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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 1
PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO
EXERCCIO DE 2014
Municpio de Itapema
Data de Fundao 21/04/1962
Populao: 55.016 habitantes (IBGE - 2013)
PIB: 802,29 (em milhes)
(IBGE - 2012)
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DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 2
S U M R I O
INTRODUO ...................................................................................................... 3
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................... 4
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ....................................................... 6
3.1. Apurao do resultado oramentrio ....................................................................... 6
3.2. Anlise do resultado oramentrio ........................................................................... 7
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ........................................................ 8
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 17
4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 17
4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 19
4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 20
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 21
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 24
5.1. Sade ....................................................................................................................... 24
5.2. Ensino ...................................................................................................................... 26
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 26
5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 28
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 32
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 32
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 33
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 35
6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 37
6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS
FUNDEB) ..................................................................................................................... 37
6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 39
6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 42
6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA ............... 42
6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 44
6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 44
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6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa
Idosa) .......................................................................................................................... 45
7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO
DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 46
8. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 50
9. SNTESE DO EXERCCIO DE 2014 ............................................................... 53
CONCLUSO ..................................................................................................... 53
ANEXO ............................................................................................................... 56
APNDICE .......................................................................................................... 59
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PROCESSO PCP 15/00238390
UNIDADE Municpio de Itapema
RESPONSVEL Sr. Rodrigo Costa - Prefeito Municipal
ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2014 - Reinstruo
RELATRIO N 3.843/2015
INTRODUO
O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas
competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo
31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes
nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n
202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de
Itapema, relativas ao exerccio de 2014.
O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio
financeiro de 2014 e as informaes dos registros contbeis e de execuo
oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados
alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos
artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94, alterada pela Resoluo n TC-
77/2013, e artigo 22 da Instruo Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo
3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.
A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,
Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame
de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais
auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar
processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de
Contas.
No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram
abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado
financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos
resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.
Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio
corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Itapema, sendo
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que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em 16/11/2015 conforme
base de dados constituda a partir das informaes bimestrais encaminhadas
pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as mdias dos exerccios
anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou apreciados por este
Tribunal.
Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base
os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de
forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,
atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais
estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.
1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL
Procedido o exame das contas do exerccio de 2014 do Municpio, foi
emitido o Relatrio n 2.628/2015, integrante do Processo PCP 15/00238390.
Referido Processo foi tramitado Exma. Auditora Relatora, que
decidiu devolver DMU para que esta encaminhasse ao Responsvel poca,
Sr. Rodrigo Costa - Prefeito Municipal, no sentido de manifestar-se sobre as
restries contidas no Relatrio n 2.628/2015, em observncia ao disposto no
art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do Regimento Interno, o
que foi efetuado atravs do Ofcio TCE/DMU n 16.410/2015, de 08/09/20154.
Conforme solicitao da Exma. Auditora Relatora, o Prefeito
Municipal, pelo Ofcio n SF 2.890 de 22/09/2015, apresentou alegaes de
defesa (assim como remeteu documentos) sobre as restries contidas no
aludido Relatrio, estando anexadas s folhas 635 a 672 dos autos.
Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.
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1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR
(RELATRIO N 2.628/2015)
1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL
1.2.1.1 Registro indevido no Grupo Restos a Pagar do Passivo
Financeiro nas Fontes de Recursos 18, 23, 44, 53, 54, 62, 64,
67 e 02, com saldo devedor de R$ 2.577,74, R$ 5.529,83, R$
2.292,15, R$ 1.875,00, R$ 8.015,44, R$ 17.986,56, R$
12.108,41, R$ 25.677,81 e R$ 171.990,20, respectivamente,
em afronta ao previsto no artigo 85 c/c 105 da Lei n 4.320/64
(item 8.1.1 e Apndice - Clculo detalhado do Resultado
Financeiro por Especificaes de Fonte de Recursos).
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O responsvel alegou que o tempo concedido para a correo da restrio foi insuficiente, e que iria aguardar a finalizao da transmisso dos dados de 2015 para fazer a conferncia com o apontado pelo Tribunal de Contas, para no caso de ainda permanecerem as diferenas, proceder o pedido de vista do processo para a regularizao da restrio. Considerando que a anlise se restringe ao exerccio financeiro de 2014, fica mantida a presente restrio.
1.2.1.2 Divergncia, no valor de R$ 24.014,22, entre o Resultado
Patrimonial apurado na Demonstrao das Variaes
Patrimoniais Anexo 15 (R$ 1.526.165,47) e o Saldo
Patrimonial do exerccio corrente, apurado no Balano
Patrimonial Anexo 14, (R$ 319.768.069,11), deduzido o
Saldo Patrimonial do exerccio anterior (R$ 318.265.917,86),
em afronta aos artigos 104 e 105 da Lei n 4.320/64. Refere-
se a divergncia entre o saldo inicial de 2014 (R$
11.308.875,94) e o saldo final de 2013 (R$ 11.284.861,72) do
Grupo Restos a Pagar. (Item 8.1.2, Quadro 10, deste
Relatrio e fls. 210/215).
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
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Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel discorda dos valores apresentados pela instruo ao afirmar que o valor referente aos restos a pagar, referente ao exerccio de 2013, seria de R$ 11.308.875,94, e no o de R$ 11.284.861,72, o que apresenta justamente o valor da divergncia apresentada. Alegou-se que no constam nos registros do TCE/SC alguns empenhos inscritos em Restos a Pagar no exerccio de 2013, que alcanam a monta de R$ 24.014,22, quais sejam:
Empenho Data de Emisso Valor (R$) Fls.
