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Recuperao de pastagens degradadas parasistemas intensivos de produo de bovinos
Introduo
So Carlos, SPMaro, 2005
38
ISSN 1516-4111X
Autor
Patrcia PerondiAncho Oliveira, Dra.,
Pesquisadora daEmbrapa Pecuria
Sudeste, Rod.Washington Luis, km
234, 13560-970,So Carlos, SP
Endereo eletrnico:ppaolive@cppse.embrapa.br
Moacyr Corsi, Prof. Dr,da ESALQ/Usp,
Durante dcadas, a pecuria nacional valeu-se da fertilidade natural
e do teor de matria orgnica dos solos recm-desmatados para implantar
plantas forrageiras de alto potencial produtivo e conseqentemente com
altos requerimentos em fertilidade do solo, como o capim-colonio. Nas
dcadas mais recentes, com a exausto dessa fertilidade, os produtores
iniciaram trocas sucessivas de espcies forrageiras por outras menos
exigentes em fertilidade, e conseqentemente com menor produtividade,
at o ponto em que mesmo essas espcies menos exigentes, como o
capim-braquiria, no conseguem sobreviver.
No decorrer deste caminho de queda da fertilidade dos solos, o
pecuarista sente necessidade de diminuir a lotao animal da rea.
Entretanto, como no consegue prever a amplitude dessa queda e imbudo
da iluso do potencial passado da sua propriedade, o produtor acaba
incorrendo em srios erros de manejo da planta forrageira, abusando da
freqncia e da intensidade de pastejos, utilizando superpastejo. Quando a
atividade atinge esse estgio, as pastagens encontram-se degradadas,
caracterizadas por grandes reas de solos expostos, plantas daninhas,
eroso no solo, sinais evidentes de deficincia nutricional nas plantas e nos
animais, menor taxa de crescimento das plantas, mudana do hbito de
crescimento das plantas e baixa produtividade. Nessas condies, o solo
encontra-se exaurido, apresentando por vezes teores de matria orgnica
Foto Capa. Acima esquerda Brachiariabrizantha degradada, direita foco damesma pastagem aps 7 meses derecuperao. Ao lado animais pastando amesma rea aps a recuperao.
2 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
inferiores a 1%. No Brasil, segundo Zimmer et
al. (1994), estima-se que existam cerca de 30
milhes de hectares de pastagens degradadas,
apenas do gnero Brachiaria.
A possibilidade de sustentabilidade
econmica de um sistema em que as pastagens
esto degradadas muito pequena. Ento, h
necessidade da tomada de deciso para
reverso do problema, escolhendo-se a reforma
ou a recuperao dos pastos degradados. Essa
tomada de deciso no aleatria e depende de
atributos tcnicos e econmicos que so
dinmicos e se alteram com o decorrer do
tempo, de acordo com os novos conhecimentos
e com a flutuao dos custos dos insumos.
A recuperao das pastagens, quando
for possvel adot-la, uma prtica vivel, tanto
tcnica quanto economicamente.
Do ponto de vista ambiental, a
recuperao de pastagens muito interessante,
porque, entre outras razes, evita o
desmatamento de novas reas para a formao
de pastagens. Se em cada hectare de pastagem
degradada se adotasse apenas as primeiras
etapas do processo de recuperao, seria
possvel dobrar a mdia de lotao animal do
Brasil de algo ao redor de 1 para
aproximadamente 2 UA/ha (UA = unidade
animal, 450 kg de peso vivo), fato que tornaria
possvel dobrar o rebanho nacional, sem a
derrubada de uma nica rvore. Somado a esse
fato, a recuperao de pastagens proposta
neste texto adota princpios bsicos
imprescindveis, como conservao do solo,
recomposio da fertilidade do solo, cobertura
do solo, preservao da matria orgnica do
sistema e reteno de gua, fatores que vo ao
encontro da preservao do ambiente, ou seja,
a recuperao da infra-estrutura ambiental
mnima para que funes ecolgicas possam
ser reativadas. Isso imprescindvel para que
qualquer atividade agropecuria seja
sustentvel.
Nos locais em que o custo de aquisio
da terra mais elevado, como no Estado de So
Paulo, onde 1 ha pode custar de U$ 3.000,00 a
U$ 10.000,00, percebe-se que a recuperao
das pastagens degradadas e a adoo de
sistemas intensivos de explorao de pastagens
ganham espao. Levantamento realizado pela
Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral
na dcada de 1990 indica que 15% da rea
coberta por pastagens manejada
intensivamente. Esse nmero reflete no
apenas a necessidade de recuperao mas
tambm a necessidade de adoo de sistemas
de manejo que contemplem o custo de
aquisio e de oportunidade de uso da terra,
dando preferncia ao maior desempenho por
unidade de rea do que ao desempenho por
animal, sempre almejando o equilbrio tcnico-
econmico.
Parmetros para tomada de deciso sobrereforma ou recuperao de pastagens
Nos tempos atuais, com a globalizao e
a necessidade de profissionalizao do setor
agropecurio, interessante a postura
empresarial por parte do produtor rural. Em
muitas ocasies, a tomada de deciso sobre os
caminhos de um processo torna-se muito mais
importante do que a prpria execuo desse
processo. O estabelecimento de pastagens
um bom exemplo dessa situao. Recuperar
uma pastagem muito mais barato do que
estabelec-la novamente (Tabela 1), portanto
saber decidir se possvel recuperar torna-se
uma deciso muito importante.
3Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Infelizmente, no toda pastagem
degradada que aceita a recuperao, j que
em muitos casos a densidade populacional da
forrageira est to ruim que no existe nmero
suficiente de plantas para restabelecer a
pastagem. Uma regra prtica adotada que, na
pastagem, no devem existir reas com mais de
2 m2 sem a presena da forrageira principal.
Caso existam grandes reas de solo exposto ou
cobertas com plantas daninhas, com ausncia
de plantas da forrageira de interesse, no h
como adotar a recuperao. Nesses casos, a
nica sada uma nova implantao (reforma
ou estabelecimento) da pastagem.
Tabela 1. Comparao dos custos por hectare de reforma e recuperao de uma pastagem
degradada de Brachiaria brizantha cv. Marandu.
Obs: Somente ser realizado controle de planas daninhas se a infestao for por espcies lenhosas. Infestaocom espcies de fcil controle (guanxuma, grama-batatais ou gramo, fedegoso, buva, barba-de-bode, etc.)so sanadas com manejo adequado da planta forrageira e fertilizao do solo, que garantem agressividadesuficiente ao capim para concorrer com a planta daninha e elimin-la.
