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1 daGuardaPolytechnicof Guarda
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Desporto
Catarina Maria Simões da Costa Santos
julho 1 2018
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DESPORTO
LICENCIATURA EM DESPORTO
ESTÁGIO CURRICULAR
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
CATARINA MARIA SIMÕES DA COSTA SANTOS
5008280
GUARDA, JULHO DE 2018
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DESPORTO
LICENCIATURA EM DESPORTO
ESTÁGIO CURRICULAR
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório final de estágio realizado no
âmbito da Unidade Curricular de Estágio, do 3º
ano da Licenciatura em Desporto – Menor de
Exercício Físico e Bem-Estar, da Escola
Superior de Educação, Comunicação e
Desporto, sob a coordenação do Professor
Doutor Pedro Tiago Matos Esteves. É
submetido ao Instituto Politécnico da Guarda,
como requisito para a obtenção do grau de
Licenciada em Desporto.
Docente Coordenador | Professor Doutor Tiago Matos Esteves
Tutor de Estágio | Lúcia Filipa Primo da Cruz
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
vii Catarina Santos | 5008280
Ficha de Identificação do Estágio Curricular
Entidade formadora | Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD)
| Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
Diretor da ESECD | Professor Doutor Pedro José Arrifano Tadeu
Diretor de curso | Professor Doutor Pedro Tiago Matos Esteves
Docente coordenador | Professor Doutor Pedro Tiago Matos Esteves
Discente | Catarina Maria Simões da Costa Santos
Número de discente | 5008280
Curso | Desporto – Menor em Exercício Físico e Bem-Estar
Ciclo de estudos pretendido | 1º ciclo – Licenciatura
Entidade acolhedora | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
Endereço | Rua das Covas, Lote 34, 6300-389 Guarda
Contactos | 271 238 285 | reservas.guarda@naturaclube.com
Tutor de estágio | Lúcia Filipa Primo da Cruz
Habilitações académicas | Mestre em Ciências do Desporto
Título Profissional de Técnico de Exercício Físico | 30639
Cargo | Diretora Técnica
Contactos | 925702990 | filipaprimo@hotmail.com
Data de início do estágio | 04 de outubro de 2017
Data de fim do estágio | 03 de junho de 2018
Duração | 486 horas
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
ix Catarina Santos | 5008280
| RESUMO |
O presente documento, elaborado com vista à obtenção do grau de licenciada em
Desporto – Menor Exercício Físico e Bem-estar, pela Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda, diz respeito ao estágio
curricular desenvolvido na entidade acolhedora nomenclada de Natura Clube & Spa. O
objeto primordial da apresentação dos conteúdos estabelece-se na análise crítica dos
objetivos de aprendizagem definidos e alcançados no decorrer das 486 horas previstas.
Através de um processo contínuo de reminiscência de conhecimento, a etapa do
contexto prático torna-se fulcral para o tranfer e consolidação de competências e
capacidades que, de forma holística, pretendem profissionalizar os discentes na área do
exercício físico, condição física e saúde.
Neste sentido expõe-se as atividades desenvolvidas, tendo por base o processo
faseado em contexto prático, de acordo com as áreas de intervenção definidas a priori.
Elenca-se o trabalho desenvolvido em torno da sala de exercício físico, enfatizando a
avaliação e prescrição do treino e o acompanhamento e controlo individualizado, e das
atividades de grupo terrestres e aquáticas, centralizando-se no planeamento e intervenção
pedagógica.
Refletindo-se sobre o processo de ensino-aprendizagem, através de um balanço
geral em torno dos aspetos positivos e negativos, evidencia-se a identificação de
capacidades e competências adquiridas.
Palavras-chave: Estágio curricular; Exercício Físico; Bem-estar; Atividades de grupo;
Atividades aquáticas; Sala de exercício.
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xi Catarina Santos | 5008280
| RESUMEN |
El presente documento, elaborado para la obtención del grado en Deportes - Rama
Ejercicio Físico y Bienestar, por la Escola Superior de Educação, Comunicação e
Desporto, del Instituto Politécnico da Guarda, se refiere a la práctica externa desarrollada
en la entidad empleadora Natura Clube & Spa. El objeto primordial de la presentación de
los contenidos se establece en el análisis critica de los objetivos de aprendizaje definidos
y alcanzados en el transcurso de las 486 horas que han sido previstas.