86/2013 18/01/2013 1.887,20 644
1208/2013 24/07/2013 989,94 644
2040/2013 12/12/2013 8.000,00 647
2041/2013 12/12/2013 2.000,00 647
2042/2013 12/12/2013 3.000,00 647
2043/2013 12/12/2013 5.000,00 647
2044/2013 12/12/2013 2.100,00 647
2047/2013 12/12/2013 1.037,08 647
Total 24.014,22
Afirmou-se, ainda, que consta o registro indevido nos Sistema e-Sfinge de empenhos inscritos em Restos a Pagar no exerccio de 2013, que alcanam a monta de R$ 859,37. Assim, o responsvel concluiu que o valor de R$ 24.014,22 afetou o saldo patrimonial consolidado do Municpio. Na oportunidade foram juntados aos autos o Anexo 14 de 2013, Relao de Restos a Pagar emitido pela Prefeitura, e pelo e-Sfinge, e Balancetes de Verificao de 2014 emitido pela Prefeitura e pelo e-Sfinge (fls. 643 a 663). Todavia, informamos que as Demonstraes Contbeis evidenciadas pelo Sistema e-Sfinge decorrem de informaes remetidas pelo ente ao Tribunal de Contas. Vale ressaltar que tanto a remessa destas informaes quanto os demonstrativos gerados so convalidados e assinados pelo Contador do Municpio. Agora, se a origem da restrio em tela ocorreu em 2013, por motivo de divergncias entre as informaes contbeis
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apresentadas pelo Sistema e-Sfinge, fica caracterizado a ausncia de envio destas informaes ao Tribunal de Contas em tempo oportuno. Assim, tendo em vista que a anlise se restringe ao exerccio financeiro de 2014, fica mantida a presente restrio.
1.2.1.3 Divergncia, no valor de R$ 1.591.389,85, apurada entre a
variao do saldo patrimonial financeiro (R$ -2.975.675,03) e
o resultado da execuo oramentria Dficit (R$
6.119.195,05), considerando o cancelamento de restos a
pagar de R$ 1.552.130,17, em afronta ao artigo 102 da Lei n
4.320/64 (itens 8.1.3, 3.1 e 4.2)
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
Considerando que o Responsvel apresentou justificativas de forma conjunta em relao aos itens 1.2.1.3 e 1.2.1.5, as consideraes acerca destes apontados sero apresentadas no presente item. O Responsvel informou que a divergncia surgiu quando da transmisso do balano de 2013 para o TCE, em virtude do agrupamento de valores negativos de recursos na conta bancria n 42-5 da Caixa Econmica Federal no ms de dezembro de 2013. E ao final ponderou que nesta data o Anexo 14 gerados pelo e-Sfinge e pelo Municpio retratam os mesmos valores. Na oportunidade foi apresentado o Quadro 05, que evidencia o montante de R$ 1.695.620,00, bem como o Anexos 14 gerados (fls. 639, 667 e 668). Uma vez que o Responsvel concordou com o apontado, fica mantida a presente restrio.
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1.2.1.4 Divergncia, no valor de R$ 672.184,90, entre o saldo
apresentado na Demonstrao da Dvida Flutuante Anexo
17 (R$ 13.555.065,61) e o saldo do Passivo Financeiro
constante do Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n
4.320/64 (R$ 14.227.250,51), caracterizando afronta aos
artigos 85 e 105 da referida Lei (Item 8.1.4, Quadro 10 e fls.
210 e 217).
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel limitou-se em afirmar que a divergncia em questo resultante do processamento do Balano em 2014 pelo Sistema e-Sfinge, e informou que a diferena j se encontra regularizada no balancete do razo do TCE em 2015 (fl. 666). Na oportunidade tambm foi juntado aos autos cpia do Anexo 17 gerados pelo e-Sfinge e pela Prefeitura (fls. 664 e 665). Assim, ao se considerar que a anlise se restringe ao exerccio financeiro de 2014, e tendo em vista que no houve preocupao por parte do Responsvel em evidenciar quais seriam os motivos da divergncia apresentada, mantm-se a presente restrio.
1.2.1.5 Divergncia, no valor de R$ 1.695.620,00, entre o saldo do
grupo Disponvel do Balano Patrimonial do exerccio anterior
Anexo 14 (R$ 19.744.011,68) e o saldo inicial do Balano
Financeiro do exerccio atual Anexo 13 (R$ 21.439.631,68),
em desacordo com o artigo 103 da Lei n 4.320/64 (Item 8.1.5,
Quadro 10 e fl. 209)
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
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Consideraes da Anlise Tcnica:
As consideraes da presente restrio j foram abordadas no item 1.2.1.3. Assim, fica mantida a presente restrio.
1.2.1.6 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de acesso
pblico, no prazo estabelecido, de informaes
pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira,
de modo a garantir a transparncia da gesto fiscal com os
requisitos mnimos necessrios, em descumprimento ao
estabelecido no artigo 48-A, II, da Lei Complementar n
101/2000 alterada pela Lei Complementar n 131/2009 c/c o
artigo 7, II, do Decreto Federal n 7.185/2010 (Item 8.1.6,
Captulo 7 e fl. 479).
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel alegou que desconhecia a irregularidade at o recebimento do relatrio de Instruo, e informou que seria providenciado um local apropriado com uma pessoa designada para coordenar a disponibilizao por meio eletrnico das informaes determinadas pela legislao em vigor. Tendo em vista o reconhecimento da irregularidade, fica mantido o apontado.
1.2.1.7 Balano Consolidado no demonstrando adequadamente a
situao financeira, oramentria e patrimonial do Municpio
em 31 de dezembro de 2014, em virtude das inconsistncias
contbeis apuradas, contrariando os princpios fundamentais
de contabilidade aplicados administrao pblica, bem como
os artigos 101 a 105 da Lei n 4.320/64 e o artigo 53 (Item
8.1.7 e Restries 8.1.2, 8.1.3, 8.1.4 e 8.1.5 deste Relatrio).
(Relatrio n 2.628/2015, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)
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Manifestao da Unidade:
As justificativas e os documentos encaminhados pela Unidade esto anexados s folhas 635 a 672 dos autos.
