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Centro de Convenes Ulysses Guimares
Braslia/DF 4, 5 e 6 de junho de 2012
POLTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL: UMA CARACTERIZAO
DA CAPACITAO POR COMPETNCIAS NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL
Maria Julia Pantoja Marcia Iglesias
Renata Benevenuto Arlete de Paula
1
Painel 41/148 Poltica nacional de desenvolvimento de competncias
POLTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL
NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL: UMA CARACTERIZAO DA CAPACITAO POR COMPETNCIAS
NA ADMINISTRAO PBLICA FEDERAL
Maria Julia Pantoja Marcia Iglesias
Renata Benevenuto Arlete de Paula
INTRODUO
A Poltica Nacional de Desenvolvimento de Pessoal (PNDP) desempenha
papel central no processo de construo de novos perfis de qualificao profissional
no mbito da Administrao Pblica Federal APF requeridos na transio de um
sistema apoiado em normas regulamentares e procedimentos administrativos para
uma gesto baseada em resultados.
Nesta perspectiva, adquire relevncia a gesto por competncias como
parte de uma estratgia para fortalecer a capacidade do servio pblico. Em 23 de
fevereiro de 2006, atravs do Decreto no 5.707, foi instituda para os rgos da
administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional, a Poltica e as
Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal (PNDP). Esse marco legal trouxe
orientaes para o desenvolvimento permanente do servidor, visando a melhoria da
qualidade dos servios pblicos prestados ao cidado.
O Decreto apresenta conceitos sobre gesto por competncias e
especifica novos mtodos e entrega de eventos de capacitao e desenvolvimento.
Segundo o Decreto no 5.707, gesto por competncia a gesto da capacitao
orientada para o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e
atitudes necessrias ao desempenho das funes dos servidores, visando ao
alcance dos objetivos da instituio.
2
Pelo referido arcabouo legal, todos os rgos da administrao pblica
federal devem implementar o modelo gesto por competncias para planejar,
executar e avaliar suas aes de capacitao. Aliado a isso, a gesto por
competncias tambm dever estar alinhada s diferentes aes prioritrias da
gesto de recursos humanos, como o planejamento de pessoal, a gesto de
recrutamento e desempenho (OCDE, 2010).
Como ferramenta potencialmente poderosa para a integrao estratgica
dos diferentes processos de gesto de pessoas, a gesto por competncias deve
ser considerada uma prioridade para a administrao brasileira (OCDE, 2010).
A PNDP estabelece como um dos seus instrumentos de monitoramento o
Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao que tem como objetivo gerar
informaes gerenciais sobre os processos de capacitao e desenvolvimento do
servidor pblico federal. Alm disso, sinalizar aos rgos da APF aspectos a serem
melhorados internamente nas etapas de implementao do modelo da gesto da
capacitao por competncias.
O Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao deve ser
encaminhado anualmente pelos rgos da APF Secretaria de Gesto Pblica
SEGEP, at 31 de janeiro do ano posterior ao de vigncia, para que sejam
procedidas anlises quantitativas e qualitativas com base em indicadores de
capacitao e desenvolvimento tais como: quantitativo de servidores capacitados,
carga horria mdia de capacitao por servidor, investimento por servidor em
aes de capacitao e desenvolvimento, quantitativo de aes de aperfeioamento
e aes de educao formal, entre outros. O resultado esperado que esse
conjunto de informaes gerenciais seja validado e disseminado no mbito da APF e
que possam subsidiar a formulao de estratgias necessrias efetiva
implementao da PNDP.
Desta forma, o objetivo deste trabalho descrever e analisar a
consolidao dos dados referentes ao preenchimento do Relatrio de Execuo do
Plano Anual de Capacitao de 2011 com vistas a traar um diagnstico geral da
PNDP identificando avanos e desafios sua implementao.
3
O texto encontra-se estruturado em cinco sees. Na primeira
apresentado e discutido o referencial terico que embasou este estudo. Na segunda
seo so detalhados os procedimentos metodolgicos adotados na pesquisa. Na
terceira, so analisados e discutidos os principais resultados. Na quarta seo so
apresentadas as consideraes finais do trabalho e na quinta so especificadas as
referncias bibliogrficas.
REFERENCIAL TERICO
De acordo com o Decreto n 5.707, de 2006, a gesto por competncias
a gesto da capacitao orientada para o desenvolvimento do conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes necessrias ao desempenho das funes dos
servidores, visando ao alcance dos objetivos da instituio. Para Brando e
Guimares (2001), a gesto de competncias faz parte de um sistema maior de
gesto organizacional: a partir da estratgia organizacional, ela direciona suas aes
de recrutamento e seleo, treinamento, gesto de carreira e formalizao de alianas
estratgicas, entre outras, para a captao e o desenvolvimento das competncias
necessrias para atingir seus objetivos (BRANDO e GUIMARES, 2001).
Dutra (2004) trabalha nessa mesma perspectiva, considerando a gesto
por competncias como central na definio das polticas de seleo e
desenvolvimento de pessoas, na diferenciao por nveis de complexidade, alm de
ser um conceito integrador da gesto de pessoas com os objetivos estratgicos da
organizao. Segundo esse autor, um dos maiores desafios relacionados gesto
por competncias a identificao adequada das competncias que so
demandadas pela instituio e pela sociedade, de maneira a garantir o alcance das
metas organizacionais e subsidiar programas de capacitao e desenvolvimento.
Para Brando (2001), a gesto de competncias deve estar em perfeita
sintonia com a estratgia organizacional (misso, viso de futuro e objetivos). A
viso determina o estado futuro desejado pela organizao, sua inteno estratgica
e orienta a formulao das polticas e diretrizes e todos os esforos em torno da
captao e do desenvolvimento de competncias.
4
Nessa mesma perspectiva, para Carbone et al. (2006), a gesto por
competncias prope-se a alinhar esforos para que as competncias humanas
possam gerar e sustentar as competncias necessrias consecuo dos objetivos
estratgicos de uma organizao.
A Figura 1 ilustra as principais etapas (ou fases) de um modelo de gesto
por competncias e expe a sua lgica de funcionamento.
Figura 1 - Modelo de Gesto por Competncias. Fonte: Carbone et al. (2006) e Guimares et al. (2006) apud Guimares et al. (2001), com adaptaes.
De acordo com o que colocado por diversos autores, possvel
perceber que o objetivo principal da gesto de pessoas por competncias
gerenciar as lacunas ou gaps de competncias existentes em uma organizao,
visando minimiz-los. Para se reduzir ou eliminar eventuais gaps de competncias
necessrio primeiramente realizar o mapeamento das competncias organizacionais
e individuais necessrias consecuo da estratgia organizacional. Aps a
identificao, importante tambm fazer um diagnstico das competncias
profissionais j existentes na organizao. Assim identifica-se a lacuna entre as
competncias existentes e as competncias necessrias para o atendimento das
metas organizacionais.
5
Para Mello (2010), os modelos de gesto de pessoas por competncias
impactam diretamente os principais subsistemas e processos de gesto de recursos
humanos, como o planejamento, a avaliao de desempenho, a educao
corporativa, a identificao e alocao de talentos, a orientao ao trabalhador
visando a sua ascenso profissional, a melhoria da remunerao e a obteno de
benefcios, bem como a excelncia e a qualidade do trabalho. Para o autor
a gesto por competncias pode ser considerada um instrumento de
mudana cultural e um meio de propiciar mais flexibilidade, adaptabilidade e esprito
corporativo s instituies. Com a gesto por competncias podem ser vinculados,
por um lado, os principais objetivos de uma instituio e, por outro, o
desenvolvimento de competncias. (Mello, 2010).
Nas organizaes pblicas, de acordo com o preceituado pelo Decreto no
5.707, a gesto por competncias deve ser adotada para possibilitar melhoria na
qualidade e eficincia dos servios pblicos. No obstante, apesar do perodo
decorrido desde a publicao do Decreto 5.707, de acordo com o relatrio da OCDE
(2010), so poucos os rgos que tm conseguido basear seus subsistemas de
gesto no enfoque da gesto de pessoas por competncias. Segundo o relatrio
citado, a implantao da gesto por competncias enfrenta dificuldades decorrentes
da forte estrutura legalista e da cultura do servio pblico brasileiro.
