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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº
DISPÕE SOBRE A ALTERAÇÃO DA LEI
COMPLEMENTAR Nº 101, DE 22 DE OUTUBRO DE
2007 (PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE
COLINA) E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
TÍTULO I
CAPÍTULO I
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 1º - Esta Lei Complementar tem por objetivo rever e
atualizar o Plano Diretor do Município de Colina, com fundamento na Constituição da
República, em especial no que estabelecem os artigos 30 e 182, na Lei Federal n° 10.257/2.001
– Estatuto da Cidade, na Constituição do Estado de São Paulo e na Lei Orgânica Municipal e
estabelece normas, princípios básicos e diretrizes para a sua implantação.
Parágrafo 1º - Esta Lei tem a denominação de PLANO DIRETOR
DO MUNICÍPIO DE COLINA e aplica-se a toda extensão territorial do município.
Parágrafo 2º – O Plano Diretor é o instrumento orientador e básico
da política de desenvolvimento urbano do Município, tendo por finalidade orientar a atuação
dos agentes públicos e privados que atuam na cidade.
Parágrafo 3º – O Plano Diretor tem por fim realizar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade e o uso socialmente justo e
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ecologicamente equilibrado de seu território, de forma a assegurar o bem estar de seus
habitantes mediante:
I – a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes das obras e serviços de infra-
estrutura urbana e a recuperação, para a coletividade, da valorização imobiliária
resultante da ação do Poder Público;
II – a racionalização do uso da infra-estrutura instalada, inclusive sistema viário e
transportes, evitando sua sobrecarga ou ociosidade;
III – a regularização fundiária e urbanização específica de áreas ocupadas por
população de baixa renda;
IV - a redução dos deslocamentos entre a habitação e o trabalho;
V - a incorporação da iniciativa privada no financiamento dos custos de urbanização e
da transformação dos espaços coletivos da cidade;
VI - a preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente e da paisagem urbana.
Artigo 2º - São objetivos gerais do Plano Diretor:
I - distribuir os usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em
relação à infra-estrutura disponível, aos transportes, ao meio ambiente e ao saneamento
básico;
II – adequar a ocupação do sítio às características do meio físico, para impedir
deterioração ou degeneração de áreas do Município;
III – melhorar a paisagem urbana, a preservação dos sítios históricos, dos recursos
naturais e, em especial, dos mananciais de abastecimento de água do Município;
IV - ampliar a oferta de habitação para as faixas de baixa renda;
V - promover o desenvolvimento de um sistema de transporte coletivo prevalente sobre
o transporte individual;
VI – promover um sistema de circulação e transporte que assegure acessibilidade segura
e satisfatória a todas as regiões da cidade;
VII – criar um sistema de planejamento participativo e democrático;
VIII – ampliar a oferta de serviços de saneamento básico.
Artigo 3º - Integram o Plano Diretor Municipal as seguintes leis:
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I - Lei dos Perímetros Urbanos;
II - Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;
III - Lei do Parcelamento do Solo Urbano.
Parágrafo único – Outras leis poderão vir a integrar o Plano Diretor, desde que
cumulativamente.
SEÇÃO II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
Artigo 4º - Toda e qualquer construção, reforma e ampliação de
edifício, efetuada por particulares ou entidade pública a qualquer título, é regulada pela presente
Lei, obedecidas as normas federais e estaduais relativas à matéria.
Artigo 5º - Para cumprir sua função social, a propriedade urbana deve
atender, simultaneamente e segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em Lei, no
mínimo aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento e utilização para atividade de interesse urbano, em intensidade
compatível com a capacidade de atendimento dos equipamentos e serviços públicos;
II – aproveitamento e utilização compatíveis com a preservação da qualidade do meio
ambiente;
III – aproveitamento e utilização com a segurança e saúde de seus usuários e
propriedades vizinhas.
Parágrafo Único – Atividades de interesse urbano são aquelas
inerentes às funções sociais da cidade e ao bem estar de seus habitantes, incluindo a moradia, a
produção e o comércio de bens, a prestação de serviços, a circulação, a preservação do
patrimônio cultural, ambiental e paisagístico e a preservação dos recursos necessários à vida
urbana, tais como mananciais e áreas arborizadas.
Artigo 6º - Esta Lei tem como objetivos:
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I - orientar os projetos e a execução de edificações no Município;
II - assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade e
conforto das edificações de interesse para comunidade;
III – promover a melhoria de padrões de segurança, higiene, salubridade e conforto de
todas as edificações em seu território;
IV – orientar o projeto e a execução de qualquer obra de parcelamento do solo do
município;
V - assegurar a observância de padrões de urbanização essenciais para o interesse da
comunidade.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA DE
DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Artigo 7º - A política de desenvolvimento municipal deve se pautar
pelos seguintes princípios:
I - função social da cidade;
II - função social da propriedade;
III - sustentabilidade;
IV - gestão democrática e participativa.
Artigo 8º - As funções sociais da cidade no Município de Colina
correspondem ao direito à cidade para todos os habitantes, o que compreende os direitos à terra
urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura e serviços públicos, ao
transporte coletivo, à mobilidade urbana e acessibilidade, ao trabalho, à cultura e ao lazer.
Artigo 9º - Para cumprir a sua função social, a propriedade deve
atender, simultaneamente, no mínimo, às seguintes exigências:
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I - intensidade de uso adequada à disponibilidade da infraestrutura urbana e de
equipamentos e serviços, atendendo aos parâmetros urbanísticos definidos pelo
ordenamento territorial determinado nessa Lei;
II - uso compatível com as condições de preservação da qualidade do meio ambiente, a
paisagem urbana e do patrimônio cultural, histórico e arqueológico;
III - aproveitamento e utilização compatíveis com a segurança e saúde de seus usuários
e da vizinhança.
Parágrafo Único. O Município utilizará os instrumentos previstos
nesta Lei e demais legislações pertinentes para assegurar o cumprimento da função social da
propriedade.
Artigo 10 - Sustentabilidade é o desenvolvimento local socialmente
justo, ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando garantir qualidade de vida
para as presentes e futuras gerações.
TÍTULO II
DAS DIRETRIZES SETORIAIS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ECONÔMICO E TURÍSTICO
Artigo 11 - A política de promoção do desenvolvimento social e
econômico de Colina será articulada à proteção do meio ambiente, redução das desigualdades
sociais e melhoria da qualidade de vida da população.
Artigo 12 - Para a consecução da política de desenvolvimento social e
econômica devem ser observadas as seguintes diretrizes:
I - fortalecer a agroindústria, ampliando o valor agregado da produção primária;
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II - estimular o fortalecimento das cadeias produtivas do Município e da região;
III - fortalecer a produção agropecuária do Município e diminuir a dependência no
abastecimento;
IV - apresentar alternativas ao pequeno produtor de como explorar suas terras de forma
racional, ambientalmente correta e lucrativa;
V - promover a gestão ambiental, através da conservação dos solos, gestão por micro-
bacias hidrográficas, proteção de matas ciliares e nascentes e criação de Unidades de
Conservação;
VI - promover o aumento das linhas de financiamento e crédito à atividade agrícola;
VII - elaborar o Zoneamento Ecológico-Econômico do Município;
VIII - atrair novos setores produtivos para o Município, em consonância com a política
de desenvolvimento regional;
IX - fortalecer a política de incentivo à implantação de novas indústrias;
X - incentivar o empreendedorismo, a partir da identificação de vazios econômicos no
Município, através de ferramentas de geografia de mercado;
XI - consolidar o setor industrial do Município como espaço físico, disciplinando a
ocupação e a expansão deste;
XII - fortalecer as atividades comerciais do Município através da estruturação e
consolidação do centro urbano tradicional;
XIII - incentivar o ensino e a pesquisa, promovendo planos conjuntos com instituições
de ensino superior.
Artigo 13 - Cabe ao Poder Executivo promover e incentivar o turismo
como fator estratégico de desenvolvimento econômico e social do Município visando os
seguintes objetivos:
I - ampliar gradativamente e quantitativamente o fluxo de visitantes para o Município de
Colina;
II - aumentar a taxa de permanência média de turistas na cidade como forma de ampliar
consumo por turistas, independentemente da renovação dos fluxos turísticos.
Artigo 14 - Para a promoção do turismo no Município, devem ser
observadas as seguintes diretrizes:
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I - otimizar o aproveitamento econômico do potencial turístico do Município, como
fonte de empregos e geração de renda;
II - promover e consolidar o turismo no Parque Débora Paro;
III - promover o turismo no Recinto Municipal “9 de Julho”, APTA, Estação
Experimental de Zootecnia e Escola Agropecuária Municipal “São Francisco de Assis”,
hotéis-fazendas, Museu Municipal e Prédio da Antiga Estação Ferroviária, Museu do
Cavalo, Ponte Alice Dias e toda a Zona Rural do Município;
IV - preservar a história da cidade, com a revitalização de áreas e imóveis de valor
histórico, como a Igreja da Paróquia de São José, a antiga Estação Ferroviária entre
outros;
V - desenvolver trabalho integrado com a gestão por micro-bacias para identificação das
potencialidades do turismo rural;
VI - desenvolver Plano de Revitalização dos Bosques e Parques existentes e de criação
de novos parques, utilizando as áreas de preservação permanente do Município;
VII - criar roteiros turísticos de referência no Município, explorando a sua Zona Rural
considerando as potencialidades regionais e a parceria com municípios vizinhos.
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Artigo 15 - Para a promoção, planejamento, controle e gestão do
desenvolvimento municipal serão adotados, dentre outros, os seguintes instrumentos:
I - Instrumentos de planejamento:
a) Plano Plurianual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
c) Lei de Orçamento Anual;
d) Lei de Parcelamento do Solo da Sede do Município;
e) Código de Obras e Edificações;
f) Código de Posturas;
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g) Planos de desenvolvimento econômico e social;
h) Planos, programas e projetos setoriais;
i) Programas e projetos especiais de urbanização;
j) Instituição de unidades de conservação;
k) Zoneamento Ecológico-Econômico;
l) Sistema de Mobilidade Urbana.
II - Instrumentos jurídicos e urbanísticos:
a) Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios da propriedade urbana;
b) IPTU Progressivo no Tempo;
c) Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
d) Zonas Especiais de Interesse Social;
e) Outorga Onerosa do Direito de Construir e de alteração de uso;
f) Transferência do Direito de Construir;
g) Operações Urbanas Consorciadas;
h) Direito de Preempção;
i) Direito de Superfície;
j) Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV);
k) Estudo de Impacto Ambiental (EIA);
l) Licenciamento Ambiental;
m) Tombamento;
n) Desapropriação;
o) Compensação ambiental.
p) Instituição de Unidades de Conservação.
III - Instrumentos de regularização fundiária:
a) Zonas Especiais de Interesse Social;
b) Concessão de direito real de uso;
c) Concessão de uso especial para fins de moradia;
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d) Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos
favorecidos.
IV - Instrumentos tributários e financeiros:
a) Tributos municipais diversos;
b) Taxas e tarifas públicas específicas;
c) Contribuição de Melhoria;
d) Incentivos e benefícios fiscais;
e) Doação de imóveis em pagamento da dívida.
V - Instrumentos jurídico-administrativos:
a) Servidão Administrativa e limitações administrativas;
b) Concessão, Permissão ou Autorização de uso de bens públicos municipais;
c) Contratos de concessão dos serviços públicos urbanos;
d) Contratos de gestão com concessionária pública municipal de serviços urbanos;
e) Convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;
f) Termo Administrativo de Ajustamento de Conduta.
VI - Instrumentos de democratização da gestão urbana:
a) Conselhos municipais;
b) Fundos municipais;
c) Gestão orçamentária participativa;
d) Debates, audiências e consultas públicas;
e) Conferências municipais;
f) Iniciativa popular de projetos de lei;
g) Referendo Popular e Plebiscito.
CAPÍTULO III
DAS POLÍTICAS SOCIAIS
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Artigo 16 - Constituem-se elementos das Políticas Sociais:
I - Educação;
II - Saúde;
III - Assistência Social;
IV - Lazer, Esporte e Cultura;
V - Habitação.
Artigo 17 - A Política Municipal de Educação deve democratizar o
acesso à educação básica, prioritariamente nas etapas da educação infantil e do ensino
fundamental, em regime de colaboração com as demais esferas do poder público.
Artigo 18 - A Política Municipal de Saúde tem como objetivos:
I - Garantir o acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo
adequado ao atendimento das necessidades de saúde;
II - Proporcionar o aprimoramento da atenção primária em saúde;
III - Promover a articulação das ações intersetoriais;
IV - Promover a descentralização dos serviços.
Artigo 19 - A Política Municipal de Assistência Social tem por
objetivos e diretrizes:
I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da
incidência de riscos, especialmente:
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
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d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária.
II – a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade
protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de
vitimizações e danos;
III – a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das
provisões socioassistenciais;
IV – participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle de ações em todos os níveis;
V – primazia da responsabilidade do ente político na condução da Política de
Assistência Social em cada esfera de governo;
VI – centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços,
programas e projetos, tendo como base o território. Parágrafo único. Para o
enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas
setoriais visando universalizar a proteção social e atender às contingências sociais.
Artigo 20 - A Política Municipal de Lazer, Esporte e Cultura tem como
objetivos:
I - desenvolver o lazer, o esporte e a cultura no Município;
II - democratizar o acesso às atividades existentes;
III - dar visibilidade, estimular e valorizar a produção cultural local.
Artigo 21 - Para atingir os objetivos propostos da Política Municipal
de Lazer, Esporte e Cultura, é necessário adotar as seguintes estratégias:
I - promover ações e eventos do setor;
II - articular e integrar os equipamentos culturais públicos e privados;
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III - otimizar o uso dos espaços de lazer, esporte e cultura já existentes, dotando-os de
melhor infra-estrutura e acessibilidade;
IV - apoiar iniciativas de criação de novos espaços culturais.
Artigo 22 - A Política Municipal de Habitação tem como objetivo geral
solucionar a carência habitacional no Município, garantindo o acesso a terra urbanizada e a
moradia a todos os habitantes do Município.
Artigo 23 - Para a consecução da Política Municipal de Habitação
deverão ser adotadas as seguintes diretrizes:
I - democratizar o acesso ao solo urbano e a oferta de terras, a partir da disponibilidade
de imóveis públicos e da utilização de instrumentos do Estatuto da Cidade;
II - coibir as ocupações em áreas de risco e não edificáveis;
III - elaborar o Plano Municipal de Habitação;
IV - garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental nos programas
habitacionais, por intermédio das políticas de desenvolvimento econômico e de gestão
ambiental;
V - promover a requalificação urbanística e regularização fundiária dos assentamentos
habitacionais precários e irregulares;
VI - assegurar o apoio e o suporte técnico às iniciativas individuais ou coletivas da
população para produzir ou melhorar sua moradia;
VII - promover a remoção de famílias que estejam residindo em áreas de fundo de vale,
em áreas de risco, em locais de interesse ambiental ou em locais de interesse
urbanístico;
VIII - garantir alternativas habitacionais para as famílias que sejam removidas de áreas
de fundo de vale, áreas de risco, locais de interesse ambiental ou locais de interesse
urbanístico;
IX - recuperar as áreas de preservação ambiental, ocupadas por moradia, não passíveis
de urbanização e regularização fundiária;
X - estimular a produção, pela iniciativa privada, de unidades habitacionais voltadas
para o mercado popular;
XI - ampliar as áreas destinadas à habitação de interesse social;
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XII - promover o acesso à terra, através da utilização adequada das áreas ociosas; inibir
o adensamento e a ampliação das áreas irregulares existentes;
XIII - criar um sistema atualizado de informações sobre as condições de moradia e
acesso à terra;
XIV - assegurar a participação popular nos projetos e planos urbanos;
XV - criar ou aprimorar a rede de associações de moradores, oferecendo a todas as
comunidades os elementos técnicos necessários para as propostas urbanísticas;
XVI - Formular e acompanhar propostas populares do Plano Diretor;
XVII - Realizar estudos locais para apresentação de propostas gerais.
Artigo 24 - O Plano Municipal de Habitação deverá conter, no mínimo:
I - diagnóstico das condições de moradia no Município;
II - cadastro georreferenciado das áreas de risco, áreas ocupadas, ocupações irregulares;
III - identificação das demandas por região do Município e natureza das mesmas;
IV - objetivos, diretrizes e ações estratégicas para a Política Municipal de Habitação
definida nesta Lei;
V - definição de metas de atendimento da demanda, com prazos, priorizando as áreas
mais carentes.
CAPÍTULO IV
DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
Artigo 25 - O Saneamento Ambiental Integrado é o conjunto de ações
que visam manter o meio ambiente equilibrado, alcançando níveis crescentes de salubridade
ambiental e de qualidade de vida, por meio do abastecimento de água potável, esgotamento e
tratamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos, drenagem e reuso de águas pluviais e
controle dos vetores de doenças transmissíveis, promovendo a sustentabilidade ambiental do
uso e da ocupação do solo.
Artigo 26 - A Política de Saneamento Ambiental Integrado deverá
atender às seguintes diretrizes:
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I - promover a educação ambiental como instrumento para sustentação das políticas
públicas ambientais, buscando a articulação com as demais políticas setoriais;
II - promover a educação ambiental através de parceria entre administração municipal,
entidades privadas e sociedade civil organizada;
III - promover a qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais, por meio
do planejamento e do controle ambiental;
IV - incorporar às políticas setoriais o conceito da sustentabilidade e as abordagens
ambientais;
V - criar mecanismos de informação à população sobre os resultados dos serviços de
saneamento oferecidos, com resultados satisfatórios ou não;
VI - garantir a proteção da cobertura vegetal existente no Município;
VII - garantir a proteção das áreas de interesse ambiental e a diversidade biológica
natural;
VIII - implementar programas de reabilitação das áreas de risco;
IX - entender a paisagem urbana e os elementos naturais como referências para a
estruturação do território;
X - garantir a permeabilidade do solo urbano e rural;
XI - assegurar à população do Município oferta domiciliar de água para consumo
residencial e outros usos, em quantidade suficiente para atender as necessidades básicas
e qualidade compatível com os padrões de potabilidade;
XII - fomentar estudos hidrogeológicos no Município;
XIII - garantir a conservação dos solos como forma de proteção dos lençóis
subterrâneos;
XIV - controlar a ocupação do solo nas áreas próximas aos poços de captação de água
subterrânea;
XV - conscientizar a população quanto à correta utilização da água;
XVI - proteger os cursos e corpos d’água do Município, suas nascentes e matas ciliares;
XVII - desassorear e manter limpos os cursos d’água, os canais e galerias do sistema de
drenagem;
XVIII - ampliar as medidas de saneamento básico para as áreas deficitárias, por meio da
complementação e/ou ativação das redes coletoras de esgoto e de água;
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XIX - complementar o sistema de coleta de águas pluviais nas áreas urbanizadas do
território, de modo a evitar a ocorrência de alagamentos;
XX - elaborar e implementar sistema eficiente de gestão de resíduos sólidos, garantindo
a ampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem como a redução da geração
de resíduos sólidos;
XXI - modernizar e ampliar o sistema de coleta de lixo, com reorganização especial das
bases do serviço, descentralização operacional e racionalização dos roteiros de coleta;
XXII - melhorar as atividades desenvolvidas na usina de reciclagem de resíduos;
XXIII - aprimorar as técnicas utilizadas em todo processo de coleta e disposição final
de resíduos sólidos urbanos;
XXIV - identificar os efeitos negativos provenientes da inadequação dos sistemas de
coleta e disposição final dos resíduos coletados e solucioná-los;
XXV - Garantir a participação efetiva da comunidade visando o combate e erradicação
dos despejos indevidos e acumulados de resíduos em terrenos baldios, logradouros
públicos, pontos turísticos, rios, canais, valas e outros locais;
XXVI - modernizar, regular e dinamizar o mercado formal e informal de resíduos, com
estímulo e monitoramento público às cooperativas e à instalação de unidades autônomas
de tratamento, reciclagem e destinação final.
CAPÍTULO V
DA MOBILIDADE URBANA
Artigo 27 - Mobilidade urbana é a função pública destinada a garantir
a acessibilidade e a circulação das pessoas e das mercadorias.
Parágrafo 1º - As políticas relativas à mobilidade urbana devem ser
orientadas para a inclusão social e responder às demandas da população em termos de
acessibilidade, equidade e segurança.
Parágrafo 2º - O sistema viário e o transporte devem articular as
diversas partes do Município.
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Artigo 28- O Sistema de Mobilidade Urbana é integrado pelo sistema
viário e pelo transporte municipal.
