Prof. Msc. João Paulo Rocha de Miranda

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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE: PERSPECTIVAS, OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA O ENSINO E EXERCÍCIO DA ZOOTECNIA.Prof. Msc. João Paulo Rocha de Miranda (CNMA/CFMV)Zootecnista (CRMV-MT 0168/Z) e Advogado (OAB 12.916)Membro da Comissão Nacional de Meio Ambiente do CFMVMembro da Comissão de Meio Ambiente da OAB-MTMestre em Direito Agroambiental (UFMT)Especialista em Sociedade e Desenvolvimento Regional (UFMT)Especialista em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (FESMP-MT/UNIC)Professor do Centro Universitário Cândido Rondon (UNIRONDON) e do Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG)E-mail: jpr.miranda@gmail.comBlog: http://professormiranda.blogspot.com.br/

II SEMINÁRIO NACIONAL DE ENSINO DA ZOOTECNIA14 a 16 de maio de 2012

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ENSINO - SUTENTABILIDADE - ZOOTECNIA

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DIMENSDIMENSÕÕES GERAIS DA FUNES GERAIS DA FUNÇÃÇÃO SOCIAL DA O SOCIAL DA PROPRIEDADE E DA POSSEPROPRIEDADE E DA POSSE

SUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE

DIMENSDIMENSÕÕES DA SUSTENTABILIDADEES DA SUSTENTABILIDADE

FONTE: Ecoguia

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?

O MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à

coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao

Poder Público:

[...]

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de

ensino e a conscientização pública para a preservação do meio

ambiente; [...] (CF/88)6

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O MEIO AMBIENTE NA LEI 5.550/68

Art. 3º São privativas dos profissionais mencionados no art. 2º desta Lei as seguintes atividades:

a) planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e a orientar a criação dos animais domésticos, em todos os seus ramos e aspectos;

b) promover e aplicar medidas de fomento à produçãodos mesmos, instituindo ou adotando os processos e regimes, genéticos e alimentares, que se revelarem mais indicados ao aprimoramento das diversas espécies e raças, inclusive com o condicionamento de sua melhor adaptação ao meio ambiente, com vistas aos objetivos de sua criação e ao destino dos seus produtos; [...]

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CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃOCÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE FEVEREIRO DE 2006

Aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Zootecnia e dáoutras providências.

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Art. 3º As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em

Zootecnia são as seguintes:

[...]

§ 2º O projeto pedagógico do curso de graduação em Zootecnia deverá assegurar

a formação de profissionais aptos a compreender e traduzir as necessidades de

indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação aos problemas tecnológicos,

socioeconômicos, gerenciais e organizativos, bem como a utilizar racionalmente os

recursos disponíveis, além de conservar o equilíbrio do ambiente.

§ 3º O curso deverá estabelecer ações pedagógicas com base no desenvolvimento

de condutas e de atitudes com responsabilidade técnica e social, tendo como

princípios:

a) o respeito à fauna e à flora;

b) a conservação e recuperação da qualidade do solo, do ar e da água;

c) o uso tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente; [...]

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Art. 5º O curso de graduação em Zootecnia deve ensejar como perfil:

I - sólida formação de conhecimentos científicos e tecnológicos no campo da Zootecnia, dotada de consciência ética, política, humanista, com visão crítica e global da conjuntura econômica social, política, ambiental e cultural da região onde atua, no Brasil ou no mundo;

[...]

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Art. 6º O curso de graduação em Zootecnia deve possibilitar a

formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes

competências e habilidades:

a) fomentar, planejar, coordenar e administrar programas de

melhoramento genético das diferentes espécies animais de interesse

econômico e de preservação, visando a maior produtividade,

equilíbrio ambiental e respeitando as biodiversidades no

desenvolvimento de novas biotecnologias agropecuárias;

d) planejar e executar projetos de construções rurais, de formação

e/ou produção de pastos e forrageiras e de controle ambiental;

k) realizar estudos de impacto ambiental, por ocasião da implantação

de sistemas de produção de animais, adotando tecnologias

adequadas ao controle, ao aproveitamento e à reciclagem dos

resíduos e dejetos; [...]12

Art. 7º Os conteúdos curriculares do curso de

graduação em Zootecnia deverão contemplar, em

seus projetos pedagógicos e em sua organização

curricular, os seguintes campos de saber:

[...]

IV - Ciências Ambientais: compreende os conteúdos

relativos ao estudo do ambiente natural e produtivo,

com ênfase nos aspectos ecológicos, bioclimatológicos

e de gestão ambiental.

[...]

13

RESOLUÇÃO N.º 619, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1994CFMV

Art. 1º Especificar o campo da atividade do zootecnista como sendo os seguintes:

[...]

q. Desenvolvimento de Atividades que visem àpreservação do meio ambiente. (Redação- Resolução nº 634/95)

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JURAMENTO DA ZOOTECNIA

"Juro, no exercício da profissão de Zootecnista, atuar em favor do aprimoramento das espécies de animais, da conservação dos recursos naturais, da segurança alimentar, da sustentabilidade da produção animal, do bem-estar da humanidade e dos animais.

Juro, realizar com ética e responsabilidade as funções profissionais para todos, sem restrições, me dedicando integralmente ao trabalho com competência e visão humanística.

Perante DEUS e os homens eu juro.“(Aprovado no XXXII Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas realizado durante o ZOOTEC 2009 em Águas de Lindóia/SP)

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Meio Ambiente & Zootecnia

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Princípios Ambientais & Zootecnia

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PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1972 - Conferencia Mundial de Meio Ambiente de Estocolmo.

