View
224
Download
0
Category
Preview:
DESCRIPTION
Contos e poesias
Citation preview
Trilogia
Contos e
poesias
E.M.
Florestan
Fernandes
Jandira Barreto Pereira Maués
APRESENTAÇÃO
A coletânea de textos que ora apresento, reúne histórias e poesias produzidas
pelos estudantes do Ciclo III e IV (5ª a 8ª no regime seriado) da Escola Municipal
Florestan Fernandes em oficinas de criação literárias promovida pelo Projeto
Jovens Leitores1.
“Da janela do meu quarto”, primeiro trabalho editado pelo Projeto em 2005, foi
uma produção individual de José Pinheiro Jr. e contou na primeira edição com a
ilustração de seu amigo de classe Pedro Pacheco.
O livro passou de mão em mão despertando curiosidade e interesse na
comunidade escolar. As oficinas e as publicações semi-artesanais que se seguiram
“Cantigas de Florescer” e “No Parque ver de prosa, ver de verso”, tiveram um
número cada vez maior de participantes.
É justo reconhecer que o desejo das crianças e jovens de criarem seus
próprios textos foi alimentado pelos encontros com escritores paraenses, pelas
rodas de conversas, rodas de leitura, visitas à bibliotecas e livrarias, contação de
histórias, recitais poéticos, cantorias...
É oportuno ressaltar ainda que esta ação de estímulo a escrita aconteceu e
acontece sem maiores ansiedades de formar prosadores ou poetas.
O foco da atividade está em oportunizar aos estudantes que ampliem seu
repertório cultural e se exercitem com as palavras, apropriando-se de mecanismos
especiais peculiares de expressão melhorando a cada nova experiência como
produtores de textos.
Paulo Demétrio Pomares da Silva
Coord. do Projeto Jovens Leitores
¹ O Projeto é realizado na Escola Florestan Fernandes desde 2002 com crianças e jovens entre 10 e 15 anos. Os
estudantes são estimulados a descobrir o sabor de ler e escrever através de um conjunto de ações que prevêem
rodas de conversas, rodas de leituras, visitas à bibliotecas, feira de livros, livrarias, empréstimos de livros,
oficinas de produção de textos, saraus, recitais poéticos, dentre outras atividades.
Da janela do meu quarto
José Benedito Leite Pinheiro Junior – Belém, 2005
A janela do meu quarto
Da janela do meu quarto
Vejo um mundo diferente
Da janela do meu quarto
Vejo a verdade
De tudo o que há
De lá vejo a vida
Os pássaros
As crianças
E as razões pelas quais
Vejo um mundo tão cheio
De qualidades
E com muita fantasia.
A janela do meu quarto é mágica
Pois me ajuda a aprender a viver
De uma maneira simples e fácil.
1º, 2º, 3º, etc... Qual é a melhor?
Meus primeiros passos foram brilhantes
Pois me ensinaram a caminhar pela vida
E tiveram o mesmo efeito
De tudo o que é primeiro neste mundo
Como o primeiro beijo
Ou até o primeiro dente que se arranca.
Tudo nesta vida que se possa imaginar
Tem-se a primeira vez.
E como diria o mais sábio poeta:
A primeira vez é a melhor das melhores.
Ser criança
Lá fora, num banquinho da praça,
Ana está a admirar o céu.
- Ana, minha filha, vamos embora,
Não fique ai feito boba!!!
- Calma papai, só quero saber por que
Os peixes desse oceano tem asas.
O cãozinho do Raul
O cãozinho do Raul morreu.
Mas para onde foi o cãozinho do Raul?
Para baixo da terra
Ou para o imenso céu azul?
A tristeza é tanta que Raul chora
Pois o cãozinho morreu de boca aberta
Como se estivesse dizendo:
“Adeus, meu amigo, até um dia”.
Jardim Feliz
Na varanda lá de casa
Vejo um jardim verdinho
E há também um passarinho
Que fez ali seu belo ninho
O cachorro que não bote nem a pata
Pois as formigas fazem ali
Sua grande caminhada.
O gatinho deve ter cuidado
Quando deitar nesse chão
Pois deve estar dormindo ali
O grande camaleão.
É, crianças, nada de brincar lá com faca
Pois entre as folhas deve estar
A preguiçosa dona lagarta.
Hoje Tem Festa no Galinheiro
Nasceram os pintinhos
Mais novos do pedaço
De repente ouve-se um grande canto
Lá pros lados do brejo.
Será o lobisomem? Não.
É o seu galo cantando
Pela chegada dos novos pintinhos...
Jornal do poeta
Extra! Extra! O leão não é mais o rei da selva
o macaco agora é quem dá as regras.
Extra! Extra! O papagaio não vai mais
fazer fofocas.
Extra! Extra! Relógios fazem greve
por salários atrasados.
Extra! Extra! esse é o jornal da imaginação
é o jornal do poeta!
Papagaio Triste
Desde sua infância
o papagaio tem um sonho:
Quer ser cantor.
Por esse sonho largaria tudo
porém, não pode: o papagaio é mudo.
