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ASSISTÊNCIA HUMANITÁRIA INTERNACIONAL
Política Brasileira: ações, estratégias, prioridades
Profa. Dra. Maria José de O. Lima
Objetivo da aula
Contribuir para a compreensão da Política brasileira de Assistência Humanitária Internacional
TEMAS DA AGENDA INTERNACIONAL
* Ação contra a Fome e a Pobreza * Assistência Humanitária * Biocombustíveis * Ciência e Tecnologia * Desarmamento * Direitos Humanos e Temas Sociais * Mar, Antártica e Espaço* Meio Ambiente Terrorismo
Constituição Federal 1988
DOS PRINCIPIOS FUNDAMENTAISArt. 3º Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:I – Construir uma sociedade livre, justa e
solidária;II – Garantir desenvolvimento nacional;III – Erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;IV – Promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Constituição Federal - 1988 Art. 4º - A República Federativa do Brasil
rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – Independência nacional;II – Prevalência dos Direitos Humanos;III – Autodeterminação dos povos;IV – Não-intervenção;V – Igualdade entre os Estados;VI – Defesa da Paz;VII – Solução pacífica dos conflitos;VIII – Repúdio ao terrorismo e ao racismo;IX – Cooperação entre os povos para o progresso da
Humanidade;X – Concessão de asilo político.
Assistência Humanitária Internacional - BRASIL
É entendida como a Ajuda logística, material, de recursos humanos ou financeiros, internacional que visa salvar vidas, aliviar o sofrimento e manter a dignidade humana
Geralmente é prestada em situações de emergência ou crise humanitária, seja em caso de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem, tais como guerras ou conflitos armados
É prestada por agências governamentais , organizações não governamentais e demais agências humanitárias não-governamentais
Assistência Humanitária Internacional - BRASIL
Resolução 46/183 da Assembléia Geral das Nações Unidas, definiu os princípios humanitários centrais, aplicáveis aos governos e às agências das Nações Unidas
Princípios humanitários: Humanidade – Proteção à vida e à saúde e
garantia do respeito pelos seres humanos; Neutralidade – garantir a neutralidade diante
das controvérsias de ordem política, religiosa ou ideológica;
Imparcialidade – prioridade aos casos mais urgentes sem distinção de raça, religião, classe social, sexo, opinião política;
Independência – autônoma em relação à política, economia e outros objetivos militares.
A ONU no Brasil
As Nações Unidas têm representação fixa no Brasil desde 1947
Está representado por agências especializadas, fundos e programas que desenvolvem suas atividades em função de seus mandatos específicos.
A Equipe de País (conhecida por sua sigla em inglês, UNCT) está conformada pelos Representantes desses organismos, sob a liderança do Coordenador.
A ONU no BrasilA Equipe de País da ONU está constituída pelos seguintes organismos: Alto Comissariado das Nações Unidas para
Refugiados - ACNUR, Alto Comissariado das Nações Unidas para
Direitos Humanos - ACNUDH, Banco Mundial, Comissão Econômica para América Latina
e Caribe - CEPAL, Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação - FAO, FMI,
Organização Internacional do Trabalho - OIT,
Entidade das Nações Unidas para Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres - ONU Mulheres,
Programa Nações Unidas para os Assentamentos Humanos - ONU-HABITAT,
Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS-OMS,
Programa Mundial de Alimentação - PMA, Programa Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD, Programa Nações Unidas para Meio
Ambiente - PNUMA,
União Internacional de Telecomunicações - UIT, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
HIV/AIDS - UNAIDS, Organização Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura - UNESCO, Fundo de População das Nações Unidas -
UNFPA, Centro de Informação das Nações Unidas para o
Brasil - UNIC, Fundo das Nações Unidas para a Infância -
UNICEF, Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial - UNIDO, Programa Nações Unidas sobre Drogas e Crime -
UNODC.
A ONU no Brasil As agências da ONU atuam de forma
coordenada e articulada, desenvolvendo projetos em conjunto com:
Governo – tanto em nível federal como estadual e municipal,
Iniciativa privada: instituições de ensino, ONGs e sociedade civil brasileira,
Objetivo: Buscar, conjuntamente, soluções para superação dos desafios e dificuldades presentes na criação e implementação de uma agenda comum em favor do desenvolvimento humano equitativo.
