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Disponível em: http://uenf.br/projetos/pibic/revista-pibic-conhecendo-a-ciencia/ ISSN 2446-5445 - Vol 03 – n° 01 (Fevereiro/2016)
Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da UENF Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Júlio Ammon
Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso
“Os testes de avaliação mostraram que o disco solar alcança
temperaturas superiores à temperatura de inativação da bactéria e o calor é absorvido pelo reservatório onde a água contaminada irá passar para ser desinfectada, ou seja, esse
calor absorvido poderá ser transferido para a água, inativando as bactérias presentes.”
Projeto utiliza energia solar para
purificar águas contaminadas
A água contaminada pode provocar diversos problemas à saúde. Para evitar o consumo
inadequado da população, um projeto desenvolvido por uma estudante da Universidade
Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) tem como objetivo realizar a desinfecção
térmica de águas contaminadas por meio de um disco solar.
A pesquisa intitulada “Utilização de
um disco solar para desinfecção térmica de
águas contaminadas com Escherichia coli (E. coli)” é feita pela universitária Anaina
Ferreira da Costa e orientada pela professora
Maria Cristina Gazotti.
Anaina explica que, além da
desinfecção de águas, o estudo realizou a
montagem do disco solar utilizado no
experimento. Para isso, a primeira etapa do
projeto contou com uma pesquisa
bibliográfica sobre a energia solar, os
concentradores de calor, a bactéria E. coli (bactéria intestinal capaz de contaminar água e alimentos) e os meios de inativá-la. Na segunda
etapa foi feita a montagem do disco no Núcleo de Energias Alternativas da UENF. Em seguida
foram feitos testes de
avaliação da potência do
disco para, posteriormente,
serem feitos os testes com
uma água contaminada
artificialmente com a
bactéria.
Figura 1: Disco solar construído por Anaina
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Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da UENF Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Júlio Ammon
Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso
“O uso de uma energia renovável como base
do projeto e sua contribuição para um ambiente mais sustentável me motivaram a realizar a pesquisa. Os concentradores de
calor são usados em sua maioria para produção de energia, então utilizar o disco solar para limpar águas contaminadas foi
uma técnica inovadora e promissora, devido o seu baixo custo comparado a outras
técnicas, pois o disco funciona utilizando somente a energia solar.”
“Minha experiência com a Iniciação Científica foi muito boa, um
período de muita aprendizagem. Estar envolvida com uma pesquisa científica enriqueceu a minha formação acadêmica, pude utilizar a pesquisa para escrever o meu Trabalho de Conclusão de Curso e me incentivou a continuar a carreira acadêmica. Me formei em
outubro de 2015 e já vou ingressar no mestrado em 2016.”
A universitária diz ainda que o protótipo do disco solar construído pode ser utilizado
para descontaminar águas de comunidades da região que não possuem abastecimento de água
potável, como é o caso do Assentamento Zumbi dos Palmares, que utiliza água de poços rasos
e artesianos para o consumo.
Figura 2: Anaina durante montagem do disco solar
Este projeto é uma cooperação com a Espanha através da bolsa “Pesquisador Visitante
Especial” da Fundação
Capes. A pesquisa é
realizada por meio do
Programa de Iniciação
Científica da UENF e
Anaina conta que a
experiência no projeto
incentivou a continuação
na carreira acadêmica.
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Técnica alternativa oferece
benefícios aos produtores de coco
Com o intuito de otimizar a adubação dos coqueirais da região Norte Fluminense, um projeto desenvolvido na UENF estuda uma técnica que oferece benefícios aos produtores e consumidores. Intitulada “Adubação com uréia nas axilas do coqueiro Anão Verde”, a pesquisa é feita pela universitária Angélica Zan Ramos e pela mestranda Rosely Menezes e está vinculada a um projeto maior orientado pela professora Luciana Aparecida Rodrigues do Laboratório de Solos da UENF.
O trabalho visa utilizar um método alternativo de adubação nos
coqueirais da região Norte Fluminense. A ideia é aplicar na axila das folhas um adubo nitrogenado, chamado ureia para aprimorar a produção do coco.
Figura 3: Luciana, Angélica e Rosely no laboratório da UENF
“A ureia é um adubo utilizado em grande quantidade nesta cultura e
quando é aplicada na superfície do solo sofre grandes perdas de nitrogênio
reduzindo o aproveitamento do adubo pela planta. A aplicação diretamente na
folha também tem suas dificuldades pela limitação da altura das plantas, a
disposição dos folíolos na planta e a possibilidade de causar queima. Então
esta pesquisa busca determinar a concentração máxima de ureia tolerada pelo coqueiro para evitar a queima das
axilas das folhas.” Figura 4: Angélica durante análise
química
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As estudantes explicam que o processo de pesquisa foi feito em uma propriedade de São João da Barra e em uma propriedade de Campos dos Goytacazes. Inicialmente foram realizados testes nas folhas e nas axilas com a ureia diluída em água em concentrações de 0 a 24%, sem haver queima.