Se tiver uma solução
fale com sua imaginação
mas seja rápido
pois ele está sentindo muita dor
o papagaio mudo que sonha
em ser cantor.
Bem - Te – Vi
Bem – te – vi que canta!
Bem – te – vi que chora!
Bem – te – vi que grita!
Bem – te –vi que em tudo põe o seu nome,
Diz pra mim: quem tem a beleza
mais encantadora?
(pergunta a menina)
Bem – te – vi!
Bem – te – vi!
( responde o humilde passarinho ).
O Vento
Vem o vento leve
Vem o vento frio
Vem o vento solto
Que se esconde no barril
Vem o vento louco
Cheio de sabor
Vem o vento bonzinho
Para levar a minha dor.
Bolsa azul
Cedo madruga
Papai está na luta
A noite tarda, papai está em casa.
E sempre com aquela bolsa azul
( mas o que levará naquela bolsa azul? )
Serão papeis importantes
Ou quem sabe cachorro um cachorro pit-bul?
Pergunto à mamãe
Ela o protege:
“aquela bolsa nos sustenta, meu filho.
Seu pai é carpinteiro e nela só carrega
ferramentas”.
Alegria de criança
Renata rodou o pião
pela primeira vez.
Como é grande a alegria de Renata.
Ah! Renata, queria eu ser
como você:
Feliz a cada momento
buscando conhecimento
aprendendo com a vida
e brincando com vento.
Menino pobre
O menino quer uma bola
Para jogar
O menino quer comida
Para se alimentar
O menino tem sonhos
Porém, realizá-los não pode,
O menino é muito pobre.
Como são grandes os sonhos do garoto!
E como ele é rico
dentro de sua própria imaginação
Pois lá tem comida, brinquedos e tudo
O que ele quiser praticar.
Então diz o garoto:
“como é bom sonhar!”
Pássaro no céu
No alto ar
Os passarinhos gostam de brincar
Mas o tempo passa
A noite chega...
E os passarinhos logo tem de voltar.
Mamãe está preocupada.
Papai já vai chegar
Os passarinhos já estão dormindo
Para amanhã recomeçar
A vida de alegria que é brincar no ar.
Quitanda da minha rua
Quitanda bela
Cheia de amizade
E com pouca quantia
Se compra a felicidade.
Nessa quitanda quase não há vendedor
Porque não há ódio
Muito menos rancor
Na bela quitanda do amor.
Sonho de menino
Ah! menino
Por esse teu sonho
Vão imaginar
Que estás a flutuar.
Que menino sorridente tu és.
Que felicidade imensa
Tens no coração
Pois para chorar nunca tens razão.
Acho que és como
Uma flauta que toca
Musicas belas e só isso faz.
És o amor em forma de pessoa
És a prova de que os sonhos são reais.
Nunca me esqueça
Se fores a Salvador
Eu estarei por perto
Para aliviar qualquer dor.
Se fores a Belém
Estarei contigo também
Em qualquer lugar
A qualquer hora.
Sempre estarei contigo
Te protegendo
Como se fosse uma luz.
Sou teu salvador,
Meu nome é Jesus!
Oração
Meu Deus,
Obrigado por mais esta oportunidade
E se permitir quero esta vida
Por toda a eternidade.
Ser poeta é bom,
É a minha maior vontade.
Meu Deus, me proteja por onde estiver
Guarde-me para sempre em seus braços
Não em lugar qualquer
Guie meus passos por onde eu andar
Pra que eu consiga viver e na vida amar.
Na vida, tenho tido muitas oportunidades
Por isso a sorte nunca me despreza
Mas quero sua benção, senhor,
Pois minha vontade mesmo
É sempre ser poeta.
Cantigas de Florescer
Belém – 2007
Quem na palavra se adestra,
imenso poder transporta
pois o verbo é chave mestra
capaz de abrir qualquer porta!
Antônio Juraci Siqueira
Trova de Breno Lopes
Minha mãezinha querida,
Neste dia tão feliz,
Ofereço com alegria
Esta lembrança que eu fiz.
Trovas de Bruno Lopes
Antigamente eu cantava
Como cantava o sabiá
Mas agora eu não canto
Porque eu já vou “macaquear”.
Certo dia mamãe me disse:
Você vai se machucar
Como não lhe dei ouvido,
Comecei a me ralar.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão,
Eu dou grito de alegria,
Tão grande é minha emoção.
Trovas de Huelen Joaquim
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Por favor me diga logo
Onde anda o meu amor.
Toda vez que você passa
defronte do meu portão,
o meu coração dispara
quase morro de emoção.
Trovas de Jéssica Nunes
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Você é meu amado
E eu sou um beija-flor.
Toda vez que você passa
defronte do meu portão,
fico logo apaixonada
pensando em meu amorzão.
Trovas de Layane Caroline
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Sabiá da goiabeira
Vá dançar com seu amor.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão
Vai chegando de mansinho,
Mexendo o meu coração.
Para alua deixo um cheiro
Para o sol uma canção
Pra você que é minha mãe
Um beijo de coração.
Trovas de Leandro Guimarães
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Vou vivendo esta magia,
Procurando o meu amor.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão
A menina mais bonita
Mora no meu coração.
