberta é iniciada pelo mesmo
lado que a vala começou a ser escavada, com o caminhão coletor se posicionando de ré,
perpendicularmente ao maior lado (sentido longitudinal) da vala. O coletor ou caminhão de
transporte de resíduos deve se aproximar ao máximo da vala, de maneira a garantir o
lançamento diretamente na vala, evitando o espalhamento em outros locais, conforme
mostrado na Figura 33.
Figura 33. Os resíduos são descarregados em um único ponto da
vala, até que esteja totalmente preenchido.
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Figura 34 .Perfil e corte esquemático da disposição de resíduos nas valas.
Fonte: CETESB, 2010.
Figura 35. Perfil e corte esquemático da disposição de resíduos nas valas.
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Fonte: CETESB, 2010.
7.3.7. Encerramento do aterro sanitário
Quando for atingida a cota máxima de cada vala será realizada a cobertura final
utilizando-se argila de boa qualidade compactada, com o objetivo de minimizar a
infiltração de aguas pluviais. Este nivelamento final é efetuado numa cota superior à do
terreno, prevendo-se prováveis recalques, de forma a evitar o acúmulo de água.
Posteriormente à execução da cobertura final de cada vala estas serão cobertas com solo
orgânico e cobertura vegetal com plantas nativas, evitando deste modo a ocorrência de
erosões. Ao final da operação de cada vala, estas serão demarcadas com marcos fixos e
permanentes, visando facilitar futuras intervenções, se necessário.
Após a finalização da disposição de resíduos nas valas, deve-se prever uma rotina
de manutenção, de modo a corrigir eventuais recalques, desobstruir e manter o
funcionamento correto dos sistemas de drenagem de águas pluviais e o corte da grama.
7.6. Procedimentos operacionais
Para o adequado funcionamento do aterro sanitário em valas, deve-se seguir uma
rotina operacional pré-estabelecida, mediante o treinamento dos funcionários e o
acompanhamento por um responsável técnico, a fim de seguir o projeto previamente
aprovado.
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A seguir, são descritos alguns pontos importantes a serem obedecidos durante a
operação desses empreendimentos.
7.6.1. Recepção de resíduos
A definição dos tipos de resíduos permitidos no aterro sanitário em valas é
efetuado na fase do projeto e deve ser submetido à aprovação do órgão ambiental, porém,
durante a operação do empreendimento é importante verificar se os resíduos que estão
sendo encaminhados são compatíveis com aqueles pré-estabelecidos.
Deve ser estabelecida uma rotina de recepção dos resíduos, efetuando-se, pelo
menos, uma inspeção visual e o registro de entrada, conforme especificado a seguir.
7.6.2. Registros
É importante efetuar o registro dos resíduos que entram na área do aterro, inclusive
para acompanhar seu desenvolvimento, avaliando se os volumes recebidos estão
compatíveis com a ocupação de áreas e com a vida útil estimada no projeto, bem como
registrando os tipos de resíduos recebidos e verificando sua procedência.
Sugere-se a implantação de um sistema de registro, por meio de uma ficha (anexo),
contendo informações como: tipo de resíduo, quantidade estimada, placa do veículo,
responsável pelo registro etc.
Como exemplo, são descritos, a seguir, alguns tipos de resíduos permitidos e não
permitidos para a disposição nos aterros sanitários em valas.
7.6.3. Resíduos permitidos
Conforme previsto na Resolução CONAMA 404/2008, os resíduos sólidos
permitidos nos aterros sanitários de pequeno porte são aqueles provenientes de domicílios,
de serviços de limpeza urbana, de pequenos estabelecimentos comerciais, industriais e de
prestação de serviços, que estejam incluídos no serviço de coleta regular de resíduos e que
tenham características similares aos resíduos sólidos domiciliares.
