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PROTAGONISMO JUVENIL
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PASTORAL DA JUVENTUDE
DE TAUÁ – CE.
Pe. Almir
Camelo de
Araújo
Contribuir para o protagonismo
juvenil. Pois, o jovem é o
principal agente de ação
pastoral. É ele quem planeja,
coordena, elege e faz
acontecer a pastoral juvenil e
sua ações.
QUAL O OBJETIVO DA PJ?
Promover o protagonismo juvenil,
para que os jovens sejam de fato
protagonistas de suas ações juvenis.
Que os jovens se reúnam em
grupos para partilhar as sua vidas
e,com isso se fortaleçam numa
caminhada como juventude na
construção de uma educação
humana.
Ver no exemplo de Jesus o quanto a partilha é revolucionária e
profética. É na partilha que Ele se revela, como aos discípulos
de Emaús.
PARA COMEÇO DE CONVERSA
No mundo o jovem mora numa porção do Reino de Deus que só
o jovem vai construir e viver. O Reino, é a possibilidade de uma
sociedade diferente, onde o amor, a fraternidade e a justiça
vigorem.
O jovem deve fazer a sua vida
acontecer na sua escola, no seu
bairro, na sua cidade, pois, ele é o
agente protagonista de uma vida
nova e cheia de sentido que se
constrói de modo dinâmico a cada
instante. É o Reino acontecendo.
POR QUÊ GRUPOS
DE JOVENS?
Para promover e aprofundar o
convívio humano entre os
jovens.
Para estimular a vivência em
grupo que os caracteriza,
vitaliza-os, torna-os mais
humanos, fraternos e amorosos.
Sonho que se sonha só é só um sonho,
sonho que se sonha junto é realidade
(Dom Helder Câmara).
Jesus iniciou seu caminho
missionário organizando um
grupo de apóstolos. Porque
sabia que este seria um jeito
de unir forças para a
denúncia das injustiças e
anúncio do Reino do Pai.
DESCOBRINDO O QUE SEJA UM GRUPO
CARACTERÍSTICA DE UM GRUPO: Todo mundo que pertence
ao grupo tem uma tarefa comum; ele tem regras, códigos, normas
e linguagem próprias e ele também é reflexo das coisas que
acontecem nos macro-grupos.
em Cristo
Em um grupo de jovens da
Pastoral da Juventude, o jovem
pode partilhar seus sonhos,
angústias, experiências, fé e
lutas. Ele está junto com outros
jovens que falam a mesma
linguagem, têm os mesmos
códigos, valores, maneiras de
ser.
O GRUPO DE JOVENS TEM UM JEITO
PRÓPRIO DE SER 1. É um grupo de vida, onde as
pessoas aprendem a partilhar.
2. É um grupo de amigos.
3. Reúnem periodicamente (cada
semana).
4. Formado por jovens com
necessidades e interesses
semelhantes.
5. Cada membro do grupo é
importante, todos participam em
igualdade, decidem juntos e
aprendem uns com os outros.
6. É um espaço de conspiração (=
inspirar o mesmo ar) para o
crescimento mutuo.
7. É um espaço para a reflexão de
suas vidas de jovens e de seus
problemas.
8. É lugar para celebrar a vida de seu
jeito, cultivar a espiritualidade e a
vivência cotidiana.
Para se ser verdadeiramente evangelizador é necessário sentir-
se chamado por Deus para a missão que pretende desenvolver.
O trabalho com a juventude é um serviço missionário, por isso é
necessário estar fundamentado em profundo amor pela
juventude. “Só se ama o que se conhece”. Por isso, deve-se
procurar conhecer o meio aonde se vai trabalhar.
A escola ou colégio é lugar privilegiado, pois, aí, se encontram a
maioria dos jovens. E é aí, que os adolescentes e os jovens
aprendem muito sobre drogas, política, amizade, namoro, música,
festa, caráter, traição, confiança, etc.
Se o sistema criou a escola para aborrecer o país, onde todos
aprendem a pensar do mesmo modo, isso aumenta a
responsabilidade da pastoral da juventude no sentido de construir
um jeito de pensar diferente.
MERGULHANDO NO MEIO
É necessário que os jovens aprendam a distinguir o
seu ambiente de estudos da Paróquia. Isso é
importante para que se possa perceber a
diversidade de vivências, credos, diferenças
singulares entre os jovens. Assim, pode-se
identificar preconceitos e até rejeição a vivência da
fé cristã. Isto pode ser pelo fato de como fora
apresentado a eles a pessoa de Jesus.
A Pastoral da Juventude têm um modo de viver a
experiência em Jesus Cristo. A espiritualidade é pilar
de qualquer atitude na transformação da sociedade.