Nesse processo de implantao de uma gesto por competncias, a
etapa de mapeamento e diagnstico de competncias o primeiro passo, pois ir
sustentar todo o processo de desenvolvimento individual e organizacional.
Segundo Guimares, Bruno-Faria e Brando (2006, p.228) o diagnstico de
competncias um primeiro passo para subsidiar o processo decisrio de
organizaes a respeito de estratgias, polticas de gesto em geral e de gesto
de pessoas em particular. Para os autores, a identificao de competncias pode
ser realizada com a finalidade de oferecer suporte para a elaborao de uma
poltica ou plano de ao organizacional.
6
Um problema que pode ser verificado na maioria dos rgos que estes
no possuem suas competncias mapeadas, referindo-se tanto ao nvel institucional
quanto ao nvel individual. Segundo o relatrio da OCDE (2010), apenas 13 dos 24
ministrios da administrao direta iniciaram o processo de mapeamento de
competncias.
Fundamentado no referencial apresentado sero especificados, a seguir,
os objetivos do trabalho.
OBJETIVO GERAL
Caracterizar o estgio de implementao da Poltica de Desenvolvimento
de Pessoal da Administrao Pblica Federal considerando indicadores de
efetividade de aes de capacitao e desenvolvimento de pessoas
OBJETIVOS ESPECFICOS:
Analisar a consolidao dos dados referentes ao preenchimento do
Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao.
Identificar avanos e desafios na implementao da PNDP
especificando estratgias e aes necessrias consolidao dessa
poltica no mbito da APF.
MTODO
Nesta seo so apresentados os procedimentos metodolgicos
adotados no estudo no que se refere descrio da amostra, do instrumento de
pesquisa, bem como da coleta e anlises de dados.
Neste trabalho tanto a abordagem qualitativa quanto a quantitativa foram
utilizadas para analisar o fenmeno. O estudo foi qualitativo na anlise e
interpretao das questes abertas do Relatrio. E quantitativo na etapa de
levantamento e anlise de dados referentes aos indicadores de efetividade das
aes de capacitao e desenvolvimento.
7
Caracterizao da amostra de rgos pblicos estudada
A amostra refere-se aos rgos do SIPEC, sistema que organiza as
atividades da Administrao de Pessoal do Servio Civil do Poder Executivo, institudo
pelo Decreto no 67.326, de 5 de outubro de 1970. O SIPEC constitudo por 187
rgos da administrao federal, dos quais 166 encaminharam, neste ano de 2012, o
Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao, do exerccio 2011.
Cabe registrar que os 166 rgos foram distribudos em 87 da
Administrao Pblica Federal direta, autrquica e fundacional (APF) e, os demais,
79 Instituies Federais de Ensino (IFES).
Instrumento
O Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao um
instrumento eletrnico, hospedado no Portal SIPEC, para ser respondido via on line
e enviado, automaticamente, para a Coordenalo-Geral de Polticas de
Desenvolvimento de Pessoas CGDEP, da Secretaria de Gesto Pblica (SEGEP).
O relatrio composto das seguintes partes:
Questo 1 IDENTIFICAO: itens referentes aos dados e contatos
do responsvel pela rea de Gesto de Pessoas e do responsvel pela
rea de Capacitao e Desenvolvimento.
Questo 2 INFORMAES GERAIS: constituda de 10 itens
totalizadores e 01 item destinado ao registro das dificuldades
encontradas no preenchimento. Os itens totalizadores distribuem-se
nas seguintes categorias:
2.1 Quantitativo de servidores do rgo.
2.2 Quantitativo de Dirigentes, Gerentes e Assessores que
participaram e que no participaram de aes de capacitao.
2.3 Quantitativo de servidores que no so Dirigentes, Gerentes e
Assessores que participaram e que no participaram de aes de
capacitao.
2.4 Total de servidores capacitados em 2011.
8
2.5 Quantitativo de Aes de Aperfeioamento e de Aes de
Educao Formal.
2.6 Carga horria total de capacitao.
2.7 Total de servidores capacitados.
2.8 Mdia de carga horria por servidor.
2.9 Valor dos investimentos realizados em capacitao e valor da
mdia de investimentos por servidor capacitado.
2.10 Participao de servidores da APF, como instrutores nas aes
de aapacitao realizadas pelo rgo e respectivos pagamentos de
Gratificao por Encargos de Curso ou Concurso GECC.
2.11 Espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no
preenchimento dos itens da questo 2.
Questo 3 INFORMAES SOBRE AES DE
APERFEIOAMENTO: constituda de 01 item totalizador, subdividido
em 08 (oito) subitens e 01 item destinado ao registro das dificuldades
encontradas no preenchimento. Os subitens do item totalizador,
referem-se ao quantitativo de: aes de Aperfeioamento realizadas;
aes de Aperfeioamento por tipo de instituio; reas temticas
preferenciais nas aes de Aperfeioamento; aes de
Aperfeioamento por finalidade; aes de Aperfeioamento por forma
de capacitao; aes de Aperfeioamento por modalidade; aes de
Aperfeioamento por local de realizao; aes de Aperfeioamento
por abrangncia.
Questo 4 INFORMAES SOBRE AES DE EDUCAO
FORMAL: constituda de 01 item totalizador, subdividido em 06 (seis)
subitens e 01 item destinado ao registro das dificuldades encontradas
no preenchimento. Os subitens do item totalizador, referem-se ao
quantitativo de: servidores que concluram, em 2011, aes de
Educao Formal; servidores que estavam cursando , no ano de 2011,
ao de Educao Formal; aes de Educao Formal por tipo de
instituio; reas temticas preferenciais nas aes de Educao
Formal; aes de Educao Formal por finalidade; aes de Educao
Formal por modalidade.
9
Questo 5 DESAFIOS ESTRATGICOS: constituda de:
04 (quatro) itens totalizadores referentes ao percentual de:
Realizao do Plano Anual de Capacitao (PAC); aes realizadas
sob demanda, sem previso no PAC; oramento para capacitao
utilizado no ano de 2011; aes de Capacitao que levaram em
considerao os objetivos estratgicos da organizao.
05 (cinco) itens descritivos referentes: s dificuldades encontradas
na execuo do Plano Anual de Capacitao; s dificuldades
encontradas no monitoramento da execuo do PAC; aos desafios
enfrentados na execuo oramentria; elaborao do PAC com
base na Gesto por competncias e quais competncias foram
trabalhadas; aos mecanismos de avaliao das aes de
capacitao, utilizados.
01 (um) item destinado ao registro das dificuldades encontradas no
preenchimento.
Questo 6 CONSIDERAES FINAIS: espao especfico para o
registro das dificuldades encontradas no preenchimento do relatrio,
bem como, de sugestes e melhorias para o prximo ano.
Coleta e anlise de dados
O preenchimento do relatrio foi monitorado por 02 (duas) servidoras da
equipe tcnica da CGDEP / SEGEP, via contato telefnico e mensagem eletrnica.
No perodo de 02 de janeiro a 13 de fevereiro de 2012 foram realizados 180 (cento e
oitenta) contatos, com instituies de todas as regies do pas, no atendimento s
seguintes finalidades: liberao de perfil de acesso ao sistema; encaminhamento de
arquivo com modelo de relatrio; alteraes referentes ao homologador;
esclarecimento de dvidas quanto ao preenchimento das questes e solicitao de
prorrogao do prazo final para envio do relatrio.
10
Todos os relatrios encaminhados so acessados no Portal SIPEC, que
permite a visualizao integral das questes respondidas. Para efeitos de tabulao
e consolidao dos dados, o sistema emite 07 (sete) categorias de relatrios, de
acordo com os tipos de perguntas, conforme nomenclatura descrita a seguir: para as
perguntas do tipo campo preenchido pelo sistema, para as perguntas do tipo cargo /
funo por rgo, para as perguntas do tipo escolha nica, para as perguntas do tipo
mltipla escolha, para as perguntas do tipo subjetiva, para as perguntas do tipo
totalizadora e, ainda, o Relatrio Totalizador.