Artigo 29 - O Sistema Viário é constituído pela infra-estrutura física
das vias e logradouros que compõem a malha por onde circulam os veículos, pessoas e animais.
Artigo 30 - O Sistema de Transporte Municipal é constituído pelos
serviços de transportes de passageiros e de mercadoria, abrigos, estações de passageiros e
operadores de serviços, submetidos à regulamentação específica para sua execução.
Artigo 31 - São objetivos do Sistema de Mobilidade Urbana:
I - priorizar a acessibilidade de pedestres, ciclistas, pessoas com necessidades especiais
e pessoas com mobilidade reduzida, ao transporte motorizado;
II - viabilizar o acesso ao transporte público a toda a população;
III - priorizar o transporte coletivo sobre o individual;
IV - reduzir a necessidade de deslocamentos dentro do Município;
V - melhorar a fluidez do trânsito, mantendo-se os níveis de segurança internacional
definidos pela comunidade técnica;
VI - promover a distribuição dos equipamentos em consonância com as demandas
localizadas;
VII - adequar o sistema viário ao transporte coletivo.
Artigo 32 - São diretrizes do Sistema de Mobilidade Urbana:
I - tratar de forma integrada as questões de transporte, trânsito e uso do solo;
II - priorizar a circulação dos pedestres em relação aos veículos motorizados e dos
veículos coletivos em relação aos particulares;
III - regulamentar todos os serviços de transporte do Município;
IV - revitalizar/ recuperar/ construir passeios, viabilizando e otimizando a circulação de
pedestres;
V - permitir integração do transporte com outros municípios;
VI - hierarquizar as vias urbanas;
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VII - articular a hierarquia das vias com as rotas do transporte coletivo;
VIII - garantir a utilização do transporte coletivo municipal pelos portadores de
necessidades especiais;
IX - garantir o processo participativo na construção do novo modelo de transporte;
X - pavimentar vias para viabilizar o tráfego de transporte coletivo;
XI - garantir manutenção preventiva no transporte coletivo para o conforto dos usuários
e controle de poluentes;
XII - implementar políticas de segurança do tráfego urbano e sinalização urbana;
XIII - reduzir o conflito entre o tráfego de veículos e o de pedestres;
XIV - estabelecer programa periódico de manutenção do sistema viário;
XV - promover a permeabilização do solo nos canteiros centrais e nos passeios das vias
urbanas do Município;
XVI - criar cadastro das vias não pavimentadas, incluindo-as em programa de
pavimentação;
XVII - implantar ciclovias, estimulando o uso de bicicletas como meio de transporte;
XVIII - implantar melhorias e alteração de circulação viária na área central, redefinindo
as rotas para veículos de carga;
XIX - melhorar a pavimentação de estradas de acesso às comunidades rurais;
XX - melhorar os acessos às propriedades rurais.
CAPÍTULO VI
DAS DEFINIÇÕES
Artigo 33 - Para efeito da presente Lei, são adotadas as seguintes
definições:
01 - ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
02 – Alinhamento
A linha divisória entre o terreno de propriedade particular e a via ou logradouro público.
03 – Altura
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O comprimento da vertical, ao meio da fachada, entre o nível da guia e o ponto mediano
das coberturas inclinadas, quando este ponto não estiver coberto por platibanda ou
qualquer outro coroamento;
O ponto mais alto do frontão, platibanda ou qualquer outro coroamento, quando estes
coroamentos excederem o ponto mediano das coberturas;
O ponto mais alto das vigas principais, no caso de coberturas planas; se o edifício
estiver na esquina de vias públicas de declividades diversas, a medição será feita na via
mais baixa.
04 – Área
É o espaço livre e desembaraçado em toda a sua altura e estendendo-se em toda a
largura do lote de divisa lateral.
a) área de frente é a que se acha entre o alinhamento da via pública e a fachada de frente
do edifício;
b) área de fundo é a que se acha entre o fundo do edifício e o do terreno.
05 – Alvará
Documento que autoriza a execução das obras sujeitas à fiscalização da Prefeitura.
06 – Apartamento
Unidade autônoma de moradia, em conjunto habitacional multifamiliar.
07 – Aprovação do projeto
Ato administrativo que precede o licenciamento das obras de construção de edifícios.
08 - Aprovação de obra (Habite-se)
Ato administrativo que corresponde à autorização da Prefeitura para a ocupação da
edificação.
09 - Área construída ou edificada
A soma das áreas dos pisos utilizáveis cobertos ou não de todos os pavimentos de uma
edificação.
10 - Área útil
Superfície utilizável da área construída, de uma parte ou de toda uma edificação,
excluída as partes correspondentes às paredes e pilares;
11 - Área de Expansão Urbana
A que se situa no todo ou em parte, até o máximo de dois mil metros do limite do
perímetro urbano, (item 411-1 da instrução n.º 17 do INCRA, de 07-10-1976) na sede
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do município e até o máximo de quinhentos metros nas vilas e núcleos urbanos do
município.
12 - Área Institucional
A parcela de terreno destinada às edificações para fins específicos comunitários ou de
utilidade pública, tais como educação, saúde, cultura, administração, etc.
13 - Área Livre de Uso Público
O espaço reservado a atividades culturais, cívicas, esportivas e contemplativas da
população, tais como: praças, bosques e parques.
14 - Área Ocupada
A projeção em plano horizontal, da área construída situada acima do nível do solo.
15 - Área Rural
É toda área que se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agro-
industrial, e que, independente de sua localização, tiver área superior a um hectare.
16 - Área Urbana
É toda área que não for rural, nos termos do item anterior.
17 - Arruamento
É a implantação de logradouros públicos e/ou Vias Privadas, destinadas à circulação,
com a finalidade de proporcionar acesso a terrenos ou lotes urbanos.
18 - Avenida
É a via principal para velocidade média.
19 - Avenida Parque
É a via principal traçada também com finalidade paisagística e de recreação.
20 - Becos ou Passagens de Habitação Coletiva Existentes
São as vias cujas dimensões estiverem abaixo das especificadas por esta Lei e que não
poderão ser prolongadas. Quando necessária, a solução de escoamento das águas
pluviais, naturais ou servidas será dada por meio de servidão ou viela sanitária.
21 - Coeficiente de Aproveitamento
A relação entre a soma das áreas construídas sobre um terreno e área desse mesmo
terreno.
22 - Construir, Edificar
a) construir é, de modo geral, fazer qualquer obra nova, muro, cais, edifício, etc.;
b) edificar é, de modo particular, fazer edifício destinado à habitação, fábrica, culto ou
qualquer outro fim.
20
23 - Cota
Relação inversa entre grandezas representativa de atividades sócio econômicas ou
elementos físicos e a área onde se distribuem.
24 - Declividade
A relação percentual entre a diferença das cotas altimétricas de dois pontos e a sua
distância horizontal.
25 - Dependência de uso comum
Conjunto de dependências ou instalações da edificação que poderão ser utilizadas em
comum por todos ou parte dos usuários.
26 - Demanda habitacional prioritária:
É a parcela de demanda por Habitação de Interesse Social que deverá ser atendida com
prioridades pelos programas municipais, mediante subsídios específicos, envolvendo
famílias situadas em áreas de risco, favelas, cortiços e outras situadas em condições de
habilidade precária ou que tenham renda igual ou inferior a cinco vezes o salário
mínimo ou seu sucedâneo legal.
27 - Edificação secundária:
É aquela isolada da edificação principal, a pelo menos 1,50 m (um metro e cinqüenta
centímetros), acessória ao uso principal não podendo constituir domicílio independente.
28 - Desmembramento
É a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com aproveitamento do
sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.
29 - Edificação em desacordo
Aquela já existente à data de promulgação desta Lei com áreas, recuos e coeficientes de
aproveitamento ou taxa de ocupação em discordância com o estabelecido nesta Lei.
30 - Embargo
Ato administrativo que determina a paralisação de uma obra.
31 - Equipamento Urbano
Os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia
elétrica e/ou iluminação pública, coletas de águas pluviais e rede telefônica.
32 - Equipamento Comunitário
Os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.
33 - Especificações
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Descrição dos materiais e serviços empregados.
34 - Faixa “non aedificandi”
Área de terreno onde não será permitida qualquer construção, vinculando-se o seu uso a
uma servidão.
35 - Faixa de Rolamento
Cada uma das faixas que compõem a área destinada ao tráfego de veículos nas vias de
circulação.
Cada uma das faixas que compõem a área destinada ao tráfego de veículos nas vias de
circulação.
36 - Faixa Sanitária
Área “non aedificandi” cujo uso está vinculada à servidão de passagem, para efeito de
drenagem e captação de águas pluviais, ou ainda para rede de esgotos.
37 - Frente, Fundo e Profundidade do Lote
a) frente do lote é aquela das suas divisas no alinhamento da via pública. No caso de
esquina fica o proprietário com o direito de escolher qual das vias considera como
frente;
b) fundo do lote é o lado que fica oposto à frente. No caso de lote triangular, de esquina,
o fundo é constituído pela divisa não contígua à via pública;
c) profundidade do lote é a distância média entre a frente e o fundo do lote; é tomada
sobre a normal à frente.
38 - Galeria Comercial
Conjunto de lojas voltadas para passeio coberto, com acesso à via pública.
39 - Garagens particulares coletivas
São as construídas no lote, em subsolo ou em um ou mais pavimentos, pertencentes a
conjuntos residenciais ou edifício de uso comercial.
40 - Garagens comerciais
São consideradas aquelas destinadas à locação de espaço para estacionamento e guarda
de veículos, podendo, ainda, nelas haver serviços de lavagem, lubrificação e
abastecimento.
41 - Gleba
É a área de terreno que ainda não foi objeto de parcelamento urbano do solo.
42 - Habitação
Edifício ou fração de edifício ocupado como domicílio de uma ou mais pessoas.
22
a) Habitação particular
Ocupada por um só indivíduo ou uma só família;
b) Habitação múltipla
Ocupada por mais de uma família;
c) Habitação popular
Aquela destinada a população que vive em condições de habitabilidade precária ou
aufere renda inferior a 4 salários mínimo;
d) Habitação residencial
É toda aquela que, dispondo de qualquer número de peças, as dimensões destas excedem
aos limites máximos impostos para as habitações populares.
43 - Habite-se:
Ato administrativo que corresponde à autorização da Prefeitura para ocupação da
edificação.
44 - Índice Urbanístico
A expressão matemática de relações estabelecidas entre o espaço e as grandezas
representativas das realidades sócio-econômicas e territoriais.
45 - Índice de Áreas Verdes
É a relação entre a parte do lote ou gleba coberta por vegetação e a área total do mesmo.
46 - Insolação
A insolação de um compartimento é medida pelo tempo de exposição direta dos raios
solares, da parte externa, real ou imaginária, do plano do piso do mesmo
compartimento, dentro das vias públicas, áreas ou saguões, por onde receba luz o
mesmo compartimento.
47 - Leito Carroçável
A pista destinada ao tráfego de veículos nas vias de circulação, composta de uma ou
mais faixas de rolamento.
48 - Licenciamento de obra
Ato administrativo que concede licença e prazo para início e término de uma obra.
49 - Logradouro Público
É toda parcela do território de propriedade pública e de uso comum da população.
50 - Lote
A parcela de terreno com, pelo menos, um acesso à via destinada à circulação,
geralmente resultante de loteamento ou desmembramento.
23
a) De esquina
É o que se acha situado na junção de duas ou mais vias que se interceptam;
b) Interno
É todo aquele que não for de esquina;
c) Interno de frente
É aquele que tem toda a sua testada no alinhamento da via pública;
d) Interno de fundo
É aquele que situado no interior da quadra, se comunica com a via pública por corredor
de acesso.
51 - Loteamento
Subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação com abertura de novas vias de
circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das
vias já existentes.
52 - Núcleo Urbano
Área loteada e urbanizada, com os serviços comunitários da infra-estrutura física e
social.
53 - Ocupação de Imóvel
Execução de qualquer edificação ou instalação em lote ou gleba.
54 - Parcelamento
Subdivisão de terras nas formas de loteamento ou desmembramento.
55 - Passagem
Via de largura mínima de quatro metros, subdividindo quadras ou porções de terrenos.
56 - Passeio
Parte da via de circulação destinada ao trânsito de pedestres.
57 - Patamar
Superfície intermediária entre dois lances de escada.
58 - Pavimento
Conjunto de dependências situadas no mesmo nível.
59 - Pé-direito
Distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento.
60 - Perímetro Urbano:
Linha Imaginária que delimita a Área Urbana da Área Rural, sendo que a mesma é
definida por Lei.
24
61 - Planta Retificada do Parcelamento
Planta expressando as características das áreas após a implantação de todas as obras a
cargo do parcelador e incorporando os ajustes que houverem sido necessários.
62 - Reconstruir, reformar, consertar
a) reconstruir é fazer de novo no mesmo lugar, como antes estava, na primeira forma,
qualquer construção, no todo ou em parte;
b) reformar é alterar a edificação em parte essencial, por supressão, acréscimo ou
modificação.
c) consertar é executar obra que não implique em construção, reconstrução ou reforma.
63 - Recuo
Distância entre o limite externo da projeção horizontal da edificação e a divisa do lote.
64 - Referência de Nível (RN)
Cota de altitude oficial adotada pelo Município em relação ao nível do mar.
65 - Saguões, Corredores, Reentrâncias
Saguão é o espaço livre e desembaraçado em toda a sua altura, sem os caracteres de
área, dentro do mesmo lote em que se acha o prédio:
a) saguão interior é o fechado em todo o seu perímetro; para este fim a linha divisória
entre os lotes é considerada como fecho;
b) saguão de divisa é o saguão interior situado nas diversas laterais do lote;
c) saguão exterior é aquele cujo perímetro é aberto, em parte;
d) corredor é o saguão que segue sem interrupção da rua ou área de frente, até a área do
fundo;
e) reentrância é o saguão exterior cuja boca é maior ou igual que a profundidade;
f) poço de ventilação é o espaço livre, desembaraçado em toda a sua altura, sem as
características das áreas e dos saguões, destinados exclusivamente à ventilação de
determinadas peças das habitações.
66 - Sistema de Lazer
Área reservada à atividade de recreação, contemplação e/ou repouso, tais como bosques,
praças e parques.
67 - Sítios de Recreio
Área destinada a lazer e à habitação, sem fins de exploração agropecuária, extrativa
vegetal ou agro-industrial.
68 - Taxa de ocupação
25
A relação entre área ocupada e a área total do terreno.
69 - Taxa de permeabilidade
É a relação entre a parte do lote ou gleba que permite a infiltração de água,
permanecendo totalmente livre de qualquer edificação e a área total do mesmo.
70 - Termo de Verificação
Ato pelo qual a Prefeitura, após a devida vistoria, certifica a execução correta das obras
exigidas pela legislação competente.
71 - Travessas Existentes
Vias estreitas existentes, até a data da publicação desta Lei e que ligam duas vias de
circulação.
72 - Uso de Edifício e Terreno
A atividade exercida no edifício ou parte dele ou no terreno.
73 - Uso em Desacordo
Aquele já existente na data da promulgação desta Lei, em discordância com o ora
estabelecido.
74 - Uso Misto
Utilização do mesmo lote, gleba ou edificação, por mais de uma categoria de uso.
75 - Uso principal
Categoria de uso predominante num mesmo lote, gleba ou edificação.
76 - Via de Acesso, Tráfego Local ou Passagem
Destinada a permitir o acesso à área urbana ou edificação em geral.
77 - Via de Distribuição ou de Coleta
Via secundária urbana que canaliza o tráfego local para as vias principais e vice-versa.
78 - Via de Circulação
Toda a área que possibilita a circulação de pessoas, veículos ou animais.
79 - Via Interna
Via de acesso restrito que termina em praça de retorno.
80 - Via Oficial
É a via de uso público aceita, declarada ou reconhecida como oficial pela Prefeitura.
81 - Via Parque
Via destinada a permitir o tráfego pelas áreas e parques de recreação, ou traçada com
finalidades paisagísticas.
82 - Via Particular
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É a via de propriedade privada, ainda que aberta ao público.
83 - Via Principal
Via destinada à circulação geral, que canaliza o tráfego das outras vias de circulação.
84 - Vias Públicas
Abrange esta locução, todas as vias de uso público, qualquer que seja a sua classificação
e, desde que sejam oficialmente aceitas ou reconhecidas pela Municipalidade.
85 - Via Secundária
Via destinada à circulação local.
86 - Vistoria
Diligência efetuada pela Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de uma
construção ou obra.
87 - Zonas :
São porções do território do município delimitadas por Lei e caracterizada por sua
função social diferenciado.
Artigo 34 - No texto desta Lei, os verbos empregados no tempo
presente incluem também o futuro e vice-versa; as palavras do gênero masculino incluem o
feminino e reciprocamente; o singular inclui o plural e o plural o singular; “pessoa” jurídica ou
física indistintamente.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
SEÇÃO I
USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO
Artigo 35 – Aquele que possuir, como sua, área ou edificação urbana de
até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
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utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Parágrafo 1º - O título de domínio será conferido ao homem ou à
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
Parágrafo 2º - O direito de que trata este artigo não será reconhecido
ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Parágrafo 3º - Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo
continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião
da abertura da sucessão.
Artigo 36 - Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há
mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a
duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou
rural.
Parágrafo 1º - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido
por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
Parágrafo 2º - A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será
declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de
registro de imóveis.
Parágrafo 3º - Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de
terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo
hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
Parágrafo 4º - O condomínio especial constituído é indivisível, não
sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos
condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
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Parágrafo 5º - As deliberações relativas à administração do
condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando
também os demais, discordantes ou ausentes.
Artigo 37 - Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão
sobrestadas quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas
relativamente ao imóvel usucapiendo.
Artigo 38 - São partes legítimas para a propositura da ação de
usucapião especial urbana:
I – o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;
II – os possuidores, em estado de compasse;
III – como substituto processual, a associação de moradores da comunidade,
regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente
autorizada pelos representados.
Parágrafo 1º - Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a
intervenção do Ministério Público.
Parágrafo 2º - O autor terá os benefícios da justiça e da assistência
judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis.
Artigo 39 - A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada
como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no
cartório de registro de imóveis.
Artigo 40 - Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o
rito processual a ser observado é o sumário.
29
SEÇÃO II
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
Artigo 41 - Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados
de imóvel público situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize para
sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia
em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a
qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
Parágrafo 1º - A concessão de uso especial para fins de moradia será
conferida de forma gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado
civil.
Parágrafo 2º - O direito de que se trata este artigo não será
reconhecido ao mesmo concessionário mais de uma vez.
Parágrafo 3º - Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo
continua, de pleno direito, na posse de seu antecessor, desde que já resida no móvel por ocasião
da abertura da sucessão.
Artigo 42 - Nos imóveis de que trata o artigo anterior, com mais de
duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupados até 22 de dezembro de 2016, por população
de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, cuja área
total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados
por possuidor, a concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma
coletiva, desde que os possuidores não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer
título, de outro imóvel urbano ou rural.
Parágrafo 1º - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido
por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
30
Parágrafo 2º - Na concessão de uso especial de que trata este artigo,
será atribuída igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão
do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os ocupantes,
estabelecendo frações ideais diferenciadas.
Parágrafo 3º - A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser
superior a duzentos e cinqüenta metros quadrados.
Artigo 43 - Será garantida a opção de exercer os direitos de que tratam
os artigos 43 e 44 também aos ocupantes, regularmente inscritos, de imóveis públicos, com até
duzentos e cinqüenta metros quadrados, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que estejam situados em área urbana, na forma do regulamento.
Artigo 44 - No caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à saúde dos
ocupantes, o Poder Público garantirá ao possuidor o exercício do direito de que tratam os
artigos 43 e 44 em outro local.
Artigo 45 - É facultado ao Poder Público assegurar o exercício do
direito de que tratam os artigos 43 e 44 em outro local na hipótese de ocupação de imóvel:
I – de uso comum do povo;
II – destinado a projeto de urbanização;
III – de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da proteção dos
ecossistemas naturais;
IV – reservado à construção de represas e obras congêneres;
V - situado em via de comunicação.
Artigo 46 - O título de concessão de uso especial para fins de moradia
será obtido pela via administrativa perante o órgão competente da Administração Pública ou,
em caso de recusa ou omissão deste, pela via judicial.
Parágrafo 1º - A administração Pública terá o prazo máximo de doze
meses para decidir o pedido, contado da data de seu protocolo.
31
Parágrafo 2º - Na hipótese de bem imóvel da União ou dos Estados, o
interessado deverá instruir o requerimento de concessão de uso especial para fins de moradia
com certidão expedida pelo Poder Público Municipal, que ateste a localização do imóvel em
área urbana e a sua destinação para moradia do ocupante ou de sua família.
