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QFL 5930 – Noções Básicas de Segurança em

Laboratórios de Pesquisa em Química e Bioquímica.

4ª feira 03/08/2011 – 9:00 – 12:30 horas – Anfiteatro Vermelho

9:00 – 10:30 h: Segurança em Laboratórios – Aspectos Gerais.

J. Wilhelm Baader

10:30 – 11:30 h: Riscos Radiológicos.

Carla Columbano de Oliveira

11:30 – 12:30 h: Riscos Biológicos e Biotério.

Patrícia Busko Di Vitta e Nadja Souza Pinto

5ª feira 04/08/2011 – 9:00 – 12:30 horas - Anfiteatro Vermelho

Reatividade e Periculosidade de Reagentes Químicos

– Aspectos específicos.

Cláudio Di Vitta

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6ª feira 05/08/2011 – 9:00 – 12:30 horas - Anfiteatro Vermelho

Resíduos Químicos: Recuperação, Reutilização e Tratamentos.

Reagentes Químicos: Rotulagem e Armazenamento.

Patrícia Busko Di Vitta

6ª feira 05/08/2011 – 14:00 – 17:00 horas - Anfiteatro Vermelho

Combate a Incêndios – Teoria.

Joaquim Matheus / Patrícia Busko Di Vitta

Combate a Incêndios – Prática. Demonstração de EPIs.

Estacionamento ao lado do Bloco 00

Joaquim Matheus / Patrícia Busko Di Vitta

6ª feira 12/08/2011 – 09:00 – 11:00 horas - PROVA

Bloco 06 Sup. Anf. Vermelho - 0662

QFL 5930 – Noções Básicas de Segurança em

Laboratórios de Pesquisa em Química e Bioquímica.

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O Trabalho Seguro em Laboratórios de Pesquisa em Química e

Bioquímica

Segurança no IQUSP

Fatores de Risco

Mapa de Risco

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Normas de Segurança no IQUSP.

Biossegurança

Organismos Geneticamente Modificadas (OGM) e Transgênicos:

Definições, Aplicações e Exemplos

O Processo de Geração de um OGM

A Lei de Biossegurança

Classificação dos OGMs

Normas de Segurança

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Radioproteção

Tipos e Características de Radiação

Radioisótopos Utilizados em Pesquisa

Métodos de Radioproteção

Gerenciamento de Rejeitos Radioativos

Tratamento de Resíduos

Responsabilidades;

Classes de Resíduos Geradas no IQUSP (Planejamento/Minimização);

Importância do Tratamento;

Destinação dentro do IQUSP (Tratamento no Laboratório Gerador);

Lixo Comum, Químico e Biológico; Descarte de Vidros;

Tratamento no STRES; Incineração; Outros Tratamentos.

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Armazenamento de Produtos Químicos

Funcionamento do Almoxarifado do IQUSP;

Rotulagem de Produtos Químicos;

Incompatibilidades.

Aspectos Específicos de Segurança – Cláudio Di Vitta

Riscos no Manuseio de Produtos Químicos: toxicidade e reatividade;

Inertização de Produtos Perigosos;

Cuidados no Uso de Gases Comprimidos e Sistemas sob Vácuo.

Combate a Incêndios

Classes de Incêndios;

Tipos de Extintores;

Uso prático de Extintores de Incêndios.

Para aula prática:

Roupas adequadas: sapato fechado (sem salto), calça/saia

comprida, avental, óculos de proteção.

O Trabalho Seguro em

Laboratórios de Pesquisa

em Química e Bioquímica

Fonte: Profa. Dra. Mary Rosa Santiago Silva

Departamento de Química Analítica

IQ/UNESP - Araraquara

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Os problemas de SQ em

instituições de ensino e pesquisa

• Número e quantidade cada vez maior de substâncias

utilizadas.

• Procedimentos quase sempre incorretos (?) de uso,

armazenamento e disposição de resíduos.

• Procedimentos de aquisição descontrolados.

• Carência de profissionais com conhecimentos para

equacionar estes problemas.