A clara distino do que estabelecer ou
recuperar necessria para definir os dois
processos. Estabelecer uma pastagem consiste
em eliminar a populao de plantas existentes
em determinada rea, por meio de preparo do
solo ou por meio de herbicidas dessecantes,
quando se visa implantar nova espcie
forrageira, quer via plantio direto, semeadura
convencional ou mesmo plantio por mudas.
Recuperar uma pastagem consiste em
aproveitar a populao de plantas existentes
e empregar tcnicas que promovam a
recuperao daquela pastagem degradada,
processo que elimina os gastos com preparo do
solo e aquisio de sementes, fato que explica
o menor custo da recuperao apresentado na
Tabela 1.
Atividade ou Insumo Reforma ouEstabelecimento/ha
Recuperao/ha
Sementes (3 kg de sementes puras viveis/ha) R$ 35,00 noArao (2 h/ha) R$ 70,00 noCalagem (3 t/ha de calcrio aplicado) R$ 135,20 R$ 135,00Gradagem pesada (1 h/ha) R$ 35,00 noGradagem niveladora, plantio e compactao(2 h/ha)
R$ 60,00 no
Superfosfato simples (350 kg/ha) + aplicao R$ 175,00 R$ 175,00100 kg/ha de N e K 2O + aplicao R$ 400,00 R$ 400,00Total/ha R$ 910,20 R$ 710,00
4 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Atualmente muitas instituies de
pesquisa pblicas e privadas esto
desenvolvendo trabalhos com pastagens
degradadas e acredita-se que brevemente
novos critrios tcnicos e econmicos surgiro
para melhor definir as condies em que se
torna vantajoso adotar a recuperao de
pastagens, em comparao com novo
estabelecimento de pastagens.
Tecnologias adotadas para a recuperao de
pastagens degradadas
Algumas tcnicas tm sido indicadas
para a recuperao dos pastos degradados,
como a utilizao do sistema Voisin, o plantio
de leguminosas nas reas degradadas, a
utilizao de grade pesada, a ressemeadura da
planta forrageira associada com plantio de uma
cultura anual, a vedao por longos perodos de
tempo e a integrao lavoura-pecuria, entre
outras. Essas tcnicas devem ser analisadas
com muito critrio, pois algumas delas no
mudam ou no solucionam as causas da
degradao dos pastos, que so o manejo
inadequado da lotao animal e da forragem e a
fertilidade do solo, e sim criam condies de
respostas passageiras, que adiam o processo
final da recuperao por mais dois ou trs anos.
No caso de recuperao rpida e efetiva
dos pastos em perodos curtos, no existe outra
alternativa seno reconstruir e melhorar a
fertilidade dos solos e manejar adequadamente
as plantas, considerando o perodo de descanso
necessrio para a recuperao.
Tabela 2. Critrios para tomada de deciso quanto reforma ou a recuperao de uma pastagem
degradada.
possvel recuperar H necessidade de reformareas com ausncia de plantas
da espcie forrageira de interessemenores do que 2 m 2.
reas com solo exposto ou coberto por plantasdaninhas maiores do que 2 m 2.
Existe pelo menos umatouceira/m 2 de capim-colonio ou
capim-elefante.
Em vrios locais da pastagem, encontra-se reade 1 m 2 com ausncia de plantas da espcie de
interesse.
Existem pelo menos duastouceiras/m 2 das variedades de
capim-braquiria.
Quando h necessidade de se trocar a espcieforrageira, por motivos como a implantao de
uma espcie forrageira resistente a cigarrinhas ouo uso de uma pastagem com maior potencial
produtivo.
5Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
atividade a ser executada a avaliao da rea
para definir se a pastagem passvel de ser
recuperada. Caso isto seja possvel, iniciam-se
os trabalhos de coleta de solos para anlise,
logo aps o ltimo pastejo da estao chuvosa.
Com base nos resultados de anlise de solo,
procede-se correo da acidez do solo, caso
haja necessidade. Os prximos trabalhos devem
ser realizados aps as primeiras chuvas e nessa
poca deve ser realizada adubao de acordo
com os resultados da anlise de solo, para
correo dos nutrientes deficientes. Em
seguida, aps o primeiro pastejo na poca das
guas, as pastagens devem receber fertilizao
nitrogenada, acompanhada ou no de outros
nutrientes, como o potssio, dependendo dos
resultados da anlise de solo.
Os critrios para definir as doses de
nutrientes a serem empregadas na fertilizao
so: a quantidade de animais que se deseja
colocar na rea, os resultados de anlise de
solo, os teores de matria orgnica e as
avaliaes econmicas.
Manejo da pastagem degradada
Quando se recupera o pasto usando-se
fertilizao do solo e manejo das plantas, o
aumento da cobertura do solo pelas plantas
forrageiras ocorre em sua grande maioria pelo
perfilhamento das plantas j existentes e no
por meio de plntulas novas oriundas de
sementeiras, sendo desnecessria a prtica de
promover longos perodos de descanso para
favorecer o florescimento e a produo de
sementes. Quando existe populao de plantas
adequada, no existe necessidade de renovar
as plantas da pastagem, pois a prpria
dinmica de crescimento da planta forrageira,
representada pelo fluxo de aparecimento de
Recuperao de pastagens = fertilidade do
solo + manejo planta
Resultado final = persistncia do sistema,
longevidade por dcadas
Vale ressaltar que, em algumas
ocasies, a ausncia de apenas um dos dois
princpios citados anteriormente - o manejoadequado da planta forrageira e a melhoria da
fertilidade do solo - pode desencadear oprocesso de degradao das pastagens. Um
exemplo pode ser visto no trabalho de Oliveira
et al. (1999), em que, apesar de o solo
apresentar boa fertilidade, a pastagem que
cobria o sistema encontrava-se degradada em
conseqncia das ms prticas de manejo
adotadas, representadas, principalmente, por
superpastejo e resduo de pastejo aqum do
necessrio.
As vantagens da recuperao de
pastagens por meio da recomposio e da
manuteno da fertilidade do solo e do manejo
adequado da planta forrageira so vrias, entre
elas, perenidade do sistema, custo operacional
baixo, uma vez que suprime ao mximo o uso
de implementos agrcolas, rapidez no retorno
utilizao da pastagem, em algumas ocasies
de 30 a 40 dias aps o incio dos trabalhos,
viabilidade econmica e preservao do
agroecossistema.