Parágrafo 3º - Em caso de ação judicial, a concessão de uso especial
para fins de moradia será declarada pelo juiz, mediante sentença.
Parágrafo 4º - O título conferido por via administrativa ou por
sentença judicial servirá para efeito de registro de imóveis.
Artigo 47 - O direito de concessão de uso especial para fins de moradia
é transferível por ato inter vivos ou causa mortis.
Artigo 48 - O direito à concessão de uso especial para fins de moradia
extingue-se no caso de:
I – o concessionário dar ao imóvel destinação diversa da moradia para si ou para sua
família ou;
II – o concessionário adquirir a propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel
urbano ou rural.
Parágrafo Único. A extinção de que trata este artigo será averbada no
cartório de registro de imóveis, por meio de declaração do Poder Público concedente.
Artigo 49 - É facultado ao poder público competente conceder
autorização de uso àquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel
público situado em área com características e finalidade urbanas para fins comerciais.
Parágrafo 1º - A autorização de uso de que trata este artigo será
conferida de forma gratuita.
32
Parágrafo 2º - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido
por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
Parágrafo 3º - Aplica-se à autorização de uso prevista no caput deste
artigo, no que couber, o disposto nos artigos 46 e 47 desta lei.
SEÇÃO III
DIREITO DE SUPERFÍCIE
Artigo 50 - O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito
de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura
pública registrada no cartório de registro de imóveis.
Parágrafo 1º - O direito de superfície abrange o direito de utilizar o
solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato
respectivo, atendida a legislação urbanística.
Parágrafo 2º - A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita
ou onerosa.
Parágrafo 3º - O superficiário responderá integralmente pelos
encargos e tributos que incidirem sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda,
proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área
objeto da concessão do direito de superfície, salvo disposição em contrário do contrato
respectivo.
Parágrafo 4º - O direito de superfície pode ser transferido a terceiros,
obedecidos os termos do contrato respectivo.
Parágrafo 5º - Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-
se a seus herdeiros.
33
Artigo 51 - Em caso de alienação do terreno, ou do direito de
superfície, o superficiário e o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em
igualdade de condições à oferta de terceiros.
Artigo 52 - Extingue-se o direito de superfície:
I – pelo advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
Artigo 53 - Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o
pleno domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel,
independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no
respectivo contrato.
Parágrafo 1º - Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito
de superfície se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for
concedida.
Parágrafo 2º - A extinção do direito de superfície será averbada no
cartório de registro de imóveis.
SEÇÃO IV
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR E DA ALTERAÇÃO DO
USO DO SOLO
Artigo 54 - O Poder Executivo Municipal poderá exercer a faculdade
de outorgar onerosamente o exercício do direito de construir, conforme disposições dos artigos
28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n° 10.257, denominada Estatuto da Cidade, e de acordo com os
critérios e procedimentos definidos nesta Lei.
34
Parágrafo Único. A concessão da Outorga onerosa do direito de
construir e de alteração de uso poderá ser negada pelo Poder Público Municipal caso se
verifique possibilidade de impacto não suportável pela infra-estrutura ou o risco de
comprometimento da paisagem urbana.
Artigo 55 - Entende-se como outorga onerosa do direito de construir a
faculdade concedida ao proprietário de imóvel para que este, mediante contrapartida ao Poder
Público Municipal, possa construir acima do coeficiente de aproveitamento básico até o limite
estabelecido pelo coeficiente de aproveitamento máximo permitido para a zona e dentro dos
parâmetros determinados nesta Lei.
Artigo 56 - A outorga onerosa do direito de construir e de alteração de
uso só poderá ser utilizada no Perímetro Urbano da Sede Municipal, nas seguintes zonas:
I - ZC, Zona Central;
II - ZCC, Zona de Corredor Comercial;
III - ZUM, Zona de Uso Misto;
IV - ZUD, Zona de Uso Diversificado
Parágrafo Único. Os coeficientes básicos e máximos de
aproveitamento definidos para as zonas estão previstos no artigo 127 desta Lei.
Artigo 57 - Quando da utilização da outorga onerosa, a expedição da
licença de construção estará subordinada ao total pagamento dessa outorga, que deverá ocorrer
no prazo máximo de até seis meses após a aprovação do projeto de construção.
Artigo 58 - Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do
direito de construir e de alteração de uso serão aplicados com as seguintes finalidades:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
35
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Artigo 59 - O valor do metro quadrado de construção correspondente
ao solo criado será definido em lei municipal específica, considerado o valor venal do terreno
para efeito do lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
Artigo 60 - Os impactos decorrentes da utilização da outorga onerosa
do direito de construir e de alteração de uso deverão ser monitorados permanentemente pelo
Executivo, que tornará públicos, semestralmente, os relatórios do monitoramento.
Artigo 61 – Lei Municipal específica estabelecerá as condições a serem
observadas para a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso, determinando:
I – a fórmula de cálculo da cobrança;
II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III – a contrapartida do beneficiário;
IV – os procedimentos administrativos e taxas de serviços necessários.
SEÇÃO V
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Artigo 62 – Lei Municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel
urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o
direito de construir inerente ao mesmo, quando o referido imóvel for considerado necessário
para fins de:
I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
36
II - preservação, conservação ou recuperação, quando o imóvel for considerado de
interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural;
III - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e habitação de interesse social.
Parágrafo 1º - A mesma faculdade poderá ser concedida ao
proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos
incisos I a III do caput.
Parágrafo 2º - Lei Municipal específica estabelecerá as condições
relativas à aplicação da transferência do direito de construir.
Artigo 63 - São considerados imóveis receptores da transferência do
direito de construir aqueles situados nas zonas:
I - ZC, Zona Central;
II - ZCC, Zona de Corredor Comercial;
Artigo 64 - O proprietário de imóvel que utilizar a transferência do
potencial construtivo assumirá a obrigação de manter o mesmo preservado e conservado,
mediante projeto e cronograma aprovado por órgão competente do poder público municipal.
Poderá, alternativamente, doar o imóvel ao Município, cabendo recusa.
Artigo 65 - As alterações de potencial construtivo, resultantes da
transferência total ou parcial de potencial construtivo deverão constar em registro de imóveis.
Artigo 66 - O impacto da utilização da transferência do potencial
construtivo deverá ser monitorado permanentemente pelo Executivo, que tornará públicos,
semestralmente, os relatórios do monitoramento.
SEÇÃO VI
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
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Artigo 67 - O Poder Público Municipal poderá exercer o direito de
preempção para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares,
conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 –
Estatuto da Cidade.
Artigo 68 - O direito de preempção será exercido sempre que o Poder
Público necessitar de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Artigo 69 - Os imóveis colocados à venda nas áreas de incidência do
direito de preempção deverão ser necessariamente oferecidos ao Município, que terá
preferência para aquisição pelo prazo de até cinco anos.
Parágrafo Único. Lei Municipal específica delimitará as áreas em que
incidirá o direito de preempção, enquadrando-as em uma ou mais finalidades.
Artigo 70 - O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o
imóvel, para que o Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu
interesse em comprá-lo.
Parágrafo 1º - À notificação mencionada no caput será anexada
proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constará
preço, condições de pagamento e prazo de validade.
38
Parágrafo 2º - O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo
menos um jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida
nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta
apresentada.
Parágrafo 3º - Transcorrido o prazo mencionado no caput sem
manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições
da proposta apresentada.
Parágrafo 4º - Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica
obrigado a apresentar ao Município, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público
de alienação do imóvel.
Parágrafo 5º - A alienação processada em condições diversas da
proposta apresentada é nula de pleno direito.
Parágrafo 6º - Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo
proprietário, o Executivo poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do Imposto
Predial e Territorial Urbano ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior
àquele.
SEÇÃO VII
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
Artigo 71 – Lei Municipal específica para área incluída no Plano
Diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida
obrigação.
39
Artigo 72 – O Executivo, na forma da lei, poderá exigir do proprietário
do imóvel não edificado, subutilizado, ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
II – Imposto Predial e Territorial progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.
Parágrafo 1º - Considera-se não edificado, terrenos e glebas com área
superior a 250,00 metros quadrados, onde o coeficiente de aproveitamento utilizado é igual a
zero.
Parágrafo 2º - Considera-se subutilizado, os terrenos e glebas com
área superior a 250,00 metros quadrados, onde o coeficiente de aproveitamento não atingir o
mínimo definido para o lote na zona onde se situam, excetuando:
I – os imóveis utilizados como instalações de atividades econômicas que não necessitam
de edificações para exercer suas finalidades;
II – os imóveis utilizados como postos de abastecimento de veículos;
III – os imóveis integrantes do Sistema de Áreas Verdes do município.
Parágrafo 3º - O proprietário será notificado pelo Poder Executivo
Municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de
registro de imóveis.
Parágrafo 4º - A notificação far-se-á:
I - por funcionário da Secretaria de Planejamento, ao proprietário do imóvel ou, no caso
de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;
II - por edital quando frustrada, por 3 (três) vezes, a tentativa de notificação na forma
prevista pelo inciso I.
40
Parágrafo 5º - Os prazos a que se refere o caput não poderão ser
inferiores a:
I - 1 (um) ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto na Secretaria
de Planejamento e Meio Ambiente;
II - 2 (dois) anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do
empreendimento.
Parágrafo 6º - Em empreendimentos de grande porte, em caráter
excepcional, a Lei Municipal específica a que se refere o caput poderá prever a conclusão em
etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.
Artigo 73 - São considerados imóveis não edificado, subutilizado, ou
não utilizado, aqueles situados nas zonas:
I - ZR, Zona Residencial;
II - ZPR, Zona de Predominância Residencial;
III - ZC, Zona Central;
IV - ZCC, Zona de Corredor Comercial;
V - ZUM, Zona de Uso Misto;
IV - ZUD, Zona de Uso Diversificado
Artigo 74 - A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa
mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou
utilização sem interrupção de quaisquer prazos.
SEÇÃO VIII
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
Artigo 75 - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos
previstos na forma dos parágrafos 1º e 2º do artigo 74 desta Lei, o Município procederá à
41
aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no
tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
Parágrafo 1º - O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será
fixado por lei específica e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior,
respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.
Parágrafo 2º - Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não
esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que
se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no artigo 76 (seguinte).
Parágrafo 3º - É vedada a concessão de isenções ou de anistia
relativas à tributação progressiva de que trata este artigo.
SEÇÃO IX
DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS
Artigo 76 - Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo
sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o
Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida
pública.
Parágrafo 1º - Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo
Senado Federal e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano.
Parágrafo 2º - O valor real da indenização:
I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em
função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a
notificação de que trata o parágrafo 3º do artigo 74 desta Lei;
42
II - não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.
Parágrafo 3º - Os títulos de que trata este artigo não terão poder
liberatório para pagamento de tributos.
Parágrafo 4º - O Município procederá ao adequado aproveitamento do
imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio
público.
Parágrafo 5º - O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado
diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-
se, nesses casos, o devido procedimento licitatório.
Parágrafo 6º - Ficam mantidas, para o adquirente de imóvel nos
termos do parágrafo 5º, as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização
previstas no artigo 72 desta lei.
SEÇÃO X
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Artigo 77 - As Operações Urbanas Consorciadas são o conjunto de
medidas coordenadas pelo Município com a participação dos proprietários, moradores, usuários
permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas
estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, notadamente ampliando os espaços
públicos, organizando o transporte coletivo, implantando programas habitacionais de interesse
social e de melhorias de infra-estrutura e sistema viário, num determinado perímetro.
Parágrafo 1º - Poderão ser previstas nas operações urbanas
consorciadas, entre outras medidas:
43
I – A modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e
sub-solo bem como alterações das normas edilícias, considerando o impacto ambiental
delas decorrentes;
II – A regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo
com a legislação vigente.
Parágrafo 2º - Cada nova Operação Urbana Consorciada será criada
por lei específica, de acordo com as disposições dos artigos 32 a 34-A da Lei Federal n° 10.257,
de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade.
Artigo 78 - Nas áreas de Operações Urbanas Consorciadas, a serem
definidas por lei específica, ficam estabelecidos os seguintes coeficientes de aproveitamento:
I - mínimo – 1,0 (um);
II - básico - correspondente ao definido nesta lei para a zona em que se situam os lotes;
III - máximo - 4,0 (quatro).
Parágrafo Único - Nas Operações Urbanas Consorciadas e Áreas de
Intervenção Urbana poderão ser estabelecidos coeficientes de aproveitamento máximo
superiores a 4,0 (quatro) para os lotes contidos num raio de 600 m (seiscentos metros) em torno
das estações do transporte ferroviário, desde que o coeficiente de aproveitamento bruto não
ultrapasse 4,0 (quatro).
Artigo 79 - As Operações Urbanas Consorciadas, criadas por leis
específicas, têm como finalidades:
I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;
II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem
de áreas consideradas subutilizadas;
III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social;
IV - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo;
V - implantação de espaços públicos;
VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e
44
paisagístico;
VII - melhoria e ampliação da infra-estrutura e da Rede Viária Estrutural;
VIII - dinamização de áreas visando à geração de empregos.
Artigo 80 - Cada operação urbana consorciada deverá ser aprovada por
lei específica, que conterá, no mínimo:
I - delimitação do perímetro da área de abrangência;
II - finalidade da operação;
III - programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV - estudo prévio de impacto ambiental, de vizinhança;
V - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada
pela operação;
VI - solução habitacional dentro de seu perímetro ou vizinhança próxima, no caso da
necessidade de remover os moradores de favelas e cortiços;
VII - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor histórico,
cultural, arquitetônico, paisagístico e ambiental, protegidos por tombamento ou lei;
VIII - instrumentos urbanísticos previstos na operação;
IX - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I e II do parágrafo
1º do artigo 79 desta lei;
X - estoque de potencial construtivo adicional;
XI - forma de controle da Operação, obrigatoriamente compartilhado com representação
da sociedade civil;
XII - conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas
financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.
Parágrafo 1º - Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma do
inciso IX deste artigo serão aplicados, exclusivamente, na própria Operação Urbana
Consorciada.
45
Parágrafo 2º - A partir da aprovação da Lei específica de que trata o
caput, serão nulas as licenças e autorizações a cargo do Poder Público Municipal expedidas em
desacordo com o plano de operações urbanas consorciadas.
Artigo 81 - A lei específica que criar a Operação Urbana Consorciada
poderá prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de Certificados de
Potencial Adicional de Construção - CEPAC, que serão alienados em leilão ou utilizados
diretamente no pagamento das obras e desapropriações necessárias à própria Operação, para
aquisição de terreno para a construção de HIS na área de abrangência da Operação, visando ao
barateamento do custo da unidade para o usuário final e como garantia para obtenção de
financiamentos para a sua implementação.
Parágrafo 1º - Os Certificados de Potencial Adicional de Construção -
CEPAC serão livremente negociados, mas convertidos em direito de construir unicamente na
área objeto da Operação.
Parágrafo 2º - A vinculação dos Certificados de Potencial Adicional
de Construção - CEPAC poderá ser realizada no ato da aprovação de projeto de edificação
específico para o terreno.
Parágrafo 3º - Os Certificados de Potencial Adicional de Construção -
CEPACs poderão ser vinculados ao terreno através de declaração da Municipalidade, os quais
deverão ser objeto de certidão.
Parágrafo 4º - Apresentado pedido de licença para construir ou para
modificação de uso, os Certificados de Potencial Adicional de Construção - CEPACs serão
utilizados no pagamento da contrapartida correspondente aos benefícios urbanísticos
concedidos, respeitados os limites estabelecidos nas leis de cada Operação Urbana Consorciada.
Parágrafo 5º - A lei a que se refere o caput deverá estabelecer:
a) a quantidade de Certificados de Potencial Construtivo Adicional de Construção -
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CEPACs a ser emitida, obrigatoriamente proporcional ao estoque de potencial
construtivo adicional previsto para a operação;
b) o valor mínimo do CEPAC.
c) as formas de cálculo das contrapartidas;
d) as formas de conversão e equivalência dos CEPACs em metros quadrados de
potencial construtivo adicional e de metros quadrados de terreno de alteração de uso;
e) o limite do valor de subsídio previsto no caput deste artigo para aquisição de terreno
para construção de Habitação de Interesse Social - HIS.
Parágrafo 6º - O Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
regulamentará todas as operações relativas aos Certificados de Potencial Adicional de
Construção - CEPACs.
Artigo 82 - Em relação às áreas compreendidas no interior dos
perímetros das Operações Urbanas Consorciadas, a outorga onerosa se regerá, exclusivamente,
pelas disposições de suas leis específicas.
Artigo 83 - Os imóveis localizados no interior dos perímetros das
Operações Urbanas Consorciadas não são passíveis de receber o potencial construtivo
transferido de imóveis não inseridos no seu perímetro.
Artigo 84 - Nas áreas localizadas no interior dos perímetros de
Operações Urbanas Consorciadas já existentes, a utilização de qualquer dos instrumentos
previstos neste Plano Diretor deverão obedecer as regras estabelecidas nas leis específicas.
SEÇÃO XI
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Artigo 85 – A instalação de obra ou atividade, potencialmente geradora
de grandes modificações no espaço urbano e meio ambiente, dependerá da aprovação da
Comissão Municipal de Urbanismo, que deverá exigir um Estudo de Impacto de Vizinhança -
EIV.
47
Parágrafo 1º - O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deve conter
todas as possíveis implicações do projeto para a estrutura ambiental e urbana, em torno do
empreendimento.
Parágrafo 2º - De posse do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, o
Poder Público se reservará o direito de avaliar o mesmo, além do projeto, e estabelecer
quaisquer exigências que se façam necessárias para minorar, compensar ou mesmo eliminar os
impactos negativos do projeto sobre o espaço da Cidade, ficando o empreendedor responsável
pelos ônus daí decorrentes.
Parágrafo 3º - Antes da concessão de alvará para atividades de grande
porte, o interessado deverá publicar no periódico local de maior circulação um resumo do
projeto pretendido, indicando a atividade principal e sua localização. A Prefeitura fixará o
mesmo resumo em edital.
Artigo 86 - Considera-se obra ou atividade potencialmente geradora de
grandes modificações urbanas, dentre outras:
I - edificações residenciais com área computável superior a 40.000 m² (quarenta mil
metros quadrados);
II - edificações destinadas a outro uso, com área da projeção da edificação superior a
5.000 m² (cinco mil metros quadrados);
III - conjuntos de habitações populares com número de unidades maior ou igual a 200
(duzentos);
IV - parcelamentos do solo com área superior a 100.000 m² (cem mil metros
quadrados);
V - cemitérios e crematórios;
VI - exploração mineral.
Artigo 87 - A exigibilidade, as formas, os prazos, os elementos e
demais requisitos que deverão estar contidos no Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, para
cada instalação ou atividade, ou grupo de instalações ou atividades, serão estabelecidos em lei
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específica.
Artigo 88 - O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá considerar o
sistema de transportes, meio ambiente, infra-estrutura básica, estrutura socioeconômica e os
padrões funcionais e urbanísticos de vizinhança e contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas
proximidades, incluindo a análise, dentre outros, das seguintes questões:
I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
VIII - definição das medidas mitigadoras, compensatórias dos impactos negativos, bem
como daquelas potencializadoras dos impactos positivos;
IX - a potencialidade de concentração de atividades similares na área;
X - o seu potencial indutor de desenvolvimento e o seu caráter estruturante no
Município.
Artigo 89 – Os órgãos competentes da Prefeitura poderão definir outros
tipos de estudos, caso a situação assim o exigir.
Artigo 90 - O Poder Executivo, baseado no Estudo de Impacto de
Vizinhança, poderá negar autorização para realização do empreendimento ou exigir do
empreendedor, às suas expensas, as medidas atenuadoras e compensatórias relativas aos
impactos previsíveis decorrentes da implantação da atividade.
Artigo 91 - O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar
impactos negativos a serem gerados pelo empreendimento, deverá solicitar, como condição
para aprovação do projeto, alterações e complementações no mesmo, bem como a execução de
melhorias na infraestrutura urbana e de equipamentos comunitários, tais como:
49
I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;
II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários em
percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada
pelo empreendimento;
III - ampliação e adequação do sistema viário, transportes e trânsito;
IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos
da atividade.
V - Estudo de Impacto Ambiental requeridos nos termos da legislação ambiental.
Artigo 92 - Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do
Estudo de Impacto de Vizinhança, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipal
competente, por qualquer interessado.
Artigo 93 - O órgão público responsável pelo exame do Estudo de
Impacto de Vizinhança – EIV deverá realizar audiência pública, antes da decisão sobre o
projeto, sempre que sugerida pelos moradores da área afetada ou suas associações.