Política Brasileira
Antes de 2003 – Assistência Humanitária Internacional:
pontual e esporádica Período: 2003 – 2010: Prioridade aos direitos humanos e ao
direito humanitário Organização de estrutura multidisciplinar
e participativa (sociedade civil e governo)
Estratégia brasileira de Assistência Humanitária
Emergencial: Garantir a segurança alimentar, de
abrigo, educação e saúde a populações em outros países, em especial, por meio de doações de alimentos, materiais para abrigos provisórios e suprimentos de saúde ;
Estrutural: Fomentar soluções de longo prazo para
problemas da insegurança alimentar, do baixo desenvolvimento social e da possibilidade de existência de desastres.
Grupo Interministerial sobre Assistência Humanitária Internacional - GIAHI
Criado Decreto de 21 de junho de 2006 Reúne 11 Ministérios que atuam nesta área:
Ministério das Relações Exteriores - coordenação Ministério da Defesa;
Ministério da Justiça;
Ministério da Fazenda;
Ministério da Saúde;
Ministério da Educação;
Ministério das Comunicações;
Ministério da Integração Nacional Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome Conselho Federal de Psicologia; Casa Civil da Presidência da República; Gabinete de Segurança Institucional; Secretaria Geral; e Secretaria especial dos Direitos Humanos
Outros Integrantes AISA – Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde;
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
CGRL – Coordenação-Geral de Recursos Logísticos
CGVAM – Coordenação-Geral de Vigilância Ambiental
DIREB – Diretoria Regional da Fundação Oswaldo Cruz em Brasília
SAS – Secretaria de Atenção à Saúde;
SCTIE – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
SE – Secretaria Executiva
Grupo Interministerial sobre Assistência Humanitária Internacional - GIAHI
Objetivos principais: Coordenar os esforços brasileiros de
ajuda humanitária internacional Formular propostas de projetos de lei que
visem autorização para ações humanitárias internacionais empreendidas pelo Brasil
Aprimorar a capacidade de resposta brasileira a situações de crise humanitária, sobretudo na região da América Latina e Caribe.
Funções do GIAHI
Agilizar o processo e os trâmites das doações.
Identificar o que será doado de maneira a não prejudicar o estoque nacional
Elaborar material tanto para fins de pesquisa quanto para a imprensa
Estratégias prioritárias Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
Pode contribuir em ações de Assistência Humanitária Internacional nas seguintes áreas:
Segurança Alimentar e Nutricional Articulação Institucional e Parcerias
Estratégias prioritárias Políticas públicas e ações empreendidas que
recebem grande demanda de cooperação internacional tanto por parte de Governos como de agências das Nações Unidas
Exemplos:Programa Fome Zero: política pública de Assistência Social que compreende tanto ações emergenciais quanto estruturais para o combate à fome Programa Nacional de Alimentação Escolar: que
atende a cerca de 36 milhões de crianças por dia Programa de Aquisição de Alimentos: que
permite a compra de alimentos provenientes da agricultura familiar brasileira para distribuição de cestas básicas
Programa 1 Milhão de Cisternas: construído através de parceira com a Articulação do Semi-árido, entidades da sociedade civil
Estratégias Prioritárias Ações: formular políticas, implementar e acompanhar programas e
projetos; Contribuir para o envio de alimentos para o
exterior em situações de emergência; articular e integrar parcerias e ações com
sociedade civil, empresas, visando a inclusão social ;
estimular ações de arrecadações por meio de doações e isenção de impostos;
armazenamento e distribuição dos produtos...
FAB - Força Aérea Brasileira
- ações sociais em benefício da população
- auxílio operacional a órgãos governamentais
- transporte de vacinas e campanhas de vacinação
- transporte de urnas eleitorais em épocas de eleição
- apoio a calamidades, enchentes e secas
Parcerias estratégicas O Brasil possui parcerias com:
Escritório Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA)
Programa Mundial de Alimentos (PMA)
Essas parcerias tem objetivo de compartilhar esforços e ações em assistência humanitária
Assistência alimentar internacional
Brasil trabalha com: Organização das Nações Unidas ( ONU) para
Alimentação e Agricultura (FAO), por meio “Iniciativa América Latina e Caribe 2025”
Programa Mundial de Alimentos (PMA), no sentido de promover a compra local da agricultura familiar para a distribuição de alimentos também em situações emergenciais, respeitando os hábitos alimentares regionais, a soberania alimentar e fomentando o desenvolvimento local.
