RELATORIO CONCLUSIVO DOS TRABALHOS REALIZADOS … · relatorio conclusivo dos trabalhos realizados...

Preview:

Citation preview

RELATORIO CONCLUSIVO DOS TRABALHOS

REALIZADOS PARA VERIFICAR O IMPACTO

DAS CAPTURAS DE ISCA-VIVA NAS

PESCARIAS ARTESANAIS DE PORTO BELO.

ITAPEMA E BALNEARIO CAMBORIO - SC

ABRIL DE 1990

Por: Maria Teresa Fernandes MoraesManoel da Rocha Gamba

RELAToRIo CONCLUSIVO DOS TRABALHOS REALIZADOS PARA VERIFI~AR OIM~ACTO DAS CAPTURAS DE ISCA VIVA NAS PESCARIAS ARTESANAIS DE

PORTO BELO, ITArEMA E BALNEARIO CAMBORIU - SC.

Maria Tel-~sa Ferrlandes Mot aesManopl dd Rocha Gamba

J NTRODUCAo: 'o presente tt'ab~]ho objetiva mostr~r u~a an~li5e

preliminat- do impacto da captura de sardinhas jU/enis (isca viva)sobre a at ividade artesanal de al ,~umas C0l11Un idades do Estado, aotelnpo que coloca tambeln algumas cbservacoes sobre outraspescarias que tem prejudicado esta atividade. Desde 1981, quep,1,-alel aw-'nte a pesca da ,sa,-dinha veniade ira no Estado de SantaCatat-ina vem sendo efetuada a e~plotacao de atuns, utilizando-sev ara €~ isca" NC.1S ultimos anos conf] ít oc entre fl'·ata sardinheira e~tuneira,tem sido unlB con5tante~ ja que a utilizacao de juvpnisde sa.-elinhacomo isca-viva e apontada pela frota san1inhei.ra cornocausa Ja diminuicao do estoqup adulto. O projeto de~companl1amel1t.o e aval iacao das c apt ure s de isca-v iva f o í in ic: j ad oI"elo CEF'SUL em 1988 no Estado, em decorrenciêl dos conflitosentre sardinheiros e atuneiros; erltretanto a partir' dE! 1989 furam1"suriJas no projeto inicial novos obj~tivos e metas, no sentidode tambem êlvaliar o impacto dessa atividade sobre as pescariasdas comun idades pesque iras de Bal near io Caml:>rwiLI, Itapema e ["ortoBelo, corlsideradas areas de atrito erltre pescadores e frotaatuneir a. O pro j e t o obje1 ivava coletar dados sistematicos ne scornunidades que propiciassem uma analise acurada dQ situacao;entretanto alguns entraves de ordem economica e de pessoal nao

,'per'~,itiu clue a Inetodologia ,original tracada fO'ise cumpridi\lllleg,-almente; assim foram feitas al9umas adaptacoes para,conseguir dados que se nao tracassem de forma precj~a~ des~el11Ufna ViSilO global da situ~cao e a]gumds ,-ecomendacoes.

METODOLOGIA:

tJa metodol 09 í a ín ic ial, v tS~i.va-sec ol",tar dCldos pat'·ac11a,~rllJ':;ticar" as COnlllniddde!: .• ê..1.t.raves dfo') se e rr ~~ ~ I ~ía ét ia51ste,,, o e coletei de da õs que ssub s í d'íar Lam ./Ohem outrosprojetos rloCEF'SUL, na pesca artesanal. Entretanto a metodologiainicial sofr-eu a19LlInas altel"-acor..lS e novas adapta,woes foram'f(~ita5.

Pela dificuldade em se analisar o cunteudo estomacaldas E::'sp~'cies 1:', serE'm estudadas foi feito llmd revtsi.\ob ibI i,o,~,raf í c a sobr-f? o aSSLlnto.

O numer-o de ppscadcJres, rlUlner-o de E'mtl~l.I'"car:oes I;?

jiHl "'C:lof I"HJl,;'. de r1esca, bem como as espec ies de 'valor- cnmet'~c:ial para,a pesca êlrtf"sanal, foi levantado junto a ACARF'ES~, e as Colonlasde Pe~ca~ enquanto que as caracteristicas dos petrecllDs foramlevantadas 11 in Ioc o" pelos tC?cn í c o s de> pr-ojeto.

1..•..

TBmbem foram realizadas entrevistas ccom ~escadores eintermediarias nas tres regioes estudadas.

AREA DE ABRANGENCIA DA REGIAO ESTUDADA

PORTI1 BELO:Das tres regioes estudadas, a de Porto Belo e a mais

reprFH-::entdt Lva , t an+o a n :i.VE"·] de procJucao qoan t o i\O fhtffi8r'C1 L1f:~

pese.3 dnrf:;'h que cClfnpoel1l a comun id.:'lde ê\l"'tesana].. O mun lC ip J o quet arnbern vive do tur-ismo, tem como ati.vidade principal a pesca. Etambenl a are~ fIlais olemica na captura da isca-viva, pois setr a :ando dei uma êoreB de 1:1""iac1our-o natural passou a ~r o localHíaJ.!~ E:{plOfado pel (IS t arcos lscadur es. Em] 98~ o pE·rcerlt.ual dei a v e c ep t urano nesta r"e9Jao er-a de 5(2),2 'l.~ pas5!?llldo para67,7 % em 1986, 89 % em 1987, 33,3 em 1988 e 64,7 % em 1989.Es ta os c il acao na pel....centa.I~)E~liS podf-J ser" ern dac or ,....enc ia daspropt ias c ond í coe e oCL·anol;.ra-f í c es , pois quarido d c ap t ur a da iscalla,tJ €~ favDrt3.vel no Estaclo, os at.une iras da +ro t e '::\I'~..-t..=:fldadaI:JljscÇ..",m outr-as re,:;does como Sao Sebast í ao no 1 í t.or a í p eu l í st e eBaia de Sepetiba nu litoral fl,\minense.Silva (19711 cltsd perAmar·a] p- Rlj avec, estabel eceu cor rel acao entre a ac or r er.c j~a. dere5surg~ncicl e as maiores taxas de captura de sardinha nas areasdo Esl. do Rio de J~neiro.