Trovas de Michele Santos
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador
Eu fico à toa, de bobeira
E esqueço até minha dor.
Atravessei sete mares
Fazendo o que sou capaz,
Arriscando a minha vida
Só por causa de um rapaz.
Você é o meu cantar
E o meu rapaz de amar,
Mas o eu dia escurece
Sempre que você me esquece.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão,
Fico olhando a sua graça
Com amor no coração
A mãe dele é esperança
E tem dele um cheiro de flor,
Minha mãe é muito linda
Quem me cria é seu amor.
Trovas de Sâmara Souto
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Me conta teu segredo
Que eu te dou o meu amor.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão,
Fico olhando muito triste
Com dor no meu coração.
Mina mãe é tão bonita,
Ela é igual uma flor,
Ela é a flor divina
Que me dá o seu amor.
Trovas de Thayane
Sabiá da laranjeira
Passarinho cantador,
Tu sumiste tão depressa
Sem encontrar o meu amor.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão,
Meu coração bate forte
Dum, dum, dum, dum, dum, dum, dão!
Trovas de Thiago S. Rosário
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Quando sobe na mangueira
Vai junto com meu amor.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão
Fico a olhar maravilhado
Com o coração na mão.
Minha mãe é tão querida,
Minha mãe é tão legal,
Minha mãe é minha vida
Porque faz o meu nescau.
Trovas de Wilhiam Clei
Sabiá da laranjeira
Passarinho cantador
Vai voando bem depressa
pra encontrar o meu amor.
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão
Vai me dar dor de cabeça
Pois é grande a emoção.
Ó mãe, quando eu morrer
Não quero reclamação
Pois o pouco que eu fiz
Eu deixo de coração.
Trovas de Aurélio Jonatan
Vou plantar um pé de cravo
No meio do teu jardim
Nele vou mandar um beijo,
Você manda outro pra mim.
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Eu vou mandando um beijinho
Pra menina meu amor.
Mangueira da minha terra,
Cai manga no meu jardim,
Vou te mandar uma flor,
Você, um beijo para mim.
Trovas de Juliane Nascimento
Toda vez que você passa
Defronte do meu portão
Dia e noite vão passando
Só não passa esta emoção.
Vou plantar um pé de cravo
No meio do teu jardim
Pra colher todos os beijos
Que você guardou pra mim.
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Vai cantando, vai voando
Acordar o meu amor!
Vou plantar um pé de cravo
No meio do teu jardim;
Vou dizer-te bem mansinho
Que nosso amor não tem fim.
Sabiá da laranjeira
Passarinho cantador,
Tem ciranda no teu canto,
No teu canto tem amor.
Mangueira da minha terra,
Mangueira do meu amor,
Tanto longe quanto perto
Não esqueço o teu amor.
Quando chove na cidade,
Olho triste para o céu
À espera do meu amado
Que partiu lá pra Portel...
Trovas de Joyce Nunes
Vou plantar um pé de cravo
No meio do teu jardim
Pra dizer pra todo mundo:
Quero você até o fim!
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador,
Vou dizer a todo mundo
que você é meu amor.
Mangueira da minha terra
Que dá mangas com sabor,
Vou dizer para o mundo inteiro
Que você é o meu amor.
Trovas de Leandro da Conceição
Vou plantar um pé de cravo
No meio do teu jardim.
Vou querendo, enquanto isso,
Você todinha pra mim.
Sabiá da laranjeira,
Passarinho cantador
Eu queria ter certeza
Que você é meu amor.
Mangueira da minha terra,
Minha fruta é o muruci;
Para ser um bom poeta,
Tem que ser “seu” Juraci.
Trovas de Lucas Farias
Mangueira da minha terra,
Passarinho cantador,
No teu canto tem ciranda,
No teu canto tem amor.
Mangueira da minha terra,
Passarinho cantador,
Vai voando, vai cantando
Acordar o meu amor.
No Parque ver de Prosa, ver de Verso
Belém – 2008
A escola Florestan
Tem uma coisa só para nós:
É o Projeto Jovens Leitores
(E o Grupo A Flor da Voz!)
Thiago do Rosário
Agora eu sou poeta
Agora eu sou poeta
E ninguém me segura
Agora eu sou poeta
Em nome da leitura!
Lucas Farias
Mundo de papel
Pra mim o mundo é de papel...
Mundo de flor e vala!
Vala e flor...
Mundo sem esperança
Mundo com esperança
Caneta, controle
Lápis, cadeira, televisão...
Um mundo sem noção!
Pessoas por outro lugar
Pessoas por todo caminho
Que nem passarinho!!!
Marcos Adriano Barros Costa
Menina e sonho
Lá fora uma menina
Brincava com as estrelas (coisa de criança!)
Um dia ela teve um sonho:
Ia viajar para uma rua
Onde não tinha lixo
Não tinha ladrão
Uma rua mágica
Onde crianças brincavam.
A mãe pensava que era besteira
O pensamento da menina.
A noite, a menina preparou suas roupas
Deitou-se na cama e dormiu.
No sonho dela
Tinha muitas estrelas, canção...
