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Prefeitura Municipal de Campo Grande
Secretaria Municipal de Saúde Pública
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE
CAMPO GRANDE – MS
2014 - 2017
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA
2013
1
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
CAMPO GRANDE – MS 2014-2017
2
PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE ALCIDES JESUS PERALTA BERNAL
SECRETARIO MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA IVANDRO CORRÊA FONSECA
SECRETÁRIO ADJUNTO MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA VICTOR ROCHA PIRES DE OLIVEIRA
COORDENADORA DA MESA DIRETORA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE GIANE FRANÇA ALVAREZ
3
ELABORAÇÃO TÉCNICA DIRETORIA DE GESTÃO E POLÍTICAS DE SAÚDE
ADÉLIO GUIMARÃES MOTTI NETO
ELIZETE DA ROCHA VIEIRA DE BARROS
FABIANE MARQUES NEVES
MABEL PIMENTEL RODRIGUES DE VASCONCELOS MAGDA ALVES DA SILVA MARECO
SILVANA APARECIDA DE CAMARGO
APOIO TÉCNICO
GUSTAVO MONTEIRO CANDIA
HEIDE DIANE PIRES DA ROCHA FURTADO
COMISSÃO DO PLANO MUNICIPAL
ANDRÉA LUCIA DORNELES FURTADO
FABIANE MARQUES NEVES
IONE DE SOUZA COELHO
MARINA CONCEIÇÃO BENITES
NEIDE ELIANE G. OLIVEIRA
SILMARA TEIXEIRA P. CONFORTINI
COMISSÃO DO CONTROLE SOCIAL
ALTAMAR VILELA ROLAND
FRANCISCA NOGUEIRA
GIANE FRANÇA ALVAREZ
MAGDA ALVES DA SILVA MARECO
MARIA ONARA GOMES
SEBASTIÃO DE C. ARINOS JUNIOR
REPRESENTANTES DO CONSELHOS DISTRITAIS
ANDRES LUCIANO
CAIO CÉSAR M. AGUIRRE
CLEONICE ALVES DE ALBRES
RAMIRO A. SIQUEIRA
4
DIRETORIA DE GESTÃO E POLÍTICAS DE SAÚDE
Elizete da Rocha Vieira de Barros
- Coordenadoria de Tecnologia da Informação
André Luiz de Castro
- Coordenadoria de Planejamento em Saúde
Oliva Rojas Montania
- Coordenadoria de Controle Orçamentário do FMS
Mabel Pimentel Rodrigues de Vasconcelos
- Coordenadoria de Monitoramento e Avaliação
Andrea Lucia Dornelles Furtado
- Coordenadoria de Convênios de Cooperação Mútua
Regina Lucia Portiolli Furlanetti
- Coordenadoria de Projetos Especiais
Fabiane Marques Neves
- Coordenação de Humanização do SUS e Gestão Participativa
Magda Alves da Silva Mareco
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Marcia Maria Ferrairo Janini Dal Fabbro
- Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica
Andyane Freitas Tetila
- Coordenadoria de Vigilância Sanitária e Ambiental
Claudia Calderan Hoffmann
- Coordenadoria de Controle de Zoonoses
Elias Monteiro de Araujo
. Coordenação de Julgamento e Consulta
Fábio Isidoro de Oliveira
5
DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Margarete Ricci
- Coordenadoria de Atenção Básica
Margarete Ricci
- Coordenadoria de Especialidades
Ana Carolina Ametlla Guimarães
- Coordenadoria de Urgências
Cristiano De Campos Lara
- Coordenadoria de Assistência Farmacêutica
José Renato Florentino Cavalheiro
- Coordenadoria de Laboratório
Beatriz Auxiliadora de Oliveira Soares Santini
- Coordenadoria de Supervisão da Rede Municipal de Saúde
Deborah Luziana Marcon De Mello
DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS EM SAÚDE
Margarete Gaban
- Coordenadoria de Auditoria dos Serviços de Saúde
Joselaine Genaro Nakamura Smaka
- Coordenadoria de Regulação dos Serviços de Saúde
Daniel Kiozo Saito
- Coordenadoria de Controle e Avaliação Ambulatorial e Hospitalar
Geni Teresinha Menegotto Asato
6
ASSESSORIA JURÍDICA
Marcelo Soriano
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO
Renato da Silva Santos
DEPARTAMENTO FINANCEIRO
Francisco Edilson Magalhães
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS
Jamilson Rosa Araujo
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
Tatiana Serra Da Cruz
DISTRITO SANITÁRIO NORTE
Lailson de Oliveira Lesbão
DISTRITO SANITÁRIO SUL
Fabiana Cavalcante de Araujo Sanches
DISTRITO SANITÁRIO LESTE
Eduardo Santi
DISTRITO SANITÁRIO OESTE
Virna Liza Pereira Chaves Hildebrand
7
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
GESTORES E PRESTADORES
Ivandro Corrêa Fonseca - Titular
Victor Rocha Pires de Oliveira - Suplente
Margarete Ricci - Titular
Alex Bortotto Garcia - Suplente
Elizete da Rocha Vieira - Titular
Amilton Fernandes Alvarenga – Suplente
David Chadid Warpechouwski - Suplente
TRABALHADORES EM SAÚDE
Alexandre Corrêa dos Santos Oliveira - Titular
Fernando Pieretti Ferrari - Suplente
Giane França Alvarez - Titular
Ione Souza Coelho - Suplente
Edilberto de Freitas Reverdito - Titular
Carlos Silva Borges - Suplente
Silmara Teixeira Pires Confortini - Titular
João Batista Botelho de Medeiros - Suplente
USUÁRIOS DO SUS
Sebastião Campos Arinos Junior - Titular
Conceição Benitez - Suplente
Ozório dos Santos- Titular
Altamar Vilela Roland - Suplente
Márcia Gomes de Moraes- Titular
Evandro Mascarenhas Filho - Suplente
José Raimundo do Nascimento- Titular
8
Ernesto Aparecido Costa Paceliuka - Suplente
Sebastiana Oliveira Silva- Titular
Nice Aparecida da Almeida - Suplente
Rosalva Darc Lopes Nakamura- Titular
Diva Maria da Fé Rocha - Suplente
Ramiro Aparecido Siqueira- Titular
Antonio Carlos Rodrigues de Farias - Suplente
Neide Eliane Gordo de Oliveira- Titular
Francisca Nogueira - Suplente
9
Sumário
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 11
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 15
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 17
SIGLAS E ABREVIAÇÕES ....................................................................................... 19
MISSÃO ..................................................................................................................... 23
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 24
METODOLOGIA ....................................................................................................... 27
ANÁLISE SITUACIONAL ........................................................................................ 31
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA .............................................................................. 31
PERFIL SOCIOECONÔMICO ................................................................................... 34
TAXA DE DESEMPREGO ........................................................................................ 34
PERFIL DEMOGRÁFICO ......................................................................................... 37
ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO ............................................................... 38
PERFIL DOS NASCIDOS VIVOS ............................................................................. 41
MORTALIDADE ....................................................................................................... 44
MORTALIDADE MATERNA ................................................................................... 46
MORTALIDADE INFANTIL FETAL ....................................................................... 48
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO ..................................................................................... 50
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS ................................................................................. 50
VARICELA ................................................................................................................ 50
(SARAMPO/RUBÉOLA) ........................................................................................... 51
HEPATITES VIRAIS ................................................................................................. 53
MENINGITES ............................................................................................................ 54
TUBERCULOSE E HANSENÍASE ........................................................................... 57
DST/AIDS .................................................................................................................. 59
SÍFILIS CONGÊNITA ............................................................................................... 62
DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS ................................................. 63
ZOONOSES E AGRAVOS DETERMINADOS POR ANIMAIS ............................... 71
DENGUE.................................................................................................................... 71
LEISHMANIOSE VISCERAL ................................................................................... 77
FATORES COMPORTAMENTAIS DE RISCO ........................................................ 81
10
SAÚDE DO TRABALHADOR .................................................................................. 84
IMUNIZAÇÃO........................................................................................................... 85
SAÚDE BUCAL ........................................................................................................ 86
REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................................................ 88
CAMPO GRANDE E A REDE DE SAÚDE MUNICIPAL ........................................ 88
REDE DE SAÚDE MUNICIPAL ............................................................................... 90
ATENÇÃO BÁSICA .................................................................................................. 91
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA ................................................................ 93
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA ........................................................ 94
ASSISTÊNCIA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .................................................. 95
ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL ESPECIALIZADA .......................................... 97
REGULAÇÃO ............................................................................................................ 98
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ........................................................................... 99
ASSISTÊNCIA LABORATORIAL ............................................................................ 99
REDE HOSPITALAR .............................................................................................. 102
VIGILÂNCIA EM SAÚDE ...................................................................................... 104
DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE SAÚDE ....................................... 107
GESTÃO EM SAÚDE .............................................................................................. 109
DAS DIRETRIZES NACIONAIS CONTRATO ORGANIZATIVO DE AÇÃO
PÚBLICA – COAP ................................................................................................... 110
DESCENTRALIZAÇÃO/REGIONALIZAÇÃO....................................................... 111
HUMANIZAÇÃO .................................................................................................... 112
CONTROLE SOCIAL .............................................................................................. 112
FORTALECIMENTO DA GESTÃO PARTICIPATIVA .......................................... 113
EDUCAÇÃO PERMANENTE ................................................................................. 116
EDUCAÇÃO NA SAÚDE ........................................................................................ 117
GESTÃO EM SAÚDE .............................................................................................. 118
DEMONSTRATIVO DE PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ........................... 123
2014 – 2017 .............................................................................................................. 123
SUSTENTABILIDADE ........................................................................................... 125
DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E AÇÕES ..................................................... 127
REFERÊNCIA .......................................................................................................... 157
11
Apresentação
O Plano Municipal de Saúde é o instrumento que direciona todas as
medidas e iniciativas para o cumprimento dos preceitos do SUS na esfera
municipal, coerentes e devidamente expressadas nas Programações Anuais de
Saúde, tendo seus resultados avaliados nos Relatório de Gestão com a
participação e controle da comunidade, com participação ativa do Conselho do
Municipal de Saúde.
O referido documento vigora para um período de quatro anos e está
estruturado em três grandes eixos: análise situacional, determinantes e
condicionantes, gestão em saúde, que subsidiarão os programas, as diretrizes
objetivos, metas e ações, que deverão direcionar as agendas municipais de
saúde dos anos seguintes.
Além da análise da realidade sanitária, utilizamos as ferramentas de
planejamento estratégico, norteados pelas diretrizes que constituem as bases
orientadoras para o estabelecimento da gestão e da atenção participativa,
visando à atenção integral e humanizada, que a Secretaria Municipal de Saúde
vem objetivando para guiar a condução dos trabalhos .
O conhecimento técnico e a possibilidade de aplicá-lo a realidade,
conjugado ao trabalho em equipe e integrado, permitiu dar consistência e
significado na descrição dos principais problemas de saúde. Desta forma, foi
possível sinalizar as necessidades e apontar os enfrentamentos, com a
propositiva de integrar mais de uma área técnica e o conhecimento de cada
setor, articulando um conjunto de políticas públicas, no sentido de qualificar a
assistência prestada a população..
Apesar da identificação de várias necessidades de expansão da oferta
assistencial, identificadas nos vários diálogos com a sociedade, houve a nítida
decisão de embasar as propostas, nas possibilidades concretas de viabilização
financeira e de execução, para não tornar este plano um mero documento
formativo.
A gestão visa à utilização dos recursos disponíveis e a disposição
política em manter os patamares atuais de aporte de recursos do tesouro
municipal, acima dos definidos por lei, o que, por si só, demonstra a prioridade
12
dada a esta área. Entretanto, há necessidade de recursos em todos os níveis,
para ampliar e qualificar a assistência em nossa cidade.
Esse documento foi construído pela equipe técnica representativa das
Diretorias, Coordenações e diversos setores da SESAU e Comissões de
Conselheiros Municipais de Saúde, com a consideração de documentos
anteriores, como os Relatórios Anuais de Gestão, as diretrizes prioritárias
relativas à Saúde, contida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e as
Diretrizes Nacionais do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP), que
foram validadas pelo Conselho Municipal de Saúde, como norteadoras para
construção dos instrumentos de planejamento em saúde 2014-2017.
Como regulatória deste processo, considera-se a Lei Complementar
141/2012, que entre outros pontos, destaca estes instrumentos como
fundamental para o planejamento, transparência, visibilidade e monitoramento
das ações, traduzindo como elementos de análise na própria prestação de
contas na área da saúde.
Para dar início aos trabalhos em 2013, foi operacionalizado o ¨ 1ª Seminário Caminhos da Gestão Participativa – Construindo o Plano Municipal de Saúde 2014-2017¨ em parceria com o Conselho Municipal de
Saúde, que teve como foco fortalecer a participação do Controle Social, por
meio dos Conselhos de Saúde, nesta concepção de planejamento integrado e
articulado. Inovou-se aqui, inicialmente, no resgate e prestação de
esclarecimentos das propostas da última Conferência realizada em 2011 ¨
Todos usam o SUS.
O objetivo foi responder aos usuários conselheiros (representantes das
comunidades em seus territórios) e trabalhadores, o status de execução de
cada uma das propostas apresentadas naquele momento, o que permitiu aos
segmentos presentes, confirmar, modificar, reformular e apresentar novas
propostas, agora compatíveis com o momento atual, gerando importante
produto, que trouxe qualificação para o planejamento.
Estabeleceu-se importante apoio do Conselho Municipal de Saúde, que
mobilizou todos os conselhos locais e distritais para a efetiva participação nas
oficinas que foram divididas em sete blocos a partir do produto da VI
Conferência Municipal de Saúde que dispunha de um elenco de 350 propostas
para a saúde pública do Município de Campo Grande.
13
Também foram debatidas as principais indicações das necessidades
locais quanto às políticas públicas, que gerou o preenchimento do instrumento
do Perfil de necessidade local quanto às principais Políticas Públicas (Assistência Social, Habitação, Educação, Emprego e Renda, Esporte e Lazer,
Transporte e Segurança pública), que estão elencadas neste Plano Municipal
2014-2017 .
Trabalhou-se também, aspectos da gestão participativa quanto a
MISSÃO, VALORES E PRINCÍPIOS que a SESAU deverá imprimir como
instituição de saúde, e aparece neste documento em destaque.
A primeira figura deste documento sintetiza esta apresentação e
demonstra a especificação das propostas da Conferência. E em análise,
aponta-se claramente o interesse do controle social em assuntos que devem
denotar melhorias relativas a infraestrutura da rede, seguida pela preocupação
com o trabalhador do SUS e ações da atenção a saúde, importante
constatação que determinou o elenco de ações prioritárias para este Plano, ora
apresentado.
Validada as propostas, houve a formalização por parte da gestão como
tomada de decisão, de construir um Plano participativo, por meio da
constituição e publicação da Comissão responsável pela construção do Plano
Municipal de Saúde 2014-2017 (DIOGRANDE n. 3787 de 17/06/2013), em
trabalho conjunto com os técnicos da SMS.
Apresentamos assim, o referido PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2014-
2017, que norteará as ações de Saúde neste período, explicitando as intenções
e os resultados (objetivo, iniciativa , meta e ações) a serem alcançados no
período de quatro anos. Em síntese, compondo um instrumento de consulta
obrigatória, dos que fazem Gestão, Controle Social e da própria sociedade civil
e organizada, na construção da Política de Saúde na capital, considerando a
relevância do fortalecimento dos objetivos do SUS, defendidos também na
estruturação dos documentos legais.
14
Seminário ¨Caminhos da Gestão Participativa - Construindo o Plano Municipal
de Saúde 2014-2017
Figura 1- Total de propostas debatidas, propostas não contempladas, e novas propostas
por blocos, 1ª Seminário Caminhos da Gestão Participativa, 2013.
15
Lista de Tabelas
Tabela 1: Taxa de Alfabetização da população de Campo Grande, por sexo e grupo de idades.......................................................................................................................... 36 Tabela 2: Taxa de fecundidade da População de Campo Grande referente ao período 1991-2007. .................................................................................................................. 40 Tabela 3: Freqüência por ano do nascimento segundo sexo, residência Campo Grande-MS, 2008-2012. .......................................................................................................... 41 Tabela 4: Freqüência por Ano do Nascimento segundo Tipo de Parto, residência Campo Grande-MS, 2008-2012............................................................................................... 41 Tabela 5: Freqüência por Ano do Nascimento segundo Peso ao Nascer(6), residência Campo Grande-MS, 2008-2012................................................................................... 42 Tabela 6: Freqüência por ano do nascimento segundo idade, Campo Grande-MS, 2008-2012. ........................................................................................................................... 43 Tabela 7: Freqüência por ano do nascimento segundo consulta pré-natal, residência Campo Grande-MS, 2008-2012................................................................................... 43 Tabela 8: Freqüência por ano do óbito segundo causa (Cap CID10), residência Campo Grande - MS, 2008-2012. ............................................................................................ 44 Tabela 9: Freqüência por ano do óbito segundo sexo, residência Campo Grande - MS, 2008-2012. .................................................................................................................. 45 Tabela 10: Freqüência por ano do óbito segundo raça cor, residência Campo Grande - MS, 2008-2012 ........................................................................................................... 45 Tabela 11: Freqüência por ano do óbito segundo sexo, residência Campo Grande - MS, 2008-2012 ................................................................................................................... 46 Tabela 12: Óbitos maternos residentes em Campo Grande, MS, 2012. ........................ 47 Tabela 13: Coeficiente de mortalidade infantil por 1000 nascidos vivos Campo Grande, MS, 2002 a 2012. ........................................................................................................ 48 Tabela 14: Casos notificados de Varicela por mês e ano, Campo Grande, MS, 2005-2012. ........................................................................................................................... 50 Tabela 15: Casos notificados Sarampo/Rubéola, Campo Grande, MS, 2005 – 2012. ... 52 Tabela 16: Casos notificados de Sarampo /Rubéola, por faixa etária, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012. ................................................................................. 52 Tabela 17: Casos notificados de Hepatites Virais, segundo etiologia, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012 .................................................................................. 54 Tabela 18: Casos confirmados de Meningites, por etiologia, Campo Grande, MS, 2005-2012. ........................................................................................................................... 55 Tabela 19: Casos confirmados de Meningite, segundo etiologia e faixa etária, residente em Campo Grande, MS, 2005-2012. ........................................................................... 56 Tabela 20: Situação da Tuberculose no Município de Campo Grande – MS/ 2009 – 2012. ........................................................................................................................... 57 Tabela 21: Casos novos de tuberculose residentes por faixa etária. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. ............................................................................................................. 57 Tabela 22: Casos novos de tuberculose residentes por sexo. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. ........................................................................................................................ 58 Tabela 23: Situação da hanseníase no município de Campo Grande – MS / 2009 a 2012. ................................................................................................................................... 58
16
Tabela 24: Casos novos de hanseníase residentes por faixa etária. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. ............................................................................................................... 58 Tabela 25: Casos novos de hanseníase residentes por sexo. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. ........................................................................................................................ 59 Tabela 26: Número de casos de AIDS, por faixa etária, sexo e ano de diagnóstico.Campo Grande, 2005-2012. ...................................................................... 60 Tabela 27: Número de casos de AIDS, por categoria de exposição, sexo e ano de diagnóstico. Campo Grande, 2005-2012. ..................................................................... 60 Tabela 28: Número de óbitos por AIDS, por faixa etária, sexo e ano de diagnóstico.Campo Grande, 2005-2012. ...................................................................... 61 Tabela 29: Casos notificados de DST e outras doenças transmissíveis, em residentes de Campo Grande, MS, 2005 a 2012................................................................................ 61 Tabela 30: Casos notificados e confirmados de dengue, Campo Grande, 1999 a 2012. 72 Tabela 31: Sorotipos de dengue isolados, por ano, Campo Grande, MS, 1999 a 2012*. ................................................................................................................................... 74 Tabela 32: Casos de LV conforme classificação final, incidência e letalidade, Campo Grande, MS, 2005 a 2012. ........................................................................................... 77 Tabela 33: Distribuição dos casos autóctones por faixa etária, Campo Grande, MS, 2005 a 2012. ........................................................................................................................ 79 Tabela 34: Distribuição dos óbitos por faixa etária, Campo Grande, MS, 2005 a 2012. 80 Tabela 35: Série Histórica dos agravos relacionados à Saúde do Trabalhador residentes em Campo Grande-MS, 2009 a 2012........................................................................... 84 Tabela 36: Histórico da Cobertura Vacinal, Campo Grande, MS, 2004-2012............... 85 Tabela 37: Média do Índice ceo-d, CPO-D e proporção dos componentes em relação ao ceo/CPO total, segundo grupo etário e domínios da pesquisa, na Região CENTRO-OESTE. Brasil, 2010. .................................................................................................. 87 Tabela 38: Número de exames realizados 2005-2013, por mês do respectivo ano, Campo Grande- 2013. ............................................................................................... 101
17
Lista de Figuras
Figura 1: Mapa ilustrativo da localização do Município de Campo Grande-MS, 2013. 32 Figura 2: Mapa ilustrativo da Divisão da Sede Urbana do Município de Campo Grande – MS, 2013 ................................................................................................................. 32 Figura 3: Mapa ilustrativo da Divisão por Distritos Sanitários do Município de Campo Grande – MS, 2013 ..................................................................................................... 33 Figura 4: Evolução do crescimento Populacional de Campo Grande e MS, no período de 1970 a 2010. ............................................................................................................... 38 Figura 5: Composição da população residente, por sexo, segundo os grupos de idade em Campo Grande. Período 2000 - 2010........................................................................... 40 Figura 6: Número de nascidos vivos, por peso, Campo Grande, 2012. ......................... 42 Figura 7: Razão de Mortalidade Materna por 100.000 nascidos vivos, Campo............. 47 Figura 8: Coeficiente de Mortalidade Infantil, Campo Grande – MS 2002-2012 .......... 49 Figura 9: Coeficiente de mortalidade fetal, 2002-2012, Campo Grande, MS................ 49 Figura 10: Freqüência de casos de Varicela, por faixa etária, Campo Grande, MS, 2005-2012. ........................................................................................................................... 51 Figura 11: Casos notificados de Doenças Exantemáticas, residentes em Campo Grande,MS, 2005-2012. .............................................................................................. 52 Figura 12: Casos notificados de Hepatites Virais, segundo etiologia, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012. ................................................................................. 53 Figura 13: Casos confirmados de Hepatites Virais,segundo etiologia e faixa etária,Campo Grande, MS, 2005- 2012 ....................................................................... 54 Figura 14: Casos de óbitos por Meningite,segundo etiologia, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012. ............................................................................................. 55 Figura 15: Casos confirmados de Meningite, segundo faixa etária, 2005-2012. ........... 56 Figura 16: Incidência de Sífilis Congênita, Campo Grande, MS, 2006-2012. ............... 63 Figura 17: Quantitativo de Óbitos por Capítulo da CID 10 e Causas, Campo Grande, MS, 1997 a 2012 ......................................................................................................... 64 Figura 18: Quantitativo de Óbitos das Doenças do Aparelho Circulatório, por grupos e Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. ..................................................................... 65 Figura 19: Quantitativo de Óbitos das Neoplasias (Cap. II), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. ...................................................................................................... 66 Figura 20: Quantitativo de Óbitos das Causas Externas (Acidentes de Transporte Terrestre e Outros Acidentes), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. ................ 67 Figura 21: Quantitativo de Óbitos das Causas Externas (Quedas, Envenenamentos e Outros Acidentes), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. ................................. 68 Figura 22: Quantitativo de Óbitos das Causas Externas (Violências), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. .......................................................................................... 69 Figura 23: Taxa de Mortalidade Prematura (< 70 anos) * por 100.000 habitantes, número absoluto e número total das quatro principais Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT (Doenças do Aparelho Circulatório, Câncer, Diabetes e Doenças Respiratórias Crônicas). ................................................................................ 70 Figura 24: Casos de Dengue por mês de início dos sintomas ....................................... 73 Figura 25: Casos notificados de Dengue e Limiar endêmico da Dengue em Campo Grande/MS – 2011-2012. ............................................................................................ 73
18
Figura 26: Casos notificados de Dengue por SE, Campo Grande. MS, 2011/2012. ...... 74 Figura 27: Resultados de Isolamento viral para Dengue por sorotipos, Campo Grande-MS, 2012. ................................................................................................................... 75 Figura 28: Casos de Dengue por faixa etária, 2012. ..................................................... 75 Figura 29: Avaliação do Risco por Percentil individual, Dengue, Campo Grande, 2012. ................................................................................................................................... 76 Figura 30: Incidência e letalidade por Leishmaniose Visceral em Campo Grande, MS, período 2006 a 2012. ................................................................................................... 78 Figura 31: Casos confirmados de Leishmaniose Visceral autóctones, 2006 a 2012. ..... 78 Figura 32: Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção Para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL – 2006 a 2011 .......................................................... 82 Figura 33: Percentual de Diabetes( >18 anos) que referem diagnóstico médico de Diabetes, por sexo, Campo grande/MS, Vigitel, 2006-2011......................................... 83 Figura 34: Percentual de adultos fumantes, por sexo, Vigitel, Campo Grande-MS. ...... 83 Figura 35: Mapa ilustrativo da Rede de Saúde Municipal - SESAU............................. 91 Figura 36: Série histórica anual de número de exames realizados 2005-2013 (atual), Campo Grande, 2013. ............................................................................................... 100 Figura 37: Disposição Geográfica dos Hospitais........................................................ 102
19
Siglas e Abreviações
ACE – Agente de Controle Endemias;
ACS – Agente Comunitário de Saúde;
AF – Assistência Farmacêutica;
AiBi – Método de Pesquisa Científica;
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
APAE – Associação de Pais e Amigos dos Especiais;
ARV – Antiretroviral;
ASP – Agente de Saúde Pública;
ATG – Acidente de Trabalho Grave;
ATMB – Acidente de Trabalho com Exposição à Material Biológico;
CAB – Coordenação da Atenção Básica;
CAPPT – Centro de Apoio Psicossocial Pós-trauma;
CAPS – Centro de Apoio Psicossocial;
CAPS AD – Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas;
CCZ – Centro de Controle de Zoonoses;
CEAM – Centro de Atendimento à Mulher;
CEDIP – Centro de Doenças Infecto-parasitárias;
CEI – Centro de Especialidades Infantil;
CEINF – Centro de Educação Infantil;
CEM – Centro de Especialidades Municipal;
CEMED – Centro Médico;
CENORT – Centro Ortopédico;
CEO – Centro de Especialidade Odontológica;
CER – Centro Especializado em Reabilitação;
CID – Classificação Internacional de Doenças;
COAP – Contrato Organizativo de Ação Pública;
COPIS – Coordenação de População e Indicadores Sociais;
CRF – Conselho Regional de Farmácia;
CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais;
CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária;
CRO – Conselho Regional de Odontologia;
20
CRS – Centro Regional de Saúde;
CRSH – Centro de Referência a Saúde do Homem;
CSR – Coordenadoria de Supervisão da REMUS;
CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento;
D.O. – Diário Oficial
DANT – Doenças e Agravos Não Transmissíveis;
DAS – Diretoria de Assistência à Saúde;
DCC – Dengue Com Complicações;
DCNT – Doenças Crônicas Não Transmissíveis;
DECAT – Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e
Proteção ao Turista;
DECON – Delegacia de Defesa do Consumidor;
DEFURV – Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de
Veículos;
DENV – Sorotipo Viral;
DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho;
DPE – Diretoria de Pesquisas;
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis;
DTA – Doença de Transmissão Alimentar e Hídrica;
EACS – Estratégia Agentes Comunitários de Saúde;
EAPV – Evento Adverso Pós-Vacinal;
ESF – Estratégia de Saúde da Família;
FHD – Febre Hemorrágica da Dengue;
FUNCRAF – Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-
faciais;
GEADD – Gerencia de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica;
H1N1 – Sorotipo Viral;
HRMS – Hospital Regional de Mato Grosso do Sul;
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
IDB – Indicadores e Dados Básicos do Brasil;
IDH – Índice de desenvolvimento Humano;
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal;
IE – Intoxicação Exógena;
IMTI – Instituto Municipal de Tecnologia da Informação;
21
IPED – Instituto de Pesquisa Ensino e Diagnóstico;
LACEN – Laboratório Central/SES
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias;
LER – Lesão por Esforço Repetitivo;
LIRAa – Levantamento do Índice Rápido para Aedes aegypti;
LOA – Lei Orçamentária Anual;
NASF – Núcleo de Apoio a Saúde da Família;
NPV – Núcleo de Prevenção a Violência;
NS1 – Teste de Diagnóstico de Dengue – Isolamento Viral;
OMS – Organização Mundial de Saúde;
OPAS – Organização Panamericana da Saúde
PAIR – Perda Auditiva Induzida por Ruídos;
PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde;
PLANEJASUS – Sistema de Planejamento do SUS;
PMAQ-AB – Programa Nacional de Melhoria e Acesso da Qualidade na
Atenção Básica
PMCG – Prefeitura Municipal de Campo Grande;
PMS – Plano Municipal de Saúde;
PMS – Plano Municipal de Saúde;
PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio;
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento;
PPA – Plano Plurianual;
PPI – Programação Pactuada Integrada da Assistência
PROCON – Superintência de Proteção e Defesa do Consumidor;
RAG – Relatório Anual de Gestão;
REMAV – Rede Municipal de Alta Velocidade;
RH – Recursos Humanos;
RMM – Razão de Mortalidade Materna;
RSS – Resíduos dos Serviços de Saúde;
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;
SEMADUR – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Urbano;
SES – Secretaria de Estado de Saúde;
SESAU – Secretaria Municipal de Saúde;
22
SESFACS – Serviço de Supervisão da Estratégia de Saúde da Família e
Agentes Comunitários;
SESNOT – Serviço de Supervisão e Normatização Técnica;
SIA/DATASUS – Sistema de Informações Ambulatoriais/Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde;
SIM – Sistema de Informação de Mortalidade;
Sinan NET – Sistema de Informação de Agravos de Notificação;
SINASC – Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos;
SISREG – Sistema de Regulação;
ST – Sem Transmissão;
SUS – Sistema Único de Saúde;
SVS – Secretaria de Vigilância Sanitária;
TARMS – Técnicos Auxiliares de Regulação Médica;
TE – Transmissão Esporádica;
TI – Transmissão Intensa;
TM – Transmissão Moderada;
TM – Transtorno Mental Relacionado ao Trabalho;
TPD – Técnico em Prótese Dentária;
UBS – Unidade Básica de Saúde;
UBSF – Unidade Básica de Saúde da Família;
UBV – Ultra Baixo Volume;
UCDB – Universidade Católica Dom Bosco;
UERD – Unidade Especializada em Reabilitação e Diagnóstico;
UF – Unidade da Federação;
UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas;
UPA – Unidade de Pronto Atendimento;
URR – Unidade de Resposta Rápida;
USF – Unidade de Saúde da Família;
VOIP – Sistema de Telefonia;
23
Missão
“Garantir a assistência humanizada em
todos os níveis de atenção, com resolutividade nos
serviços, redução do tempo de espera para o
atendimento, o que permitirá maior qualidade de vida
aos cidadãos campograndenses, com estabelecimento
de um estreito canal de comunicação entre a gestão e a
sociedade no que tange os assuntos relacionados à
política de saúde para fortalecimento de uma gestão
efetivamente participativa”.