Os dados quantitativos, de cada rgo, so consolidados em planilhas
formato excel, considerando todos os detalhes de cada item, para posterior
totalizao e clculo de percentuais referentes ao prprio rgo, regio a que
pertence e aos ndices nacionais. Procedimento similar adotado para as questes
descritivas, resguardando-se a exigncia de detalhamentos especficos para a
anlise qualitativa. As respostas a essas questes apresentam caractersticas
diferenciadas que exigem a categorizao das verbalizaes, a fim de subsidiar a
elaborao de dados estatsticos e suas representaes grficas.
PRINCIPAIS RESULTADOS
Nesta seo so apresentados os principais resultados registrados a
partir da anlise da consolidao dos dados quantitativos dos Relatrios de
Execuo do Plano anual de Capacitao encaminhados SEGEP.
O primeiro indicador o Quantitativo de Servidores Capacitados no ano
de 2011, perfazendo um total de 173.419, sendo 31.868 Dirigentes, Gerentes e
Assessores e 141.561 servidores que no so Dirigentes, Gerentes ou Assessores.
No ano de 2010, o total de servidores capacitados correspondeu a 192.811, sendo
21.237 Dirigentes, Gerentes e Assessores e 171.574 servidores que no so
Dirigentes, Gerentes ou Assessores.
Verifica-se um decrscimo no quantitativo de servidores capacitados no
ano de 2011 em relao ao ano de 2010. No obstante, cabe ressaltar o aumento de
aproximadamente 50% no total de Dirigentes, Gerentes e Assessores capacitados, o
que sinaliza incremento da capacitao com foco estratgico e gerencial.
11
A tabela 1 apresenta os dados citados, distribudos por regio e o total
nacional, alm dos respectivos percentuais resultantes da comparao dos totais da
regio e com o quantitativo nacional:
Tabela 1: Quantitativo de Servidores Capacitados
Outro indicador importante traduz os ndices relativos s Aes de
Capacitao nas categorias Aperfeioamento e Educao Formal. No ano de 2011
foram realizadas 53.328 aes de Aperfeioamento e 15.189 aes de Educao
Formal, perfazendo um total de 68.517 aes de capacitao e desenvolvimento
pelos rgos da APF. No ano de 2010, o quantitativo total da ordem de 53.852
aes de capacitao, distribudas em 44.630 de Aperfeioamento e 9.222 de
Educao Formal, o que representa um aumento de, aproximadamente, 20% na
realizao dessas aes. O ndice registrado evidencia a intensificao de esforos
por parte dos rgos da APF no sentido de promover situaes que possibilitem o
desenvolvimento das competncias necessrias elevao do patamar de
desempenho profissional.
REGIES
DIRIGENTES,
GERENTES E
ASSESSORES
PROPORO
REGIONAL %
NO SO
DIRIGENTES
GERENTES E
ASESSORES
PROPORO
REGIONAL %TOTAL
PROPORO
NACIONAL %
SUL 3.058 14,4 18.208 85,6 21.266 12,3
NORDESTE 1.560 14,4 9.306 85,6 10.866 6,3
NORTE 1.280 18,5 5.622 81,5 6.902 4,0
SUDESTE 5.511 15,4 30.182 84,6 35.693 20,6
C. OESTE 20.459 20,7 78.233 79,3 98.692 56,9
NACIONAL 31.868 18,3 141.551 81,6 173.419 100,0
QUANTITATIVO DE SERVIDORES CAPACITADOS
12
As tabelas 2 e 3 sistematizam dados referentes ao desempenho regional
e nacional na realizao das aes de capacitao:
Tabela 2: Aes de Capacitao e Desenvolvimento I
Tabela 3: Aes de Capacitao e Desenvolvimento II
REGIES APERFEIOAMENTO TOTAL DE AES* PROPORO
REGIONAL %
** PROPORO
NACIONAL %
SUL 9.059 12.003 75,5 17,0
NORDESTE 3.296 5.079 64,9 6,2
NORTE 1.809 2.730 66,3 3,4
SUDESTE 15.280 22.199 68,8 28,6
C. OESTE 23.884 26.506 90,1 44,8
NACIONAL 53.328 68.517 77,8 100,0
AES DE CAPACITAO E DESENVOLVIMENTO I
* PROPORO REGIONAL %: Aperfeioamento em relao ao total de Aes de Capacitao da Regio.
** PROPORO NACIONAL %: Aperfeioamento em relao ao total nacional de Aes de Aperfeioamento.
REGIES EDUCAO FORMAL TOTAL* PROPORO
REGIONAL %
** PROPORO
NACIONAL %
SUL 2.944 12.003 24,5 19,4
NORDESTE 1.783 5.079 35,1 11,7
NORTE 921 2.730 33,7 6,1
SUDESTE 6.919 22.199 31,2 45,5
C. OESTE 2.622 26.506 9,9 17,3
NACIONAL 15.189 68.517 22,2 100,0
AES DE CAPACITAO E DESENVOLVIMENTO II
* PROPORO REGIONAL %: Educao Formal em relao ao total de Aes de Capacitao da Regio.
** PROPORO NACIONAL %: Educao Formal em relao ao total nacional de Aes de Educao Formal.
13
O terceiro indicador relevante a ser considerado diz respeito Carga
Horria utilizada nas aes de capacitao. Embora tenha havido aumento do
nmero de aes de capacitao, observa-se uma reduo da mdia de carga
horria por servidor, que em 2011 foi de 75 horas, em relao ao ano de 2010, que
foi de 115 horas. Entretanto, foi possvel observar, tambm, que as aes de
Educao Formal, no ano de 2011, apresentaram um aumento de 64,7% em relao
ao ano de 2010. As referidas aes contemplam, dentre outros, os nveis
Especializao, Mestrado, Doutorado e Ps-Doutorado, que so realizados a mdio
e longo prazo, portanto, a carga horria no registrada de um exerccio para o
outro. O que se configura como fator elucidativo do decrscimo da mdia de carga
horria por servidor, em capacitao, do ano de 2010 para o ano de 2011.
Os investimentos realizados com as aes de capacitao tambm
expressam um indicador significativo da implementao da PNDP. No ano de 2010,
o montante investido foi de R$ 152.544.005,09, sendo que R$ 137.014.337,73
representou a categoria Oramento Especfico do Prprio rgo (Ao PPA:
Capacitao de Servidores Pblicos Federais em Processo de Qualificao e
Requalificao), o que equivale a 89,8%. No ano de 2011, observa-se o montante de
R$ 142.786.671,84, sendo R$ 125.523.081,49 referente ao Oramento Especfico
do rgo, o que equivale a 87,9%. A mdia nacional de investimento por servidor
capacitado foi da ordem de R$ 823,36.
As Tabelas 4 e 5 apresentadas a seguir ilustram a utilizao dos recursos
no ano de 2011.
14
Tabela 4: Investimentos I
Tabela 5: Investimentos II
Embora a utilizao dos recursos tenha apresentado um leve decrscimo,
o indicador configura-se como positivo quando observamos o quantitativo de aes
de capacitao com participao de instrutores servidores da APF. Este item foi
inserido na verso 2011 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao,
visto que a participao de servidores como instrutores e o respectivo pagamento da
Gratificao por Encargos de Cursos ou Concursos (GECC) atende s diretrizes
REGIESORAMENTO ESPECFICO DO
RGOTOTAL INVESTIDO
* PROPORO
REGIONAL %
** PROPORO
NACIONAL %
SUL R$ 6.621.952,13 R$ 7.250.343,32 91,3 5,3
NORDESTE R$ 8.698.762,31 R$ 9.755.020,33 89,2 6,9
NORTE R$ 4.508.551,26 R$ 5.357.503,98 84,2 3,6
SUDESTE R$ 15.721.798,70 R$ 19.190.150,44 81,9 12,5
C. OESTE R$ 89.971.967,09 R$ 101.233.653,77 88,9 71,7
NACIONAL R$ 125.523.031,49 R$ 142.786.671,84 87,9 100,0
INVESTIMENTOS I
** PROPORO NACIONAL %: Oramento Especfico do rgo em relao ao total nacional do Oramento Especfico
utilizado.