E muita brincadeira!
Brendo Lopes
Encolhido na cama
Encolhido na cama
Com medo de trovões
Que assustava a noite inteira
Tremendo corações.
Numa tarde chuvosa
Numa tarde chuvosa
Eu me encolhia, eu me embrulhava
Na minha cama, sozinho
Uma goteira me pingava.
Thiago S. do Rosário
Escola
Escola
É
Cimento
Lápis
Caneta
Menta
Ameixa
Amigo
Amor.
Vanessa dos Santos Padilha
Linha do tempo
6 anos
Lembro que eu dormia na costa do meu pai. Parecia um macaquinho na costa dele.
Isso foi muito importante pra mim.
7 anos
Eu passei a primeira temporada de férias no Interior.
8 anos
Escutei a primeira banda de rock da minha vida chamada de Nirvana.
9 anos
Dei o primeiro beijo numa garota.
10 anos
Passei o primeiro Ano Novo na rua (na rua não, né! Na frente da casa do meu avô e
vó!).
11 anos
Toquei o primeiro violão na minha vida.
12 anos
Bati em meu primeiro colega. Por uma causa justa!
13 anos
Comemorei o aniversário do meu irmão Brendo
14 anos
Fui morar com minha Vó.
15 anos
Estou esperando alguma coisa de importante acontecer!
Bruno L. da Costa
Salvem o Parque Verde
Salvem o Parque Verde
Salvem o meu Pará
Essa é a nossa poesia
E ninguém pode acabar
Adriano Silva
Alegria
Alegria vem, a gente adora
Quando vai, a gente chora.
Vem cá minha alegria
Diga “aonde você vai?”
_ Vou alegrando muita gente
Vou pra casa de seus pais!
Lucas Farias
Quando estou sem fazer nada
Quando estou sem fazer nada
Eu começo a escrever
Poesias, poemas e trovas
Tudo me lembra você.
Passarinho cantando
Pra lá e pra cá
Sozinho ele ia
Livre no ar.
Thiago S. do Rosário
Sonho
Sonho é viagem
Dentro do pensamento
Tem besteira, tem magia,
Brincadeira, alegria!
Iorlandio Junior
Naquela tarde
Naquela tarde de muita chuva e vento
Na rua estava a menina do meu pensamento
E com magia e amor
Meu coração se apaixonou
Olhei pra ela com alegria
Ela no céu, o sol surgia.
Menina linda estou encantado
Por você apaixonado
Menina linda não vá embora
Se você for, não demora!
Se não voltar vou atrás de ti
Eu não quero nem saber se me perder por aí
Se eu ficar sem você posso até...morrer!!!
Kevin Francisco
Rima
Coração, cimento, caixão
Flor, floresta, televisão
Lombriga, cachorro, sabão
Cachorro, caneta, balão.
Luana Fernanda Oliveira Félix
Caixa
Caixa serve
Pra colocar
Presente
Naquilo
Que a gente
Sente.
Mayara Izabel
Loiro, moreno
Papel, pastel
Cachorro, cadela
Lombriga, barriga
Balão, babão
TV, telão
Coração, balão
Caixa, caixão
Sujo, sovaco
Café e pão
Maquinista, trem
Coração, grandão.
Lídia Santos Oliveira
Luz é vida
Luz é vida
Vida é luz
Luz, câmera
Ação, padrão
Um, dois
Feijão com arroz
Três, quatro
Feijão no prato
Lídia é uma flor
Que brota do amor.
Lídia Santos Oliveira
Jovens Leitores
Alunos Jovens Leitores
Vivem a dizer poesia
De brinquedo, de segredo,
Paraíso, de magia.
São meninos e meninas
Que acreditam na mudança
Estão vivendo e crescendo
Sem deixar de ser criança.
Vão à feiras, seminários,
Fazem jogos com ternura
Sempre cantam alegremente
Tudo em nome da Leitura.
Brincadeiras e leituras:
Corpo são e mente sã
Nova lição se aprende
Na Escola Florestan!
Paulo Demétrio Pomares/ Jovens Leitores
Matinta
O sujeito não acreditava em história de Matinta Perera. Até que um dia, quando
voltava do trabalho por volta da meia-noite de uma sexta-feira, ele passou em frente
a um cemitério e ouviu um assobio, lembrou-se de uma lenda e gritou:
_ É você Matinta Perera? Eu não acredito em sua lenda e não tenho medo de você,
eu não tenho medo de bicho nenhum.
Quando ele entrou em casa, alguém bateu em sua porta, abriu e viu que era a
Matinta Perera e ela começou a quebrar tudo na casa.
_O que você quer? O homem perguntou.
_ Eu sou a Matinta Perera, se você não acreditava, agora vai acredita!
Mayara Isabel Silva de Araújo
Uma noite de sexta-feira
Em uma noite de sexta-feira, Elisama estava sentada no banco da praça em frente à
igrejinha abandonada, quando ao olhar para trás, viu uma mulher com os olhos
vermelhos, os ouvidos e o nariz cheios de algodão e o rosto pálido.
