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UNIVERSIDADE DE SO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CINCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE CINCIA POLTICA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CINCIA POLTICA
PPOOLLTTIICCAA DDEE SSEEGGUURRAANNAA PPBBLLIICCAA NNOO BBRRAASSIILL
NNAA PPSS--TTRRAANNSSIIOO DDEEMMOOCCRRTTIICCAA::
DDEESSLLOOCCAAMMEENNTTOOSS EEMM UUMM MMOODDEELLOO RREESSIISSTTEENNTTEE
Ligia Maria Daher Gonalves
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Cincia Poltica, do Departamento de Cincia Poltica da Faculdade de Letras, Filosofia e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo, para obteno do ttulo de Mestre em Cincia Poltica.
(Verso revisada)
Orientador: Prof. Dr. Adrian Gurza Lavalle
So Paulo
2009
ii
UNIVERSIDADE DE SO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CINCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE CINCIA POLTICA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CINCIA POLTICA
PPOOLLTTIICCAA DDEE SSEEGGUURRAANNAA PPBBLLIICCAA NNOO BBRRAASSIILL
NNAA PPSS--TTRRAANNSSIIOO DDEEMMOOCCRRTTIICCAA::
DDEESSLLOOCCAAMMEENNTTOOSS EEMM UUMM MMOODDEELLOO RREESSIISSTTEENNTTEE
Ligia Maria Daher Gonalves
So Paulo
2009
iii
Para meu filho Ricardo,
por tornar tudo pleno de sentido.
Para meus pais,
Janette (in memorian) e Luiz.
iv
Agradecimentos
Um dos momentos mais preciosos ao se concluir um processo que exigiu
grande esforo aquele em que temos a possibilidade de manifestar nossa gratido
pela vida e pelas pessoas. Esta pesquisa de mestrado, que se desenvolveu com
muito desejo, em meio a outras demandas da vida, me d agora a oportunidade de
expressar meu enorme agradecimento e reconhecimento:
Ao Rico, meu filho, fonte maior de inspirao, por ser a pessoa bacana, atenta
e sensvel que . Obrigada pela pacincia, pela torcida, pelas palavras simples e
sensatas e pelos sorrisos marotos que me animaram e me fortaleceram tantas
vezes. Obrigada pela alegria de cada momento que dividimos.
Ao meu pai, Luiz, pelo exemplo de fora de vontade, por seu apoio constante,
pelos conselhos nos momentos em que eu precisava ouvi-los e pelo rigor com que
sempre tratou as palavras, fazendo-me mais atenta a elas.
minha me, Janette, sempre to presente no meu corao e nos meus
pensamentos, por seus ensinamentos e por todos os seus gestos amorosos e
encorajadores, que continuam me estimulando a seguir em frente.
Andra Rodrigues Pinto, por partilhar comigo h quase 40 anos todos os
momentos importantes da minha vida. Por acreditar em mim e no meu trabalho e
pelas infinitas vezes em que me ouviu com amor e pacincia, sem nunca me deixar
entregar os pontos. Minha gratido pelos laos fraternos que nos unem.
minha irm Lilian, pelos bons momentos compartilhados juntamente com
Araken, Gui, Xan e Gabi e pelo prazer do convvio cotidiano com os meninos nos
ltimos anos.
Cristina Kfouri, Eduardo, Fabinho e Laurinha, pela disponibilidade e pelo
carinho que, indiferente a mudanas de rumo, permaneceu entre ns.
Aos amigos de todas as horas: Maruzania Soares, Izabela Tamaso, Ceclia
Baro Alegretti, Tercio Redondo, Claudia Boto, Ana Claudia Paulo e Ana Lucia
Pastore, pelo forte sentimento de bem-querer que nos une h tantos anos.
Izabela, agradeo, ainda, por ter me estimulado a iniciar este percurso,
pelos incentivos que se seguiram e por ter, com sua maior experincia acadmica,
lanado luzes em momentos de impasse.
v
Agradeo tambm Ceclia pela verso do resumo para o ingls e ao Tercio
pela reviso final da dissertao. A ambos, meu reconhecimento pelo trabalho
cuidadoso que fizeram em meio a tantos outros afazeres.
Aos amigos Juliana Delfino, Renata rtico, Ftima Dagostino e Pedro
Aguerre, pela ajuda, de diferentes maneiras, em etapas distintas deste processo.
Aos meus companheiros de consultoria no PNUD/Ministrio da Justia, pela
agradvel convivncia durante o ano de 2008.
Ao Prof. Vicente Trevas, por ter estimulado minha reflexo em vrias
oportunidades e por ter chamado minha ateno para importantes aspectos
federativos que envolvem a poltica de segurana pblica e que foram determinantes
para a reconstruo de meu objeto de pesquisa.