“Concepção da Missão da SESAU, segundo os Conselhos Locais de Saúde”.
(Seminário Caminhos da Gestão Participativa - Construindo o Plano Municipal de
Saúde, 2014)
24
Introdução
A Gestão Municipal de Campo Grande – MS, traduz no planejamento as
iniciativas imprescindíveis e norteadoras para definir a Política Pública no setor
saúde, utilizando os instrumentos de planificação do SUS, alinhados com as
legislações vigentes. A legitimidade do Sistema Único de Saúde (SUS) é
manifestada pelo seguimento dos princípios doutrinários e organizativos,
enfocando a atenção integral e participação do controle social, como diretrizes
necessárias para a organização das ações e serviços.
Para o Planejamento em Saúde, além da Constituição Federal de 1988 e
da Lei Orgânica do SUS, a Lei nº 8.080 e a 8.142/1990, são definidas normas
complementares a partir de uma gama de Portarias Ministeriais, que tratam do
Planejamento em Saúde e da Gestão Participativa, delineando instrumentos e
modos operantes de trabalho.
O Plano Municipal de Saúde (PMS) de Campo Grande/MS 2014-2017,
apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), em construção
conjunta com o CMS, alinha as políticas de saúde com o plano de governo
deste período, concentrando em diretrizes que visam a humanização no
atendimento a população e na obtenção de indicadores que exprimam
qualidade na atenção à saúde, além de proporcionar acesso e integralidade de
serviços nos diversos níveis de atenção.
Neste âmbito, o documento constituiu-se em expressão das políticas e
dos compromissos assumidos nesta área, considerando os anseios do controle
social. A construção compartilhada com os diversos atores para a feitura do
Plano Municipal de Saúde - PMS - 2014-2017 e o alinhamento à Programação
Plurianual – PPA foram decisões de gestão, amparadas nas legislações
vigentes.
A harmonia desses instrumentos foi um trabalho técnico, entendendo que
estas peças são indissociáveis quando procuramos a real possibilidade de
expressar os anseios populares, a construção coletiva, e a transparência das
ações. Estas, estruturadas em um diagnóstico voltado para a realidade atual,
atendendo as necessidades de saúde dos munícipes, a aspirações para o setor
e os resultados a serem buscados em períodos definidos.Temos a certeza de
25
que esta articulação, embora exija tempo, esforço de todos os segmentos
(usuários, gestores e trabalhadores) foi necessária para construir este
documento.
Este Plano tem como estruturação cinco grandes Programas, que estão
alinhados a programação Plurianual. O fortalecimento da atenção básica, pela
própria concepção desta, constitui-se em objetivo primordial e aparece como
primeira sinalização, por se tratar daquela atenção prestada perto do domicílio
das pessoas, onde o acesso, o vínculo e a continuidade do cuidado estão
presentes no cotidiano das equipes e das famílias.
Neste sentido, a expansão da Estratégia de Saúde da Família com novas
construções de unidades de saúde, constituição de novas equipes, fomento de
estratégias como os Núcleos de apoio à saúde da Família, Pólos de academia,
são destacadas, além de assegurar medidas de promoção, prevenção e
recuperação da saúde bucal dos munícipes. Ainda, estratégias como a
proposição do terceiro turno, ampliando acesso e permitindo principalmente, a
população trabalhadora a atenção à saúde vem oportunizar benefícios a
população. Outras propostas como o Consultório na Rua são inovadoras e
visam a inclusão de vulneráveis. A qualidade da atenção também foi enfocada
pela participação das equipes no PMAQ-AB em um enfoque de gestão
resolutiva.
A implementação da rede de serviços da média e alta complexidade,
como segundo programa, apresenta elementos importantes, como a ampliação
do acesso a este nível de atenção, na perspectiva da integralidade e em tempo
adequado, fortalecendo a rede de urgência e emergência, com a organização
do pronto atendimento móvel e fixo. Por outro lado, a implementação do
processo de regulação de vagas também foi pontuado como de importância
para o seguimento deste usuário, ascendendo aos serviços hospitalares e de
alta complexidade, se necessário. Espera-se também uma Rede de Atenção
Psicossocial inclusiva, com foco na vulnerabilidade e acesso.
A assistência farmacêutica, o terceiro programa elencado, prevê debates
importantes como o uso racional de medicamentos, a judicialização e a própria
qualificação desta atenção no âmbito municipal. Na seqüencia, o fortalecimento
da vigilância em saúde, explicita de forma intensa a saúde do trabalhador,
26
fomenta as ações internas e intersetoriais com foco nas vigilâncias em saúde,
ambiental e sanitária.
O derradeiro Programa proposto, consiste na Modernização da Gestão
Municipal em saúde e implementação da articulação interinstitucional, e entre
outros pontos, traz desafios como a implantação de Políticas Municipais, que
exigirá um forte estreitamento com a sociedade e controle social no sentido de
atualizar conceitos, introduzir elementos em questões ligadas a Humanização,
Recursos Humanos, Integração Ensino-Serviço e Educação permanente. Neste
tópico, está proposto para a Secretaria Municipal nestes quatro anos de
vigência do Plano, um forte movimento ligado ao Planejamento em saúde em
todas as instâncias de gestão, com foco no monitoramento, avaliação e
resultados.
Outros pontos que corroboram a proposta apresentada de um modelo de
atenção integral e resolutivo, são as indicações sobre as Redes de Atenção
que transversalizam os Programas apresentados, como as Redes: Cegonha,
Urgência e Emergência, Psicosssocial e de Deficiência.
Contextualiza-se também o Contrato Organizativo de Ação Pública –
COAP, que tem forte componente de Regionalização e pactuações, por meio
da PPI – Pactuação Programada e Integrada, que consiste no planejamento
das ações de saúde para a população residente em cada território e efetuados
os pactos para garantia de acesso da população aos serviços de saúde,
organizando os fluxos de referenciamento, que para Campo Grande tem
grande importância, devido aos recursos de oferta de serviços e a ligação
direta com financiamento do setor.
27
Metodologia
Para a construção do Plano Municipal de Saúde, as seguintes etapas
foram seguidas:
28
As etapas acima descritas objetivaram a construção coletiva, tendo em
vista o estabelecimento da Comissão de Elaboração do Plano, com
representação dos segmentos de gestores, trabalhadores e usuários,
permitindo dar visibilidade ao processo de gestão participativa na construção
do processo, ainda, considerando, em especial, a efetiva participação do
Conselho Municipal de Saúde, por meio da mesa diretora. É importante
considerar que a Comissão de Controle Social do CMS teve amplo acesso aos
debates.
A Equipe Técnica da DGPS/SESAU por meio da representação nesta
Comissão de Elaboração, oportunizou paralelamente os debates dentro do
ambiente de gestão ( junto a todos os setores), alinhando as propostas ao
Plano de Governo para os quatro anos ( PPA e PAS).
A estrutura do PMS foi então definida por eixos, com esquema
representativo, a seguir:
O primeiro eixo contém uma densa análise crítica e reflexiva sobre o a
situação de saúde do Município, demonstrada por uma leitura do diagnóstico
situacional, traduzida por aspectos diversos, delineados num vasto
levantamento demográfico, sócio-econômico, epidemiológico, sanitário e
ambiental. Enfatiza-se a Atenção Integral à Saúde, no qual são apresentados
indicadores situacionais típicos do Modelo de Atenção, englobando a
assistência, desde o nível primário até a média e alta complexidade
ambulatorial e hospitalar, como também trazendo as informações relativas às
ações de Vigilância em Saúde, que integram o cuidado com a população.
Outro ponto importante e de fundamental interesse consistiu na
explanação sobre a rede de serviços de saúde presentes na Capital, com
quadro síntese e descritivo sobre a organização dentro do território e a
interface com a regionalização.
O segundo eixo, traz a necessidade sentida pela população a respeito
de determinantes e condicionantes de saúde, que fazem interface intersetorial
e estão vinculadas as políticas públicas, de integração do setor de saúde com
outros setores, utilizando o conceito ampliado de Saúde, que traduz-se como
resultante das próprias condições de vida de indivíduos e população.
Para atingir este objetivo utilizamos o questionário intitulado ¨Perfil de
Necessidades Locais quanto as principais Políticas Públicas¨ aplicado no
29
Seminário ¨ Caminhos da Gestão Participativa ¨ onde os Conselheiros Locais
tiveram a oportunidade de expressar suas necessidades sentidas no território
que moram e vivem.
No terceiro eixo são trazidos os elementos que norteiam o Modelo de
Gestão da Saúde em Campo Grande/MS, considerando o Sistema Municipal
de Saúde, que se conforma num conjunto de ações e serviços que procuram
atender as demandas dos munícipes e de população referenciada de todo o
Estado.
Na sequência, o PLANO efetiva o Planejamento, no sentido de propor
macro programas, e parte para atender a estes, formulando Diretrizes,
Objetivos, e Metas, que estão alinhadas com a proposta de governo, a
Programação Plurianual e as Diretrizes do Contrato Organizativo de Ação
Pública - COAP.
Como fechamento dessa seção, declara-se também o propósito do
Monitoramento e Avaliação do PMS como recurso de sua factibilidade,
amparado em revisão periódica, retroalimentação das informações e
redimensionamento de seus compromissos.
Inova-se neste momento em propor intenções quanto as ações a serem
pontuadas em nível de Planejamento/SESAU, em compartilhamento com o
CMS, de propor diretrizes para subsídio do Plano do próximo quadriênio, que
será encadeado na lógica de avaliação, sustentabilidade e do fortalecimento
do SUS, no que rege as legislações vigentes. Esta propositiva dará ao novo
ciclo de gestão a transparência necessária para a tomada de decisão quando
da estruturação do Plano a seguir, dentro de uma concepção técnica.
Plano de Saúde Eixo Norteador: Condições de saúde da População –
Concentram os compromissos e responsabilidades exclusivas do setor saúde
Eixo Norteador: Determinantes e Condicionantes – Concentra medidas compartilhadas ou sob a coordenação de outros setores
***Intersetorialidade**
Eixo Norteador: Gestão em Saúde – Medidas que se configuram essenciais à melhoria e/ou aperfeiçoamento da
gestão (RH/ Participação Social / Infra-
Medidas Intersetoriais que se configuram determinantes e/ou condicionantes de saúde
Integração do setor saúde nos espaços de formulação,
Análise Situacional – Identificação, formulação, e priorização de problemas, com o objetivo de definir medidas a serem adotadas.
Dados Demográficos: crescimento pop./ índice de envelhecimento; estrutura etária da pop/; taxa de fecundidade;
mortalidade proporcional por idade/esperança de vida ao nascer/
Dados Sócios Econômicos: a razão de renda/a taxa de desemprego/ os níveis de escolaridade/taxa de
analfabetismo/IDH
Dados Epidemiológicos: Mortalidade por grupo de causa, segundo raça, sexo e faixa etária/mortalidade segundo raça, sexo
e faixa etária/ identificação de grupos vulneráveis ou de
Vigilância em Saúde: Atuação voltada a eliminar, diminuir, controlar ou prevenir doenças, agravos e riscos à saúde, bem como a intervenção nos problemas sanitários decorrentes do
Atenção Básica: Organização e Funcionamento com destaque para aspectos ligados ao acesso às ações e serviços de saúde/ESF e a qualidade e humanização do atendimento
Assistência Ambulatorial Especializada: Destaque para oferta e demanda de serviços/incorporação tecnológica/articulação de fluxos entre os diferentes níveis assistenciais, a resolubilidade e
Assistência de Urgência e Emergência: Ênfase na estrutura física e tecnológica/ atendimento pré hospitalar/qualificação da
equipe profissional/disponibilidade de transporte/UPA e
Assistência Hospitalar: Analisar a organização e o funcionamento dos serviços próprios e o perfil dos
estabelecimentos conveniados, com destaque para o porte, o
Assistência Farmacêutica: Acesso ao elenco básico e o fornecimento dos medicamentos excepcionais, até o
financiamento.
Planejamento: Analisar a estrutura, a organização e operacionalização do processo de planejamento.
Descentralização/ Regionalização: Estratégia de coordenação de promoção da equidade, funcionamento da comissão
intergestora/participação do colegiado regional/TCG/desenho das
Financiamento: Analisar o gasto público total; execução orçamentária e financeira; fundo de saúde e critério de
regulamentação do financiamento
Participação Social: articulação entre gestores e Cons. Saúde/resolução e deliberação dos CS e Conferencias de Saúde/
Condições de funcionamento dos CS e movimentos sociais.
Gestão do Trabalho em saúde: composição das equipes/tipos de vínculos/mecanismo de negociação com os profissionais de
saúde/plano de cargos e carreiras/identificar os principais prob de
Educação em Saúde: analisar os processos de educação em saúde e identificar os mecanismos de cooperação técnica e de
articulação com instituição de ensino, de serviços e de
Informação em saúde: Analisar os bancos de dados existentes (alimentação/qualidade/produção). Identificar as diferentes fontes de dados disponíveis e verificar a compatibilização dos diferentes
Infra-estrutura: Analisar os recursos logísticos, a rede física e os projetos de investimentos.
Formulação de Programas, Diretrizes, Objetivos e Metas
31
Análise Situacional
Localização Geográfica
De acordo com o Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Campo Grande está localizado
geograficamente na porção central do Estado do Mato Grosso do Sul, com
área da unidade territorial (km²) em 8.092,951, ocupando cerca 2,26% da área
total com a maior densidade demográfica do Estado, com 97,22 habitantes por
km², limitado pelos municípios de Jaraguari, Rochedo, Nova Alvorada do sul,
Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia e Terenos.
Ainda, composto por dois distritos, sendo estes Anhanduí e Rochedinho,
sendo que, a sede municipal se divide em, sete regiões urbanas, as quais são
compostas por 77 bairros ( SAUER ET AL., 2012).
O município conta também, com vários assentamentos rurais
implantados, tais como: Nova Era, Terra Boa, Pantanal, Assafi, Conquista,
Sucuri, Só Alegria, São Luiz, Universal, Três Corações, e Vale do Sol.
A seguir, apresentamos 03 mapas, a saber: Mapa ilustrativo da
localização do Município de Campo Grande, Mapa ilustrativo da Divisão da
Sede Urbana do Município de Campo Grande, Mapa ilustrativo da Divisão por
Distrito Sanitário do Município de Campo Grande,
32
Figura 1: Mapa ilustrativo da localização do Município de Campo Grande-MS, 2013.
Figura 2: Mapa ilustrativo da Divisão da Sede Urbana do Município de Campo Grande – MS, 2013
33
Figura 3: Mapa ilustrativo da Divisão por Distritos Sanitários do Município de Campo Grande – MS, 2013
34
Perfil Socioeconômico
O perfil socioeconômico permite a área da saúde compilar dados de
grande amplitude que podem ser usados no sentido da proposição de oferta
de serviços ligadas ao princípio da equidade, pois permite um planejamento
estratégico que beneficia a população de forma a atender prioridades. Isto se
deve a utilização do próprio conceito ampliado de saúde, que é interpretado
como resultante de condições de vida.
Nesta linha, em relação a renda per capita, esta é obtida pela soma
do rendimento nominal mensal das pessoas de 10 anos ou mais residentes em
domicílios particulares e coletivos,dividida pelo total de pessoas residentes
nesses domicílios. Baseados neste conceito, Campo Grande apresentou renda
per capita de R$ 867,76 ( SISGRAN, 2012).
Taxa de Desemprego
A proporção (%) da população residente economicamente ativa de 16
anos e mais que se encontra sem trabalho na semana de referência, em
determinado espaço geográfico, no ano considerado, define a taxa de
desemprego. Define-se como População Economicamente Ativa (PEA) o
contingente de pessoas com 10 ou mais anos de idade que está trabalhando
ou procurando trabalho. Para este indicador, considerou-se apenas a
população com 16 anos ou mais ( SISGRAN, 2013).
Neste contexto, Campo Grande apresenta resultados importantes para
a última década, como demonstra a figura a seguir: em 1991 – 3,08, em 2000-
14,19 e 2010 – 6,22.
35
Níveis de Escolaridade
A taxa de alfabetização no ano de 2010, demonstra que 95% da
população campograndense independente do sexo é alfabetizada, não
havendo uma variação considerável entre sexo ( considerando pessoas com 05
ou mais anos de idade). Entretanto, na população idosa observa-se que os
homens alfabetizados correspondem 85,1%, enquanto as mulheres
representam 80,3%, conforme demonstra a tabela. Vale destacar que 31,1%
freqüentam a escola, enquanto apenas 7,2% nunca freqüentaram escola.
36
Tabela 1: Taxa de Alfabetização da população de Campo Grande, por sexo e grupo de idades.
Faixa Etária Homens Mulheres Total 5 a 14 anos 88,9 90,1 89,5
15 a 64 anos 97,4 97,3 97,4
65 ou mais anos 85,1 80,3 82,4
Total 95,1 94,8 95,0 Fonte: IBGE – Censo demográfico – 2010.
O indicador taxa de alfabetização, também apresenta uma forte
associação com o índice de exclusão social, onde registra os menores
percentuais de população alfabetizada na periferia da cidade, sendo os bairros
Los Angeles (90,2%), Lageado (90,5%) e Noroeste (90,8%) as piores taxas de
alfabetização ( SAUER ET AL, 2012).
Enquanto os bairros que compõem a região Centro e o entorno
apresentam as maiores taxas de alfabetização de Campo Grande, sendo o São
Bento e o Bela Vista (99,3% ambos) as melhores, indicando que um caminho
para a melhoria das condições desta população ainda passa por esforços
maciços nesta área.
IDH
Em 2013, o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH foi calculado com
base nos dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Campo Grande teve a melhor colocação do
Estado em relação ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento –
PNUD, divulgado em 2003, saltou da 509ª posição entre as cidades brasileiras
para a 100ª neste ano na posição do ranking entre as cidades brasileiras,
classificada com Alto Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM
0,784 9 ( PNUD, 2013).
No componente educação, apresentou um IDH de 0,724, considerado
elevado. Na dimensão renda o IDH do município assumiu o valor de 0,790 e na
dimensão longevidade o índice foi de 0,844.
37
Perfil Demográfico
Considerando o Censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, a população campo-grandense atingiu um total
de 786.797 pessoas, seguido de um importante crescimento populacional de
5,6 nos últimos 40 anos. Apresenta densidade demográfica de 97,22 (hab/km²).
O município é responsável por 32% da população do Estado do Mato
Grosso do Sul, destes, 776.242 habitantes reside na zona urbana do município
e 10.555 habitantes são residentes na zona rural, o que corresponde uma taxa
de urbanização de 38,7%, é considerado no cenário nacional como a 17º
capital em volume populacional.
38
Estima-se que a população de 2013 atinja 832.352 habitantes ( IBGE,
2013).
Entre os anos de 2000 e 2010, a taxa média geométrica de crescimento
anual atingiu 1,72%, sendo a mais baixa observada desde 1970, como
demonstra a figura abaixo, onde o crescimento vem desacelerando.
Figura 4: Evolução do crescimento Populacional de Campo Grande e MS, no período de 1970 a 2010.
Estrutura Etária da População
A população Campograndense até o início dos anos 80 tinha como
característica uma população predominantemente jovem, produto da alta taxa
de fecundidade ( PLANURB, 2012). Na década de 2000 a idade média da
população foi de 25,7 anos e alcançou em 2010 a idade média de 31,7 anos,
permitindo verificar um acréscimo de 06 anos.
Nesta seara, o envelhecimento da estrutura etária da população,
evidenciado pelo índice de envelhecimento, apresentou consideráveis
mudanças, em 2000 expressou um índice de 16,9% e em 2010 já atinge
29,6%.
39
A atenção integral a saúde da pessoa idosa deve ser planejada na
perspectiva da linha de cuidado, na articulação intra e intersetoriais e na
promoção do envelhecimento ativo e saudável a fim de desenvolver ações
voltadas a população idosa e a sociedade , buscando a necessidade de
mudança de estilo de vida qualificando a saúde e conseqüentemente
melhorando os indicadores.
Outro ponto é a razão de sexo, que consiste em importante indicador,
pois denota o equilíbrio dos sexos em uma dada população, a medida que há
uma divisão proporcional entre homens e mulheres.
O Censo Demográfico ( IBGE, 2010), por meio dos dados obtidos,
confirmou que para cada 100 mulheres, havia em Campo Grande 94,05
homens, retratando a continuidade do predomínio da população feminina na
composição por sexo, conforme demonstra a figura abaixo.
Ainda, o estreitamento ocorrido na base da pirâmide aponta para a
redução do contingente das crianças e adolescente e jovens com idade de até
19 anos, e o crescimento da população idosa acima de 70 anos
correspondente a 4,3% da população.
A idade média da população campograndense em 2010 corresponde a
31,7 anos, evidenciado no índice de envelhecimento da população.
40
Figura 5: Composição da população residente, por sexo, segundo os grupos de idade em Campo Grande. Período 2000 - 2010.Taxa de Fecundidade
Campo Grande vem apresentando um declínio da taxa de fecundidade
nas últimas décadas, refletindo a mudança no país advinda da urbanização e a
inserção da mulher no mercado de trabalho e a nova posição desta na
sociedade. No ano de 2010, houve registro de 1.8 filhos por mulher, como
demonstra a tabela abaixo, em dados dos anos de 1991, 2000, 2010.
Intensas ações na área da saúde da mulher com foco na prevenção e
promoção devem ser consideradas, principalmente na atenção Pré-natal e
Planejamento familiar.
Tabela 2: Taxa de fecundidade da População de Campo Grande referente ao período 1991-2007.
Ano Taxa de Fecundidade 1991 2,6
2000 2,1
2010 1,8
Fonte: IBGE – Censo demográfico 1999, 2000 e 2010.
41
Perfil dos Nascidos Vivos
O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) em Campo
Grande/MS registrou a ocorrência de 13.547 nascimentos no decorrer do ano
de 2012, predominando o sexo masculino com 6.849 (50,56%) dos
nascimentos, seguido pelo sexo feminino 6.696 (49,43%) e 02 ignorados
(0,01%).
Tabela 3: Freqüência por ano do nascimento segundo sexo, residência Campo Grande-MS, 2008-2012. Sexo 2008 2008% 2009 2009% 2010 2010% 2011 2011% 2012 2012%
Masc 6527 50,89 6269 50,63 6547 51,14 6654 51 6849 50,56
Fem 6297 49,1 6114 49,37 6253 48,85 6391 48,99 6696 49,43
Ign 2 0,02 0 0 1 0,01 1 0,01 2 0,01
Total 12826 100 12383 100 12801 100 13046 100 13547 100
Fonte: SINASC/CVE/DVS/SESAU
O tipo de parto que predominou em 2012 foi cesárea em 8.786 (64,86%)
nascimentos, em detrimento do parto vaginal 4.758 (35,12%). Tal situação
demonstra ainda a preferência da cesárea nos hospitais, que pode trazer
benefícios à gestante e ao recém-nascido quando bem indicada, mas quando
usada indiscriminadamente pode resultar em riscos para a mãe ou para o feto.
A série histórica de tipo de parto (05 anos) mostra que o perfil é o
mesmo descrito acima, com predomínio de cesáreas. Com o advento da rede
cegonha e a sensibilização dos profissionais, especialmente dos Médicos,
talvez consigamos mudar esse panorama. Tabela 4: Freqüência por Ano do Nascimento segundo Tipo de Parto, residência Campo Grande-MS, 2008-2012 Tipo de Parto 2008 2008% 2009 2009% 2010 2010% 2011 2011% 2012 2012%
Vaginal 4773 37,21 4623 37,33 4813 37,6 4679 35,87 4758 35,12
Cesário 8053 62,79 7760 62,67 7988 62,4 8367 64,13 8786 64,86
Ign 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0,02
Total 12826 100 12383 100 12801 100 13046 100 13547 100
Fonte: SINASC/CVE/DVS/SESAU
42
Dos nascimentos ocorridos em Campo Grande/MS em 2012, 8.597
(63,46%) nasceram com peso entre 3000g a 3999g, 3281 (24,22%) com peso
2500g a 2999g.
Figura 6: Número de nascidos vivos, por peso, Campo Grande, 2012.
Estudos apontam que quanto maior o peso ao nascer, menor a taxa de
mortalidade perinatal. Portanto, o baixo peso ao nascer é apontado como um
fator de risco para a mortalidade perinatal, como é o caso dos 949 (7,01%)
recém-nascidos com baixo peso ao nascer, 94 (0,69%) com muito baixo peso e
67 (0,49%) com extremo baixo peso. Tal dado revela a necessidade de
estabelecermos políticas públicas com vistas a melhorar a qualidade do pré-
natal e da assistência ao parto. Tabela 5: Freqüência por Ano do Nascimento segundo Peso ao Nascer(6), residência Campo Grande-MS, 2008-2012. Peso ao Nascer(6) 2008 2009 2010 2011 2012
De 0g a 999g 73 59 64 66 67
De 1000g a 1499g 105 103 97 99 94
De 1500g a 2499g 864 869 918 914 949
De 2500g a 2999g 3078 2999 3119 3221 3281
De 3000g a 3999g 8203 7841 8043 8221 8597
4000g e+ 500 512 560 524 558
Ign 3 0 0 1 1
Total 12826 12383 12801 13046 13547
Fonte: SINASC/CVE/DVS/SESAU
43
Com relação a faixa etária da mãe, prevalece 21 a 30 anos de idade nos
cinco anos analisados, mas preocupa a faixa etária entre 10 a 14 anos e 15 a
20 anos.
Alguns estudos revelam que a mais alta taxa de mortalidade neonatal
está associada a mães com idade entre 10 e 14 anos ou com mais de 35 anos
de idade.
Tabela 6: Freqüência por ano do nascimento segundo idade, Campo Grande-MS, 2008-2012. Fx.Padrão Mãe
2008
2008%
2009
2009%
2010
2010%
2011
2011%
2012
2012%
10a-14 112 0,87 115 0,93 97 0,76 88 0,67 100 0,74
15-20 3090 24,09 2907 23,48 2902 22,67 2851 21,85 3103 22,91
21-30 6901 53,8 6705 54,15 6893 53,85 6955 53,31 6993 51,62
31-40 2608 20,33 2528 20,42 2767 21,62 3004 23,03 3200 23,62
41-50 115 0,9 128 1,03 142 1,11 148 1,13 151 1,11
Total 12826
100 12383
100 12801
100 13046
100 13547
100
Fonte: SINASC/CVE/DVS/SESAU
Analisando a tabela abaixo, verificamos a predominância de 7 e +
consultas no pré-natal em 2012 (8.917 – 65,82%), seguida de 4 a 6 consultas
(3.372 – 24,89%) e de 1 a 3 consultas (1.055-7,79%). Apenas em 165 casos
(1,22%) as mulheres não realizaram o pré-natal. A ausência desses cuidados
pode acarretar no aumento do risco de baixo peso ao nascer, partos
prematuros e mortalidade materna, infantil e fetal.
Tabela 7: Freqüência por ano do nascimento segundo consulta pré-natal, residência Campo Grande-MS, 2008-2012. Cons Pre-Natal
2008 2008%
2009 2009%
2010 2010%
2011 2011%
2012 2012%
Nenhuma 157 1,22 141 1,14 157 1,23 190 1,46 165 1,22
De 1 a 3 Cons 602 4,69 540 4,36 530 4,14 580 4,45 1055 7,79
De 4 a 6 Cons 2632 20,52 2495 20,15 2396 18,72 2450 18,78 3372 24,89
7 e+ Cons 9433 73,55 9205 74,34 9717 75,91 9823 75,3 8917 65,82
Ign 2 0,02 2 0,02 1 0,01 3 0,02 38 0,28
Total 12826
100 12383
100 12801
100 13046
100 13547
100
Fonte: SINASC/CVE/DVS/SESAU
44
Mortalidade
Os três primeiros grupos de causas mais freqüentes, conforme denota a
tabela a seguir, são as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias e as
causas externas ( morte por acidente e violências), causas estas, que podem
ser evitadas e os serviços de saúde devem estar alertas quanto a adoção de
medidas de prevenção e promoção à saúde.