Apesar do ';ar-ande numero de pra ias nes.tel reI) i eo i:'penass a ís Sf:-\O,..·epresentdt ív ass na atividade pesqul~ira ar·tesdnc:-\l, sendoelas: Ar'sca, Zimbros, Sede (Porto Belo), CanLD Granda, Santa~ê:' e--r::õfnb inhél,?_ ri pesCalias c omurt i d~des de Z i.mbr·os e PortoBelo e fEita ~trav~!s dos arraslos de pOI-tas, predominado assim ~cdptur.'\ da c.~mt:"1I""CO 7 barb es , as quais tem dec:l i nsdo IIOS l,ltimosano5,~embara o esforro de ·~sca tpnha prmane-· o CGrl~tarlt~:

A comunldate de Canto Gr-ande possue maiclr dlversificacaonas c~ptIJra~ COlno a corvina, cardO, canlarao legjtimo ~ canlarao 7bc:H ....Uc:\,!::;!.; numa esc:al i:\ m.=,nc)l·~"", capt:'li""'Fã I1t tambem a pescê:id Tnh a , abrl:Jt.2a.. 'lin911~d.9 etc.

- A LumuniJade d~:?Araca, ja se cal'"ac:ter-i~a pela c apt ur a dec.orv ana, e e a cOlT.ur,id.:.\ch~ mais !Irodutiva onde os confl tt.o s têm St?d.H-iU .nuj "las vez E'S I'f" 1a dt::?stru icao dOE",petrer:hc.s de pesct2\ que seron s t j l:uellJ e::m SlId maj nr-· ia ele ,..·ede..-s de espera CDm 2((.1V.) t!i a 3(!H?I0fi+eLr '*J' .• cl,.:.. rompe imen t r. pÇlrn c ad a en',bi.\rcat~f\o..

ri Fr ot a fDnst.ituida r1P 551 emhar'cac:oes cio muní c í p í o dePa.· to 8'.?lo e c:.olnr.J os L·, tle batp ir-dS com compr imentn quo v er iamde 7 a 8~5 metros com motorps de 11 a 20 HP, util izadas'_1'_:(a I ,rlf::'nte no ar r assto d(~ c:amar-ao 7 bar-bas; os botes qUE medem de11 ~I 16 rnetr o-s de l-nfTlpr-lmento, COI,l 'motores de :56 c.\ 115 HP, saouLil l21..,cllJ prirlcipalmt-:.nte na pesc..j:\ da .~orvina, e ril.dl:lh~llte asbo l _l'ir-C::I::. que mede/f: du 8 a 12 fOf,ltr'os , ut ilTzando n'C.ltul-i:·'~...l r.I(~ 36 a9n IIP !lIE 'if--: dE'sL ll'i,(j\ a pesc.r1 lIo C(,\fI\21t'""a(J 7 b~r Lt:\S.l F I c?rJt..;·fi deeSj]Pl' f..1 .•

As indLtst. "l13 e}·~í s t e-ntes no mun í c ip io PLt.c:H) I b;aadascI il .;!l".Ómt:'I·ltf.:~ a pescc:" e quase qlH."? (~Xclusi.vafTlel1ti:! .). CUIIIE'1' ["ial í z ar.a o(1..1pl:-:l-cado,d qual E- ff?"ira com C) ~\("UdLlt.D gelado uu "in n.:.\LUI ali. Nomurr lc.Ip Lo e:·;istem tafl1beenl 11 pei:{c)("las, 10 sal':.ldS Pt-:--ttonc c-ní.es

a intpr~mf?dial'-ios que c omer c í e'I izam cr pescado rvo-s me-r'cados ele Rio,Janeiro e Rao Paulo ..

ITAPEMA

1)"5 t:r~es rC~9i(JF.Sestudadós:, e s t o e o mi rn ll:ilJ t o Cl1lTl 'lIt.?l'lc,rdf~ p",,'sr:adart::\~~, l==nLr~eté1flt-cl p()ch~'~'seobspr-var' dma pl·'.'SCO

nr':)dn:i.'ada f'~ mi::\i!:~ con!."istc-ntp consiut?t MI.J~, ;..~t:;' I,\;.,~.,L~~111 io c ip,ü] ml.\ll1.c ti.::> dados rio ClH1Lo da r'raja.

r15 ll\"-inc.ipdjs (~spt:'Lie~ Li1I.,tt.ttt-ddi:ls nl~:::,t.~~c O,"" v il 1(;.., L~ o C.dl ao, I'? c.l. cl.I-lr> dE-:.' jJH::.i-C ••• In"j, lS u1.:il i~:_,Llc~ .::ii'l\.1 .:.l~.,

(ie l..", L: il) ~ ele €,IS \"l' i C. L\lii rTlt?n(J\ eS·Ldld u espinlh.l.As 126 t.z:.iliba\·~c.dcaes tlt i l izadas na pescar~ ir:ts ~:.ao

'Je,<.·,lt;H .11.,::.1 a bale1t-cl" Laleeira, qUL' v~'.riMde 8,1;:0 .1•...l ,~..: .11.:. eEquil),.lI~.I·.i COTl motol-~~j de 2(2) a 9t21 llP; F.!mbar~cC:.HDl..S L~~.l.;·,~ comll~q'l.·;'j, .• _".t'-.:(,nclmia dL lTILotr D qU8 ] eVI) c, pp.scadCJI'"" d s6ir de lr,anha e

.•.01 L 1:.\' .\ Larc1E:.A comer-c.i.d] j;"cH:ao e ·fE:itd at.raves de int.E~r-medidl'-ios,

que SQ somam em tres salgas e quinze peixar'ias, ql,e tambeml\~rlj-=f i I I c.\lfl pescadD para os rlr~ í nc ipa is mercados con s.um idor'21::>, R iade Janeiro e SdO Paulo.

nUmE-f· •..")

+or t ,_:',E:-Sl,dl."J:;a

I .,-~,:.iiad

CAMBOF',IU

[-st~ regii\O compreende as comu~idad~s deLaranj~ir·as, Vila Real, Barra e Baln8ario.