Consideraes da Anlise Tcnica:
O Responsvel limitou-se a afirmar sobre a possibilidade de ocorrncia de inconsistncias quando do envio de informaes da empresa contratada para administrao das informaes contbeis do Municpio, Betha Sistemas, para o banco de dados do Sistema e-Sfinge. Mais uma vez houve a ponderao de que as inconsistncias apresentadas pelos Anexos 13 Balano Financeiro (fls. 669 e 670), e 14 Balano Patrimonial (fls. 671 e 672), atualmente j se encontram corrigidas com as subsequentes transmisses de dados para o e-Sfinge, e que no foi necessria execuo de lanamentos contbeis para a regularizao das divergncias apresentadas no exerccio de 2013 e 2014. No entanto, em virtude da ausncia de evidenciao das situaes que originaram as restries apresentadas, no h como afastar a presente restrio. Ocorre que os Demonstrativos Contbeis devem retratar em um momento estanque a situao financeira, oramentria e patrimonial do ente, no entanto, as peas que compem o Balano Consolidado do Municpio de Itapema referente ao exerccio financeiro de 2014 apresentam vrias inconsistncias, de forma a no demonstrar adequadamente a posio financeira, oramentria e patrimonial do Municpio. Diante do exposto, mantm-se a presente restrio.
luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas
apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies
contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do
Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio
de 2014 passam a apresentar os seguintes dados:
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2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1
O povoamento de Itapema iniciou-se em 1748, com a vinda de 461
imigrantes aorianos, dos quais a cidade herdou o linguajar, as crenas, o gosto
pela msica, o folclore e a conduta ordeira e pacfica. Itapema pertenceu a
Cambori e a Porto Belo at ser emancipada, em 1962.
O Municpio de Itapema tem uma populao estimada em 55.0162
habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,803. O Produto Interno
Bruto alcanava o valor de R$ 802.290.264,004, revelando um PIB per capita
poca de R$ 16.438,02, considerando uma populao estimada em 2012 de
48.807 habitantes.
Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB
Fonte: IBGE 2011
No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo
IDH/PNUD/2010, o Municpio de Itapema encontra-se na seguinte situao:
1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo 2 IBGE - 2013 3 PNUD - 2010 4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2012
0,00
500.000.000,00
1.000.000.000,00
1.500.000.000,00
2.000.000.000,00
2.500.000.000,00
Mdia AMFRI MUNICPIO
2.474.366.395,73
802.290.264,00
PIB EM REAIS
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Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH
Fonte: PNUD 2010
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA
A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:
demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,
com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder
Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do
resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo
das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a
evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida
ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as
transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.
Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao
exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da
receita e despesa inicialmente oradas:
Quadro 01 Leis Oramentrias
LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA
155.945.000,00 PPA 3231/2013 No informado
LDO 3244/2013 13/11/2013 DESPESA FIXADA
155.945.000,00 LOA 3258/2013 12/12/2013
0,68
0,70
0,72
0,74
0,76
0,78
0,80
BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMFRI MUNICPIO
0,727
0,744
0,760
0,800
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3.1. Apurao do resultado oramentrio
O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou
no Dficit de execuo oramentria da ordem de R$ 6.119.195,05,
correspondendo a 3,67% da receita arrecadada.
Salienta-se que o resultado consolidado, Dficit de R$ 6.119.195,05,
composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura Municipal,
Dficit de R$ 6.192.398,78 e do conjunto do Oramento das demais Unidades
Municipais Supervit de R$ 73.203,73.
Ressalta-se que o Dficit em questo foi totalmente absorvido
pelo supervit financeiro do exerccio anterior (R$ 7.354.004,29), conforme
demonstrado na apurao da variao do patrimnio financeiro (item 4.2, deste
Relatrio).
Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,
sinteticamente, da seguinte forma:
Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2014
Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado
RECEITA 155.945.000,00 166.911.684,30 107,03
DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)
187.717.456,73 173.030.879,35 92,18
Dficit de Execuo Oramentria 6.119.195,05 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro e o resultado da execuo
oramentria no montante de R$ 1.591.389,85, considerando o cancelamento de Restos a Pagar
no valor de R$ 1.552.130,17 est anotada no item 8.1.3 - Restries de Ordem Legal do captulo
Restries Apuradas, deste Relatrio.
3.2. Anlise do resultado oramentrio
A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o
uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes
contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios
e Municpios distintos.
A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de
Resultado Oramentrio do Municpio de Itapema nos ltimos 5 anos:
Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio 2010-2014
ITENS / ANO 2010 2011 2012 2013 2014 1 Receita realizada 94.927.733,53 111.397.964,21 137.318.047,09 137.935.307,29 166.911.684,30
2 Despesa executada 95.094.827,36 108.959.672,23 138.651.028,06 135.959.038,70 173.030.879,35
QUOCIENTE 2010 2011 2012 2013 2014 Resultado Oramentrio (12) 1,00 1,02 0,99 1,01 0,96
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado e anlise tcnica.
690
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O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente
entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador
for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio
(receitas superiores s despesas).
Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias
Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no
exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo
Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder
Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.
No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida
como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.
A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$
166.911.684,30, equivalendo a 107,03% da receita orada.
As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os
arrecadados so assim demonstrados:
1,00 1,02 0,99 1,01 0,96
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
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Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2014
RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %
ARRECADADO
Receita Tributria 61.935.500,00 61.445.403,15 99,21
Receita de Contribuies 3.170.000,00 3.640.863,05 114,85
Receita Patrimonial 1.620.340,00 1.987.144,85 122,64
Receita de Servios 55.000,00 578.794,02 1.052,35
Transferncias Correntes 56.249.860,00 69.302.717,71 123,21
Outras Receitas Correntes 13.814.300,00 21.414.372,76 155,02
RECEITA CORRENTE 136.845.000,00 158.369.295,54 115,73
Operaes de Crdito 7.600.000,00 - -
Alienao de Bens 230.000,00 152.700,00 66,39
Transferncias de Capital 11.270.000,00 8.389.688,76 74,44
RECEITA DE CAPITAL 19.100.000,00 8.542.388,76 44,72
TOTAL DA RECEITA 155.945.000,00 166.911.684,30 107,03 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral
consolidado.
Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2014
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Tributria 36,81%
Contribuies 2,18%
Patrimonial 1,19%
Servios 0,35%
Transferncia Corrente41,52%
Outras Correntes12,83%
Alienao de Bens 0,09%
Transferncias de Capital 5,03%
692
mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]
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O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com
o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,
41,52%, est concentrada nas transferncias correntes.
Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita
oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue
mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes
do Municpio.
Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s
receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria
estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU
arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.
41,1442,68 42,66
39,93 38,80
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
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Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.
A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em
anlise:
Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2014
Saldo Anterior Inscrio Atualizao,
juros e multa
Proviso
(lquida) Recebimento Outras Baixas
Saldo
Final
128.817.271,10 56.356.808,39 70.812.271,49 0,00 11.580.746,05 117.236.525,05 127.169.079,88
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.
Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa
ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de
dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:
426,37
474,30
554,63
461,51
531,36
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
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Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas
(incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-
se a demonstrao do prximo quadro:
Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2014
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
01-Legislativa 6.705.000,00 6.595.759,36 98,37
02-Judiciria 1.829.000,01 1.825.555,68 99,81
04-Administrao 35.344.385,19 33.880.582,96 95,86
06-Segurana Pblica 2.280.203,08 2.485.549,03 109,01
08-Assistncia Social 5.444.632,10 5.404.843,00 99,27
10-Sade 31.746.356,07 31.377.263,80 98,84
12-Educao 57.130.994,63 57.208.159,14 100,14
13-Cultura 1.218.796,00 1.163.271,68 95,44
14-Direitos da Cidadania 18.122,01 18.122,00 100,00
15-Urbanismo 33.151.782,56 23.592.752,06 71,17
16-Habitao 295.281,07 119.540,47 40,48
18-Gesto Ambiental 1.104.200,00 1.099.758,31 99,60
20-Agricultura 971.143,68 963.387,51 99,20
22-Indstria 107.800,02 7.800,02 7,24
23-Comrcio e Servios 4.231.397,55 2.476.736,56 58,53
19,39
5,83
8,71
6,67
8,99
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
695
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DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
27-Desporto e Lazer 2.882.362,76 2.865.130,22 99,40
28-Encargos Especiais 2.440.000,00 1.946.667,55 79,78
99-Reserva de Contingncia 816.000,00 - -
TOTAL DA DESPESA 187.717.456,73 173.030.879,35 92,18
Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano
Geral consolidado.
A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se
importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo
identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao
deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.
O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas
autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma
representao grfica do Quadro anterior.
Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2014
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
A evoluo das despesas executadas por funo de governo est
demonstrada no quadro a seguir:
98,37
99,81
95,86
109,01
99,27
98,84
100,14
95,44
100,00
71,17
40,48
99,60
99,20
7,24
58,53
99,40
79,78
0,00 20.000.000,0040.000.000,0060.000.000,0080.000.000,00
01-Legislativa
02-Judiciria
04-Administrao
06-Segurana Pblica
08-Assistncia Social
10-Sade
12-Educao
13-Cultura
14-Direitos da Cidadania
15-Urbanismo
16-Habitao
18-Gesto Ambiental
20-Agricultura
22-Indstria
23-Comrcio e Servios
27-Desporto e Lazer
28-Encargos Especiais
99-Reserva de Contingncia
AUTORIZAO
EXECUO
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Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2010 2014
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
2010 2011 2012 2013 2014
01-Legislativa 3.687.699,80 4.677.651,03 5.663.904,78 6.610.601,13 6.595.759,36
02-Judiciria 981.185,16 1.260.389,69 1.482.697,39 1.462.524,78 1.825.555,68
04-Administrao 11.739.389,44 11.655.210,93 12.998.090,06 13.580.731,47 33.880.582,96
06-Segurana Pblica 1.344.066,74 1.192.471,13 1.841.665,86 1.848.815,24 2.485.549,03
08-Assistncia Social 2.538.377,24 2.900.473,24 3.232.598,47 3.882.986,58 5.404.843,00
10-Sade 16.347.555,60 19.262.656,90 24.294.508,53 25.351.737,23 31.377.263,80
12-Educao 31.819.118,86 36.911.256,57 40.765.077,64 44.561.742,65 57.208.159,14
13-Cultura 358.910,79 463.572,78 404.445,69 487.384,44 1.163.271,68
14-Direitos da Cidadania 4.204,96 5.925,34 608,15 1.403,62 18.122,00
15-Urbanismo 16.034.266,95 18.680.309,33 36.781.656,94 24.227.593,79 23.592.752,06
16-Habitao 154.399,56 48.468,55 234.014,85 - 119.540,47
17-Saneamento 13.900,00 - - - -
18-Gesto Ambiental 856.914,84 884.074,09 876.247,33 916.050,82 1.099.758,31
20-Agricultura 275.581,36 446.112,33 920.229,66 77.592,14 963.387,51
22-Indstria - - - - 7.800,02
23-Comrcio e Servios 3.302.427,48 4.640.034,17 3.584.804,97 5.087.150,69 2.476.736,56
26-Transporte 26.800,00 6.250,00 - 656.750,00 -
27-Desporto e Lazer 2.254.045,22 3.046.700,82 2.897.139,93 2.071.430,22 2.865.130,22
28-Encargos Especiais 3.355.983,36 2.878.115,33 2.531.487,04 5.276.394,67 1.946.667,55
TOTAL DA DESPESA REALIZADA 95.094.827,36 108.959.672,23 138.509.177,29 136.100.889,47 173.030.879,35
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente
de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.
Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2014
RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)
Valor (R$) %
Imposto Predial e Territorial Urbano 29.233.183,04 27,52
Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 10.430.047,81 9,82
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 3.254.433,73 3,06
Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis
14.079.957,19 13,25
Cota do ICMS 10.585.362,96 9,96
Cota-Parte do IPVA 5.865.745,68 5,52
Cota-Parte do IPI sobre Exportao 155.261,62 0,15
Cota-Parte do FPM 21.649.874,89 20,38
697
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RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)
Valor (R$) %
Cota do ITR 1.625,01 0,00
Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 44.094,60 0,04
Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 7.638.827,56 7,19
Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos
3.287.200,98 3,09
TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 106.225.615,07 100,00
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na
gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos
percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.
Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),
demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos
percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2014
DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)
Receitas Correntes Arrecadadas 163.356.528,19
(-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 4.987.232,65
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 158.369.295,54
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA
A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a
situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao
existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao
da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto
prazo.
4.1. Situao Patrimonial
A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:
698
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 23
Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Itapema (em Reais): 2013 2014
ATIVO 2013 2014
PASSIVO 2013 2014
Financeiro 19.769.643,43 18.605.579,77
Disponvel 19.744.011,68 18.605.579,77
Bancos Conta Movimento -721.020,07 2.960.474,74
Bancos Conta Vinculada 496.590,65 746.811,10
Aplicaes Financeiras de Recursos Prprios
11.360.690,77 9.204.494,12
Aplicaes Financeiras de Recursos Vinculados
8.607.750,33 5.693.799,81
Realizvel 25.631,75 -
Depsitos Realizveis a Curto Prazo
25.631,75 -
Financeiro 12.415.639,14 14.227.250,51
Depsitos 1.130.777,42 1.196.601,81
Depsitos de Diversas Origens
1.130.777,42 1.196.601,81
Restos a Pagar 11.284.861,72 13.030.648,70
Obrigaes a Pagar 11.284.861,72 13.030.648,70
Permanente 322.851.422,94
326.805.544,81
Crditos 2.560.504,42 804.100,37
Crditos a Receber 227.000,00 227.000,00
Devedores - Entidades e Agentes
573.553,39 577.100,37
Depsitos Realizveis a Longo Prazo
1.759.951,03 -
Dvida Ativa 128.817.271,10
127.169.079,88
Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Curto Prazo
12.154.109,47 12.471.000,00
Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo
116.663.161,63
114.698.079,88
Realizvel a Longo Prazo 1.208.278,86 1.298.241,64
Crditos Realizveis a Longo Prazo
1.205.748,86 1.205.748,86
Depsitos Realizveis a Longo Prazo
2.530,00 92.492,78
Investimentos 5.583.322,34 49.209,96
Imobilizado 184.682.046,22
197.484.912,96
Bens Mveis e Imveis 184.682.046,22
197.484.912,96
Bens Imveis 164.923.244,10
170.677.221,11
Bens Mveis 19.758.802,12 26.807.691,85
Permanente 11.939.509,37 11.415.804,96
Dvida Fundada 1.426.451,50 1.922.245,87
Dbitos Consolidados 10.513.057,87 9.493.559,09
Dvidas Renegociadas 519.354,83 1.119.371,73
Obrigaes a Pagar 9.564.904,06 8.085.647,82
Obrigaes Legais e Tributarias
428.798,98 288.539,54
DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00
Valores Pendentes a Longo Prazo
0,00 0,00
ATIVO REAL 342.621.066,37 345.411.124,58
SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00
PASSIVO REAL 24.355.148,51 25.643.055,47
SALDO PATRIMONIAL 318.265.917,86 319.768.069,11
Ativo Real Lquido 318.265.917,86 319.768.069,11
TOTAL 342.621.066,37 345.411.124,58
TOTAL 342.621.066,37 345.411.124,58
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.
Obs.: Com relao divergncia entre o resultado patrimonial apurada atravs do Anexo 15 e
aquele obtido atravs do Anexo 14, vide restrio anotada no item 8.1.2 - Restries de Ordem
Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
699
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Obs.: A divergncia entre o saldo demonstrado no Anexo 17 e o saldo do Passivo Financeiro
constante do Anexo 14 consta como restrio anotada no item 8.1.4 - Restries de Ordem Legal
do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
Obs.: A divergncia entre o saldo do grupo Disponvel do Balano Patrimonial do exerccio
anterior e o saldo inicial do Balano Financeiro do exerccio atual consta como restrio anotada
no item 8.1.5 - Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
4.2. Anlise do resultado financeiro
Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de
anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a
verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da
situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos
financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de
pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.
O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do
exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 4.378.329,26 e a sua
correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros
existentes, o Municpio possui R$ 0,76 de dvida de curto prazo.
Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao negativa de R$ -
2.975.675,03 passando de um Supervit de R$ 7.354.004,29 para um Supervit
de R$ 4.378.329,26.
Registre-se que a Prefeitura apresentou um Supervit de R$
3.504.474,12.
Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante
o exerccio demonstrada no quadro seguinte:
Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2013 - 2014
Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao
Ativo Financeiro 19.769.643,43 18.605.579,77 -1.164.063,66
Passivo Financeiro 12.415.639,14 14.227.250,51 1.811.611,37
Saldo Patrimonial Financeiro 7.354.004,29 4.378.329,26 -2.975.675,03 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo
Oramentria consta como restrio anotada no item 8.1.3 - Restries de Ordem Legal do
captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
700
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4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de
fontes de recursos
A situao financeira analisada neste item tem como objetivo
demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes
financeiras, segregadas por vnculo de recurso.
Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de
Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua
disponibilidade especfica.
Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:
a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das
especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita
deste Tribunal de Contas;
b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos
financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades
financeiras) em 31/12/2014, segregados por especificaes de fontes de
recursos;
c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por
disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de
consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a
pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou
no, e que esto pendentes de pagamento.
Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de
auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,
entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na
disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.
d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o
resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o
confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em
considerao os possveis ajustes.
No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e
Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero
consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente
com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo
procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.
701
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A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de
Itapema, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo de
forma detalhada.
Quadro 11- A Demonstrativo do Resultado Financeiro por especificaes de Fonte de Recurso.