SEÇÃO XII
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL
Artigo 94 - As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são
porções do território destinadas prioritariamente à urbanização e produção de Habitação de
Interesse Social.
Parágrafo 1º - Entende-se por Habitação de Interesse Social aquela
destinada à população com renda familiar mensal limitada a 04 (quatro) salários mínimos
nacionais, produzida diretamente pelo Poder Público Municipal ou com sua expressa anuência.
Parágrafo 2º - Para fins de Política Habitacional priorizar-se-á a
população com renda familiar limitada a 02 (dois) salários mínimos.
50
Artigo 95 - São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social –
ZEIS:
I - permitir a inclusão urbana de parcelas da população que se encontram à margem do
mercado legal de terras;
II - possibilitar a extensão dos serviços e da infraestrutura urbana nas regiões não
atendidas;
III - garantir a qualidade de vida e equidade social entre as ocupações urbanas.
Artigo 96 – Os critérios para delimitação de Zonas Especiais de
Interesse Social serão definidos por Decreto do Prefeito Municipal.
Artigo 97 - Para os parcelamentos localizados nas Zonas Especiais de
Interesse Social será exigido Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV, conforme
critérios previstos.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Artigo 98 - O Sistema de Planejamento e Gestão Urbana compreende
os canais de participação da sociedade na formulação de estratégias e gestão municipal da
política urbana.
Artigo 99 - O Sistema de Planejamento e Gestão Urbana tem como
principais objetivos:
I - garantir a eficácia, eficiência e efetividade da gestão, na melhoria da qualidade de
vida dos munícipes;
51
II - garantir mecanismos de monitoramento e gestão do Plano Diretor, na formulação e
aprovação dos programas e projetos para a implementação e na indicação das
necessidades de detalhamento, atualização e revisão do mesmo;
III - garantir estruturas e processos democráticos e participativos para o planejamento e
gestão da política urbana, de forma continuada, permanente e dinâmica.
Artigo 100 - O Sistema de Planejamento e Gestão Urbana se articula
com os seguintes órgãos da gestão municipal:
I - Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário;
II - Conselho Municipal de Meio Ambiente;
III - Conselho de Desenvolvimento Municipal;
IV - Comissão Municipal de Urbanismo;
V - Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente;
VI - Sistema de Informações Municipais.
SEÇÃO II
CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO
Artigo 101 - O Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário
é o órgão de aconselhamento das políticas e diretrizes para o aumento da produção, fomento
agropecuário, organização dos agricultores, geração de renda e emprego no meio rural e de
acompanhamento da execução do Plano Municipal de Desenvolvimento Agropecuário.
Parágrafo 1º - O Conselho Municipal de Desenvolvimento
Agropecuário terá, como atribuição prioritária, garantir, dentro do Plano de Desenvolvimento
Agropecuário, a organização da comunidade de produtores rurais em consonância com as
diretrizes emanadas do Plano Diretor de Colina.
Parágrafo 2º - O Conselho Municipal de Desenvolvimento
Agropecuário tem como comissão específica a Comissão de Reflorestamento. O Conselho
52
deverá instituir normas para a criação do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário sob sua
responsabilidade.
Parágrafo 3º - A composição, atribuições e funcionamento do
Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário serão regulamentados por Lei
específica.
SEÇÃO III
DO CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
Artigo 102 - O Conselho Municipal de Meio Ambiente é o órgão de
aconselhamento das políticas e diretrizes de preservação do meio ambiente e de
acompanhamento do Zoneamento Ecológico Econômico assim como do Plano Diretor de
Colina em consonância com o Estatuto da Cidade.
Parágrafo 1º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente terá, como
atribuição prioritária, garantir a gestão por micro-bacias hidrográficas em consonância com as
diretrizes emanadas do Plano Diretor de Colina.
Parágrafo 2º - O Conselho Municipal do Meio Ambiente deverá
instituir normas para criação do Fundo do Meio Ambiente sob sua responsabilidade.
SEÇÃO IV
DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Artigo 103 - O Conselho de Desenvolvimento Municipal é o órgão
responsável pelo acompanhamento, controle da implantação e gestão do Plano Diretor de
Colina.
Parágrafo 1º - O Secretário Executivo do Conselho de
Desenvolvimento Municipal é o Secretário Municipal de Planejamento e Meio Ambiente.
53
Parágrafo 2º - O Conselho de Desenvolvimento Municipal tem como
principais atribuições:
I - examinar a viabilidade dos projetos;
II - estabelecer prioridades na aplicação dos recursos do Fundo Municipal de
Desenvolvimento;
III - estabelecer o destino das verbas advindas da aplicação dos instrumentos previstos
no Plano Diretor.
Parágrafo 3º - A composição, atribuições e funcionamento do
Conselho de Desenvolvimento Municipal será regulamentada por Lei específica.
Parágrafo 4º - O Fundo Municipal de Desenvolvimento é instituído
nesta lei e tem caráter permanente.
SEÇÃO V
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE
Artigo 104 - À Secretaria Municipal de Planejamento e Meio
Ambiente compete:
I - implantar, gerenciar, atualizar e revisar o Plano Diretor do Município e sua legislação
pertinente;
II - propor ao Conselho de Desenvolvimento Municipal os objetivos estratégicos no
início de cada gestão administrativa, ouvidos os demais órgãos;
III - colaborar com outras secretarias municipais na elaboração dos orçamentos;
IV - propor adequações na legislação urbanística, se necessário;
V - coordenar e manter atualizado o Sistema de Informações do Município;
VI - orientar programas e obras governamentais segundo os objetivos, políticas e
prioridades do Plano Diretor;
54
VII - compatibilizar, quando do interesse do Município, os planos e projetos de
desenvolvimento urbano com propostas regionais ou de municípios vizinhos;
VIII - Assegurar a participação dos munícipes e de suas entidades representativas em
todas as fases do processo de planejamento urbano;
IX - profissionalizar a gestão municipal através da implementação de unidades de custo
dentro das distintas secretarias;
X - elaborar e coordenar a execução dos projetos, programas e planos do governo
municipal objetivando a viabilização de recursos nos órgãos federais e estaduais de
governo;
XI - coordenar a elaboração das propostas dos orçamentos anuais e plurianuais, em
articulação com as Secretarias de Administração e Finanças e em consonância com o
Plano Diretor;
XII - aplicar ações modernizadoras na estrutura organizacional da Prefeitura Municipal
e demais órgãos envolvidos;
XIII - assinar os alvarás de licença de construções e de parcelamento, de funcionamento
dos estabelecimentos comerciais, industriais, de prestadores de serviços, de vendedores
ambulantes e outros dispostos nesta lei e no Código Tributário do Município;
XIV - executar serviços relativos a levantamentos topográficos;
XV - aplicar e fazer aplicar as posturas de ordem pública;
XVI - executar os serviços relativos à sinalização das vias urbanas e rurais, aplicação de
redutores de velocidade e placas indicativas, bem como manutenção e conservação das
mesmas;
XVII - promover a preparação e assinar o "Habite-se" de construções novas ou
reformadas, quando necessário;
XVIII - promover a expedição e assinar os alvarás de licenças de construções
particulares, demolições de prédio, construção de gradil, projetos de construções
populares e outros casos especiais que digam respeito ao órgão que dirige;
XIX - emitir parecer nos projetos de loteamentos e subdivisão de terrenos, submetendo-
os à aprovação da Comissão Municipal de Urbanismo;
XX - promover o fornecimento, ao Departamento de Tributação e Fiscalização da
Secretaria de Finanças, de elementos necessários ao lançamento e cobrança da
Contribuição de Melhoria;
55
XXI - autorizar, "ad-referendum" do Prefeito, a interdição de prédios sujeitos a esta
medida, de acordo com a legislação municipal;
XXII - examinar e dar despacho final em todos os processos referentes a edificações
particulares e promover o licenciamento e sua fiscalização nos termos desta lei e do
Código de Obras do Município;
XXIII - promover a execução de projetos, plantas, mapas, desenhos, gráficos e
memoriais descritivos necessários ao desenvolvimento e execução dos serviços dos
órgãos que integram a Secretaria que dirige e a Secretaria de Viação, Obras e Serviços
Urbanos;
XXIV - manter estreito relacionamento com as demais secretarias e outros órgãos da
Administração visando o planejamento e execução de programas específicos;
XXV - elaborar projeto proveniente das demais secretarias para fins de captação de
recursos e/ou fomento de atribuições sócio-econômicas e ambientais.
XXVI - revisar as fases de processamento da despesa, verificando possíveis falhas e
propondo aos responsáveis as medidas corretivas;
XXVII - acompanhar os processos de licitação, revisando os procedimentos formais
exigidos, sem prejuízo dos pareceres jurídicos expedidos;
XXVIII - aperfeiçoar o sistema de controle interno, através da implantação de métodos
e rotinas informatizadas;
XXIX - emitir pareceres em prestações de contas de subvenções ou contribuições de
entidades beneficiadas com recursos do Município;
XXX - supervisionar os serviços de contabilidade;
XXXI - determinar as providências para a apuração de faltas funcionais que impliquem
em desvios e aplicação indevida de recursos financeiros e materiais;
XXXII - executar outras atividades correlatas que forem determinadas pelo Prefeito.
Artigo 105 - A Secretaria de Planejamento será integrada pelos
seguintes Departamentos:
I - Departamento de Planejamento e Projetos;
II - Departamento de Preservação e Meio Ambiente.
56
SEÇÃO VI
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS
Artigo 106 – O Executivo manterá atualizado o Sistema de Informações
para o Planejamento e Gestão Municipal, produzindo os dados necessários, com a freqüência
definida.
Parágrafo 1º - O Sistema de Informações Municipais deve conter os
dados sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais, administrativos,
físicoterritoriais, inclusive cartográficos, ambientais, imobiliários e outros de relevante interesse
para o Município.
Parágrafo 2º - O Sistema de Informações Municipais deve,
progressivamente, dispor os dados de maneira Georreferenciada e em meio digital.
Parágrafo 3º - O Sistema tem como objetivo fornecer informações para
planejamento, monitoramento, implementação e avaliação das políticas urbanas, subsidiando a
tomada de decisões na gestão do plano diretor.
Artigo 107 – O Sistema de Informações Municipal para o Planejamento
e Gestão Municipal adotará as seguintes diretrizes:
I – atendimento aos princípios da simplificação, economicidade, eficácia, clareza,
precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para fins
idênticos;
II – disponibilização das informações de forma ampla e periódica na página eletrônica
da Prefeitura Municipal, bem como seu acesso aos munícipes, por todos os meios
possíveis;
III – o poder público municipal dará ampla publicidade a todos os documentos e
informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento do Plano
Diretor, de planos, programas e projetos setoriais, regionais, locais e específicos ligados
ao desenvolvimento urbano, bem como no controle e fiscalização de sua
implementação, a fim de assegurar o conhecimento dos respectivos conteúdos à
população, devendo ainda disponibilizá-las a qualquer munícipe que requisitá-la por
57
petição simples, ressalvadas as situações em que o sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;
IV – articulação com outros sistemas de informação e bases de dados municipais,
estaduais, nacionais e internacionais, existentes em órgãos públicos e em entidades
privadas.
CAPÍTULO III
DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
Artigo 108 – Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento,
constituído de recursos provenientes de:
I – recursos próprios do Município;
II – repasses ou dotações orçamentárias da União ou do Estado de São Paulo a ele
destinados;
III – empréstimos de operações de financiamento internos ou externos;
IV – transferências de instituições privadas;
V – transferências de entidades internacionais;
VI – transferências de pessoas físicas;
VII – acordos, contratos, consórcios e convênios;
VIII – receitas provenientes de Outorga Onerosa do Direito de Construir e de Alteração
de Uso;
IX – receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície;
X – receitas advindas do pagamento de prestações por parte dos beneficiários de
programas habitacionais desenvolvidos com recursos do fundo;
XI – receitas advindas do pagamento de multas emitidas pelo órgão municipal
competente por falta de licença de funcionamento de atividades;
XII – rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;
XIII – doações;
XIV – outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.
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Artigo 109 – O Fundo Municipal de Desenvolvimento será gerido pelo
Conselho de Desenvolvimento Municipal.
Artigo 110 – Os recursos destinados ao Fundo Municipal de
Desenvolvimento deverão ser utilizados na consecução das diretrizes e objetivos elencados
neste Plano Diretor e aplicados prioritariamente em infra-estrutura e equipamentos públicos.
Artigo 111 – Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento
poderão ser aplicados diretamente pela Prefeitura ou repassados a outros fundos e agentes
públicos ou privados, mediante aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal.
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL
Artigo 112 - De acordo com os princípios fundamentais da
Constituição Federal e diretrizes do Estatuto da Cidade, o Plano Diretor assegura a participação
da população em todas as fases do processo de gestão democrática da política urbana, na
perspectiva da formulação, implementação, gestão participativa, fiscalização e controle social,
mediante os seguintes instrumentos:
I - debates, audiências e consultas públicas;
II - conferências;
III - conselhos;
IV - estudo de Impacto de Vizinhança;
V - projetos e programas específicos;
VI - iniciativa popular de projetos de lei e de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
VII - orçamento participativo;
VIII - assembléias de planejamento e gestão territorial.
Artigo 113 - Além dos instrumentos previstos nesta Lei, o Poder
Público Municipal poderá estimular a criação de outros espaços de participação popular.
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Artigo 114 - A participação de toda população na gestão municipal será
assegurada pelo Poder Público Municipal.
Artigo 115 - A informação acerca da realização dos Debates,
Conferências, Audiências Públicas e Assembléias de Planejamento e Gestão Territorial será
garantida por meio de veiculação nas rádios locais, jornais locais e Internet, podendo ainda, ser
utilizados outros meios de divulgação, desde que assegurados os constantes nesta Lei.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE COLINA
Artigo 116 - Entende-se por Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo,
para efeito desta Lei, a divisão das áreas urbanas do município em zonas de uso e ocupações
distintos, segundo os critérios de usos predominantes e aglutinações de usos afins e separação
de usos conflitantes, objetivando a ordenação do território e o desenvolvimento urbano,
seguindo critérios urbanísticos e ambientais desejáveis estabelecidos pelo Plano Diretor.
SEÇÃO I
DO PERÍMETRO URBANO
Artigo 117 - A Área do Perímetro Urbano de Colina terá as seguintes
medidas, confrontações e áreas:
ÁREA DA CIDADE: Inicia-se em marco localizado na Rodovia Rene Vaz de Almeida
e a confrontação da Fazenda Marajo, segue acompanhando a confrontação da Fazenda Marajó
com distância de 2.380 metros em linha reta, até a Estrada Municipal CLN 040 (Leito da Linha
Férrea). Deste deflete a esquerda acompanhando a Estrada Municipal CLN 040 sentido a cidade
em 1.300 metros, confrontando com o Leito da Linha Férrea. Deste deflete a direita em ângulo
de 90º com distância de 350 metros, até a nascente do Córrego da Baixadinha, confrontando
60
dos dois lados com a Fazenda Baixadinha. Deste segue o Córrego da Baixadinha veio d´água
abaixo, até um marco localizado na confrontação da Estância Colina de propriedade de Luiz
Mário Sepchoto e a confrontação do Sítio Colina de propriedade de Moises Henrique Basso e
Outros. Deste deflete a esquerda com distância de 2.380 metros em reta, até a Rodovia Antônio
Bruno – SP 373 – KM 511+280. Deste deflete a esquerda com distância de 220 metros,
confrontanto com a Rodovia Antônio Bruno – SP 373, sentido a Colina, até o KM 511+500.
Deste deflete a direita com distância de 1.580 metros em linha reta, até o Córrego do Distrito
Industrial I. Deste deflete a esquerda acompanhando o Córrego do Distrito Industrial I, até a
Rodovia Brigadeiro Faria Lima – SP 326, margem esquerda sentido a Barretos. Deste deflete a
direita com distância de 2.000 metros, até o Ribeirão do Turvo, confrontando com a Rodovia
Brigadeiro Faria Lima – SP 326. Deste deflete a esquerda e segue o Ribeirão do Turbo veio
d´água acima até a Estrada Municipal CLN 080. Deste deflete a esquerda acompanhando a
Estrada Municipal CLN 080 com distância de 950 metros, até um marco localizado na
confrontação da Fazenda Chacara – Gleba Nº 1 de propriedade de Heloisa Junqueira Franco e a
confrontação da da Fazenda Chacara – Gleba Nº 2 de propriedade de Heloisa Junqueira Franco
Varella. Deste deflete a direita em linha reta, confrontando com a Fazenda Chacara – Gleba Nº
1 de propriedade de Heloisa Junqueira Franco, até a Estrada Vicinal Municipal "Vereador
Benedito Stramasso". Deste deflete a esquerda e segue acompanhando a Estrada Vicinal
Municipal "Vereador Benedito Stramasso", sentido a cidade, até Estrada Municipal CLN 352.
Deste deflete a direita e segue acompanhando a Estrada Municipal CLN 352, até o Córrego da
Represa da Fazenda do Governo. Deste deflete a esquerda e segue o Córrego da Represa da
Fazenda do Governo veio d’água abaixo, até o Córrego das Cabaças. Deste segue o Córrego das
Cabaças veio d’água abaixo, até a Rodovia Vicinal Rene Vaz de Almeida. Deste deflete a
esquerda e segue acompanhando a Rodovia Vicinal Rene Vaz de Almeida, até a confrontação
da Fazenda Marajo. Deste deflete a direita e atravessa a Rodovia Vicinal Rene Vaz de Almeida,
até o marco inicial deste descritivo. Encontrou-se uma área de 1.822,4553 hectares.
ÁREA DA CUTRALE: Inicia-se em um marco localizado na Estrada Municipal CLN
080 e a Rodovia José M. de Almeida, segue acompanhando a Rodovia José M. de Almeida, até
a Rodovia Brigadeiro Faria Lima, confrontando com a Fabrica de Suco da Sucocitrico Cutrale
Ltda. Deste segue a Rodovia Brigadeiro Faria Lima sentido a Colina, passando pelo Córrego da
Gurita, até a confrontação de Herminio Polizelli, confrontando com a Fabrica de Suco da
Sucocitrico Cutrale. Deste deflete à direita e segue em reta acompanhando a divisa de Herminio
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Polizzelli, passando pelo Córrego da Gurita, até a confrontação de Durval Malpeli,
confrontando com a Fabrica de Suco da Sucocitrico Cutrale. Deste segue em reta,
acompanhando a divisa de Durval Malpeli, até o Ramal Ferroviário da Fepasa, confrontando
com a Fabrica de Suco da Sucocitrico Cutrale. Deste deflete a esquerda e segue acompanhando
o Ramal Ferroviário, até a Estrada Municipal CLN 080, confrontando com a Fabrica de Suco da
Sucocitrico Cutrale. Deste deflete a direita e segue a acompanhando a Estrada Municipal CLN
080, até o ponto inicial, confrontando com a Fabrica de Suco da Sucocitrico Cutrale.
Encontrou-se uma área de 127,1309 hectares.
ÁREA DA RECORD, TELESP E TUPI: Inicia-se em um marco localizado na
Estrada Municipal CLN 442 e a confrontação de Riad Ali Sammour, segue com distância de
140,00 metros, confrontando com a Estrada Municipal CLN 442. Deste deflete a esquerda com
distância de 50,00 metros, confrontando com Riad Ali Sammour. Deste deflete a esquerda com
distância de 140,00 metros, confrontando com Riad Ali Sammour. Deste deflete a esquerda
com distância de 50,00 metros, até o marco inicial. Encontrou-se uma área de 1,2600 hectares.
ÁREA DA COMPANHIA ENERGÉTICA SÃO JOSÉ: Inicia-se em um marco
localizado No Córrego da Estiva e a confrontação da Fazenda São Joaquim, segue
acompanhando a divisa da Fazenda São Joaquim, até a confrontação de Valêncio Piai. Deste
deflete à direita e segue acompanhando a confrontação de Valêncio Piai até a confrontação de
Antônio Valdemir Meneghelo e Outros. Deste deflete à direita acompanhando a confrontação
de Antônio Valdemir Meneghelo e Outros, até o Córrego da Estiva. Deste segue o Córrego da
Estiva veio dágua abaixo até o ponto inicial. Encontrou-se uma área de 66,5465 hectares.
Artigo 118 - Fazem parte integrante desta Lei a Planta do Perímetro Urbano (Anexo IV)
e Planta do Zoneamento (Anexos V, VI, VII, VIII, IX e X).