* PROPORO REGIONAL %: Oramento Especfico do rgo em relao ao total de recursos investidos na Regio.
REGIES TOTAL INVESTIDOPROPORO
NACIONAL %
MDIA POR
SERVIDOR
PROPORO
NACIONAL %
SUL R$ 7.250.343,32 5,1 R$ 340,93 41,4
NORDESTE R$ 9.755.020,33 6,8 R$ 897,75 109,0
NORTE R$ 5.357.503,98 3,8 R$ 344,33 41,8
SUDESTE R$ 19.190.150,44 13,4 R$ 537,64 65,3
C. OESTE R$ 101.233.653,77 70,9 R$ 1.025,75 124,6
NACIONAL R$ 142.786.671,84 100,0 R$ 823,36 100,0
INVESTIMENTOS II
15
e finalidades da PNDP no que se refere incentivar e apoiar as iniciativas de
capacitao promovidas pelas prprias instituies, mediante o aproveitamento de
habilidades e conhecimentos de servidores de seu prprio quadro de pessoal e,
ainda, racionalizao e efetividade dos gastos com capacitao.
A tabela 6 apresenta a proporo regional e a proporo nacional dos
quantitativos de aes de capacitao realizadas com a participao de instrutores
servidores da APF.
Tabela 6: GECC I
A tabela 7 representa o total de servidores instrutores em aes
custeadas pelos rgos e a proporo em relao ao total nacional de servidores
que atuaram como instrutores:
REGIES
AES COM
PARTICIPAO DE
INSTRUTORES DA APF
TOTAL DE AES
REALIZADAS
(1) PROPORO
REGIONAL %
(2) PROPORO
NACIONAL %
SUL 4.974 12.003 41,4 29,3
NORDESTE 857 5.079 16,9 5,0
NORTE 702 2.730 25,7 4,1
SUDESTE 4.819 22.199 21,7 28,4
C. OESTE 5.628 26.506 21,2 33,1
NACIONAL 16.980 68.517 24,8 100,0
GECC I
(1) PROPORO REGIONAL % : Aes com Participao de Instrutores da APF em relao ao total de Aes de
Capacitao e Desenvolvimento realizadas na Regio.
(2) PROPORO NACIONAL %: Aes com Participao de Instrutores da APF em relao ao total nacional de Aes com
Participao de Instrutores da APF.
16
Tabela 7: Quantitativo de Servidores/Instrutores em aes custeadas pelo rgo.
A tabela 8 registra a relao entre os recursos investidos em pagamento
da GECC e o total de recursos investidos em aes de capacitao.
REGIES TOTALPROPORO
NACIONAL %
SUL 4.545 29,1
NORDESTE 870 5,6
NORTE 286 1,8
SUDESTE 5.070 32,5
C. OESTE 4.843 31,0
NACIONAL 15.614 100,0
QUANTITATIVO DE SERVIDORES / INSTRUTORES EM AES
CUSTEADAS PELO RGO
17
Tabela 8: CECC II
Merece destaque, tambm, o Percentual de Execuo Oramentria. No
ano de 2010, registrou-se o ndice de 71,3% no referido percentual. No ano de 2011,
foi constatado que 77,4% dos rgos que responderam ao relatrio executaram
mais de 50% do oramento destinado capacitao, apesar dos
contingenciamentos e restries apontados como dificultadores da execuo
oramentria, conforme a tabela 9 apresentada a seguir:
REGIESRECURSOS PARA
PAGAMENTO DE GECCTOTAL INVESTIDO
(1) PROPORO
REGIONAL %
(2) PROPORO
NACIONAL %
SUL R$ 1.513.225,70 R$ 7.250.343,32 20,9 10,6
NORDESTE R$ 1.921.240,17 R$ 9.755.020,33 19,7 13,4
NORTE R$ 431.023,04 R$ 5.357.503,98 8,0 3,0
SUDESTE R$ 3.047.287,77 R$ 19.190.150,44 15,9 21,3
C. OESTE R$ 7.415.454,78 R$ 101.233.653,77 7,3 51,8
NACIONAL R$ 14.328.231,46 R$ 142.786.671,84 10,0 100,0
GECC II
(1) PROPORO REGIONAL %: Recursos para Pagamento de GECC em relao ao Total investido na Regio.
(2) PROPORO NACIONAL %: Recursos para Pagamento de GECC em relao ao total nacional de Recursos para
Pagamento de GECC.
18
Tabela 9: Percentual do oramento para capacitao utilizado.
Como quinto indicador relevante registram-se as reas Temticas
Preferenciais nas Aes de Capacitao. Em Aperfeioamento foram selecionadas
as cinco reas com maior frequncia de escolha, enquanto em Educao Formal
observa-se a concentrao em trs grandes reas. Os destaques para Gesto de
Pessoas, em aes de Aperfeioamento e para Educao, em aes de Educao
Formal encontra justificativa no equilbrio entre o nmero de relatrios
encaminhados pelos rgos da APF (87) e das IFES (79). Por outro lado, o
surgimento da rea de Desenvolvimento Gerencial corrobora o incremento da
capacitao com foco estratgico e gerencial diagnosticado no aumento do ndice de
Dirigentes, Gerentes e Assessores capacitados no ano de 2011 em relao ao ano
de 2010, j citado anteriormente.
As tabelas 10 e 11 ilustram o ranking de reas Temticas Preferenciais:
0 a
10%
11 a
20%
21 a
30%
31 a
40%
41a
50%
51 a
60%
61 a
70%
71 a
80%
81 a
90%
91 a
100%
SUL 2 1 1 2 2 7 15
NORDESTE 2 1 1 1 1 2 4 4 5 21
NORTE 1 1 2 1 5 4 14
SUDESTE 2 1 1 1 1 2 4 5 4 19 40
C. OESTE 6 6 2 2 2 3 8 8 13 15 65
NACIONAL 11 10 4 4 6 7 15 20 28 50 155
5.1.5 PERCENTUAL DO ORAMENTO PARA CAPACITAO UTILIZADO
REGIES
QUANTITATIVO DE RGOS POR INTERVALO PERCENTUALTOTAL DE
RESPOSTAS
19
Tabela 10: reas temticas em Aperfeioamento
Tabela 11: reas temticas em Educao Formal
CATEGORIAS REGIO
SUL
REGIO
NORDESTE
REGIO
NORTE
REGIO
SUDESTE
REGIO
C. OESTE NACIONAL LEGENDA
GESTO DE PESSOAS 11 15 8 30 48 112 1
ECONOMIA, ORAMENTO
E FINANAS6 10 10 21 39 86 2
EDUCAO 13 14 8 20 14 70 3
INFORMTICA -
APLICATIVOS E SISTEMAS
INTERNOS
7 8 7 14 20 58 4
DESENVOLVIMENTO
GERENCIAL6 6 5 14 21 53 5
REAS TEMTICAS EM APERFEIOAMENTO
QUANTITATIVO PREFERENCIAL
CATEGORIAS REGIO
SUL
REGIO
NORDESTE
REGIO
NORTE
REGIO
SUDESTE
REGIO
C. OESTE NACIONAL LEGENDA
EDUCAO 13 14 9 22 17 74 1
GESTO DE
PESSOAS8 6 5 11 24 52 2
DIREITO E
JUSTIA5 6 6 7 25 51 3
REAS TEMTICAS EM EDUCAO FORMAL
QUANTITATIVO PREFERENCIAL
20
O relatrio apresenta, ainda, dois indicadores que se complementam. O
Percentual de Realizao do Plano Anual de Capacitao (PAC) e o Percentual de
Aes Realizadas sob demanda, sem previso no PAC. Verifica-se que 63,7% dos
rgos afirmaram ter realizado mais de 50% do PAC, da mesma forma que 64,6%
dos rgos afirmam que de 0 a 50% das aes foram realizadas sob demanda, sem
previso no PAC. O diagnstico aponta para uma paridade entre os indicadores, o
que pode significar o crescimento das aes planejadas com foco na adequao das
competncias requeridas dos servidores aos objetivos das instituies, conforme
estabelece o Decreto no 5.707/06.