FONTE DE RECURSOS
DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA
/ INSUFICINCIA FINANCEIRA
Supervit / Dficit
RECURSOS VINCULADOS
00 - Recursos Ordinrios * 0,00 Supervit
16 - Contribuio de Interveno do Domnio Econmico - CIDE 791,19 Supervit
17 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP
2.708.995,21 Supervit
18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio em efetivo exerccio na Educao Bsica) - R$ 1.016.632,20 1.016.586,44 Supervit
19 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ -45,76
22 - Transferncias de Convnios - Educao 981.314,30 Supervit
23 - Transferncias de Convnios - Sade 319.046,98 Supervit
24 - Transferncias de Convnios - Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social)
2.592.079,90 Supervit
44 - Fundo Especial do Petrleo 92.408,58 Supervit
45 - Outras Transferncias Decorrentes de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Naturais
40.473,83 Supervit
49 - Programa Pessoa Portadora de Deficincia Fsica - PPD 44,25 Supervit
52 - Outras Transferncias de Recursos para o Fundo de Assistncia Social
274.921,00 Supervit
53 - Transferncias de Convnios Assistncia Social 8.255,83 Supervit
54 - Convnio Trnsito - Militar 165.079,99 Supervit
55 - Convnio Trnsito - Civil 403.640,66 Supervit
56 - Convnio Trnsito - Prefeitura 21.345,63 Supervit
58 - Salrio Educao 1.366.743,72 Supervit
60 - Programa Nacional de Alimentao Escolar - PNAE 1.146,17 Supervit
61 - Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE 2.993,90 Supervit
62 - Outros Recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE
114.440,46 Supervit
64 - Ateno Bsica 104.901,87 Supervit
65 - Ateno de Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar 8.571,64 Supervit
66 - Vigilncia em Sade 211.365,16 Supervit
67 - Assistncia Farmacutica Bsica 81.161,89 Supervit
70 - Gesto SUS 189,26 Supervit
83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas -1.498.544,25 Dficit
88 - Alienaes de Bens destinados a Programas de Sade 0,00 Supervit
89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 44.795,35 Supervit
SOMATRIO DAS FONTES DE RECURSOS COM INSUFICINCIA FINANCEIRA
-1.498.544,25
RECURSOS ORDINRIOS
00 - Recursos Ordinrios -3.125.478,18
01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao -1.849.579,30
02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade 290.637,78
TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS -4.684.419,70 Dficit
Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge.
* As disponibilidades de caixa da Cmara Municipal de Itapema foram consideradas como
recursos vinculados.
702
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4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira
A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou
ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a
partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes
patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes
contbeis.
Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo
patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no
quadro a seguir, com a devida memria de clculo:
Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2010 2014
ITENS / ANO 2010 2011 2012 2013 2014
1 Despesa Executada 95.094.827,36 108.959.672,23 138.509.177,29 136.100.889,47 173.030.879,35
2 Restos a Pagar 9.465.016,75 13.491.608,83 8.579.726,71 11.284.861,72 13.030.648,70
3 Ativo Financeiro Ajustado 12.297.107,75 21.029.376,57 15.977.205,27 19.769.643,43 18.605.579,77
4 Passivo Financeiro Ajustado 10.348.305,13 14.489.786,51 9.564.466,12 12.415.639,14 14.227.250,51
5 Ativo Real 269.553.426,70 305.796.319,95 325.145.088,51 342.621.066,37 345.411.124,58
6 Passivo Real 27.118.694,33 28.747.603,06 23.094.848,13 24.355.148,51 25.643.055,47
QUOCIENTES 2010 2011 2012 2013 2014
Resultado Patrimonial (56) 9,94 10,64 14,08 14,07 13,47
Situao Financeira (34) 1,19 1,45 1,67 1,59 1,31
Restos a Pagar (21)*100 9,95 12,38 6,19 8,29 7,53
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o
Ativo Real e o Passivo Real.
No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste
quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas
(curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.
703
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Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2014 o
Ativo Real apresenta-se 13,47 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).
O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o
Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de
pagamento de curto prazo do Municpio.
O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois
assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas
pelos ativos financeiros do Municpio.
9,9410,64
14,08 14,0713,47
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
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Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio
apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2014 o Ativo
Financeiro representa 1,31 vezes o valor do Passivo Financeiro.
O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)
expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar
e o total da Despesa Oramentria.
Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto
oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste
quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no
exerccio as despesas que nele empenhou.
A situao apresentada pelo Municpio de Itapema demonstrada no
grfico a seguir:
1,19 1,451,67 1,59 1,31
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
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11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar
corresponde a 7,53% da despesa oramentria do exerccio.
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES
O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de
recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas
com pessoal.
5.1. Sade
Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive
transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o
exerccio de 2014 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias - ADCT.
Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$
19.463.446,20 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que
corresponde a 18,32% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A
MAIOR o valor de R$ 3.529.603,94, representando 3,32% do mesmo parmetro,
CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies
Constitucionais Transitrias - ADCT.
9,95
12,38
6,19
8,297,53
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
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A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,
pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 106.225.615,07 100,00
Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 31.377.263,80 29,54
Ateno Bsica 26.780.390,36 25,21
Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 2.251.396,50 2,12
Suporte Profiltico e Teraputico 1.012.716,23 0,95
Vigilncia Sanitria 881.228,43 0,83
Vigilncia Epidemiolgica 451.532,28 0,43
(-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 11.913.817,60 11,22
Total das Despesas para Efeito do Clculo 19.463.446,20 18,32
Valor Mnimo a ser Aplicado 15.933.842,26 15,00
Valor Acima do Limite 3.529.603,94 3,32
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:
707
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 32
Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Itapema em 2014
aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos
percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2. Ensino
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias
Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a
proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento
do Ensino (exerccio de 2014) art. 212 da Constituio Federal.
Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 27.441.537,98
em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a
25,83% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de
R$ 885.134,21, representando 0,83% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o
disposto no artigo 212 da Constituio Federal.