Profa. Marta Arretche e ao Prof. Rogrio Arantes pelas observaes feitas
no meu exame de qualificao, contribuindo para a correo de rumos e para que eu
pudesse delinear melhor meu objeto.
A pesquisa em nada avanaria sem as pessoas e instituies que se
dispuseram a colaborar. Agradeo enormemente a todos aqueles que
disponibilizaram textos e informaes, que me concederam entrevistas e que
responderam ao questionrio.
Muitos foram os aprendizados nessa longa e inacabada jornada de direitos
humanos e de segurana pblica. Agradeo a todos os profissionais que conheci e
aos amigos que fiz nesta trajetria.
Aos funcionrios do Departamento de Cincia Poltica, em especial Vivian,
sempre disposta a orientar sobre os trmites burocrticos do mestrado.
Ao meu orientador, Adrian Gurza Lavalle, agradeo por ter aceitado me
orientar j no curso do processo e pelo olhar rigoroso e exigente, to desesperador
quanto estimulante, que me fez repensar e reescrever muitas vezes.
Por fim, um agradecimento especial a Benedito Domingos Mariano, pelo
inestimvel apoio. Por ter possibilitado que eu conciliasse atividades acadmicas e
profissionais no incio deste percurso, pelas observaes feitas quando da leitura da
ltima verso deste trabalho e por ter facilitado meu acesso aos membros da
Coordenao Nacional da 1. CONSEG. Obrigada pela confiana profissional em
mim depositada e pelas discusses sobre o tema ao longo de vrios anos.
vi
Resumo
A presente dissertao analisa as mudanas implementadas na agenda da
segurana pblica na ps-transio democrtica e os motivos pelos quais o modelo
de segurana pblica no Brasil to resistente a reformas. O cenrio democrtico
testemunhou a entrada de novos atores na comunidade da poltica, e, a partir de
ento, novas e velhas vises acerca do tema passaram a coexistir. Apesar da crise
da segurana pblica, explicitada nas dcadas de 1980-1990, nenhuma das
propostas de reforma estrutural do modelo da poltica obteve xito at o momento, o
que pode ser explicado pela ausncia de uma ampla coalizo em torno de uma
agenda mnima de reformas e pelo padro de dependncia da trajetria da poltica.
As mudanas possveis nesse contexto, embora sejam insuficientes para conformar
um novo modelo de poltica, tm provocado deslocamentos em algumas das
caractersticas histricas do sistema de segurana pblica, promovendo pequenas
alteraes na sua dinmica federativa.
Palavras-chave: poltica de segurana pblica; reforma da poltica de
segurana; neoinstitucionalismo histrico; federalismo; comunidade da poltica.
vii
Abstract
This dissertation analyzes the changes to the agenda of public security in
Brazil after its democratic transition. It also addresses the reasons why the Brazilian
policy model of public security might be so resistant to reforms. The new democratic
scenario witnessed new actors entering the policy community and brought together
old and new views on the subject. In spite of the crisis in the public security, which
was brought to light in the 1980s and 1990s, none of the proposals for structural
reform of the policy model have hitherto been successful. Such a failure might be
explained by the absence of a broad coalition around a minimum agenda of reforms
and also by the path dependence of the public security policy. The possible changes
in this context, despite being insufficient to forge a new policy model, have led to
shifts in some of the historical features of the system of public security, promoting
small changes in its federative dynamics.
Keywords: public security policy; public security policy reform; historical neo-
institucionalism; federalism; policy community.
viii
Lista de abreviaturas e siglas
ABC Associao Brasileira de Criminalstica
ADEPOL Associao dos Delegados de Polcia do Brasil
ADPF Associao Nacional dos Delegados de Polcia Federal
AMEBRASIL Associao Nacional dos Oficiais Militares Estaduais
ANASPRA Associao Nacional de Entidades Representativas de Praas Policiais
e Bombeiros
CAF Comit de Articulao Federativa
CF Constituio Federal
CeSEC Centro de Estudos de Segurana e Cidadania
CISMEL Consrcio de Segurana Pblica e Cidadania de Londrina e Regio
Metropolitana
COBRAPOL Confederao Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis
CRISP Centro de Estudos de Criminalidade e Segurana Pblica
CON Coordenao Nacional Executiva da 1. CONSEG
CONASP Conselho Nacional de Segurana Pblica
CNCG Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polcias Militares e dos
Corpos de Bombeiros Militares
CNGM Conselho Nacional das Guardas Municipais
CONSEG Conferncia Nacional de Segurana Pblica
CONSESP Conselho Nacional dos Secretr
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