As tabelas 12 e 13 apresentads a seguir, ilustram a anlise acima citada:
Tabela 12: 5.1.1 Percentual de realizao do PAC
0 a
10%
11 a
20%
21 a
30%
31 a
40%
41 a
50%
51 a
60%
61 a
70%
71 a
80%
81 a
90%
91 a
100%
SUL 1 1 1 2 3 2 5 15
NORDESTE 4 1 3 2 1 4 5 2 22
NORTE 3 1 1 3 1 1 1 1 2 14
SUDESTE 6 1 1 2 4 3 3 5 9 6 40
C. OESTE 8 3 6 3 4 5 6 10 7 14 66
NACIONAL 22 6 9 11 9 11 13 23 24 29 157
QUANTITATIVO POR INTERVALO PERCENTUALTOTAL DE
RESPOSTAS
5.1.1 PERCENTUAL DE REALIZAO DO PAC
REGIES
21
Tabela 13: 5.1.2 Percentual de aes realizadas sob demanda, sem previso no PAC
Outro indicador que reafirma o avano da implementao da PNDP est
expresso no Percentual de Aes de Capacitao que levaram em considerao os
Objetivos Estratgicos da Organizao. No ano de 2010, cerca de 80% dos rgos
informaram que suas aes de capacitao levaram em considerao os objetivos
estratgicos da organizao. No ano de 2011, observa-se que esse ndice registrou
uma ampliao para 88%.
A anlise do relatrio permitiu, ainda, a elaborao grfica do cruzamento
de questes importantes. O procedimento elegeu uma questo constante, que se
refere Elaborao do PAC com base na Gesto por Competncias e duas
questes diferenciadas, para fins de comparao, quais sejam: 1 Percentual de
Realizao do PAC e 2 Percentual de Realizao de Aes sob demanda, sem
previso no PAC.
O cruzamento dos dados evidenciou que apesar de, somente, 24% dos
rgos que responderam questo terem elaborado o PAC com base na Gesto
por Competncias, 78,4% destes realizaram mais de 50% do Plano. Entretanto, dos
que no elaboraram o PAC utilizando o mesmo referencial, apenas 58% conseguiu
executar mais de 50% do PAC.
A tabela 14 apresentada a seguir demonstra os dados citados acima:
0 a
10%
11 a
20%
21 a
30%
31 a
40%
41 a
50%
51 a
60%
61 a
70%
71 a
80%
81 a
90%
91 a
100%
SUL 3 3 3 2 1 1 2 15
NORDESTE 4 7 4 1 1 1 1 1 2 22
NORTE 4 2 2 1 2 1 1 1 14
SUDESTE 12 8 5 3 1 3 1 1 2 4 40
C. OESTE 20 13 9 9 3 4 1 1 1 6 67
NACIONAL 43 33 23 16 7 9 2 4 6 15 158
SEM PREVISO NO PAC
REGIES
QUANTITATIVO DE RGOS POR INTERVALO PERCENTUALTOTAL DE
RESPOSTAS
5.1.2 PERCENTUAL DE AES REALIZADAS SOB DEMANDA
22
Tabela 14: Cruzamento de dados 2011 Nacional
Ao analisarmos a relao entre a Elaborao do PAC com base na
Gesto por Competncias e a segunda varivel eleita, Percentual de Realizao
de Aes sob demanda, sem previso no PAC, observamos que h uma inverso
do sentido de crescimento dos ndices, destacando-se uma concentrao de 63%
dos rgos na faixa de 0 a 30% de realizao das aes. O resultado desta anlise
pode sinalizar avanos da implementao da PNDP no sentido do planejamento
das aes de capacitao com base no desenvolvimento das competncias
requeridas do servidor para o atingimento dos objetivos organizacionais, como j
citado anteriormente.
A tabela 15, a seguir, ilustra a reflexo sobre o cruzamento dos dados
0 a
10%
11 a
20%
21 a
30%
31 a
40%
41a
50%
51 a
60%
61 a
70%
71 a
80%
81 a
90%
91 a
100%
SIM
3 0 2 1 2 3 4 7 4 11
37
NO19 6 8 10 7 8 8 16 20 18
120
TOTAL22 6 10 11 9 11 12 23 24 29
157
RELATRIO DE EXECUO DO PLANO ANUAL DE CAPACITAO
CRUZAMENTO DE DADOS 2011 - NACIONAL
5.1.8 PAC
elaborado com
base na Gesto
por
Competncias
5.1.1 PERCENTUAL DE REALIZAO DO PAC
QUANTITATIVO DE
RGOS
23
Tabela 15: Cruzamentos de dados 2011 Nacional
Neste contexto possvel, ainda, ressaltar que no ano de 2010 observa-
se que 21,3% dos rgos responderam sim ao item referente Elaborao do PAC
com base na Gesto por Competncias e, que no ano de 2011 este ndice foi
ampliado para 23,7%. Em termos gerais, verifica-se que houve, no ano de 2011 (37
rgos) em relao ao ano de 2010 (29 rgos), aumento de 27,6% no nmero de
rgos que esto implementando, a Gesto da Capacitao por Competncias, em
consonncia com a PNDP.
PRINCIPAIS RESULTADOS NA ABORDAGEM QUALITATIVA
A anlise das questes abertas contemplou a abordagem qualitativa, uma
vez que se referem descrio das dificuldades encontradas tanto para o
preenchimento das questes e do relatrio de maneira geral, bem como, das
dificuldades relativas execuo e monitoramento do PAC e, ainda, das dificuldades
de execuo oramentria e mecanismos de avaliao do PAC utilizados.
O item 2.11 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao
constitui espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no
preenchimento das questes relativas s Informaes Gerais. Dos 166 relatrios
encaminhados, 100 apresentaram respostas ao item, sendo registradas 162
verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a frequncia de
apresentao e o padro do universo semntico.
0 a
10%
11 a
20%
21 a
30%
31 a
40%
41a
50%
51 a
60%
61 a
70%
71 a
80%
81 a
90%
91 a
100%
SIM10 11 6 3 1 2 1 0 1 1 36
NO33 22 17 12 6 7 1 4 5 14 121
TOTAL43 33 23 15 7 9 2 4 6 15 157
RELATRIO DE EXECUO DO PLANO ANUAL DE CAPACITAO
CRUZAMENTO DE DADOS 2011 - NACIONAL5.1.8 PAC
elaborado com
base na Gesto
por
Competncias
5.1.2 PERCENTUAL DE AES REALIZADAS SOB DEMANDA
QUANTITATIVO DE
RGOS
24
A tabela 16, a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia
das verbalizaes:
Tabela 16: 2.11 Dificuldades de preenchimento
Observa-se que alm de Complementaes, as categorias
Acompanhamento, Estrutura do Relatrio e Descentralizao das
Informaes so as que registram maior ndice de frequncia.
Acompanhamento caracteriza, em especial, a falta de conhecimento a
respeito da participao dos servidores em aes de Educao Formal,
principalmente, quando no h custo para a instituio ou de iniciativa prpria do
servidor. algo recorrente nas IFES, devido dificuldade de sistematizao das
informaes relativas participao de Docentes e Tcnico-Administrativos em
eventos de capacitao.
Estrutura do Relatrio caracteriza dificuldades de preenchimento em
funo do no entendimento da solicitao; da divergncia de nomenclatura para as
aes de capacitao e, em especial, o fato do rgo no deter em seu sistema
gerencial o nvel de detalhamento equivalente ao exigido pelo relatrio.