A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do
Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:
16,46 15,70 16,3017,91 18,32
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
708
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 33
Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 106.225.615,07 100,00
Valor Aplicado Educao Infantil 12.519.364,34 11,79
Educao Infantil 12.519.364,34 11,79
Valor Aplicado Ensino Fundamental 42.671.926,64 40,17
Ensino Fundamental 42.671.926,64 40,17
Valor Aplicado Ensino Bsico 8.726,95 -
Valor Aplicado Administrao Ligada ao Ensino 8.726,95 -
(-) Total das Dedues com Educao Bsica* 7.378.364,05 6,95
(-) Ganho com FUNDEB 20.240.655,89 19,05
(-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 139.460,01 0,13
Total das Despesas para efeito de Clculo 27.441.537,98 25,83
Valor Mnimo a ser Aplicado 26.556.403,77 25,00
Valor Acima do Limite (25%) 885.134,21 0,83
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:
Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
27,8128,34
27,2127,66
25,83
22,00
23,00
24,00
25,00
26,00
27,00
28,00
29,00
30,00
31,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
709
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 34
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Itapema em 2014
reduziu seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em termos
percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2.2. FUNDEB
Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,
do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n
11.494/07.
Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 22.421.105,97,
equivalendo a 88,39% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO
o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo
exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio
FUNDEB: 2014
COMPONENTE VALOR (R$)
Transferncias do FUNDEB 25.227.888,54
(+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 139.460,01
Total dos recursos oriundos do FUNDEB 25.367.348,55
60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 15.220.409,13
Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB (R$ 25.093.771,35, excludo R$ 22.313,43 (Cancelamento Restos a Pagar na funo 12.361 Nes 79, 100, 6187 e 6750/2013 fls. 492/493) + R$ 1.434,00 (Cancelamento Restos a Pagar na funo 12.365 Ne 7586 fl. 495) + R$ 2.648.917,95 de despesas diversas (fls. 563/566)
22.421.105,97
Valor Acima do Limite 7.200.696,84
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:
710
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DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 35
Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no
exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e
Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.
Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 24.350.762,11,
equivalendo a 95,99% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com
Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o
estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da
seguinte forma:
Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2014
COMPONENTE VALOR (R$)
Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 25.367.348,55
95% dos Recursos do FUNDEB 24.098.981,12
Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *
24.350.762,11
Valor Acima do Limite 251.780,99
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.
84,51
96,27 97,6190,51 88,39
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
711
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 36
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos
oriundos do FUNDEB:
Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,
o Municpio de Itapema reduziu sua aplicao, quando comparado ao exerccio
anterior.
Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte
ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da
Lei n 11.494/2007.
O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito
adicional, integralmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB, no valor de
R$ 365.519,95, CUMPRINDO o estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n
11.494/2007.
Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2014: No tocante ao
controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte
apresenta-se o Quadro abaixo:
95,3396,27
97,6196,45 95,99
80,00
82,00
84,00
86,00
88,00
90,00
92,00
94,00
96,00
98,00
100,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
712
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 37
Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da
Lei n 11.494/2007
COMPONENTE VALOR (R$)
Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2014 1.308.837,28
(-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB
292.250,84
(=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 1.016.586,44
Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.
Obs.: Para abertura de crdito adicional no exerccio de 2015, deve ser considerado o valor de
R$ 1.014.008,70, visto que os Restos a Pagar com saldo invertido (R$ -2.577,74) so
acrescentados indevidamente como Recursos do FUNDEB que no foram utilizados (Vide
restrio anotada no item 8.1.1).
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio
Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei
Complementar n 101/2000 (LRF).
Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 158.369.295,54 100,00
LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 95.021.577,32 60,00
Despesas com Pessoal do Poder Executivo 84.691.266,93 53,48
Pessoal e Encargos 83.653.146,10 52,82
Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo (fls. 495/561)
1.038.120,83 0,66
Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 5.407.034,73 3,41
Pessoal e Encargos 5.407.034,73 3,41
Total das dedues das despesas com pessoal* 1.050.029,71 0,66
TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO
89.048.271,95 56,23
Valor Abaixo do Limite (60%) 5.973.305,37 3,77
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
713
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 38
No exerccio em exame, o Municpio gastou 56,23% do total da receita
corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no
artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n
101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Municpio:
Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior mostra a reduo dos gastos com pessoal do
Municpio de Itapema, quando comparado ao exerccio anterior.
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder
Executivo
Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas
Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000
(LRF).
53,2450,62 50,60
58,0056,23
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
714
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 39
Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 158.369.295,54 100,00
LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 85.519.419,59 54,00
Despesas com Pessoal do Poder Executivo 84.691.266,93 53,48
Dedues das despesas com pessoal do Poder Executivo* 1.050.029,71 0,66
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo
83.641.237,22 52,81
Valor Abaixo do Limite (54%) 1.878.182,37 1,19
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o
Poder Executivo gastou 52,81% do total da receita corrente lquida em despesas
com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei
Complementar n 101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Poder Executivo:
Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2010 2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder
Executivo reduziram, quando comparado ao exerccio anterior.
50,7347,63 47,57
53,93 52,81
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
715
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 40
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder
Legislativo
Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar
n 101/2000 (LRF).
Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2014
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 158.369.295,54 100,00
LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 9.502.157,73 6,00
Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 5.407.034,73 3,41
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo
5.407.034,73 3,41
Valor Abaixo do Limite (6%) 4.095.123,00 2,59
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 3,41% do total da
receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma
contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Poder Legislativo:
Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2010
2014
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
2,51
2,99 3,03
4,07
3,41
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
2010 2011 2012 2013 2014
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
716
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 41
O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que
houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.
6. CONSELHOS MUNICIPAIS
Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que
contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.
Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de
criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas
como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;
enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.
O artigo 20, 2 da Resoluo n. TC 16/94, alterado pelo artigo 1
da Resoluo n. TC 077/2013, de 29 de abril de 2013 exige a remessa dos
pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente com a prestao de contas
anual, quais sejam:
a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.
b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei
Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
c) Conselho Municipal dos Diretitos da Infncia e do Adolescente,
previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;
d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso
IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;
e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei
Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;
f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.
8.842, de 04 de janeiro de 1994.
717
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 42
6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social
do FUNDEB (CACS FUNDEB)
O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de
2007.
Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos
recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
(PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.
O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao
Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser
criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que
prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:
Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.
1o Os conselhos sero criados por legislao especfica, editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:
[....]
IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:
a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;
b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;
c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;
d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;
e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;
718
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 43
f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.