A frDta pesqueira com 1212) EJmba,-ccoes, c:onst ·iltida. de 26bot~ 7"1 ba-L.,ir-a ,-> 24 b.,lleeir-"s, se destina pr rnc Lp el merrte aI'Pscc3r~ li' do c:amarao_7 barl)as e peb:es dernersais.

A"s ell..-tes, df~ pesca rH" _., __ 1 I.Zac as Sal) oc.aml;rtiO 7 I,lê:\..-bas, as t-erles ch? t?spera e atarr-afds;ta~lT. nesta re(~lid() 2 1:f-?rCOS flutuant.t?Gprin.::jpAlmentt-",? na pesca de f1ei:-:es pelagil (JS cost e í ros .

A comer-cial iZdcao do pescado e feita principalmente por-intc-ru,ediarius atr avt::.·s de 5 sa19as, 16 peixarias e ruuna \-2scalamenDr' Er x is·te tambem a comere ial í z ac ao direta a veral'i í s t a s emmescadCJ public:o~

Esta regi~o se constitue como uma das mais atingidaspela po í u í cao , o qu., tem I"ef,letic\o na pesca local.

A sE~uir- apresEntamos as tabelas 1,11,111 eapres~ntaam especificaeoes da atividade artesanalestudA,da.

I

Taquaras,

cll-rasto de2><islindouti] i~~dc:Js

IV, queaFeana

CARACTERISTICAS DOS PRINCIAPAIS PETRECHOS DE PFSCA MAISIISADOS PEL r, PESC?\ ARTESANAL NA F:EGI AO

Os pptrerhos mais usarlos nesta area SdO:Ar..-astaa de praiar"'OlTllll :imel.b, - de 2q)0 a 4(~)0 metrosAI tllr-a no centr-o - de 10 ii) 12 IIIctr-osAltura nas n.angas - de 4 a 6 metrost1alhas - de 40 a 70 mlll (estirdda)I:"""io - mon\cfilamento 0,l.HZ) e Q),50,

2HI/18.

,

ou mui t i f , 21Q1/12 a

3

...•..r~DA~Cr.CO(S SECIAOA5 NOS V~F.:G~.U"ICIPIOS OA AREA ESTUO'OA

TABi:LÁ' 'I r----- ---------.,. OE CAPACIO.DE PROPULSA.0

HUNTCIPID COMUNIDADE llPO UNID. TRIPUL. CARCA lO M01 aR Il(HO._-----------------_._- ._._----- ----------POR10 BflO S~de bote 03 O. 2 -5 •

be t e í r a 65 1)0 0,5-1,5 •bale.i[~ 50 •

Araç' bole 22 80 5 -10 •~oJH!:a 20 40 I - 2 •bale 1ri 17 25 0,5-1,5 •h8lei:a 50 •

llnobros bole 03 12 0,5-10 •Qaleel:a 07 lO I - 2 •batelrl 55 110 0.5-1,5 •ba t eí r e )0 •

C. CRANOC bote 08 )2 )- 8 •na 1E~i:a H 75 1 - 2 •na t e Lr a 16 22 0,5-1,2 •batelra 60 •

St a, luzia bahira .0 135 0,5-1,5 •ba t e Lr a 40 •

11 APEHA C.da Prah bot.e O. 36 5 - 10 •baleeira 10 25 - 2 •baleira 31 50 0.5-1,5 •ba t e Lr e 70 •

C'~BORIO Taquoir.Js b.\~",r;r. 02 O. 1,5-2 •t'l3tc!ra O) O) 0,5-1 •canoa 02 02 0,5 •

larangelras balei r a 01 02 0,5-1 •c.;-·r.J; Dl 02 0,5 •

Vil. RelI b.to:!;z O. O. 0,5-1 •fiarra Dete 26 26 1,5-2 •

t,aJ·~E::!'I 12 2. 2 - ) •('I.a;eira 56 58 1,5-2 •biltco DR 32 ,- 10 •

Ba Lne â r Le c")n~. OE 08 " 0,5 •

..EtA(CHOS DE PlSCA [MPRfCt.DOS NA PCSCA ARTES:'KAl NA ARE A lSlUDADA

TABELA' n------ _._-_ .._--_ ..__ . ---- -'-- ------- --_ •• o - -

Ar..RA~iAD Aq~AS10 DCC.7 CAR8A$

R(DE cc(~r(RA

lRAINEIRA lAIlRArA (SPJNli(l ·puÇA PI

ISCA-YIVA ClIMARAO n U1l'''N1[---------_. __ ...- -_.__ .- _.- ---ClRCO

10 COH;JNJOADE DC PRA]A~ede:

Ja~u.uslaungeiras

YJh RealBarre

06

150 60 .080

1100 10no 2.0 '00

8<0_._----- 220,e20 O) 150

14010

SU.i..u:h

Araçá1 ia.bros

C. Crande

.n

t. Prah 10o:;01

15 .ü UIO,

21'85 680 "8

04 :.,

·.'"w

IIU UALSlllllllllIJ\. l!i.IfIl:/\l;1 H F. (IIHI Ueln! IlJ\çnu nu 1'I.~iCIUIII

NA 1\111.1\ t. SI uo"nA

TA'BELA III. __ ._---_ .... - - -----------_. --_._---

IUNU u[ tnBUle" cnl-tnun ItllIUSIHIJ\ tlllll'l~U.