COMPLEMENTAESACOMPANHAMENTO
ESTRUTURA DO RELATRIODESCENTRALIZAO DE
REGISTRO DE DADOSS/ DIFICULDADES
SISTEMAOUTROS
ROTATIVIDADESUGESTES
TOTAL DE VERBALIZAES
26,516,016,011,7
8,08,0
6,84,3
1,90,6 162
2.11 DIFICULDADES DE PREENCHIMENTO PERCENTUAL DO TOTAL DE VERBALIZAES
25
Descentralizao das Informaes, na maioria das vezes, tambm
caracteriza as IFES, considerando que o trmite administrativo para as aes de
capacitao e desenvolvimento, adota procedimentos diferenciados para Docentes e
Tcnico-Administrativos.
Complementaes se refere s especificidades dos rgos e que no
comportam descrio no relatrio. Tais complementaes no impactam nos
resultados finais da consolidao, mas so diferenciais no controle interno quando,
por exemplo, funo do rgo capacitar servidores de outros rgos, alm do seu
quadro prprio de pessoal.
Em Registro de Dados verifica-se a dificuldade de preenchimento da
questo em funo da ausncia dos dados ou indisponibilidade para reunir todas as
informaes. Em Sistema verifica-se uma uniformidade no sentido da ausncia,
nos rgos, de sistema informatizado que gerencie as informaes e possibilite
relatrios totalizadores. Em Rotatividade observa-se que as verbalizaes
apontam para a alta rotatividade de servidores, quer por alterao no quadro de
pessoal, quer por alterao na investidura em cargos comissionados. Em Outros
observa-se questes pontuais na expresso de cada rgo, e Sugestes
relacionam-se s alteraes na estrutura do relatrio. A categoria S/ Dificuldades
autoexplicativa.
O item 3.2 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao
constitui espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no
preenchimento das questes relativas s informaes sobre aes de
Aperfeioamento. Dos 166 relatrios encaminhados, 64 apresentaram respostas ao
item, sendo registradas 86 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo
com a frequncia de apresentao e o padro do universo semntico.
A tabela 17, apresentada a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual
de frequncia das verbalizaes:
26
Tabela 17: 3.2 Dificuldades de preenchimento Aes de Aperfeioamento
Observa-se que alm de Complementaes e S/ Dificuldades, as
categorias Estrutura do Relatrio, Descentralizao das Informaes e
Sistema so as que registram maior ndice de frequncia. As verbalizaes
analisadas expressam contedos semelhantes aos detectados no item anterior. A
diferena reside no fato de que, neste item, observamos a presena de instituies
da APF em nmero maior do que no item anterior, o que sinaliza, dentre outros, a
necessidade de sistemas informatizados mais eficientes e inter-relacionados com um
sistema central da APF, para gerenciamento de informaes relativas aos processos
de capacitao e desenvolvimento.
As demais categorias tambm apresentam similaridade com as respostas
questo 2.11. Cabe ressaltar que em S/ Dificuldades houve um aumento
significativo da frequncia, duplicada de 8% para 16%, e a reduo da categoria
Acompanhamento, na mesma proporo, ou seja, em 50%, o que significa que
houve maior facilidade com relao s aes de Aperfeioamento no que diz
respeito execuo e acompanhamento.
27
O item 4.2 do Relatrio de Execuo do Plano Anual de Capacitao
constitui espao destinado ao registro das dificuldades encontradas no
preenchimento das questes relativas s informaes sobre aes de Educao
Formal. Dos 166 relatrios encaminhados, 78 apresentaram respostas ao item,
sendo registradas 82 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a
frequncia de apresentao e ao padro do universo semntico.
A tabela 18, a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia
das verbalizaes:
Tabela 18: 4.2 Dificuldades de preenchimento Aes de Educao Formal
Verifica-se que alm de S/ Dificuldades e Outros, as categorias
Monitoramento, Sistema e Estrutura do Relatrio, so as que registram
maior ndice de frequncia. Com exceo da categoria Monitoramento, as
verbalizaes analisadas expressam contedos semelhantes aos detectados nos
itens anteriores. Assim como no item anterior, tambm, se observa a presena de
instituies da APF em nmero significativo.
37,819,5 15,9 15,9 8,5 2,4
82
4.2 DIFICULDADES DE PREENCHIMENTO AES EDUCAO FORMAL
PERCENTUAL DO TOTAL DE VERBALIZAES
28
Em Monitoramento verifica-se a dificuldade de preenchimento da
questo em funo da ausncia dos dados. Neste item, os rgos fazem uso do
termo controle das informaes para referncia s dificuldades de preenchimento,
o que suscitou a nomenclatura monitoramento, visto que enseja a possibilidade de
interveno e/ou acompanhamento mais sistematizado.
Apesar de apresentar um percentual baixo a categoria PAC relevante
nesta anlise, considerando que, aponta, como dificultadores, dois elementos
altamente restritivos ao avano da implementao da PNDP, so eles: a falta de
elaborao do PAC e a ausncia de previso oramentria para a realizao das
atividades.
O item 5.1.3 do Relatrio constitui questionamento sobre as dificuldades
encontradas na execuo do Plano Anual de Capacitao. Dos 166 relatrios
encaminhados, 137 apresentaram respostas ao item, sendo registradas 271
verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a frequncia de
apresentao e o padro do universo semntico. Foi o item que apresentou maior
nmero de categorias, totalizando 12.
A tabela 19, a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia
das verbalizaes:
29
Tabela 19: 5.1.3 Dificuldades na execuo do PAC
Verifica-se que alm de Outros, as categorias Servidores,
Oramento, Contratao, PAC e Infraestrutura ganham destaque quanto
aos registros dos ndices de frequncia. Nesta questo possvel observar equilbrio
no quantitativo de rgos da APF e IFES no que se refere frequncia das
verbalizaes.
Em PAC verifica-se que os principais dificultadores residem na falta de
elaborao do Plano, na aprovao tardia desse instrumento e na realizao de
aes sob demanda.
Em Infraestrutura as verbalizaes apontam para a falta de espao
fsico, falta de equipamentos e, ainda, reformas ou obras. Em Estruturao /
Reestruturao observa-se a predominncia da reestruturao organizacional em
virtude de alteraes na administrao dos rgos, bem como, a estruturao das
novas instituies, no caso das IFES. Em Movimento Grevista a totalidade dos
30
rgos que se expressaram eram IFES, sinalizando que o movimento impediu ou
atrasou a execuo, comprometendo a qualidade e a quantidade da entrega das
aes de capacitao e desenvolvimento.
Em Gestores, observa-se a inovao na presena deste contedo de
verbalizaes. As duas naturezas de rgos esto presentes e os dificultadores so
expressos na falta de indicao e de liberao de servidores para a capacitao,
assim como, no baixo nvel de comprometimento e apoio realizao das
atividades. Este dado propicia o diagnstico da necessidade de sensibilizao e
preparao dos Dirigentes, Gerentes e Assessores, nos aspectos relativos
capacitao e desenvolvimento. Nessa perspectiva, esforos tm sido
empreendidos, corroborando os dados registrados no quadro demonstrativo sobre
servidores capacitados, cuja anlise comparativa com o ano de 2010 revelou um
aumento de 50% nos ndices de servidores Dirigentes, Gerentes e Assessores
capacitados em 2011.
Em Gesto por Competncias evidencia-se o constatado no quadro
demonstrativo sobre a Elaborao do PAC com Base na Gesto por Competncias,
onde possvel verificar um ndice ainda incipiente (23,6%) de rgos que
responderam sim ao item proposto, no obstante o aumento de 27,6% no
quantitativo de rgos que implementaram a gesto por competncias do ano de
2010 para o ano de 2011.
Em Escolas de Governo observa-se que as referncias repousam na
indisponibilidade de agenda das referidas escolas e na dificuldade de atendimento
s demandas de capacitao e desenvolvimento no mbito dos rgos da APF.
As categorias Servidores, Oramento e Contratao
apresentaram densidade significativa e diferenciada nas verbalizaes, o que sugeriu
a distribuio em subcategorias, a fim de otimizar a visualizao para anlise.