Naquela praça não tinha mais ninguém, nem na rua. Elisama correu, mas aquela
mulher, que era a Matinta Perera, era mais rápida porque não corria, voava.
A menina viu uma casa velha com a porta aberta. Entrou, correu para um quarto que
tinha uma janela aberta e um lago para atravessar e ela não sabia nadar, teve que
pular a janela, mas a Matinta estava dentro da casa, na cozinha. Elisama ia saindo
de mansinho, mas pisou em uma tábua solta no chão, a Matinta escutou e saiu
voando atrás dela.
Elisama correu, mas cansou e parou. Viu um vigilante noturno, que estava
desarmado, então a menina explicou o que estava acontecendo e os dois correram
até um ponto de vigilância noturna. Falou para os outros vigilantes e combinaram
atirar na Matinta quando ela voasse. Ela apareceu, eles atiraram. Fraca, caiu. Eles a
pegaram, queimaram ela rapidamente e tudo acabou.
Então digo: tome cuidado em qualquer noite de sexta-feira!
Lídia Santos
O homem que se casou com a Matinta Perera
Um sujeito que se chamava André, não acreditava em história de Matinta Perera.
Até que um dia, quando voltava do trabalho por volta da meia-noite de uma sexta-
feira, não encontrou a sua mulher e falou:
_ Meu Deus, onde a minha mulher está?
Saiu para procurar. Pegou o carro e saiu em alta velocidade gritando:
_ Alguém me ajude, minha mulher desapareceu!
Foi à delegacia e falou:
_ Delegado, delega, você viu minha mulher?
O delegado disse:
_Eu vi sua mulher entrando no mato.
_ E ela estava sozinha?
_ Sim André, ela estava sozinha.
O André saiu correndo pra mata gritando:
_Vanessa, Vanessa, onde você se...? Você não me ama? Fale.
Aí ele viu alguma coisa se mexendo no mato, foi ver e era um tatu.
Saiu correndo gritando pela Vanessa, quando percebeu alguma coisa, ficou olhando
pra mata e viu que estava perdido. Ficou assustado, pois todo mundo falava que
tinha Matinta Perera. Viu alguma coisa correndo e ele correu atrás, quando ele viu a
Matinata Perera na frente dele, saiu correndo gritando:
_ Socorro, socorro, a Matinta Perera está atrás de mim.
Quando ele a viu falar:
_ Por favor, não corra, sou sua mulher!
Ele parou e ficou olhando, perguntou por que ela havia ficado assim.
_ Fui amaldiçoada, e toda sexta-feira à noite eu viro a Matinta Perera, ela disse.
_Você ainda gosta de mim?
_ Nada vai nos separar, estamos juntos até a morte. Ele disse.
Jonatan Caldas Nunes
Os meninos
Três meninos brincavam na praia, quando avistaram algo boiando entre as ondas. O
mais velho entrou na água e ao se aproximar da coisa, sentiu medo e correu pra
terra com os amigos. Olhou pra trás e viu uma cobra imensa, tomou um susto.
No outro dia ele foi lá e viu a cobra do tamanho de uma porta, ficou assustado e viu
que eram duas. O mais velho ficou amigo das duas cobras, até tomava banho com
as duas. Até hoje é amigo delas.
Aleff. A. da Silva
A surpresa
Na madrugada daquele domingo, o cachorro começou achar alguma coisa no fundo
do quintal. Paulo pegou a lanterna, armou-se com a tranca da porta e foi ver o que
era. Mas quando se aproximava do local, não tinha nada.
Então se deitou para dormir. De repente, o cachorro achava alguma coisa
novamente no fundo do quintal. Paulo ficou assustado, estava com medo de dormir.
No dia seguinte de manhã, ele foi ao fundo do quintal. Lá estavam pegadas, mas
não eram pegadas de pessoas, mas sim de animais.
A noite chegou e então ele disse:
_ Eu pego seja lá o que for isso.
Então ele dormiu. O cachorro latiu. Ele se espanta e vai ver, ele tinha botado mato
em cima de um buraco, no fundo, era oco.
_ Eu acho que eu peguei a coisa que vem todo dia no fundo do meu quintal. Disse
ele.
Armou-se com a tranca da porta, pegou a lanterna e foi ver o que era novamente e
não achou nada lá.
Então disse para si mesmo:
_ Égua! O que é isso?
Na noite do dia seguinte, refaz novamente a armadilha com o buraco mais fundo.
Viu alguma coisa e gritou socorro, ficou com mais medo ainda e pensou pedir para o
pastor orar por ele e pela casa dele.
Na noite seguinte, ele pega o que era; um cavalo e um ovelha brincando de pega-
pega.
Marcos Barros da Costa.
O menino que caçava passarinho
Naquela tarde, desobedecendo as recomendações da mãe, Leleco pegou a
baladeira e foi caçar passarinho num arvoredo próximo. Já havia matado duas
pipiras e um sabiá, quando escutou a voz de sua mãe lhe chamando:
_Leleco, o que você está fazendo? Eu disse para não sair de casa!
_ Mãe, eu quero pegar um passarinho para eu cuidar! Leleco responde.