• Falta de cobrança de uma “atuação responsável” dos

pesquisadores e de suas instituições. (mas: Fapesp)

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Segurança no IQUSP

• Comissão de Segurança

• CIPA (Legislação CLT – Funcionários)

• Comissão de Biossegurança

• Comissão de Radioproteção

• Comissão de Ética Ambiental (Fapesp)

Composição das comissões na homepage do IQUSP:

www.iq.usp.br

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Responsabilidades e Normas

• Diretor / Chefes do Departamento

• Chefes de Laboratórios – Orientadores

• Integrantes do Laboratório

• Manual de Segurança do IQUSP; 1995,

2005 (homepage:www.iq.usp.br)

• Diretrizes de Segurança do IQUSP

Aprovadas pela Congregação do IQUSP em 26/03/1998

(homepage:www.iq.usp.br)

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Fatores de Risco em Laboratórios

• Físicos– Ruído, temperaturas extremas, radiações ionizantes

e não-ionizantes, vibração

• Biológicos– Agentes patogênicos e infectantes

• Químicos– Aerodispersóides, gases e vapores

• Ergonômicos– Fatores de stress físico e/ou mental no trabalho

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Risco inerente versus Risco efetivo

• Risco inerente: característico da substância.

Está relacionado com as propriedades químicas

e físicas da mesma.

• Risco efetivo: probabilidade de contato com a

substância. Está diretamente relacionado com

as condições de trabalho com o agente de

risco.

• Dano: conseqüência da concretização do risco.

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Danos

• À integridade física (morte ou incapacitação para o trabalho):

Acidentes: quedas, queimaduras (incêndio, produtos químicos), explosão, etc.

• À saúde do indivíduo exposto:

Efeitos agudos;

Efeitos crônicos.

• À saúde e integridade das gerações futuras:(descendentes dos indivíduos expostos)

Efeitos mutagênicos;

Efeitos teratogênios;

Efeitos sobre o poder reprodutivo.

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Reações químicas perigosas

Substâncias incompatíveis

Uma grande variedade de substâncias reagem perigosamente quandoem contato com outras. Por isso antes de misturar quaisquersubstâncias deve-se buscar informações sobre a compatibilidadedas mesmas.

Nenhuma lista é exaustiva, mas algumas relativamente abrangentespodem ser encontradas:

na internet:

http:physchem.ox.ac.uk/MSDS/incompatibles.html

na Biblioteca do IQ:

Diversos Handbook de Segurança (p.ex. CRC Handbook ofLaboratory Safety)

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Algumas fontes de informação

sobre produtos químicos

1. Rótulo do Produto

Merck, Baker, Aldrich, Mallinkrodt: frases de segurança (R/S)

2. The Merck Index e “Handbooks”

3. Sites com MSDS (Material Safety Data Sheets)

http://ecdin.etomep.net/

http://msds.pdc.cornell.edu/msds/hazcom/

http://www.ilpi.com/msds/index.chtml/

4. Sites de Universidades

http://lqes.iqm.unicamp.br/canal_cientifico/lqes_responde/lqes_responde_re

comenda%E7%F5es_seguran%E7a.html

http://www.sc.usp.br/residuos/rotulagem/downloads/normas_seg.pdf

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Reconhecimento e antecipação de riscos

Mapas de risco:

Quem faz?

CIPA + os que trabalham naquele local

Para que serve?

Subsidiar a proposição de um plano de metas de

melhoria das condições de trabalho

Programa de Segurança Química

nos Laboratórios

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– Como é feito?• Levantamento dos riscos existentes

– Cores: físico (verde); químico (vermelho); biológico (marron); ergonômico (amarelo); mecânicos (azul)

• Atribuição de graus de risco

– Círculos : pequenos, médios e grandes

• Checklists podem auxiliar

– Livro INSHT/ Barcelona

– http://www.orcbs.msu.edu/chemical/chemical.html

– O “Mapa de Risco”deverá ficar afixado em lugar visível no laboratório (IQ nos corredores)

– Deverá ser revisto sempre que houver alguma modificação de procedimentos, materiais, layout, equipamentos, etc.

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Mapas de Riscos:Significado dos Símbolos

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Riscos Físicos Riscos Químicos

Riscos Biológicos Riscos de Acidentes

Riscos Físicos: radiação (UV, , , , LASER); temperaturas

extremas; pressões extremas (vácuo, autoclaves, reatores

sob pressão, torpedos de gás).

Riscos Químicos: reagentes solventes, ácidos bases etc.

Riscos Biológicos: micro-organismos (bactérias, fungos,

vírus etc.); OGM; tecidos humanos e animais; sangue; etc.