Como dados principais, evidencia-se a mortalidade, nas tabelas a seguir:
Tabela 8: Freqüência por ano do óbito segundo causa (Cap CID10), residência Campo Grande - MS, 2008-2012. Causa (Cap CID10) 2008 2008% 2009 2009% 2010 2010% 2011 2011% 2012 2012% I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 180 4,42 161 3,79 203 4,38 164 3,69 187 4,09 II. Neoplasias (tumores) 783 19,24 787 18,51 843 18,19 844 18,98 896 19,58 III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 25 0,61 27 0,64 27 0,58 14 0,31 26 0,57 IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 201 4,94 239 5,62 242 5,22 206 4,63 222 4,85 V. Transtornos mentais e comportamentais 37 0,91 35 0,82 53 1,14 47 1,06 43 0,94 VI. Doenças do sistema nervoso 122 3 128 3,01 156 3,37 143 3,22 171 3,74 VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 2 0,05 0 0 0 0 0 0 0 0 IX. Doenças do aparelho circulatório 1207 29,66 1270 29,88 1385 29,88 1335 30,02 1357 29,65 X. Doenças do aparelho respiratório 406 9,98 528 12,42 575 12,41 561 12,62 535 11,69 XI. Doenças do aparelho digestivo 225 5,53 200 4,7 223 4,81 212 4,77 253 5,53 XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 15 0,37 10 0,24 18 0,39 19 0,43 19 0,42 XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 21 0,52 20 0,47 28 0,6 29 0,65 30 0,66 XIV. Doenças do aparelho geniturinário 92 2,26 100 2,35 104 2,24 135 3,04 109 2,38 XV. Gravidez parto e puerpério 4 0,1 7 0,16 6 0,13 7 0,16 7 0,15 XVI. Algumas afec originadas no período 95 2,33 72 1,69 89 1,92 73 1,64 63 1,38
45
perinatal XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 44 1,08 60 1,41 51 1,1 47 1,06 50 1,09 XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 39 0,96 21 0,49 42 0,91 49 1,1 67 1,46 XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,04 XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 572 14,05 586 13,78 590 12,73 562 12,64 539 11,78 Total 4070 100 4251 100 4635 100 4447 100 4576 100 Fonte:SIM/SESAU/CGR/MS
Tabela 9: Freqüência por ano do óbito segundo sexo, residência Campo Grande - MS, 2008-2012. Sexo 2008 2008% 2009 2009% 2010 2010% 2011 2011% 2012 2012%
Mas 2424 59,56 2472 58,15 2637 56,89 2590 58,24 2626 57,39
Fem 1643 40,37 1779 41,85 1998 43,11 1857 41,76 1950 42,61
Ign 3 0,07 0 0 0 0 0 0 0 0
Total 4070 100 4251 100 4635 100 4447 100 4576 100
Fonte:SIM/SESAU/CGR/MS
Tabela 10: Freqüência por ano do óbito segundo raça cor, residência Campo Grande - MS, 2008-2012
Raça Cor 2008 2008% 2009 2009% 2010 2010% 2011 2011% 2012 2012%
Branca 2233 54,86 2348 55,23 2606 56,22 2572 57,84 2510 54,85
Preta 178 4,37 166 3,9 219 4,72 221 4,97 218 4,76
Amarela 44 1,08 44 1,04 69 1,49 59 1,33 68 1,49
Parda 1552 38,13 1674 39,38 1712 36,94 1575 35,42 1743 38,09
Indígena 13 0,32 10 0,24 18 0,39 17 0,38 32 0,7
Não informado 50 1,23 9 0,21 11 0,24 3 0,07 5 0,11
Total 4070 100 4251 100 4635 100 4447 100 4576 100
Fonte:SIM/SESAU/CGR/MS
46
Tabela 11: Freqüência por ano do óbito segundo sexo, residência Campo Grande - MS, 2008-2012 Faixa Etária (13)
2008 2008% 2009 2009% 2010 2010% 2011 2011% 2012 2012%
< 01 170 4,18 153 3,6 169 3,65 132 2,97 118 2,58
01a-04 29 0,71 36 0,85 31 0,67 17 0,38 25 0,55
05a-09 19 0,47 20 0,47 12 0,26 18 0,4 17 0,37
10a-14 20 0,49 23 0,54 13 0,28 19 0,43 14 0,31
15-19 77 1,89 77 1,81 69 1,49 68 1,53 68 1,49
20-29 217 5,33 224 5,27 244 5,26 190 4,27 216 4,72
30-39 219 5,38 227 5,34 232 5,01 210 4,72 247 5,4
40-49 368 9,04 357 8,4 430 9,28 376 8,46 382 8,35
50-59 544 13,37 538 12,66 629 13,57 594 13,36 593 12,96
60-69 657 16,14 702 16,51 777 16,76 733 16,48 807 17,64
70-79 848 20,84 899 21,15 918 19,81 975 21,92 932 20,37
80 e+ 895 21,99 992 23,34 1108 23,91 1114 25,05 1155 25,24
Ign 7 0,17 3 0,07 3 0,06 1 0,02 2 0,04
Total 4070 100 4251 100 4635 100 4447 100 4576 100
Fonte:SIM/SESAU/CGR/MS
Mortalidade Materna
Morte materna é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42
dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da
localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado
pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada
morte materna a que é provocada por fatores acidentais ou incidentais.
A OPAS/OMS considera como baixa uma razão de mortalidade materna
(RMM) menor que 20 mortes por 100.000 nascidos vivos; acima de 20 e até 49,
como média; a partir de 50 até 149, avalia como alta e a partir de 150 como
muito alta. Portanto, Campo Grande/MS teve uma razão de mortalidade
materna em 2012 de 59,05/100.000 nascidos vivos, apresentando um aumento
significativo em relação aos anos anteriores e continua sendo um grande
desafio para o sistema de saúde local reduzir essas mortes, conforme
podemos observar na figura abaixo e na tabela anexa de indicadores de saúde
47
Figura 7: Razão de Mortalidade Materna por 100.000 nascidos vivos, Campo
As mortes maternas por causas obstétricas diretas respondem por
62,5% dos óbitos em 2012, predominando a faixa etária de 20 a 29 anos de
idade (75%), seguida pela de 30 a 39 anos (25%), período considerado
reprodutivo, denotando a necessidade de qualificar a atenção obstétrica, o
planejamento familiar, o pré-natal de alto risco e o acompanhamento mais
efetivo das gestantes pela atenção básica.
Tabela 12: Óbitos maternos residentes em Campo Grande, MS, 2012.
CID10 4C Cap 15 20-29 30-39 Total
O02.1 Aborto retido 0 1 1
O15.2 Eclampsia no puerpério 1 0 1
O45.0 Descolamento premat placenta c/defic coagul
1 0 1
O88.1 Embolia amniotica 1 0 1
O88.2 Embolia obstetrica p/coagulo de sangue
1 0 1
O99.5 Doenc ap respirat compl gravidez parto puerp
1 0 1
O99.8 Outr doenc afec espec compl grav parto puerp
1 0 1
F53.0 Depressão pós-parto 0 1 1
Total 6 2 8
Fonte: SIM/SESAU/CGR/MS
48
É importante ressaltar que 75% desses óbitos foram classificados como
evitáveis e apenas 25% como inevitáveis .
Mortalidade infantil Fetal
Conhecer o perfil da mortalidade infantil é fundamental para a
formulação de estratégias que permitam a sua redução, compreendendo desde
uma assistência adequada à mulher durante a gravidez, o parto e o puerpério,
até a assistência imediata ao recém-nascido e um acompanhamento eficaz das
crianças consideradas de risco.
A mortalidade infantil é classificada em mortalidade infantil neonatal (0 a
27 dias) e mortalidade pós-neonatal (28 dias até < de 01 ano). A mortalidade
infantil neonatal é, por sua vez, dividida em mortalidade infantil neonatal
precoce que compreende os óbitos ocorridos entre 0 a 6 dias de vida e em
mortalidade infantil neonatal tardia que ocorre entre 7 e 27 dias de vida. Tabela 13: Coeficiente de mortalidade infantil por 1000 nascidos vivos Campo Grande, MS, 2002 a 2012. Ano CMI CMNP CMN CMPN
2002 13,77 6,16 10,04 3,73
2003 13,99 5,53 9,35 4,59
2004 14,05 5,28 8,69 5,36
2005 13,56 6,33 9,91 3,65
2006 13,98 6,19 8,68 5,30
2007 14,09 7,57 9,69 4,40
2008 13,26 5,69 8,42 4,83
2009 12,36 5,33 7,67 4,68
2010 13,2 6,09 8,59 4,61
2011 10,12 5,44 7,59 2,53
2012 8,71 4,43 5,91 2,81
Como podemos observar no quadro acima, obtivemos uma redução
significativa no coeficiente de mortalidade infantil de Campo Grande/MS nos
anos de 2011 e 2012.
49
Em 2010 o coeficiente era de 13,20 passando para 10,12 em 2011 e
apresentando queda em 2012 (8,71). Também observamos redução relevante
dos óbitos fetais, como podemos observar na figura abaixo, o que demonstra o
impacto positivo das políticas públicas do município de Campo Grande/MS,
especialmente na área da saúde.
Figura 8: Coeficiente de Mortalidade Infantil, Campo Grande – MS 2002-2012
Figura 9: Coeficiente de mortalidade fetal, 2002-2012, Campo Grande, MS.
CMI Coeficiente de mortalidade infantil
CMNP Coeficiente de mortalidade neonatal precoce
CMN Coeficiente de mortalidade neonatal
CMPN Coeficiente de mortalidade pós-neonatal
50
Perfil Epidemiológico
Doenças Transmissíveis São apresentados aqui as doenças que tem repercutido com maior
freqüência no município.
Varicela
A varicela é uma doença de notificação obrigatória no município de
Campo Grande. O serviço de vigilância epidemiológica busca conhecer os
padrões de ocorrência da doença, detectar surtos, investigar óbitos e realizar
bloqueio dos contatos, visando impedir a disseminação da doença.
A virose pode ocorrer durante todo o ano, porém observa-se um
aumento do número de casos no período que se estende do fim do inverno até
a primavera (agosto a novembro). A faixa etária mais acometida foi a de 1 a 4
anos com 14.249 casos, seguida da faixa de 5 a 9 anos com 7.369 casos,
mostrando que a ocorrência dá principalmente nos escolares. Foram
registrados 84 surtos da doença, com predomínio em escolas. Ocorreram cinco
óbitos em criança de 1-4 anos com varicela complicada no período de 2005-
2012. Tabela 14: Casos notificados de Varicela por mês e ano, Campo Grande, MS, 2005-2012. Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
2005 6 4 3 4 7 15 29 90 124 168 127 38 615
2006 11 0 10 7 27 54 49 80 205 182 86 36 747
2007 25 6 18 16 30 78 348 660 955 832 414 128 3510
2008 63 17 32 41 70 185 310 403 620 803 347 248 3139
2009 73 42 32 63 104 219 201 141 149 197 171 119 1511
2010 24 15 18 30 82 314 473 1066 1601 1313 978 374 6288
2011 75 25 15 19 32 122 224 347 442 512 387 220 2420
2012 90 31 31 54 78 108 229 481 755 530 109 0 2496
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
51
Figura 10: Freqüência de casos de Varicela, por faixa etária, Campo Grande, MS, 2005-2012.
(Sarampo/Rubéola)
Como em todo o país, observamos um aumento nos casos notificados e
confirmados de rubéola a partir de 2006. Em 2005 tivemos 72 casos suspeitos
de rubéola, sendo apenas 1 confirmado. Em 2007 foram 166 casos suspeitos,
sendo 12 casos confirmados. Em 2008, o Ministério da Saúde realizou uma
campanha de vacinação buscando imunizar 95% da população de 20 a 39
anos. Em 2008 tivemos os últimos casos positivos de rubéola ( 3 casos ) e a
partir de então, tivemos apenas casos suspeitos.Em 2007 a faixa etária mais
acometida pela rubéola foi de 20 a 34 anos (7 casos), seguida de 15 a 19
anos (3 casos).
Em relação ao sarampo, tivemos apenas um caso confirmado em 2011,
e tratava-se de um caso importado da França em uma turista de 28 anos. O
caso foi detectado em tempo hábil e as medidas de controle pertinentes foram
adotadas impedindo, assim, a disseminação da doença.
7369
833 1196 3266926022492392
14249
02000400060008000
10000120001400016000
<1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80 e+
52
Tabela 15: Casos notificados Sarampo/Rubéola, Campo Grande, MS, 2005 – 2012. Ano SARAMPO RUBEOLA Total 2005 31 72 103 2006 23 205 228 2007 16 166 182 2008 5 162 167 2009 0 130 130 2010 0 28 28 2011 4 91 95 2012 3 65 68 Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Figura 11: Casos notificados de Doenças Exantemáticas, residentes em Campo Grande,MS, 2005-2012. Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Tabela 16: Casos notificados de Sarampo /Rubéola, por faixa etária, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012. Ano <1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 34 35 a 49 50 a 64 65 a 79 Total
2005 27 27 29 3 11 6 0 0 0 103
2006 63 78 39 12 9 20 5 2 0 228
2007 53 43 20 12 9 37 6 2 0 182
2008 51 46 21 8 10 28 3 0 0 167
2009 35 33 22 9 7 15 8 1 0 130
2010 6 12 5 2 0 3 0 0 0 28
2011 28 29 19 5 2 11 1 0 0 95
2012 13 14 14 7 5 11 2 1 1 68
Total 186 177 101 43 33 105 20 4 1 670
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
0
50
100
150
200
250
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
SARAMPO RUBEOLA
53
Hepatites Virais
No período de 2005-2012, Campo grande registrou 746 casos de
hepatite A, 750 casos de hepatite B e 1072 casos de hepatite C (Gráfico
7).Observamos a diminuição significativa dos casos de hepatite A no período
de 2007-2012.Em relação as faixas etárias (Gráfico 8) , a hepatite A apresenta
maior número de casos na faixa de 5-14 anos e as hepatite B e C apresentam
maior número de casos na faixa etária de 20-64 anos.Considerando que muitos
indivíduos infectados são assintomáticos e que as infecções sintomáticas são
insuficientemente notificadas, a freqüência das hepatites B e C é certamente,
subestimada.
Figura 12: Casos notificados de Hepatites Virais, segundo etiologia, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012. Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
481
750
1072
37
746
8
0
200
400
600
800
1000 1200
Desc Vírus B Vírus C Vírus B +C
Vírus A Vírus A/Bou A/C
54
Tabela 17: Casos notificados de Hepatites Virais, segundo etiologia, residentes em Campo Grande, MS, 2005-2012
Ano Desc Vírus B Vírus C Vírus B + C
Vírus A Vírus A/B ou A/C
Total
2005 75 80 173 5 289 1 623
2006 73 97 143 7 167 3 490
2007 51 97 110 2 65 0 325
2008 66 102 121 6 76 1 372
2009 101 141 172 5 126 0 545
2010 32 66 115 2 16 0 231
2011 32 114 153 7 4 0 310
2012 51 53 85 3 3 3 198
Total 481 750 1072 37 746 8 3094
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Figura 13: Casos confirmados de Hepatites Virais,segundo etiologia e faixa etária,Campo Grande, MS, 2005- 2012 Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Meningites
No período de 2005 a 2012 foram notificados 1001 casos suspeitos de
meningite de residentes em Campo Grande e confirmado 873 casos (quadro
8). A meningite viral registrou maior número de casos em relação às demais
etiologias, 370 casos (42.38%), seguida das meningites não especificada com
195 casos (22.33%) e das meningites bacterianas com 140 casos (16.03%).
0
5
100
150
200
250
300
350
<1 1a 5 a 10 a 15 a 20 a 35 a 50 a 65 a 80
Vírus Vírus Vírus
55
Observamos um aumento no número de casos de meningite pneumocócica no
período de 2006 a 2010 quando foi introduzida a vacina pneumocócica e a
partir de 2011 o número de casos da doença diminuiu em muito, apresentando
somente um caso em 2012. No período foram registrados 03 casos de
meningite por haemóphilos influenza em pacientes de 20-34 anos. Com relação
aos óbitos (gráfico 10), no período de 2005-2012, foram registrados 24
(28.87%) óbitos por meningite bacteriana, 17 (20.48%) por meningite não
especificada e 16 (19.27%) por meningite pneumocócica. Tabela 18: Casos confirmados de Meningites, por etiologia, Campo Grande, MS, 2005-2012. Ano MCC MM MM+MCC MTBC MB MNE MV MOE MH MP Total
2005 0 5 1 2 24 13 23 5 1 1 75
2006 2 4 0 0 19 24 98 14 0 4 165
2007 0 3 0 1 21 38 38 14 1 5 121
2008 1 2 0 5 16 26 36 6 0 10 102
2009 2 4 0 2 15 28 48 8 0 10 117
2010 2 3 1 1 20 17 42 5 0 18 109
2011 0 2 1 2 19 38 55 5 0 7 129
2012 0 3 0 0 6 11 30 3 1 1 55
Total 7 26 3 13 140 195 370 60 3 56 1001
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Figura 14: Casos de óbitos por Meningite,segundo etiologia, residentes em Campo
Grande, MS, 2005-2012. Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
0
5
10
15
20
25
MCC MMMM+MCCMTBC MB MNE MV MOE MP
56
Tabela 19: Casos confirmados de Meningite, segundo etiologia e faixa etária, residente em Campo Grande, MS, 2005-2012. Faixa etária <1 Ano 1a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 34 35 a 49 50 a 64 65 a 79 80 e+ Total
MCC 1 2 0 1 0 3 0 0 0 0 7
MM 5 3 3 3 1 6 2 1 2 0 26
MM+MCC 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 3
MTBC 0 0 0 0 1 4 6 2 0 0 13
MB 26 15 12 6 4 23 21 23 8 2 140
MNE 33 27 28 12 13 33 25 12 9 3 195
MV 49 54 77 39 24 63 28 24 10 1 369
MOE 1 0 1 1 1 21 26 8 1 0 60
MH 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 3
MP 9 8 8 3 0 7 6 10 5 0 56
Total 163 127 134 71 49 190 133 85 40 8 873
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG Legenda das Etiologias das Meningites
MCC Meningite Meningocócica
MM Meningococcemia
MM+MCC Meningite Meningocócica+Meningococcemia
MTBC Meningite Tuberculose
MB Meningite Bacteriana
MNE Meningite não Especificada
MV Meningite Viral
MOE Meningite por outra etiologia
MH Meningite Haemophilus Influenza
MP Meningite Pneumocócica
Figura 15: Casos confirmados de Meningite, segundo faixa etária, 2005-2012. Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
0
2
4
6
8
10
<1 Ano 1a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 34 35 a 49 50 a 64 65 a 79 80 e+
MCC MM MM+MCC MH MP
57
Tuberculose e Hanseníase
Nos últimos quatro anos a Tuberculose, teve oscilação do número de
casos novos com queda nos anos de 2010 e 2011, voltando a crescer em
2012. A média de cura da tuberculose nos últimos quatro anos foi de 71,15%,
e não atingiu o percentual de cura de 80% preconizado pelo Ministério da
Saúde. A taxa de abandono aceitável pelo Ministério da Saúde é de até 5%, e
o município está acima deste percentual.
Tabela 20: Situação da Tuberculose no Município de Campo Grande – MS/ 2009 – 2012. Situação 2009 2010 2011 2012
Casos Novos 303 243 277 321
Cura 76,15% 16,15% 66,07% 67,46%
Abandono 9,17% 13,76% 14,29% 9,52%
Óbito por TB 5 4 4 6
Fonte: SINAN-NET/CVE/DVS/SESAU - 2013
A faixa etária de maior acometimento na tuberculose é a de 20 a 34
anos, em seguida: 35 a 49 anos, 50 a 64 anos, 65 a 79 anos, 80 e +, 1 a 4
anos, 5 a 9 anos, < 1 ano e 10 a 14 anos.
Tabela 21: Casos novos de tuberculose residentes por faixa etária. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. Ano <1 Ano 1-4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80 e + Total
2009 0 4 6 4 15 93 105 59 13 4 303
2010 2 4 2 1 6 72 80 51 21 4 243
2011 3 0 0 1 6 98 88 57 19 5 277
2012 3 1 1 0 15 147 91 47 12 4 321
Total 8 9 9 6 42 410 364 214 65 17 1144
Fonte: SINAN-NET/CVE/DVS/SESAU - 2013
A prevalência da tuberculose foi maior no sexo masculino em todos os
anos, o que condiz com panorama do Ministério da Saúde.
58
Tabela 22: Casos novos de tuberculose residentes por sexo. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. Ano Masculino Feminino Total
2009 213 90 303
2010 161 82 243
2011 202 75 277
2012 263 58 321
Total 839 305 1144
Fonte: SINAN-NET/CVE/DVS/SESAU - 2013
O número de casos novos de Hanseníase nos últimos quatro anos, com
queda no ano de 2010, aumento em 2011e discreta queda em 2012.
A média de cura da hanseníase nos últimos quatro anos foi de 87,7%,
oscilando de um ano para outro, e a média não atingiu o percentual de cura de
90% preconizado pelo Ministério da Saúde.
Tabela 23: Situação da hanseníase no município de Campo Grande – MS / 2009 a 2012. Situação 2009 2010 2011 2012
Casos Novos 139 100 138 127
Cura 93,4 85,7 87,9 83,7
Fonte: SINAN – NET/CVE/DVS/SESAU - 2013
Ao se detectar casos de hanseníase em menores de 15 anos, indica-se
a existência de focos de infecção ativos e transmissão recente. De 2009 a 2012
foram encontrados nove casos.
Tabela 24: Casos novos de hanseníase residentes por faixa etária. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. Ano 0 a 14 anos 15 anos e mais Total
2009 2 137 139
2010 1 99 100
2011 4 134 138
2012 2 125 127
Total 9 495 504
Fonte: SINAN-NET/CVE/DVS/SESAU - 2013
A prevalência da hanseníase foi maior no sexo masculino nos de 2010 e
2012, menor em 2009 e igual em 2011. No total dos quatro anos, foi maior no
sexo masculino. A doença continua a incidir em maior proporção entre homens,
59
mas nos últimos anos a diferença entre os sexos tem diminuído conforme
tabela abaixo.
Tabela 25: Casos novos de hanseníase residentes por sexo. Campo Grande – MS / 2009 a 2012. Ano Masculino Feminino Total
2009 68 71 139
2010 60 40 100
2011 69 69 138
2012 76 51 127
Total 273 231 504
Fonte: SINAN-NET/CVE/DVS/SESAU – 2013
DST/AIDS
O número de casos novos de AIDS notificados em adultos no município
vem se mantendo constante com pouca variação. Em relação aos casos novos
em crianças, após alguns anos com notificação de 1 ou 2 casos por ano,
tivemos 06 casos diagnosticados em 2012, elevando a taxa de incidência para
10,26/100.000hab. em menores de 05 anos. Diversos fatores contribuíram para
este aumento: não realização de pré-natal; não realização do teste para HIV na
maternidade; não uso do Antirretroviral (ARV) na criança por 6 semanas como
preconiza o protocolo; não uso do inibidor de lactose e aleitamento materno.
Em decorrência desta alta incidência, foi feito uma supervisão as maternidades
do SUS e conveniadas, para conhecer como as maternidades estão cumprindo
os protocolos ministeriais para a redução da transmissão vertical ao HIV e
Sífilis.
60
Tabela 26: Número de casos de AIDS, por faixa etária, sexo e ano de diagnóstico.Campo Grande, 2005-2012. Período 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Faixa
Etária
M F M F M F M F M F M F M F M F M F
<1
Ano
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 5 0 6 0
1-4 0 0 2 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 3
5-9 1 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2
10-14 2 0 0 2 0 2 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 3 6
15-19 0 0 3 3 0 1 1 3 2 2 1 1 0 2 3 1 10 13
20-34 36 24 50 27 41 20 53 29 44 19 43 18 33 30 51 18 351 185
35-49 53 20 45 21 46 24 86 45 49 30 52 34 49 19 49 32 429 225
50-64 11 8 14 8 10 4 24 17 20 17 25 15 18 11 15 11 137 91
65-79 1 1 6 1 2 3 2 1 2 2 4 0 2 2 3 6 22 16
80 e+ 2 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1
Total 106 53 120 63 100 56 168 95 117 72 126 69 102 64 126 70 965 542
Fonte: SINAN/SVE/SESAU - * dados até 26/06/2013
Conforme o quadro acima, a faixa etária mais acometida nos últimos 08
anos está entre 20 a 49 anos com predomínio do sexo masculino numa
proporção de 2:1. Percebe-se também que vem aumentando os casos nos
idosos. O tipo de exposição mais freqüente é a sexual e na categoria
heterossexual masculino.
Tabela 27: Número de casos de AIDS, por categoria de exposição, sexo e ano de diagnóstico. Campo Grande, 2005-2012.
Período 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Categoria
Exposição
M F M F M F M F M F M F M F M F M F
Ignorado 19 0 11 0 8 0 17 2 7 1 2 0 2 0 7 0 73 3
Homossexual 8 0 16 0 15 0 24 0 8 0 11 0 12 0 23 0 117 0
Bissexual 18 0 17 0 7 0 16 0 7 0 6 1 4 0 2 0 77 1
Heterossexual 53 52 64 59 58 49 104 91 89 67 97 66 71 61 81 62 617 507
UDI 5 1 10 1 11 5 6 2 6 2 9 1 13 3 8 6 68 21
Perinatal 3 0 2 3 1 2 1 0 0 2 1 1 0 0 5 2 13 10
Total 106 53 120 63 100 56 168 95 117 72 126 69 102 64 126 70 965 542
Fonte: SINAN/SVE/SESAU - * dados até 26/06/2013
O número de óbitos registrados nos últimos 08 anos, de pessoas que
vivem com Aids residentes em Campo Grande, foi de 511 casos, sendo que
44,42% estão na faixa etária de 35 a 49 anos. O total de óbitos de 1984 a
Dezembro de 2012 é de 1.378 casos em maiores de 13 anos e 34 casos em
61
menores de 13 anos, mantendo taxa média de 39,32%. A faixa etária
predominante no total geral de óbitos são de jovens entre 20 a 34 anos.
Tabela 28: Número de óbitos por AIDS, por faixa etária, sexo e ano de diagnóstico.Campo Grande, 2005-2012. Período 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total
Faixa Etária
M F M F M F M F M F M F M F M F M F
<1 Ano 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1-4 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 5-9 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
10-14 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 15-19 1 0 0 1 0 2 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 2 5 20-34 10 6 23 4 14 10 13 11 21 7 14 10 6 6 12 7 113 61 35-49 15 5 18 1 23 11 25 10 21 13 27 8 18 9 14 9 161 66 50-64 10 1 5 0 7 1 7 3 6 5 9 0 3 4 9 4 56 18 65-79 3 0 3 1 1 1 4 2 0 1 2 0 1 0 2 1 16 6 80 e+ 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 Total 40 12 49 7 46 25 49 28 51 27 52 18 28 20 38 21 353 158
Fonte: SINAN/SVE/SESAU - * dados até 26/06/2013
As doenças sexualmente transmissíveis (DST), se constituem em uma
porta de entrada para infecção pelo HIV, visto que seus portadores expuseram-
se a contaminação através de relações sexuais sem proteção adequada.
Tabela 29: Casos notificados de DST e outras doenças transmissíveis, em residentes de Campo Grande, MS, 2005 a 2012.
Agravos 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total AIDS 159 183 156 261 189 194 164 218 1524 Condiloma Acuminado 459 228 132 318 276 181 167 240 2001
Sífilis NE 210 124 45 97 112 128 225 490 1431 Sífilis em gestantes 38 207 102 141 153 122 135 194 1092
Sífilis congênita 31 39 24 29 44 49 52 92 360 HIV em gestante 28 30 21 32 22 48 42 32 255 Crianças Expostas ao HIV 0 0 0 7 11 44 31 52 145
Infecção gonocócica 75 68 24 65 49 38 23 16 358
Herpes genital 125 71 11 19 27 18 37 14 322 Citomegalovírus em gestante 29 16 10 14 27 8 3 6 113
Síndrome do corrimento uretral masculino
69 0 0 0 0 0 51 138 258
Toxoplasmose em gestantes 104 175 101 154 73 47 39 67 760
Toxoplasmose congênita 0 0 0 0 0 0 6 19 25
62
HTLV em gestante 31 22 11 18 15 9 7 9 122
Outras DST 15236 0 0 0 0 0 0 0 15236 Total 16594 1163 637 1155 998 886 982 1587 24002 Fonte:SINAN/CVE/SESAU/PMCG. * Dados até 26/06/2013.
No quadro acima, podemos conferir as DST que foram notificadas em
um período de 08 anos. Até 2005 pela Resolução 540/SES/MS, também eram
de notificação compulsória Estadual as doenças: cancro mole, tricomoníase,
candidíase, síndrome inflamatória pélvica, síndrome da úlcera genital,
síndrome do corrimento cervical, outras afecções inflamatórias da vagina e da
vulva e síndrome do corrimento uretral, todas estão representadas no quadro já
exposto, como outras DST.
Sífilis Congênita
Em meados de 2005 a sífilis em gestante passou a ser notificada
nacionalmente pela Portaria 33/SVS/MS, como Campo Grande já notificava as
gestantes na sífilis não especificada, em 2006 a SESAU começou a notificar
os casos de gestante na sífilis em gestante.
A incidência da sífilis congênita é calculada 1/1000 nascidos vivos
e observa-se pela figura abaixo, ascendência na curva, fato preocupante
devido as complicações decorrentes da doença, e ainda as metas pactuadas
anualmente, o que requer da gestão medidas de prevenção e tratamento para
o controle de doença.