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7.7.4. Resíduos não permitidos
Não podem ser dispostos nos aterros sanitários em valas os seguintes resíduos:
Resíduos perigosos;
Resíduos da construção civil;
Resíduos provenientes de atividades agrosilvopastoris;
Resíduos de mineração; e
Resíduos de serviços de saúde, sem tratamento prévio ou sujeitos às exigências de
destinação especial.
Ressalta-se que, embora classificados como resíduos sólidos urbanos, é
recomendado que os resíduos de podas não sejam destinados ao aterro sanitário em valas,
já que eles ocupam um grande volume. Além disso, devido a suas características, podem
ter um uso benéfico para o meio ambiente, por meio de compostagem ou aproveitamento
energético.
Deve-se impedir a entrada de resíduos cuja composição não seja adequadamente
identificada e compatível com a disposição do aterro. Caso detectada a incompatibilidade,
a carga deve ser devolvida ao gerador, ficando sob sua responsabilidade o
encaminhamento dela para tratamento e disposição final adequada. Caso estes resíduos
sejam de responsabilidade da própria Prefeitura, esta deverá providenciar o seu destino
apropriado. Caso tais ocorrências envolvam resíduos perigosos, devem ser comunicadas ao
órgão ambiental.
7.8. Manejo das valas
A experiência adquirida ao longo dos anos demonstra que de nada adianta um bom
projeto, com a obtenção de todas as licenças ambientais necessárias e, ainda, a existência
de equipamentos e infraestrutura, se a operação do aterro sanitário em valas não for
desenvolvida de forma ambientalmente correta.
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Esta operação deve estar diretamente relacionada a todas as etapas de concepção,
elaboração do projeto e implantação do aterro sanitário em valas, bem como deve
considerar o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos do município como um todo, uma
vez que a frequência e o horário de coleta, o tipo de equipamento empregado, a existência
de coleta diferenciada, entre outros fatores, irão influenciar diretamente a operação.
Os critérios para a operação das valas deverão seguir as especificações do projeto.
Entretanto, são descritos a seguir alguns critérios usuais para este tipo de empreendimento.
7.8.1. Dimensões das valas
A separação entre as bordas superiores das valas deve ser, no mínimo, de 1 metro,
deixando espaço suficiente para operação e manutenção. A profundidade da escavação das
valas deve ser no máximo, de 3 metros, observada as condições de estabilidade dos taludes
e o nível do lençol freático. A largura da vala pode ser variável, dependendo do
equipamento usado na escavação, cuidando para que não seja excessiva a ponto de
dificultar a cobertura operacional dos resíduos. Recomenda-se que a largura da vala na
superfície não supere 3 metros (ABNT, 2010).
O comprimento das valas será delimitado em função da vida útil esperada, conforme
especificado no item a seguir.
7.8.2. Abertura e vida útil das valas
A escavação de cada vala deve ser executada de uma só vez e o seu
dimensionamento feito de modo a permitir a disposição dos resíduos por um período
aproximado de 30 dias. Para uma vida útil maior, recomenda-se que no fundo da vala
sejam mantidos pequenos diques de solo natural que definam subáreas hidraulicamente
separadas, com vida útil aproximada de 30 dias (Figuras 31 e 32).
Figura 31 – Abertura de valas, com acúmulo de terra apenas em um dos lados.
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Fonte: CETESB, 2010.
Figura 36 – Abertura de valas, com acúmulo de terra apenas em um dos
lados.
Fonte: CETESB, 2010.
7.8.3 Dimensionamento das valas
7.8.3.1 Valas para resíduos sólidos domiciliares – RSD
PARÂMETROS
Em decorrência das limitações operacionais, algumas dimensões devem ser pré-fixadas:
Largura da vala: 3 metros
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Profundidade da vala: 3 metros
Densidade de compactação dos resíduos na vala: 500 kg/m3
7.8.4. Cobertura final
Quando for atingida a cota máxima deverá ser realizada a cobertura final com solo
(Figura 37), com a compactação dessa cobertura, minimizando deste modo à infiltração e,
em decorrência disso, a quantidade de lixiviados através da massa de resíduos é menor.