Aspectos gerais para a recuperao de
pastagens por meio de fertilizao do solo e
manejo da planta forrageira.
Um breve cronograma das etapas
adotadas na recuperao por meio de manejo
da fertilidade do solo e da planta forrageira pode
ser observado na Tabela 3. A primeira
6 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
novos tecidos, promove a formao de novos
perfilhos e estoles, que sero responsveis
pela cobertura vegetal das reas de solo
exposto.
A insistncia na recuperao de
pastagens por meio de vedao, para que esses
venham a produzir sementes e formar novas
plntulas, obriga ou ao uso de pastagem com
qualidade comprometida, pois as plantas
existentes j ultrapassaram a poca correta de
pastejo, ou ao pastejo das novas plntulas em
razo da preferncia dos animais por plantas
mais tenras e jovens, principalmente quando o
pasto vedado sem uso de fertilizantes, fato
que provoca crescimento lento e at mesmo a
morte das novas plntulas.
No manejo da pastagem em recuperao,
deve-se adotar perodos de descanso adequados,
porque, como ser visto em outros tpicos desta
publicao, a planta forrageira nessa condio
possui crescimento acelerado em todas as suas
estruturas num processo de ocupao dos
espaos de solo exposto e da camada arvel, por
meio de emisso de novas razes, perfilhos e
folhas, e aumento de massa e de dimetro de
coroa. Visualmente, nos primeiros ciclos de
pastejo, no se observa grandes aumentos na
altura do dossel ou da parte area, apesar do
grande aumento de massa de forragem colhida.
Isso acontece porque a planta tende primeiro a
crescer lateralmente, ocupando as reas de solo
exposto para depois elevar a altura do relvado. Na
Tabela 4, encontra-se sugesto de perodos de
descanso recomendados para pastagens em
recuperao.
Tabela 3. Cronograma para recuperao de uma pastagem degradada mediante reconstituio da
fertilidade do solo e manejo adequado da planta forrageira.
Atividade poca do anoAvaliao da populao de plantasforrageiras para definir se possvelrecuperar a pastagem.
Qualquer poca.
Coleta de solo, para analisar a fertilidade. Fevereiro a abril.Correo do solo. Maro a junho.Fertilizao corretiva (fosfatagem,potassagem e correo demicronutrientes).
Outubro e novembro.
Adubao de manuteno (coberturasnitrogenadas ps-pastejo, acompanhadasou no de outros nutrientes, conformeresultados da anlise de solo).
Outubro e novembro at maro e abril,aps cada pastejo (perodo das chuvas,ou mais se houver irrigao etemperatura adequada).
7Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Tambm a altura do resduo, ou seja a
altura em que o pasto se encontra e o volume
de folhas verdes e talos que sobram quando os
animais param de pastar, muito importante
para o manejo de pastagens degradadas. Em
algumas situaes, quando o pasto se encontra
mais degradado, indicado aumentar a altura
do resduo no primeiro ano de manejo,
adotando-se um pastejo mais leve. Na Tabela
5, encontra-se a altura de resduo recomendada
para as principais pastagens tropicais. O menor
valor deve ser adotado quando o pasto j est
recuperado e o maior, se estiver em processo
de recuperao.
A produo de forragem durante o
processo de recuperao da pastagem mostra
aumentos crescentes ao longo dos anos
(Figuras 1, 2 e 3), mesmo quando utilizadas as
mesmas doses de nutrientes nas fertilizaes
do solo. Esse fato demonstra a efetiva
recuperao da planta e do potencial produtivo
da rea recuperada, os quais podem responder
cada vez mais positivamente s boas prticas
de manejo da pastagem e de incremento da
fertilidade do solo. Acredita-se que esses
incrementos na produo de forragem venham
a aumentar at a estabilizao do processo e a
perenizao da pastagem.
Tabela 4. Perodos de descanso recomendados para pastagens das principais gramneas tropicais
em recuperao na estao das guas.
Obs.: Esses perodos de descanso podem ser menores, de acordo com a fertilidade do solo, a existncia detemperaturas elevadas e a disponibilidade de gua. Logo aps a expanso total das folhas durante o perodo decrescimento, pode-se suspender o descanso. No perodo seco e/ou frio do ano, o descanso deve ser maisprolongado.
Espcie Perodo de descanso nas guas(dias)
Brachiaria decumbens 32Brachiaria brizantha cv. Marandu 32 a 35
Brachiaria humidicola 21 a 25Panicum maximum cv. Colonio 35Panicum maximum cv. Tanznia 32 a 35Panicum maximum cv. MombaaPanicum maximum cv. Tobiat
28 a 30
Gnero Cynodon (capim-coast-cross, grama-estrela, capim-tifton)
21 a 28
Penissetum purpureum (capim-elefante) 40 a 45Andropogon gayanus 28 a 30
8 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Tabela 5. Altura do resduo recomendado para as principais pastagens tropicais
Figura 1. Produo de forragem (t/ha/ano de matria seca) de Brachiaria decumbens emrecuperao em funo da calagem associada fertilizao. Fonte: Oliveira et al.(2003).
Obs.: Mdias de um mesmo ano, seguidas por letras distintas, diferem pelo teste F (P 0,01); Coeficiente de variaode 29% e 16%, no primeiro e no segundo ano, respectivamente; Solo: Neossolo Quartzarnico; Dose de N: 300 kg/ha.
Espcie Altura do resduo (cm)Brachiaria decumbens 15 a 20
Brachiaria brizantha cv. Marandu 15 a 25Brachiaria humidicola 15 a 20
Panicum maximum cv. Colonio 30 a 40Panicum maximum cv. Tanznia 25 a 35Panicum maximum cv. MombaaPanicum maximum cv. Tobiat
30 a 40
Gnero Cynodon (capim-coast-cross,grama- estrela, capim-tifton)
15 a 20
Penissetum purpureum (capim-elefante) 40 a 50Andropogon gayanus 30 a 40
3.8 a
1.9 b
7.1 a
2.9 b
0
1
2
3
4
5
6
7
8
t/hade
MS
primeiroano segundoano
Calagem + Fertilizao Testemunhas (grade ou superfcie)
9Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Figura 2. Produo de forragem (t/ha/ano de matria seca) em funo de doses de nitrognio e deenxofre, em dois anos na recuperao de pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu.Fonte: Oliveira et al. (2004 no prelo).