_ Leleco, você não me engana, você está matando passarinho! Eu já falei pra você
para com isso, algum dia pode acontecer alguma coisa e eu sei que você vai se
assustar. Fala a mãe.
Quando foi no outro dia, ele foi caçar passarinhos e sua mãe não havia deixado. Ele
matou o primeiro e ficou muito alegre por que sempre que ele ia matar, sempre dava
errado, mas dessa vez tinha ocorrido da maneira como ele queria.
Depois de algumas horas, ele foi pra sua casa. No caminho encontrou uma sacola
preta, curioso, pegou a sacola e abriu. Quando olhou, tinha olhos de passarinho, ele
tomou um susto e saiu gritando:
_ Mãããe! Mãe, eu estou com medo, não quero mais caçar passarinho e também não
vou mais desobedecer a senhora. Por favor, mãe, me desculpa!
_ Calma meu filho, eu desculpo você, mas o que aconteceu? Porque você está
nervoso e chorando?
_ Eu encontrei uma sacola preta e tinha olhos de passarinhos! Mãe, eu prometo que
nunca mais eu vou matar passarinhos!
E nunca mais o menino voltou no arvoredo.
Priscila Pantoja
A maldição do colar
Há anos trabalhando na limpeza pública, Luís já havia encontrado muita coisa
curiosa jogada no lixo, mas nunca imaginou que um dia acabaria encontrando um
colar de ouro. Ele pegou e guardou. Quando chegou a casa, tirou da sacola e
presenteou a sua esposa. Ela ficou muito feliz, mas quando colocou no pescoço,
aconteceu algo estranho.
No início, não percebram nada, mas quando forma dormir, de repente ele levantou
no meio da noite, abriu a porta e saiu para rua. Luiz nem percebeu que ela tinha
virado zumbi.
Ela saiu a procura de vítimas. Foi numa mulher que estava esperando ônibus, deu
uma dentada bem no pescoço e a mulher virou também zumbi, praticamente na
mesma hora.
Elas foram juntas para caçar mais e isso foi a noite toda. Só acabou 5:00h, quando o
sol começou a aparecer. Outras pessoas ficaram infectadas, mas quando o sol
apareceu, eles voltaram ao normal, não sabiam onde estavam. Isso se repetiu toda
noite e mais pessoas ficaram infectadas. Luís já estava triste, já fazia tempo que não
via sua mu
lher e estava muito angustiado por ela ter deixado ele sem dar nenhuma satisfação.
O tempo passava e muitas pessoas desapareciam. Luís, logo encontrou o colar que
havia presenteado sua esposa e com muita raiva, quebrou e jogou no rio. A
maldição acabou. Depois de muito tempo, muitas pessoas apareceram inclusive sua
mulher. Eles brigaram um pouco mais e depois se uniram de novo.
Na época, aquela noite foi chamada de “A noite dos mortos”.
Thiago S. do Rosário
A menina no sonho
Numa noite escura de sexta-feira, Raquel foi visitar sua prima que morava próximo
de sua casa.
Ela caminhava pela rua mal iluminada quando de repente, ela ouviu um barulho
muito alto. Ela se assustou, andou e olhou a rua. A rua que era curta ficou muito
maior e onde ela bem pensava que estava, não estava mais. Estava num lugar tipo
um floresta, um floresta muito grande. Ela recomeçou a andar chamando pela sua
prima, pela sua mãe e nada.
Andou muito e chegou perto de um lago bem grande. Perto desse lago tinha umas
árvores que pareciam diamantes, brilhavam muito.
A menina resolveu pegar uma folha, podia valer muito, já que era parecida com
diamante. Quando viu um exército de caveiras muito feias, correu com medo e
escorregou, caiu dentro do rio e acordou em sua casa. Foi simplesmente um sonho!
Bruno Lopes da Costa
O motorista e a mulher de preto
Certo dia, João, um motorista de caminhão, trafegava pela estrada escura e deserta
em noite de finado, quando ao dobrar uma curva, ele viu uma mulher de preto no
meio da rua.
Era uma mulher bonita pedindo carona. Parou o caminhão e a mulher entrou e
sentou-se. Ele continuou o seu percurso, concentrado na estrada para não causar
nenhum acidente.
Lembrou da mulher e quando foi perguntar onde ela iria descer, a mulher tinha
sumido. Ele se apavorou e disse:
_ Meu Deus, o que foi isso?
Então ele ouviu uma voz que dizia:
_ Você esqueceu que hoje é Dia de Finado?
Mais apavorado ainda, ele pergunta:
_ Quem é você?
A voz da mulher que pegou carona com ele disse:
_ Sou a mulher de preto.
E então eles fizeram amizade e ficaram muito amigos.
Larissa Ferreira de Alencar
Seu Manel e o Curupira
Seu Manel gostava de caçar guariba. Até que um dia, quando apontou a espingarda
para uma delas, se espantou, pois na costa da guariba estava seu filhote. Seu Manel
nem ligou, atirou na guariba e seu filhote fugiu para a mata.
O homem pegou a guariba, botou na costa, entrou na sua canoa e foi embora para a
sua casa.