63
Gráfico nº.2 - Incidência* de Sífilis Congênita, Campo Grande, MS, 2006-2012.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Ano
Inci
dênc
ia
Sífilis Congênita
Figura 16: Incidência de Sífilis Congênita, Campo Grande, MS, 2006-2012.
Doenças e agravos Não Transmissíveis
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) respondem por
elevado índice de mortalidade no município de Campo Grande, MS, cuja
população é de 786.797 habitantes (números ajustados – IBGE - 2010).
A análise da série histórica de mortalidade no período de 1997 a
2012(16 anos) demonstrou que no ano de 2012 os óbitos decorrentes das
DCNT de maior ocorrência foram, em primeiro lugar, do aparelho circulatório,
com 1352 óbitos respondendo por 29,75% do total de 4.545 óbitos ocorridos,
em segundo lugar as neoplasias com 892 (19,63%), em quarto lugar as causas
externas (acidentes e violências) com 522 (11,49%) e em sétimo lugar, os
decorrentes das doenças endócrinas nutricionais e metabólicas com 217
(4,77%).
Esse grupamento de óbitos supracitados, responderam por 65,63% dos
óbitos em 2012, com predominância de óbitos decorrentes das DCNT em
nosso município.
64
Apresentamos as informações epidemiológicas do Município de Campo
Grande/MS, referentes aos quatro principais grupos de DCNT (circulatórias,
câncer, causas externas e diabetes) e seus fatores de risco em comum
modificáveis (tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e
obesidade), bem como, as projeções traçadas (metas) pelo Ministério da
Saúde para reversão do quadro apresentado.
A abordagem integrada desses fatores de risco atuará nos quatro
principais grupos de DCNT e trará benefícios para as demais DCNT.
Neste sentido desenvolveremos uma estratégia de promoção da saúde
no sentido mais amplo de saúde por meio da valorização e aplicação de um
conjunto de valores, princípios, procedimentos e tecnologias com o propósito
de aumentar a capacidade de indivíduos, famílias, grupos, populações e
instituições para enfrentar os determinantes pessoais, sociais, ambientais e
econômicos melhorando a saúde e a qualidade de vida das pessoas no
município de Campo Grande – MS.
Figura 17: Quantitativo de Óbitos por Capítulo da CID 10 e Causas, Campo Grande, MS, 1997 a 2012 Fonte: DANT/CVE/DVS/SESAU/SIM
Em relação aos anos de 2010 e 2011, houve decréscimo
estatisticamente significante no que tange aos quatro grupos supracitados, na
variação numérica, percentual e no coeficiente de mortalidade por 100.000
050
100150200250300350400450500550600650700750800850900950
10001050110011501200125013001350140014501500
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010* 2011 2012
Cap. I Algumas doenças inf ecciosas e parasit ár ias Cap. II Neoplasias ( t umores) III. Doenças sangue órgãos hemat e t ranst imunit ár
Cap. IV Doenças endócr inas nut r icionais e metabólicas V. Transtornos ment ais e comport ament ais VI. Doenças do sist ema nervoso
VIII.Doenças do ouvido e da apóf ise mast óide Cap. IX Doenças do aparelho circulat ório Cap. X Doenças do aparelho respiratór io
Cap. XI Doenças do aparelho digest ivo XII. Doenças da pele e do t ecido subcut âneo XIII.Doenças sist osteomuscular e t ec conjunt ivo
XIV. Doenças do aparelho genit ur inár io XV. Gravidez par to e puerpér io XVI. Algumas afec originadas no per í odo per inat al
XVII.Malf cong def ormid e anomalias cromossômicas XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clí n e laborat Cap. XX Causas ext ernas de morbidade e mortalidade
65
habitantes (avalia o risco de morrer em um grupo de causas ou doença
específica), revertendo a escala ascendente verificada nos últimos anos, com
exceção das Neoplasias que apresentam uma tendência de ascensão desde
1997, em relação ao número absoluto, percentual e coeficiente de mortalidade.
Os óbitos decorrentes das Doenças Respiratórias Crônicas responderam
por 5,10% do total de óbitos em 2011 e por 4,82% em 2012. O Diabetes por
2,84% dos óbitos no ano de 2011 e em 2012 por 3,21%.
Figura 18: Quantitativo de Óbitos das Doenças do Aparelho Circulatório, por grupos e Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. Fonte: SIM/DANT/NPV/CVE/DVS/SESAU
Na figura acima apresentamos uma análise específica para os óbitos
decorrentes das Doenças do Aparelho Circulatório (Cap.IX) ocorridos em 2012,
por faixa etária. O risco de morte para este capítulo continua em primeiro lugar,
somando 1.352 óbitos, apresentando um percentual de 29,75% do total de
óbito de todas as causas.
As Doenças Isquêmicas do Coração (Infarto Agudo do Miocárdio, dentre
outras), ocupam o primeiro lugar, com 478 óbitos e um percentual de 35,35%.
020406080100120140160180200220240260280300320340360380400420440460
< 1 ano 1-4anos 5-14anos 15-49anos >50anos
I05 - I09 Doenças Reumát icas Crônicas do Coração I10 - I15 Doenças HipertensivasI20 - I25 Doenças Isquêmicas do Coração(Inf . Agudo do M iocárdio...) I26 - I28 Doenças Cardíacas Pulmonar e da Circ.PulmonarI30 - I52 Outras Formas de Doenças do Coração I60 - I69 Doenças CerebrovascularesI70 - I79 Doenças das Artérias, Arteriolas e dos Capilares I80 - I89 Doenças das Veias, Vasos e Gánglios Linfát icosI95 - I99 Outros Transtornos do Aparelho Circulatório e os NE
66
A faixa etária de maior risco é a de 50 anos acima e o sexo masculino é o mais
atingido.
As Doenças Cérebro Vasculares (Derrames cerebrais e outras), ocupam
o segundo lugar nesse capítulo, com 420 óbitos e um percentual de 31,06%. A
faixa etária mais atingida é a de 50 anos acima e o sexo mais atingido é o
feminino.
As Doenças Hipertensivas (Decorrentes da Hipertensão Arterial, dentre
outras), ocupam o terceiro lugar nesse capítulo, com 166 óbitos e um
percentual de 13,02%. A faixa etária de maior risco é a de 50 anos acima e do
sexo feminino.
Figura 19: Quantitativo de Óbitos das Neoplasias (Cap. II), por Faixa Etária, Campo
Grande, MS, 2012. Fonte: DANT/CVE/DVS/SESAU/SIM
Do total de óbitos de todas as causas, as Neoplasias, aparecem em 2º
lugar registrando 892 óbitos em 2012, representando 19,36% do total dos
óbitos de todas as causas.
As Neoplasias dos Órgãos Digestivos (Esôfago, Estômago e Intestino,
dentre outras), ocupam o primeiro lugar, com 284 óbitos e um percentual de
31,84%. A faixa etária mais vulnerável é a de 50anos acima.
0
2 0
4 0
6 0
8 0
1 00
1 20
1 40
1 60
1 80
2 00
2 20
2 40
2 60
2 80
1-4anos 5- 14anos 15-4 9anos >50 anos
C00 - C14 Neopl Malig Lábio, Cavidade oral e Faringe C15 - C26 Neopl Malig dos Orgãos Digestivos (Esôf, Estôm e Intes.Delgado)C30 - C39 Neopl Malig do Ap. Resp e Orgãos Intratorácicos C40 - C41 Neopl Malig dos Ossos e das Cartilanges ArticularesC43 - C44 Melanona e Outras Neopl Malig da Pele C45 - C49 Neopl Malig do Tecido Mesotelial e Tecidos MolesC50 - Neopl Malig da Mama C51 - C58 Neopl Malig dos Orgãos Genitais Femininos( Colo e Corpo do útero...)
C60 - C63 Neopl Malig dos Orgãoes Genita is Masculinos( Próstata, Testículos...) C64 - C68 Neopl Malig do Trato UrinárioC69 - C72 Neopl Malig dos Olhos, Encéfalo e Sistema nervoso central C73 - C75 Neopl Malig dos Tireóides e de outras Glândulas EndócrinasC76 - C80 Neopl Malig Mal Definidas, Secundárias e NE C81 - C86 Neopl Malig do Tecido Linfático hematopoético e tecidos Correlatos
C97 Neopl Malig de Localizações Multiplas C90-C95 Mielomas e Leucemias
67
As decorrentes do Aparelho Respiratório e Órgãos Intratorácicos
(Laringe, Pulmões, dentre outras), ocupam o segundo lugar com 135 óbitos e
um percentual de 15,13%, na faixa etária de 50 anos acima.
As Neoplasias da Mama somaram 69 óbitos, com 7,73% e as dos
Órgãos Genitais Femininos (Colo, Corpo e Porção do Útero, Ovário) somaram
51, com 5,72% do total de óbitos. A faixa etária mais atingida é de 50 anos
acima.
As Neoplasias dos Órgãos Genitais Masculinos (Próstata, Testículos,
dentre outras) somaram 71 óbitos, com 7,96% na faixa etária de 50 anos e
mais.
0
10
2 0
3 0
4 0
5 0
6 0
7 0
8 0
<0 1 0 1- 0 4 a nos 5 - 14a nos 15 - 4 9 anos >5 0 anos
V01-V09 Atropelamento V10-V19 Ac com ciclista
V20-V29 Ac com motociclista V30-V79 Ac com ocupante de veiculo
V80-V89 Ac meio de t ransporte não especif icado V95-V97 Acidente de Transporte aéreo e Espacial
V98-V99 Outros Acidentes de transporte e os não especif icados
Figura 20: Quantitativo de Óbitos das Causas Externas (Acidentes de Transporte Terrestre e Outros Acidentes), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. Fonte: DANT/NPV/CVE/DVS/SESAU/SIM
As Causas Externas de Morbimortalidade refere-se aos acidentes e
violências, somaram 524 óbitos (11,52%), do total de todas as causas, no ano
de 2012.
Desse total, os Acidentes de Transporte Terrestre e outros Acidentes
somaram 185 óbitos, ou seja, 35,30% das Causas Externas, sendo distribuídos
conforme demonstrado abaixo:
1. Motociclistas responderam por 41,62% do total, com 77 óbitos;
2. Ocupante de Veículos representaram 26,49%, com 49 óbitos;
68
3. Atropelamentos responderam por 10,27%, com 19 óbitos;
4. Ciclistas, por 10,81%, com 20 óbitos;
5. Acidentes Não Especificados com 9,73% e 18 óbitos e os
Acidentes de Transporte Aéreo representaram 0,54% com 01
óbito.
OBS: O risco maior para os Acidentes de Trânsito são para pessoas do sexo
masculino na faixa etária de 15 a 49 anos e os Acidentes com Ocupante de
Veículo representaram maior risco para a faixa etária maior de 50 anos.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
<01 01-04 anos 5-14anos 15-49anos >50anos
W00-W19 Quedas W20-W49 Exposição a Força Mecânica Inanimada
W65-W74 Afogamento e Submerção Acidentais W75-W84 Outros Riscos Acidentais a Respiração
W85-W99 Exposição a Corrente Elétrica X00-X09 Exposição ao Fumo ao Fogo e as Chamas
X30-X39 Exposição às forças da natureza X40-X49 Envenenamento Acidental (intoxicação)
X58-X59 Exposição Acidental não especificada
Figura 21: Quantitativo de Óbitos das Causas Externas (Quedas, Envenenamentos e Outros Acidentes), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. Fonte: /DANT/NPV/CVE/DVS/SESAU/SIM
No que refere aos outros Acidentes, as Quedas somaram 47 óbitos com
um percentual de 49,47%, nesse grupo, sendo a maioria do sexo feminino com
28 óbitos e 19 do sexo masculino, na faixa etária acima de 50 anos.
69
0
20
40
60
80
100
<1 ano 01 - 04 anos 5 - 14 anos 15 -49 anos >50 anos
X60-X84 Lesões Autoprovocadas Intencionais (suicídio) X95 Agressão arma de fogo ou NE (Homicídios)
X99 Agressão objeto cortante ou penetrante X85-X94; X96-X98 e Y00-Y09 Agressão por outros meios espec. e NE
Y10-Y34 Eventos(fatos) Cuja Intenção não determinada Y35-Y36 Intervenção Legal e Operação de Guerra
Y40-Y84 Complicações de Assitencia M édica e Cirurgica Y85-Y89 Sequelas de Causas Externas de M orbimortalidade
Figura 22: Quantitativo de Óbitos das Causas Externas (Violências), por Faixa Etária, Campo Grande, MS, 2012. Fonte: DANT/NPV/CVE/DVS/SESAU/SIM
Do total das Causas Externas (524 óbitos), as Violências, respondem
por 244 óbitos, ou seja, 46,56%.
As Agressões por Arma de Fogo (Homicídios) totalizaram 97 óbitos, ou
seja, 39,75% do total das Violências, sendo que a maioria (87 óbitos) está
dentro da faixa etária de 15 a 49 anos.
Em segundo lugar aparecem as Lesões Autoprovocadas
Intencionalmente (Suicídio) com 43 óbitos, perfazendo um percentual de
17,62%, sendo 37 óbitos para o sexo masculino e 05 óbitos para o sexo
feminino. A faixa etária de 15 a 49 anos é a mais atingida.
As mortes por Arma de fogo e Objeto Cortante e Penetrante somaram
41 óbitos, e um percentual de 16,80% do total de mortes por Violência. A
predominância foi em pessoas do sexo masculino com 36 óbitos, na faixa
etária de 15 a 49 anos. O grupo de maior vulnerabilidade para as mortes por
violência foram homens, jovens de 20 a 39 anos. Essa faixa etária somou
9,43% do total de óbitos por violência.
70
Observou-se um decréscimo estatisticamente significante dos Acidentes
e Violências no ano de 2011 e 2012. As análises acima representadas
demonstraram a importância das ações de promoção da saúde, com ênfase
nas Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT).
Figura 23: Taxa de Mortalidade Prematura (< 70 anos) * por 100.000 habitantes, número absoluto e número total das quatro principais Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT (Doenças do Aparelho Circulatório, Câncer, Diabetes e Doenças Respiratórias Crônicas). Fonte: DANT/CVE/DVS/SESAU/SIM
*OBS: O Indicador supracitado das quatro principais causas das DCNT
foi pactuado em 175 óbitos por 100.000 habitantes junto à Secretaria de Estado
de Saúde no Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), tendo
como parâmetro nacional o ano de 2009 e meta de redução de 2% ao ano.
Em Campo Grande, no ano de 2012 atingimos uma taxa de 169,03
óbitos por cem mil habitantes.
0100200300400500600700800900
10001100120013001400
2008 2009 2010 2011 2012
I00-I99-Cap. IX Doenças do ap. circulatório menor de 70 anos C00-C97 - Cap. II Neoplasias (câncer) - menor de 70 anos
E10-E14 - Cap.IV - Diabetes - nutri e metab - menor de 70 anos J30-J98 - Cap. X - Doenças resp crônicas menor de 70 anos
TOTAL - Soma das 04 principais D. Crônicas Não Transm(DCNT) TX de mort prematura < 70 anos (soma das 04 principais DCNT)
71
Zoonoses e agravos determinados por Animais
Pontuamos, neste tópico, algumas doenças de maior expressão no
município, ligados a zoonoses e agravos determinados por animais.
Dengue
A população de Campo Grande vem convivendo com a dengue, desde o
ano de 1986 quando foi isolado o vírus, sorotipo DEN 1, e dez anos depois se
identificou o sorotipo DEN 2, que foi responsável pela epidemia que ocorreu em
2002, chegando aproximadamente a 13.000 notificações. Em 2005 começou a
circulação pelo sorotipo DEN 3, e devido a existência de uma população
susceptível e condições favoráveis, veio a deflagrar epidemia em 2007, com
inicio em 2006. Em 2008 os casos de dengue ocorreram dentro do limiar
endêmico, onde se notificou 1.743 casos, confirmando 220 casos,
representando 12% de positividade. Em setembro de 2009, observamos um
aumento significativo, mais precisamente na região urbana da Lagoa do Distrito
Sanitário do Oeste, em especial o bairro do Tarumã e seu entorno, que foi
responsável pela epidemia de 2010, onde o número de casos suspeitos
notificados foram 42.245, sendo confirmados 29.536 casos (critério clínico
epidemiológico e laboratorial), sendo 130 casos de Febre Hemorrágica do
Dengue (FHD), das quais 22 evoluíram para óbito.
No ano de 2011, totalizaram 6.268 casos suspeitos de dengue,
representando uma incidência de 774,80 casos/100.000 hab. Ocorreram 14
casos de FHD e 03 óbitos por Dengue.
Em 2012 foram notificados 8087 casos suspeitos representando uma
incidência de 1009,7casos/100.000 hab., desses 2355 foram confirmados.
72
Foram classificados por FHD 24 casos, 106 Dengue Com Complicações (DCC)
e 04 óbitos.
Comparando os anos de 2010, 2011 e 2012, podemos observar que
após a epidemia de 2010, os casos tiveram uma diminuição na incidência nos
anos subseqüentes. Isso é atribuído ao trabalho de campo realizado através de
busca ativa de novos casos suspeitos, bloqueio com borrifação com bomba
costal e aplicação de inseticida (UBV) pesado, controle mecânico com retiradas
de depósitos dos terrenos baldios, residências e comércios, com tratamento
focal e educação em saúde, com participação dos Agente de Controle de
Endemias (ACE), Agente de Saúde Pública (ASP) e Agente Comunitário de
Saúde (ACS), nas áreas com maior número de notificações.
Tabela 30: Casos notificados e confirmados de dengue, Campo Grande, 1999 a 2012.
Ano Notificados Confirmados FHD ÓBITO
1999 5107 3032 8 0
2000 2458 1516 2 0
2001 8460 7047 2 1
2002 13097 9136 32 0
2003 3813 1137 0 1
2004 896 18 0 0
2005 848 81 1 0
2006 5880 2525 4 1
2007 45582 37844 58 2
2008 1743 220 0 0
2009 4836 2501 22 1
2010 42245 29536 130 22
2011 6268 2094 14 3
2012 8087 2355 19 4
Fonte:SINANW-NET-ONLINE/SVE/SESAU/PMCG
73
Figura 24: Casos de Dengue por mês de início dos sintomas Fonte: SVE/CVE/DVS/SESAU/PMCG
No ano de 2011, o número de casos permaneceu acima do limiar
endêmico na maioria dos meses, exceto nos meses de Abril a Julho (figura a
seguir), porém bem abaixo do número de casos notificados na última epidemia
de 2010. Já em 2012, permanecemos acima do limiar endêmico desde o mês
de Maio e com positividade de circulação viral durante os meses de inverno, e
um aumento bastante significativo no mês de Dezembro, mais especificamente
na semana 42, passando de uma média de 9 casos por dia na semana 41,
para 102 casos por dia na semana 52, demonstrando o início de uma epidemia.
.
Figura 25: Casos notificados de Dengue e Limiar endêmico da Dengue em Campo Grande/MS – 2011-2012.
Casos Notificados de Dengue e Limiar Endêmico da Dengue em Campo Grande/MS - 2011-2012
0200400600800
1.0001.2001.4001.6001.8002.000
Jan
Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Ago Set Out NovDezJa
nFev Mar Abr Mai Ju
n Jul
Ago Set Out NovDez
Mes
Número limiar endêmico
casos
Fonte:CVE/DVS/SESAU/PMCG
2012
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Casos de dengue por mês de inicio de sintomas, 2010, 2011 e 2012.
2010
2011
2012
74
Figura 26: Casos notificados de Dengue por SE, Campo Grande. MS, 2011/2012. FONTE: PLANILHA/DVS/CVE/SVE E SINANNET
Abaixo demonstramos os sorotipos isolados ao longo dos últimos anos.
Nesse ano, tivemos a introdução do sorotipo DENV-4 no mês de Fevereiro na
região do Distrito Sanitário Sul, mais precisamente no bairro Parati e Pioneira.
Também foram isolados os sorotipos DENV-2 e DENV-1.
Tabela 31: Sorotipos de dengue isolados, por ano, Campo Grande, MS, 1999 a 2012*. Ano
Inic.Sintomas Sorotipo 1 Sorotipo 2 Sorotipo 3 Sorotipo 4
1999 73 1 0 0
2000 6 1 0 0
2001 1 2 0 0
2002 1 18 3 0
2005 0 1 3 0
2006 1 4 45 0
2007 0 0 4 0
2008 0 1 0 0
2009 13 7 0 0
2010 76 12 0 0
2011 1 0 0 0
2012 9 12 0 40
Total 181 59 55 40
Fonte:SINANW-NET-ONLINE/SVE/SESAU/PMCG
Casos Notificados de Dengue por SE, Campo Grande, MS, 2011 e 2012.
0
200
400
600
800
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51
2012
75
Proporcionalmente, o sorotipo que mais circulou em 2012 foi o DENV 4,
sendo identificado em 66% dos isolamentos positivos, 19% foi de DENV 2 e
15% de DENV 1, representando uma co-circulação de três sorotipos distintos, o
pode ter contribuído para o início da epidemia no final do ano.
Figura 27: Resultados de Isolamento viral para Dengue por sorotipos, Campo Grande-MS, 2012. Fonte: SVE/CVE/DVS/SESAU/PMCG
A faixa etária mais atingida foi de 20 a 39 anos nos dois últimos anos,
representando 39% e 40%, respectivamente; e a faixa das crianças foi a menos
atingida, portanto um grande quantitativo de suscetíveis nessas idades.
Figura 28: Casos de Dengue por faixa etária, 2012. FONTE:SVE/CVE/DVS/SESAU/PMCG
Casos de dengue por faixa etária, Campo Grande, MS, 2012
2%
40%
20%21%
3%7%7%
< 1 ano1-4 anos5-9 anos10-19 anos20-39 anos40-59 anos60 anos +
Resultados de isolamento viral para Dengue por Sorotipos , Campo Grande, MS, 2012.
15%
66%
19%
DENV1DENV4DENV2
76
A distribuição dos casos nos bairros é avaliada através do cálculo de
percentil de risco, em 2012 os bairros com maior incidência de notificação e
considerados de Risco Muito Alto para transmissão da dengue foram: Jardim
Paulista, Tiradentes, Caiçara, Lageado, Taveirópolis, Mata do Segredo,
Caiobá e Batistão.
Figura 29: Avaliação do Risco por Percentil individual, Dengue, Campo Grande, 2012.
Avaliação do Risco por PercentilIndividual por 100.000 mil habitantes
MUITO ALTO (acima de 1504,675) (8)ALTO (de 1467,933 a 1047,550) (22)MODERADO (de 1039,863 a 356,721) (36)BAIXO (332,655 a 83,696) (8)
CAMPO GRNDE-MS FECHAMENTO ANO DE 2012PERCENTIL POR BAIRROS TOTAL DE 8.058 NOTIFICAÇÕES
FONTE: DISTRITOS/CEPI/CGVS/DVS/SESAU
BAIRROS COM MAIOR ÍNDICE:1 - LAGEADO2 - TAVEIROPOLIS3 - TIJUCA4 - NOVA LIMA5 - TIRADENTES6 - CAIÇARA7 - AMAMBAÍ8 - ALVES PEREIRA
77
Leishmaniose Visceral
A Leishmaniose Visceral é um dos maiores problemas de Saúde Pública
enfrentados em Campo Grande, pois desde sua introdução no município, com
primeiros casos autóctones em torno de 2002, sua incidência se manteve
elevada, com altas taxas de letalidade, sendo alvo de ininterruptas ações no
intuito de controlar a doença, tendo se mostrado de muito difícil controle.
Tabela 32: Casos de LV conforme classificação final, incidência e letalidade, Campo Grande, MS, 2005 a 2012. 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Notificados 261 286 264 327 325 381 375 538
Confirmados 181 193 193 189 163 179 202 254
Autóctones 156 163 138 145 101 105 136 199
Óbitos 12 11 7 13 7 7 3 12
Incidência 20,8 21,3 17,8 19,41 13,38 13,35 17,29 23,86
Letalidade 7,69 6,75 5,04 8,97 6,93 6,67 2,21 6,3
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Nos anos de 2005 a 2012 foram notificados e dados seguimentos a mais
de 2.300 casos suspeitos de Leishmaniose Visceral Humana em Campo
Grande, distribuídos conforme quadro acima, sendo que destes foram
confirmados cerca de 56%. Somente em 2012 foram notificados 525 casos de
Leishmaniose Visceral Humana, com confirmação de 262 casos. Porém deve-
se destacar que Campo Grande, além de seu elevado número de casos, ainda
centraliza o tratamento e acompanhamento de casos do interior do estado, isto
se evidencia quando se observa que do total dos casos confirmados em 2012,
27% são casos de outros municípios. Referente aos casos residentes em
Campo Grande (autóctones), foram 190 casos em 2012 e mais de 1.100
pacientes que adoeceram por Leishmaniose Visceral nos últimos 8 anos.
78
Incidência e Letalidade por Leishmaniose Visceral em Campo Grande, MS, 2006 a 2012.
20,81
17,81
13,38 13,35
17,29
23,86
7,69
5,046,93 6,67
2,21
6,32
21,319,41
6,75
8,97
0
5
10
15
20
25
30
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
IncidênciaLetalidade
Figura 30: Incidência e letalidade por Leishmaniose Visceral em Campo Grande, MS, período 2006 a 2012. Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
É possível avaliar a evolução das incidências ao longo destes anos no
figura 31, onde nota-se que houve uma tendência de queda nos anos de 2009
e 2010, porém retornando às altas incidências nos anos seguintes. A letalidade
vem se mantendo estável, houve uma queda em 2011, retornando ao patamar
histórico neste ano.
Casos confirmados de Leishmaniose Visceral autóctones, 2006 a 2012
0
5
10
15
20
25
30
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2006200720082009201020112012
Figura 31: Casos confirmados de Leishmaniose Visceral autóctones, 2006 a 2012. Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
79
Na figura observa-se a distribuição dos casos por mês de ocorrência,
demonstrando que a Leishmaniose não possui um caráter sazonal, ocorrendo
casos em todos os meses do ano, com um discreto destaque para os meses de
Julho a Setembro.
Na distribuição destes casos por faixa etária, nota-se que a faixa etária
mais acometida, geralmente, são as crianças de 1 a 4 anos, representando
28% em 2012, assim como na maioria dos anos anteriores. Seguidas pelos
adultos jovens de 20 a 39 anos, que em 2012 representaram 26,9%. O grupo
considerado de risco para óbito são os adultos acima de 50 anos, a ocorrência
de casos neste grupo vem aumento gradativamente, chegando ao maior índice
em 2012, quando representou quase um terço do total de casos.
Tabela 33: Distribuição dos casos autóctones por faixa etária, Campo Grande, MS, 2005 a 2012. 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Casos
% casos
% casos
% casos
% casos
% casos
% casos
% casos
%
<1 Ano
13 8,33 11 6,75 12 8,63 17 11,49
10 8,85 5 4,46 14 9,46 11 6,92
1 a 4
28 17,95
34 20,86
27 19,42
25 16,89
18 15,93
24 21,43
26 17,57
48 28,83
5 a 9
22 14,10
16 9,82 17 12,23
12 8,11 4 3,54 11 9,82 11 7,43 5 2,45
10 a 14
10 6,41 6 3,68 4 2,88 5 3,38 4 3,54 4 3,57 6 4,05 2 0,61
15 a 19
7 4,49 5 3,07 5 3,60 4 2,70 3 2,65 7 6,25 15 10,14
9 4,91
20 a 34
31 19,87
30 18,40
28 20,14
20 13,51
14 12,39
7 6,25 12 8,11 29 17,18
35 a 49
22 14,10
31 19,02
25 17,99
24 16,22
20 17,70
23 20,54
19 12,84
45 26,99
50 a 64
16 10,26
16 9,82 14 10,07
24 16,22
15 13,27
19 16,96
25 16,89
21 12,27
65 a 79
3 1,92 11 6,75 7 5,04 11 7,43 12 10,62
4 3,57 7 4,73 23 13,50
80 e+
4 2,56 3 1,84 0 0,00 3 2,03 1 0,88 1 0,89 1 0,68 6 3,07
Total
156 100 163 100 139 100 145 100 101 100 105 100 136 100 199 100
Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Essa faixa etária de maior risco representou 44,44% dos óbitos
ocorridos em 2012, e ao longo da série histórica variou de cerca de 43% a
100% do total de óbitos. Os óbitos, quando ocorrem em outras faixas etárias,
estão, geralmente, associados à presença de co-morbidades ou a diagnóstico
tardio. Nas faixas etárias compreendidas entre 1 e 34 anos, ao longo destes 8
anos, foram somente 3 óbitos. Os óbitos em menores de 1 ano somaram 3
casos ao longo do período analisado, chegando a representar 33% do total em
2006, 14% em 2007, e 11% em 2012.
80
Tabela 34: Distribuição dos óbitos por faixa etária, Campo Grande, MS, 2005 a 2012. 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
casos
% casos
% casos
% casos
% casos
% casos
% casos
% casos
%
<1 Ano 0 0,00 1
33,33 1
14,29 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1
11,11
1 a 4 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5 a 9 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 10 a 14 1 9,09 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 15 a 19 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 20 a 34 1 9,09 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1
11,11
35 a 49 2
18,18 0 0,00 3
42,86 1 7,69 2
25,00 3
50,00 0 0,00 6
66,67
50 a 64 3
27,27 0 0,00 2
28,57 4
30,77 2
25,00 2
33,33 1
33,33 2
22,22
65 a 79 3
27,27 2
66,67 1
14,29 5
38,46 4
50,00 1
16,67 2
66,67 2
22,22
80 e+ 1 9,09 0 0,00 0 0,00 3
23,08 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Total 11 100 3 100 7 100 13 100 8 100 6 100 3 100 12 100 Fonte: SINAN/CVE/SESAU/PMCG
Para auxiliar no direcionamento das ações de combate ao vetor e ao
reservatório da doença, realiza-se todos os anos a Estratificação dos casos por
Grandes Bairros, onde se enumera os casos ocorridos por bairro, faz-se uma
média de três anos, classificando esta média de acordo com protocolo do
Ministério da Saúde, sendo: Média acima de 4,50 = Transmissão Intensa (TI),
de 2,50 a 4,49 = Transmissão Moderada (TM), de 0,1 a 2,49 = Transmissão
Esporádica (TE), e ausência de casos = Sem Transmissão (ST). A cada ano
esta classificação com base nos três anos anteriores, é utilizada na
programação das ações de controle, permitindo a priorização de áreas mais
críticas.