O nivelamento final da vala é efetuado numa cota superior à do terreno, prevendo-
se prováveis recalques, de forma a evitar o acúmulo de água. A cobertura final deverá ser
executada com uma camada de solo de, aproximadamente, 60 centímetros, com uma
declividade de, no mínimo, 7 % na menor dimensão da vala.
Figura 37 – Execução da camada de cobertura final da vala.
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7.8.3.3 Valas para resíduos de abatedouros – RSA
PARÂMETROS
Em decorrência das limitações operacionais, algumas dimensões devem ser pré-fixadas:
Largura da vala: 3 metros
Profundidade da vala: 3 metros
Densidade de compactação dos resíduos na vala: 550 kg/m3
Resíduos sólidos por animal (400 kg): 55 kg
7.6.3.3 Valas para resíduos sólidos cemitériais – RSC
PARÂMETROS
Em decorrência das limitações operacionais, algumas dimensões devem ser pré-fixadas:
• Largura da vala: 3 metros
• Profundidade da vala: 2 metros
• Densidade de compactação dos resíduos na vala: 550 kg/m3
7.8.5. Cobertura vegetal
Posteriormente à execução da cobertura final da vala, a mesma deve ser coberta
com solo orgânico e cobertura vegetal com plantas nativas, para evitar erosões, bem como
minimizar a infiltração de águas de chuva.
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CAPÍTULO VII
8.0 - PROPOSIÇÃO DE ÁREAS PARA A IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE
DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (UGIRSU) NO
CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS (CTR)
O empreendimento deverá possuir aproximadamente 5 hectares de área sendo que
serão utilizados apenas 2 hectares para a implantação propriamente dita do
empreendimento e terá uma vida útil de no mínimo 25 anos e poderá operar sob concessão.
A CTR será composta de Aterro Sanitário para Resíduos Sólidos Urbanos, Resíduos de
Abatedouro e Resíduos Cemiteriais, Pátio para entulho, Pátio para Compostagem, Central
de Triagem, Unidade para Volumosos, ATT para Resíduos de Logística Reversa, ATT
para Óleos comestíveis, Centro de Educação Ambiental, Viveiro de Mudas (O viveiro de
mudas da CTR buscará produzir espécies ameaçadas de extinção e árvores de natureza
nativa, enfatizando as espécies da Caatinga que serão usadas para reflorestamento de áreas
de recuperação ambiental), e Instalações Físicas de Apoio para administração com
vestiários, almoxarifado e refeitório para os trabalhadores.
A nova área para destinação final dos Resíduos Sólidos Urbanos do município de
Fagundes ainda não foi escolhida, estando em fase de buscas, ao ser escolhida será
submetida a inspeção e aprovação pela SUDEMA e passará pelo processo de
licenciamento.
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CAPÍTULO VIII
9.0 - AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO RURAL
Para garantir o desenvolvimento rural, pretende-se criar ações, técnicas e manejo
que viabilizem sua melhoria com ênfase na sustentabilidade, buscando melhorar as
condições do produtor e agregando maior valor a seus produtos, a partir de onde
poderemos observar:
a) Valorização e recuperação de áreas agrícolas, a partir de métodos simples, utilizando
insumos produzidos na própria propriedade, tais como, restos de alimentos, podas, folhas,
gerando um adubo orgânico, através da prática da compostagem;
b) Programa de Capacitação de utilização dos resíduos sólidos e suas reutilizações. Dessa
forma, disponibilizar informações e sensibilizar a sociedade para que todos conheçam a
realidade sobre os resíduos sólidos urbanos e rurais e se transformem em multiplicadores,
capazes de refletir, cobrar e propor novas atitudes que melhorem o ambiente em sua
comunidade, em sua cidade e em suas vidas;
c) Fomentar projetos de Apicultura, por ser uma atividade que mais se enquadra no
conceito de sustentabilidade e não tem impacto ambiental negativo;
d) Incentivar a utilização de fontes energéticas renováveis (biogás) como formar de
diminuir os impactos ambientais e gerar energia a base de resíduos de esterco animal, por
exemplo, cama de frango advindo da avicultura, esterco caprino, bovino e de suínos.