No outro dia, sem Manel voltou para mata. De repente, ele ouviu um ruído estranho,
foi até lá. Andou, andou e nada desse ruído parar. Quando se tocou, estava perdido
na mata, estava anoitecendo e ele não conseguia encontrar o caminho de volta. Foi
então que ele viu um curupira, se desesperou, correu e nunca achava o caminho da
canoa. Para sua surpresa, ficou cara a cara com o curupira.
Seu Manel deu um jeito de escapar, pegou um cipó e começou a dar vário nós.
O curupira viu o cipó e tentou desamarrar enquanto seu Manel tentava encontra o
caminho certo. Entrou na canoa e nunca mais entrou naquela floresta.
Vanessa Padilha
O velho baú
Seu Valdeci caminhava pela mata, quando tropeçou na alça de um velho baú de
ferro. Julgando que o mesmo guardasse alguma fortuna, tratou de desenterrar, mas
para sua surpresa, a única coisa que encontrou foi uma lembrança muito triste.
Com o passar do tempo, ele encontrou a Dona Maria, que até hoje estão juntos e
muito felizes.
Ele abriu o baú e encontrou sua ex-mulher e seus filhos assassinados, várias fotos
sobre o assassinato e uma boneca que era da sua filha. Mas o que vocês não
imaginam, é que essa boneca era a assassina, matou primeiro sua dona, depois a
irmã e sua mãe. E esta é a história do velho baú.
Lorena dos Santos Padilha
A pescaria
Mané Pedro estava pescando no lago de Tucuruí, quando sentiu um forte puxãona
linha, mas ao retirar a linha da água, para sua surpresa, era um peixe mais forte que
ele. Tentou puxar com toda a sua força, mas não conseguiu tirar o peixe. Começou
a puxar tão forte que não agüentou, caiu na água.
Quando ele viu, o peixe era muito maior que ele. De repente, o peixe saiu levando
ele para o fundo do rio. Estava quase sem ar.
Um peixe maior que o outro, arrebentou a linha de pesca e Mané Pedro rapidamente
foi para cima, respirou fundo, assustado. Nadou para a margem do rio. Foi embora
pensando com iria contar para a família e se iriam acreditar nele.
Rafael Anderson da Conceição
Coisas valiosas
Durante as férias, Carina foi passar uns dias na casa de uma tia que morava no
interior sem imaginar que iria ser testemunha de um fato que marcaria sua vida.
Tudo aconteceu quando lhe convidaram para passear e conhecer melhor o lugar.
Quando viu, encontrou uma caixa com coisas valiosas, jóias e achou estranho, pois
jamais tinha visto coisas tão belas.
Saiu correndo pra chamar sua tia, mas infelizmente sua tia não estava. Ficou
apavorada, pois não fazia idéia de quem ia lhe dizer o que devia fazer.
Foi então que encontrou um amigo e decidiu lhe falar tudo. Levou ele ao lugar onde
tinha encontrado as jóias, eles levaram elas para um lugar onde sempre se
encontravam, marcaram de se encontrar no outro dia, pela tarde par ir a cidade
trocar as jóias em dinheiro.
No dia seguinte, Carina foi ao lugar marcado, quando chegou lá, seu amigo não
estava e foi na casa dele para ver o que tinha acontecido. Falaram que ele tinha se
mudado, ela imaginou logo que ele tinha levado as jóias. Ficou triste, mas com o
passar do tempo esqueceu, pois pra ela não importava o dinheiro e sim a felicidade
de cada um.
Juliane do Nascimento
O rio assombrado
Lucas viajava sozinho em sua canoa pequena em noite de lua cheia. Ao dobrar na
curva de um rio, ele viu a sombra de uma pessoa. Olhou para todo lago e não viu
nada, espantado começou a remar rápido e ele olhou para dentro do mato e viu
outra pessoa olhando para ele, assustado, viu uma pessoa seguindo ele em outro
barco e a pessoa começou a gritar para ele, que parou com medo, pois a pessoa
que estava no barco, podia afundar ele. Ela disse:
_ Ei você, Lucas! Não pode passear de barco a essa hora da noite, você não está
vendo que é lua cheia!
_ Por que não? Perguntou Lucas.
_ Porque é assombrado passar por aqui a noite. Eu levo você pra sua casa.
E foram pra casa do Lucas, que perguntou:
_ Qual o seu nome?
_ Matheus. Quando você precisar de ajuda, vou estar lá para ajudar. Disse o homem
e foi embora.
Lucas foi para seu quarto todo espantado e começou a lembrar do lugar que ele
esteve e lembrou que Matheus era seu colega que tinha morrido afogado no rio e
gostava muito dele e tinha ido salvar ele.
Brendo Lopes da Costa
O sonho
Naquela noite, Ana Glória teve um desentendimento em casa e resolveu sair para
esfriar a cabeça
Caminhava pela orla da praia, quando de repente viu uma coisa sobrevoando pela
sua cabeça, era uma coisa redonda e grande.
De repente, saiu uma luza daquele treco, que puxava por mais que não quisesse e
quando chegou lá, viu uma coisa extremamente diferente. Viu outros planetas.