81
Fatores Comportamentais de Risco
Entendendo a promoção da saúde como uma estratégia transversal,
interdisciplinar, intersetorial e interinstitucional, essa secretaria assumiu o
compromisso da implementação de serviços, projetos, programas e ações
importantes e estruturadas tais como: O Núcleo de Prevenção das Violências
e Promoção da Saúde, de Promoção da Atividade Física e Práticas Corporais e
incentivos à mudança de hábitos alimentares, – Projeto Viver Legal; Programa
de Prevenção e Controle do uso do Tabaco, as ações das Estratégias de
Saúde da Família, Atenção Básica (Programa de Hipertensão Arterial e
Diabetes, Programa de Saúde Alimentar, entre outros) e o Plano de
Enfrentamento à Obesidade.
A Política Nacional de Promoção da Saúde e o Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) no Brasil, 2011-2022, propõem que as intervenções em saúde ampliem
seu olhar, considerando como objeto os problemas e as necessidades de
saúde e seus determinantes e condicionantes (hábitos alimentares, de vida
como o sedentarismo, consumo de álcool e tabaco representa riscos
importantes para a saúde da população) de modo que a organização da
atenção e do cuidado envolva, ao mesmo tempo, as ações e os serviços que
operem sobre os efeitos do adoecer e aqueles que visem ao espaço para além
dos muros das unidades de saúde e do sistema de saúde, incidindo sobre as
condições de vida e favorecendo as escolhas saudáveis por parte das pessoas
e dos grupos no território onde vivem e trabalham.
Em relação à Inatividade Física (Sedentarismo), houve evolução
desfavorável em ambos os sexos (ascendente) nos 06 anos analisados, com
exceção do ano de 2009, houve evolução favorável para as mulheres e no ano
de 2010, evolução favorável para os homens.
Entre 2006 e 2009 observou-se evolução desfavorável e
estatisticamente significante para o Excesso de Peso (ascendente), entre as
mulheres. No ano de 2010 e 2011, houve evolução favorável (descendente)
para as mulheres. Quanto aos homens está havendo oscilação no período
82
analisado, sendo que no ano de 2011 atingiu 55,8% dentre as capitais, sendo a
maior frequência entre as capitais.
Figura 32: Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção Para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL – 2006 a 2011 Fonte: VIGITEL/SESAU/DVS/DANT
Entre 2006 e 2010 observou-se evolução desfavorável e
estatisticamente significante para a obesidade em mulheres (ascendente).
Nos anos de 2006 a 2008 houve evolução desfavorável (ascendente) e
significante para os homens.
Quanto à Hipertensão Arterial Auto Referida, as mulheres apresentaram
média de índices superiores aos dos homens em todos os anos, porém, houve
decréscimo nos últimos 02 anos analisados
Considerando o Diagnóstico Médico prévio de Diabetes (ascendente em
ambos os sexos), nos anos de 2011 a 2012. As mulheres apresentaram média
de índices superiores aos dos homens em todos os anos. O percentual entre
os homens foi de 4,4% e entre as mulheres de 7,1% no ano de 2012.
83
Figura 33: Percentual de Diabetes( >18 anos) que referem diagnóstico médico de Diabetes, por sexo, Campo grande/MS, Vigitel, 2006-2011.Fonte: VIGITEL/SESAU/DVS/DANT
Quanto ao consumo abusivo de bebida alcoólica houve evolução
descendente em ambos os sexos nos anos de 2011 a 2012, sendo que, entre
as mulheres a redução foi de 5,8% e entre os homens, de 3,3%, nos 02 últimos
anos. O hábito de fumar houve evolução descendente em ambos os sexos nos
02 últimos anos
Figura 34: Percentual de adultos fumantes, por sexo, Vigitel, Campo Grande-MS.
84
Saúde do Trabalhador
A Saúde do Trabalhador é uma atribuição da Saúde Pública que prevê
o estudo, a prevenção, a assistência e a vigilância aos agravos à saúde
relacionados ao trabalho. A execução de suas ações é de competência do
Sistema único de Saúde (SUS).
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET) tem
como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente
pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo, através
de uma rede informatizada, para apoiar o processo de investigação e dar
subsídios à análise das informações de vigilância epidemiológica das doenças
de notificação compulsória.
Os agravos de saúde do trabalhador de notificações compulsória estão
descritos em Portaria.
Tabela 35: Série Histórica dos agravos relacionados à Saúde do Trabalhador residentes em Campo Grande-MS, 2009 a 2012. Agravos Saúde do Trabalhador 2009 2010 2011 2012 Total
Acidente Trabalho c/Exposição a Material Biológico 233 258 297 328 1116
Acidente de Trabalho Grave 78 351 671 1014 2114
Câncer Relacionado ao Trabalho 0 0 1 0 1
Dermatoses Ocupacionais 0 1 12 1 14
Intoxicações Exógenas 548 407 719 994 2668
Intoxicações Exógenas Relacionada ao Trabalho 21 13 21 33 88
LER DORT 0 1 3 26 30
PAIR 0 0 31 119 150
Pneumoconiose Relacionado ao Trabalho 1 0 1 0 2
Transtorno Mental 2 11 11 7 31
Total 883 1042 1767 2513 6205
85
Imunização
Em 2004 havia 57 salas de vacina em funcionamento no município, hoje
a rede municipal de saúde possui 72 salas de vacinas, em Estratégia de Saúde
da Família (ESF),unidade Básica Tradicional, Centro Regional de Saúde (CRS)
, distribuídas nos 04 distritos sanitários. Além das salas de vacinas, o serviço
também compreende a Câmara Fria, localizada no bairro Vila Margarida (junto
à Farmácia Central), local que funciona como estoque de imunobiológicos para
todo o município, onde atuam dois servidores responsáveis pelo
armazenamento, conservação, distribuição e transporte dos produtos.
O município conta ainda com um CRIE (Centro de Referência de
Imunobiológicos Especiais), o único do estado, localizado no Hospital Regional
de Mato Grosso do Sul (HRMS). Este Centro possui vacinas especiais, que não
fazem parte do calendário básico vacinal das Unidades de Saúde da REMUS,
indicadas para portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida e de
outras condições especiais de morbidade ou exposição a situações de risco e
também realiza a investigação dos casos de Evento Adverso Pós-Vacinal
(EAPV).
O quadro abaixo mostra a cobertura vacinal de nosso município nos
últimos anos:
Tabela 36: Histórico da Cobertura Vacinal, Campo Grande, MS, 2004-2012. Vacinas 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 BCG 111,15 107,67 100,50 106,74 103,93 106,96 94,06 116 109,88 Hepatite B 85,41 91,57 93,92 93,51 88,51 96,81 96,81 96 88,48 Polio 99,83 100,42 93,11 96,61 92,56 99,03 76,23 97 87,21 Tetravalente 92,42 99,67 95,12 99,87 95,27 102,96 78,58 101 92,13 Rotavírus** 0,00 0,00 56,60 84,49 80,74 86,13 71,19 88 86,5 Febre Amarela
69,57 95,14 86,59 92,21 85,43 92,44 72,32 97 92,13
Tríplice Viral
96,80 94,51 91,75 98,94 89,39 95,69 79,32 102 86,5
***Pneumo 10
*** *** *** *** *** *** 38,96 85 87,43
*Meningo. C * * * * * * 6,57 107 88,93 Camp. Contra Gripe
75,73 70,13 70,35 75,33 45,84 80,54 73,07 87,47 89,54
Camp. Pólio 1ªet.
92,43 81,26 86,50 84,76 89,53 95,59 83,22 93,4 95,95
Camp. Pólio 2ªet.
97,71 85,75 79,78 78,00 79,95 93,85 85,12 99,01 Não Teve
Fonte: SI-API. SEIM/CEPI/CGVS/DVS/SESAU/PMCG
86
** Vacina implantada a partir de março de 2006
*** a vacina Pneumo10 foi implantada a parti do dia 22 de março 2010. * a vacina Meningococica Conjugada C, foi implantada em 20 de outubro de 2010. **** a vacina Pentavalente e Esquema VIP/VOP, Foi implanta em 18 de agosto de 2012.
2012 – Não consta o mês de Dezembro, que ainda não se encerrou.
SAÚDE BUCAL
Campo Grande-MS, como ocorre no Brasil tem investido na redução
das desigualdades, entre elas o acesso aos serviços de saúde bucal, traduzido
por aumento nos últimos anos de equipes de saúde bucal, em todos os níveis
de atenção, com oferta de serviços públicos de qualidade, que envolvem a
promoção, prevenção, tratamento e recuperação.
Em consonância com a Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil
Sorridente – uma das políticas públicas que prevê elementos importantes
porque trabalha com eixos da atenção à saúde bucal a partir do incremento da
atenção básica por meio da Estratégia Saúde da Família priorizando os
programas assistenciais que vão desde a atenção ao bebê até o ciclo de vida
do idoso, ademais as áreas não cobertas pela ESF são também objeto de
atenção por meio das UBSs e Políclínicas, que transcende o conceito somente
de trabalho com o escolar, e foca na população adulta, de grande
necessidade,conforme perfil epidemiológico.
O último levantamento epidemiológico de Saúde Bucal realizado no
Brasil SBBrasil 2010 – com resultados apresentados em 2011, do qual Campo
Grande participou mostra os problemas principais de saúde bucal, entre eles o
de grande expressão ainda, que é a cárie dentária usualmente avaliada a partir
do índice CPO. Devido ao seu caráter cumulativo ao longo dos anos, o CPO é
sempre referido em relação à idade e um indicador utilizado internacionalmente
é o CPO aos 12 anos, pois reflete o ataque de cárie logo no começo da
dentição permanente, que no município vem apresentando resultado
satisfatório. Neste levantamento, adultos e idosos ainda apresentam
necessidades importantes e que precisam ser enfrentadas.
87
Tabela 37: Média do Índice ceo-d, CPO-D e proporção dos componentes em relação ao ceo/CPO total, segundo grupo etário e domínios da pesquisa, na Região CENTRO-OESTE. Brasil, 2010. Campo Grande (MS)
Hígido Cariado Obt/Cariado Obturado Perdido ceo-d/CPO-D
IC -0,95
n Média Média % Média % Média % Média % Média L.I. L.S.
5 ANOS 209 16,7 1,5 57,7 0,14 5,4 0,93 35,8 0,03 1,2 2,6 2,19 3
12 ANOS 206 23,47 0,6 36,4 0,11 6,7 0,94 57 0 0 1,65 1,23 2,07
15 A 19 ANOS 188 22,84 1 20,2 0,28 5,6 3,45 69,6 0,23 4,6 4,96 4,2 5,72
35 A 44 ANOS 379 11,86 1,48 7,9 0,89 4,8 9,07 48,6 7,23 38,7 18,66 17,95 19,37
65 A 74 ANOS 207 4,46 1 3,8 0,29 1,1 1,68 6,4 23,42 88,8 26,38 25,54 27,21
A doença periodontal também consiste em importante problema de
saúde bucal e aumenta com a idade, esta conjectura leva ao planejamento de
ações com ênfase na prevenção, além de forte componente de serviços na
especialidade, o que denota a necessidade de atenção integral. Com relação
ao edentulismo, avaliado pela necessidade de prótese, por referência estima-
se que na Região Centro Oeste 13% dos indivíduos de 35 a 44 anos tem
necessidade de prótese total, e 61% de 65 a 74 anos também apresentam esta
Condição.( SBBRASIL, 2010).
88
REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Campo Grande e a Rede de Saúde Municipal
A Rede de Saúde Municipal de Campo Grande (REMUS) tem na
Atenção Primária a Saúde, 28 (vinte e oito) Unidades Básicas de Saúde que
atuam no Modelo Tradicional, das quais 03 (três) localizam-se em Zona Rural;
34 (trinta e quatro) Unidades Básicas de Saúde da Família, distribuídas em
quatro Distritos Sanitários (Norte, Sul, Leste e Oeste), 06 (seis) Policlínicas
Odontológicas e 03 (três) Odontomóveis.
Enfocando os serviços de saúde bucal é importante considerar que
todas as unidades de saúde 24 hs e UPAs oferecem atenção odontológica.
além também com serviço itinerante de prevenção.
Na Atenção as Urgências, conta com 06 (seis) Centros Regionais em
atendimento 24hs, e 03 (três) Unidades de Pronto Atendimento e o SAMU.
O Serviço de Atendimento Móvel à Urgência (SAMU-192), implantado
em 2005, atua com uma equipe de 220 servidores, entre médicos reguladores,
médicos intervencionistas, enfermeiros intervencionistas, técnicos de
enfermagem, técnicos auxiliares de regulação médica (TARMs) operadores de
frota, administrativos e motoristas, com uma frota de 21viaturas funcionando 24
horas por dia. O SAMU está organizando o atendimento de urgência e
estruturando o atendimento pré-hospitalar móvel.
A implantação do Qualisus iniciou em 2005 e vem proporcionando
mudanças no processo de trabalho. Atualmente estas unidades funcionam em
conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências, em especial a
Portaria Ministerial 2.048/2002 e Portaria Ministerial 1600/2011 realizando
Acolhimento e Triagem Classificatória de Risco.
89
A Atenção as Especialidades dispõe de equipe multidisciplinar e serviços
de exames diagnósticos e por imagem. A rede própria é composta por serviços
de radiologia e imagens, sendo, 10 serviços de Ultrassonografia, 08 serviços
de radiologia, destes, 05 são serviços de Raios-X e dispõe de atendimento
ambulatorial e de urgência e 02 são serviços de mamografia.
As unidades especializadas compreendem: 01 Centro de
Especialidades Municipal (CEM); 01 Centro Ortopédico (CENORT); 01 Centro
de Atendimento à Mulher (CEAM); 01 Centro de Referência à Saúde do
Homem (CRSH); 01 Centro de Especialidades Infantil (CEI); 01 Centro de
doenças infecto parasitárias (CEDIP/SAE/HD); 01 Unidade Especializada de
Reabilitação e Diagnóstico (UERD); 06 CAPS: 01 CAPS i; 01 CAPS III, 01
CAPS AD; 02 CAPS II; 01 Centro de Atenção Psico-Social pós Trauma
(CAPPT); 02 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO III e CEO II) e
ambulatórios especializados (angiologia, oftalmologia, cardiologia,
otorrinolaringologia, neurologia, dermatologia, urologia, gastroenterologia,
endocrinologia, reumatologia, proctologia, nefrologia pediátrica, pneumologia,
homeopatia, acupuntura, cirurgias plásticas, geriatrias e pequenas cirurgias).
A rede hospitalar própria, conta apenas com o Hospital da Mulher que
realiza a assistência ao parto; curetagens; consultas médicas em gestantes e
puerpéras; atividades educativas; procedimentos de nutrição;
encaminhamentos para Teste do pezinho e Teste da orelhinha, com a oferta de
24 leitos, sendo 12 leitos cirúrgicos e 12 leitos pediátricos.
O Hospital DIA /CEDIP é unidade de referência em tratamento de
doenças infecciosas e parasitárias, onde é realizado as internações
hospitalares (dia) e encaminhamentos para internações em Hospitais de
referência e atendimento médico as emergências que não necessitam de
internação. O hospital DIA tem capacidade de 21 leitos, sendo 16 leitos dia, 04
clínicos e 01 destinado a pneumologia sanitária, o que denota que o maior
número de leitos destinados ao SUS está centrado na rede conveniada.
A figura abaixo demonstra como está organizada a rede de saúde
municipal.
90
Rede de Saúde Municipal
Figura 35 – Esquema ilustrativo da Rede de Saúde Municipal - SESAU
91
Figura 35: Mapa ilustrativo da Rede de Saúde Municipal - SESAU.
Atenção Básica
A Atenção Básica do município está organizada para ser
preferencialmente a porta de entrada da população, coordenando o cuidado e
reorientando para os outros níveis de atenção. Tem como filosofia a melhoria
da qualidade de vida e de saúde das pessoas a partir de um modelo com
enfoque na família e para a promoção da saúde e atenção continuada. O
objetivo é para que as equipes incorporem uma visão ampliada da
92
comunidade, especializando-se nos problemas de saúde mais comuns de sua
área e, sobretudo, considerando as necessidades de saúde dos usuários do
sistema. Enfatiza-se a humanização das práticas de saúde e a busca da
satisfação do usuário através do estreito relacionamento da equipe de saúde e
da comunidade.
A Rede de Atenção Básica de Campo Grande é organizada a partir de
territórios sobre os quais as unidades de saúde têm responsabilidade sanitária
e o seu processo de expansão com ênfase na efetivação da Estratégia de
Saúde da Família/ESF.
Estima-se que 80% desta população utilizam a Rede de Atenção
Assistencial do SUS em Campo Grande, que é composta por um conjunto de
serviços próprios e conveniados. Dados da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (TABNET, setembro/2012) informam que cerca de 25% da
população campo-grandense encontra-se vinculada à rede suplementar de
saúde com planos diferenciados quanto ao tipo de cobertura assistencial.
A Diretoria de Assistência/DAS é composta pela Coordenação da
Atenção Básica/CAB, que integra os Serviço de Supervisão da Estratégia de
Saúde da Família e Agentes Comunitários/SESFACS; Serviços de Supervisão
e Normatização Técnica/SESNOST, e a Coordenadoria de Supervisão da
REMUS/CSR.
Além dos 04 Distritos Sanitários que compõem a Atenção Básica estão
organizadas:
28 Unidades Básicas de Saúde/UBS
34 Unidades de Saúde da Família/USF
07 Policlínicas Odontológicas
03 Odontomóveis
01 Centro de Testagem e Aconselhamento/CTA
05 Núcleos de Apoio à Saúde da Família/NASF
Com os serviços de consultas médicas de pediatria, ginecologia, clínica
geral e de médicos da saúde da família, consultas de enfermagem,
atendimento odontológico, atendimento social, consulta psicológica, consulta
de nutrição, visitas domiciliares, imunização, inalação, curativo, coleta de
exames laboratoriais, testagem e aconselhamento do HIV/Aids e outras DSTs,
dispensação de medicamentos, dispensação de materiais médico-hospitalares
93
para usuários acamados, ações de educação em saúde, notificação de
doenças e agravos, ações de promoção de saúde e atividade física orientada.
Para tanto, a SESAU adotou como estratégia operacional de efetivação
das políticas de saúde, a organização da Atenção em Eixos Estratégicos,
orientados pelos ciclos de vida: Criança, Adolescente, Mulher/Homem e Idoso
agregando áreas técnicas afins, bem como as áreas transversais: Hipertensão
e Diabetes, Tuberculose e Hanseníase, DST/Aids, Tabagismo e Alimentação e
Nutrição.
Estratégia de Saúde da Família
O município de Campo Grande conta atualmente com 86 equipes de
saúde da família e 35,19% de cobertura, com perspectivas de expansão para
aproximadamente 50% até 2014. A constatação de que esta Estratégia
estabelece um modelo exitoso para a atenção básica tem incentivado a sua
expansão e priorização.
O Serviço de Gestão da Estratégia de Saúde da Família e Agentes
Comunitários de Saúde/ SESFACS, vem trabalhando em conformidade com as
legislações relativas à Política Nacional de Atenção Básica no país (Portaria
2.488 de 21 de outubro de 2011), estando as ações voltadas para a expansão
e implantação do modelo da Estratégia de Saúde da Família, norteado pelo
“Plano de Expansão da Estratégia de Saúde da Família 2010-2013”, aprovado
pelo Conselho Municipal de Saúde (sessão 267, de 24 de outubro de 2010),
que pautou o aumento das unidades com construções específicas de melhor
disposição e funcionalidade, fixação dos profissionais e equipes mais
resolutivas em seus processos de trabalho e de primordial importância, o
atendimento às necessidades dos usuários e a Unidade Básica de Saúde da
Família como porta de entrada do Sistema de Saúde, nas áreas cobertas pela
Estratégia.
O Plano de Expansão da Estratégia de Saúde da Família conta com 03
grandes eixos e considera a cobertura atual de 35,19%, este percentual deverá
ascender para os próximos anos. Ainda, novo Plano foi idealizado para 2014-
2017, que segue a Programação Plurianual do quadriênio.
94
A construção de novas unidades, a adequação dos recursos
materiais e dos recursos humanos são as variáveis que implicam no aumento
da cobertura, por isso a execução foi planejada de forma gradual. A relação de
construir, equipar e prover de RH, tem sido maximizada para operacionalizar o
planejado, com enfrentamentos rotineiros como o financiamento e a fixação de
profissionais médicos às equipes, sendo atualmente uma das maiores
dificuldades para efetivação da proposta de expansão da Estratégia de Saúde
da Família.
Núcleo de Apoio à Saúde da Família
Está prevista a implantação de novos Núcleos de Apoio à Saúde da
Família/ NASF para acrescer aos cinco existentes, prevendo uma cobertura de
100% de NASFs para as ESF, nos próximos 04 anos. O município objetiva a
ampliação da oferta de áreas transversais à ESF, visa otimizar as ações na
área, principalmente, sendo um marco no processo de trabalho que tem como
meta favorecer a promoção e prevenção, diminuindo também a referência para
outros setores da rede de serviços de saúde. Uma vez que, amplia-se a
resolução dos problemas de saúde dos usuários perto do seu domicílio, o que
favorecerá ao mesmo o acesso aos serviços. Além disso, pretende-se
consolidar o trabalho multi e interdisciplinar, com ferramentas da gestão da
clínica, que terá a prerrogativa do processo de trabalho em equipe.
95
Assistência de Urgência e Emergência
A rede municipal de urgência e emergência do município é composta de
3 (três) Unidades de Pronto Atendimento, sendo: UPA Vila Almeida, UPA
Coronel Antonino e UPA Universitário, e tem em construção 03 novos UPAS
(UPA Moreninha, UPA Santa Mônica e UPA Leblon), 6 (seis) Unidades de
Pronto atendimento Pré-Hospitalar fixo/24 horas a saber: CRS Tiradentes, CRS
Nova Bahia, CRS Guanandy, CRS Aero Rancho, CRS Moreninha III, CRS
Coophavila II e uma Unidade de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel –
SAMU/192 e o Hospital da Mulher.
A publicação do Decreto 7508, de 28 de Junho de 2011,
regulamentando aspectos da Lei 8080/90, no tocante ao Planejamento em
saúde, a assistência à saúde, a articulação interfederativa e a regionalização,
vem aprimorando processos e práticas inerentes a um novo ciclo de gestão no
SUS.
Neste tocante, enfocando um dos pressupostos deste decreto, a Região de Saúde, que é conceituada ¨espaço geográfico contínuo, constituído por
agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades
culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde¨. Assim, foi traçado
o Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências Macrorregiões de
Campo Grande e Corumbá (Diário Oficial n.8256/2012), na lógica de fortalecer
as regiões de saúde. Estas pactuações prevêem para um novo momento a
inserção de referência para os Municípios da região norte, sul e oeste aos
limites do Município de Campo Grande – MS à rede de urgência (UPAs) .
96
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO NAS UNIDADES 24HS
O Serviço de Atendimento Móvel à Urgência (SAMU-192), implantado
em 2005, conta com uma equipe de 220 servidores, entre médicos
reguladores, médicos intervencionistas, enfermeiros intervencionistas, técnicos
de enfermagem, técnicos auxiliares de regulação médica (TARMs) operadores
de frota, administrativos e motoristas, com uma frota de 21viaturas funcionando
24 horas por dia. O SAMU está organizando o atendimento de urgência e
estruturando o atendimento pré-hospitalar móvel.
A implantação do Qualisus iniciado em 2005 vem proporcionando
mudanças no processo de trabalho. Atualmente estas unidades funcionam em
conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências, em especial a
Portaria Ministerial 2.048/2002 e Portaria Ministerial 1600/2011 realizando
Acolhimento e Triagem Classificatória de Risco.
Conforme Resolução SESAU nº 87, de 3 de agosto de 2009 foi
implantado o protocolo de Classificação de Risco nos Centros Regionais. A
Classificação de Risco é realizada pelo Enfermeiro, mediante treinamento
específico com o objetivo de avaliar o grau de urgência das queixas dos
pacientes, colocando-os por ordem de prioridade de gravidade para o
atendimento. O usuário, ao chegar à unidade, passa pela recepção, é realizada
a ficha de atendimento. Após é avaliado e classificado de acordo com risco
potencial pela equipe de enfermagem e encaminhado ao consultório médico
para condutas posteriores.
97
Assistência Ambulatorial Especializada
A rede de atenção a saúde objetiva implementação das ações de media
e alta complexidade em complementação da atenção básica e contribui para
que o sistema público de saúde atenda integralmente a população.
A média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços
que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população,
cuja complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade
de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o
apoio diagnóstico e tratamento.
A Rede Municipal de Saúde - REMUS, além da rede própria, conta com
serviços contratados e conveniados, para alguns procedimentos/atendimentos,
a oferta de serviços ainda tem sido insuficiente para atender às necessidades
de saúde da população da macrorregião de Campo Grande, assim como a
demanda das outras regiões de nosso estado, visto que a maioria dos serviços
de maior complexidade concentra-se nesta capital.
A rede própria é composta por serviços de radiologia e imagens, sendo,
10 serviços de Ultrassonografia, 08 serviços de radiologia, destes, 05 são
serviços de raio x e dispõe de atendimento ambulatorial e de urgência e 02 são
serviços de mamografia. As unidades especializadas que compõe a rede estão
dispostas conforme abaixo:
01 Centro de Especialidades Municipal - CEM;
01 Centro Ortopédico - CENORT;
01 Centro de Atendimento à Mulher - CEAM;
01 Centro de Referencia a Saúde do Homem - CRSH;
01 Centro de Especialidades Infantil – CEI;
01 Centro de Doenças Infecto parasitárias – CEDIP/SAE/HD;
01 Unidade Especializada de Reabilitação e Diagnóstico – UERD;
98
06 CAPS: 01 CAPS i; 01 CAPS III, 01 CAPS AD; 02 CAPS II ; 01 Centro
de Atenção Psico Social pós Trauma – CAPPT
02 Centros de Especialidades Odontológicas - CEO III e CEO II;
Ambulatórios especializados
Regulação
Para regular o acesso a oferta de vagas, a rede conta com a Central
Municipal de Regulação de Especialidades Médicas que por meio do SISREG
vem ordenando o sistema e garantindo a integralidade das assistências.
Houve também por parte do Município a inserção quanto a regulação de
urgência e emergência, por meio do SAMU REGIONAL com inicio da regulação
regional em 05 março de 2012, Portaria Ministerial Nº 4.127, DE 17 DE
DEZEMBRO DE 2010; Resolução SES/MS n. 103 (Diário Oficial Estadual
n.7.788 de 15 de setembro de 2010) e Diogrande (D.O. Municipal) nº 3404 do
dia 28 de novembro de 2011, o Termo de Cooperação Mútua , cooperação esta
assinada entre os Prefeitos dos Municípios de Terenos, Ribas do Rio Pardo,
Sidrolândia e Campo Grande/MS, onde ficou definido a implantação do SAMU
Regional Campo Grande.
99
Assistência Farmacêutica
A Assistência Farmacêutica (AF) reúne um conjunto de ações voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, por meio da promoção do acesso
aos medicamentos e uso racional. No âmbito municipal, tais ações consistem
na seleção de medicamentos, programação, aquisição, distribuição e avaliação
de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da
melhoria da qualidade de vida da população. A AF tem ações compartilhadas
entre as três esferas de Governo.
O modelo assistencial adotado pelo município é aquele que mantém a
dispensação de medicamentos funcionando no mesmo prédio das Unidades de
Saúde. No momento são 77 unidades que dispõe de medicamentos,
distribuídos nos quatro distritos sanitários.
Assistência Laboratorial
O município conta apenas com um laboratório da rede própria para
realizar exames de Hematologia, Bioquímica, Imunologia, Microbiologia,
Parasitologia, Urinálise, Baciloscopia, e análise de água.
Pela série histórica demonstrado na figura abaixo, observa-se um
aumento significativo ao longo dos anos, decorrentes ao aumento da demanda
pelo crescimento populacional e momento de epidemias, como a DENGUE.
Estão distribuídos nas unidades básicas de saúde 41 postos de coletas,
que seguem fluxo para o Laboratório central. A situação atual sinaliza a
necessidade de expansão do serviço, tendo em vista o número de unidades
existentes, o que traz a preocupação neste Plano, da Construção de uma sede
para o Laboratório e a ampliação dos serviços.
100
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Colunas3
Colunas1
Colunas2
Figura 36: Série histórica anual de número de exames realizados 2005-2013(atual), Campo Grande, 2013.
Tabela 38: Número de exames realizados 2005-2013, por mês do respectivo ano, Campo Grande- 2013.
