Relato e Registro. Relato de Experiência Apresentação

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Relato e Relato e RegistroRegistroRelato e Relato e RegistroRegistro

•Relato de Experiência

•Apresentação

• A E.E.E.F. Leo João Frölich está situada a 8 km do centro da cidade de Venâncio Aires, no interior do Rio Grande do Sul. Atende alunos DM da Escola e de outras escolas da localidade. Funciona nos turnos da manhã e tarde, com Educação Infantil e Séries Iniciais, pela manhã e séries finais, à tarde.

• No horário do AEE da escola, foram levados os alunos DMs ao LaboInfo, para trabalhar com o software HagáQuê. Entretanto, só será relatada a experiência observada no desempenho do aluno Giovan, por ser o aluno com mais comprometimentos, de todos do grupo atendido.

Título da Atividade: Explorando o

HagáQuê.

• 2.1- Apresentação do aluno: Giovan é um aluno diagnosticado como síndrome de Ehlers, associada à DM moderada. Tem 13 anos e está incluído na 4º série de uma escola vizinha. Vem à Sala de Recursos, duas vezes por semana, em turno oposto. É interessado. Tem ótima memória visual, é bem estimulado. Apresenta dificuldades na motricidade fina e apenas este ano começa a ler frases e pequenos textos. Sua atenção é pouco focada no objeto de estudo. É bastante instável e não gosta de enfrentar situações novas.

• 2.2- Proposta:• Conversamos sobre histórias em

quadrinhos, manuseamos e lemos livros de HQ. Foi proposto ao grupo que explorasse o software HagáQuê, mas, antes foram mostradas as barras de ferramentas e os principais utilizações. Esperava-se, tão somente promover a interação do aluno com o software.

• 2.3- Realização:• O menino foi fazendo as

descobertas, fazendo e desfazendo, trocando e partilhando descobertas. Cada novidade era motivo de alegria. Ficava encantado com a possibilidade de aumentar e diminuir as figuras, porém, o que mais agradou foram as onomatopéias oferecidas. Repetia incansavelmente, o som e o colocava em contextos inusitados e divertia-se com o efeito.

• Ficou apreensivo, quando “perdeu” figuras, não as queria mais e quando encheu a página. Foi indicado, então, como poderia solucionar as situações (pois ainda não lê) e pode seguir experimentando.

• Finalmente, foi-lhe sugerido que fizesse uma história, com o produto final, porém não conseguiu contextualizar as figuras e fez frases, isoladas.

• 2.4- Avaliação:• Diante das tantas restrições

(horário reduzido, situação nova, sem internet, primeira experiência), acredita-se, que o resultado foi satisfatório porque, apesar de tudo, o aluno interagiu com o software, dentro de suas limitações.

• 2.5- Conclusão:• Os objetivos do trabalho foram atingidos

porque, mesmo com uma única possibilidade de recurso (pois só tínhamos o HagáQuê instalado), o aluno demonstrou motivação, interesse, praticou a escrita, exercitou o raciocínio lógico, fez abstrações, explorou sons e cores, estimulou a criatividade, a imaginação e elevou a auta-estima, etc...

• Estaremos empenhando esforços para instalar outros programas e, principalmente uma internet de qualidade para que possamos oferecer cada vez mais possibilidades de aprendizagem a todos os alunos.

Reflexões sobre a(s) atividade(s).

• 3.1- As atividades são válidas e viáveis de serem utilizadas com os alunos, no Laboratório (desde que se tenha internet e PCs em condições). A informática traz, no seu viés, a possibilidade de se fazer dos termos: “exclusão na escola” e “exclusão da escola”, expressões do passado. Para tanto, é necessário que os professores deixem de ser “infoexcluídos” (uma boa parcela ainda é).

• Temos que usar a tecnologia para “...a construção de um projeto de sociedade que traga em sua essência uma forma de pensar a existência da vida antes da morte,” ( Hugo Asmann,1998).

• 3.2- O grupo de professores ficou entusiasmado e, ao mesmo tempo desolado pois, temos tudo e nada.

• Enquanto estivermos sendo privados do que consideramos essencial, continuaremos contribuindo, mesmo involuntariamente, para o “apartheid neuronal”, pois nossa realidade nos obriga a uma pseudo inclusão.

Conclusões

• Nossa escola já tem um Plano de Ação Pedagógica para o LaboInfo. Os professores já sentem os benefícios destes recursos e, após apresentarmos o amplo leque de possibilidades que a informática oferece, estão convictos de que é preciso, e possível, explorar mais os recursos midiáticos e tecnológicos, para que seja feita, também, à inclusão digital.

• Estivemos, durante todo o curso, socializando nossos conhecimentos. No entanto, competiu conosco, nossa dura realidade. Estaremos nos mobilizando para termos uma boa internet e temos o propósito de continuarmos fazendo, com os alunos, o uso dos poucos recursos tecnológicos de que dispomos.

• Temos 40 horas, a cada ano, de formação continuada “obrigatória”. Pensamos em oferecer um pouco de nossos saberes ao grupo, nesta oportunidade, porque pensamos que, desta forma, estaremos ratificando um dos pensamentos que distribuímos aos presentes, na festa do Jubileu de Ouro de nossa Escola:

“Se não houver frutos,valeu a beleza das flores.Se não houver flores, valeu a sombra das folhas,Se não houver folhas,valeu a intenção das sementes”.