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CAPÍTULO IX
10.0 - CUSTOS
10.1. GASTOS ATUAIS COM A COLETA, TRANSPORTE E DISPOSIÇÃO
FINAL
Atualmente, para se manter a cidade limpa tem-se os seguintes gastos:
GASTOS Nº Valor/dia Total
Garis 14 25/500 7.000,00
Caminhão 01 4.200,00 4.200,00
Limpeza de
estradas, terrenos
Quantos precisem Em torno de
3.000,00
Quadro 16: Demonstrativo dos gastos atuais com a Coleta.
Estima-se em média um gasto de 14.200,00 mensal com a Coleta de Resíduos
Sólidos Domésticos.
10.2. PLANTA PARA A IMPLANTAÇÃO DA UGIRSU
Para implantação do Projeto será construída uma Unidade semelhante a esta abaixo,
em um local onde estar sendo estudado. Representadas nas figuras 38,39 e 40.
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10.3 - ORÇAMENTO - RESUMO UGIRSU U10.000 SETEMBRO DE 2012 -
Valores em R$ - BDI de 20%
Encargos sociais: mão de obra: 127,96%(hora) 77,25%(mês)
SINAPI - SISTEMA NACIONAL DE PESQUISA DE CUSTOS E ÍNDICES DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
LOCALIDADE E DATA REFERÊNCIA: JOÃO PESSOA - PB/JULHO 2012
ORÇAMENTO: MATERIAL + MÃO DE OBRA
ITEM TIPO DE SERVIÇO VALOR
1.0 Serviços Preliminares R$ 7.616,34
2.0 Guarita R$ 5.898,66
3.0 Área de Convivência R$ 29.948,51
4.0 Galpão de Compostáveis R$ 15.214,56
5.0 Galpão de Triagem R$ 15.773,67
6.0 Área Externa R$ 85.810,78
7.0 Equipamentos R$ 23.000,00
Total sem BDI R$ 183.262,51
Total BDI de 20% R$ 219.915,01
Quadro 17: Orçamento da UGIRSU
Caio Marcelo Sampaio Rodrigues
Engº Civil - Esp. Engª Sanitária e Ambiental
CREA/ CONFEA: 1606600125
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10.4 – Orçamento para implantação da Coleta Seletiva
Quadro 18: Preços dos produtos e serviços da coleta seletiva.
SERVIÇO QTD TOTAL R$
Manutenção das atividades de Coleta Seletiva (coleta,
transporte, triagem, catalogação, acondicionamento e
destinação final do material reciclável)
10.000
Capacitações - 4.000
Reboque para recicláveis Unit 28.000
Propagandas(faixas, panfletos, ...) Unit 2.000
EPI’s 10 2.500
Subtotal 46.500,00
10.5 CUSTO TOTAL
Custos totais para algumas etapas de implantação do Plano de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos.
TOTAL R$
Orçamento UGIRSU
219.915,00
Orçamento para implantação da Coleta Seletiva 46.500,00
Custo Total 266.415,00
Vale lembrar que no momento da licitação estes valores deverão serem atualizados.
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11. CRONOGRAMA (Quadro 19)
ATIVIDADE set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14
Reunião para apresentação
da proposta ao prefeito,
secretário e vereadores.
X
Criação dos GT’s – Grupos
de trabalho sobre Resíduos
Sólidos Urbanos.