Deparou-se com uma coisa estranha e viu que estava sonhando, ficou pensando
naquilo. Ela olhou no relógio e viu que era cedo e dormiu de novo para ver se
viajava mais um pouco no seu sonho, e não é que ela viajou igual como eu viajei
neste texto!
Jaizzy Gurgel
Lobisomem
Numa noite de lua cheia, Paulão caminhava pela praia deserta quando de repente,
começou a se transformar no Lobisomem. Ele correu em direção a sua casa e as
pessoas que estavam na rua se esconderam com medo. Chegou a sua casa, pulou
no telhado e começou a uivar. Quando amanheceu estava deitado no telhado, ele
começou a falar:
_ Mãe, socorro, estou aqui, no telhado!
A mãe o viu, pegou uma escada e desceu. Sua mãe perguntou como ele foi parar no
telhado da casa, ele não sabia, ela começou a desconfiar de Paulão e decidiu segui-
lo à noite.
Na noite ele foi ao bar jogar baralho, a sua mãe estava escondida vendo o que iria
acontecer. De repente se transformou no Lobisomem, derrubou a mesa que estava
jogando baralho e quebrou tudo o que tinha no bar, saiu e foi parar no tenha da casa
uivar.
Sua mãe descobriu o que estava acontecendo e decidiu contar ao Paulão. Ela falou
tudo pra ele, contou que Le não pode sair na noite de lua cheia.
E toda vez que chegava a noite, ele se transformava no seu quarto. Mas ele se
controlava, fechava a janela para não ver a lua e voltar ao normal.
Ramon do Espírito Santo
O traficante
Wilhiam estava caçando quando escutou alguém chamar seu nome atrás de um
tronco de castanheira. Tentou fugir, mas uma força estranha parecia guiar seus
passos no rumo da voz.
Seu amigo Alucard o vê e chama por ele, mas ele não desiste. Então o rapaz vê
uma moça linda caída no chão. Seu amigo aparece e lhe dá uma coronhada na
cabeça.
Wilhiam acorda quando vê seu amigo abrindo a moça da boca do estômago até a
cintura. Não acredita no que vê. Quando Alucard olha para ele, decide perguntar por
que não havia feito aquilo com ele e com a bela jovem.
Alucard fala simplesmente que havia feito por causa de dinheiro, mas Wilhiam não
entende porque ele matou a linda jovem por dinheiro. E o amigo continua, dizendo
que é um traficante de órgãos famoso e volta para terminar seu serviço.
Wilhiam consegue se soltar quebrando um cano de ferro onde estava amarrado.
Pega a arma e dispara no crânio de Alucard, dando um fim no traficante de órgãos.
Por isso nunca se deve confiar em uma pessoa na floresta, que se diz amigo, pois
nunca conhecemos alguém totalmente.
Wilhiam Cley Silva do Nascimento
O pacote
Naquela segunda-feira, ao sair para o trabalho, Márcio encontrou no pátio de casa
um estranho pacote com as iniciais T.H.C.
Tão curioso quanto temeroso, resolveu abri-lo. Para seu espanto tinha uma carta
chamando ele para a 2ª Guerra Mundial. Ficou muito triste, pois ele iria deixar sua
mulher grávida de dois meses, mas não tinha outra escolha, teve que ir e passar
anos sem ver o filho crescer, os amigos e a família.
Ao passar dos anos a guerra foi acabando e ele conseguiu sobreviver a tudo.
Reencontrou a família, o filho já grande e nunca mais aconteceu isso outra vez.
Matheus Rômulo Silva de Araújo
Roda de Poesia
Para os alunos do Projeto Jovens Leitores
O silêncio leva a gente
Que é movida por esse combustível
À poesia
Não importa o sol
Não importa a chuva
Não importa a dor
Não importa a falta de voz
Quem gosta do caroço da poesia
É movido pela poesia
Aonde ela for acontecer
Aonde ela sinalizar
Nós, os que gostamos de poesia
Vamos, no cavalo da dificuldade
Nos encontrar com ela.
E quando ela acontece com quase meninos
e quase meninas de poesia...
é uma coisa de felicidade
inexplicável para quem nem liga
para a poesia
E nós que acreditamos que a poesia mudará o mundo
Mesmo considerados peixes fora d’água ou loucos mesmo
Nós mudamos para ela.
Heliana Barriga
Visitando a Roda de leitura na Escola Florestan Fernandes, em 06/12/2007.
Dedicatória:
Aos nossos pais, mães, avós e amigos;
A todos que veem na leitura uma possibilidade de crescimento e transformação.
Agradecimentos:
Ao poeta Antonio Juraci Siqueira e Heliana Barriga
À educadora Gilvanete Situba
pela generosidade;
Aos nossos professores;
À Coordenação Pedagógica e Administrativa;
Apoio Administrativo e ao Conselho Escolar pelo incentivo.
PREFÁCIO
Projeto Jovens Leitores
Textos produzidos nas oficinas de criação literária na Escola Municipal
Florestan Fernandes
CONTOS E POESIAS
Coordenador:
Paulo Demétrio Pomares da Silva
Instrutores:
Antônio Juraci Siqueira
Paulo Demétrio Pomares da Silva
Recommended