MUNIC(PIO t:UNlõElI\H. 1Jl:. fllIA fUrE/UI Pf.IXAlI1A IIE SAI (:I\S IIE

__~~ U1:~~Uh ~~~:~_Dl OS JIS 11 U:l 10 01

UI UJ p;u I~ UJ

POIllO OELO IlJ

t ,

1I APEHI\..f~~Q - _lOTAl Ol ,.' OJ

o 1.__ ~12~,1,-_-,1.!!6 -='--'-_09 ~06 42 02._-- -_._-------_.-18 01

QUADRO 00 PERÇEHfUAl D-' PRO~UC;'O fIlDlIO:Y!:lAl [ ART[SA~"lttA PRI)l)tlCAiJ PE:;QtJClP.J

ESTAOO DE SAIlTA ~J.PI!I";,"

TABELA IV--------_ .._._------- ---- '-----A • o P(ICA IrlOOlmA1 (Cr\lCIS) ~ PESCA AAH~':'r~;L i((~I( IS I T o T 4 L-_._-- --------- -'-"'-'----- ---- ----lS11 71.a,o.2l1 ,15 40, In lD!.1~".02~.SO 59,90 181.63'.219,05191ô 89.660.285,14 19,O) HO.Ol1.409.8!1 60,97 2?9.731.695,03IlII 149.S0Z.900.~6 ",O.lS 22I.ti02.!f9/,12 19,6S j!O.505.89/ ,38191~ 189.dJ3.S30,IU 31,3' 415.413.~5).48 68,64 õ05.212.483,~8191i 611.1,8.092.50 61,34 lliO.9J'i.06J.9Q l6,66 1.066.417.15ó,4019!10 1.109.13'.849,00 56,44 9J3.]';9.59~.OO 43,56 2.142.e8~.4'3,!019111 1.363.9'9.181,00 48,34 1.411.469.330,00 51,66 2.821.416.111,001912. ~.234.632.038,CO 56,01 3 -,326.12l_84B,00 43,99 1.160.111.886,0019a1 9.eeS.3~8.558,OO 53,64 8.542.912 .16'i ,00 46,36 18.'28.330.12/,00

II••• 40.242.1l9.775,OO 59,51 2/.316.121.l21,00 40,49 61.6)8.21/,102,00I19U 115.392.0/9.413,00 11,60 51.114.lt •. 62~,~0 22,40 221.6~1.0'9.099,00

'''' 541.157.260.13 81,34 124. 39J.09 I ,33 18,66 616.510.359,46Ij~l 1.0'l.011.103,00 81,61 219.2B.1JIl,OO 17,li 1.262.285.433,00------- ---- ----------_._-_ .. __ . - ._.- -_._--- ._----_ .....- ,. _ .._---_._--

'''''

Arrasto de portasComprimento das tralhas de 8,5 a 10 metrosComprimento do corpo - de 10 a 13 metrosMalhas - de 20 a 28 mm.Fio - PA multifilamento 210/12 a 210/16Portas - de madeira medindo 0,68 x, 0,42 m.- 14 Kg.Tracao de arrasto - 100 a 120 Kgf.

Rede de espera e de caceioCom~lrimento - 100 a 150 metrosAltura - 4 a 5 metr"osMalha=. -- 6'~ a 8Ql mm , (estil"'ada1Fio - monofilamento O,40 e O,50

Cacoeir'oCumprimento - de 50 a 60 metrosAltura - de 10 a 12 metrosMal lias - de 3~1l!1 a 37(2) rnm ,Fio - PA trancado de 2 mm.

Tçaineira dH isca-vivaComprimento - de 25~ a 280 metrosAltura - de 25 a 28 metrosMal has - de 16 a 2<21 mm. (est ilrada)Fio - PA multifilamento 210/9 a 210/12

EspinheINo de anzois ,-Linha mestraCabo~;; de bo ias

de 200 a 250 anzoisMonofilame'lto de 2 a 3mm.- PE trancado ou torcido de 8 mm.

Cerco fIut uerit ePerimetro dn cercado - 120 metrosComprimento do caminllo -- 70 a 80 metrosMal h",,; - 26 rnrn , (est iada )Fio - PA 210/24 e 210/26Altura do cercado - 8 metros.

Tarr'afaAltur~ - de 2 a 3 metrosMalhas lje 20 a 40 mm.

com a especie a que(est í rad a )se destina

variando de acordo(camarao uu peixe)

ALGIIMAS CONSIDERACOES SOBRE AS ESPECIES MAISREPRESENTATIVAS NA PESCA ARTESANAL NA REGIAO:

Camarao 7 barbas - (Xiphopenaeu5 Kroyerj)

o camarao 7 barba's distribui-·se de maneil''''amp Le nolitoral latino americano. Segundo Perez - Farfante (1970), ocorredesde o sul do Cabo Hatteras na Carolina do Norte (USA) ate oEstado de Santa Catarin~ .

4

Esse c~ustaceo tem uma impo~tancia ~elevante noEstado, pois destaca-se como' uma das p~incipais esca~ias daa t iv idade a~te5a aI, espec i.almente r'íã5 reg 10es de Por-to Belo,~lm r05, an a Luzia e Camboriu, sendo a a~te da pesca maisutilizada pequenos a~rastoes de portas_ Todas as embarcacoes saodotadas de tangones para arrastar duas redes simultaneamente;essa operacao e feita em ge~al por dois tripulantes.

A faixa litoranea de atuacao das' baleeitas E batelras.,que operam com este petrecho durante todo o ano, situa-se erltreas ibobatas de 5 a 25 Inetros, area considerada crtadouro ou' decre~cirflt:~·nt()dp. f;5peC:iEs demer:-sais.

Nos ultimos anos observa-se um declinio nada fc\url~) acunlpanharlte nesta modalidade de pesca.(lcor \--=-r nao t~m funcao de s.eletivldade do pet-reLhodiminulcao desta auna nas areas de pesca do camarao 7f~c~ r\O intenso es orco -e pesca ap ~

percenta.;.emIsto dE-?ve

C::" im dal.Jc.'\r-bas,

Corvina - (Micropogonias furnieri)

A pescaria da corvina uma das mais da ativid.adeartesanal, pescada ate ~ milhas da costa atravES de redesdemal"",r de ·fundo e de-cacelo. maior p í co de cap ur' ereal Iz aclo ent~eos meses de n;;,.::a:.:i:.:o=--"a~""(Jc:L,,",t,,-,,u:.:b=--roa uma pnJfund idacle '1uevaria de 15 a 50 metros.

'Geralmente a embarcacao trabalha, com2000 metros de'l redes na pesca de cace io e, H,Ql0fundeadas.