Obs.: Mdias seguidas por letras distintas, no mesmo ano experimental, diferem (P=0,01) pelo teste de
Tukey.
Figura 3. Produo de forragem (t/ha/ano de matria seca) de Panicum maximum cv. Colonio emrecuperao, em funo da calagem associada adubao. Fonte: Oliveira et al. (1999).
Obs.: Mdias de um mesmo ano, seguidas por letras distintas, diferem pelo teste F (P 0,01); Coeficiente devariao de 29% e 16%, no primeiro e no segundo anos, respectivamente. Solo: Neossolo Quartzarnico;Dose de N: 300 kg/ha.
5,9 6,36,9 6,7
8,87,4
15,7a15,2ab
10,4c11,7bc
9,1c8,6c
02468
10121416
70 N 70 N+S 140 N 140 N+S210 N 210 N+S 70 N 70 N+S 140 N 140 N+S210 N 210 N+S
Produo Testemunha 99/00 Testemunha 98/99
Primeiro Ano Segundo Ano
t/had
eMS
Tratam
entos
ns
6,3
2,2
Produo
6b
8,1a
5,8b
10,8a
0
2
4
6
8
10
12
tone
lada
/ha
primeiro ano segundo ano
Testemunha recuperadas
10 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
O aumento de produo de forragem est ligado aos incrementos em outras estruturas da
planta, tais como na coroa da planta e nas razes. Na Figura 4, pode-se observar que, ao final do
primeiro ano do processo de recuperao, a produo de fitomassa das diversas estruturas que
compem as plantas de uma pastagem aumentou e manteve a proporcionalidade entre elas. No
total, a pastagem degradada produziu 28,9 t de plantas, aumentando para 55,8 t em mdia quando
houve calagem, adubao e manejo da planta forrageira.
Figura 4. Produo de matria seca de forragem (t/ha/ano) e composio porcentual das diversasestruturas de uma pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Fonte: Oliveira (2001).
Resultados de experimentos realizados em que se avaliou o ciclo do nitrognio mostram que
no s a massa da coroa e das razes, mas tambm a quantidade de nitrognio recuperado nessas
estruturas influenciaram a produo de forragem (Tabela 6).
3,98,8
2,9 3,83,85,9
9,8
19,6
8,5
17,7
28,9
55,8
0
10
20
30
40
50
60
testemunha degradada pastagem recuperada
tonelada
/ha
parte area resduo lter coroa razes total
Testemunha
Parte-area13%
Resduo10%
Lter13%
Coroa35%
Razes29%
Mdia tratamentos recuperao
Parte-area16%
Resduo7%
Lter11%
Coroa34%
Razes32%
11Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Calagem na recuperao de pastagens
A primeira ao para reconstituir a
fertilidade do solo a calagem, entretanto, para
pastagens estabelecidas e degradadas, as
recomendaes de calagem ainda geram
controvrsias. Aspectos tcnicos, como a dose
a ser empregada, a necessidade ou no de
incorporao e o tipo do calcrio a ser
empregado, so fatores a serem considerados.
A recomendao de Werner et al. (1996)
para fertilizao e correo do solo em pastagens
considera que a saturao por bases (V%) em
pastagens estabelecidas deva estar entre 40% e
60%, dependendo da espcie forrageira.
Entretanto, pesquisas mais recentes
consideram que os nveis de fertilizao a
serem usados na explorao das pastagens,
bem como a disponibilidade de nutrientes no
solo, tambm devem ser considerados quando
se avalia a viabilidade da calagem, pois esses
parmetros podem determinar o potencial de
resposta da pastagem. Sem dvida, se os nveis
de correo de fertilidade forem baixos, espera-
se que a influncia da saturao por bases seja
menor por no se constituir no fator limitante da
produo, entretanto, quando se adota nveis
de fertilidade mais elevados, a ausncia de
correo do solo pode ser limitante. Vrios so
os trabalhos que elucidam este fato (Couto et
al., 1985; Macedo, 1985; Sanzonowicz et al.,
1987; Carvalho et al., 1992; Paulino et al.,
1994; Cruz et al., 1994; Oliveira et al., 1999;
Oliveira et al., 2004).
A coroa e o sistema radicular representaram entre 60% e 70% da matria seca da planta,
tanto nas testemunhas como nos tratamentos que receberam calagem e adubao. Como efeito,
quando ocorre a recuperao da planta forrageira h necessidade de se garantir o suprimento de
nutrientes que suportem o aumento dessas estruturas, de modo a proporcionar aumento na
produo de forragem (Tabela 6 e Figura 4), uma vez que a soma da massa dessas estruturas pode
ultrapassar 35 t/ha.
Tabela 6. Correlaes entre a produo de massa de material seco da parte area e variveis
diversas para Brachiaria brizantha cv. Marandu.
Fonte: Oliveira (2001).
Massa de matria seca da parte areaanualVariveis
Correlao (%) Prob. Teste t (%)Matria seca da parte area na poca dasguas
94,5 0,001
Matria seca da coroa 60,0 1,4Matria seca do sistema radicular 55,7 2,4Recuperao de N na coroa 50,0 4,7Recuperao de N no sistema radicular 66,8 0,5
12 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Um fator interessante a se observar o comportamento da resposta ao uso exclusivo de
calcrio em pastagens degradadas. Quando o sistema est muito degradado e o solo bastante
exaurido, a resposta calagem pode no existir (Oliveira et al., 2003), mas quando existe alguma
fertilidade (Oliveira et al., 1999) apenas a calagem pode produzir aumentos de produo de forragem
da ordem de 1,5 t/ha de matria seca (Figura 5). Tal efeito se deve capacidade da calagem de
colocar nutrientes em disponibilidade s plantas. Se o sistema for muito pobre no h nutrientes e
sequer matria orgnica para serem disponibilizados, portanto h dificuldade de se aumentar a
produo de forragem da pastagem degradada somente com a calagem.
Figura 5 Produo de forragem (acima do resduo de 20 cm: mdia de dois anos, t/ha/ano) de umapastagem de Brachiaria brizantha degradada estabelecida em um Nitossolo eutrfico, sobquatro tratamentos. Fonte: Oliveira et al. (1999).
Obs.: Mdias seguidas por letras distintas diferem significativamente pelo teste F (P0,05). Coeficiente devariao de 34%.