X
Seminário sobre lei 12.305
com: Professores de rede
municipal , ACS’s
X
Coleta de dados para
subsidiar o plano.X X X
Estudo Gravimétrico. X
Elaboração do plano. X X X X
Revisão do plano. X
Divulgação do programa na
cidade de FagundesX X X X
Audiência Pública X
Mobilização e
Conscientização da
população para Coleta
Seletiva.
X X
Coleta seletiva
(permanente)X
Adequação do sistema de
coleta do municípioX X
Seleção do pessoal para
Associação de CatadoresX
Construção da Unidade
provisória.X X
Contato com as empresas
de reciclagem.X
Licitação para construção
da Unidade.X
Licenças Ambientais X
Início da construção da
Unidade de GerenciamentoX X X
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As fases de trabalho suscitaram a realização de um número significativo de
reuniões internas. Coerentes com as fases anunciadas para o trabalho e com o processo
público de sua elaboração, os seguintes procedimentos metodológicos foram previstos,
aplicados ou desenvolvidos durante a elaboração dos elementos que estruturam este Plano
Municipal. É importante ressaltar que o cronograma vai dar prazo para cada atividade e
orientar todos os participantes o que deve fazer e em qual tempo deve ser cumprido, mas
são previsões.
O tempo de duração das etapas estará vinculado ao nível de envolvimento dos
órgãos municipais, premidos pelas metas traçadas no Plano Municipal de Resíduos
Sólidos, e que estabelece 2014 como o prazo para a implantação do Sistema Municipal de
Informações de Resíduos Sólidos.
As parcerias com órgãos públicos, fundações, veículos de comunicação, empresas e
outros é fator inerente ao sucesso do empreendimento. A Superintendência de
Administração do Meio Ambiente do Estado de Paraíba – SUDEMA será abordada para
parcerias nas questões de licenciamento e fiscalização; as universidades da cidade e região
serão procuradas para empenhos conjuntos na formação de profissionais e técnicos
envolvidos na gestão ambiental; com o Ministério do Meio Ambiente buscaremos sinergia
na formulação e construção de base de dados e análise dos problemas ambientais de nossa
cidade e região; com os municípios vizinhos buscaremos a compreensão estratégica de se
pensar a questão ambiental de forma regionalizado.
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12. PLANO DE DIVULGAÇÃO E COMUNICAÇÃO
O Sistema de Informações de Resíduos Sólidos pelo seu caráter socioambiental
estratégico de monitoramento e controle, construção de indicadores de saúde ambiental e
humana, ele deve influir na formação de quem trabalha com ele e na informação de quem
vive nos espaços por ele monitorados. Com essa premissa é determinado que se utilizem de
todos os meios pelos quais se dará conhecimento do Sistema e suas ações aos parceiros,
formadores de opinião, autoridades governamentais, municípios vizinhos, público interno e
sociedade em geral. Um evento de apresentação e debate sobre a sua utilização deverá
contar com a presença e representação de todos os setores envolvidos na produção dos
dados, indicadores e análise desse acervo multifacetado, que em última instância será
alimentado por todos. De maneira participativa este encontro proporcionará a oportunidade
de se expor à estrutura de alimentação e análise, para que qualquer cidadão possa ter
acesso e nutrir-se de informações ambientais sem intermediários ou “tradutores”.
Cartazes afixados em estabelecimentos públicos e de grande circulação de pessoas
farão o papel de divulgação inicial e sustentada dessa ferramenta de gestão ambiental e
democratização da mesma.
11.1. Criação de um Sistema Municipal de informações
Criação e implantação de um Sistema Municipal de Informação, que possibilite
cruzar dados sobre ocupação do território e sua qualidade ambiental, a Gestão dos
Resíduos Sólidos e os dados consolidados da Secretaria de Saúde; Apresentação da
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proposta de convênio com o Ministério do Meio Ambiente visando implantação de um
Sistema Municipal de Informações.