Riscos de Acidente: ergometria; arranjo do local (estante

alto; reagentes em local inapropriado, etc.).

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Riscos Físicos Riscos Químicos

Riscos Biológicos Riscos de Acidentes

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Riscos Físicos Riscos Químicos

Riscos Biológicos Riscos de Acidentes

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Riscos Físicos Riscos Químicos

Riscos Biológicos Riscos de Acidentes

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Riscos Físicos Riscos Químicos

Riscos Biológicos Riscos de Acidentes

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Equipamentos de proteção

individual - EPI

• Avental ou roupas de proteção

• Luvas

• Proteção facial/ ocular

• Proteção respiratória

Sempre quando entrar no laboratório usar:

sapatos fechados, avental e óculos de proteção

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Avental e roupas de proteção

• Avental recomendado para manuseio de

substâncias químicas

– Material: algodão grosso

• queima mais devagar, reage com ácidos e bases

– Modelo:

• mangas compridas com fechamento em velcro;

comprimento até os joelhos, fechamento frontal em velcro,

sem bolsos ou “detalhes soltos”

– Deve ser usado sempre fechado

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Avental e roupas de proteção

• Laboratórios biológicos

– Aventais descartáveis : não protegem contra

substâncias químicas; são altamente inflamáveis;

devem ser usados uma única vez

• Os aventais devem ser despidos quando sair do

laboratório

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Luvas

• A eficiência das luvas é medida através de 3

parâmetros:

– Degradação: mudança em alguma das

características físicas da luva

– Permeação: velocidade com que um produto químico

permeia através da luva

– Tempo de resistência: tempo decorrido entre o

contato inicial com o lado externo da luva e a

ocorrência do produto químico no seu interior

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Luvas

• Material

– Nenhum material protege contra todos os

produtos químicos;

– Luvas de latex descartáveis são permeáveis

a praticamente todos os produtos químicos;

– Para contato intermitente com produtos

químicos luvas descartáveis de nitrila.

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Nitrila Neopreno Kevlar

PVCVinil Viton PVA

Borracha butílica

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Tipo Uso

Borracha

butílica

Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais

solventes.

Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para

solventes orgânicos.

Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos,

hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para

solventes halogenados e aromáticos.

PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos

solvente orgânicos.

PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados.

Ruim para soluções aquosas.

Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes

orgânicos e ácidos e bases.

Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e

halogenados.

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Luvas

• Seleção

– Considerar: desempenho, preço e conforto do

usuário;

– Podem ser úteis:

www.ansell-edmont.com

www.bestglove.com

www.mapaglove.com

http://www.orcbs.msu.edu/chemical/

http://chas.cehs.siu.edu/magazine/hotarticles/97/novdec/latex.html

*(alergia a luvas de latex)

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Luvas

• Conservação e manutenção

• Devem ser inspecionadas antes e depois do uso

quanto a sinais de deterioração, pequenos

orifícios, descoloração, ressecamento, etc.

• Luvas descartáveis não devem ser limpas e

reutilizadas

• As luvas não descartáveis devem ser lavadas,

secas e guardadas longe do local onde são

manipulados produtos químicos

• Lavar as mãos sempre que retirar as luvas

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Proteção facial/ocular

• Deve estar disponível para todos os

funcionários que trabalhem em locais onde haja

manuseio ou armazenamento de substâncias

químicas.

• Todos os visitantes deste local também deverão

utilizar proteção facial/ocular.

• O uso é obrigatório em atividades onde houver

probabilidade de respingos de produtos

químicos.

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Proteção facial/ocular

Tipos• Óculos de segurança;

• Protetor facial.

Características• Não deve distorcer imagens ou limitar o campo visual;

• Devem ser resistentes aos produtos que serão manuseados;

• Devem ser confortáveis e de fácil limpeza e conservação.

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Operação Proteção requerida

Entrada em local onde haja

razoável probabilidade de

respingos no rosto

Óculos de segurança

Manuseio de produtos

químico corrosivos

Óculos de segurança com

vedação

Manuseio de produtos

químicos perigosos

Óculos de segurança com

vedação

Transferência de mais do

que um litro de produtos

químicos corrosivos ou

perigosos

Óculos de segurança com

vedação e protetor facial

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O uso de lentes de contato no

laboratório

• Prós

– Melhor visão periférica;

– mais confortáveis;

– Pode funcionar como barrei a alguns gases e partículas;

– Melhor do que óculos em atmosferas úmidas;

– Melhor para trabalhar com instrumentos ópticos;

– Melhor para utilização de óculos de segurança;

– Não têm problemas de reflexo, como os óculos.