A anlise dos trabalhos realizados com diferentes nveis de saturao por bases deve ser
criteriosa, uma vez que a ausncia de resposta pode se dever ao insucesso na obteno dos nveis
de saturao por bases pr-estipulados, mesmo aps vrios anos de calagens consecutivas (Figura
6). Esse comportamento foi observado no experimento de Oliveira et al. (2003), que avaliaram trs
nveis de saturao por bases (40%, 60% e 80%) em Brachiaria decumbens degradada estabelecida
em Neossolo Quartzarnico, com saturao por bases inicial de 24,5% e saturao de alumnio de
40%, e no encontraram resposta s doses de calcrio empregadas em relao produo de
forragem.
4,36
5,93
16,36
19,02
16,84 a
14,36 b
02468
101214161820
degradada calagem fertilizao calagem +fertilizao
Mdiacalagem
Mdia semcalagem
t/ha
deM
S
13Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Entretanto, em outras situaes, em que
foi possvel alcanar nveis de saturaes por
bases almejados, a resposta calagem tem
sido positiva (Cruz, et al., 1994; Oliveira et al.
1999; Oliveira et al., 2004).
Oliveira et al. (1999) avaliaram o efeito
da presena ou da ausncia de calagem e o uso
de aerador de solo, associados a fontes de
fertilizantes na recuperao de uma pastagem
de Brachiaria brizantha cv. Marandu
estabelecida em Nitossolo eutrfico, e
observaram na mdia de dois anos aumento de
produo de forragem de 14,4 para 16,9 t/ha/
ano. No tratamento em que no houve calagem
ou fertilizao, a pastagem permaneceu
degradada, produzindo 4,4 t/ha/ano de matria
seca; quando se realizou apenas a calagem, a
produo aumentou para 5,9 t/ha/no; e quando
se realizou apenas fertilizao, a produo foi
de 16,4 t/ha/ano; e quando se realizou
calagem e fertilizao, a produo obtida foi
mxima e de 19,2 t/ha/ano de matria seca
(Figura 5). Nessa situao, o custo:benefcio
do calcrio sempre superior a 3:1, ou seja,
para cada R$ 1,00 investido em calcrio h o
retorno de R$ 3,00 em produto animal
vendido, no caso, carne. A saturao por
bases 28 meses aps a primeira aplicao de
calcrio praticamente permaneceu inalterada,
sendo inicialmente de 67,7% e passando para
62,4%, mesmo realizando-se calagem com 1,5
t/ha de calcrio dolomtico com poder relativo
de neutralizao total (PRNT) igual a 90 a cada
ano, objetivando-se elevar a saturao por
bases a 80%.
Oliveira et al. (2004) conduziram dois
experimentos durante dois anos agrosto-
lgicos, para avaliar o efeito residual de fontes
de fsforo em presena ou ausncia de
calagem na recuperao de pastagens
degradadas de Brachiaria brizantha cv.
Marandu estabelecida em Neossolo
Figura 6. Saturao por bases ao fim do segundo ano em diferentes profundidades de Brachiariadecumbens em recuperao em funo da calagem associada fertilizao. Fonte: Oliveiraet al. (2003).
Obs.: Mdias dentro da mesma profundidade seguidas por letras distintas diferem entre si pelo teste de Tukeya 5% de probabilidade.
42 b
52ab58a
33b
41ab48a
2125 25
0
10
20
30
40
50
60V%
0-0,05 0,05-0,10 0,10-0,30profundidade (m)
V%40 V%60 V%80
ns
14 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Quartzarnico, com 2 mmolc/dm3 de Ca, 1
mmolc/dm3 de Mg, saturao por bases de 7%
e saturao por alumnio de 76%, e
encontraram aumento de produo de
forragem quando usaram calcrio para elevar a
saturao por bases a 70%. No primeiro ano, a
dose de calcrio usada foi de 4,5 t/ha de
calcrio dolomtico com PRNT 90 e em mdia
3,6 t/ha de calcrio dolomtico com PRNT 70
no segundo ano. Realizou-se fertilizao com
N, K, S e micronutrientes em todos os
tratamentos. No segundo ano, quando se
suprimiu a fertilizao fosfatada, para verificar
o efeito residual das fontes de P, observou-se
resposta significativa calagem em termos de
produo de forragem, que alcanou 9,8 t/ha
na ausncia de calagem e 11,4 t/ha quando se
realizou calagem. No segundo experimento,
com a presena de adubao fosfatada nos
dois anos experimentais, apesar do aumento
de produo em decorrncia da calagem, a
diferena no foi significativa; com calagem a
produo foi de 11,4 t/ha/ de forragem e sem
calagem foi de 10,8 t/ha.
Efeitos benficos secundrios da
calagem ao final dos dois anos foram:
. na planta, aumento da concentraode P durante o perodo da seca;
. no solo, aumento dos teores de Ca ata profundidade de 30 cm, queda nos
teores de alumnio at 10 cm e na
saturao por alumnio at 30 cm, nos
dois experimentos;
. no solo, aumento nos teores de Mgat 10 cm para o experimento com
supresso de adubao no segundo
ano e at 30 cm no experimento que
recebeu adubao fosfatada nos dois
anos;
. aumento da saturao por bases at 30cm de profundidade, mas os valores
foram aqum dos 70% pretendidos,
ficando em 31% e 40% na camada de
0 a 5 cm; 22% e 24% na camada de 5 a
10 cm e de 16% e 18% na camada de
10 a 30 cm, nos experimentos com
supresso ou no de adubao
fosfatada, respectivamente.
Cruz et al. (1994) avaliaram o efeito da
calagem (ndices de saturao por bases de
4%, 20%, 36%, 52%, 68% e 84%) sobre a
produo de Brachiaria brizantha cv. Marandu,
Andropogon gayanus cv. Planaltina e Panicum
maximum cv. Aruana, em condies
controladas, em Latossolo Vermelho-Escuro de
textura mdia, e verificaram que a calagem
aumentou a produo de matria seca dos
capins, sendo o Panicum maximum o mais
responsivo. Associando dois recursos
estatsticos, regresso e teste de mdias,
concluram que para a instalao de pastagens,
quando a saturao por bases for inferior a
50%, aconselhvel fazer calagem, de forma a
elevar esse valor a 70%. Tambm Macedo
(1985) encontrou benefcios da calagem em
solo de pastagens, sendo que a calagem,
realizada no primeiro ano, no promoveu
aumento na produo de forragem, mas a
produo acumulada em quatro anos mostrou
incremento na forragem produzida, variando de
14% a 38%, acompanhado de aumento na
absoro de N, P e K.