O JEITO DE AGIR
Deve-se buscar engajar o jovem
a partir da sua própria realidade.
Para isso a Pastoral da
Juventude defende que o jovem
faça um caminho que o leve a
uma pedagogia que lhe propicie
sair da dependência e caminhar
para a autonomia. Isso o levará
a autonomia de tomar as suas
próprias decisões, vivências de
suas experiências estimulando-o
a responsabilidade e ao uso
correto da liberdade.
O processo de educação na fé é
uma opção da Pastoral da
Juventude Latino-Americana, isto
é, visa a formação integral da
juventude, desenvolvendo todas
as dimensões de sua vida, tais
como: A) Dimensão da
personalização; B) Dimensão da
integração; C) Dimensão da
conscientização política; D)
Dimensão da vivência da fé; E)
Dimensão da capacitação técnica.
Essa formação acontecerá através
das atividades durante todo o
tempo de caminhada.
PROCESSO DE EDUCAÇÃO NA FÉ
ETAPAS DO GRUPO
CONVOCAÇÃO
É necessário que se provoque a
juventude para participar de um
grupo de jovens. Mas como fazer
isso?
Deve-se estabelecer um primeiro
contato, é a hora de sonhar,
idealizar o tipo de grupo que se
deseja formar. Após esse primeiro
contato, deve-se formar grupos de
pessoas que tenham mais ou
menos a mesma idade e que
cursem o mesmo grau de
escolaridade.
Para se tornar um “homem ou uma mulher nova” há a
necessidade de se comprometer com o projeto libertador de
Jesus Cristo.
Após o primeiro contato com os jovens proponha-lhes
atividades de convocação , assim como de continuidade
do trabalho com a formação de um grupo de jovens,
como se disse acima.
A cada ano que passa, o grupo continua o mesmo,
acompanhando o caminhar dos jovens na escola ou no
bairro.
Deve-se estar atento a diversidade de jovens que
existem nas escolas e nos bairros e, que eles se
agrupam por grupos de interesse.
Proponha atividades como: artes, esportes, música, etc,
que reúnem grupos por afinidade.
Dias de formação,seminários,
fóruns:
neste caso pode-se chamar o
público que se deseja atingir
pela
atividade e anuncia que os
interessados em continuar
aquela
proposta desenvolvida nesse
encontro terão a oportunidade
de se encontrar em grupo de
jovens
que se reunirá periodicamente.
Anuncie o dia da primeira
reunião,
local e horário.
FORMAS DE CONVOCAÇÃO
Observe na forma de convocação como se deve fazer: atividades
culturais, jogos, gincanas, celebrações e retiros. Ofereça
atividades concretas e tome os cuidados necessários para não
abortar a convocação, pois, nesse primeiro momento a ideia pode
não sair do sonho e, por isso não siga em frente.
Antes, procure conhecer a realidade dos adolescentes e jovens;
Tenha clareza do método e do processo de formação; conquiste
as escolas para que abracem este projeto; cuide do lúdico, do
visual e do ambiente; os encontros tenham a cara jovem.
Objetivo desta fase:
1. Conhecer os companheiros para criar laços de amizade;
2. Identificar os valores e exigências do grupo;
3. Criar uma identidade de grupo;
4. Assumir as pequenas tarefas e expressar-se verbalmente para
sentir-se participante;
5. Organizar-se como grupo de modo a garantir a participação de
todos;
6. Avaliar a experiência feita para decidir-se a continuar no grupo;
7. Celebrar a passagem para a nova etapa
É a fase do
processo de
formação do grupo
propriamente dito.
A NUCLEAÇÃO
Nos primeiros meses do grupo esteja atento:
1. O grupo ainda não estar formado só porque se reuniu, ele
precisa de alguns meses para isto;
2. Os jovens veem com ideias e interesses diversos e, também,
por curiosidade;
3. O enfoque das atividades pode ter caráter assistencialista, o
que é importante para a sensibilização, mas com o
amadurecimento do grupo deve-se engajar em projetos de
transformação social;
4. Ainda não se reconhecem como grupo, ainda que alguns
sejam amigos;
5. Estão centrados em si mesmo;
6. Gostam de atividades práticas, novidades, variedades;
7. Não existe um obvio comum;
8. Neste momento, ninguém está decidido a ficar no grupo;
9. Neste primeiro momento é importante que o próprio
coordenador coordene o grupo;
10. Atenção com a ridicularizassão por parte de alguns.
CUIDADOS COM A NUCLEAÇÃO
1. Informe aos pais (direção da escola) da existência e
importância do grupo;
2. É importante que os jovens se identifiquem com o
assessor
3. Esteja atento as potencialidades de cada jovem;
4. O assessor seja acessível ao jovem;
5. Cuidar para que o grupo não seja só um grupo de
amigos;
6. Cuidado com os pré-conceitos;
7. É importante o exemplo dos jovens que já viveram o
seu processo.