Art. 119 – A ampliação do perímetro urbano do Município de Colina após a data de
publicação desta Lei deverá ser feita mediante Projeto de Lei Complementar e conter, no
mínimo:
I - demarcação do novo perímetro urbano;
62
II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a
controle especial em função de ameaça de desastres naturais;
III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para
infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais;
IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a
promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda;
V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de
zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso
habitacional for permitido;
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do
patrimônio histórico e cultural; e
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios
decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a
coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder público.
CAPÍTULO II
DA ZONA URBANA
Artigo 120 - Serão sete as categorias de zonas de uso, definidas como:
I - Zonas Residenciais (ZR): zonas de uso residencial unidomiciliar;
II - Zonas de Predominância Residencial (ZPR): zonas permitidas para usos
comerciais e de serviços de uso residencial;
III - Zona Central (ZC): zona residencial com predominância de usos comerciais e de
serviços;
IV - Zonas de Corredor Comercial (ZCC): zonas residenciais com predominância de
usos comerciais, serviços, oficinas e depósitos de pequeno porte;
V - Zonas de Uso Misto (ZUM): zonas de comércio e serviços de grande porte;
VI - Zonas de Uso Diversificado (ZUD): zonas de transição, permitidos para uso misto
e industrial;
VII - Zonas de Proteção Ambiental (ZPA): zonas de preservação permanente.
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Artigo 121 - As construções, reformas e ampliação nos terrenos
localizados dentro do Município de Colina ficam sujeitos às disposições de uso, ocupação,
utilização de recuos e alturas estabelecidas por esta Lei, sem prejuízo das demais normas
estabelecidas na legislação vigente.
CAPÍTULO III
DA CLASSIFICAÇÃO DAS ZONAS
Artigo 122 - O zoneamento fixa regras fundamentais de ordenamento
do território e tem como objetivo definir diretrizes para a utilização dos instrumentos de
ordenação territorial e de zoneamento de uso e ocupação do solo.
Parágrafo Único - Ao longo das margens dos córregos que formam a
bacia hidrográfica que contribuem para a captação das águas da “Represa do Burrinho” e da
represa da Fazenda do Estado, deverão ser mantidas faixas de 30,00 metros ao longo dos seus
leitos, consideradas de preservação permanente – “NON AEDIFICANDI”.
Artigo 123 - As zonas de uso receberão as seguintes classificações
representadas por siglas e com as respectivas características básicas:
I - ZR – Zona de Uso Residencial Unidomiciliar, de baixa densidade,
admitindo-se usos comerciais, serviços e institucionais complementares ao uso residencial,
excetuando-se os que possam constituir conflitos ao uso residencial. Esta zona tem início no
cruzamento da Rua Antônio Paulo de Miranda, e Av. Cel. Antenor Junqueira Franco, deste
segue a Av. Cel. Antenor Junqueira Franco até a Rua Cel. José Venâncio, daí à esquerda segue
pela Rua Cel. José Venâncio até a Av. Rui Barbosa; daí à direita segue pela Av. Dr. Moacyr
Vizzotto até encontrar a Rua José Antônio de Souza, confrontando nestes dois lances com a via
férrea; daí à esquerda, segue pela Rua José Antônio de Souza até a alameda 2 do Jardim
Taninha; daí à esquerda e segue pela alameda 2 até encontrar com a Rua João da Silva; daí
deflete à direita e segue pela Rua João da Silva até encontrar com a alameda 3 do Jardim
Taninha; daí à esquerda e segue pela alameda 3 até a estrada vicinal municipal “Vereador
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Benedito Stramasso” confrontando nestes três lances com o espólio de Euler Junqueira Franco;
daí deflete à esquerda e segue pela Estrada Vicinal Municipal “Vereador Benedito Stramasso”;
daí à direita e segue pela Rua Antônio Paulo de Miranda até o ponto inicial, confrontando
nestes dois lances com a Estação Experimental de Zootecnia e Recinto Dr. Mário de Felício;
II - ZPR – Zona de Uso Predominantemente Residencial, de média
densidade, pluridomiciliar, admitindo-se comercio e serviços de níveis 1 e 2 e outros
diversificados, compatíveis com o uso residencial. Enquadram-se nesta zona, todos os demais
loteamentos e futuras ocupações não contidas na ZR – Zona de Uso Residencial Unidomiciliar
e em áreas não especificadas;
III - ZC – Zona Central com Predominância de Comércios e Serviços
(Centro Comercial Principal) - de alta e média densidade, Residencial e Comércio e Serviço
de níveis 1 e 2, desde que compatibilizadas com a intensidade de tráfego gerado. Enquadram-se
nesta zona as quadras contidas no perímetro e as faces das quadras que confrontam com as vias
que definem o perímetro que tem o início no cruzamento da Av. Luiz Lemos de Toledo, Av.
Jaborandi, Av. Expedicionário Roberto Marcondes e Rua Tiradentes, deste segue pela Rua
Tiradentes até encontrar a Rua Henrique Paro; daí segue à direita, segue pela Rua Henrique
Paro até encontrar a Av. Pio de Mello Nogueira; daí a direita segue pela Av. Pio de Mello
Nogueira até o cruzamento da Av. Cel. Antenor Junqueira Franco e Av. Ângelo Martins
Tristão; daí segue pela Av. Ângelo Martins Tristão até o cruzamento da Av. Rui Barbosa e Av.
Expedicionário Roberto Marcondes; daí à direita segue pela Av. Expedicionário Roberto
Marcondes até o ponto inicial, confrontando nestes três lances com a via férrea;
IV - ZCC – Zona de Corredor Comercial – com predominância de
comércios e serviços (Centro Comercial Secundário) de média densidade. Enquadram-se nesta
zona as faces de quadras que confrontam com as seguintes vias públicas: Av. Luiz Lemos de
Toledo, no trecho compreendido entre o cruzamento da Av. Expedicionário Roberto
Marcondes, Av. Jaborandi e Rua Tiradentes até o trecho de acesso à Rodovia Brigadeiro Faria
Lima; Av. Dr. Manoel Palomino Fernandes, no trecho compreendido entre a Rua Tiradentes
até o trevo de acesso à Rodovia Brigadeiro Lima; Av. José Francisco Azedo, no trecho
compreendido entre o entroncamento da Rua José Fabri, Rua Luiz Camargo, Rua Antônio
Pereira Lima e Rua Eugênio Donini, até o trevo de acesso à Rodovia Brigadeiro Faria Lima;
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Avenida Jaborandi em toda sua extensão; Avenida Expedicionário Roberto Marcondes em toda
sua extensão; Avenida Ângelo Martins Tristão em toda sua extensão; Avenida Cel. Antenor
Junqueira Franco no trecho da Rua Luiz Camargo até a Rua Antônio Paulo de Miranda; Av. Pio
de Mello Nogueira em toda a sua extensão; Avenida Tauffi Neme em toda sua extensão e Av.
Rui Barbosa, em toda a sua extensão.
V - ZUM – Zona de Uso Misto, de baixa a média densidade, admitindo-
se usos comerciais, serviços e institucionais. Enquadram-se nesta zona as quadras cujas faces
confrontam com a Rua 6 do Jardim Nova Colina, no trecho compreendido entre a Alameda 3 e
a divisa dos loteamentos Jardim Nova Colina e Parque Morumbi; a Rua Lourenço Marini, no
trecho compreendido entre a Av. Dr. Manoel Palomino Fernandes e Av. Luiz Lemos de Toledo;
a Av. Eng.º Luiz Sebastião Piai, em toda sua extensão; Rua Particular em toda sua extensão;
Rua Antônio Paulo Mustafé Camolese da Vila Guarnieri, do Residencial Ali Mohamed
Zeitoum, do Jardim Jockey Clu II, Jardim Alto da Hípica II; Desmembramento Alto da Hípica e
Vila Hípica; Av. Pio de Mello Nogueira, em toda a sua extensão; .
VI - ZUD – Zona de Uso Diversificado, de baixa e média densidade,
admitindo-se usos comerciais, serviços institucionais e industriais, com usos previstos nos
artigos 145, 146 e 147. Enquadram-se nesta zona o parcelamento do solo executado pela
Prefeitura denominado “Distrito Industrial I”, o Distrito Industrial II e as faces que margeiam a
Rodovia Brigadeiro Faria Lima e a Rodovia Antônio Bruno, contidas no perímetro urbano.
VII – ZPA – Zona de Proteção Ambiental Permanente, de baixa
densidade. Enquadram-se nesta zona as áreas e edifícios de interesse histórico, cultural e
paisagístico, praças públicas, bem como as áreas protegidas não urbanizadas contidas no
perímetro urbano e, ainda, as faixas “non aedificandi” ao longo das margens do Córrego José
Venâncio e Córrego Baixadinha.
CAPÍTULO IV
DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
66
Artigo 124 – Coeficiente de Aproveitamento determina o potencial
construtivo do lote, ou seja, é a relação entre a área construída total de uma zona, área de
intervenção ou operação urbana e sua área bruta.
Parágrafo 1º - As área cobertas, mesmo tipificadas como varandas
abertas, serão consideradas áreas construídas, para fins de cálculo da taxa de ocupação e do
coeficiente de aproveitamento.
Parágrafo 2º - Em se tratando de edificações com compartimentos
cujo pé-direito seja superior a 4,50 metros, o cálculo do coeficiente de aproveitamento deverá
ser realizado da seguinte forma:
I – se igual ou inferior a 5,80 metros de comprimento, será multiplicado por 1,5;
II – se superior a 5,80 metros, a área do compartimento será multiplicada por 2.
Artigo 125 – O Coeficiente Básico e Máximo de Aproveitamento para
cada zona será, respectivamente, o seguinte:
I - Zonas Residenciais (ZR): 1 (um) e 10 (dez)
II - Zonas de Predominância Residencial (ZPR): 1 (um) e 10 (dez)
III - Zona Central (ZC): 1 (um) e 10 (dez)
IV - Zonas de Corredor Comercial (ZCC): 1 (um) e 10 (dez)
V - Zonas de Uso Misto (ZUM): 1 (um) e 10 (dez)
VI - Zonas de Uso Diversificado (ZUD): 1 (um) e 10 (dez)
VII - Zonas de Proteção Ambiental (ZPA): 1(um) e 1 (um)
Parágrafo único – A construção dos prédios, dentro dos limites
estabelecidos no caput dependerão do atendimento das diretrizes apresentadas pela Prefeitura
Municipal de Colina, através da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente.
67
TÍTULO V
DO USO DO SOLO
CAPÍTULO I
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
Artigo 126 - O ordenamento territorial consiste na organização e
controle do uso e ocupação do solo no território municipal, de modo a evitar e corrigir as
distorções do processo de desenvolvimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio
ambiente, o desenvolvimento econômico e social e a qualidade de vida da população.
Parágrafo 1º - Em conformidade com o Estatuto da Cidade, o
ordenamento territorial abrange todo o território municipal, envolvendo áreas urbanas e áreas
rurais.
Artigo 127 - Constituem objetivos gerais do ordenamento territorial:
I - definir novos perímetros urbanos para o Município;
II - organizar o controle do uso e ocupação do solo nas áreas urbanas;
III - definir áreas especiais que, pelos seus atributos, são adequadas à implementação de
determinados programas de interesse público ou necessitam de programas especiais de
manejo e proteção;
IV - definir diretrizes viárias;
V - qualificar os usos que se pretendem induzir ou restringir em cada área da cidade;
VI - promover o adensamento compatível com a infra-estrutura em regiões de baixa
densidade e/ou com presença de áreas vazias ou sub-utilizadas;
VII - preservar, recuperar e sustentar as regiões de interesse histórico, paisagístico,
cultural e ambiental;
VIII - urbanizar e qualificar a infra-estrutura e habitabilidade nas áreas de ocupação
precária e em situação de risco;
68
IX - combater e evitar a poluição e a degradação ambiental;
X - integrar e compatibilizar o uso e a ocupação do solo entre a área urbana e a área
rural do Município;
XI - promover a gestão por micro-bacias hidrográficas.
CAPÍTULO II
DO MACROZONEAMENTO
Artigo 128 - O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de
ordenamento do território e tem como objetivo definir diretrizes para a utilização dos
instrumentos de ordenação territorial e de zoneamento de uso e ocupação do solo.
Artigo 129 – Para um melhor controle do uso e ocupação do solo no
município de Colina, ficam criadas, de acordo com os divisores d’àgua do município, 7 (sete)
micro-bacias hidrográficas, conforme Anexo XI deste Plano Diretor.
Artigo 130 - Consideram-se Macrozonas, delimitadas no
Macrozoneamento do Município de Colina, integrante desta lei:
I - Macrozonas Urbanas;
II - Macrozonas Urbanas Especiais;
III - Macrozona Ambiental
IV - Macrozona Rural 1;
V - Macrozona Rural 2;
VI - Macrozona Rural 3;
VII - Macrozona Rural 4;
VIII - Macrozona Rural 5;
IX - Macrozona Rural 6;
X - Macrozona Rural 7;
XI – Área de Preservação Permanente.
SEÇÃO I
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DAS MACROZONAS URBANAS
Artigo 131 - As Macrozonas Urbanas são formadas pelas seguintes
áreas urbanas consolidadas:
I - área compreendida pelo perímetro da Sede Municipal;
II - áreas compreendidas pelas Sedes Distritais;
III - áreas compreendidas pelas localidades da Cutrale, Record, Telesp, Tupi e da
Companhia Energética São José.
Parágrafo 1º - A delimitação dos perímetros urbanos é objeto do artigo
120 desta Lei.
Parágrafo 2º - O perímetro urbano da sede fica dividido em zonas de
uso e ocupação do solo, conforme previsto nesta lei.
Parágrafo 3º - Os parâmetros para o uso, a ocupação e o parcelamento
do solo estão definidos nesta lei.
Artigo 132 - Para as Macrozonas Urbanas, ficam estabelecidas as
seguintes diretrizes:
I - utilizar o Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano como referência para
aprovação de novos empreendimentos e edificações;
II - na Sede Municipal, a área compreendida pela Bacia do Córrego José Venâncio será
priorizada no que concerne ao controle de ocupação e serviços de saneamento básico;
III - nas Macrozonas Urbanas, a implantação de novos loteamentos, empreendimentos e
alteração dos perímetros urbanos oficiais dependerá da aprovação da Prefeitura
Municipal.
IV – Ficam proibidos o plantio e corte de cana-de-açúcar ou atividades que empreguem
a utilização de fogo dentro do perímetro urbano, respeitados os contratos em vigência.
70
SEÇÃO II
DAS MACROZONAS URBANAS ESPECIAIS
Artigo 133 - As Macrozonas Urbanas Especiais são áreas das Vilas
Rurais que poderão ser transformadas em áreas urbanas com parâmetros urbanísticos especiais.
Artigo 134 - Para tais Macrozonas, ficam estabelecidas as seguintes
diretrizes:
I - aprovar na Câmara Municipal o projeto de lei que declara como Áreas de
Urbanização Especiais os imóveis destinados à implantação de programas de incentivos
ao êxodo rural;
II - elaborar Lei específica definindo os parâmetros de cobrança de impostos e
fornecimento de serviços públicos às Áreas de Urbanização Especiais.
SEÇÃO III
DA MACROZONA AMBIENTAL
Artigo 135 - A Macrozona Ambiental é formada pelas micro-bacias
hidrográficas que compõem o manancial atual e o futuro de abastecimento da cidade e se
localizam nas Micro-Bacias 3 e 4, respectivamente, do município.
Parágrafo 1º - O manancial de abastecimento atual da cidade é formado
pelas represas do Burrinho e APTA – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios.
Parágrafo 2º - O manancial de abastecimento futuro da cidade será
formado pelo Córrego da Consulta e pela Represa e Córrego da Consulta.
SEÇÃO IV
DAS MACROZONAS RURAIS
71
Artigo 136 - As Macrozonas Rurais englobam sete grupos de
microbacias, formando as Macrozonas Rurais 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 de acordo com os divisores de
águas das grandes bacias hidrográficas onde o Município de Colina está inserido, conforme
anexo XI desta lei.
Artigo 137 - Para estas Macrozonas Rurais descritas no artigo anterior,
ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:
I - nas áreas mais baixas ou de declividades acentuadas acima de 45 %, incentivar a
ocupação e utilização para atividades agropecuárias extensivas e as culturas
permanentes, que não necessitem trabalhar o solo com freqüência, mas com manejo
correto e plantio direto, bem como o incentivo às atividades de manejo florestal;
II - nas áreas mais altas incentivar a ocupação e utilização para atividades agropecuárias
e urbanas, mas com manejo adequado.
Artigo 138 - Para todas as Macrozonas Rurais ficam ainda
estabelecidas as seguintes diretrizes gerais:
I - obrigatoriedade de programas de acompanhamento para a conservação dos solos e
prevenção de erosões;
II - incentivo à formação de associação de produtores por macrozona rural,
considerando a destinação de suas águas.
SEÇÃO V
DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Artigo 139 - A Macrozona de Preservação Permanente definida na Lei
Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, corresponde:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos
os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
72
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)
metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte)
hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento
ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento;
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100%
(cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
73
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa
nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem)
metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base,
sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente
ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a
vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50
(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
Parágrafo 1o - Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de
reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos
d’água naturais.
Parágrafo 2o Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a
1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III
do caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão
ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.
Parágrafo 3o É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que
trata o inciso V do art. 3o da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, o plantio de culturas
temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período de
vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de novas áreas de vegetação
nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a fauna silvestre.
74
Parágrafo 4o Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas
áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a
infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos,
garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio
Ambiente;
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos
hídricos;
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR.
Artigo 140 – A – Consideram-se, ainda, de preservação permanente,
quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas
com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes
finalidades:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de
rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
75
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares;
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.
Artigo 141 - Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a
geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou
instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente
criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a
faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa
mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana.
Parágrafo 1o - Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o
empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em conformidade com termo de referência
expedido pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não
podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente.
Parágrafo 2o - O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório
Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser
apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado
até o início da operação do empreendimento, não constituindo a sua ausência impedimento para
a expedição da licença de instalação.
CAPÍTULO III
DAS CATEGORIAS DE USO
SEÇÃO I
DO USO RESIDENCIAL
76
Artigo 142 – Para efeito desta Lei, são estabelecidas as categorias de
uso residencial, a seguir individualizadas e caracterizadas:
I – Residência 1 – Residencial Unidomiciliar – Edificações destinadas
à habitação permanente, correspondendo a uma habitação por lote.
II - Residência 2: Pluridomiciliar Horizontal – Conjunto de Unidades
Residenciais agrupadas horizontalmente, todas com frente para a via oficial ou particular,
obedecendo às seguintes disposições:
a) – máximo de 6 (seis) habitações por agrupamento;
b) – frente mínima de 8,00m (oito metros) e área mínima de 160,00m²
(cento e sessenta metros quadrados) para cada lote resultante do agrupamento, excetuando-se as
habitações de emergência executadas pela Prefeitura ou por entidade com ela conveniada.
SEÇÃO II
DO USO COMERCIAL E DE SERVIÇOS
Artigo 143 - Para efeitos de uso e ocupação do solo, os
estabelecimentos comerciais e/ou de prestação de serviços cuja instalação e funcionamento são
permitidos na sede do Município de Colina, enquadram-se numa das quatro categorias a seguir
definidas:
I - CS. 1: Comércio e Serviço de Nível I – Estabelecimentos de venda direta ao
consumidor de produtos complementares ao uso residencial, prestação de serviços e/ou
cursos livres.
II - CS. 2: Comércio e Serviço de Nível II – Estabelecimentos de venda direta ao
consumidor de produtos compatíveis com o uso residencial, prestação de serviços e/ou
cursos livres.
77
III - CS. 3: Comércio e serviço de Nível III – Estabelecimento de venda direta ao
consumidor de produtos não conflitantes com o uso residencial, prestação de serviços
e/ou cursos livres, que implicam na fixação de padrões específicos referentes às
características de ocupação dos lotes, de acessos, de localização, de tráfego, de serviços
urbanos e aos níveis de ruídos, de vibrações e de poluição ambiental, tais como
carpintaria, oficinas mecânicas e de reparos em geral.
IV - CS. 4: Comércio e Serviço de Nível IV – Estabelecimentos de comércio atacadista
e/ou varejista de produtos conflitantes com o uso residencial, que implicam a fixação de
padrões específicos relacionados no item anterior.
Parágrafo Único - Os motéis e drive-in, somente poderão ser
instalados respeitando o limite mínimo de 2.000 (dois mil) metros do perímetro urbano.