Criação de uma Ouvidoria - A Ouvidoria é uma central de estabelecimento de
diálogo entre a Prefeitura Municipal de Fagundes e a população local, é um setor da
Secretaria de Meio Ambiente, que assim que implantado, vai passar a receber uma
demanda de informações, reclamações ou sugestões, sejam elas quais forem, a respeito dos
serviços prestados pela prefeitura ou denúncias de procedimentos impróprios para o
manejo dos resíduos sólidos. Ela aspira as demandas que o procedimento padrão falhou e
não conseguiu absorver/detectar.
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13. - CONCLUSÃO
Como podemos observar, a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, estabeleceu algumas metas a serem seguidas, a exemplo da
disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, a qual deve ser cumprida até o ano
de 2014.
Ficou demonstrada através deste documento, a situação da disposição final de
resíduos sólidos urbanos em Fagundes, não vem ocorrendo de forma adequada, pois o
Município ainda se vale de um “lixão”, o que acarreta impactos ambientais, que ao longo
do tempo podem se intensificar.
No entanto, em frente à esta perspectiva, e no intuito de solucionar a questão da
disposição final adequada dos resíduos sólidos, a Prefeitura pretende adotar medidas que
facilitem a adoção de ações mitigadoras, viabilizando em primeiro lugar a reciclagem e
reutilização de materiais considerados inservíveis e, posteriormente, a disposição adequada
dos resíduos que não sejam passíveis de reaproveitamento.
Contudo, para que isto ocorra, a Prefeitura deve contar com instrumentos
jurídicos que permita, ou facilite a adoção de medidas que venham a promover a
reciclagem e reutilização de resíduos, assim como propicie a implantação de um sistema de
destinação final adequado para os resíduos sólidos urbanos.
Nesse sentido, a prefeitura sugeriu ao legislativo municipal, uma proposta de
elaboração de um Decreto Municipal que institua a política municipal de resíduos sólidos,
a qual deve ser abrangente de tal forma que permita um completo gerenciamento dos
resíduos sólidos urbanos desde a geração até a destinação final, a qual deve ocorrer
necessariamente em um aterro sanitário.
Agindo assim, pretende-se realizar a separação dos resíduos domiciliares
recicláveis na fonte de geração (resíduos secos e úmidos); implantar a coleta seletiva dos
resíduos secos, realizada porta a porta, com pequenos veículos que permitam operação a
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baixo custo, priorizando a inserção de associações ou cooperativas de catadores; a
realização de compostagem da parcela orgânica dos RSU; a segregação dos resíduos da
construção e demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A
(trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros); bem como a segregação dos
resíduos volumosos (móveis, inservíveis e outros) para reutilização ou reciclagem; e por
fim a segregação na origem dos Resíduos de Serviços de Saúde; a implantação da logística
reversa com o retorno à indústria dos materiais pós-consumo (embalagens de agrotóxicos;
pilhas e baterias; pneus; embalagens de óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes, de
vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; e
por fim o encerramento do lixão, com a consequente recuperação das áreas degradadas.
Para pôr todo o previsto em prática, o assunto “resíduos sólidos” será inserido
no dia a dia da comunidade, com campanhas, seminários, entrevistas em rádio e mídias
impressas, que terão por função motivar toda a comunidade no processo de construção
coletiva do presente plano, o qual terá sua implantação divulgada nos meios de
comunicação, incentivando assim, o interesse pela temática nos diversos ambientes de
trabalho, lazer, escola, família, vizinhança, etc. Será realizada a sensibilização dos
geradores de forma a preparar os usuários dos serviços e informá-los sobre as novas
práticas que terão que ser adotadas, com antecedência.
Também será feita a capacitação das equipes de operação da coleta e de
operação das unidades. Embora o processo de capacitação não se esgote na fase de
preparação da operação, esse início é muito importante e uma boa sincronia entre o preparo
da equipe e a conclusão das etapas finais da infraestrutura é particularmente importante.
