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INFECÇÃO DE SÍTIO
CIRÚRGICO
ANVISA Grupos de
trabalho 2008/2009
Critérios Nacionais de
Diagnóstico
de Infecção
Núcleos de Segurança
do Paciente
Série Segurança do
Paciente e Qualidade
em Serviços de Saúde -
2013
OBJETIVOS
• Definir indicadores de resultado,processo e estrutura para a prevençãoda infecção pós-operatória nos serviçosde saúde do Brasil.
• Sistematizar a vigilância das infecções do sítio cirúrgico.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• INFECÇÃO DE SITIO CIRURGICO (ISC)
• 3ª posição entre as IRAS;
• Entre 14% a 16% das IRAS são ISC;
• Em 1999 (MS) - encontrou uma taxa de ISC de 11% dototal de procedimentos cirúrgicos;
• Custo extra relacionado a estas infecções situa-se entreU$ 2.000 e U$7.500;
• Tempo de hospitalização acrescido em média, de 8 dias;
• A infecção em prótese geralmente requer a sua remoção,ocasionando custos e transtornos adicionais
Procedimentos cirúrgicos
Pacientes internados ou admitidos para oprocedimento
Realizados dentro do Centro Cirúrgico;
Pelo menos 01 incisão;
Também cirurgias onde não há sutura;
Cirurgias videoscópicas são incluídas
NÃO SÃO CIRÚRGICOS
Procedimentos fora do Centro Cirúrgico (sutura no PS)
Procedimentos sem incisão (punções, incisão prévia)
Biópsias endoscópicas, episiotomias e circuncisões
DEFINIÇÕES
ISC incisional superficial
Envolve pele ou tecido celular subcutâneo. Achados:
Drenagem purulenta da incisão superficial com ousem cultura ou,
Organismos isolados através de cultura obtidaassepticamente do fluido ou tecido proveniente daincisão cirúrgica ou,
Presença de pelo menos um dos seguintes sinais ousintomas de infecção: dor ou hipersensibilidadelocal, tumefação localizada, eritema, calor local eabertura deliberada da incisão pelo cirurgião, a nãoser quando a cultura é negativa ou,
Diagnóstico de infecção feito pelo cirurgião oumédico assistente
ISC incisional profunda
Envolve estruturas profundas da parede, a fáscia e acamada muscular. Achados:
Drenagem purulenta de origem profunda da incisãoou,
Deiscência espontânea ou abertura deliberada pelocirurgião, quando o paciente apresenta pelo menosum dos sinais ou sintomas: febre (>37,8oC), dor ouhipersensibilidade local, a não ser quando a culturada incisão é negativa, ou
Presença de abcesso ou outra evidência de infecçãode tecidos profundos, observada ao exame diretodurante uma reoperação, ou
Diagnóstico de infecção incisional profunda feitopelo cirurgião ou médico assistente
ISC órgão ou cavidade
Envolve qualquer parte da anatomia (órgão ou cavidade)aberta ou manipulada durante o procedimento cirúrgico, comexceção da incisão da parede. É necessário que a infecçãopossa estar relacionada com o ato cirúrgico e mais um dosseguintes achados:
Drenagem purulenta proveniente de um dreno colocadodentro do órgão/espaço ou,
Organismos isolados através de cultura colhidaassepticamente de líquido ou tecido proveniente doórgão/espaço ou,
Presença de abcesso ou outra evidência de infecçãoenvolvendo o órgão/espaço pelo exame direto duranteuma reoperação ou pelos exames histológicos ouradiológicos,
Diagnóstico de infecção feito pelo cirurgião ou médicoassistente.
Observações:
Se envolver sítios de infecção superficial eprofunda, classifica como profunda.
Se houver drenagem de material de órgão ou cavidadeatravés da incisão e, não envolver reoperação, seráconsiderada complicação da incisão e portanto,classificada como incisional profunda.
Se houver infecção na pele ao redor do dreno de órgãoou cavidade, será classificada como infecção da pele epartes moles (cutânea)
Episiotomia – topografia reprodutorCircuncisão – topografia cutânea
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%S. aureus
S. epidermidis
Enterococcus sp
E. coli
P. aeruginosa
Enterobacter sp
P. mirabilis
K. pneumoniae
Outros Streptococcus
sp
Candida albicans
Etiologia
Fonte: NNIS 1986-1996
Risco de ISC
Dose de contaminação bacteriana x Virulência
Resistência do paciente
=
Fonte
endógena
Pele, mucosa e víscera oca
Fonte exógena
Próprio pacienteFonte
endógena
Fonte endógena
Pessoal, instrumentos, equipamentos, ambiente
Fatores relacionados ao microorganismo
Quanto > o inóculo, > chance de ocorrer infecção.