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O uso de lentes de contato no

laboratório• Contras

– Partículas podem ficar retidas sob as lentes de contato.

– Podem descolorir ou tornar-se turvas em contato com alguns vapores químicos.

– Lentes gelatinosas podem secar em ambientes com pouca umidade.

– Alguns vapores e gases podem ser absorvidos nas lentes e causar irritação.

– Algumas lentes de contato impedem a oxigenação dos olhos.

Conclusão: Não usar lentes de contato em

laboratórios de química (e bioquímica).

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Proteção respiratória (Máscaras)

• Os EPI para proteção respiratória deve ser utilizado

apenas quando as medidas de proteção coletiva não

existem, não podem ser implantadas ou são

insuficientes.

• O uso de respiradores deve ser esporádico e para

operações não rotineiras.

• Deverão ser utilizadas em casos especiais:

• Em acidentes, nas operações de limpeza e

salvamento.

• Em operações de limpeza de almoxarifados de

produtos químicos.

• Em procedimentos onde não seja possível a

utilização de sistemas exaustores.

OS RESPIRADORES SOMENTE DEVEM SER USADOS QUANDO AS

MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA:

- Não são viáveis;

- Não atingem níveis aceitáveis de contaminação;

- Estão em manutenção;

- Estão em estudo ou sendo implantadas.

ANTES DE OPTAR PELO USO DE RESPIRADORES

VOCÊ DEVERÁ:

I- Diminuir a exposição;

2- Adotar proteção coletiva

3- Substituir as substâncias tóxicas.

Para casos de emergência, a CIPA do IQUSP empresta

máscaras com diversos filtros

RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR(Exemplos)

RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR(Exemplos)

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Normas de Segurança

•Entrou no laboratório:

óculos de proteção; avental, sapatos fechados;

•Não comer, beber, fumar, brincar etc. no laboratório;

•Atender „visitantes‟ fora do laboratório

(corredor, sala de alunos).

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Normas de Segurança

Antes de começar um experimento: “saber o que vai fazer”

dados físicos, periculosidade e toxidez de todos os

reagentes e solventes;

entender bem o procedimento

(„o que está acontecendo‟);

medidas de primeiro socorro (antídotos) e descarte de

resíduos;

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Normas de Segurança

Protocolar durante o percurso do experimento (caderno

de laboratório);

indicar a equação da reação e medidas de segurança

quando deixar o experimento desacompanhado

(reagentes, solventes, nome seu, fone etc.);

rotular adequadamente produtos, produtos laterais,

misturas, soluções ...:

nome do aluno; fórmula / nome de produtos;

procedência de misturas e soluções (referência ao

caderno de laboratório).

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Normas de Segurança

Saber onde se encontram: extintor de incêndio,

chuveiro e lava olhos, interruptor geral do

laboratório; etc.

Trabalhar sempre quando necessário na capela e

usar EPIs adequados.

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Normas de Segurança

Diretrizes de Segurança para o IQ-USP

1.6 Todos os laboratórios devem ter à disposição um Merck

Index ou assemelhado e outras referências pertinentes,

contendo orientações sobre medidas de segurança para o

tipo de trabalho desenvolvido, além de informações sobre a

toxicidade, o manuseio e o descarte de reagentes e

produtos, e medidas de primeiros socorros.

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Normas de Segurança

Diretrizes de Segurança para o IQ-USP

1.7 Todos os experimentos em andamento nos

laboratórios que não estejam sendo acompanhados

continuamente deverão ser identificados, para que

outras pessoas sejam informadas de eventuais perigos e

possam tomar providências caso seja necessário.

Experimentos que envolvam riscos e perigos devem ser

devidamente identificados e alertados.

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Normas de Segurança

Diretrizes de Segurança para o IQ-USP

1.8 A execução de quaisquer experimentos sem

acompanhamento durante a noite é proibida no

laboratório.

1.9 Não é permitido o trabalho no laboratório de

somente uma pessoa. Deve haver sempre ao

menos duas (02) pessoas e no mínimo uma pessoa

graduada no laboratório.

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