As articulações de parcerias e negociações para uso ou venda do composto
serão iniciadas bem antes da entrada em operação das unidades, pois envolvem soluções de
transporte, soluções para estoque para quem vai receber o composto, eventuais alterações
de rotinas e capacitação para o uso adequado do composto, etc.
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14. – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fontes.”Dantas”, João Andrei, Fagundes: dos populares a levantes, Pedra de Santo
Antonio, 2004, UFCG.
Otávio, José. História da Paraíba, 200(p&nosp:119)
Joffily, Irinêo. Sinopse das Sesmarias, (p.&nosp:14)
De Paula Pinto, T.et al. Elementos para a organização da coleta seletiva e
projeto dos galpões de triagem. Ministério das Cidades, 2008.
Gomes, M. S. Melhoria da gestão ambiental urbana no Brasil. BRA/OEA.2010.
Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Versão
Preliminar para Consulta Pública. Brasília-DF, 2011.
Panizzon, T. Implantação de um sistema de triagem mecanizada de RSU
oriundos de coleta seletiva para o município de Caxias do Sul – Uma
alternativa ao sistema atual. Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul-RS,
2009.
Ministério do Meio Ambiente. ICLEI – Brasil. Plano de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos: manual de orientação. Brasília-DF, 2013.
Ministério do Planejamento - Secretaria de Gestão. Guia referencial para
Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores. Brasília-
DF, 2009.
LEGISLAÇÃO
Decreto Federal n.º 5.940, de 25 de Outubro de 2006, que institui a separação dos
resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública
federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às cooperativas.
(2006). Decreto Federal n.º 6.017, de 17 de Janeiro de 2007, que Regulamenta a Lei
no 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de
consórcios públicos. (2007).
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Decreto Federal n.º 7.390, de 09 de Dezembro de 2010, que Regulamenta os arts.
6o, 11 e 12 da Lei no 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que institui a Política
Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC. (2010).
Decreto Federal n.º 7.405, de 23 de Dezembro de 2010, que Institui o Programa
Pró-Catador. (2010).
Decreto Federal n.º 7404, de 23 de Dezembro de 2010, que regulamenta a Lei n.º
12.305, de 2 de agosto de 2010. (2010).
Decreto Federal nº 7.217, 21 de Junho de 2010, que regulamenta a Lei Federal n.º
11.445/2007. (2010).
Lei Federal n.º 11.107, de 06 de Abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de
contratação de consórcios públicos. (2005).
Lei Federal n.º 12.187, de 29 de Dezembro de 2009, que institui a Polítca Nacional
sobre a mudança do clima. (2009).
Lei Federal n.º 12.305, de 02 de Agosto de 2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos. (2010).
Lei Federal nº 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais
para o saneamento. (2007).
Resolução ANVISA n.º 306, de 07 de Dezembro de 2004, Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
(2004).
Resolução CONAMA n.º 307, de 05 de Julho de 2002, que estabelece diretrizes,
critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos de construção civil. (2002).
Resolução CONAMA n.º 313, de 29 de Outubro de 2002, que dispõe sobre o
inventário nacional de resíduos sólidos industriais. (2002).
Resolução CONAMA n.º 348, de 16 de Agosto de 2004, que inclui o amianto na
classe de resíduos perigosos. (2004).
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Resolução CONAMA n.º 358, de 29 de Abril de 2005, que dispõe sobre o
tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. (2005).
Resolução CONAMA n.º 416, de 30 de Setembro de 2009, que dispõe sobre a
prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação
adequada. (2009).
Resolução CONAMA n.º 431, de 24 de Maio de 2011, que estabelece nova
classificação para o gesso. (2011).
Resolução SMA n.º 024, de 30 de Março de 2010,que estabelece a relação de
produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental. (2010). Paraíba.
SITES
IBGE -http://www.ibge.gov.br/home/ (acessado em Outubro de 2013).
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