As tabelas 20, 21 e 22 apresentadas a seguir ilustram a nomenclatura e o
percentual de frequncia das verbalizaes, nas subcategorias citadas:
31
Tabela 20: Subcategoria servidores
Nesta primeira ilustrao revelam-se aspectos de fundamental
importncia para a compreenso das dificuldades de execuo do PAC,
considerando a subcategoria Servidores. Registra-se 55 verbalizaes, o que
representa 20,3% do total.
Em Fora de Trabalho consta a deficincia quantitativa e qualitativa
das equipes na rea de Gesto de Pessoas, o que impede o afastamento para
capacitao e o acompanhamento das aes propostas. Em Falta de Motivao
o elemento norteador a aproximao da aposentadoria. Em Desistncias
observa-se a ocorrncia no por vontade do servidor, mas por falta de liberao pela
chefia imediata ou insuficincia de servidores na equipe de trabalho. Em Agenda
surge o conflito de agendas entre servidor e instrutor, o que fora o cancelamento
das atividades. possvel observar a paridade entre Agenda e Desistncias. Em
Rotatividade verifica-se o mesmo da questo 2 as verbalizaes apontam para
a alta rotatividade de servidores, quer por alterao no quadro de pessoal, quer por
alterao na investidura em cargos comissionados. Outros se refere a questes
pontuais de determinados rgos e que por esse motivo no se enquadram em
nenhuma das propostas de categorizao. No de Inscries apresenta grande
aproximao com o contedo das verbalizaes categorizadas em Desistncias,
que por motivo metodolgico foi separado.
32
A figura a seguir representa a predominncia, quase absoluta, da
categoria Restries / Contingenciamento / Cortes na subcategoria Oramento
como elemento dificultador da execuo do PAC. Verifica-se que as verbalizaes
assumem uma dimenso de unidade e uniformidade. Cabe destacar que das 38
verbalizaes expressas, 28 sinalizam as restries / contingenciamento e cortes
como grandes obstculos que, aliados as 04 da Liberao Tardia, assumem a
posio de liderana com 84,2% e representam 11% do total de 290 verbalizaes.
Tabela 21: 5.1.3: Subcategoria oramento
Em Outros registra-se dificuldades pontuais e especficas do momento
da ocorrncia. Em Recursos Prprios possvel constatar a dificuldade dos
rgos que no possuem autonomia oramentria. Esta dimenso da subcategoria
Oramento tende a fazer interface com a Liberao Tardia, contribuindo para um
baixo ndice de execuo do PAC, conforme j registrado neste trabalho.
33
Em Descentralizao, tambm podemos observar uma interface com a
Liberao Tardia, refirmando os dados quantitativos j apresentados, referentes
ao baixo percentual de execuo do PAC, em alguns rgos.
Tabela 22: 5.1.3 Subcategoria contratao
Na subcategoria Contratao verifica-se a concentrao de
verbalizaes na categoria Legislao. Observa-se, tambm, que o ndice se
repete, 73,7%. Se analisarmos comparativamente, possvel inferir que as
dificuldades diagnosticadas no Oramento aliadas aos impositivos e limitaes da
Legislao, tendem a tornar o processo de Contratao muito lento, e por
vezes inviabiliza a execuo das aes. Outro aspecto a ser ressaltado, por ser
muito presente nas verbalizaes, relaciona-se dimenso qualitativa das
contrataes, a qual tambm afetada pelas dificuldades com o oramento, aliadas
34
aos impositivos para contratao de um Profissional ou empresa, que
efetivamente atenda s necessidades da organizao. Os rgos assinalam a
demora na tramitao dos processos e a escassez de recursos como bices para
contratar um profissional de qualidade.
Depreende-se deste contexto a legitimidade dos dados referentes ao
incremento na participao de instrutores servidores da APF nas aes de
capacitao, assim como, aos ndices significativos de utilizao de recursos para
pagamento da Gratificao por Encargos de Curso ou Concurso.
O item 5.1.4 do Relatrio constitui questionamento sobre as dificuldades
de monitoramento do PAC. Dos 166 relatrios encaminhados, 123 apresentaram
respostas ao item, sendo registradas 176 verbalizaes, as quais foram
categorizadas de acordo com a frequncia de apresentao e o padro do universo
semntico.
A tabela 23, a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia
das verbalizaes:
35
Tabela 23: 5.1.4 Dificuldades de monitoramento do PAC
Constata-se que alm das categorias Outros e S/ Dificuldades, a
predominncia das verbalizaes se refere ao Sistema Informatizado, Fora
de Trabalho e ao Acompanhamento, o que est em consonncia com as
respostas ao itens precedentes.
O item 5.1.4 evidencia duas novas categorias, quais sejam Avaliao e
Comunicao.
Em Avaliao registra-se a quase inexistncia de mecanismos de
avaliao, nas suas diversas dimenses. Em Comunicao verifica-se a baixa
eficincia dos processos de comunicao interna e externa, tais como divulgao
das ofertas de capacitao; no informao por parte do servidor da realizao de
cursos externos; setores diferentes, na mesma instiituio, ofertando capacitao de
forma desarticulada.
36
O item 5.1.6 do Relatrio constitui um questionamento sobre as
dificuldades de Execuo Oramentria. Dos 166 relatrios encaminhados, 119
apresentaram respostas ao item, sendo registradas 157 verbalizaes, as quais
foram categorizadas de acordo com a frequncia de apresentao e o padro do
universo semntico.
Neste item tambm possvel observar a convergncia das
verbalizaes, corroborando os dados qualitativos relativos aos Percentuais de
Execuo do Oramento.
As categorias se apresentam, novamente, guardando a coerncia e a
unidade dos contedos registrados nas questes anteriores.
A tabela 24, a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia
das verbalizaes:
Tabela 24: 5.1.6 Dificuldades de execuo oramentria
37
O item 5.1.10 do Relatrio constitui questionamento sobre quais
mecanismos de avaliao das aes de capacitao so utilizados pelos rgos.
Dos 166 relatrios encaminhados, 160 apresentaram respostas ao item, sendo
registradas 221 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a
frequncia de apresentao e o padro do universo semntico.
A tabela 25, apresentada a seguir ilustra a nomenclatura e o percentual
de frequncia das verbalizaes:
Tabela 25: 5.1.10 Mecanismos de avaliao
38
Observa-se a predominncia da categoria Outros, com 44,3% das
verbalizaes. O contedo expresso denota imensa diversidade de nomenclatura
sobre os mecanismos utilizados, impossiblitando a categorizao de cada uma.
Ainda nos demais registros expressos no grfico, verifica-se diferenciao
excessiva, pulverizando os ndices e dificultando a compreenso do que realmente
est sendo realizado, em termos de avaliao, no mbito do PAC.
Tal variedade pode significar a existncia de de um grande emaranhado
de idias e conceitos acerca dos mecanismos de avaliao e da sua aplicabilidade e
importncia no processo de aperfeioamento profissional.
A exceo configura-se na tradio da Avaliao de Reao, j
consolidada, mas que comprovadamente, no atende, com exclusividade, s
diversas dimenses do processo de capacitaao e desenvolvimento.
Como j havia sido sinalizado no item 5.1.4 a Avaliao se configura
elemento dificultador do monitoramento do PAC.
O diagnstico possibilitado pela anlise da questo em pauta, sugere a
necessidade de alinhamento conceitual no que tange aos diferentes nveis de
avaliao da efetividade das aes de capacitao e desenvolvimento, assim como,
de capacitao especfica no tema abordado.
O item 5.2 do Relatrio constitui espao destinado ao registro das
dificuldades encontradas no preenchimento das questes relativas aos Desafios
Estratgicos. Dos 166 relatrios encaminhados, 58 apresentaram respostas ao item,
sendo registradas 59 verbalizaes, as quais foram categorizadas de acordo com a
frequncia de apresentao e o padro do universo semntico.
A tabela 26, a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual de frequncia
das verbalizaes:
39
Tabela 26: 5.2 Dificuldades de preenchimento dos itens
Neste item verifica-se a concentrao das verbalizaes na categoria
Complementao das Questes, conforme j foi elucidado anteriormente, se
refere s especificidades dos rgos e que no comportam descrio no relatrio.