Considerando que esta especie se alimenta numa fixaam la, desde mic~ocrustaceos, moluscos, deca oda,

:<"::-;',:::-'-''-:a''s'"','''crustace.q.s e pequenos pep:es (Isaac,V.J. 1988), epouco. IJrovavel que haja ~~izo )~r-a esta escat"ia emdecor,-encia da' quebra da cadeia alimentar. Entretanto nos ultim05anõs a prodücao da cor v ina na pesca artesanal tem dec 1 inadolTabe]c, ) .

f(otab J.E. 1988, relatou que 66 i'. das espec iesdesembarcadas no po~to de Itajai, captu~adas entre Santa Martu eChui ni=1u hav í am at in1;,ido o tamanho da Pr- í me í r e matur"ac.ao se>~ual,consequ~ncid do uso inrli~criminado de malhas pwquenas nosarrastoRa e do desrespeito as distancias minimas da costa, onddestao sJtuadas as aras de r:riacao e crescimento dessas especies.

aproximadamentemet.ros quando

Bagrl?s (Familia Ariidade)

Estas especies como as corvinas tambem apresentamnicho alimentar amplo: ,peixes, decapodos, anelideos, moluscos,zoop Laric t on e m.icroalÇlas~~und(J estcldos fRitos por- Mishima eTanJi 1982, o grupo dos Arius spixi se alimentam principalmenmteae zoop lauc t on , enquanto~ema is esp~c ies de b211~rEs temcomo C;\11lilento os or,~animos do ban to e riec+on, --

. A pescaria destes peixe se da perto da costa, e vemsofrendo p r e í ui z os , nao p81a interfe e c i a em si dClts cdpturas 11carfe ia aI ime.ntar d est ass Espec ies mas sim pel a invl.~saoda. frotaindu~t a area artesanal- prujudicanndo a operacao daat iv ir13c11:? drtesanal pe] a cle s t r u icao das rpejes de E-?Sperd.

5

Tainha

....•.

(Familia Mugil idae)

Segundo Yanez e Arancibia (1976) citado por espectrotrofic~ das especies de Mugilidae revela seu habito detritivoro,correspnndendo a conSUffi í dor es . pr~i mar i os, send-u aS$ i rn estasespecies de grande import~ncia ecologica pela con ver sao daenergia potencial aproveitav~l em outros niveis traficas, naosendo assim uma eSilEcie importantE na cadeia alimentar dasa.r-d i r rh a ,

A pesca da tainha e realizada durante o invernl) nosmeses de maio gosto, quando apC:1rMeCE-:ml na ep oc.a de d~?sovagrandt·~s cardumes num movimento"nligratorio proveniente doGrande <lo Sul em ç:i irMecao ao nar-t.e, sendo que a prov avo l ar"eadesov~ Esta entre Santa Catarina.s Sao Paulo.

Na epoca ela pesca da tainha ha um declínio rla captlArada isca-viva, pois c."\ atencao dos p~scador·es -fica vo l t ao a a QS~j.i::\

pescar· ia. '1. ,Cacoes

emRio

de

05 cacoes pertencem ao grupo de peiNRs bem exploradospela atividade artesanal; tlabitanl geralmente aguas mais afastadasda. CO~l{ '1';\ sendo uma l=specif:? alta.m..ente pr~dor-a i

Segundo Coussean (1973) o cacao anj o (SqUé'\tina sp.):, sealimell~a majs de especies demer5ais do que benlonjcas oupelagicas. Considerando a distar\cia a que.e pescado tal especiª eSlla !""\ t.a predacao, dEduz-se que as sar-dinha nao sejam SUd ·fai:·:2ttrof ica E·... C' ·_\l.a e que capturas de iscã=-v i,,~\ naCJ Vf~n lamrn er-·f•..•rir significantemente na caue aa alimenta,'" d!::.~ssa:';:)e~pl,,~cH~S.

PRODUCAO EM Ton. DAS PRINCIPAIS ESPECIES CAPTURADAS PELA PESCA

ARTESAt,j{)i_NOS ANOS DE 1982

ESPECIE

Abrotp~B891 L'

Betilf'Call'.1, -'~í í, imoCama RC'·S8

C€oT.. 7 b srb a ssCacaes (diversos)CorvinaLinguadoPescadasPescadinha realPese. olhudaSardinha verd.Tainha

1982

••..•7r:.4.."_~'0" , .~I

9::(~)~1129Q)) 1352~8

1 (2)71 , 3

3461,52'994, 11.924,2237,6

66,5272:10112~365,9

2689,t

TABEL.A V

1983

689,91Ql42,877.2,6328,1

130Q),82820,21976-,82198,5

164,267,9

297,6192,6110,9

1766,2

1984

173:5,1923,91::':8, (l

577,82171,7284Q) ~31697,54317,3

190,964,1

348,1212,4153,2

2(b23, :I.

1987 se

. 198~~

9QlQI,l5el~, 57S8,1269,9

111'+,91675, s151QJ,52834,O

123, ~J73,7

1.76,9160,2346,3

1496,1

1986

31.9,4324·,1136, :l2(~)7,5481, Ql

1388,91265,s1683,6

84,612,4

125, 164, '918,3

68é) ~5

1987

1.13,3242,9273~1115,~5l81!),3

lí2)15~9764~6

19'1l8,681,513,4

141,51Ql:-:" 1113,5836,5

'''-"

PRINCIPAIS ESPECIES CAPTURADAS NA ATIVIDADE ARTESANAL SC

Camarao 7 bar'basCamarao legitimor.amarao rosaCorvinaCacao anjoCacau viDlaCac50 gal hudoPescada o l l urd aPescada brancaF'escad í nn,s r·ealBa9reTainhaMar ia luizaBeta,'aSnrorocaSerr inha

TABELA VI

~ipbopeD~e~s hco~eriE'eoaews sbiIDi11jE'eD.il':wsP..,JJlfiiDS..ise E:~ brOlS,il,il:o:üs~..i~rOPQGQo..i.ilSff0cnierjS.Qw,;;1io.aSD~Bbjoobaios per~elleosCar~b.aCID..iOWS IDilber:iiC~o.os~iJ:)o sir:i"ü,wsC~nQ.s~iQn .1.ejacJ::b.wsM.il~roQon ••n~.:d.J:)j;jOLl&r.iJrJa.etlwo;lilsp~,E.ar",.1OQJ;;bJJr:J.JSbr:",sili.eosist1enii~ir:r:b.ws .amer:icJi\owSS~oIDb.er:OIDCJJSpr.asi.1i.eos,isS.ilr.d.aSJi\CJ:l••