SEÇÃO III
DO USO INDUSTRIAL
Artigo 144 – Para fins de uso e ocupação do solo, os estabelecimentos
industriais, cuja instalação e funcionamento são permitidos no Município, serão classificadas
conforme o grau de risco ambiental de sua atividade, nos seguintes tipos:
I - I-1 - Indústrias virtualmente sem risco ambiental;
II - I-2 – Indústrias de risco ambiental leve;
III - I-3 – Indústrias de risco ambiental moderado.
Parágrafo 1º - Estão enquadrados na categoria I-1 os
estabelecimentos industriais:
a) – cuja área construída seja igual ou inferior a 500,00 m² (quinhentos
metros quadrados); e/ou
b) – que não queimem combustíveis sólidos ou líquidos; e/ou
c) – cujo consumo de gás combustível não exceda a 1 (uma) unidade
padrão de combustível por dia, calculados na forma do Anexo I; e/ou
78
d) – cujo processamento industrial não emita material particulado ou que
a quantidade emitida possa ser considerada desprezível; e/ou
e) – cujo som e ruído emitidos atinjam, nos limites de propriedade de
fonte emissora, nível de som igual ou inferior do ruído de fundo do
local, sem tráfego; e/ou
f) que não produzam ou estoquem resíduos sólidos perigosos, conforme
definidos pela norma ABNT; e/ou
g) cujo processamento industrial não produza gases, vapores, odores,
efluentes líquidos industriais, vibração e ondas eletromagnéticas.
Parágrafo 2º - Estão enquadrados na categoria I-2 os estabelecimentos
industriais:
a) – cuja área construída seja igual ou inferior a 2.500 m² (dois mil e
quinhentos metros quadrados); e/ou
b) – que queimem até 1,00 (uma) unidade padrão de combustível por
dia, calculados na forma do Anexo II; e/ou
c) – que tenham baixo potencial poluidor da atmosfera, determinado na
forma do Anexo II; e/ou
d) – que produzam ou estoquem até 400 kg (quatrocentos quilos) por
mês de resíduos sólidos perigosos, conforme definidos pela ABNT;
e/ou
e) – cujo som e ruído emitidos atinjam, nos limites de propriedade da
fonte emissora, nível de som até 5 (cinco) decibéis dB (A), acima do
ruído de fundo do local sem tráfego; e/ou
f) – cujos efluentes líquidos industriais sejam compatíveis com
lançamento em rede coletora de esgotos, com ou sem tratamento.
Parágrafo 3º - Estão classificados na Categoria I-3 os estabelecimentos
industriais:
79
a) – cuja área construída seja superior a 2.500m² (dois mil e quinhentos
metros quadrados); e/ou
b) – que queimem mais do que 1 (uma) unidade padrão de combustível
por dia, calculados na forma do Anexo I; e/ou
c) – que tenham médio potencial poluidor da atmosfera, determinado na
forma do Anexo II; e/ou
d) – que produzam ou estoquem mais do que 400 kg (quatrocentos
quilos) por mês de resíduos sólidos perigosos, definidos pela Norma
ABNT.
Artigo 145 - No Distrito Industrial II não será permitida a implantação
de indústrias que não sejam as dos tipos I-1, I-2 e I-3, devendo as mesmas cumprirem as
exigências especificadas no artigo 145 e seus parágrafos.
Artigo 146 – A implantação de indústrias na ZUD deverá atender às
exigências técnicas regulares ao processo de licenciamento da CETESB e do licenciamento
ambiental municipalizado.
SEÇÃO IV
DO USO INSTITUCIONAL
Artigo 147 – Para fins de uso e ocupação do solo, os estabelecimentos
institucionais, cuja instalação e funcionamento são permitidos no Município, enquadram-se
numa das duas categorias a seguir definidas:
I – INST. 1 – Equipamentos Institucionais de Nível I – Estabelecimentos ou
instalações conflitantes com o uso residencial, destinados à educação, saúde, lazer, cultura,
administrações públicas, associações, federações e organizações cívicas, políticas e religiosas,
que implicam grande concentração de pessoas ou veículos, níveis altos de ruídos em vários
padrões especiais.
80
II – INST. 2 – Equipamentos Institucionais de Nível II – Equipamentos ou
instalações compatíveis com o uso residencial, destinados à educação, saúde, lazer, cultura,
assistência médica, culto religioso e prestações de serviços à população.
SEÇÃO V
DA DIVISÃO DAS ZONAS
Artigo 148 – Nos terrenos com frente para as vias interceptadas pela
linha divisória das zonas, pode-se aplicar as regulamentações de uso previsto para qualquer
uma das zonas lindeiras.
SEÇÃO VI
DAS CONFORMIDADES E NÃO CONFORMIDADES
Artigo 149 – De acordo com a zona em que se situa, o uso de um lote
ou de uma edificação, será classificado como:
I - Uso Conforme – Em qualquer zona, o uso que se adequando às características
estabelecidas para essa zona sejam nela permitido e incentivado.
II - Uso Não Conforme – Em qualquer zona, o uso, ocupação ou aproveitamento do
lote que sejam inadequados em relação às características estabelecidas para essa zona.
Parágrafo Único – O uso não conforme poderá ser tolerado desde que sua existência
regular, anteriormente à data de publicação desta Lei, seja comprovado mediante documento
expedido por órgão da Prefeitura, obedecidas as seguintes disposições:
a) não será admitida a substituição do uso não conforme que agrave
a desconformidade com relação às exigências desta Lei;
b) não serão admitidas quaisquer ampliações na ocupação ou
aproveitamento do solo, admitindo-se apenas as reformas essenciais à segurança e à higiene das
edificações e instalações;
81
c) o uso não conforme adequar-se-á aos níveis de ruídos e de poluição
ambiental exigíveis para a zona em que esteja localizado, bem como obedecerá aos horários de
funcionamento disciplinados pela legislação vigente.
d) – Haverá possibilidade de mudança para nível inferior desde que
permitido no referido zoneamento.
SEÇÃO VII
DA CLASSIFICAÇÃO DOS USOS
Artigo 150 – Os usos definidos nesta Lei tem sua classificação a seguir:
I - USO RESIDENCIAL
Res. 1 – Unidomiciliar, casa isolada ou semi isolada.
Res. 2 – Pluridomiciliar horizontal, casa geminada.
Res. 3 – Pluridomiciliar horizontal e/ou vertical, edifícios de apartamento.
Res. 4 – Pluridomiciliar, conjunto de edifícios de apartamentos
Res. 5 – Unidomiciliar misto, casa com escritório, consultório e/ou loja.
Res. 6 – Pluridomiciliar misto, edifícios de apartamentos com escritórios e/ou
Loja.
II - USO COMERCIAL E DE SERVIÇO
CS. 1 – Comércios e serviços de nível I: usos de apoio ao uso residencial.
Comércio:
- artesanato;
- bar/botequim;
- padaria/panificadora/leiteria/confeitaria;
- laticínios/frios/conservas;
- quitanda/frutaria;
- açougue;
82
- comércio de doces e frutas;
- comércio varejista em postos móveis e vias públicas (ambulantes, carros de
lanches, food trucks);
- farmácia e drogaria;
- banca de jornais e revistas;
- floricultura;
- perfumaria/cosméticos
- armarinho;
- aviamento/linhas/barbantes;
- bazar;
- empório;
- armazém de secos e molhados;
- mercado;
- comércio de aves e ovos (sem abate);
- peixaria;
- papelaria/livraria
- comércio de artigos para vestuário em geral;
- boutique;
- bijuterias e acessórios;
- produtos e artigos veterinários;
- produtos médicos e odontológicos;
- pastelaria;
- sorveteria;
- lanchonete;
- doçaria;
- casa de chá;
- materiais para festas;
- utilidades domésticas;
Serviços:
- escritório, consultório, clínica, estúdios de profissionais autônomos, liberais
qualificados;
83
- serviços pessoais de higiene e saúde (barbeiro, cabeleireiro, manicure, instituto
de beleza);
- consultoria em sistema de informática;
- processamento de dados;
- atividades de bancos de dados;
- cursos livres em geral (idiomas, supletivos, música, pintura, artesanato, etc.);
- educação (escolas, creches, profissionalizante, faculdade, universidade);
- escolas de dança, ginástica, natação, academia;
- aprendizagem profissional datilografia/cabeleireiro;
- chaveiro;
- serviços domésticos, dedetizador, desentupidor e similares;
- arte/corte e costura;
- auto escola;
- saunas/firmas e duchas/massagens;
- funerária;
- serviços pessoais de saúde: ambulatórios, bancos de sangue, clínicas médicas e
odontológicas, clínicas veterinárias.
CS. 2 – Comércio e serviço de nível II: usos compatíveis ao uso residencial e
característicos da área central.
Comércio:
- antiquário/especiarias/importados;
- artigos religiosos;
- galerias de arte;
- artigos para decoração;
- discos;
- artigos esportivos e recreativos;
- brinquedos infantis;
- materiais elétricos;
- móveis;
- presentes;
- magazines;
84
- tecidos;
- vestuários;
- artigos para piscinas, vidros e máquinas;
- equipamentos de escritório;
- impressos (papelaria);
- fios têxteis;
- tecidos e artigos para estofados e tapeçaria;
- estofados e colchões;
- instrumentos e outros artigos musicais;
- artigos de vídeo, som e/ou fotografia;
- instrumentos médicos, dentários;
- ferramentas leves;
- elétricos e eletrônicos;
- produtos de informática;
- materiais para desenho e pintura;
- preparados químicos;
- choperia, drinks;
- pizzaria, cantina;
- restaurante, churrascaria;
- loja de conveniência (não anexa a posto de combustível);
- supermercados de pequeno e médio portes;
- loteria;
- buffet, rotisserie;
- relojoaria;
- óptica;
- bicicletas e artigos para ciclismo;
Serviço:
- estúdio, rádio, tv;
- serviços e torres de telecomunicações;
- estações de bombeamento de água e esgoto;
85
- laboratório e oficinas técnicas: copiadoras, fotográficas fotocópias, gravação de
filmes e sons, óticas, relojoarias;
- serviços de escritórios e negócios: assessoria e consultoria, atividades
imobiliárias em geral (administração, incorporação, aluguel, corretagem),
agências bancárias, bancos de emprego, de propaganda, despachantes,
financeiros, consórcios, cartórios, tabelionatos, planos de saúde, ;
- serviços de arrendamento, distribuição e guarda de bens, móveis, aluguel de
equipamentos de som, filmes, louças, móveis, vestimentas, veículos, publicidade
e propaganda;
- lavagem de veículos;
- hospedagem (alojamento/pensão/pousada/hotel/orfanato/asilo);
- serviços socioculturais (sindicatos, organizações empresariais, organizações
religiosas, organizações políticas, organizações profissionais e outras).
CS. 3 – Comércio e serviços de nível III: usos não conflitantes com o uso
residencial característicos de corredores comerciais.
Comércio:
- artigos de caça e pesca;
- materiais para construção e similares;
- supermercado de grande porte;
- shopping center;
- loja de departamento;
- agência de carros;
- funilaria e pintura;
- produtos agropecuários e extrativos;
- papel e derivados;
- pneus e acessórios para veículos;
- matérias primas (exceto explosivos e inflamáveis);
- ferramentas pesadas;
- posto de abastecimento e lavagem de automóveis;
- loja de conveniência anexa a posto de combustíveis;
86
- combustíveis e lubrificantes;
- gás encanados;
- tintas solventes;
- produtos químicos diversos;
- equipamentos para combate ao fogo;
- Drive-in/auto cine.
Serviço:
- borracheiro e outros serviços em rodas e pneus de autos;
- vidraceiro;
- oficina mecânica/elétrica para automóveis e acessórios;
- transportes (coletivo urbano, coletivo interurbano, ferroviário, rodoviário de
cargas em geral, transporte aéreo, limpeza urbana e correlatas, garagens de empresas e
guincho/reboque);
- armazenamento de depósitos de cargas;
- retífica de motores;
- funilaria e pintura;
- tapeçaria para veículos;
- oficina de bicicletas e motos;
- oficinas de máquinas e equipamentos;
- oficinas de torno e solda;
- recintos para festas, eventos, feiras;
- salões de festas;
- circos e teatros;
- clubes;
- quermesses;
- parques de diversões.
CS. 4 – Comércio e serviço de nível IV: usos conflitantes com o uso
residencial.
Comércio:
87
- oficinas e comércio de máquinas, máquinas industriais, implementos agrícolas
e equipamentos pesados;
- garagens em geral;
- boate;
- motéis e drive-in.
Serviços:
- depósitos e/ou comércio de bebidas;
- distribuidor de medicamentos e drogarias;
- distribuidor de produtos alimentícios;
- máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário, comercial,
escritório, industrial, técnico e profissional;
- gêneros alimentícios, produtos agropecuários e extrativos;
- artefatos para construção;
- móveis eletrodomésticos;
- papel e derivados;
- pneus e acessórios para veículos;
- explosivos e inflamáveis;
- derivados de petróleo;
- carvão vegetal e mineral;
- materiais perigosos.
III – USO INDUSTRIAL
a) Indústrias de nível I: indústrias não incômodas, enquadram-se nesta
categoria as micro-indústrias.
- fabricação de sabões, detergentes e velas;
- condimentos;
- refeições embaladas, conservas;
- concentrado alimentício;
- bebidas alcoólicas;
88
- refrigerantes;
- vinagre;
- gelo;
- confecções.
b) Indústrias de nível II: indústrias poluentes de baixo impacto ambiental.
Fabricação de:
- artigos de cimento, fibrocimento e gesso;
- lãs e pós metálicos;
- motores elétricos;
- forjaria;
- banhos e impregnações protetoras;
- papel;
- borracha sintética;
- vulcanização;
- recuperação de resíduos têxteis;
- alvejamento e lavagem de tecidos;
- moagem e trituração;
- lixas, rebolos e abrasivos;
- caldeira;
- motores elétricos;
- motores elétricos;
- veículos;
- óleos vegetais;
- torrefação
- rações;
- cigarro, charuto, fumo e tabacaria em geral;
- beneficiamento de minerais;
- desdobro de madeira e seu processamento;
- químicos em geral;
- produção e uso de explosivos;
- petroquímica em geral;
89
- abate de animais;
IV – USO INSTITUCIONAL
INST. 1 – Equipamentos institucionais de nível I:
- posto telefônico/posto de correio;
- posto policial;
- posto de bombeiro;
- empresas administrativas, empresas e repartições de órgãos do Governo
Municipais, Estaduais e Federais;
- Câmara Municipal;
- cooperativas, associações, sindicatos;
- organizações cívicas e políticas;
- federação e instituições culturais, científicas e educacionais;
- clínicas de saúde.
INST. 2 – Equipamentos institucionais de nível II:
- creche/ maternal/ jardim da infância/ escola pré-maternal;
- escola de primeiro e segundo grau;
- playground/parque infantil;
- jardim público/praça;
- posto de saúde/ambulatório médico;
- biblioteca;
- quadra de esporte;
- templo/igreja;
- delegacia de polícia;
- agência do correio/telégrafo;
- centros comunitários;
- pronto socorro/hospitais;
- orfanatos/asilos/sanatórios;
- museus.
90
CAPÍTULO IV
DA OCUPAÇÃO DO SOLO
SEÇÃO I
Artigo 151 – A fim de determinar as áreas dos terrenos a serem
ocupados pelas áreas edificadas e a posição destas com respeito às divisas dos mesmos, as
construções deverão respeitar as disposições constantes neste artigo.
Parágrafo 1º - Ficam dispensadas dos coeficientes de ocupação:
a) as áreas edificadas não destinadas à habitação que fiquem sob o nível da via pública
(subsolo);
b) as áreas de edificação que se destinem à portaria, guaritas, cabines de força, gás e
área de lazer descobertas.
Parágrafo 2º. Ficam dispensados dos recuos para o logradouro
público, em qualquer zona:
a) as construções comerciais e de prestação de serviços;
b) as garagens de residências unifamiliares;
c) as construções que se destinam a portarias, guaritas, cabines de força, desde que
isolados de outras construções e apresentem área edificada igual ou inferior a 8,00 m²
(oito metros quadrados).
Artigo 152 – As construções destinadas exclusivamente ao uso
residencial terão área edificada de até 80% (oitenta por cento) da área total do terreno,
computando-se edículas e usos acessórios.
Artigo 153 – As construções comerciais, de prestação de serviços e as
parcialmente residenciais, ficam sujeitas a um coeficiente de ocupação de área edificada de até
80% (oitenta por cento) da área total do terreno.
91
Artigo 154 – As construções industriais ficam sujeitas a um coeficiente
de ocupação de área edificada de até 70% (setenta por cento) da área total edificada.
Artigo 155 – As edificações residenciais deverão observar recuo
mínimo de frente de 4,00 m (quatro metros) e 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) para
as laterais e fundos, admitindo-se o uso das construções na divisa.
Parágrafo 1º - Fica facultado aos imóveis residenciais unifamiliares, a
construção de abrigo para um carro, no limite com o alinhamento da via pública.
Parágrafo 2º - As edificações residenciais, existentes até a data de
promulgação desta Lei, edificadas no alinhamento da via pública, poderão permanecer e serem
reformadas mantendo o alinhamento, respeitadas as demais disposições da legislação vigente.
Artigo 156 – As edificações industriais deverão observar recuo mínimo
de frente de 5,00 m (cinco metros).
Parágrafo 1º - Nos terrenos de esquina, os recuos mínimos serão de
5,00 m (cinco metros) para a frente secundária da via ou logradouro.
Parágrafo 2º - A divisa de fundos de uma das laterais deverá ter o
recuo mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).
Artigo 157 – As edificações com mais de 3 (três) pavimentos ou com
altura superior a 10,00 (dez) metros, respeitarão recuo de qualquer outra divisa do terreno,
correspondente a 1/6 (um sexto) da altura, menos 2 (dois) metros, observando o afastamento
mínimo de 3 (três) metros.
Parágrafo 1º - As edificações de qualquer tipo com três pavimentos
deverão obedecer recuo lateral de 2,00 m (dois metros).
92
Parágrafo 2º - As edículas de residências poderão utilizar-se do fundo
do lote e respectivas laterais.
Parágrafo 3º - O limite máximo para edificação será de quatro
pavimentos, acima desse limite será necessário o estudo para sua viabilidade.
Artigo 158 – Nos terrenos lindeiros aos cursos de água, toda e qualquer
construção deverá respeitar recuo mínimo de 30,00 m (trinta metros), a partir das margens, se
no local já não estiver definido o tipo de urbanização.
Artigo 159 – Para todas as zonas, o índice básico do coeficiente de
utilização é de 1,0 (um).
Parágrafo Único – O índice básico referido no “caput” deste artigo
poderá ser alterado, mediante licença especial, nos termos do artigo 162.
Artigo 160 – O coeficiente de utilização previsto no artigo 160 poderá
chegar até o índice de 3,5 (três e meio).
Artigo 161 – O deferimento de pedido a que se refere o parágrafo único
do artigo 160, com a consequente expedição de licença especial, dependerá do pagamento, à
Prefeitura, de importância a ser apurada consoante a seguinte fórmula:
P = ( Ac – AP ) x Vv x 2 onde:
P = preço;
Ac = área a edificar;
AP = área de edificação permitida pelo índice base do coeficiente de
utilização (1,0);
Vv = valor venal do metro quadrado do terreno objeto do
empreendimento;
2 = fator constante.
93
Artigo 162 – O recolhimento dos valores mencionados no artigo
anterior será efetuado quando da retirada da correspondente licença de construção.
Artigo 163 – Quando se tratar de edificações destinadas exclusivamente
à garagem para estacionamento de veículos, o coeficiente máximo de aproveitamento do lote,
será acrescido de 0,5 (zero vírgula cinco) do coeficiente fixado nesta Lei.
Parágrafo Único – Não será permitida a construção de edifícios cujo
acesso se der por corredores comerciais.
SEÇÃO II
DOS ESTACIONAMENTOS E GARAGENS
Artigo 164 – Toda edificação deverá reservar área para estacionamento
de veículos, conforme indicativos no Anexo III e, no mínimo, com os critérios abaixo
relacionados e quando destinada:
I - à habitação unifamiliar, 1 (uma) vaga por unidade;
II - à habitação multifamiliar e apart. – hotel 1 (uma) vaga para cada unidade;
III - ao comércio e/ou prestação de serviços, além de uma vaga para cada unidade,
deverá reservar 1 (uma) vaga para cada 50,00 m² (cinqüenta metros quadrados) de área
construída, exceto aquelas edificações inferiores a 30,00 m² (trinta metros quadrados) de
área construída.