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
2005 40.091 40.794 53.563 58.832 55.935 57.407 52.754 57.091 48.802 40.947 44.466 53.291 603.973
2006 53.274 50.536 65.086 53.233 62.331 54.984 57.122 62.905 54.352 56.455 60.660 55.325 686.263
2007 56.484 64.694 61.245 63.100 62.125 52.010 56.006 59.929 53.817 63.115 51.883 43.669 688.077
2008 52.581 48.833 51.932 59.099 48.826 51.621 76.901 67.792 74.817 73.670 71.559 57.673 735.304
2009 73.386 70.163 87.154 79.178 83.372 71.647 86.616 76.545 84.504 73.586 75.263 73.320 934.734
2010 98.149 89.143 117.617 108.613 96.534 85.922 57.251 93.157 95.188 85.507 77.801 74.120 1079002
2011 100.802 106.227 102.220 89.870 108.133 101.684 111.808 120.417 119.289 103.120 103.226 112.369 1279165
2012 119.218 115.822 139.640 118.109 132.818 124.800 136.754 145.571 123.283 163.856 137.692 144.235 1601798
2013 247.938 222.046 190.688 193.200 169.794 - - - - - - - 1.023.666
102
Rede Hospitalar
Campo Grande possui dois Estabelecimentos de Assistência à
Saúde (EAS) localizados nos distritos leste e norte, o primeiro o Hospital da
Mulher – Vó Honória e o segundo, o Hospital DIA( atendimento as doenças
infecto contagiosas) e ambos respondem por 45 leitos SUS.
A maior oferta de leitos SUS está centrado na rede conveniada, e
atualmente respondem por 1563 leitos. A seguir, estão elencados os Hospitais
existentes no Município de Campo Grande ( públicos, privados e da rede
própria).
Figura 37: Disposição Geográfica dos Hospitais.
103
Quanto a atenção hospitalar, o município tem enfrentado desafios para
organizar a rede de serviços neste nível de atenção, devido às várias
dificuldades enfrentadas no setor que basicamente possui oferta de serviços na
rede conveniada, agravados ainda por alguns fatores, entre eles: a existência
de apenas dois hospitais próprios com a tipologia de pequeno porte, destinados
à assistência as doenças infecto-contagiosas e maternidade, ainda, pelo fluxo
de pacientes advindos do interior do Estado e a insuficiência de leitos.
A população campograndense por meio dos Conselhos de Saúde e
entidades representativas clama por melhorias neste setor, principalmente em
relação aos hospitais públicos, devido aos problemas enfrentados decorrentes
aos déficits de leitos, agravados pelo aumento significativo de internações por
causas externas, a exemplo, os acidentes de transito que se configuram como
um expressivo problema de saúde pública e impacta a oferta dos leitos.
A atual realidade dos hospitais públicos do município se assemelha aos
demais pelo país, onde se configura filas para as cirurgias eletivas; paciente
nos corredores em maca aguardando leitos, o que denota superlotação;
dificuldade de acesso a tratamento hospitalar em caráter eletivo, migração dos
serviços públicos para contratados e/ou conveniados, carência de suporte
logístico hospitalar para apoio diagnóstico de pacientes SUS, fragmentação
entre os serviços de saúde e os hospitalais, o que demonstra pouca
incorporação de pontos de atenção à saúde.
Diante da problemática, o Plano vigente sinaliza ações para este nível
de atenção visando otimizar o acesso.
104
Vigilância em saúde
Na Vigilância temos três grandes eixos: Sanitária, ambiental e
epidemiológica.
A Vigilância Sanitária atua em mais de 250 atividades
relacionadas aos seguintes serviços existentes na Coordenadoria de Vigilância
Sanitária e Ambiental:Serviço de Fiscalização de Alimentos (SEFAL); Serviço
de Fiscalização de Estabelecimentos de Saúde (SEFES);Serviço de
Fiscalização de Medicamentos (SEFMED); Serviço de Saneamento e Vigilância
Ambiental (SSVA);Serviço de Saúde do Trabalhador (SESTRAB);Serviço de
Inspeção Municipal (SIM).
Há ainda a interação da Vigilância Sanitária com a Vigilância
Epidemiológica, Centro de Controle de Zoonoses, SEMADUR, Defesa do
Consumidor (Procon), Delegacias Especializadas (Decon, Decat, Defurv),
Ministério Público, Conselho Municipal e Estadual de Saúde, entidades de
classe (CRO, CRF, CRMV, etc.) entre outros órgãos com atividades afins à da
VISA.
As equipes de Fiscalização estão distribuídas em 5 (cinco)
Distritos Sanitários (Norte, Sul, Leste, Oeste e Central) para otimizar o
atendimento as demandas de fiscalização e entendimento da realidade de cada
bairro da cidade.
105
A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica – CVE também
coordenação componente do eixo das vigilâncias, tem como objetivo:
coordenar a elaboração e a execução da Política Municipal de Vigilância
Epidemiológica, propor normas para o planejamento e execução das ações de
Vigilância Epidemiológica em conformidade com as diretrizes dos SUS. Além
das ações de Imunização, Estatísticas vitais e Verificação de óbito com
articulação com órgãos das diferentes esferas governamentais e organizações
não governamentais que atuam na área da vigilância epidemiológica, com
vistas a integração das ações educativas e preventivas como forma de
sensibilizar a população sobre as questões relacionadas à prevenção de
doenças transmissíveis e não transmissíveis. Conta com os Serviços:Vigilância
Epidemiológica das Doenças Transmissíveis, Vigilância Epidemilógica das
Doenças Não Transmissíveis, de Imunização, de Estatísticas Vitais em Saúde,
Serviço de Verificação de Óbitos.
Da mesma forma, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campo
Grande é o órgão responsável pelo desenvolvimento de ações objetivando o
controle de agravos e doenças transmitidas por animais (zoonoses), através do
controle das populações de animais domésticos (cães, gatos e animais de
grande porte) e o controle de animais da fauna sinantrópica (morcegos,
pombos, roedores, caramujos, carrapato e pulga entre outros). O Centro conta
com um Laboratório de Diagnóstico de Zoonoses cujo objetivo principal é
contribuir com as ações das vigilâncias epidemiológicas e ambiental, e no
controle das principais zoonoses urbanas.
Realiza também, o exame da qualidade da areia das áreas de lazer de
escolas, praças públicas e outras, prevenindo a transmissão de agravos como
bicho geográfico, toxocaríases e ancilostomíases.Conta com os Serviços:
Serviço de Controle da Raiva e de Outras Zoonoses, Serviço de Controle de
Roedores, Animais Peçonhentos e Sinantrópicos, Serviço de Laboratório de
Controle de Zoonoses, de Entomologia, de Controle de Vetores e de Apoio
Operacional.
106
A SESAU conta ainda com a Unidade de Resposta Rápida (URR) foi criada
em 22 de Abril de 2008, por meio do Decreto nº 10456 e tem como objetivos:
- Divulgar e manter meio de comunicação permanente e eficiente de
modo a facilitar o recebimento das notificações de emergência em saúde
pública;
- Sanar as dúvidas e orientar os profissionais quanto às doenças que
necessitam de ações imediatas;
- Coletar ou orientar a coleta de material para exames laboratoriais para
elucidação diagnóstica e encaminhá-los ao laboratório;
- Detectar, monitorar e avaliar a ocorrência de eventos de relevância
estadual e nacional, resultando na mobilização de técnicos e gestores
envolvidos no evento notificado para o início do processo de verificação,
resposta e monitoramento;
- Manter insumos e equipe técnica necessária para o processo de
verificação e respostas às emergências em Saúde Pública.
Visando caracterizar o atendimento prestado pela URR entre os anos de
2010 e 2012, foi realizado levantamento das principais atividades
desenvolvidas pelo setor. Os dados aqui apresentados referem-se aos
atendimentos do período noturno, feriados e finais de semana, visto que estes
são registrados no livro do plantão, facilitando a tabulação dos dados. Vale
destacar que a URR mantém seu funcionamento 24 horas.
Dentre as atividades executadas são realizadas a coleta de aspirado de
nasofaringe para H1N1 e transporte das amostras ao LACEN; coleta,
acondicionamento e transporte ao laboratório de referência (LACEN) de
material de nasofaringe para coqueluche; entrega de Anfotericina B Lipossomal
após prévia análise dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde;
quimioprofilaxia em comunicantes de meningite; orientações sobre uso de
vacinas, imunoglobulinas e soros; intervenção em situações de surto por DTA
(Doenças de Transmissão Alimentar e Hídrica); intervenção em casos
suspeitos de dengue, com transporte de material (NS1 / isolamento viral) e
atendimento em casos suspeitos de malária.
107
Determinantes e Condicionantes de Saúde
As principais causas das iniqüidades em saúde, aparecem das
condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem,estas
condições são conhecidas como Determinantes Sociais em Saúde e incluem
os fatores sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde.Atuar
sobre os problemas da região de saúde, propondo políticas, programas e
intervenções aos Determinantes Sociais em Saúde com processos
participativos, transparentes e inclusivos aumentando a equidade no acesso e
a qualidade dos serviços ofertados a população deve ser um objetivo de
gestão.
É possível identificar nos últimos anos em Campo Grande uma série de
iniciativas, promovidas através de programas, ações e atividades de grande
impacto sobre o desenvolvimento, estabelecidas pelo governo, nas esferas
federal, estadual e municipal, de prestação de serviços para a sociedade em
geral, visando assegurar direitos de cidadania, estabelecendo metas e
encaminhando soluções para resolver problemas sociais nas mais diversas
áreas, como educação, saúde, assistência social, habitação, lazer, transporte,
segurança e meio ambiente.
Em Campo Grande temos instituídos mecanismos de gestão de
políticas sociais que envolvem a participação popular, como os conselhos
locais de saúde, que preencheram em seminário, em 2013, o instrumento do
Perfil de necessidade local, quanto às principais Políticas Públicas, indicando
os pontos críticos diante da realidade vivenciada no cotidiano. O quadro abaixo
mostra o resultado da indicação dos conselheiros de saúde sobre o
entendimento quanto a ítens necessários para implementação de Políticas
Públicas dentro do município.
108
Quadro 25 - Perfil das necessidades sentidas pelo controle social, por ordem
de preferência, no Seminário ¨Caminhos da Gestão Participativa¨, referente
Aos eixos associados as Políticas Públicas, 2013
Políticas Públicas Necessidade Sentida pela população Escore* Assistência Social Centro de Educação Infantil - CEINF
Centro de Referência da Assistência Social - CRAS
Centro de Convivência do Idoso-CCI Habitação Conjuntos Habitacionais
Pavimentação asfáltica Rede de drenagem fluvial Rede de Esgoto
Educação Escola de Ensino Fundamental Escola de Nível Médio Escola de Tempo Integral Escola Técnica Ensino de Jovens e Adultos
Emprego e Renda FUNSAT Itinerante Curso de Geração de Renda Incubadora
Esporte e Lazer Praças Ginásio de Esportes Pista de Caminhada Ciclovias Pólos de Academia
Transporte Inserção de Linha de ônibus no Bairro Ampliação de Terminais Rodoviários Aumentar a Frota de Coletivos em horários de pico
Ônibus adaptados para acessibilidade do deficiente físico
Segurança Posto policial Rondas Policia Comunitária
*Escore – 52 Conselhos locais respondentes
Escore Cor %de usuários que
sinalizaram a necessidade
sentida
Grande referência Igual ou maior 60%
Média referência 30 a 59%
Referência 0 até 29%
109
Gestão em Saúde
A gestão em saúde é de fundamental importância, compreendendo
sinteticamente duas linhas, uma relacionada à organização do trabalho em si,
considerando tanto o processo, como o produto e a outra, decorre das
exigências para a sua condução, o que significa a coordenação das ações
específicas de cada parte desse trabalho, no intento do alcance de produtos e
resultados globais em níveis de eficiência e eficácia, precedidos por um amplo
diagnóstico da realidade social, econômica e política.
Neste esquema, apontamos os Programas que nortearão os trabalhos
da gestão, seguindo a linha PPA 2014-2017,
1. Fortalecimento da atenção Básica
2. Implementação da rede de serviços de saúde da média e Alta complexidade
3. Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS
4. Fortalecimento da Vigilância em Saúde
5. Modernização da Gestão Municipal de Saúde e Implementação da
Articulação Interinstitucional
Elencamos também o total de 11 ( onze) Diretrizes apontadas pelo
COAP e validadas pelo Conselho Municipal de Saúde, também alinhadas ao
PPA 2014-2017.
110
DAS DIRETRIZES NACIONAIS CONTRATO ORGANIZATIVO DE AÇÃO PÚBLICA – COAP
Diretriz 1 – Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo
adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção
básica e da atenção especializada;
Diretriz 2 – Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades
de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de prontos-
socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção;
Diretriz 3 – Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da “Rede
Cegonha”, com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade;
Diretriz 4 – Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de
Crack e outras drogas;
Diretriz 5 – Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas,
com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção;
Diretriz 6 – Implementação do subsistema de atenção à saúde indígena, articulado com o SUS, baseado
no cuidado integral, com observância às práticas de saúde e às medicinas tradicionais, com controle
social, e garantia do respeito às especificidades culturais;
Diretriz 7 – Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e
vigilância em saúde;
Diretriz 8 – Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS;
Diretriz 11 – Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização
das relações de trabalho dos trabalhadores do SUS;
Diretriz 12 – Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com
centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em resultados, participação social e
financiamento estável;
Diretriz 13 – Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade
e eficiência para o SUS;
111
Descentralização/Regionalização
Ao longo do processo de constituição do Sistema Único de Saúde (SUS)
ocorreu a edição de uma série importante de leis e normas, com vistas ao
fortalecimento e consolidação de uma saúde pública de acesso universal
apontando, dentre os avanços alcançados, o processo de descentralização da
gestão e os novos paradigmas sobre sua organização e funcionamento, com
vistas a sanar as necessidades atuais da realidade social e política do País,
fato que tornou necessária a proposição de novos elementos
institucionalizantes.
Desta forma, o SUS configura-se hoje pela conjugação das ações e
serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde executados pelos
entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a participação
complementar, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada. Com
o advento da publicação do Decreto 7.508/11 que regulamenta aspectos da Lei
8.080/90, no que se refere ao planejamento da saúde, a assistência à saúde, a
articulação interfederativa e a regionalização, dentre outros aspectos.
Os processos e práticas inerentes a este novo ciclo de gestão no SUS,
que define a Região de Saúde como um espaço geográfico contínuo,
constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de
identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e
infraestrutura de transportes compartilhados.
Neste contexto, com a finalidade de integrar a organização, o
planejamento e a execução de ações e serviços de saúde, o Contrato
Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) surge como um acordo de
colaboração firmado entre entes federativos para organizar cada região de saúde
de acordo com as redes de atenção como: Materno-Infantil, Urgência e
Emergência, Doenças Crônicas, Saúde Mental e Doenças Infecto-Contagiosas.
Com isso são designadas as obrigações de cada esfera administrativa, sendo
elas federais, estaduais e municipais para fazer a rede funcionar, dando
suficiência para.
O Mato Grosso do Sul assinou o COAP, fato ocorrido em 2012, sendo o
primeiro Estado a possuir cem por cento de adesão das suas “macrorregiões”
112
(Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas) e seus respectivos
municípios.
Campo Grande participa ativamente deste momento e em 2013 elaborou
a proposta para repactuação das Responsabilidades Executivas do COAP,
para fins de assinatura do termo aditivo, junto a SES/MS, considerando a
aprovação do rol de indicadores de saúde para o mesmo contrato, na
Comissão Intergestores Tripartite – CIT, para o período 2013-2015.
Humanização
A Política de Humanização da Atenção e da Gestão (PNH) foi criada
em 2003, e tem por objetivo qualificar práticas de gestão e de atenção em
saúde. Uma tarefa desafiadora, uma vez que na perspectiva da humanização,
isso corresponde à produção de novas atitudes por parte de trabalhadores,
gestores e usuários, de novas éticas no campo do trabalho, incluindo aí o
campo da gestão e das práticas de saúde, superando problemas do cotidiano
do trabalho.
Em Campo Grande a Política de Humanização é um desafio, visto que
exige mudanças no modelo de gestão e de atenção à saúde, como o
entendimento da co-gestão, a inovação do processo de trabalho, a melhoria da
qualidade dos ambientes de cuidado e da assistência, e a satisfação do
usuário, em consonância com o trabalho em redes, proposta que deverá ser
trabalhada neste Plano.
Controle Social
O Sistema Único de Saúde tem como um de seus princípios definidos na
constituição federal a participação social, na perspectiva de democratizar a
gestão da saúde
A Lei n.º 8.142/90 (BRASIL 2006), foi resultante da luta pela
democratização dos serviços de saúde, representou e representa uma vitória
113
significativa. A partir deste marco legal, foram criados os Conselhos e as
Conferências de Saúde como espaços vitais para o exercício do controle social
do Sistema Único de Saúde (SUS). Salientando que o controle social se refere
à participação da comunidade no processo decisório sobre políticas públicas.
Para operacionalizar a participação social a Secretaria Municipal de
Saúde de Campo Grande – MS, tem em seu organograma o Serviço de Apoio
à Gestão Participativa e ao Controle social cujo objetivo principal é a
democratização da gestão, desenvolvendo ações para fortalecer o controle
social e propiciar espaços ampliados de participação na esfera do SUS,
conforme estabelecido em lei, o município tem buscado trabalhar de forma
coesa o Controle Social através da interação com o Conselho Municipal de
Saúde, conselhos distritais e conselhos locais de saúde.
FORTALECIMENTO DA GESTÃO PARTICIPATIVA
Conforme constitucionalmente estabelecida como diretriz de
organização do SUS, a participação popular foi assegurada por Lei, em 1990,
por meio das Conferências de Saúde e a organização dos Conselhos de
saúde, nas três esferas governamentais.
O Município de Campo Grande vem desenvolvendo ao longo dos
últimos anos as Conferências de Saúde, e este Plano Municipal ora
apresentado é prova cabal, de que o produto destas tem sido verdadeiros
arcabouços das indicações das propositivas da comunidade e na visão desta,
dos seus principais problemas de saúde e dos caminhos para a superação
destes. Assim, este documento baseou-se na VI Conferência Municipal de
Saúde – Todos Usam o SUS, realizada em 2011, que foi em 2013 reavaliadas
e atualizadas por meio de um Seminário de Debates.
114
As conferências registradas no CMS, estão aqui sinalizadas:
1991-I Conferência Municipal de Saúde Tema: Concentrando a discussão na distritalização do município 1995 - II Conferência Municipal de Saúde Tema: Distritalização da saúde em Campo Grande 2000 – III Conferência Municipal de Saúde Tema: Construindo o SUS: até onde chegamos? 2003 – IV Conferência Municipal de Saúde Tema: O SUS após 15 anos: questões estratégicas 2007 – V Conferência Municipal de Saúde Tema: Saúde e Qualidade: Política de Estado e Desenvolvimento 2011 – VI Conferência Municipal de Saúde Tema: Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Pública, Patrimônio do Povo Brasileiro.
Se, por um lado, o compromisso das conferências tem sido
sistematicamente seguidos, espera-se que também haja a efetivação de
espaços permanentes de participação da sociedade, com constante
fortalecimento destes, tendo em vista que objetivamente pretende-se que a
sociedade possa ter a co-responsabilidade no âmbito das indicações dos
problemas de saúde, de opinar sobre os serviços na busca da eficácia e
eficiência destes, agregando-se o conceito de empoderamento da cidadania e
de políticas sanitárias de construção cidadã, que seja estruturada desde o
nível local, tendo em vista que desta forma, poderá ser consolidado um sistema
de saúde baseado na real necessidade da população.
Nesta seara, os Conselhos Municipal, Distrital e Local devem estar
ativos. A Capital conta atualmente com o Conselho Municipal de Saúde
atuante, 04 Conselhos Distritais e 67 Conselhos Locais, estes últimos com 672
Conselheiros, como mostra o quadro a seguir por unidade saúde.
115
Distrito Sul Distrito Norte Distrito Oeste Distrito Leste
Vila Carvalho 8 Cel Antonino 16 Vila Almeida 16 Moreninha 16
Aero Rancho 8 Nova Bahia 8 Coophavila II 16 Tiradentes 16
Guanandy 8 Estrela Dalva 16 Aero Italia 8 Universitário 16
Alves Pereira 8 Noroeste 8 Caiobá 8 Itamaracá 8
Botafogo 8 Seminário 8 São Conrado 8 MAPE 8
Cohab 16 José Abrão 8 Serradinho 16 Três Barras 8
Iracy Coelho 8 José Tavares 16 Tarumã 8 Calota 8
Los Angeles 8 Mata do jacinto 8 Zé Pereira 8 Cidade Morena 8
Macaubas 8 Marabá 8 Aguão 8 Moreninha 16
Mario Covas 8 Nova Lima 8 Bonança 8
Nova Esperança 8 NSª Senhora das Graças 8 Buriti 8
Parque do Sol 8 São Benedito 8 Caiçara 8 Paulo Coelho Machado 8 Vida Nova 8 Indubrasil 8
Vila Corumbá 8 Estrela do Sul 8 Lar do Trabalhador 16
Anhanduí 8 São Francisco 8 Popular 8
Jockey Club 8 Rochedinho 8 Santa Carmélia 8
Pioneira 8 Vila Nasser 8 Silvia Regina 8
26 de Agosto 16 Cedip 8 Batistão 8
Cem 16 Polic. Estrela do Sul 16 Antarctica 8
Santa Casa 24
Hospital Regional 16
Total 216 184 184 88
Neste sentido, regimentos internos foram elaborados onde estão
definidos as finalidades e competências. No Regimento Interno dos Conselhos
Distritais de Saúde de Campo Grande-MS, publicado no DIOGRANDE n.1340
de 18/06/2013, na seção II – Das competências, no artigo 2º, inciso IV:
¨analisar e aprovar o Plano Distrital de saúde, bem como sua atualização
periódica adequando-o sempre a realidade epidemiológica e capacidade operacional
dos serviços de saúde.¨
Nesta linha de ação, resgata-se neste Plano esta cláusula com a
proposição do fortalecimento da gestão participativa por meio do apoio a
116
elaboração dos PLANOS DISTRITAIS, como instrumentos legítimos de
participação social e gestão integrada. Esta consigna aparece no corpo no
descritivo do PMS 2014-2017, na INICIATVA 03, do Programa da
Modernização da Gestão Municipal de Saúde e Implementação da Articulação
Interinstitucional, na ação 02 que prevê a Consolidação da Gestão
Participativa, e desdobra-se na PAS coincidentemente com a mesma iniciativa,
confirmada por meio da ação especifica: Fomentar a elaboração,
monitoramento e avaliação dos Planos Distritais de Saúde em consonância
com o PMS em curso, fortalecendo a gestão participativa, com o propósito
operacional de termos 04 Planos Distritais ( Norte, Sul, Leste e Oeste).
Ressaltamos que esta é uma antiga reivindicação destes Conselhos
para que esta ação seja de fato consolidada, que segundo o Plano já elaborado
do Distrito Sanitário Norte, que realizou Seminário próprio e no produto obtido,
na introdução deste pontua: ¨ tem o propósito de fortalecer o Conselho Distrital de Saúde, e
firmar sua identidade, além de se fortalecer para atender sua
própria comunidade, e conselhos locais de sua área de
abrangência, surge a proposta de criarmos um Plano próprio,
até mesmo reconhecendo ações locais como significativas e
relevantes a promoção de saúde e controle sanitário em nosso
município. ( Plano Distrital de Saúde, Distrito sanitário Norte,
2013).
EDUCAÇÃO PERMANENTE
O Departamento de Educação Permanente/DEP foi criado oficialmente
em 23 de outubro de 2009, publicado no DIOGRANDE n. 2.898, resolução
conjunta SESAU/SEMAD n. 19, de 26/10/2009, Seção IV (Anexo I), com a
competência de coordenar a formulação e a execução da Política Municipal de
Educação Permanente para o SUS. Tem como objetivo planejar, organizar,
implementar as ações de educação em saúde, em resposta às necessidades
117
educacionais apontadas pelos profissionais da rede e pelas diversas diretorias
e coordenadorias desta secretaria.
A Educação Permanente na SESAU está estruturada em dois
eixos de atuação: a Qualificação Profissional e a Integração Ensino e Serviço,
sendo que neste Plano Municipal de Saúde estaremos construindo a Política
de Educação Permanente que deverá identificar as necessidades de ação,
emergentes e de longo prazo e ampliar a capacidade operacional para os
processos de educação permanente, desta forma, é evidente a necessidade de
investimentos e esforços para a constituição de uma estrutura que garanta a
geração de aprendizado permanente, incluído outros atores como parceiros
nesse processo, como é o caso das universidades e demais instituições de
ensino na área da saúde.
EDUCAÇÃO NA SAÚDE
Segundo os princípios da Constituição Federal de 1988, compete ao
SUS “ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde” (BRASIL,
1988, art. 200, inciso III),o art. 27 da lei 8080/90 reconhece que os serviços
públicos que integram o SUS constituem campo de prática para o ensino e a
pesquisa, de modo a articular os interesses das Instituições de Educação
Superior (IES) e do SUS, com vistas à melhoria da qualidade do atendimento à
população.
A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande – SESAU
vem aperfeiçoando o espaço para a prática do ensino em toda a rede de
serviços de saúde do município definindo normas e fluxos dos convênios de
cooperação mútua com instituições de ensino, sociedade civil organizada e
outras instituições parceiras, de maneira articulada com os diversos setores, e
propiciando atividades dentro dos projetos AprenderSUS, VerSUS, Pró-Saúde,
e as Residências Multiprofissionais;
118
Gestão em Saúde
O planejamento em saúde tem se tornado cada vez mais necessário,
porque direciona os caminhos, elenca as possibilidades e acima de tudo,
orienta a tomada de decisão, e portanto configura-se como um mecanismo de
gestão, que contribui para a consolidação do SUS.
Se a importância é estabelecida, é necessário refletir que cada vez mais
o processo de planejamento tenha que ser encarado como um processo
dinâmico, que tenha flexibilidade e que seja entendido por todos os atores que
integram o setor.
Existe um arcabouço legal que trata a matéria, com respaldo em
Portarias e Leis que norteiam a organização das peças a serem apresentadas.
É sabido que este processo de formulação tem que ser ascendente,
assegurando o princípio de unicidade do SUS e participação social.
Torna-se oportuno, neste ponto, dar visibilidade ao modelo integrado
de planejamento e orçamento, que permeou a construção deste Plano.
Todavia, considera-se que o orçamento público não é apenas como uma peça
técnica que explícita as fontes de financiamento e as despesas apresentadas
pelo Poder Executivo. O subfinanciamento da saúde tem despertado
preocupação crescente tanto para os gestores como para toda a sociedade.
Apesar da Lei Complementar 141/2012 regulamentar os valores
mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios em ações e serviços públicos exclusivos na saúde: municípios, 15%
de suas receitas; estados, 12% de suas receitas; e a União o valor do ano
anterior acrescido da variação do PIB, é de fundamental debate a suficiência
destes, no sentido de assegurar a universalidade e integralidade diante de um
cenário de restrições orçamentárias e financeiras e alocar recursos de forma
equânime em um país de tantas desigualdades sociais e regionais, o que tem
transformado em um grande desafio para os gestores, e por conseguinte ser
traduzido em diálogo com toda a sociedade.
119
Assim sendo, o PLANO, ora apresentado, traz a seguir planilha da
perspectiva orçamentária dos anos 2014-2017.
Por outro lado, no campo do monitoramento e da avaliação constitui
seara em que é farta a disponibilidade de referencial teórico, de metodologias e
de instrumentos, razão porque se torna oportuno explicitar o entendimento que
será aqui atribuído a alguns termos e expressões.
Uma síntese dos conceitos mais comumente aceitos é de que o
monitoramento é o acompanhamento continuado dos compromissos (objetivos,
metas e ações), explicitados nos instrumentos básicos do Planejamento do
SUS (BRASIL,2010). Enquanto processo sistemático e contínuo que, ao
produzir informações sintéticas e em tempo eficaz, permite a rápida avaliação
situacional e a intervenção oportuna que confirma ou corrige as ações
monitoradas, é requisito imprescindível para que se faça o exercício da
avaliação.
Em ambos os casos, monitoramento e avaliação, busca-se identificar
pontos de fragilidade que merecerão a adoção de medidas ou intervenções por
parte dos responsáveis, visando superar os desafios que impedem o avanço do
que está proposto assim como de explicitar avanços, aspectos positivos e
melhorias em situações, realidade e processos objetos de intervenção, no
sentido da valorização dos envolvidos e da verificação do cumprimento de
propósitos e responsabilidades. “O monitoramento é habitualmente entendido como o processo de acompanhamento da implementação de determinadas ações, tomando-se como base o que um projeto (ou equivalente) estabelece como metas de sua implementação (planejamento).Refere-se ao acompanhamento, avaliação, e monitoramento de objetivos e metas alcançadas com uma intervenção (metas pré estabelecidas, esperadas). É feito na rotina dos serviços, permitindo inclusive maior agilidade na correção de rumos. Para isso são utilizados indicadores que reflitam o alcance (ou não) dessas metas, indicadores esses que podem significar/representar os processos instalados e/ou produtos obtidos” Planeja SUS, Caderno 2, 2008)¨.
Consagrar esse momento em que se dirige um olhar para a execução
das ações, a Gestão deve incitar seu corpo técnico, com atuação na
atenção/assistência, como também na gerência, para promover uma análise
120
crítico-reflexiva sobre as práticas adotadas e quais os caminhos, produtos e
resultados demandados dessa atuação coordenada, estabelecida na
programação.
Conseqüentemente, há que se produzir uma gama de subsídios e
tecnologia de apoio para que esse panorama se consolide. É importante citar
que Campo Grande, tem metas específicas ancoradas nas propostas calçadas
no modelo de atenção e no Contrato Organizativo de Ação Pública - COAP
que também são consideradas.