A influncia do PRNT do calcrio na
calagem torna-se pequena quando se utiliza
esse ndice como coeficiente de correo
(Oliveira et al., 2003) na frmula de
recomendao de calagem baseada na
15Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
saturao por bases (Raij, 1991). Nesse
clculo, considera-se o PRNT como um
coeficiente de correo, fazendo com que as
diferenas de calcrios de diferentes PRNTs
sejam minimizadas para o mesmo nvel de
saturao por bases pretendido. O uso de
calcrios com PRNT menor, para atingir nveis
de saturao por bases mais elevados, pode at
resultar na gerao de um efeito residual. As
maiores doses do mesmo calcrio testado,
conseqncia do seu menor PRNT, possibilitaram
a produo de maior massa de razes e a correo
da deficincia de Mg (Oliveira et al., 2003). Esse
fato se explica porque o efeito residual do calcrio
vai depender de seu poder de neutralizao (PN) e
geralmente calcrios com PRNT menor
apresentam maior probabilidade de deixar efeito
residual, pois o PRNT a frao do PN do calcrio
que ir reagir em trs meses, sobrando parte do
calcrio para reagir ao longo dos anos.
As pastagens degradadas normalmente
encontram-se implantadas em solos cidos e com
elevado teor de alumnio, no s na superfcie do
solo mas tambm em profundidade. Desta forma,
quando se pretende realizar a calagem, a grande
dvida que surge a forma de aplicao do
calcrio, se na superfcie ou se incorporado ao
solo. O uso de calcrio na superfcie do solo
possui como grande vantagem a manuteno da
integridade do sistema radicular da planta
degradada (Oliveira et al., 2003; Soares Filho,
1992), mas, por outro lado, pode promover
perdas por volatilizao de N quando se pretende
fazer adubaes nitrogenadas de cobertura
posteriormente aplicao de calcrio (Oliveira,
2001), em razo da elevao do pH na
superfcie do solo, que ocasionada pela
prpria hidrlise da uria.
Oliveira et al. (2003) no encontraram
diferena devida incorporao do calcrio na
produo da parte area, tanto na anlise de
varincia em que se confrontou a testemunha
degradada contra a testemunha que apenas
recebeu a gradagem, quanto na anlise de
varincia do fatorial, em que se comparou a
incorporao do calcrio em relao ao uso
de calagem na superfcie do solo. Soares Filho
et al. (1992) tambm no encontraram
diferena na produo de forragem no
primeiro ano e observaram decrscimos na
produo no segundo ano, quando realizaram
gradagem para a recuperao de pastagem de
Brachiaria decumbens. Na produo de massa
das razes a incorporao do calcrio
provocou decrscimos (P 0,01) at 30 cm,no primeiro ano experimental. Supe-se que
esse efeito ocorreu em conseqncia da
morte de razes e a da demora da sua
recuperao aps a gradagem. No segundo
ano, apesar do longo perodo decorrido aps a
gradagem, que foi realizada apenas no
primeiro ano, as razes ainda responderam
negativamente (P 0,05), na profundidade de0 a 5 cm (Figura 7). No mesmo projeto (dados
no publicados), os autores tambm
encontraram resultados semelhantes com o
Panicum maximum. Soares Filho et al. (1992)
tambm observaram queda na produo de
razes quando empregaram gradagem na
recuperao de pastagens, mesmo quando
utilizaram fertilizantes.
16 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Figura 7. Massa de razes (t/ha de matria seca) de Brachiaria decumbens em funo de formas de
aplicao do calcrio. Fonte: Oliveira et al. (2003).
Obs.: Mdias do mesmo ano e da mesma profundidade seguidas por letras distintas diferem pelo
teste F (P=0,05 e P=0,01, no primeiro e no segundo ano respectivamente).
A utilizao de grade pesada para
descompactar e recuperar a pastagem provoca
um dos resultados mais ilusrios dentre as
tcnicas erroneamente preconizadas para
recuperao de pastagens. Com o uso da grade
provoca-se o revolvimento do solo, que
favorece a ao de microrganismos e a
conseqente mineralizao da pequena parcela
de matria orgnica ainda existente nesses
solos. Dessa maneira, existe a disponibilidade
de alguns nutrientes, principalmente de N no
sistema, que provoca o crescimento das plantas
forrageiras, mas esse efeito normalmente
efmero, uma vez que os nveis de matria
orgnica da maioria dos solos brasileiros so
baixos e as pastagens dentro de perodo muito
curto voltam a se degradar novamente.
Com relao ao uso de uria,
subseqente aplicao de calcrio na
superfcie do solo, Oliveira (2001) desenvolveu
um experimento em pastagem degradada de
Brachiaria brizantha, em que avaliou o balano
anual do N quando a calagem foi realizada em
duas pocas, maro ou agosto, e a uria foi
aplicada incorporada ou na superfcie do solo.
Na incorporao da uria, objetivou-se sua
colocao abaixo da camada de aplicao do
calcrio. A calagem realizada antecipadamente
em maro favoreceu a produo de forragem.
Esse fato pode estar relacionado ao maior
tempo de reao do calcrio no solo na
presena da umidade das ltimas chuvas de
outono, que pode ter aumentado a eficincia de
uso dos nutrientes P, K e S, uma vez que, para
4,3a
2,3b1,8a
1,3b
2,6a
1,7b
6,5a5,8b
3,7 3,4
4,94,3
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0t/h
ade
MS
0 - 0,05 0,05 - 0,10 0,10 -0,30 0 - 0,05 0,05 -0,10 0,10 - 0,30
Profundidade (m)
Incorporado
Primeiro Ano Segundo Ano
ns
ns
Superfcie
17Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
suprir esses nutrientes, foram empregados superfosfato simples e cloreto de potssio, fontes que
possuem sua eficincia incrementada com a reduo da acidez do solo. Outro fator que pode ter
concorrido para esses resultados foi a diminuio da toxidez inicial de Al.
Apesar de no ter ocorrido aumento de produo de forragem em funo da incorporao da
uria, essa operao aumentou a recuperao do N da uria no sistema, diminuindo as perdas
calculadas (Tabela 7). As perdas foram gasosas e as ocorridas por volatilizao devem estar mais
ligadas s reaes qumicas que ocorrem ao redor do grnulo da uria e elevam o pH nesse local
(Kiehl, 1989) do que ao efeito da calagem, uma vez os valores de pH na superfcie do solo no
momento da aplicao da uria eram muito baixos, mesmo usando-se 3 t/ha de calcrio dolomtico
com PRNT 90 na superfcie do solo.