ESPEC IES QUE ESPORAD ICAMENTE APARECEM NA CAPTURA DA ISCAS'''VIVA se. ITABELA VII

Pescad inha r e a IMaria luizaCarapicuCanl;;toaEnchovaCorcorocar- ilhaMicholeGordinhoSargo de denteCaranhaGaloPalombetaBor oroc aPorcoBaiacu

tlJi\crOQOO .aoc~lo.donE'Ji\r:aloo~b~c~s br:asilieosisE~cioosioID~S ID.el.aoopter:JJSSiellifer ras1cif.erE:oIDJi\10IDJJSsa11Ji\1or:Or:1bopris1is r:~berMUllJJS ar~~o1iDaeDiple~tJJID radial.eE:.epri.1JJsparJJ&r~bosacQws cbomboi.dOllisI.JJ1iaDlJS analisSel.eo.e ~OID.eC = Sel.eoe s.e1apiooisCbloroSCOIDbrJJs ~b~sJJrJJsS~oIDb.ecOIDJJSbrasili.eosis rS1.epbaool.epis s.e1if.er:I."Qoc.epb.alJJS lae~iga1JJs "

DICUSSAO E CONCLUSOES:Anesar dos estudos ate hoje feitos sobre

pl'""oblemilticd ria pe~ca artesanal muito pouco se caminhousentido de solucionar os entraves que tanto prejudicamcomunid~des de pescadores.

Ol'se~vando-se como a pesca artesanal vem se conduzindotanto no que t ra t a das tec:nolo,~ias empr-e9adas a ·captur-a, pesquisÇ.O\da biologia das especies, ao sistellla de comercializacao depescado, a assistencia tecnica, pode-se afirmar que pouco ffilldou.Sabe-sE que o declinio da~ capturas estao diretdmenterelacionadas a uma falta de administracao pesqueira, a qua] teRI

, J

a110

as

7

falhado peja falta, de estudos e de politica seria, quesubsidiar diretamente as decisoesque propiciam.maioraos recursos pesqueiros.

Segundo este esturl liminar e bem rovavel que ascapturas de Isca viva em si nao ~lterem a cadeia alin\entar afi,aior- ia das espec les imp ri:"'ã'il"tespara a ãc a e é'{r-tE~.elila-l,tlesde qrrarrrt êu-dtnfla neo ~_H~constitue num nivelo t".t·'Dfjcc'exc l uss í o Eiíenhuma st--as Espêc1es.":1f Entr-ptanto, consider"andoque os estoque .. ~ e enCClrltr.. super explotados, o que se POd0llbservr.\r através o decl in io c:~ producao destas espF.~,:':j es(T~b.VI)nab areas artesanais p npce5sar-io caLJtela quarlto a] iber-acc.':\o das t';lombar-cac:nes que capturam isca'-vivd; p01S aJ em tioimpac o sobre os crlaíOLlros natlJr'ais or-a tao sacrificados~ existet. a-mbem o desrespe i to da. frota ir1dustx· ial sobre a ar ea e ospelr-ec' '.,1;.- ;~r-tEsanai.':?11 ce: estudos I"'f.'~]ato ivos a í ssca=v í v« devemt.omar- tamb€"~1llum r-LtITIOno sent í do de l:ILlsca~- novas ai tetMnat ivas deisca pard a pesca do atum.

Entrelanto achamos oportuno levantar neslequestoes que considBr"amos se~ mais importantps do~iscussao ,in impacto da captura de isca.

venhamprotecao

outraspf'"op..-ia

EstudoqLlt~ a

1- O detalhamento atraves de dados coletados~ corlformefoi anteriormente programado pelo projeto visava nao so avaliaros asp~ctos biologicos da questao levantada, como tambem ospconoolicos e sociais das comunidades em estudo; somente atravesdE? uma analise ampla desses tres aspect.os e que'se pode fazer limaurdenacao drls recurso pesqueiros de forma racional. Desta forma,torna-se po~sivel antecipar novas arternativas de emprego atl-avesde outras c.tividades pesqueiF'as, para que mE.'dida~:; dearlminislr"ac:ai:1 dos recuF'SOS nao venham CdIJSar- problemas sociais,,-entretanto I,ar f alta dE' dados f icamns imposs ibil itados deavaliar ~ste a~;pectD.

7- Sabe-se que a participacao da pesca industrial temcrescido nos u] timos anos, observando-se a tabela IV , verific"a-S~ que a pesca industrial aumentou sua participacao de 64 % em1978 para 86,5 % e~ 1987, na producao total do pescado de SantaCatarina. Por putf'"O lado a pesca artesanal no mesfuO perludod í m í nu iu ele :::'5,8/.para 1::::,5%"0 que vem cOllfir~mar~"\ faltd rJe

í cent ivo a pequena pesca.Este aumento conferido a atividade industrial se

ao ~ngresso ~1e novas embarcacoes e melhoramellto nas artes~consequentempnte acarretou Ufn aun\ento no esforco de pesca.

Se estudos sistematicos fossem feitos para S8 compar"aro volume em toneladas da fauna acompanhante registrados nosarrastos de parellld,cerM1:amEnte seri~fn mais significantes do lluaaqueles regislrados na captura de isca-viva.

f<otas em 1.9B9~ real izou estudos sobr-(~ c> efeitopr-edator-io da pesca de ar("asto sobre (JS e~tratos de irldividuosjovehs e o grande volume da fauna rejejtada~ evidenci~ndo queesta operal oe~ causam im~lacto sobre.os estoques dem~rsdis o quecons~quErlt~fnente atingira as capturas artesarlais.

Ha í mov í c r et aLl (1989) tandJem obser'vou uma d í m i riu í caodo estoqu~ de c~stanha, pescada olhuda, pescadinha e c8ryina~e-sp ec í es cornrJonent€?s da pesca denH~r-sal no Rio GrandE? do Sul.

deve("J que

8

decl in ioCatarina.

Ao observermos ana producao dessas

tabela V·, podemos constatar umespecies talnbem no Estado de Santa

3- Os arrastos de camarao 7 barbas tambem saacons iderados como urna outra que st eo impor"tant e CJ. estudar- ..