Nesta linha, a avaliação pode ser entendida como uma atividade que
envolve a geração de conhecimento e a emissão de juízos de valor sobre
situações e processos e que se realiza fundamentalmente para alimentar o
processo de planejamento e tomada de decisão. Assim, deve retroalimentar o
planejamento com informações que permitam os ajustes táticos necessários,
além das mudanças de caráter mais estratégico. “A avaliação deve ser entendida como um processo permanente, destinado, principalmente, a manter sob controle a execução do Plano de Saúde em direção aos objetivos propostos.Nesse sentido, não se esgota apenas na avaliação dos resultados alcançados em um determinado momento.Trata-se de uma atividade contínua, inerente e necessária ao exercício da função gerencial e para a qual podem ser usados distintos mecanismos e procedimentos.” (PlanejaSUS, Caderno 2, página 37,2009).
Avaliar significa, atribuir valor, assumindo um caráter de análise sobre o
objeto que se pretende apreciar, neste caso, as formulações do Plano em sua
temporalidade quadrienal. Desta forma, permite constatar e retificar caminhos
verificando os efeitos gerados do processo de trabalho definidos.
A gestão, as questões organizacionais, os processos, os produtos e
não somente os resultados e impactos, são dimensões passíveis de avaliação
no âmbito do SUS. É importante assinalar, contudo, que esses resultados ou
impactos devem ser objeto do acompanhamento das áreas ou profissionais
responsáveis pela condução do planejamento, de modo a assegurar a
dinamicidade e continuidade do processo – por conseguinte dos instrumentos
dele resultantes, assim como subsidiar o gestor na tomada de decisão.
O monitoramento e a avaliação gradual do Plano de Saúde, pode
contribuir para o aperfeiçoamento da gestão, da resolutividade das ações e
121
serviços de saúde prestados à população e para a implementação e
consolidação do Sistema de Planejamento do SUS. Deverá ocorrer de forma
contínua e ágil, com registros sistemáticos anuais, durante todo o período de
execução do Plano, podendo sinalizar juntamente com os Relatórios Anuais de
Gestão, mudanças de rumo que se fizerem necessárias para atingir os
resultados esperados.
Desta forma, outro instrumento importante e que tem importância capital
são os relatórios de prestação de contas quadrimestral que traz montante e
fonte de recursos aplicados, auditorias e produção ambulatorial /hospitalar,
além de indicadores, que servirão também de ferramenta avaliativa.
O Relatório Anual de Gestão (RAG) é um dos instrumentos básicos do
Sistema de Planejamento do SUS, ao lado do Plano de Saúde (PS) e de suas
respectivas Programações Anuais de Saúde (PAS). A Portaria 3.176, de 24 de
Dezembro de 2008, estabelece que o Plano de Saúde deve nortear todas as
medidas e iniciativas da gestão, que devem ser expressas nas respectivas
Programações Anuais de Saúde. O Relatório Anual de Gestão, apresenta os
resultados alcançados com a execução da Programação Anual, a qual
operacionaliza o Plano, sendo o instrumento de comprovação da execução do
Plano de Saúde, subsidiando ações de auditoria, fiscalização e controle.
Considerando o contexto deste ciclo de planejamento do SUS, o
monitoramento e a avaliação do Plano de Saúde se dá indiretamente pelos
Relatórios Anuais de Gestão.
Ao final da vigência do Plano, deverá ser condensada uma avaliação final
expressa em documento específico, sendo que caberá a equipe da Diretoria de
Gestão e Políticas de Saúde da SESAU, elaborar proposta de metodologia de
trabalho a ser utilizada, a ser discutida e validada com todas as
diretorias/coordenadorias e departamentos.
Após aprovação do gestor municipal, esta avaliação final será
apresentada e discutida no Conselho Municipal de Saúde.
Este documento deverá analisar o processo gradual de
desenvolvimento do Plano, assinalando os avanços obtidos, os obstáculos que
dificultaram o trabalho, bem como as iniciativas ou medidas desencadeadas.
Do ponto de vista operacional, a avaliação do Plano deverá guardar estreita
relação com os eixos, objetivos e metas definidos em seu escopo. Deverá
122
ainda ser abrangente, de modo a facilitar o entendimento não só por parte dos
gestores e técnicos envolvidos diretamente, como da sociedade, na medida em
que envolve a participação efetiva do controle social.
Quanto ao conteúdo, deve avaliar o cumprimento das metas e o
alcance dos objetivos, segundo os eixos específicos, o impacto da
implementação do Plano, a partir destes resultados, na situação de saúde
descrita no momento da análise situacional, a execução físico-financeira do
orçamento, as transferências recebidas de outras instâncias do SUS, entre
outros e, as recomendações (reprogramação e intervenções) para a construção
do novo Plano.
Como proposta pioneira, o Plano 2014-2017 apresenta, além da
metodologia de monitoramento e avaliação, já descritas e que deverão ser
operacionalizadas de forma contínua, traz na finalização a propositiva de ao
final do ano de vigência do mesmo, elaborar RELATÓRIO com as intenções
para a construção do novo Plano a ser configurado para o próximo quadriênio,
baseado na análise e avaliação do contexto atual. Tal ação permitirá um
planejamento orientado que viabilizará o cumprimento das legislações vigentes
pelo futuro gestor e agregará elementos para fortalecimento da política de
saúde, que é o objetivo maior de gestores, trabalhadores e usuários, por um
SUS integral e resolutivo.
123
DEMONSTRATIVO DE PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
2014 – 2017
NATUREZA DE ANO
DESPESA 2014 2015 2016 2017
PESSOAL 374.651.951,00 482.323.250,00 530.545.567,00 583.600.120,98
DESPESAS CORRENTES 426.281.339,00 565.343.685,00 621.833.054,00 684.065.857,51
INVESTIMENTOS 58.739.038,00 52.943.434,00 56.255.237,00 17.099.294,80
TOTAL 859.672.328,00 1.100.610.369,00 1.208.633.858,00 1.284.765.273,29
*Fonte: SISTEMA DE FINANCAS DA SEPLANFIC/PMCG
O modelo integrado de planejamento e orçamento está estruturado em
Programas, conforme exigência legal. A proposta orçamentária compreende as
prioridades da Administração Pública, está distribuída em ações e serviços de
saúde que deverão concretizar-se por meio de resultados ao longo de quatro
anos. Com isto, busca-se o estabelecimento de um integração entre o Plano
Plurianual e a Programação Orçamentária Anual para a busca de resultados
físicos e financeiros da atuação.
Os valores estão dispostos por natureza de despesa: Despesas
Correntes: são as relacionadas à manutenção das atividades da Secretaria,
dentre as quais despesas com pessoal e encargos, despesas administrativas a
exemplo de água, energia e conservação de prédios públicos, manutenção de
unidades de saúde, etc.
Despesas de Capital: são as relacionadas aos investimentos tais como
execução de obras e aquisição de equipamentos para as Unidades de Saúde.
Os recursos financeiros foram alocados de acordo com os cinco
programas: Atenção Básica, Média e Alta Complexidade,Vigilância em Saúde,
124
Gestão do SUS, Assistência Farmacêutica tendo como base de cálculo as
seguintes despesas:
Para o ano de 2014 foram programadas despesas de valores
tomando-se como base de calculo a série histórica de 2012. Referente à parte
de pessoal, aplicou-se percentuais de aumento para determinadas categorias,
o crescimento vegetativo da folha, expansão do quadro de recursos humanos.
Destaque-se despesas administrativas para o pleno funcionamento das
unidades de saúde e da Secretaria, além da prestação de serviços contratados
e conveniados, incluindo-se as Unidades ambulatoriais e hospitalares as
despesas relativas à aquisição de equipamentos e obras para as Unidades de
Saúde.
Para os anos de 2015 , 2016 e 2017 nas despesas com pessoal e
custeio foi estabelecido o percentual de 10% de acréscimo a cada ano da
programação. Quanto aos investimentos priorizou-se para 2014 investimentos
na atenção básica dando continuidade a expansão da Estratégia do Saúde da
Família/ESF, além de investimentos em Pólos de Academias de Saúde. Na
atenção especializada os esforços se concentram na Política de Atenção a
Saúde Mental com a construção de Centros de Atenção Psicossocial e
Unidades de Acolhimento, bem como a construção do Centro Especializado de
Reabilitação (CCER). Na Rede de atenção a Urgência e Emergência
concluiremos as obras de construção de Unidades de Pronto Atendimento e
destacamos a construção do Hospital Municipal com previsão de término em
2016. Também voltados para o fortalecimento do apoio diagnóstico no
município está prevista a construção da sede do Laboratório Municipal e do
Centro Diagnóstico por Imagem. A concretização destes investimentos está
previsto para o final de 2017.
No PPA também estão previstos a execução de projetos e
repasses de novos recursos financeiros mediante habilitações e qualificações
de novos serviços.
Deve-se, no entanto considerar que o orçamento público não é apenas
uma peça técnica que explícita as fontes de financiamento e as despesas
apresentadas pelo Poder Executivo. O subfinanciamento da saúde tem
despertado preocupação crescente tanto para os gestores como para toda a
sociedade.
125
Sustentabilidade
A garantia de sustentabilidade das intenções aqui apresentadas
pressupõe que os processos estejam integrados, unidos pelos esforços que
buscam dar consistência às ações.
O sistema de planejamento do SUS, com fundamento na diretiva
constitucional quanto ao planejamento em saúde e no que ordena a Lei
Orgânica da Saúde, estabelece como alicerce normativo, em especial:
LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012.
¨Art. 30. Os planos plurianuais, as leis de diretrizes orçamentárias, as leis orçamentárias e os planos de aplicação dos recursos dos fundos de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão elaborados de modo a dar cumprimento ao disposto nesta Lei Complementar.
§ 1o O processo de planejamento e orçamento será ascendente e deverá partir das necessidades de saúde da população em cada região, com base no perfil epidemiológico, demográfico e socioeconômico, para definir as metas anuais de atenção integral à saúde e estimar os respectivos custos.
§ 2o Os planos e metas regionais resultantes das pactuações intermunicipais constituirão a base para os planos e metas estaduais, que promoverão a equidade interregional.
§ 3o Os planos e metas estaduais constituirão a base para o plano e metas nacionais, que promoverão a equidade interestadual.
§ 4o Caberá aos Conselhos de Saúde deliberar sobre as diretrizes para o estabelecimento de prioridades. ( Lei Complementar, 141, 2012).
Definiu-se, assim, os três instrumentos básicos de planejamento: Plano
de Saúde, Programação Anual e Relatório Anual de Gestão.
A Programação Anual passa a figurar como módulo operativo para
propiciar exeqüibilidade e a conseqüente materialidade às metas, detalhando
as estratégias para alcance dos resultados, como também os responsáveis,
prazos e recursos para sua viabilização.
126
Além dessa manifestação de intenções é imprescindível a
transversalização dos instrumentos utilizados pelo SUS com os planos e
projetos da Gestão Municipal, articulados em uma verdadeira “Política Pública
Saudável”.
O PPA, a LDO, a LOA e outras proposições necessitam de interação
dialógica, bem como do exercício do controle social e da gestão participativa.
O monitoramento e avaliação das ações deverão estar articulados de
modo a acompanhar e aferir produtos, processos de formulação e aplicação
dos instrumentos, bem como os resultados que se pretendem alcançar
enquanto impacto no cenário de intervenção.
A intersetorialidade como caminho estratégico também confere à
planificação um caráter mais sólido, devendo ser promovida nos mais
diversificados espaços, desde a formulação de intenções até a manutenção de
agendas combinadas entre os órgãos envolvidos na transformação da
realidade que se pretende empreender.
Sem dúvida, envolver os organismos de controle e fiscalização tanto do
SUS como da iniciativa pública constitui um desafio, uma vez que sendo
estritamente necessária a atuação desses atores sociais, ainda são poucas as
experiências de construção dialógica de ações. Pois muitas vezes, a seara de
luta provoca a divergência entre os partícipes, o que nem sempre tem
avançado no sentido de concretização de propostas viáveis.
Nesse sentido, requer investir e insistir na ampla participação social
propositiva, fortalecendo o Controle Social do SUS, principalmente o Conselho
Municipal de Saúde e os Conselhos de Unidades de Saúde, estimulando sua
atuação em todas as fases do processo de planejamento, aperfeiçoando os
mecanismos de acompanhamento, monitoramento, avaliação e fiscalização,
127
Diretrizes, Objetivos, Metas e Ações
PROGRAMA FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
Garantia do acesso da população a serviços de qualidade com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante o aprimoramento da política de atenção básica. A atenção básica em saúde responde pelas ações de promoção, prevenção, tratamento, recuperação e reabilitação em saúde, e devem ser resolutivas e responder por 85% das necessidades de saúde dos usuários, com o desafio de ser coordenadora do cuidado e organizadora da rede. O modelo de atenção que visa à integralidade do cuidado e o acesso do usuário são fundamentais, nesta lógica a estratégia saúde da família tem sido nacionalmente fomentada pois reorganiza a atenção básica, e trabalha com preceitos como o trabalho em equipe, vínculo, co-responsabilidade e o acompanhamento continuado, o que qualifica a prestação do cuidado.
Diretrizes Prioritárias
Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção básica. Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e população de maior vulnerabilidade. Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção. Implementação do subsistema de atenção à saúde indígena, articulada com o SUS, baseado no cuidado integral, com observância às práticas de saúde e às medicinas tradicionais, e garantia do respeito às especificidades culturais.
128
OBJETIVO 01
OPERACIONALIZAR TODOS OS SERVIÇOS E PROGRAMAS DA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA, POR MEIO DO PRONTO CUSTEIO, RECURSOS HUMANOS E INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS, COM AMPLIAÇÃO DO ACESSO DA POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE, COM EQUIDADE E EM TEMPO ADEQUADO.
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: OPERACIONALIZAÇÃO E
GESTÃO RESOLUTIVA, COM MANUTENÇÃO DA REDE,
PERMITINDO O FUNCIONAMENTO ADEQUADO E OFERTA DE SERVIÇOS AOS
USUÁRIOS DO SUS
REDE DE ATENÇÃO BÁSICA RESOLUTIVA E EM FUNCIONAMENTO
AÇÃO 01: GESTÃO DA AGÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE NA ATENÇÃO
BÁSICA
GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS - ACS 2014-2017
AÇÃO 02: GESTÃO, MANUTENÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DA REDE DE
ATENÇÃO BÁSICA REDE DA ATENÇÃO BÁSICA
EM FUNCIONAMENTO 2014-2017
INICIATIVA 02: CONSTRUIR 24 NOVAS UNIDADES BÁSICAS DE
SAÚDE E CONCLUIR 10 UNIDADES DE SAÚDE COM
OBRAS EM ANDAMENTO
UNIDADES DE SAÚDE CONCLUÍDAS COM AUMENTO DO ACESSO AOS
USUÁRIOS DO SUS
AÇÃO 01: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM DAS
PERDIZES UNIDADE CONCLUÍDA 2014-2017
AÇÃO 02: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM PARATI UNIDADE CONCLUÍDA 2014-2017
AÇÃO 03: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: PAULO COELHO
MACHADO UNIDADE CONCLUÍDA 2014 2015
AÇÃO 04: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RECANTO DOS
GAUCHOS UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 05: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: ZÉ PEREIRA UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 06: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: AZALÉIA UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 07: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: ANA MARIA DO
COUTO UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
129
AÇÃO 08: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: SIRIO LIBANÊS UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 09: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA COX UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 10: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM
PRESIDENTE UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 11: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA FERNANDA UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 12: CONCLUIR A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: AERO RANCHO
GRANJA UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 13: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: ARNALDO
ESTEVÃO DE FIGUEIREDO UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 14: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: CRISTO
REDENTOR UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 15: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: SANTA EMÍLIA UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 16: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: AQUARIOS UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 17: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: NOVA JERUSALEM UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 18: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM
INDIANÁPOLIS-INDUBRASIL UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
130
AÇÃO 19: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: DOM ANTONIO
BARBOSA UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 20: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA CORUMBÁ UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 21: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: , JARDIM NOVO RIO GRANDE DO SUL-NOVOS ESTADOS
UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 22: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM MATO
GROSSO UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 23: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA BELO
HORIZONTE UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 24: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: SÃO CONRADO UNIDADE CONCLUÍDA 2014 -2015
AÇÃO 25: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: NOROESTE II UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2016
AÇÃO 26: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM CARIOCA UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2016
AÇÃO 27: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM
CENTENÁRIO UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2016
AÇÃO 28: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: AMAMBAI UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2016
AÇÃO 29: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: MORADO DO
SOSSEGO UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2016
131
AÇÃO 30: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA JACY UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2016
AÇÃO 31: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM BÚZIOS UNIDADE CONCLUÍDA 2015 - 2017
AÇÃO 32: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM
ELDORADO UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 33: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: LAGOA ITATIAIA UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 34: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA DR.
ALBUQUERQUE UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 35: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VILA PLANALTO UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 36: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: JARDIM IMÁ UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 37: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: SANTO AMARO UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 38: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: VESPAZIANO
MARTINS UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
AÇÃO 39: CONSTRUIR UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: PRAIA DA URCA UNIDADE CONCLUÍDA 2016 - 2017
132
INICIATIVA 03: CONSTRUIR NOVOS POLOS DE ACADEMIA
DA SAÚDE E FINALIZAR AS EDIFICAÇÕES EM ANDAMENTO
VISANDO O INCENTIVO A PRÁTICA DE ATIVIDADES
SAUDÁVEIS
POLOS DE ACADEMIA CONSTRUÍDOS E EM USO PELA POPULAÇÃO
PROMOVENDO A QUALIDADE DE VIDA.
AÇÃO 01: CONCLUIR O POLO DE ACADEMIA DO AZALÉIA PÓLO CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 02: CONCLUIR O POLO DE ACADEMIA DO LOS ANGELES POLO CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 03: CONCLUIR O POLO DE ACADEMIA DO FERNANDO ARRUDA
TORRES POLO CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 04: CONCLUIR O POLO DE ACADEMIA DO NOVA LIMA POLO CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 05: CONCLUIR O POLO DE ACADEMIA DO PAULO COELHO MACHADO POLO CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 06: IMPLANTAÇÃO DE ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE – ATI ACADEMIA IMPLANTADA 2014-2015
INICIATIVA 04: AMPLIAÇÃO DO ACESSO DA POPULAÇÃO AOS
SERVIÇOS, EM TEMPO ADEQUADO,COM : AUMENTO DE ESF E ESB, EQUIPARAÇÃO DA COBERTURA NASF À DA
ESF, AMPLIAÇÃO DO HORÁRIO, TERCEIRO TURNO, ADESÃO AO
PMAQ-AB.
ACESSO DOS USUÁRIOS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM
EQUIDADE E EM TEMPO ADEQUADO.
AÇÃO 01: IMPLANTAR EQUIPES DE ESF E NASF EQUIPES IMPLANTADAS 2014-2017
AÇÃO 02: ACESSO DOS USUÁRIOS POR MEIO DE: TERCEIRO TURNO, EXPANSÃO
DO HORÁRIO E ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA AB.
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE 2014-2017
AÇÃO 03: BONIFICAÇÃO DE SERVIDORES POR GESTÃO DE RESULTADOS
ADESÃO AO PMAQ-AB/NASF 2014-2017
INICIATIVA 05: IMPLEMENTAR A INTEGRAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA À REDE DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL (RAPS) POTENCIALIZANDO O
CONSULTÓRIO NA RUA.
CONSULTÓRIO NA RUA IMPLANTADO FORTALECENDO A
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - RAPS - NA ATENÇÃO BÁSICA.
AÇÃO 01: IMPLANTAR EQUIPE DE CONSULTÓRIO NA RUA
CONSULTÓRIO NA RUA EM FUNCIONAMENTO 2014-2017
INICIATIVA 06: EQUIPAR UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
UNIDADES EQUIPADAS E ASSISTÊNCIA À SAÚDE AOS
USUÁRIOS DO SUS QUALIFICADA.
AÇÃO 01: EQUIPAR UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE QUALIFICANDO A ASSISTÊNCIA UNIDADES EQUIPADAS 2014-2015
133
INICIATIVA 07: MODERNIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA FROTA DE ODONTOMÓVEL
PARA QUALIFICAÇÃO DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL.
QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL E AMPLIAÇÃO DA
OFERTA DE SERVIÇOS AOS USUÁRIOS SUS.
AÇAO 01: MODERNIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA FROTA DE ODONTOMÓVEL
FROTA MODERNIZADA E AMPLIADA 2014-2015
INICIATIVA 08: AMPLIAR A OFERTA DE POLICLÍNICAS
ODONTOLÓGICAS
POLICLÍNICAS ODONTOLÓGICAS EM FUNCIONAMENTO COM AMPLIAÇÃO DO ACESSO A POPULAÇÃO À SAÚDE
BUCAL.
AÇÃO 01: AMPLIAR E CONSTRUIR POLICLÍNICAS ODONTOLÓGICAS
POLICLÍNICAS AMPLIADAS E CONSTRUÍDAS
2014-2015
OBJETIVO 02 PROMOÇÃO DA ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA E IMPLEMENTAÇÃO DA REDE CEGONHA COM ÊNFASE NAS ÁREAS E POPULAÇÕES DE MAIOR VULNERABILIDADE
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: ADOÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ACESSO E DE
ATENÇÃO INTEGRAL AS MULHERES : CONSULTA
INTEGRADA E RESOLUTIVA E PROGRAMA MULHERES EM
AÇÃO.
AMPLIAÇÃO DA COBERTURA E RESOLUTIVIDADE NAS AÇÕES DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER.
AÇÃO 01: PROPORCIONAR APOIO LABORATORIAL E DE DIAGNÓSTICO NA
ATENÇÃO BÁSICA EM REGIME INTEGRADO
APOIO LABORATORIAL E DIAGNÓSTICO INTEGRADO
A CONSULTA 2014-2017
AÇÃO 02: OFERTA DE SERVIÇOS POR MEIO DO PROGRAMA MULHERES EM AÇÃO
OBJETIVANDO A INCLUSÃO DA DEMANDA ESPONTÂNEA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE 2014-2017
INICIATIVA 02: AMPLIAÇÃO DO ACESSO À ESPECIALIDADE DE
PEDIATRIA NA ATENÇÃO BÁSICA POR MEIO DO APOIO
MATRICIAL
AMPLIAÇÃO DA COBERTURA DE CRIANÇAS ATENDIDAS NA
ATENÇÃO BASICA
AÇÃO 01: IMPLANTAR O PROGRAMA SESAUZINHO NA ATENÇÃO BÁSICA PROGRAMA IMPLANTADO 2014-2017
134
INICIATIVA 03: IMPLEMENTAR A ATENÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE POR MEIO DO DESENVOLVIMENTO DE
PROGRAMA MUNICIPAL EM CONSONÂNCIA COM A REDE
CEGONHA.
ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL QUALIFICADA COM AMPLIAÇÃO DO
ACESSO ÀS GESTANTES AOS SERVIÇOS DE SAÚDE COM
ATENDIMENTO HUMANIZADO.
AÇÃO 01: IMPLANTAR O PROGRAMA MUNICIPAL DE ATENÇÃO A GESTANTE -
AMOR MATERNO PROGRAMA EM
FUNCIONAMENTO 2014-2017
OBJETIVO 03
GARANTIA DA ATENÇÃO A SAÚDE DA PESSOA IDOSA E DOS PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS, COM ESTÍMULO AO ENVELHECIMENTO ATIVO E FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE PROMOÇÃO
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DO IDOSO E PORTADORES DE DOENÇAS
CRÔNICAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO POR MEIO DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E ATENÇÃO À SAÚDE INTEGRAL AOS PORTADORES DE
DOENÇAS CRÔNICAS.
AÇÃO 01: OFERTA DE SERVIÇOS QUE INTEGREM EDUCAÇÃO, PREVENÇÃO E CUIDADO CONTINUADO A POPULAÇÃO
IDOSA.
POPULAÇÃO IDOSA ATENDIDA 2014-2017
AÇÃO 02: OPERACIONALIZAR O PLANO DE ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS
CRÔNICAS PLANO EM
FUNCIONAMENTO 2014-2017
135
INDICADORES FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
Cobertura populacional estimada pelas equipes de Atenção Básica (%)
Proporção de internações por condições sensíveis à Atenção Básica (%)
Cobertura de acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família (%)
Cobertura populacional estimada pelas equipes básicas de saúde bucal (%)
Média de ação coletiva de escovação dental supervisionada (%)
Proporção de exodontia em relação aos procedimentos (%)
Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos e a população da mesma faixa etária (razão)
Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal (%)
Número de teste de sífilis por gestante (razão)
Taxa de mortalidade infantil (/1.000 nascidos vivos)
Taxa de mortalidade prematura (<70 anos) pelo conjunto das 4 principais DCNTs (/100.000)
Razão de exames de mamografia de rastreamento realizados em mulheres de 50 a 69 anos e população da mesma faixa etária (razão)
136
PROGRAMA
IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
A rede de serviços da média e alta complexidade prevê a integralidade da atenção ao usuário às necessidades apresentadas que requerem atendimento imediato e maior adensamento tecnológico para o cuidado e recursos humanos especializados. A atenção prestada conta com elenco de ações, consultas, procedimentos e internações. Observa-se a necessidade do aprimoramento da Rede de Urgência e Emergência- RUE, com expansão e adequação de unidades de pronto atendimento (UPAs), de serviços de atendimento móvel de urgência (SAMU) e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção, com ênfase a rede de atenção psicossocial (RAPS), caracterizando-se também pela reorganização da rede hospitalar.
Diretrizes Prioritárias
Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de pronto-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e outras drogas.
137
OBJETIVO 01
OPERACIONALIZAR TODOS OS SERVIÇOS E PROGRAMAS DA REDE DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE, POR MEIO DO PRONTO CUSTEIO, RECURSOS HUMANOS E INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS, COM AMPLIAÇÃO DO ACESSO DA POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE DESTES NÍVEIS DE ATENÇÃO, NA PERSPECTIVA DA INTEGRALIDADE E EM TEMPO ADEQUADO
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: GESTÃO, MANUTENÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DA REDE, PERMITINDO O
FUNCIONAMENTO ADEQUADO E OFERTA DE SERVIÇOS NA ATENÇÃO AS URGÊNCIAS,
ESPECIALIZADA E HOSPITALAR, NA PERSPECTIVA
DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO
REDE DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE RESOLUTIVA E EM
FUNCIONAMENTO
AÇÃO 01: GESTÃO, MANUTENÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DA REDE DA MÉDIA
E ALTA COMPLEXIDADE
REDE DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
(MAC) EM FUNCIONAMENTO
2014-2017
AÇÃO 02: GESTÃO DA REDE DE SERVIÇOS CONVENIADOS E CONTRATADOS DO SUS SERVIÇOS PRESTADOS 2014-2017
AÇÃO 03: GESTÃO, MANUTENÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
MUNICIPAL
SERVIÇOS LABORATORIAIS
OFERTADOS 2014-2017
INICIATIVA 02: CONSTRUIR 10 CENTROS DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL CAPS) E 04 UNIDADES DE ACOLHIMENTO,
FOMENTANDO A ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS).
CAPS E UNIDADES DE ACOLHIMENTO CONSTRUÍDAS E
ENTREGUES A POPULAÇÃO, PERMITINDO ACESSO E
FORTALECIMENTO DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL.
AÇÃO 01: CONSTRUÇÃO DO CAPS III NORTE CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 02: CONSTRUIR O CAPS III SUL CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 03: CONSTRUIR O CAPS III LESTE CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 04: CONSTRUIR O CAPS III OESTE CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 05: CONSTRUIR O CAPS AD III REFERÊNCIA LESTE
CAPS AD III CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 06: CONSTRUIR O CAPS AD III REFERÊNCIA OESTE
CAPS AD III CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 07: CONSTRUIR O CAPS INFANTIL NORTE CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
138
AÇÃO 08: CONSTRUIR O CAPS INFANTIL SUL CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 09: CONSTRUIR O CAPS INFANTIL LESTE CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 10: CONSTRUIR O CAPS INFANTIL OESTE CAPS CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 11: CONSTRUIR UNIDADE DE ACOLHIMENTO ADULTO OESTE
UNIDADE CONSTRUÍDA 2014-2015
AÇÃO 12: CONSTRUIR UNIDADE DE ACOLHIMENTO ADULTO LESTE
UNIDADE CONSTRUÍDA 2014-2015
AÇÃO 13: CONSTRUIR UNIDADE DE ACOLHIMENTO INFANTO JUVENIL OESTE
UNIDADE CONSTRUÍDA 2014-2015
AÇÃO 14: CONSTRUIR UNIDADE DE ACOLHIMENTO INFANTO JUVENIL LESTE
UNIDADE CONSTRUÍDA 2014-2015
INICIATIVA 03: CONSTRUIR UMA (1) UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) PORTE II
E CONCLUIR TRÊS(3) UPAS COM OBRAS EM ANDAMENTO
UNIDADES DE PRONTO DE ATENDIMENTO CONCLUÍDAS E EM
FUNCIONAMENTO
AÇÃO 01: CONCLUIR UPA SANTA MÔNICA UPA CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 02: CONCLUIR A EDIFICAÇÃO DO UPA JARDIM LEBLON UPA CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 03: CONCLUIR EDIFICAÇÃO DO UPA MORENINHA III UPA CONCLUÍDO 2014-2015
AÇÃO 04: CONSTRUIR UPA PORTE II EM 2017 UPA CONSTRUÍDO 2017
INICIATIVA 04: CONSTRUIR E EQUIPAR UM (1) CENTRO
ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO - CER - PORTE
IV
CENTRO ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO CONSTRUÍDO E
EQUIPADO E EM FUNCIONAMENTO
AÇÃO 01: CONSTRUIR CENTRO ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO - CER
TIPO IV COM OFICINA ORTOPÉDICA CER CONSTRUÍDO 2014-2015
139
AÇÃO 02: EQUIPAR CENTRO ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO - CER
TIPO IV COM OFICINA ORTOPÉDICA CENTRO EQUIPADO 2015-2016
INICIATIVA 05: CONSTRUIR LABORATÓRIO CENTRAL
MUNICIPAL
LABORATÓRIO CONSTRUÍDO COM AMPLIAÇÃO DE SERVIÇOS À
POPULAÇÃO, QUALIFICANDO A ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS
USUÁRIOS DO SUS.