Tabela 7. Produo de forragem, recuperao de nitrognio e perdas de nitrognio no sistema solo-
pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu (novembro de 1998 a dezembro de 1999).
1 Mdias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem significativamente pelo teste de F ao nvel de
probabilidade indicado na Tabela.2 Total da planta e lter = soma da recuperao de nitrognio na parte area acima de 20 cm, no resduo abaixo
de 20cm, na coroa da planta, no sistema radicular at 60 cm de profundidade e no lter (massa de matria
morta da planta forrageira depositada na superfcie do solo).3 Considerou-se as perdas como sendo apenas gasosas, uma vez que as perdas por lixiviao medidas at 60
cm de profundidade foram irrisrias.
ns = no significativo.
Matria seca Recuperao de NitrognioTratamentoParte Area1
pocaguas
pocaseca
AnualTotal daplanta e
Lter2
Razes(0-60cm)
Solo(0-60cm)
Total dosistema
Perdas3gasosaspoca
calagemIncorporao da
uria-------t/ha------- -------------------------%-----------------------------
Maro Sim 7,2 a 1,9 9,1 a 59,1 6,2 a 20,3 b 85,6 14,4Maro No 7,6 a 2,0 9,6 a 39,5 3,8 b 18,8 b 62,1 37,9Agosto Sim 6,4 b 1,9 8,3 b 47,9 6,7 a 21,6 a 76,8 23,2Agosto No 6,4 b 1,9 8,3 b 44,1 4,5 b 23,2 a 71,8 28,2
Testemunha 2,3 1,6 3,9 - - - - -Coeficiente de variao
(%)23 32 20 14 34 11 13 -
Prob. F p/ Incorporao ns ns ns 0,01% 0,12% ns 0,04% -Prob. F p/ pocas 1,3 % ns 1,7% ns ns 0,26% ns -Prob. F p/ I x E ns ns ns 0,26% ns ns 0,95% -
18 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Fertilidade do solo em pastagens degradadas
com nfase na fertilizao nitrogenada
Em situaes em que as pastagens
encontram-se degradadas, normalmente o
solo tambm est degradado. Princpios
bsicos, como conservao de solo e gua
por meio de terraos ou outros sistemas e
condies que favoream o incremento de
matria orgnica no solo, so fundamentais
para recompor condies mnimas de
caractersticas fsicas e qumicas no solo
para atender demanda da pastagem
manejada intensivamente, de maneira a
garantir sua persistncia.
A fertilizao corretiva que realizada
aps pelo menos 90 dias da execuo da
calagem muito importante para garantir
caractersticas de solo mais favorveis para o
incio das adubaes nitrogenadas de
cobertura, que podero ou no ser
acompanhadas de outros nutrientes. No
trabalho de Nussio e Corsi (1993) possvel
encontrar idias bsicas sobre os parmetros
que norteiam as indicaes dessas
adubaes. Em pastagens degradadas de
Brachiaria brizantha cv. Marandu,
estabelecidas em solos pobres em fsforo,
com teores abaixo de 5 mg/dm3 de P avaliado
pelo mtodo de resina, Oliveira et al. (2004)
obtiveram excelentes resultados com doses
de fsforo que variaram entre 80 e 100 kg/ha
de P2O5, quando utilizaram diferentes fontes
de fsforo (superfosfato triplo, superfosfato
simples, termofosfato), alcanando produes
da ordem de 21 t/ha/ano de forragem acima do
resduo de 20 cm de altura. Atualmente, esto
sendo desenvolvidos trabalhos em que se avalia
o efeito residual de diferentes fontes de fsforo,
bem como a associao dessas fontes, que se
espera garantam a disponibilidade de fsforo
em diferentes pocas para as plantas
forrageiras. Com relao ao potssio, este no
se tornou limitante nos vrios experimentos
desenvolvidos com Brachiaria brizantha,
Brachiaria decumbens e Panicum maximum,
quando aplicado de maneira a atender de 3% a
5 % da capacidade de troca de ctions do solo
(CTC).
Os resultados de experimentos em que
se avaliou o uso de fertilizao nitrogenada em
pastagens mostram um campo vasto para
pesquisas futuras, apesar da grande quantidade
de trabalhos desenvolvidos at o presente
momento. O primeiro fator a ser definido a dose
de N a ser empregada em cada condio de
pastagem degradada (espcie vegetal, clima,
fertilidade do solo, uso de irrigao), procurando
encontrar o equilbrio tcnico e econmico.
Segue-se a essa investigao a possibilidade do
uso de diferentes fontes, principalmente no que
se refere ao melhor aproveitamento do N oriundo
da uria e a interface nitrognio-enxofre, com a
possibilidade do uso de sulfato de amnio.
Os trabalhos conduzidos at o presente
momento mostram que as pastagens degradadas
respondem a altas doses de N em todas as
condies avaliadas, entretanto, em
determinadas condies esta resposta pode no
ser econmica no primeiro ano, quando forem
exploradas por algumas categorias de gado de
corte. No segundo ano de manejo, as respostas
so maiores para as mesmas doses de N e
bastante favorveis ao uso de nitrognio.
Interferem nesse contexto a fertilidade inicial do
solo, principalmente com relao ao teor de
matria orgnica e o grau de degradao da
pastagem.
19Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Respostas diversas foram obtidas no primeiro ano de recuperao por Oliveira (2001),
Oliveira et al. (2003), Oliveira et al. (2004), Oliveira et al. (2004 no prelo) em quatro experimentos
distintos com variedades de capim-braquiria em Neossolo Quartzarnico. Os resultados foram com
Brachiaria decumbens de 3,8 t/ha/ano de MS para 300 kg/ha/ano de N; e com Brachiaria brizantha
cv. Marandu 10,5 t/ha/ano para 300 kg/ha/ano; 9,6 t/ha/ano para 240 kg/ha/ano de N e 8,8 t/ha/
ano para 210 kg/ha/ano. Entretanto, no segundo ano, as respostas foram maiores e mais uniformes.