IV - à hotéis e motéis, 1 (uma) vaga para cada quarto;
V - hospitais, maternidades e sanatórios, 1 (uma) vaga para cada 4 (quatro) leitos;
VI – bancos, supermercados, hipermercados, “shopping centers” e similares, 1 (uma)
vaga para cada 25,00 m² (vinte e cinco metros quadrados) de construção;
VII - à indústria, na proporção de 1 (uma) vaga para automóvel a cada 90,00 m²
(noventa metros quadrados) de área construída e 1 (uma) vaga de tamanho mínimo de
40,00 m² (quarenta metros quadrados) para cada 1.000 m² (mil metros quadrados) de
área construída;
94
Parágrafo Único – Estabelecimentos comerciais, tais como
supermercados, varejões, bancos, depósitos para materiais de construção, indústrias, “shopping
centers” e grandes lojas, deverão possuir estabelecimento próprio para carga e descarga.
Artigo 165 – Em qualquer projeto de edificação que possua
estacionamento, deverá ser demonstrada, graficamente, a viabilidade da previsão quanto ao
acesso e movimentação dos veículos, distribuição e dimensionamento das vagas e cálculo de
capacidade de lotação.
Artigo 166 – Junto às vias e logradouros públicos deverão ser
colocados avisos de entrada e saída de veículos, bem como sinalização luminosa, excetuando-se
desta exigência somente as residências unifamiliares e garagens com até 3 (três) vagas.
Artigo 167 – As edificações localizadas nas quadras lindeiras às vias
públicas pedestrianizadas, independentemente do seu uso, são dispensadas das exigências desta
Lei quanto à área para estacionamento de veículos.
TÍTULO VI
DO PARCELAMENTO DO SOLO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
DOS OBJETIVOS
Artigo 168 – Todo e qualquer parcelamento de terras, no Município de
Colina efetuado por particular ou entidade Pública para qualquer fim, é regulado pela presente
Lei, obedecidas as Normas Federais e Estaduais relativas à matéria.
95
Artigo 169 – Esta Lei tem como objetivo:
I - orientar o projeto e a execução de qualquer obra de parcelamento do solo no
Município;
II - assegurar observância de padrões de urbanização essenciais para o interesse da
comunidade.
Artigo 170 – A execução de qualquer loteamento, arruamento e
desmembramento no Município dependem de prévia licença da Prefeitura, inclusive os
efetuados em virtude de divisão amigável ou judicial, para a extinção da comunhão ou para
qualquer outro fim.
CAPÍTULO II
DAS NORMAS DE PROCEDIMENTO
SEÇÃO I
DO PROJETO DE LOTEAMENTO E SUA APROVAÇÃO
Artigo 171 – Antes da elaboração dos projetos de loteamento e
desmembramento, o interessado deverá solicitar à Prefeitura a expedição de diretrizes,
apresentando, para este fim, requerimento acompanhado da planta do imóvel e de outros
documentos, conforme especificação abaixo:
Parágrafo 1º - Matrícula atualizada de 30 dias do imóvel;
Parágrafo 2º - Certidões Negativas de Tributos Municipais relativas ao
imóvel;
Parágrafo 3º - Cinco vias da planta do imóvel em escala 1:1.000,
assinadas pelo proprietário ou seu representante legal e por profissional habilitado no Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura, contendo;
96
a) – divisas do imóvel de acordo com o Inciso I perfeitamente definidas;
b) – localização dos cursos de água;
c) – curvas de nível de metro em metro, baseadas na referência de nível
do Município, devidamente identificadas;
d) – arruamento vizinhos a todo o período com locação exata das vias de
comunicação, áreas de lazer e locais de uso institucional;
e) – Bosques, Monumentos naturais ou artificiais e árvores frondosas;
f) – construções existentes;
g) – serviços de utilidade pública;
h) – a existência de locais assemelhados àqueles referidos no Parágrafo
Único do Artigo 3º da Lei Nacional nº 6.766, de 19 de dezembro de
1979;
i) – o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;
j) outras indicações que possam interessar.
k) – parecer da Concessionária de Energia Elétrica certificando a
viabilidade no abastecimento pela mesma.
I - quando o interessado for proprietário de maior área, as plantas referidas abrangerão a
totalidade do imóvel;
II - quando se fizer necessário, o órgão competente da Prefeitura poderá exigir a
extensão do levantamento altimétrico ao longo de uma ou mais divisas da área a ser
loteada ou arruada, até o talvegue ou espigão mais próximo.
Artigo 172 – Apresentados os documentos que se trata o artigo
anterior, a Prefeitura indicará na planta as seguintes diretrizes;
I - As ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compõem o sistema viário da
cidade e do Município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas;
II - O traçado básico do sistema viário principal;
III - As faixas “Non Aedificand” para o escoamento das águas pluviais, redes de
esgotos e aquelas junto às linhas de energia elétrica, ferrovias e rodovias;
97
IV - A localização aproximada dos terrenos destinados à área de lazer e institucional;
V - As zonas de uso predominantes da área com indicação dos usos compatíveis;
VI - A área e a localização aproximada dos espaços destinados a equipamento urbano e
comunitário e das áreas livres de uso público de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento)
do total reservado a essas finalidades;
VII - A relação das obras e equipamentos urbanos que deverão ser projetados e
executados pelo proprietário, com aprovação da Secretaria de Planejamento e Meio
Ambiente abrangendo:
a) – abertura de vias de circulação com mínimo de 14,00 (catorze)
metros de largura, sendo que o leito carroçável não poderá ser inferior
a 8,00 (oito) metros, exceção aos prolongamentos de ruas existentes
que deverão obedecer a mesma largura;
b) – rede de distribuição de água para atender o loteamento e possíveis
ampliações com respectivos ramais e derivações interligadas ao
sistema existente e quando estiver fora da área de expansão urbana
prevista pela Prefeitura executar também a captação e adução,
recalque e distribuição, conforme o projeto, que será aprovado pelo
SAAEC;
c) – rede coletora de esgoto para atender o loteamento e possíveis
ampliações com respectivos ramais e derivações, interligadas ao
sistema já existente e quando estiver fora da área de expansão prevista
pela Prefeitura, executar também interceptores, emissários tratamento
e destinação final, que será aprovado pelo SAAEC;
d) – guias e sarjetas;
e) – pavimentação asfáltica;
f) – rede de energia elétrica e iluminação pública de acordo com os
padrões da CPFL;
98
g) – obras necessárias ao escoamento de águas pluviais, inclusive
loteamentos de sítios de recreio, quando necessário;
h) – construção de calçadas ao redor das áreas públicas.
Parágrafo 1º - As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo
de 02 ( dois ) anos.
Parágrafo 2º - A Prefeitura terá um prazo de 60 (sessenta) dias para
fornecer as diretrizes, excetuando-se os prazos decorrentes da audiência de serviços como
Autarquia SAAEC (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Colina), que deve
obrigatoriamente ser ouvida quanto à viabilidade de extensão à gleba, objeto de parcelamento.
Parágrafo 3º - Os parcelamentos destinados a chácara de recreio
deverão ter meio fio, obras necessárias ao escoamento de águas pluviais, quando necessário,
Rede de Distribuição de Energia Elétrica, solução para tratamento de coleta de esgoto sanitário,
solução para abastecimento ou distribuição de água potável, ficando dispensado os demais
equipamentos exigidos pelo § 1º do Artigo 175.
Artigo 173 – Após a devolução das Diretrizes Municipais, o
proprietário terá de ter a aprovação do GRAPROHAB (Grupo de Análise e Aprovação de
Projetos Habitacionais), órgão público estadual responsável pela análise e aprovação de
projetos habitacionais no Estado de São Paulo, criado pelo Decreto Estadual n° 33.499 de 10 de
Julho de 1991, para posterior aprovação na Prefeitura Municipal.
Parágrafo 1º - O projeto definitivo deverá ser na escala 1:1.000 ou
1:2.000, sendo que 4 (quatro) vias aprovadas pelo GRAPROHAB, ficarão retidas na Prefeitura
(Protocolo, SPMA, Receita e SAAEC )
a) – o projeto definitivo consiste em: Planta Altimétrica, Planta
Urbanística, Planta de Escoamento de Águas Pluviais, Projeto de
Água Potável, Projeto de Esgoto Sanitário, Planta de Localização,
Memorial Descritivo e Justificativo do Loteamento, Memoriais
99
Descritivos dos Lotes, Áreas Públicas e Área Remanescente, se
houver.
Parágrafo 2º - Após o Projeto Definitivo ter os pareceres favoráveis
para Aprovação da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, Serviço Autônomo de Água e
Esgoto e Departamento Jurídico, o Poder Executivo aprovará, por Decreto, o Loteamento e/ou
Desmembramento e expedirá o competente “Termo de Aprovação do Loteamento e/ou
Desmembramento”.
Parágrafo 3º - O prazo máximo para aprovação do projeto de
loteamento é de 90 (noventa dias), contado da data do protocolo, ou da última chamada para
esclarecimentos.
SEÇÃO II
DA EXECUÇÃO
Artigo 174 – Na Aprovação do Projeto de Loteamento ou de
Desmembramento, o interessado assinará o termo de acordo no qual se obrigará a executar, no
prazo fixado pela Prefeitura, a abertura das vias de circulação e praças, com respectivos marcos
de alinhamento, nivelamento e equipamento de infra-estrutura exigidos na expedição das
diretrizes municipais, conforme os projetos aprovados pela Prefeitura:
I – este prazo não poderá ser superior a 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado por até
mais 2 (dois) anos, não podendo ultrapassar o prazo limite de 4 (quatro) anos previsto na
Lei Federal nº 6.766/79.
II - Poderá a Prefeitura Municipal permitir a execução por etapas, desde que se obedeça
ao disposto no parágrafo 2º deste artigo;
Parágrafo 1º - Somente será aprovada a prorrogação caso o loteador
já tenha executado, no mínimo, 70% (setenta por cento) da obra.
100
Parágrafo 2º - Não poderão ser outorgadas qualquer escritura
definitiva de venda de lote antes de concluídas as obras previstas no caput deste artigo e de
cumpridas as demais obrigações impostas por Lei ou assumidas no termo de acordo.
Parágrafo 3º - A execução por etapas só poderá ser autorizada quando:
I - o termo de acordo fixar o prazo total de 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado por até
mais 2 (dois) anos, não podendo ultrapassar o prazo limite de 4 (quatro) anos, para
execução completa das obras do loteamento, e as áreas e prazos correspondentes a cada
etapa;
II - sejam executadas na área, em cada etapa, todas as obras previstas, assegurando-se
aos compradores dos lotes o pleno uso dos equipamento implantados.
Parágrafo 4º - Os marcos de alinhamento e nivelamento a que se refere
o caput deste artigo deverão ser de concreto, com armação de ferro com dimensões de 10 x 10 x
150cm.
Artigo 175 – Na aprovação do Projeto pela Prefeitura e como garantia
das obras mencionadas no caput do artigo anterior, o interessado caucionará, mediante escritura
pública, uma área de terreno, a juízo da Prefeitura, equivalente a no mínimo 40% (quarenta por
cento) dos lotes do loteamento ou desmembramento.
Parágrafo único – A caução a que se refere este artigo deverá ser
averbada no Cartório de Registro de Imóveis junto com o registro averbado no Cartório de
Registro de Imóveis, bem como o registro do loteamento ou desmembramento.
Artigo 176 – Uma vez realizadas todas as obras e serviços exigidos, a
Prefeitura, a requerimento do interessado e após a devida fiscalização, liberará a área
caucionada, mediante expedição de termo de verificação da execução das obras.
Parágrafo 1º - Findo o prazo referido no artigo 175, caso não tenham
sido realizadas as obras e os serviços exigidos, a Prefeitura irá executá-los, promovendo a ação
competente para adjudicar ao seu patrimônio a área caucionada ficando, assim, com a
101
responsabilidade de promover a regularização para evitar possíveis danos, seus padrões de
desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos adquirentes de lotes.
Parágrafo 2º - As importâncias despendidas pela Prefeitura Municipal
para regularizar o Loteamento ou Desmembramento, caso não sejam ressarcidas conforme o
disposto no parágrafo anterior, serão exigidas na parte faltante do loteador, promovendo,
judicialmente, os procedimentos cautelares necessários.
Artigo 177 - Todas as obras e serviços exigidos, bem como quaisquer
outras benfeitorias efetuadas pelo interessado, nas vias e praças públicas e nas áreas de uso
institucionais, passarão a fazer parte integrante do patrimônio do Município, sem qualquer
indenização, uma vez concluídas e declaradas de acordo, após vistoria do órgão competente da
Prefeitura Municipal.
Artigo 178 – Não caberá qualquer responsabilidade à municipalidade
pelos prejuízos eventualmente causados a terceiros, em consequência da execução de projetos
autorizados, bem como em diferenças de medidas de lotes ou quadras que o interessado venha a
encontrar em relação a medidas dos loteamentos aprovados.
Artigo 179 – Os parcelamentos não aprovados pela Prefeitura
anteriores ao ano de 2003, e já executados total ou parcialmente estão sujeitos à ação municipal
para regularização, atendendo sempre que possível, as exigências desta Lei.
Artigo 180 – O Poder Executivo regulamentará, mediante Decreto, a
tramitação dos processos referentes a loteamentos, desmembramentos e arruamentos.
Artigo 181 – Os projetos de loteamentos poderão ser modificados
mediante proposta dos interessados, sujeitos à aprovação da Prefeitura Municipal e do Órgão
Estadual (GRAPROHAB) e ou Federais.
Artigo 182 – O loteador deve manter uma cópia completa dos projetos
aprovados e do ato de aprovação, no local da obra, para efeito de fiscalização.
102
Artigo 183 – Sempre que as obras estiverem em desacordo com os
projetos aprovados ou das exigências do ato de aprovação, estas serão embargadas e serão
tomadas as medidas judiciais ao cumprimento do mesmo.
Artigo 184 – A Prefeitura Municipal comunicará o embargo ao
representante do Ministério Público e informará a população através dos órgãos de imprensa e
através de colocação de placas indicativas do embargo no local do loteamento.
Artigo 185 – Somente será autorizado o início da comercialização dos
lotes após o início das obras de infraestrutura do loteamento.
CAPÍTULO III
DAS NORMAS TÉCNICAS
SEÇÃO I
Artigo 186 – A denominação de loteamento e arruamento deverá
obedecer às seguintes normas para sua identificação:
I - JARDIM – quando a área for menor ou igual a 500.000 m² (quinhentos mil metros
quadrados);
II - PARQUE – quando a área for superior a 500.000 m² (quinhentos mil metros
quadrados);
Parágrafo único – Os loteamentos não poderão receber denominação
igual à utilizada para identificar outros setores da cidade já existentes.
Artigo 187 – A identificação das vias e logradouros públicos, antes de
sua denominação oficial, não poderá ser feita com nomes de pessoas e sim por meio de letras,
números e outros, exceção dos prolongamentos de ruas que receberão a mesma denominação.
103
Parágrafo único – A numeração de quadras e lotes deverá obedecer ao
critério estipulado pelas diretrizes municipais.
Artigo 188 – Os loteamentos para fins industriais e outros, capazes de
poluir as águas ou a atmosfera, deverão obedecer as normas de controle de poluição ditadas
pelos órgãos competentes (federais, estaduais e municipais), tendo como representante
Municipal o CONDEMA (Conselho Municipal do Meio Ambiente) composto por representante
do Poder Público.
SEÇÃO II
DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO
Artigo 189 – Fica proibida a abertura das vias públicas de circulação
sem prévia autorização da Prefeitura.
Parágrafo único – O prolongamento ou modificação do sistema viário
existente será considerado loteamento, devendo ser aplicadas todas as normas desta Lei.
Artigo 190 – Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos
deverão ser concordados por um arco de círculo de raio mínimo de 9,00m (nove metros).
SEÇÃO III
DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Artigo 191 – As dimensões do passeio e da faixa de rolamento das vias
urbanas de circulação deverão ajustar-se à função a desempenhar pela via projetada, na base de
projeto elaborado ou aprovado pela Prefeitura.
Parágrafo único – As dimensões a que se refere o presente artigo
deverão corresponder a múltiplos de filas de veículos ou de pedestres, segundo os seguintes
gabaritos:
104
I - para cada fila de veículo estacionado paralelo à guia: 2,50 metros;
II - para cada fila de veículo em movimento e em pequena velocidade: 3,00 metros;
III - para cada fila de veículo em movimento e em grande velocidade: 3,50 metros;
IV - para cada fila de pedestres: 0,80 metro.
Artigo 192 - A largura mínima das vias locais será de 14,00 (catorze)
metros de divisa a divisa, sendo que o leito carroçável não poderá ter largura inferior à 8,5 (oito
metros e cinquenta centímetros) lineares, com exceção aos prolongamentos de ruas existentes
que deverão obedecer a mesma largura.
Artigo 193 – As vias principais deverão constituir um sistema de
avenidas com pistas duplas, não podendo ser inferior a: 8,00 m (oito metros) a largura do leito
de cada pista, 2,50 m (dois metros e meio) a largura de cada passeio e a 5,00 m (cinco metros) a
largura do canteiro central.
Artigo 194 – As vias de distribuição deverão ter largura mínima de
16,00 m (dezesseis metros), com leito não inferior a 11,00 m (onze metros).
Artigo 195 – As vias de circulação, quando destinadas exclusivamente
a pedestres, obedecerão às seguintes características:
I - a largura mínima será de 5% (cinco por cento) do cumprimento total e nunca inferior
à 4,00 m (quatro metros).
II - os seus extremos desembocarão em vias de circulação de veículos.
Artigo 196 – As vias de circulação que terminarem nas divisas do
loteamento, podendo sofrer prolongamento, terão, obrigatoriamente, 14,00 m (catorze metros)
de largura, no mínimo, sendo dispensadas as praças de retorno. Havendo lotes voltados para a
via pública, as praças de retorno deverão ter raio externo de 9,00 m (nove metros).
105
Parágrafo único – É considerada via pública sem saída aquela que não
tem condições de ser prolongada por existir algum tipo de construção ou obstáculos que
impeçam o seu prolongamento.
Artigo 197 – As servidões de passagem que porventura gravem áreas a
parcelar serão necessariamente garantidas pelas novas vias de circulação.
Artigo 198 – O leito carroçável das vias de circulação deverá
apresentar:
I - declividade longitudinal máxima de 15% e mínimo de 0,05%;
II - declividade transversal, contada do eixo das faixas até o meio fio, de 0,05% a 3%.
Artigo 199 – As vias de circulação de veículos e de pedestres sempre
deverão ser promovidas de sistema de drenagem de águas pluviais, atendidas as normas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Artigo 200 – Nas vias de circulação, cujo leito não esteja no mesmo
nível dos terrenos marginais, serão obrigatórios os taludes cuja declividade máxima será de
60% (sessenta por cento) e altura máxima de 3,00 m (três metros).
Parágrafo único – Os taludes podem ser substituídos por muros de
arrimo ou proteção, executadas às expensas dos interessados.
SEÇÃO IV
DAS ÁREAS PÚBLICAS
Artigo 201 – Todo loteamento deverá prever, além das vias e
logradouros, áreas para usos institucionais, dominiais e de lazer necessárias aos equipamentos
e urbanismo do Município e que serão transferidas ao patrimônio da Prefeitura no ato do
registro do respectivo loteamento.
106
Artigo 202 – As áreas citadas no artigo anterior não poderão ser
inferiores a 35% (trinta e cinco por cento) da área total do loteamento devendo ser distribuídas
da seguinte forma:
a) – mínimo de 10% (dez por cento) para área de lazer;
b) – mínimo de 3% (três por cento) para área institucional;
c) – mínimo de 2% (dois por cento) para área dominial.
Parágrafo 1º - No caso de ser área ocupada pelas vias públicas, inferior
a 22% (vinte e dois por cento) da área total a subdividir; a diferença existente deverá ser
acrescida, no mínimo, da área reservada para sistema de lazer ou institucional;
Parágrafo 2º - Excetua-se do limite contido na letra “b” deste artigo os
desmembramentos realizados em área inferior à 10.000m² (dez mil metros quadrados).
Parágrafo 3º - Para desmembramento com área superior a 10.000m2
(dez mil metros quadrados), deverá ser obedecida a regra prevista na alínea “b” do caput deste
artigo.
Parágrafo 4º - A área remanescente do projeto de desmembramento não
será utilizada no calculo para cumprimento do caput do presente artigo.
Artigo 203 – As áreas destinadas a fins institucionais serão localizadas
conforme orientação das diretrizes municipais e deverão ter, obrigatoriamente, declividade
inferior a 15% (quinze por cento) e possuir dimensões tais que nelas possa ser inscrito um
círculo com diâmetro de:
a) – quando a área loteada for menor ou igual à 7,5 hectares, raio de
15,00 m (quinze metros);
b) – quando a área loteada for acima de 7,5 hectares, raio de 20,00 m
(vinte metros);
107
Artigo 204 – Do total das áreas destinadas ao sistema de lazer, 50%
(cinquenta por cento) deverá ter dimensões tais que nelas possa ser inscrito um círculo com
diâmetro de 50,00 m (cinquenta metros), com exceção de glebas menor que 5 hectares, que será
localizado num único local, determinado pelas diretrizes municipais.
