Pré história de santa catarina: sambaquianos e carijós

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HISTÓRIA PRÉ-COLONIAL DE SANTA CATARINA(SAMBAQUIANOS E CARIJÓS)

Profº Viegas Fernandes da Costa

Guilherme TiburtiusArqueólogo amador cuja coleção deu origem são Museu do

Sambaqui em Joinville.

João Alfredo Rohr (1908-1984)

Sambaqui em LagunaFonte: Herança expressão visual do brasileiros antes da influência do europeu

Empresas Dow

Sambaquiano / Sambaquieiro

A ossada de uma criança sepultada de mãos entrelaçadas com as de um esqueleto adulto chamou atenção dos pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia da Unisul. Foram localizados 23 sepultamentos pré-históricos nas escavações do sítio arqueológico Cabeçudas, às margens da BR-101, em Laguna, onde serão fixados os pilares da Ponte Anita Garibaldi, sobre o Canal de Laranjeiras. A maioria dos esqueletos é de adultos. Fonte: Portal Rede Catarinense de Rádios, 03/10/2012.

Sítio Arqueológico

Os sambaquianos ou sambaquieiros alimentavam-se de frutos silvestres, moluscos, pequenos animais entre outros alimentos. Análises químicas revelaram que a dieta desses grupos também era bastante rica em peixes e por isso mesmo é possível levantar a hipótese de que eles eram pescadores-coletores e tinham uma vida sedentária.

Acumulavam os restos de comida para utilizá-los como adornos no corpo e também nas moradias. Os sepultamentos eram realizados no próprio Sambaqui, com o passar do tempo o terreno era aplainado e rearrumada a camada superior do monte.

Diversas atividades do dia a dia desse povo eram feitas longe do lugar em que eles moravam. Além disso, podemos subentender que esse povo fabricava os seus próprios objetos. Foram encontrados raspadores de conchas e facas de pedra nos Sambaquis. Outros materiais utilizados eram madeira, fibra e couro.

Foram encontrados vestígios de batedores, suportes de pedra, lasquinhas e outras evidências que sugerem trabalho de fabricação dos objetos de uso próprio, bem como foram encontrados restos de fogueira o que sugere que esse povo tinha o hábito de preparar os seus alimentos, aquecendo-os.

Os mortos eram enfeitados com os objetos que conseguiam resistir ao tempo. É comum encontrar esqueletos com adornos de dentes e vértebras de animais como macacos, tubarões, porcos-do-mato etc. Também foram encontradas pontas de osso, lâminas de machado e outros objetos junto aos mortos.

O enterro das pessoas era uma atividade que exigia bastante cuidado e preparação, pois era necessário preparar a cova, em geral forrando-a com argila, areia, corantes, madeira e outros cuidados.

Dentre os principais materiais se destacavam ossos de animais, quartzo, conchas, gnaisse e outros.

(Adaptado de: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/sambaquis-uma-montanha-que-conta-historia)

Modelo de sambaqui do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo

Oficina lítica

Batedores de pedrasFonte: Museu Anita Garibaldi - Laguna- SC - Foto: Leide Patrícia Nascimento

Anzol em osso de baleiaFonte: Museu de Antropologia da UFSC - Foto: Rodrigo P. Medeiros

Pontas de lanças em osso de baleiaFonte: Museu de Antropologia da UFSC - Foto: Rodrigo P. Medeiros

Raspadores

Fonte: Anais do Museu de Antropologia da UFSC.

Pontas com estrias

Fonte: Anais do Museu de Antropologia da UFSC.

Prato de pedra polidaFonte: Herança: a expressão visual do brasileiro antes da influência do europeu

Empresas Dow

Objetos líticos.

Fonte: Museu Anita Garibaldi Laguna - Foto: Leide P. Nascimento.

ZoolitoFonte: Herança a expressão visual do brasileiro antes da influência do europeu.

Empresas Dow.

Peixe em diabásio marrom / ImaruíFonte: Herança a expressão visual do brasileiro antes da influência do europeu.

Empresas Dow.

Colar em osso de peixeFonte : Museu Anita Garibaldi - Laguna - Foto: Leide P. Nascimento.

Inscrição rupestre na Ilha do CampecheFonte: Herança: Empresas Down

Desenho em baixo relevo - Sítio Arqueológico Ilha da Aranha – SC. Fonte: André Gustavo Ferreira.

Ilha do CampecheFoto: Ana Cecília Berto

Barra da Lagoa - Florianópolis

Ilha dos Corais - Florianópolis

Formas predominantes nas pinturas rupestres do litoral catarinense.

Desenho: Leide Patrícia do Nascimento

CARIJÓS

Os guaranis do litoral de Santa Catarina ficaram conhecidos como Carijós, foram os índios que tiveram contato com o europeu colonizador. Pouco se sabe sobre esta tradição antes da colonização.

Acredita-se que os Carijós chegaram à região vindos da área do atual Paraguai. Dominavam a agricultura e conheciam a fabricação da cerâmica.

Os Carijós chamavam a Ilha de Santa Catarina de Jurerêmirim, que quer dizer boca pequena. Cultivavam a mandioca e o cará, explorando paralelamente a caça, pesca e coleta.

Conheciam a fauna, a flora e os acidentes geográficos.

Urna Funerária com restos mortais Fonte: Museu Anita Garibaldi- Laguna - Foto: Leide P. Nascimento.

Urna FuneráriaFonte: Museu Anita Garibaldi - Laguna - Foto: Leide P. Nascimento

Cerâmica utilitáriaFonte: Museu de Antropologia da UFSC - Foto: Rodrigo P. Medeiros

Urna de cerâmicaFonte: Museu de Antropologia da UFSC - Foto: Rodrigo P. Medeiros.

Detalhe: incisos em urna de cerâmicaFonte: Museu de Antropologia da UFSC - Foto: Rodrigo Medeiros

INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINACampus Garopaba

HISTÓRIA PRÉ-COLONIAL DE SANTA CATARINA: Sambaquianos e Carijós.

Professor Viegas Fernandes da Costa

Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental.

02/10/2013.

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