INICIAÇÃO É a fase em que o jovem
desperta para o
compromisso com a escola,
o grupo, assim como para
suas potencialidades. Uma
relação de amizade, de
conhecimento e de diálogo
franco. É neste momento
que o iniciado precisa ser
estimulado a participar em
atividades do mundo
estudantil, eclesial, fazendo
despertar o compromisso, a
inquietude com o meio, o
desejo de fazer e trabalhar
em equipe e o desejo de
pertencer à PJ como
militante.
1. Convivência grupal;
2. A formação na ação;
3. O cultivo da espiritualidade;
4. O despertar para consciência crítica;
5. O compromisso eclesial;
6. Atuação no bairro e na escola;
7. Compromissos sociais;
8. Contato com outros grupos;
9. Descoberta da realidade;
10. Exploração de momentos que
envolvem os jovens;
11. Avaliar a prática social de cada um;
12. Presença de bons assessores;
13. A formação através de subsídios;
14. Participação em celebrações bem
preparadas e de massa;
15. Identificação das problemáticas
vividas pelos jovens.
Elementos importantes
1. É um momento frágil, o grupo está definindo
sua identidade – cuidar da espiritualidade;
2. A crise, quando superada o grupo
deslancha;
3. Ainda há uma grande dependência do
assessor;
4. Cuidar para que o processo de formação
não seja mal estruturado;
5. Relações pessoais em aprofundamento;
6. Cuidado com as dinâmicas dos encontros;
7. Intensifique o contato com a família do
jovem iniciado;
8. O grupo seja tomado como prioridade;
9. Não deixe cair o rendimento do grupo;
10. Essa é a fase do despertar para a
liderança;
11. Cuide para que os jovens tenham clareza
da proposta da PJ.
CUIDADOS COM A INICIAÇÃO
MILITÂNCIA É uma etapa que expressa o amadurecimento do jovem da PJ.
Tem compromisso com a realidade e com a fé. Normalmente o
jovem alcança esta maturidade entre os 15 e 18 anos de idade.
O grupo desenvolve a maior parte de
suas ações de caráter transformador,
quando se engaja nas esferas sociais e
eclesiais.
É sabido que o grupo possa vir a
dissolver por causa do dinamismo da
vida e do que cada jovem passa a
viver, mas muitos jovens continuam na
militância, comprometidos com o Reino
de Deus, por causa de Jesus.
CUIDADOS COM A MILITÂNCIA
1. Cuidar do ser, além do AGIR, para que o jovem não caia no
ativismo;
2. Conciliar seus afazeres e a formação com a prática pastoral;
3. Ter um bom envolvimento com o setor onde se encontram os
jovens;
4. Cuidar para que o grupo não se transforme apenas em um
grupo de amigos;
5. Garantir uma espiritualidade encarnada;
6. Que a educação na fé coincida com o projeto de vida;
7. Cuidar para que o grupo seja equilibrado;
8. Fazer uma revisão de vida e revisão de prática ;
9. Cuidar para que o grupo conquiste autonomia;
10. O jovem que milita em outros espaços tenha um grupo de
referência
O método a ser seguido é
inspirado na Ação Católica.
VER: Significa observar a realidade
para buscar respostas para os
desafios.
JULGAR: Faz-se o julgamento da
realidade a luz do Evangelho, para
se tomar a decisão de modo
evangélico.
AGIR: É a busca de respostas
concretas para os desafios.
REVER: Significa avaliar a prática
pedagógica para redimensionar o
caminho.
CELEBRAR: É momento de
celebrar o caminho percorrido e os
passos dados. Isso anima a
caminhada que continua a ser feita.
OS ENCONTROS DO GRUPO DE JOVENS
Os encontros são
momentos
importantes e
fundamentais no
processo de um
grupo de jovens.
Por isso
recomenda-se que
os encontros no
início da vida de um
grupo aconteçam
semanalmente.
Mas o grupo pode
definir os dias de
seus encontros.
Ambiente
Acolhida
Apresentação
Dinâmica
Tema do encontro
Partilha
Iluminação bíblica
Avaliação
Próxima reunião
Oração final
ESTRUTURA DE UM ENCONTRO
PARA GRUPO DE JOVENS
Adaptado do livro “Como iniciar grupos de
jovens nas escolas” Uma proposta da PJE.
pp. 4 – 25.
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