Se9"nrlo o Anua,·IIJ Esta.tist ic o de 1982 a 1987, <3

proc1ucaa de camarao 7 barbas t~m decrescjdo nos ultimo~ anos.Considerando que pstudos realizados junto a frota de

pe~uenas embarC8coes nas proxinljdades d~ Bai~ de Santos comprov~-se que 60 a 70 % da captura e devolvida ao mar, e de acordo como "Rela.toria Conclusivo dos trabalhos real izados para estudar· ede·f in lr- c\ v iah i1 idade tecn ica do empr-e.;}o de r'edes de arr a s t o e decacaiD", elaborado por tecnicos da SUDEPE, UFSC a ACARPESC, porcada Kg. de cama,·ao capturado por redes de arrasto na Baia Norteda Ilha de Santa Catarina, sao capturados 9,5 Kg de faunadco,r,pêinl,ant".Seo;;:undoo mesmo reI ator ia sao capt urados pequenose>:emp]at"es de ] in.;;)uadn, sarei inha , abr-o·tea~ ccrv ina, I pesci.\d inha eoutros.

Ac-hamns pertinente chamar a atencao sobre o impactodessas pescar"ia~~ nos estoques, pois sabe-se que o prOdlJtodestas operãl~()PS caracteriza-se por uma cJiversificacao faunisticaconsideravel, o que chamamos de fauna acompanhante. composta deindividuos aInda imaturos. Entretanto nao se tem estudos

sistematizados para avaliar ate que ponto a retirada desta faurlainterfere no p~uilibrio ecologico das areas pesqueiras.

AtravEs da Tabela V, pode-se observar que anas capturas de camarao 7 barbas vem diminuindo nosanos.

prodl.lcaoultimos

Conolly (19861, analizou e considerou que a I-ejeicdode pescado na pesca camaroeira tjn~a uma proporcao media ele 11:J,em valores numericos para 28.021 Ton. de camarao, 308.231 Ton.eram de especies rejeitadas.

A~esar destes dados que evidenciam um elevado impactode pesca a r~ue esta ictiofauna rejeitada vem sendo submetida~pOUi.O se sabe sobre a composicao dessas especip.s rejeitadas, ~que c~rta(flt:mt·e ja vem causando uma d iminuicao dos l~stoqllespesquelros.

Durante os embarquE's na frota atuneira foram feitasidenlificacDes das especies acompanhantes da isca-viva;encontrou-se individuos das familias Clupeidae, Gadidae,Carangidae, Pomadasidae, Sciaenidae, Trichiuridae,Stromateidae,not~ldae ~ Dirlrtontidae (Tabela VIII, entretanto o numero deindividuós nlJ c&rco eraln insiQnificantes.

O efeiLn predatorio da peSLa de arrasto sobre osext:r-~tos de incí í v í ducrs jovens e r] 9rande' volume d,::\ f al.ll 113r e.ie í t ada f'Elo arres r.odE p are Lba e portas, tem c ont.rf liutoo d,?forma muito nlais signjficante para a diminuicao dos estoqu0sdemersals d.il l?chlos pela pe!;ca drt.esanal ~

9

RECI!MENDACOES:

nuecomo um tocíoat: ividi;1dt.~ dap ar e l h e s , doIld.,.-bas r

t,aja melhor administracao dos recursos pes4L1eirosno Estadu de Santa Catar t na , nao 50 focal iZc;ll'll'1[:-o a

früt~ atuneira, mas i' dtividade pesqlJeira das~rrasto d.a calflaroes princlpalmer1te o caf~arao 7

Rue trabalhos sejam real L::adDs rJara se (del"u,71,f LHTIl ovan t uHl'-nLI) .f atil I ist í cc na area, n\:os I....í.~~~ioesonde st:~ cs....pt.UIHi-:( ncamarao 7 barbas, fauna acompanhante e suas flutuaco~s duran~~ oano, par~a uma aval iac.ao e é:\dirdnistracao dessas pescôr ias"

QlIE haja um incentivo a maricu]tura~ a partir deespecies cuja tecnolo9ia ja estejc1. dominada, a p>:E~mpl0 ele que t!\

ACARPFSC esta fazendo em algumas cofuunidades com a implantac~o demodulos de mitilicultura; e atravES do dominio da tecnologia decultivo de especips nativas aeJequadas ~s realidades regionais ~~xemplo de NE (P~rnambucol. SP e mesmo SC (UFSCI que ja investena cr f ec oo da t a í nba , no sEntido de cl'""iar novas alernativas par-aos pescad,Jres artesanais.

Que haja maximizac80 dos desembarques artesanaisatraves de um Qerenciamento dessas descargas; ap,-imoramentotecnologico ,.0 ;;;ent.ido de mel hor",r " pr odu t iv ld"d« atr-avEs de!artes mais seletivas, e adocao de medidas que permitam r·edlJcao doesforco de pesca sobre os estoques super explotados,principalmente na pesca industrial.

Que haja um inventar-io dos tr-abalhos rpalizados pelasin~tituiroes de pesquisa ~a regiao Sudeste e Sul sobr·e asprincirals especis capturad",s pela pesca artesanal e indust.rialque ps-rmj ta um d iagnol..=j:t 1\:0 da si t.uac ao 9] ob a I rh:~ssI3~;c ap t ur as econse~UeJ,t2mel-lte dar subsidios a programacao consistentee, comd iretr izps e adequacaCl de pai i l: ica pl'" ior idades, L)bj €-:t j vo s ,metas, atividades, pr az o e e custos bt-:-m de·finidos para 92tr-C\ntlr- osucesso ri.JS prfJjf?toS.

Que seja oficializado um tr-abalho conjuntn entr-e oCEPSULe ACARPESC no sentido da pesquisa trabalhar juntamente com~ eKt~nsao Ilesqupira, SLlbsidiando ~ssiln com dados tecnicos asorientacoHS a serem repassados ~ara os pescadores.

Que seja raalizado um trabalho conjunto entre CEPSUL eOS oryarllsmos publicas responsaveis pelo controle do Ineioambiente nest.as areas, jd que sabemos que a depender' do nivel depol u í cao t:.~!;tase tor-na malS ag,'""avante que a propr- i.a snbr-epescd."