Tais complementaes no impactam nos resultados finais da consolidao, mas
so diferenciais no controle interno quando, por exemplo, funo do rgo
capacitar servidores de outros rgos, alm do seu quadro prprio de pessoal.
Outra categoria com ndice significativo S/ Dificuldades expressa a
totalidade dos rgos que verbalizaram tal contedo em questes anteriores.
Verifica-se, ainda, a reincidncia da categoria Estrutura do Relatrio,
o que sugere a necessidade de reviso do instrumento no sentido de atender s
necessidades relatadas, a fim de contribuir para maior consistncia e legitimidade
das informaes. A referida reviso j faz parte do planejamento de aes
da Coordenao-Geral de Polticas de Desenvolvimento de Pessoas, para o ano
de 2012.
40
O item 6 do Relatrio constitui espao destinado ao registro das
dificuldades encontradas no preenchimento do instrumento, bem como, de
sugestes de melhorias para o prximo ano. Dos 166 relatrios encaminhados, 99
apresentaram respostas ao item, sendo registradas 159 verbalizaes, as quais
foram categorizadas de acordo com a frequncia de apresentao e o padro do
universo semntico.
Observa-se a reafirmao da Estrutura do Relatrio como fator
relevante no preenchimento do instrumento. Nesta questo so citados aspectos
referentes ao ajuste do sistema, ao prazo para preenchimento e encaminhamento,
adequao de questes e, ainda, divulgao das alteraes propostas aps a
ltima reviso. Tais consideraes reafirmam a necessidade de reviso do
instrumento. Cabe ressaltar que houve ampliao da adeso das IFES ao
preenchimento do Relatrio, o que evidenciou, com mais veemncia, a pouca
adequao de alguns itens realidade das referidas instituies.
A Tabela 27, apresentada a seguir, ilustra a nomenclatura e o percentual
de frequncia das verbalizaes:
Tabela 27: 6 Consideraes finais
ESTRUTURA DO RELATRIO
SUGESTES
COMENTRIOS
S/ DIFICULDADES
ACOMPANHAMENTO
DESCENTRALIZAO DE INFORMAES
SISTEMA INFORMATIZADO
TOTAL DE VERBALIZAES
24,5
24,5
20,8
8,8
7,5
6,9
6,9
159
6 - CONSIDERAES FINAIS
PERCENTUAL DO TOTAL DE VERBALIZAES
41
Em Sugestes constata-se aspectos relacionados alteraes no
instrumento visando reduo do nvel de detalhamento do instrumento;
diferenciao para informaes referentes capacitao docente; realizao de
atividades de sensibilizao dos dirigentes para a importncia do PAC e do
preenchimento do Relatrio; criao de sistema central integrado que possibilite a
insero peridica de dados; ampliao do glossrio referente s reas temticas
e, ainda, reviso do Decreto no 5.707/06. As referidas sugestes sinalizam a
demonstrao de maior interesse e comprometimento das instituies com o
processo de implementao da PNDP.
Em Comentrios registra-se, assim como na categoria
complementaes, contedos referente ao enriquecimento das informaes
disponibilizadas nas questes quantitativas.
As demais categorias representadas no grfico ilustrativo reafirmam
posies expressas nas outras questes abertas, sem acrscimo de novas
informaes.
Por fim, cabe mencionar que apesar das repeties das categorias nas
questes relativas s dificuldades de preenchimento, e do visvel entrelaamento de
idias em categorias diferenciadas, foi resguardada a fidelidade aos termos
utilizados pelas instituies respondentes, na tomada de deciso sobre o elenco de
categorias a ser adotado em cada questo, a fim de garantir a fidedignidade das
verbalizaes e a qualidade das inferncias aqui apresentadas.
CONCLUSES
As abordagens quantitativa e qualitativa de anlise dos dados contidos
nos Relatrios de Execuo do Plano Anual de Capacitao, encaminhados
Coordenao-Geral de Polticas de Desenvolvimento de Pessoas da Secretaria de
Gesto Pblica do Ministrio do Planejamento, possibilitaram a elaborao do
diagnstico do estgio de implementao da PNDP, baseado nos avanos e
desafios apresentados a seguir:
42
Desafios:
Aumentar o nmero de servidores capacitados.
Ampliar a mdia de carga horria de capacitao por servidor.
Fomentar aes de capacitao na rea temtica Desenvolvimento
Gerencial.
Incentivar e apoiar os rgos na elaborao do Plano Anual de
Capacitao com base na Gesto por Competncias.
Promover a reviso do Relatrio de Execuo do Plano Anual de
Capacitao, por uma comisso tcnica com representantes da
CGDEP / SEGEP, dos rgos da APF e das IFES.
Promover a implementao de mecanismos de avaliao eficientes
e eficazes.
Avanos
Ampliao do ndice de adeso ao preenchimento do Relatrio de
Execuo do Plano Anual de Capacitao.
Aumento de 50% no quantitativo de Dirigentes, Gerentes e
Assessores capacitados em aes com foco estratgico.
Aumento de 20% no total de aes de Aperfeioamento e Educao
Formal.
Relevante participao de instrutores servidores da APF nas aes
de capacitao e desenvolvimento.
Ampliao dos percentuais de execuo oramentria.
ndices significativos para a preferncia da rea temtica
Desenvolvimento Gerencial.
Aumento de 27,6% no quantitativo de rgos que elaboraram o
Plano Anual de Capacitao com base na Gesto por
Competncias.
Crescimento de 8% no quantitativo de rgos cujas aes de
capacitao e desenvolvimento levaram em considerao os
objetivos estratgicos da organizao.
Reduo da realizao das aes sob demanda, sem previso no
Plano Anual de Capacitao.
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O Decreto no 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, que instituiu a Poltica
Nacional de Desenvolvimento de Pessoal da Administrao Pblica Federal
representa um grande avano para a rea de Gesto de Pessoas, na medida em
que estabelece diretrizes e finalidades para o alcance da excelncia da qualificao
profissional na APF. Da mesma forma, suscitou vrios desafios a serem superados
na busca pela adequao das competncias requeridas dos servidores aos objetivos
das instituies.
Neste sentido, cabe afirmar que os elementos fundamentais para a
consolidao da PNDP repousam na qualidade das aes de aperfeioamento
profissional, no aprimoramento dos instrumentos de monitoramento e na utilizao
de mecanismos de avaliao eficientes e eficazes que promovam a evoluo dos
processos de planejamento das aes organizacionais.
REFERNCIAS
BRANDO, H. P.; GUIMARES, T. A. Gesto de competncias e gesto de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Administrao de Empresas (RAE), So Paulo, v. 41, n. 1, p. 08-15, 2001. CARBONE, P. P. et al. Gesto por competncias e gesto do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. DECRETO no 5.707 de 23 de fevereiro de 2006. DECRETO no 67.326 de 5 de outubro de 1970. MELLO, M. L. B. C; FILHO, A. A. A gesto de recursos humanos em uma instituio pblica brasileira de cincia e tecnologia em sade: o caso Fiocruz. Revista de Administrao Pblica (RAP), Rio de Janeiro, v. 44, n. 3, p. 613-636, 2010 OCDE. Avaliao da Gesto de Recursos Humanos no Governo Relatrio. Braslia: OCDE, 2010. GUIMARES, T. A.; BRUNO-FARIA, M. F.; BRANDO, H. P. Aspectos metodolgicos do diagnstico de competncias em organizaes. In: Jairo Borges-Andrade; Gardnia Abbad; Luciana Mouro (org.). Treinamento, desenvolvimento e educao em organizaes e trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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AUTORIA
Maria Julia Pantoja Coordenao-Geral de Polticas de Desenvolvimento de Pessoas Departamento de Desenvolvimento e Desempenho Institucional Secretaria de Gesto Pblica Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.
Endereo eletrnico: jpantoja@unb.br Marcia Iglesias Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.
Endereo eletrnico: marcia.iglesias@planejamento.gov.br Renata Benevenuto Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.
Endereo eletrnico: renata.benevenuto@planejamento.gov.br Arlete de Paula Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto.
Endereo eletrnico: arlete.paula@planejamento.gov.br
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