Figura 5: Angélica mostra equipamento de pesquisa
De acordo com Angélica e Rosely, este método de aplicação pode contribuir para a sociedade de forma a reduzir os custos e evitar perda do adubo, otimizar a produção, beneficiar o meio ambiente, bem como baratear o produto final ao consumidor.
Angélica está no final do curso de Agronomia e há dois anos na Iniciação Científica. A experiência, segundo a universitária, tem sido fundamental para o crescimento pessoal e profissional.
Figura 6: Universitária no laboratório da UENF
“Após a primeira avaliação, testamos em concentrações maiores até 42% mas, nesse
caso, até o momento, aplicamos somente nas axilas das folhas e não
houve queima. Este foi um dos resultados mais
relevantes desta etapa da pesquisa.”
“A IC me proporcionou
muita disciplina, responsabilidade e
conhecimento. Vejo que esse é o lugar para colocar em prática o que aprendemos em sala de aula.”
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Universitárias criam materiais
paradidáticos sobre educação
ambiental Para ampliar o conhecimento acerca da educação ambiental, universitárias criam
materiais paradidáticos que abordam temas como a poluição do rio, a escassez da água e os benefícios de bactérias. Materiais paradidáticos são aqueles que aprofundam temas com auxílio de aspectos lúdicos. Elas relatam que a ideia é transmitir aos alunos e professores informações nem sempre debatidas em salas de aula.
O projeto chamado “Produção de material didático para educação ambiental e seu impacto na comunidade do entorno do Rio Paraíba do Sul no Estado do Rio de Janeiro” é desenvolvido pelas bolsistas de Iniciação Científica Aliane Adjara Viter Barbosa, Jussara Tamires de Souza Silva, pela estudante do Consórcio Cederj, Roberta Feijó Alves, e orientado pela professora Aline Chaves Intorne.
Aliane conta que a primeira etapa da pesquisa contou com análise da água do Rio Paraíba, onde foram encontrados poluentes, como metais pesados em quantidade excessiva. Na segunda etapa em que foram feitas análises com as plantas aquáticas, as estudantes observaram que havia uma quantidade de metal maior na planta do que no rio.
Figura 7: Aliane, Jussara e Roberta elaboraram banner sobre microrganismos
“Foi verificado que as plantas aquáticas conseguiam limpar parte desses poluentes do rio imobilizando o metal dentro delas. Sugere-se que os microrganismos associados à planta fazem com que ela suporte melhor o ambiente estressante, conseguindo permanecer por mais tempo nesse ambiente e crescendo melhor. De acordo com a literatura, a planta não
sobrevive sem esses microrganismos.”
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As universitárias explicam que durante a pesquisa foram feitos testes com bactérias
isoladas de plantas aquáticas. Os resultados revelam que elas proporcionam mais benefícios do
que malefícios. Um exemplo é a bactéria que transforma o nitrogênio do ar de maneira que a
planta aquática consiga absorver para sobreviver.
Figura 8: Jussara durante análise no equipamento Fluxo Laminar
“Após os experimentos, nós levamos os resultados a escolas e cursos por meio de palestras com duas vertentes: a preservação do Rio Paraíba do Sul e os benefícios dos microrganismos. Na primeira falamos sobre o que provoca a poluição do rio, como devemos preservá-lo e a falta d’água. Na outra palestra, mostramos os microrganismos presentes no nosso dia a dia, como eles podem auxiliar na despoluição do rio, assim como seus benefícios para o organismo humano, pois muitas pessoas pensam que esses microrganismos só causam doenças. Então nós buscamos desmistificar isso.”
Figura 9: Roberta mostra banner sobre Rio Paraíba do Sul
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Esta revista faz parte do Projeto de Extensão da UENF Equipe de Jornalismo: Thaís Peixoto e Júlio Ammon
Equipe Editorial: Adriana Jardim de Almeida, Beatriz dos Santos Ferreira e Deisy Lúcia Cardoso
Com base em pesquisas, as estudantes relatam que do total de microrganismos
existentes no planeta há uma estimativa de apenas 3% ser causador de malefício. Roberta diz que as palestras são elaboradas com jogos e materiais paradidáticos para que desperte ainda mais a atenção dos alunos de ensino fundamental, médio e universidades.
Figura 10: Aliane mostra cartilha produzida para palestras
Figura 11: Material paradidático feito para palestras e cursos
A equipe do projeto já foi premiada em congressos e eventos. Um dos prêmios foi
recebido pela Aliane no IV Seminário Regional sobre Gestão de Recursos Hídricos como
melhor projeto.
As escolas que tenham interesse em convidar a equipe para palestras e cursos, podem
entrar em contato pelo email extensaomicrobiologiaambiental@gmail.com ou pelas páginas do
Facebook: Fantástico Micromundo ou Rio Paraíba do Sul – conheça e preserve.
“As palestras já aconteceram em escolas de Campos dos Goytacazes, Itaperuna, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra. Em uma fase do projeto nós também começamos a ministrar palestras para professores, pois são eles quem têm um contato diário com os alunos e isso é fundamental.”
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