1983 - Criada, pela Assembléia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), que foi presidida por Gro Harlem Brundtland, na época primeira-ministra da Noruega, com o objetivo de sistematizar as problemáticas envolvendo meio ambiente e desenvolvimento, elaborando propostas de intervenções e normas de cooperação internacional que pudessem orientar políticas e ações internacionais nesta matéria.

1987 - Lançado o relatório “Our Common Future” (Nosso Futuro Comum), também conhecido como relatório “Brundtland“.

1991 - Cuidando do planeta Terra – Estratégia para o futuro da vida –IUCN/PNUMA/WWF.

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“... desenvolvimento sustentável éaquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.(Nosso futuro comum – Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU - CMMAD, 1983 a 1987).

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QUEM DEVE PAGAR POR ISSO?

PRINCÍPIO POLUIDOR-PAGADOR

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PRINCPRINCÍÍPIO DA PREVENPIO DA PREVENÇÃÇÃOO

É MELHOR PREVENIR QUE REMEDIAR...

... POIS NUNCA MAIS SERÁ A MESMA.

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PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO OU DEMOCRÁTICO

ÁGUA: BEM DE USO COMUM

QUEM SOFRERÁ COM SUA FALTA?

QUEM PROTEGERÁ? 23

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DESAFIOS• Amazônia Legal;• Aquecimento Global;• Desmatamento;• Responsabilização de profissionais;• Concursos na área ambiental;• Qualificação profissional;• Disciplinas:

– Direito agroambiental;– Licenciamento ambiental;– Gestão ambiental...

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Art. 1° (...) § 2o Para os efeitos deste Código, entende-se por:VI - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão.

(Código Florestal)

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Participação de diversas regiões do mundo em relação àprodução de leite e emissão de gases do efeito estufa

associada à produção, processamento e transporte

38(FAO, 2010)

Setor lácteo = 4% GEE

ALGUNS IMPACTOS DA PRODUÇÃO ANIMAL NO MEIO AMBIENTE

NÚMERO DE PESSOAS QUE ALIMENTA 1,3 bilhões

PARTICIPAÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA 40%

PARTICIPAÇÃO NA GERAÇÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO 9%

PARTICIPAÇÃO NA GERAÇÃO DE ÓXIDO NITROSO 65%

PARTICIPAÇÃO NA GERAÇÃO DE METANO POR ATIVIDADE HUMANA 37%

PARTICIPAÇÃO NA GERAÇÃO DE AMÔNIA 64%

TERRAS DO PLANETA UTILIZADA PARA PRODUÇÃO ANIMAL 30%

TERRAS CULTIVÁVEIS UTILIZADA PARA RAÇÃO ANIMAL 33%

PASTOS DEGRADADOS NO MUNDO 20%

BIOMASSA TERRESTRE ANIMAL (CARNE E LEITE) 20%

EMISSÃO DE GASES DO EFEITO ESTUFA 18%

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(FAO, 2006)

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“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade

o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

gerações.

[...]

§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio

ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a

sanções penais e administrativas, independentemente da

obrigação de reparar os danos causados.” [...](CF/88)43

Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal,

o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes

e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:

(...)

§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é

o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a

indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a

terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e

dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade

civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

(Lei 6.938/81)44

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SOLUÇÕES PROPOSTAS PELA FAO• Incluir explicitamente os custos ambientais;

• Uso de métodos de conservação de solo e silvipastoril;

• Proibição controlada de criação de animais em áreas de risco;

• Recompensa financeira para serviços ambientais em terras utilizadas para a criação

de animais que reduzam ou revertam a degradação da terra;

• Aumentar a eficiência de produção tanto da criação de animais quanto da

agricultura para as rações;

• Melhorar a dieta dos animais para reduzir fermentação intestinal e conseqüente

emissão de metano;

• Estimular iniciativas de usinas de biogás para reciclar o esterco;

• Melhorar a eficiência dos sistemas de irrigação;

• Introduzir métodos de cobrança pela água, bem como impostos para desencorajar

concentração de criação de animais em larga escala próximo a cidades.46

COMISSÃO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE CFMV

• Criada a CNSA

• Portaria nº 8, de 30 de janeiro de 2012

– Última designação de membros da CNSA

– 6 Médicos Veterinário e 1 Zootecnista

• Portaria nº 23, de 17 de abril de 2012– Alteração de CNSA �CNMA

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CNMA - COMISSÃO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE

PresidenteMéd. Vet. Claudia Scholten – CRMV-SP nº 20045

MembrosMéd. Vet. Maria Izabel Merino de Medeiros - CRMV-SP nº 13293Méd. Vet. Luciano Menezes Ferreira – CRMV-SP nº 14908Méd. Vet. Maria do Rosário Lira Castro – CRMV-RJ nº 2092Méd. Vet. Maria Auxiliadora Gorga Luna – CRMV-DF nº 0370Méd. Vet. Eva Terezinha dos Santos Ota - CRMV-SC nº 3804Zoot. João Paulo Rocha de Miranda - CRMV-MT nº 0168/Z

COMISSÃO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE CFMV

• Carta de compromisso ambiental

• Rio +20– Stand

– Participação de 5 membros na Conferência e eventos paralelos

• Livro

• Elaboração de documento para defesa das classes nos editais para concursos na área ambiental

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OBRIGADO!João Paulo Rocha de Miranda

Zootecnista – Msc (CNMA/CFMV)

jpr.miranda@gmail.com

http://professormiranda.blogspot.com.br/

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