Quanto < a chance da bactéria chegar à incisão cirúrgica,< a probabilidade de desenvolver complicação infecciosa.
Fatores próprios do microorganismo – presença decápsula, capacidade de produzir determinadas enzimas efatores de aderência ao tecido – os tornam mais aptos adesenvolver quadro infeccioso
Fatores de risco
Fatores relacionados ao paciente:
Idade: Extremos de idade ;
Doença pré existente
• Obesidade:
• Período de hospitalização pré operatóriaInfecções fora do sítio cirúrgico: Importante fator de risco. ITU e Inf. Acesso vascular – tratar antes de cirurgia eletiva.
Fatores de risco
Fatores relacionados ao procedimento cirúrgico
• Classificação da cirurgia por potencial de contaminaçãoda incisão cirúrgica: (PORTARIA MS N° 2.616, DE 12 DEMAIO DE 1998)
Deverá ser feita no final do ato cirúrgico, pelo cirurgião,de acordo com as seguintes indicações:
Cirurgias Limpas
Cirurgias Potencialmente Contaminadas
Cirurgias Contaminadas
Cirurgias Infectadas
Fatores de risco
Cirurgias Limpas (1-5% tx IH)
São aquelas realizadas em tecidos estéreis oupassíveis de descontaminação, na ausência deprocesso infeccioso e inflamatório local oufalhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas comcicatrização de primeira intenção e semdrenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrempenetrações nos tratos digestivo, respiratório ouurinário.
Ex. Herniorrafia, Safenectomia.
Cirurgias Potencialmente
Contaminadas (3-11% tx IH)
São aquelas realizadas em tecidoscolonizados por flora microbiana pouconumerosa ou em tecidos de difícildescontaminação, na ausência de processoinfeccioso e inflamatório e com falhastécnicas discretas no transoperatório.Cirurgias com drenagem abertaenquadram-se nesta categoria. Ocorrepenetração nos tratos digestivo,respiratório ou urinário sem contaminaçãosignificativa.
Ex. Gastrectomia.
São aquelas realizadas em tecidos recentementetraumatizados e abertos, colonizados por flora bacterianaabundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível,bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhastécnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Napresença de inflamação aguda na incisão e cicatrização desegunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubodigestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluemnesta categoria.
Ex. Colecistectomia c/ inflamação aguda.
Cirurgias Contaminadas (10-17% tx IH)
Cirurgias Infectadas (27% tx IH)
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas emqualquer tecido ou órgão, em presença de processoinfeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.
Ex. Ceco perfurado.
Fatores relacionados ao procedimento cirúrgico - cont.
Banho com antisséptico - Redução da contagem decolônias.Tricotomia; preparo da pele do pacienteInstrumentais cirúrgicos; Paramentação da equipecirúrgicaCampo cirúrgico
Assepsia: Rigorosa aderência aos princípios deassepsia é fundamental na prevenção de ISC.
Duração da cirurgia: O risco de infecção éproporcional à duração do ato operatório.
É recomendado reforço da dose do atbprofilático em cirurgias que ultrapassem 2 a 3horas.
Atenção também aos procedimentosinvasivos como punção venosa central,cateterismo vesical, intubação, administraçãode medicamentos.
Fatores relacionados ao procedimento cirúrgico - cont.
PRÉ-OPERATÓRIO: tempo de internação,tricotomia, controle de infecções,...
INTRA-OPERATÓRIOS: antibioticoprofilaxia,condições da sala, técnica cirúrgica,...
PÓS-OPERATÓRIOS: curativos, altaprecoce,...
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
RESULTADOStaxas
PROCESSOStempo da
antibioticop.
ESTRUTURAdisponi de
antisséptico para HM.
INDICADORES DE ISC
Indicadores hospitalares sãoinstrumentos utilizados para avaliar odesempenho hospitalar, envolvendosua organização, recursos emetodologia de trabalho.Meta: concentrar esforços paracoleta de dados que interfirampositivamente nos processos detrabalho.
OS TRÊS PILARES NOS QUAIS SE ASSENTA A REDUÇÃO DA INCIDÊNCIA DE ISC SÃO:
Cuidadoso preparo pré–operatório,
Observação de rigorosas técnicas no intra–operatório e,
Vigilância contínua.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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