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POR UMA PANCADA
Os dois poetas da atualidade que eu mais gosto são Renato Russo e Cazuza. Apesar deles terem sido gays, inclusive várias poesias terem sido escritas utilizando suas experiências pessoais, a inspiração dessas letras vieram do coração, que vão muito além das suas preferências pessoais.
Encontrei os dois nos meus mergulhos meditativos. Não sei qual dos dois chegou mais perto do centro. Mas eu sei que eles foram muito mais fundo do que eu já consegui. O Cazuza parece mais com o site SUSTO NOS NEURÔNIOS e o Renato Russo, com o site SEM LIMITES.
A música "Daniel na cova dos leões" (R. R.) parece a evolução ditada só pela razão, ainda que com a presença do sentimento, que eu suspeito que nos levará direto para um buraco negro. A música "Monte Castelo" (R. R.) parece com a evolução ditada pela mistura (não combinação) perfeita entre a razão e o sentimento e a música "Quando o sol bater na janela do teu quarto" (R. R.), com a saída de um túnel.
Se avistares um avião no céu, quem vai na frente é ele, mas quem nos indica a sua direção é a calda. A calda é formada por uma nuvem caótica de fragmentos de fumaça. O apego, dificulta ver essa direção.
Então, se quiseres ver esse avião mais de longe, elimina o apego. Como se estivesse afiando uma faca. Busca inspiração disso em um banho de sol.
A música "O tempo não pára", do Cazuza, me parece a evolução sendo ditada só pela razão. Ignorando completamente a voz do sentimento.
A música "Pro dia nascer feliz", também do Cazuza, parece com a saída de um
túnel.
Estamos por uma pancada nos miolos para nos desvencilharmos dessas
correntes, vermos o sol e ser feliz nesse caminho.
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Paulo Ricardo Silveira Trainini
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