Parágrafo único – As áreas destinadas ao sistema de lazer não poderão
confrontar com lotes, exceto os destinados a fins institucionais.
Artigo 205 – Toda área de floresta natural deverá ser preservada para
sistema de lazer.
SEÇÃO V
DAS OBRAS E SERVIÇOS
Artigo 206 – Não poderão ser arruados nem loteados terrenos baixos e
alagadiços ou sujeitos a inundação sem que sejam previamente aterrados ou executadas obras
de drenagem necessárias para rebaixar o lençol subterrâneo a pelo menos um metro abaixo da
superfície do solo.
Artigo 207 – É condição necessária à aprovação de qualquer
parcelamento a execução, pelo interessado, sem qualquer ônus para a Prefeitura, de todas as
obras de terraplenagem, pontos e muros de arrimo bem como de outros serviços exigidos por
Lei.
Artigo 208 – Em nenhum caso os parcelamentos poderão prejudicar o
escoamento natural das águas nas respectivas bacias hidrográficas, bem como as obras
necessárias serão feitas, obrigatoriamente, nas vias públicas ou em faixas reservadas para esse
fim.
Artigo 209 – Os lotes que apresentarem partes situadas em cota inferior
ao eixo da via pública terão reserva obrigatória da área não edificável para execução das obras
de saneamento.
108
Artigo 210 – Ao longo dos cursos d’água, deve-se respeitar distância de
no mínimo 30,00 (trinta metros).
Parágrafo único – Quando se tratar de córregos cuja retificação
esteja planejada pela Prefeitura Municipal, a faixa longitudinal obedecerá ao traçado adotado no
plano de retificação.
Artigo 211 – Os cursos d’água não poderão ser aterrados ou
tubulados sem prévia anuência da Prefeitura Municipal e dos Órgãos Estaduais e Federais.
Artigo 212 – Ao longo das águas correntes ou dormentes e das faixas
de domínio público das rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa “non
aedificandi” de 15,00 (quinze metros) de largura de cada lado e, junto à linha de transmissão de
energia elétrica de alta tensão, será obrigatória a reserva de acordo com as normas da
companhia fornecedora de energia elétrica, que poderá ser usada como sistema viário.
Artigo 213 – A Prefeitura Municipal poderá baixar, por Decreto,
normas ou especificações adicionais para a execução dos serviços e obras exigidas por esta lei.
SEÇÃO VI
DAS QUADRAS
Artigo 214 – O comprimento das quadras não poderá ser superior a
300,00 m (trezentos metros), excetuados para fins industriais e os sítios de recreio.
Artigo 215 – A largura mínima admitida para as quadras normais
residenciais é de 40,00 m (quarenta metros), exceto as quadras de divisa de glebas.
Artigo 216 – As quadras de mais de 200,00 m (duzentos metros) de
comprimento terão passagem somente para pedestres, espaçados de 150,00 m (cento e
cinqüenta metros), no máximo.
109
Parágrafo 1º - Estas passagens terão de obedecer as seguintes
características:
I – A largura mínima será de 5% (cinco por cento) do comprimento total e nunca
inferior a 4,00 metros;
II – Os seus extremos desembocarão em vias de circulação de veículos.
Parágrafo 2º - As guias de frente a essas passagens não poderão ser
rebaixadas, sendo expressamente vedado o trânsito de veículos através das mesmas.
Parágrafo 3º - Não será permitido o desmembramento de imóveis que
originem outros com frente exclusiva para tais passagens.
Artigo 217 – No caso de super quadras projetadas de acordo com o
conceito de unidade residencial, as suas dimensões máximas poderão ser as seguintes:
I - 600,00 m (seiscentos metros) de comprimento;
II - 300,00 m (trezentos metros) de largura.
Parágrafo único – Entende-se por unidade residencial um grupo de
residências em torno de um centro que polarize a vida social de, no mínimo 50 (cinqüenta)
famílias.
SEÇÃO VII
DOS LOTES
Artigo 218 – Os lotes terão área mínima de 250,00 m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados) e frente mínima de 11,00 m (onze metros). Quando o loteamento
se destinar, integral ou parcialmente, a conjuntos habitacionais de interesse social, com a
construção de casas populares, poderão os lotes que tiverem a referida destinação ter área
110
mínima de 160,00m² (cento e sessenta metros quadrados), com frente mínima de 8,00m (oito
metros).
Parágrafo único – Os lotes dos empreendimentos aprovados após
01/01/2014 não poderão ser desdobrados.
Artigo 219 – Não serão permitidos lotes de fundo com simples
passagem para via pública.
Parágrafo único – Os terrenos vagos, de quaisquer dimensões,
existentes de fato e de direito até a data da vigência desta Lei, serão considerados passíveis de
utilização respeitados os limites de ocupação e densidades demográficas.
Artigo 220 – Os lotes destinados a sítios de recreio deverão ter, no
mínimo, 5.000,00 m² (cinco mil metros quadrados) de área, frente mínima de 40,00 m (quarenta
metros) e área máxima igual ao módulo rural local.
SEÇÃO VIII
DOS DESMEMBRAMENTOS E REAGRUPAMENTOS
Artigo 221 – Para aprovação de projeto de desmembramento ou
reagrupamento de lotes, o interessado apresentará requerimento à Prefeitura Municipal
acompanhado dos títulos de propriedade e planta do imóvel a ser desmembrado ou reagrupado
elaborada por profissionais legalmente habilitados e cadastrados junto à Prefeitura Municipal,
contendo:
I - indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos;
II - indicação do tipo de uso predominante no local;
III - indicação da divisão ou reagrupamento de lotes pretendida na área.
111
Artigo 222 – Nenhum lote poderá sofrer desmembramento do qual
resulte parcela que tenha menos de 7,00 (sete) metros de testada para a via pública e o domínio
de 140,00 (cento e quarenta metros quadrados) de área.
Parágrafo 1º - O desdobro do lote em qualquer zona de uso só será
permitido quando, em cada um dos lotes resultantes, forem atendidas plenamente todas as
características de dimensionamentos dos lotes previstos para as diferentes zonas de uso.
Parágrafo 2º - O lote aprovado até 31/12/2013, poderá ser desdobrado
ou remembrado desde que atenda a dimensão mínima de 7,00 (sete) metros de testada para a via
pública e 140,00 (cento e quarenta) metros quadrados de área total; ou, ainda, quando houver 2
(duas) ou mais unidades prediais, poderá ser desdobrado ou remembrado, desde que atenda às
dimensões de 5,00 (cinco) metros de testada e 125,00 m2 (cento e vinte e cinco metros
quadrados) de área total.
Artigo 223 – Nenhum lote destinado a sítio de recreio poderá sofrer
desmembramento do qual resultem parcelas que tenham menos de 40,00 m (quarenta metros)
de testada e 5.000,00 m² (cinco mil metros quadrados) de área, inclusive para os já existentes.
Parágrafo único – Todo sítio de recreio, para ser reloteado em lotes
para fins urbanos, deverá obedecer, para a sua aprovação, as exigências desta Lei.
SEÇÃO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
DAS EDIFICAÇÕES EM ÁREAS NÃO LOTEADAS
Artigo 224 – A Prefeitura Municipal, por seus órgãos competentes,
prestará as informações, na aquisição de terrenos, sobre a situação dos mesmos com relação à
licença para edificar e as restrições existentes.
112
Artigo 225 – Os processos de loteamentos ou desmembramentos, já
protocolados e em tramitação na data desta Lei, serão regidos pela legislação vigente anterior a
esta Lei.
Artigo 226 – À critério das autoridades sanitária e municipal, as áreas de
terras que apresentem servidões administrativas terão reservas obrigatórias de faixa não
edificáveis para construção.
Parágrafo único – As servidões administrativas que porventura gravem
as áreas a parcelar, poderão ser transformadas em vias públicas.
Artigo 227 – A Prefeitura Municipal somente oficializará as vias e
logradouros públicos, dando denominação às mesmas, após sua incorporação ao patrimônio
Municipal, mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo Único – Enquanto as vias e logradouros públicos não
forem recebidos pela Prefeitura Municipal, o seu proprietário será lançado para pagamento de
Imposto Territorial, com relação às respectivas áreas, como terrenos não edificados nem
loteados.
Artigo 228 – Nos contratos de compromissos de compra e venda de
lotes e nas respectivas escrituras definitivas, deverá o responsável pelo loteamento fazer
constar, obrigatoriamente, as restrições a que estejam sujeitos pelos dispositivos desta Lei.
Artigo 229 – A Prefeitura Municipal não concederá licença para
construção, reforma ou demolição em lotes resultantes de loteamento ou desmembramento não
aprovado.
Artigo 230 – Nenhum serviço ou obra pública será prestado ou
executado em terrenos sem prévia licença da Prefeitura Municipal.
Artigo 231 – A execução de obras de parcelamento, cujo projeto tenha
sido comprovadamente apresentado para aprovação aos órgãos competentes da Prefeitura em
113
data anterior à publicação desta Lei, reger-se-á pela Legislação em vigor na data da referida
apresentação.
Artigo 232 – Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos
dependerão de lei específica, incorporando a área rural no perímetro urbano da cidade.
Artigo 233 – Em vias de circulação e equipamento comunitário, nos
projetos de loteamento e desmembramento, deverão ser projetados espaços especiais para
deficiente físico.
CAPÍTULO IV
DOS CONJUNTOS RESIDENCIAIS
Artigo 234 - Para efeito desta Lei, conjunto residencial é o
agrupamento formado por duas ou mais unidades de habitação, construído em um mesmo lote
de terreno, ou em lotes reunidos formando um terreno contínuo.
Parágrafo Único – A construção de conjuntos residenciais de mais de
três unidades habitacionais só será permitida nas zonas predominantemente residenciais e
rurais.
Artigo 235 - Os conjuntos residenciais deverão obedecer às seguintes
condições:
I - respeitar todas as exigências desta Lei, relativas à implantação no terreno de cada
unidade habitacional;
II - fazer corresponder à cada unidade habitacional isolada uma área própria de 250,00
m² (duzentos e cinquenta metros quadrados);
III - possuir áreas livres de uso coletivo, destinadas a jardins, recreação, estacionamento
de veículos, proporcionais à população calculada para todo o conjunto e nunca inferiores
a 50% (cinquenta por cento) da área total do terreno.
114
Artigo 236 - As casas geminadas só serão permitidas até uma série de 6
unidades, no máximo, devendo o conjunto satisfazer às seguintes condições:
I – corresponder, a cada unidade, uma testada mínima de 8,00 m (oito metros);
II - obedecer aos índices de recuo estabelecidos por esta Lei para efeito de zoneamento,
sendo os recuos laterais mínimos do conjunto de 4,00 m (quatro metros);
III - respeitar para o residencial e a área total de terreno sobre o qual está projetado, os
índices de ocupação do terreno estabelecidos para a zona a que pertence.
IV - constituir um conjunto arquitetônico único.
Artigo 237 - A construção de duas residências superpostas só é
permitida nas seguintes condições:
I - respeitadas as exigências desta Lei relativas aos índices estabelecidos para fins de
zoneamento;
II - garantir o acesso independente a cada uma das residências isoladamente.
Parágrafo Único – As residências superpostas poderão ser geminadas desde que
atendam, além das condições que lhe são próprias, as previstas para as casas geminadas.
CAPÍTULO V
DO ALINHAMENTO E DO NIVELAMENTO
Artigo 238 - O alinhamento e o nivelamento serão determinados de
acordo com o projeto específico do logradouro, elaborado pela Secretaria de Planejamento e
Meio Ambiente.
Parágrafo 1º - O nivelamento exigido deverá tomar por base o RN
oficial, isto é, a cota de altitude oficial adotada pelo Município em relação ao nível do mar,
situada na estação ferroviária.
Parágrafo 2º - Quando os serviços de alinhamento e nivelamento
forem executados pela Prefeitura Municipal, o preço a ser cobrado do interessado
corresponderá ao custo unitário de execução do metro linear de cada serviço.
115
Artigo 239 - Nenhuma edificação, seja qual for sua natureza, poderá
ser executada sem a Prefeitura Municipal fornecer o alinhamento e o nivelamento, através de
alvará.
Parágrafo Único – O fornecimento do alinhamento e do nivelamento
por parte da Prefeitura Municipal decorre da necessidade de assegurar que a edificação seja
construída em concordância com a via pública oficial.
Artigo 240 - No alvará de alinhamento e nivelamento deverão ficar
expressos o alinhamento e a altura do piso do pavimento térreo ou da soleira da entrada em
relação ao nível do meio-fio ou ao eixo da rua, no caso de inexistência de meio-fio.
Parágrafo 1º - Quando a localização da edificação for em esquinas, as
exigências do presente artigo se aplicam a ambas as ruas, devendo ficar determinada a curva de
concordância dos dois alinhamentos.
Parágrafo 2º - O alvará de alinhamento e nivelamento deverá ser
fornecido pela Seção de Obras no prazo máximo de 8 dias úteis, a contar da data de sua
solicitação pelo interessado, mediante requerimento.
Artigo 241 - Na edificação que estiver sujeita a cortes para retificação
de alinhamento, bem como para alargamento de logradouro e recuos ou avanços regulares, só
será concedida licença para nova construção ou para acréscimo, reconstruções, reparos e
consertos, se o proprietário assinar o Termo de Recuo ou Avanço.
Parágrafo 1º - No caso de recuo, a área será indenizada pela
Prefeitura Municipal.
Parágrafo 2º - No caso de avanço, a área de investidura será paga pelo
proprietário, antes da concessão de licença para edificar ou executar obras parciais, em
conformidade com a avaliação procedida pelo Cadastro Fiscal e aprovação do Prefeito
Municipal.
116
Parágrafo 3º - Não serão considerados recuos, para efeito de
indenização, as áreas perdidas com a concordância de alinhamentos.
Artigo 242 - Quando 2/3 dos edifícios de um logradouro já estiverem
enquadrados no novo alinhamento estabelecido, a Prefeitura Municipal deverá providenciar
para que os demais observem o referido alinhamento.
Artigo 243 - Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos
serão concordados por um arco de círculo de 9,00 m (nove metros) de raio, no mínimo.
Artigo 244 - As cotas de piso do pavimento térreo serão, no mínimo, as
seguintes:
I – 0,30 m acima do meio fio, para os edifícios residenciais;
II - 0,10 m acima do meio fio, para os edifícios comerciais e industriais.
Parágrafo Único – A cota do piso das dependências e garagens dos
edifícios residenciais poderá ser reduzida de 0,10 m no máximo da cota do piso, considerada
em função do projeto e das dimensões do lote.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 245 - As plantas do Zoneamento de Uso, do Sistema Viário
Urbano e Perímetro Urbano, que fazem parte integrante desta Lei, passam a ser consideradas
plantas oficiais.
Parágrafo 1º - O objetivo das plantas oficiais é impedir que sejam
elaborados e aprovados projetos em geral sem serem considerados lançados nas respectivas
plantas e as soluções técnicas nelas estabelecidas.
117
Parágrafo 2º - As plantas oficiais a que se refere o presente artigo
serão periodicamente revistas e atualizadas pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e
aprovadas pelo Prefeito Municipal, mediante autorização legislativa.
Artigo 246 - Os prazos previstos nesta Lei contar-se-ão por dias
corridos.
Parágrafo Único – Não será computado no prazo o dia inicial e
prorrogar-se-á para o primeiro dia útil o vencimento de prazo que incidir em Sábado, Domingo
ou feriado.
Artigo 247 - Os dispositivos desta lei aplicam-se no sentido estrito,
excluídas as analogias e interpretações extensivas.
Parágrafo 1º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Prefeito, em
despacho proferido nas representações, considerados os pareceres técnicos da Secretaria de
Planejamento e Meio Ambiente.
Parágrafo 2º - Antes de sua decisão sobre casos omissos, o Prefeito
poderá designar, quando considerar conveniente, uma comissão técnica, composta de três
profissionais devidamente habilitados, para estudar o assunto e lhe apresentar parecer, no prazo
máximo de 15 dias.
Artigo 248 - O Poder Executivo deverá expedir decretos,
regulamentos, requerimentos, portarias, circulares, ordens de serviços e outros atos
administrativos que se fizerem necessários à observância dos dispositivos desta Lei.
Artigo 249 – No prazo máximo de 03 (três) anos após a
promulgação desta Lei, deverá o Plano Diretor ser avaliado quanto aos resultados da
aplicação de suas diretrizes e instrumentos e das modificações ocorridas no espaço
físico, social e econômico do município, procedendo-se às atualizações e adequações
que se fizerem necessárias).
118
Artigo 250 - Esta Lei entrará em vigor 60 (sessenta) dias após sua
publicação, revogando-se as disposições em contrário, em especial a Lei Complementar nº .
Prefeitura Municipal de Colina, __ de setembro de 2019.
DIAB TAHA
Prefeito Municipal de Colina
ANEXO I
Método de conversão para a Unidade- Padrão de Combustível.
A Unidade Padrão de Combustível fica definida pela seguinte fórmula:
UP = X . FC
Onde:
UP = Unidade Padrão de Combustível
X = Quantidade de Combustível a ser queimada por dia
FC = Fator de Conversão, listado a seguir
QUANTIDADE ( X ) M³/dia M³ /dia
FATORES DE
CONVERSÃO
F ( Adimensional ) F2 ( m³/t )
TIPOS DE
COMBUSTÍVEL
Óleo BPF 1,00 1,02
Óleo BTE 0,26 0,29
Óleo Diesel 0,26 0,32
Óleo OC – 4 0,38 0,44
Óleo Mistura 80 0,53 0,59
Óleo Mistura 75 0,55 0,62
119
Óleo Mistura 50 0,63 0,68
Óleo Mistura 30 0,68 0,71
Óleo Mistura 25 0,71 0,74
GLP 0,0031 0,0058
Propano 0,0029 0,0054
Coque 0,38 0,67
Antracito 0,38 0,67
Lenha 0,049 0,088
ANEXO II
Matéria para determinação do Potencial da Atmosfera. O Potencial Poluidor ( PP ) aqui
referido, é baseado na estimativa de emissão para material particulado:
Potencial Poluidor Estimativa de Emissão
Alto E 0,7 t/dia
Médio 0,2 t/dia E 0,7 t/dia
Baixo E 0,2 t/dia
Para determinação da Estimativa de Emissão ( E ) de uma atividade poluidora, deve-se
seguir o seguinte procedimento:
a) – estimar a emissão de cada fonte que constituir a atividade poluidora
utilizando-se para tanto os fatores de emissão publicadas pela
CETESB, ou, em sua falta, os fatores de emissão constantes no
120
Compilation of Air Pollutant Emission Factors, Quarta edição,
publicação do USEPA ( AP – 42 );
b) – a estimativa acima não deve considerar a adição de sistemas de
controle na fonte considerada;
c) – através do somatório das emissões de cada fonte, determinada
conforme o item a , determina-se a Estimativa de Emissão ( E ) para a
entrada na tabela anterior.
ANEXO III
TAXAS, COEFICIENTES, RECUOS E GARAGENS
USOS TAXAS
DE
COEFICIENT
E
COEF.
DE
OCUPAÇÃ
O
RECUOS GARAGENS
NÚMERO
VAGAS
Frente Lateral Fundo
Residência 70% 1 4 m 1.5 m 1
Com./Serv. 80% 1 0 1.5m (1)
Industria 70% 1 5m 1.5 m (2)
Edif.
h>10 m
altura
Res. 70%
3.5
4 m 1/6 x
(H-2)
min.
de 3 m
1/6 x
(H-2)
min.
3 m
1 p/ un.
Com
Uso
Mis
80%
0
1 p/ un.
+ 1 p/
50 m2
Ed. Garagem 80% 4 0 1/6 x
(H-2)
min.
de 3m
1/6 x
(H-2)
min.
de 3 m
121
(1) – uma vaga para cada 50,00 m2;
- hotel/motel, uma vaga para cada quarto;
- hospitais, uma vaga para cada 4 leitos;
- bancos, supermercados, hipermercados, “shopping center” e similares, uma vaga para cada
25,00 m2 de construção, além de prever estacionamento próprio para carga e descarga.
(2) - uma vaga de carro para cada 90,00 m2 construídos;
- uma vaga de 40,00 m2 para cada 1.000,00 m2 construído.
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