Como exemplo, o ltimo valor de 8,8 t/ha/ano com 210 kg/ha/ano de N passou para 15,2 t/ha/ano
com a mesma dose de N (Figura 2). Na Figura 8, pode-se observar que, para cada quilograma de N
usado em uma pastagem degradada de Brachiaria brizantha cv. Marandu, a resposta em produo de
forragem variou no primeiro ano de 35 a 90 kg de matria seca e no segundo ano com as mesmas
doses a resposta foi de 72 a 130 kg de matria seca. Interferiram nesses resultados a dose usada, o
equilbrio da relao N:S e a recuperao da planta forrageira.
Figura 8. Eficincia do uso de nitrognio (kg de matria seca/kg de N) em funo de doses de N e Sna produo de forragem de Brachiaria brizantha cv. Marandu. Fonte: Oliveira et al. (2004no prelo).
Obs.: Mdias seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Tukey (P=0,01).
Apesar de as respostas serem diversas, trabalhos realizados por Oliveira (2001) com o
traador 15N, que permite mensurar exatamente quanto de N oriundo de determinada fonte
permanece no sistema, mostraram que a recuperao do N no sistema pode ser bastante alta,
chegando a valores da ordem de 80%, quando a uria for incorporada. Acredita-se que o N retido no
sistema no primeiro ano pode se constituir em reserva para rebrota, que ocorre no segundo ano
experimental, uma vez que grande parte do nitrognio oriundo do fertilizante armazena-se em
84
123
90
130
49
84
48
74
42
72
35
75
103a110a
64b 61b57b55b
0
20
40
60
80
100
120
140
Primeiro Ano Segundo Ano Mdia
70 N 70 N+S 140 N 140 N+S 210 N 210 N+S
kgMS/kg
N
20 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
estruturas de reserva, como as razes e a coroa (Tabelas 7 e 8). Essa alta recuperao e alta
reteno nas estruturas de reserva do sistema tambm explicam a baixa lixiviao encontrada
nesses sistemas de pastagens em recuperao (Figura 9), uma vez que pequenos percentuais do
nitrognio ultrapassaram a camada de 40 cm do solo. As perdas que ocorreram no sistema foram
principalmente gasosas (Tabela 4), podendo se constituir de desnitrificao, volatilizao e perda
direta de amnia pelas folhas.
Tabela 8. Recuperao do nitrognio da uria nas estruturas da planta de Brachiaria brizantha cv.Marandu.
Fonte: Oliveira (2001).* O lter representado pela matria morta depositada na superfcie do solo.** Diferena no teste F ao nvel de 5% de probabilidade.*** Mdias seguidas por letras distintas, na mesma coluna, diferem pelo teste F ao nvel de 10% deprobabilidade.ns = no significativo.
Com relao ao manejo da fertilizao nitrogenada, quando esta realizada utilizando-se uria
como fonte de nitrognio, prticas como a incorporao da uria nas adubaes de cobertura com
equipamentos que possuem disco duplo desencontrados podem ser vantajosas, aumentando a
recuperao do nitrognio na parte area e no sistema, como pode ser visto nas Tabelas 7 e 8. Outra
alternativa de manejo a associao da uria com sais inorgnicos, tais como o superfosfato
simples e o cloreto de potssio, que podem promover melhor recuperao de nitrognio nas
estruturas da planta e promover melhores produes de forragem, como pode ser observado na
Tabela 9. Tambm deve-se evitar a aplicao da uria na superfcie do solo encharcado, aps chuva
ou irrigao, pois essa prtica tende a provocar as maiores perdas do nitrognio da uria (Primavesi,
et al., 2001).
Tratamentos Recuperao nas estruturas da planta (%)Incorporao
da uriapoca dacalagem
Parte area Resduo Coroa Lter*
Sim Maro 27,3 a 5,3 22,3 4,3Sim Agosto 24,4 a 4,6 14,7 4,6No Maro 19,8 b 4,4 11,3 4,0No Agosto 21,2 b 4,9 13,6 4,3
Coeficiente de variao (%) 24 70 40 33Efeito da Incorporao *** ns ** nsEfeito da poca ns ns ns nsEfeito da interao Incorp. x poca ns ns ** ns
21Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
Tabela 9. Produo da parte area e recuperao (%) de nitrognio proveniente da uria em
diferentes componentes do sistema solo-planta de uma pastagem de Brachiaria brizantha
cv. Marandu.
Obs.: SFS = superfosfato simples; Test. = Testemunha; CV = Coeficiente de variao.Lter representado pela matria morta depositada na superfcie do solo.* Mdias seguidas de letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si, pelo teste Tukey ao nvel de 1% deprobabilidade.**Mdias seguidas de letras distintas, na mesma coluna, diferem entre si, pelo teste Tukey ao nvel de 5% deprobabilidade.ns = no significativoFonte: Oliveira, et al. (2003).
Consideraes finaisA recuperao efetiva das pastagens depende do manejo fisiolgico adequado da planta
forrageira, representado principalmente por perodo de descanso e ocupao dos pastos,
acompanhados de resduos de pastejo adequados, e da recomposio da fertilidade do solo.
Nas pastagens em recuperao se tem observado ao longo dos anos aumentos no teor de
matria orgnica dos solos e na cobertura vegetal da rea, que garantem melhor aproveitamento da
gua, evitando a possibilidade de compactao e de eroso das reas de pastagens, alm de
dificultar a infestao por plantas daninhas.
Uma vez recuperada, a pastagem submetida a manejo adequado tanto da planta quanto do
solo, pode persistir durante dcadas, sem necessidade de reforma.
Recuperao de NitrognioTratamentos(parcelamento) Parte
AreaParte
areaResduo Coroa Lter Razes
(0-60cm)Solo
(0-60 cm)Total dosistema
SFS KCl t/ha/ano ------------------------------- % ----------------------------------sim no 10,5 a 15,6 4,5 14,1 a 3,5 b 7,53 a 16,84 62,09no sim 9,9 ab 16,4 4,6 12,6 ab 7,5 a 5,06 ab 19,16 65,35sim sim 8,3 b 18,0 5,2 5,99 b 6,7 ab 5,96 ab 17,73 59,61No no 8,3 b 18,9 4,4 10,0 ab 5,5 ab 3,55 b 17,41 59,76
Test. degradada 4,0 - - - - - - -CV (%) 23,3 14 37 54 45 35,54 14,86 14,49Efeito do tratamento ** ns ns ** ** * ns ns
22 Recuperao de pastagens degradadas para sistemas intensivos de produo de bovinos
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Reviso de texto: Edison Beno PottEditorao eletrnica: Maria Cristina Campanelli Brito.
Comit depublicaes
Expediente
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Pecuria e Abastecimento
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