AÇÃO 01: CONSTRUIR LABORATÓRIO MUNICIPAL
LABORATÓRIO CONSTRUÍDO 2014-2016
INICIATIVA 06: CONSTRUIR E EQUIPAR O HOSPITAL
MUNICIPAL
HOSPITAL CONSTRUÍDO E EQUIPADO, EM FUNCIONAMENTO,
AMPLIANDO ASSISTÊNCIA HOSPITALAR À POPULAÇÃO.
AÇÃO 01: CONSTRUIR HOSPITAL MUNICIPAL
HOSPITAL CONSTRUÍDO 2014-2016
AÇÃO 02: EQUIPAR HOSPITAL MUNICIPAL HOSPITAL EQUIPADO 2016-2017
INICIATIVA 07: CONSTRUIR E EQUIPAR CENTRO DE
DIAGNÓSTICO E IMAGEM MUNICIPAL
CENTRO DE DIAGNÓSTICO CONSTRUÍDO, EQUIPADO, EM
FUNCIONAMENTO, AMPLIANDO A OFERTA DE SERVIÇOS E
QUALIFICANDO A ASSISTÊNCIA PRESTADA.
AÇAO 01: CONSTRUIR CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM CENTRO CONSTRUÍDO 2014-2015
AÇÃO 02: EQUIPAR CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM CENTRO EQUIPADO 2016-2017
INICIATIVA 08: IMPLANTAR SALA DE ESTABILIZAÇÃO NO
DISTRITO DE ANHANDUÍ
SALA DE ESTABILIZAÇÃO IMPLANTADA, EM FUNCIONAMENTO,
PROPORCIONANDO ACESSO E QUALIFICANDO A ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS NO DISTRITO DE ANHANDUÍ.
AÇÃO 01: CONSTRUIR E EQUIPAR SALA DE ESTABILIZAÇÃO NO DISTRITO DE
ANHANDUÍ
SALA DE ESTABILIZAÇÃO CONSTRUÍDA E
EQUIPADA
2015-2016
INICIATIVA 09: EQUIPAR UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)
QUALIFICANDO A ASSISTÊNCIA AOS USUÁRIOS DO SUS.
UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO EQUIPADAS,
PROPICIANDO RESOLUTIVIDADE DAS AÇÕES DE SUPORTE ÀS
URGÊNCIAS AOS USUÁRIOS DO SUS.
AÇÃO 01: EQUIPAR UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO
UNIDADES EQUIPADAS 2014-2015
140
INICIATIVA 10: IMPLEMENTAR A ASSISTÊNCIA
ODONTOLÓGICA ESPECIALIZADA COM
AMPLIAÇÃO DE SERVIÇOS
OFERTA DE CONSULTAS ODONTOLÓGICAS ESPECIALIZADAS
AOS USUÁRIOS DO SUS
AÇÃO 01: IMPLANTAR CENTROS DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS – CEO CEOS IMPLANTADOS 2014-2015
AÇÃO 02: OFERTA DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA NA ÁREA DE DISFUNÇÃO
TEMPORO MANDIBULAR-DTM
USUÁRIOS ATENDIDOS 2014-2017
AÇÃO 03: INCREMENTAR O SERVIÇO DE PRÓTESE DENTÁRIA
USUÁRIOS ATENDIDOS 2014-2017
INICIATIVA 11: EQUIPAR AS UNIDADES DE SAÚDE DA REDE
DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
REDE DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE COM UNIDADES
EQUIPADAS
AÇÃO 01: EQUIPAR AS UNIDADES DA REDE DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
UNIDADES EQUIPADAS 2014-2015
OBJETIVO 02
FORTALECER A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O PRONTO ATENDIMENTO E RESOLUTIVIDADE.
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: DISPONIBILIZAR O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA - SAMU
COM COBERTURA COMPATÍVEL A REDE DE SAÚDE, E
CONCOMITANTE IMPLEMENTAÇÃO DO
COMPONENTE PRÉ HOSPITALAR FIXO (UPAS).
SAMU DISPONIBILIZADOS A POPULAÇÃO, VIABILIZANDO SUPORTE ÀS URGÊNCIAS E
FORTALECENDO A REDE RUE - REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.
AÇÃO 01: DESENVOLVER PROCESSO DE TRABALHO DO SAMU ARTICULANDO NA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA- RUE
SERVIÇO OFERECIDO A POPULAÇÃO 2014-2017
AÇÃO 02: DESENVOLVER PROCESSO DE TRABALHO NAS UNIDADES DE PRONTO
ATENDIMENTO ARTICULADO A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA-RUE
SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS A
POPULAÇÃO 2014-2017
141
OBJETIVO 03
IMPLEMENTAR O PROCESSO DE REGULAÇÃO EM SAÚDE, EM CONSONÂNCIA COM OS PRINCÍPIOS DO SUS PARA OTIMIZAR O ACESSO DA POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS.
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: IMPLEMENTAR A INTEGRAÇÃO DO SISTEMA DE
REGULAÇÃO À REDE DE ATENÇÃO BÁSICA, PARA
ASSEGURAR A REFERÊNCIA, ACESSO DO USUÁRIO , INTEGRALIDADE DOS
SERVIÇOS E A CO-RESPONSABILIDADE NO
PROCESSO.
INTEGRAÇÃO DO SISTEMA DE REGULAÇÃO NA REDE DE SAÚDE, INCENTIVANDO À REFERÊNCIA E
CONTRA-REFERÊNCIA, VIABILIZANDO O ACESSO DO
USUÁRIO AOS SERVIÇOS.
AÇÃO 01: CAPACITAÇÃO EM SERVIÇO DOS DIVERSOS NÍVEIS DE ATENÇÃO QUANTO
AO FUNCIONAMENTO E NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO DO SISREG
CAPACITAÇÕES REALIZADAS 2014-2017
AÇÃO 02: UTILIZAR FERRAMENTAS DE AUTO ATENDIMENTO, POR MEIO
TECNOLÓGICO, PARA DISPONIBILIZAR O STATUS DE SOLICITAÇÃO DE VAGAS
FERRAMENTAS INSTITUÍDAS 2014-2017
INICIATIVA 02: IMPLEMENTAR A REGULAÇÃO DAS VAGAS
HOSPITALARES AOS USUÁRIOS DO SUS POR MEIO DO SISTEMA
DE REGULAÇÃO - SISREG.
FORTALECIMENTO DO SISREG PARA A EFETIVA REGULAÇÃO DE VAGAS
NO SUS.
AÇÃO 01: SISTEMATIZAR A OFERTA DE VAGAS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR MEIO DO SISREG AOS USUÁRIOS DO
SUS.
VAGAS REGULADAS 2014-2017
142
OBJETIVO 04
OTIMIZAR A ASSISTÊNCIA HOSPITALAR COM AMPLIAÇÃO DO ACESSO À POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS DE ALTA COMPLEXIDADE.
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: ASSEGURAR LEITOS HOSPITALARES
PACTUADOS E AMPLIAÇÃO DO NÚMERO DE LEITOS DA REDE
PRÓPRIA
AMPLIAÇÃO DA OFERTA DE LEITOS HOSPITALARES À POPULAÇÃO.
AÇÃO 01: GESTÃO DAS PACTUAÇÕES DE OFERTA DE LEITOS SUS NAS INSTÂNCIAS
COLEGIADAS
OFERTA DE LEITOS PACTUADOS 2014-2017
AÇÃO 02: ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS QUE
VISAM A AMPLIAÇÃO DA OFERTA DE LEITOS SUS NA REDE PRÓPRIA
PROJETOS ELABORADOS E DESENVOLVIDOS 2014-2017
INICIATIVA 02: SISTEMATIZAR A AVALIAÇÃO,
MONITORAMENTO E EXECUÇÃO DOS PLANOS
OPERATIVOS DOS HOSPITAIS CONVENIADOS QUE ATENDAM
AS REDES DE ATENÇÃO E LINHAS DE CUIDADO
SISTEMATIZAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES E
SERVIÇOS HOSPITALARES PARA POTENCIALIZAR DO ACESSO DO
USUÁRIO.
AÇÃO 01: IMPLEMENTAR AÇÕES DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO A
PARTIR DE INDICADORES INTEGRADOS A PACTUAÇÕES DA REDE DE ASSISTÊNCIA.
SERVIÇOS EM FUNCIONAMENTO 2014-2017
AÇÃO 02: IMPLEMENTAR O ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E
ARTICULAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO PACTUADA INTEGRADA – PPI
PPI ACOMPANHADA 2014-2017
143
OBJETIVO 05
IMPLANTAR O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR (SAD) E TRANSPORTE SANITÁRIO VICULADO AS DEMANDAS DE VULNERÁVEIS EM CUIDADO CONTINUADO
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: IMPLANTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO
SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR E TRANSPORTE SANITÁRIO À POPULAÇÃO
VULNERÁVEL
SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR E E TRANSPORTE SANITÁRIO DISPONÍVEL A POPULAÇÃO
VULNERÁVEL.
AÇÃO 01: FUNCIONAMENTO DO SAD ARTICULADO A REDE DE SAÚDE. SAD EM FUNCIONAMENTO 2014-2017
AÇÃO 02: FUNCIONAMENTO DO TRANSPORTE SANITÁRIO ARTICULADO A
REDE DE SAÚDE E ADEQUADO A NECESSIDADE DA POPULAÇÃO
VULNERÁVEL
TRANSPORTE SANITÁRIO EM FUNCIONAMENTO 2014-2015
144
INDICADORES IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE DA MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
Razão de procedimentos ambulatoriais de média complexidade selecionados na população residente (razão) Razão de internações clínico-cirúrgicas de média complexidade na população residente (razão) Proporção de óbitos nas internações por infarto agudo do miocárdio (%) Cobertura do serviço de atendimento móvel de urgência - SAMU-192 (%) Proporção de parto normal (%) Cobertura de Centros de Atenção Psicossocial (/100.000) Número de especialidades e subespecialidades e exames regulados no SISREG (Un) Proporção de serviços hospitalares com contratos de metas firmados (%) Proporção de cirurgias eletivas em relação ao total de cirurgias realizadas (%) Razão de planos operativos acompanhados, em relação aos planos operativos elaborados (%) Protocolos de acesso à consultas e exames revisados (%) Percentual de aproveitamento das vagas reguladas (%) Proporção de usuários atendidos por equipe de atenção domiciliar em relação ao preconizado (%)
145
PROGRAMA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ÂMBITO SUS
A Assistência Farmacêutica tem se constituído em um dos grandes desafios para o SUS, principalmente pelos recursos financeiros exigidos e também pelas estratégias para a operacionalização. As ações requeridas não devem ser restritas somente a aquisição e distribuição, mas a adoção de uma política integral baseada no acesso da população, o contacto direto do usuário com o profissional, visando o uso racional da medicação utilizando o conceito da integralidade da atenção e garantindo ao usuário o acesso a medicamentos seguros e eficazes, otimizando todo o processo de disponibilização dos insumos farmacêuticos, em conformidade com os princípios do uso racional dos medicamentos e consolidação da atenção farmacêutica na rede.
Diretriz Prioritária Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS
146
OBJETIVO 01
OPERACIONALIZAR A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA REDE DE SAÚDE POR MEIO DO PRONTO CUSTEIO, RECURSOS HUMANOS E INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA O ACESSO DA POPULAÇÃO AOS SERVIÇOS DESTA ASSISTÊNCIA
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: OPERACIONALIZAÇÃO,
GESTÃO, INVESTIMENTO NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA, PERMITINDO FUNCIONAMENTO
ADEQUADO DOS SERVIÇOS E ACESSO AOS USUÁRIOS DO
SUS.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM FUNCIONAMENTO COM ACESSO À
POPULAÇÃO.
AÇÃO 01: GESTÃO, MANUTENÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NA REDE DE SAÚDE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM
FUNCIONAMENTO NA REDE DE SAÚDE
2014-2017
INICIATIVA 02: VIABILIZAR ESPAÇOS DE DEBATES
RELACIONADOS A JUDICIALIZAÇÃO DE
MEDICAMENTOS FORMATANDO CONDUÇÕES
PARA O SETOR.
GESTÃO DA JUDICIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS.
AÇÃO 01: PROMOVER DEBATE SOBRE A PADRONIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
OFERTADOS NA REDE MUNICIPAL SEMINÁRIOS REALIZADOS 2014-2017
INICIATIVA 03: IMPLEMENTAR PROCESSO DE TRABALHO QUE ENVOLVA A SISTEMATIZAÇÃO DE UM MODELO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA OFERTADO
AOS USUÁRIOS SUS
QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA COM
IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO MUNICIPAL VOLTADO PARA O
USUÁRIO DO SUS.
AÇÃO 01: IMPLEMENTAR PROCESSO DE TRABALHO QUE INSIRA A CONSULTA FARMACÊUTICA NA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
PRESTADA 2014-2017
AÇÃO 02: ESTABELECER ESPAÇO DE DEBATE PARA A CONSTRUÇÃO DO
MODELO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA PARA O MUNICÍPIO
SEMINÁRIOS REALIZADOS 2014-2017
147
INICIATIVA 04: REALIZAR AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE DE CARÁTER INCDIVIDUAL E COLETIVO,
ENVOLVENDO O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
POPULAÇÃO INFORMADA QUANTO AO USO RACIONAL DE
MEDICAMENTOS DESENVOLVENDO ATITUDES QUE ENVOLVAM O AUTO
CUIDADO.
AÇÃO 01: SISTEMATIZAR OFERTA DE AÇÕES EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE QUANTO
AO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS AÇÕES REALIZADAS 2014-2017
INICIATIVA 05: FOMENTAR JUNTO AOS ATORES
ENVOLVIDOS, DEBATES SOBRE A IMPLANTAÇÃO DA
FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO MUNICIPAL,QUE ENVOLVA OS
MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS,
HOMEOPÁTICOS, E MANIPULADOS EM GERAL.
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO E ORÇAMENTÁRIO DESENVOLVIDO
PARA ENCAMINHAMENTOS DE GESTÃO.
AÇÃO 01: REALIZAR SEMINÁRIOS PARA ENFOCAR A VIABILIDADE DA FARMÁCIA
DE MANIPULAÇÃO MUNICIPAL SEMINÁRIOS REALIZADOS 2014-2017
AÇÃO 02: OPERACIONALIZAÇÃO DA FARMÁCIA VIVA
AMPLIAÇÃO DO ACESSO DA POPULAÇÃO A FITOTERÁPICOS,
HOMEOPÁTICOS E MANIPULADOS.
2014-2015
INDICADORES ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ÂMBITO DO SUS
Percentual de medicamentos disponibilizados na atenção especializada (%)
Percentual de medicamentos disponibilizados na atenção básica (%)
148
PROGRAMA
FORTALECIMENTO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
A Vigilância em Saúde objetiva promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, e inclui: vigilância e o controle das doenças transmissíveis; das doenças e agravos não transmissíveis, da situação de saúde, da vigilância ambiental, da vigilância da saúde do trabalhador e a sanitária. Insere-se em todos os níveis de atenção, caracterizando como de grande importância. Utiliza ferramentas específicas disponíveis às equipes de saúde, que podem permitir programação e planejamento, de forma a organizar os serviços e dispor de ações programadas para a população, ampliando o acesso a diversas atividades e ações de saúde.
Diretriz Prioritária Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde
149
OBJETIVO 01
OPERACIONALIZAR A VIGILÂNCIA EM SAÚDE POR MEIO DO PRONTO CUSTEIO, RECURSOS HUMANOS E INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA A PROMOÇÃO,PREVENÇÃO, E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS.
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: OPERACIONALIZAÇÃO, GESTÃO RESOLUTIVA E MANUTENÇÃO
DAS AÇÕES E SERVIÇOS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE,
PROPORCIONANDO INTEGRAÇÃO À REDE DE SAÚDE, COM OFERTA DE SERVIÇOS A POPULAÇÃO.
AÇÕES RESOLUTIVAS E QUALIFICADAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE OFERTADAS À POPULAÇÃO,
AÇÃO 01: GESTÃO E MANUTENÇÃO DA VIGILÂNCIA E CONTROLE DE DOENÇAS E
AGRAVOS.
OPERACIONALIZAÇÃO DO CONTROLE DE
DOENÇAS E AGRAVOS 2014-2017
AÇÃO 02: GESTÃO E MANUTENÇÃO DA VIGILÂNCIA E CONTROLE DE ZOONOSES
OPERACIONALIZAÇÃO DO CONTROLE DE ZOONOSES 2014-2017
AÇÃO 03: GESTÃO, MANUTENÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA
SANITÁRIA, AMBIENTAL E DE SAÚDE DO TRABALHADOR
OPERACIONALIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA,
AMBIENTAL E SAÚDE DO TRABALHADOR
2014-2017
AÇÃO 04: GESTÃO DA AGÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
OPERACIONALIZAÇÃO E GESTÃO DE RECURSOS
HUMANOS 2014-2017
INICIATIVA 02: FORTALECER A REDE DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR
REDE DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHADOR EM FUNCIONAMENTO VISANDO A
PREVENÇÃO DE RISCOS E AGRAVOS INERENTES AO TRABALHO.
AÇÃO 01: ARTICULAR E OPERACIONALIZAR AS AÇÕES DE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO, PROTEÇÃO, E VIGILÂNCIA À SAÚDE DO
TRABALHADOR
AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR ASSEGURADAS
2014-2017
INICIATIVA 03: FOMENTO AS AÇÕES INTERNAS E
INTERSETORIAIS COM FOCO NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE,
AMBIENTAL, E SANITÁRIA..
AÇÕES NA ÁREA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, AMBIENTAL E SANITÁRIA
DISPONÍVEIS A POPULAÇÃO.
AÇÃO 01: QUALIFICAR O PROCESSO DE TRABALHO NA VIGILÂNCIA EM SAÚDE,
AMBIENTAL E SANITÁRIA
PROCESSO DE TRABALHO QUALIFICADO E
RESOLUTIVO 2014-2017
150
AÇÃO 02: ESTIMULAR O FUNCIONAMENTO PERMANENTE DOS COMITÊS
INTERSETORIAIS E OS DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
COMITÊS EM FUNCIONAMENTO 2014-2017
AÇÃO 03: OTIMIZAR AÇÕES QUE ASSEGUREM O ALCANCE DAS
COBERTURAS VACINAIS RECOMENDADAS PELO PROGRAMA NACIONAL DE
IMUNIZAÇÃO-PNI
AÇÕES REALIZADAS 2014-2017
151
INDICADORES FORTALECIMENTO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Número de unidades de saúde com serviço de notificação de violência doméstica, sexual e outras violências implantado (nº absoluto)
Número de óbitos maternos (nº absoluto)
Proporção de óbitos infantis e fetais investigados (%)
Proporção de óbitos maternos investigados (%)
Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil (MIF) investigados (%)
Número de casos novos de sífilis congênita em menores de um ano de idade (nº absoluto)
Proporção de vacinas do calendário básico de vacinação da criança com coberturas vacinais alcançadas (%)
Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera (%)
Proporção de exame anti-HIV realizados entre os casos novos de tuberculose (%).
Proporção de registros de óbitos com causa básica definida (%).
Proporção de casos de doenças de notificação compulsória imediata (DNCI) encerradas em até 60 dias após a notificação (%).
Proporção de municípios com casos de doenças ou agravos relacionados ao trabalho* notificados (%).
Percentual de municípios que executam as ações de vigilância sanitária consideradas necessárias a todos os municípios (%).
Número de casos de AIDS em menores de 5 anos (nº absoluto).
152
Número de testes sorológicos anti-HCV realizados (nº absoluto).
Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes (%).
Proporção de contatos intradomiciliares de casos novos de hanseníase examinados (%)
N° absoluto de óbitos por leishmaniose visceral (nº absoluto).
Proporção de cães vacinados na campanha de vacinação antirrábica canina (%)
Proporção de escolares examinados para o tracoma nos municípios prioritários (%).
Número absoluto de óbitos por dengue (nº absoluto).
Proporção imóveis visitados em pelo menos 4 ciclos de visitas domiciliares para controle da dengue (%).
Proporção de analises realizadas em amostras de água para consumo humano quanto aos parâmetros coliforme total, cloro residual livre e turbidez (%).
153
PROGRAMA
MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL DE SAÚDE E IMPLEMENTAÇÃO DA ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL
Desenvolver e implantar uma estrutura de administração compatível as necessidades do setor, que instituam dinamicidade, e seja dotada de aprimoramento e proposição de um conjunto de instrumentos legais, econômicos, jurídicos ou técnicos, imperiosos para o desenvolvimento de um modelo de gestão resolutivo. Fomenta-se um processo de articulação interinstitucional, com encadeamento e compromissos entre os diversos segmentos da área da saúde, com condução das situações inerentes ao setor, e participação contínua da sociedade na formulação das políticas e acompanhamento das ações. Configura-se também a implementação de pactuações entre as esferas públicas, com centralidade na garantia do acesso à saúde, gestão participativa, focos em resultados, participação social e financiamento estável.
Diretriz Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em resultados, participação social e financiamento estável
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OBJETIVO 01
OPERACIONALIZAR A GESTÃO, E MANUTENÇÃO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, INCLUINDO O CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE, POR MEIO DAS POLÍTICAS PARA O SETOR SAÚDE, O PRONTO CUSTEIO, RECURSOS HUMANOS, E INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA A OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO RESOLUTIVA
INICIATIVAS META AÇÃO PRODUTO PRAZO EXECUÇÃO
INICIATIVA 01: OPERACIONALIZAÇÃO
TÉCNICA E ADMINISTRATIVA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE.
ÉTICA NO TRATO DA COISA PÚBLICA, TANTO DOS GESTORES, DA SOCIEDADE, NO RECONHECIMENTO
DAS DIVERSAS SITUAÇÕES
AÇÃO 01: GESTÃO E MANUTENÇÃO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS DA
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE.
SERVIÇOS OPERACIONALIZADOS 2014-2017
AÇÃO 02: GESTÃO E MANUTENÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE - CMS
OPERACIONALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO
CMS 2014-2017
INICIATIVA 02: IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL
VOLTADA PARA A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO
(IES) COM INTUITO DE FORMAÇÃO E INSERÇÃO DO
ACADÊMICO/ALUNO NA REALIDADE DO SUS E
FOMENTO À PESQUISA EM SAÚDE.
POLÍTICA MUNICIPAL DE INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO
IMPLANTADA E ARTICULADA COM OS DIVERSOS SEGMENTOS.
AÇÃO 01: REALIZAR OFICINAS COM INSTITUIÇÕES E SETORES AFINS,
SUBSIDIANDO A ELABORAÇÃO DA POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-
SERVIÇO.
OFICINAS REALIZADAS E POLÍTICA IMPLANTADA 2014-2017
AÇÃO 02: ARTICULAR COM AS UNIVERSIDADES AS ÁREAS DE INTERESSE
DE PESQUISA, CONSIDERANDO DIAGNÓSTICO SITUACIONAL, FLUXO E
DEVOLUTIVA
PESQUISAS REALIZADAS E UTILIZADAS POR
AMBAS INSTITUIÇÕES 2014-2017
AÇÃO 03: COOPERAÇÃO INTRAINSTITUCIONAL (SESAU) E INTERINSTITUCIONAL (SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA) PARA AÇÕES DE INTERESSE DA SAÚDE COLETIVA
TERMOS DE COOPERAÇÃO E
CONVÊNIOS FIRMADOS 2014-2017
155
INICIATIVA 03: IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HUMANIZAÇÃO, VOLTADA PARA A QUALIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO NO SUS EM
CONSONÂNCIA COM A POLÍTICA NACIONAL.
POLÍTICA MUNICIPAL DE HUMANIZAÇÃO IMPLANTADA E ARTICULADA COM OS DIVERSOS ATORES, COM DISPOSITIVOS EM
FUNCIONAMENTO E GESTÃO PARTICIPATIVA FOMENTADA.
AÇÃO 01: REALIZAR ESPAÇOS DE DEBATES ENTRE USUÁRIOS, TRABALHADORES E
GESTORES PARA DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE ELABORAÇÃO DA
POLÍTICA
ESPAÇOS DE DEBATES ATIVOS E POLÍTICA
IMPLANTADA 2014-2017
AÇÃO 02: CONSOLIDAR A GESTÃO PARTICIPATIVA, IMPLANTAÇÃO DOS
DISPOSITIVOS DA PNH E FORTALECIMENTO DAS OUVIDORIAS EXISTENTES
GESTÃO PARTICIPATIVA ATIVA, DISPOSITIVOS
IMPLANTADOS E OUVIDORIAS EM
FUNCIONAMENTO.
2014-2017
AÇÃO 03: AMPLIAÇÃO E MODERNZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE
CARTA DE DIREITOS E DEVERES, CARTA DE
SERVIÇOS, CANAL SAÚDE E INFORMAÇÃO
EM SAÚDE EFETIVADOS.
2014-2017
INICIATIVA 04: IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE RECURSOS HUMANOS, COM
RELAÇÃO À FORMAÇÃO, ALOCAÇÃO, QUALIFICAÇÃO,
VALORIZAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DAS
RELAÇÕES DE TRABALHO.
POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS VIABILIZADA COM VALORIZAÇÃO
DAS RELAÇÕES DE TRABALHO, ASSEGURANDO O CONCURSO
PÚBLICO E A CONDUÇÃO DO PLANO DE CARGOS E CARREIRAS PARA OS
SERVIDORES DA SAÚDE.
AÇÃO 01: VIABILIZAR FÓRUNS DE DIÁLOGO PARA ELABORAÇÃO DA
POLÍTICA MUNICIPAL DE RH
FÓRUNS ATIVOS E POLÍTICA IMPLANTADA 2014-2017
INICITAIVA 05: FOMENTAR POLÍTICA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO PERMANENTE, PREVENDO NECESSIDADES DE
FORMAÇÃO PARA O TRABALHO EM SAÚDE, ALINHADA A
POLÍTICA NACIONAL, QUALIFICANDO OFERTA
INSTITUCIONAL, OPORTUNIZANDO INOVAÇÕES
POLÍTICA OPERACIONALIZADA VISANDO A FORMAÇÃO E PROCESSO
DE EDUCAÇÃO PERMANENTE.
AÇÃO 01: GARANTIR APERFEIÇOAMENTO PERMANENTE DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
NOS DIFERENTES ESPAÇOS DE OFERTA DE SERVIÇOS
SERVIDORES QUALIFICADOS E
SERVIÇOS APERFEIÇOADOS
2014-2017
156
INICIATIVA 06: ESTIMULAR PLANEJAMENTO DE GESTÃO,
COM AÇÃO ARTICULADA, INTEGRADA, PARTICIPATIVA,
ENTRE OS DIFERENTES NÍVEIS, UTILIZANDO INSTRUMENTOS,
PREVENDO A MODERNIZAÇÃO, FOCO EM RESULTADOS, E
QUALIFICAÇÃO DO SUS
PLANEJAMENTO EM TODAS AS INSTÂNCIAS DE GESTÃO, COM ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO ENTRE ESTES, COM FOCO NOS
RESULTADOS, QUALIFICANDO A GESTÃO DO SUS.
AÇÃO 01: APRESENTAR EM TEMPO OPORTUNO OS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
REQUERIDOS
PLANEJAMENTO EFETIVO E INSTRUMENTOS DE
GESTÃO VIABILIZADOS 2014-2017
AÇÃO 02: REVISAR O ORGANOGRAMA DA SESAU A PARTIR DAS PREMISSAS DA
MODERNA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ORGANOGRAMA REVISADO E
IMPLANTADO 2014-2017
INDICADORES MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL DE SAÚDE E IMPLEMENTAÇÃO DA ARTICULAÇÃO
INTERINSTITUCIONAL.
Proporção de ações de educação permanente implementadas e/ou realizadas (%) Proporção de trabalhadores que atendem ao SUS, na esfera pública, com vínculos protegidos (%) Número de mesas ou espaços formais municipais e estaduais de negociação permanente do SUS, implantados e /ou mantidos em funcionamento (Un) Proporção de planos de saúde enviados ao Conselho de Saúde (Un) Proporção de Conselhos de Saúde cadastrados no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de Saúde – SIACS (%) Proporção de municípios com ouvidoria implantada Políticas Municipais do setor saúde elaboradas e implantadas (Un)
157
157
REFERÊNCIA BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Sistema de Planejamento do SUS: uma construção coletiva: instrumentos básico/Ministério da Saúde, secretaria-Executiva, Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. – 2. Ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 56p. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2001 : regulamentação da Lei nº 8.080/90 Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 16 p. – (Série E. Legislação de Saúde). BRASIL. Legislação Federal. Lei Complementar Nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm. Instituto Municipal de Planejamento Urbano – PLANURB Perfil Socioeconômico de Campo Grande/Instituto Municipal de Planejamento Urbano – PLANURB. 19 ed.rev. Campo Grande. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/ Acesso em: 14/11/2013. SAUER, Leandro et.al.; Mapeamento dos índices de inclusão e exclusão social em Campo Grande – MS: uma nova reflexão. Campo Grande, MS: Ed. Oeste, 2012.68p. Il. mapas color; 21 cm. Projeto SBBrasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Resultados Principais disponível: http://189.28.128.100/dab/docs/geral/projeto_sb2010_relatorio_final.pdf acesso em: 14/11/2013
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