Que seja elaborado um projeto de pesquisa sobreseletividade nos petrechos de arrasto para camaroes e peixesdemersais, tanto na pesca ar-tesar'ta] c omo .industrial, no SElttiJCI

de min imj::ar" i1 pr-oblemat í co da r-eje t c ao da fauna acofTIpdnhi_1./lt.I:"? ..r1ealizac:ao de amost.ragem nos deseolbarqLtE'S al'''Lesanais a

exemplo do que se faz na frota industr"ial, pa~~ avaliat- acampos i cao <? cornrrr imen t, I das espec i~s r-ej e i f:adas nest:.<"is }Jé-scar ii:\s,para qu~ se ,jln}ensiurll~ o impactu da rejelcao de pE~LaJo rIOsistemd. 1 ..·,':ü1fJ9ico pesquuü o.

Que haja uma fiscalizacao mais eficiente eregulamentac..:3.o na le9islacaD, fi>:ando punicC)l'~saquele-s :inf-,··atoresque ir,vadil·Fffi as areas da pesca reservadas a ativi~ad~ a~-tb5~ncl]..

10

Que SM incentive estudos no sentido de se encontraroutras especjes possiveis de cultivo Em cativeiro que verlham aset·vir de isca-viva para atun~.

Que se respeite a~·distancias minimas ,da costa, nosentido de protegEr as areas ele cr Lacao , bern como evitar-probl~mas socjais com a pesca ~rtesanal. .

Qu~ se limjte as frotas industriais,entrada de novas embarcacoes que se destinem"latafo,.-ma continental.

r:.lui:-· se t.erih a cau t, •..-I a no iI11;1~~('~'>sc)de novas 8mbal~cc"\cíIE;::.:)

nas frotas indu5L~ial e ar-t~sanal, que se destinem a pEsca dLespec ies dE?mei"sais na pl a ta+orma cont í nen t al , mormentE.' as dearraslo.

imp ed indoa pE~~;;ca na

BIBIOGRAFJA

ACARPESC.1987; Relatorio Pesca Artesanal/Regiao Nortedo Estado ~e Santa Catarina.

ACARPESC. 1989. Programa de Trabalho da ACARPESC para .1as Regioes de Porto Belo e Itapema.

Coe] ho , .LA.P. et alI. 1988. Aspectos Biolo.;:,iCCl5 ePesqueiros df" Isopitus parvipinnis (Cuv í s-r , 183QI), Tell~\Jstei,Pet~ciformes,Sr'jaenit1ae!l presente no ,rejeitado da pesca ar"tE.l5Bnaldirigida ali camaj···ao 7 barbas, (8. F'iH.1.1c,,8r~asi]) ~ B, Ln-s t ít u t.o dt:::>Pesca IS (lI: 99-108

Conol1y,fibhing ope,.-aLionsContr ibut iOI1, (31:

P.C. 1986. Status of the br ea i I í anand reslJlts cf related research. FAO1-28.

5hl j mpGt'2-rit':f Z:\ 1

ni21~dPS, A.C. 1988. A pr oduc ao das c í errc í es sociais r.o~5ttudo da P(.!SCi.l(.I dos pescadcwet: no 8r'as"til - (dC;\'tilogr-aí:ado).

E'Idndro S. R.. et alI. 198~5 LevantamentD das esp ec í es decamar ao pr't~~t-~rltE's no proclu t.o da pesca d ir iÇlida ao C~UTlcHiraCl 7ba,.- a" (Xiphup'.d"'?US I<roel"/' Heller, 19691 no Estado de !3. F'auJú,Br as Ll ; B. Int. de Pesca, 12 (4·): 75-85.

Godinho,H.M. et <'\11. 1988. Revisao e d í s cus s ac detrabalhos sobre as especies do ~enerD Mugil (T~]eostej~PercifDrm~~'l' MLll;til idae) da cDsta brasi"leira., B.. I ns t, de F'C\S;( CI)15 (ll: 67-80.

1~=fJti-'\S, j,.E. 1989. Anal ise" dos desembar-quE.'s ela p2scaindustrial d8 ar"rast:eiros de pdrelha sediddos nos murlicjpjo~ d~Itajai e NaVR~antes se., durl~nte o ano Me 1986. (prelo)

18AMA.rede de ~rrasLo,

1989. PrcJCE'5snBrasil ia.

2939 que trata sobre malt,a

• 1 1

br-as i l ianand 1971.

MatsLlur-a, V'I 1975. A study of thes ard í ne (Sar-dinella br-asiliensis). IIB. Jnt. Oceanogr-af ico SP; 24: 1-16.

life history ofSpawrling in ]970

nlrlrinhnsC.:'lnl::\fl •...~ i a .•

Mishirna M.. e Tanj i.. S. 1981. Dist.r-ibuic80 dos ba9f""E','C::;(Osteischt~lyes~ Ariidae) no romplRxo estuarino deB. Inst .. ·dt-J Pesca, B (uní c o i : 157'-172_

Po.li,C.R.e Rio Grande do SulAl ",."re.

1973. Os bagr''''s do 1 ít or a l-- Br-asil IherjnÇ.~ia~ Zool.

de Santa Cat~rina42: ::;;··.13~ PDrt1"1

Reb,21,', Net.o et alI.. 198·~. Rt?lal:rwio c onc t ue tvo dost r eb a lho e r".?i;'illzados para F?studar e c1l-'.!'fin'ir' C,1 v i ab i I icI.::\dt:. lt:-cnir:adas redes de raceio e ar-r-asto. 8EPSUL/SUDEPF.

Rodrigues, E.S. e Meira. P.T.peixes pres~ntes na pesca dirigida(Xiphop8na~us kr'oery) na baia de Santos ede S. Paul D, Bri.\s í l ; Bol. Inst. de Pesca,

1988 .. D teta a l imentar ri e:>ao camarao 7 barbaspraia do Pereque~ Esl.15 (2): 135,-146. . I

SUDEF'E. AnlJarios de Estatistica de Pesca, 1<;:'82/ 1987.Brasil ia.

12

Recommended