Assistência Humanitária Internacional - Brasil
Intenção de preparar as comunidades para a prevenção e mitigação de desastres, ação essencial para enfrentar situações críticas
Ações envolvem profissionais da assistência humanitária (bombeiros, médicos, defesa civil), a sociedade civil organizada e os voluntários
Objetivo: Trabalhar por um Brasil e um mundo mais seguro
Solicitação de Ajuda Humanitária
1. Pedido do país junto ao Ministério das Relações Exteriores.2. Consulta sobre o estoque nacional existente.3. Resposta ao país demandante.4. Aviso à chancelaria brasileira.5. Elaboração do processo logístico.6. Transporte de doações pela FAB.7. Entrega de doações às instituições governamentais ou à uma organização internacional de Assistência humanitária.
MINUSTAHMissão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti
• Missão da ONU criada em 2004 e liderada pelo Brasil;• Período inicial: 6 meses. O prazo foi estendido até a
ocorrência de eleições em 2005 e posterior transição de poder, mas a missão permanece no país até hoje.
• Tem por objetivos: Ajudar na estabilização política e civil do país
durante o período de transição do governo. Seus maiores desafios são a presença de gangues,
corrupção, falta de segurança e infraestrutura, desrespeito aos Direitos Humanos.
Contribuição brasileira Erupção vulcânica no Equador em 2006; Terremoto no Peru em 2007; Os países do Caribe atingidos por furacões em
2008; Os conflitos na Faixa de Gaza e o apoio ao combate
à epidemia de dengue na Bolívia; Assistência alimentar a populações de Países da
América Central, África e Ásia afetados por secas, fome aguda, incêndios, tempestades, terremotos, tsunamis e conflitos internos;
Comprometimento com o desenvolvimento do Haiti, depois do terremoto ocorrido em 12 /01/2010;
Apoio às populações desfavorecidas no Sudão;
Contribuição Brasileira
No primeiro mês, pós terremoto, o Brasil fazia em torno de três vôos diários para a assistência humanitária ao Haiti;
Enviou toneladas de alimentos, de medicamentos , de água, de itens para abrigos provisórios, além de um hospital de campanha e 26 médicos para uma estadia de 6 meses.
Companhias brasileiras privadas doaram aproximadamente 65 toneladas de carne enlatada, 13 toneladas de açúcar, 39 toneladas de leite, sucos de laranja, além de água.
CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA -
Em 2010, o Brasil alocou US$ 200.000,00 (duzentos mil dólares) para contribuição à Agência das Nações Unidas para Assistência e Obras Destinadas aos Refugiados Palestinos no Oriente Médio.
Os recursos foram utilizados para garantir a segurança alimentar e nutricional de escolares em todos os níveis.
Em 2012, o Brasil está participando, juntamente com outros países, de um plano de apoio à agricultura familiar que una compras governamentais e assistência técnica visando beneficiar milhares de crianças e pequenos agricultores no Haiti.
Lei orçamentária anual - 2007
Ação: “Operações de AssistênciaEspecial no Exterior”
Recursos: R$ 3 milhões
Alojamento, alimentação, transporte, repatriação
Repasse às Embaixadas e aos Consulados
Ações executadas - 2007
Enchentes Bolívia (fev/mar) - 26 t. alimentos, Helicóptero
Solicitação Nicarágua (ago) - 14 t. medicamentos
Terremoto Peru (ago) - 46 t. de alimentos, 6 t. medicamentos, médicos, papiloscopistas, psicólogos
Furacão Dean Jamaica (ago) - 10 t. alimentos, 4 t. medicamentos, envio do Diretor do Departamento de Reabilitação e Reconstrução da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Dr. Carlos Barbosa, US$ 30 mil (folhas de zinco)
Atividade em Grupo
Apresentar situações reais (emergencial e estrutural) de atuação e participação do Brasil em assistência humanitária internacional.
Refletir sobre a posição do Brasil, em âmbito mundial, a partir da política que orienta a assistência humanitária Internacional e sua efetiva atuação.
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