2o Integraro ainda os conselhos municipais dos Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.
Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Itapema, constata-se que o Parecer do
Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram aprovadas (fl.
390).
6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)
O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso
II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do
governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na
formao de estratgias e no controle da execuo das polticas de sade,
inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero
homologadas pelo chefe do poder executivo municipal5.
Compe-se, conforme prescreve a terceira diretriz da Resoluo n.
453, de 10 de maio de 2012:
a) 50% de entidades e movimentos representativos de usurios;
b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da rea de
Sade;
c) 25% de representao de governo e prestadores de servios
privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
O Conselho Municipal de Sade tem as competncias elencadas pela
quinta diretriz da Resoluo n. 453/2012:
5 Viana, Luiz Cludio. O papel dos conselhos municipais na gesto pblica [monografia];
orientadora, Maria Eliana Cristina Bar. - Florianpolis, SC, 2011. p. 26
719
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 44
Quinta Diretriz: aos Conselhos de Sade Nacional,
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que tm
competncias definidas nas leis federais, bem como em
indicaes advindas das Conferncias de Sade, compete:
I - fortalecer a participao e o Controle Social no SUS,
mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na
defesa dos princpios constitucionais que fundamentam o
SUS;
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras
normas de funcionamento;
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de
operacionalizao das diretrizes aprovadas pelas
Conferncias de Sade;
IV - atuar na formulao e no controle da execuo da
poltica de sade, incluindo os seus aspectos econmicos
e financeiros, e propor estratgias para a sua aplicao
aos setores pblico e privado;
V - definir diretrizes para elaborao dos planos de sade
e deliberar sobre o seu contedo, conforme as diversas
situaes epidemiolgicas e a capacidade organizacional
dos servios;
VI - anualmente deliberar sobre a aprovao ou no do
relatrio de gesto;
VII - estabelecer estratgias e procedimentos de
acompanhamento da gesto do SUS, articulando-se com
os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade
social, meio ambiente, justia, educao, trabalho,
agricultura, idosos, criana e adolescente e outros;
VIII - proceder reviso peridica dos planos de sade;
IX - deliberar sobre os programas de sade e aprovar
projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,
propor a adoo de critrios definidores de qualidade e
resolutividade, atualizando-os face ao processo de
incorporao dos avanos cientficos e tecnolgicos na
rea da Sade;
X - avaliar, explicitando os critrios utilizados, a
organizao e o funcionamento do Sistema nico de
Sade do SUS;
XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consrcios e
convnios, conforme as diretrizes dos Planos de Sade
Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;
XII - acompanhar e controlar a atuao do setor privado
credenciado mediante contrato ou convnio na rea de
sade;
720
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 45
XIII - aprovar a proposta oramentria anual da sade,
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei
de Diretrizes Oramentrias, observado o princpio do
processo de planejamento e oramento ascendentes,
conforme legislao vigente;
XIV - propor critrios para programao e execuo
financeira e oramentria dos Fundos de Sade e
acompanhar a movimentao e destino dos recursos;
XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critrios
de movimentao de recursos da Sade, incluindo o
Fundo de Sade e os recursos transferidos e prprios do
Municpio, Estado, Distrito Federal e da Unio, com base
no que a lei disciplina;
XVI - analisar, discutir e aprovar o relatrio de gesto, com
a prestao de contas e informaes financeiras,
repassadas em tempo hbil aos conselheiros, e garantia
do devido assessoramento;
XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das
aes e dos servios de sade e encaminhar denncias
aos respectivos rgos de controle interno e externo,
conforme legislao vigente;
XVIII - examinar propostas e denncias de indcios de
irregularidades, responder no seu mbito a consultas sobre
assuntos pertinentes s aes e aos servios de sade,
bem como apreciar recursos a respeito de deliberaes do
Conselho nas suas respectivas instncias;
XIX - estabelecer a periodicidade de convocao e
organizar as Conferncias de Sade, propor sua
convocao ordinria ou extraordinria e estruturar a
comisso organizadora, submeter o respectivo regimento e
programa ao Pleno do Conselho de Sade
correspondente, convocar a sociedade para a participao
nas pr-conferncias e conferncias de sade;
XX - estimular articulao e intercmbio entre os
Conselhos de Sade, entidades, movimentos populares,
instituies pblicas e privadas para a promoo da
Sade;
XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas
sobre assuntos e temas na rea de sade pertinente ao
desenvolvimento do Sistema nico de Sade (SUS);
XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e
incorporao cientfica e tecnolgica, observados os
padres ticos compatveis com o desenvolvimento
sociocultural do Pas;
XXIII - estabelecer aes de informao, educao e
comunicao em sade, divulgar as funes e
721
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
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Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Itapema exerccio de 2014 46
competncias do Conselho de Sade, seus trabalhos e
decises nos meios de comunicao, incluindo
informaes sobre as agendas, datas e local das reunies
e dos eventos;
XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educao
permanente para o controle social, de acordo com as
Diretrizes e a Poltica Nacional de Educao Permanente
para o Controle Social do SUS;
XXV - incrementar e aperfeioar o relacionamento
sistemtico com os poderes constitudos, Ministrio
Pblico, Judicirio e Legislativo, meios de comunicao,
bem como setores relevantes no representados nos
conselhos;
XXVI - acompanhar a aplicao das normas sobre tica
em pesquisas aprovadas pelo CNS;
XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Poltica de
Gesto do Trabalho e Educao para a Sade no SUS;
XXVIII - acompanhar a implementao das propostas
constantes do relatrio das plenrias dos Conselhos de
Sade; e
XXIX - atualizar periodicamente as informaes sobre o
Conselho de Sade no Sistema de Acompanhamento dos
Conselhos de Sade (SIACS).
Salienta-se que os membros do Conselho no so remunerados e
suas funes so consideradas de relevncia pblica. Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Itapema, a anlise do Parecer do Conselho
Municipal de Sade indica que as contas foram aprovadas (fls. 418/425).
6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do
Adolescente
A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do
Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma
srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:
dever da famlia, da sociedade e do Es
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