En consecuencia, a través de un proceso continuo de reflexión, la etapa del
contexto práctico se vuelve fundamental para el traspaso y consolidación de competencias
y capacidades que, desde un punto de vista integrador, pretenden profesionalizar los
alumnos en el área del ejercicio físico, condición física y salud.
En este sentido, se exponen las actividades desarrolladas, teniendo por base el
proceso en contexto práctico, de acuerdo con las áreas de intervención delineadas. Se
refiere el trabajo desarollado en la sala de ejercicio físico, como la evaluación y
prescripción del entrenamiento y el acompañamiento y control individualizado, y de las
actividades dirigidas terrestres y acuáticas, centralizándose en la planificación e
intervención pedagógica.
Al reflexionar sobre el proceso de enseñanza-aprendizaje, a través de un balance
general de los aspectos positivos y negativos, se evidencia la identificación de
capacidades y competencias adquiridas.
Palabras clave: Práctica externa; Ejercicio físico; Bienestar; Actividades dirigidas;
Actividades acuáticas; Sala de ejercicio.
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xiii Catarina Santos | 5008280
| ÍNDICE |
Ficha de Identificação do Estágio Curricular ................................................................. vii
| RESUMO | ..................................................................................................................... ix
| RESUMEN | .................................................................................................................. xi
| ÍNDICE DE FIGURAS | ............................................................................................. xvii
| ÍNDICE DE TABELAS | ........................................................................................... xviii
| ÍNDICE DE GRÁFICOS | ........................................................................................... xix
| ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SIGLAS | .............................................................. xx
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
CAPÍTULO I | Enquadramento e caracterização da entidade acolhedora ....................... 5
1.1. Enquadramento territorial da entidade acolhedora ............................................ 5
1.2. Caracterização da entidade acolhedora .............................................................. 6
1.2.1. Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa ....................................................... 6
1.3. Recursos ............................................................................................................. 7
1.3.1. Recursos humanos ...................................................................................... 7
1.3.1.1. Estrutura organizacional ...................................................................... 7
1.3.2. Recursos físicos .......................................................................................... 8
1.3.2.1. Receção e sala de espera ..................................................................... 8
1.3.2.2. Sala de exercício.................................................................................. 8
1.3.2.3. Sala de atividades de grupo ................................................................. 9
1.3.2.4. Zona de banho – Piscina, jacuzzi, banho turco e sauna ...................... 9
1.3.2.5. Gabinete de avaliação.......................................................................... 9
1.3.2.6. Balneários femininos e masculinos ..................................................... 9
1.3.2.7. Espaço outdoor .................................................................................. 10
1.3.3. Recursos materiais .................................................................................... 10
1.4. Canais de comunicação .................................................................................... 10
CAPÍTULO II | Objetivos e planeamento do estágio ..................................................... 13
2.1. Objetivos de estágio ......................................................................................... 13
2.1.1. Objetivos gerais ........................................................................................ 13
2.1.2. Objetivos específicos ................................................................................ 14
2.1.2.1. Sala de exercício................................................................................ 14
2.1.2.2. Atividades de grupo .......................................................................... 14
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xiv Catarina Santos | 5008280
2.1.2.3. Atividades aquáticas .......................................................................... 15
2.2. Planeamento ..................................................................................................... 15
2.2.1. Áreas de intervenção ................................................................................ 15
2.2.2. Fases de intervenção ................................................................................. 16
2.2.3. Calendarização.......................................................................................... 17
2.2.3.1. Calendarização mensal ...................................................................... 18
2.2.3.2. Calendarização anual......................................................................... 18
CAPÍTULO III | Atividades decorrentes do estágio....................................................... 23
2.3. Cronograma das atividades .............................................................................. 24
2.4. Sala de Exercício ............................................................................................. 24
2.4.1. Observação de sessões de treino ............................................................... 24
2.4.2. Acompanhamento de sessões de treino .................................................... 25
2.4.3. Avaliação e prescrição do treino .............................................................. 25
2.4.3.1. Fluxograma de intervenção ............................................................... 26
2.4.3.2. Estratificação de riscos ...................................................................... 27
2.4.3.3. Avaliação da composição corporal ................................................... 29
2.4.3.4. Avaliação da aptidão física ............................................................... 30
2.4.3.5. Periodização, prescrição e controlo do exercício .............................. 35
2.4.4. Intervenção pedagógica ............................................................................ 36
2.4.4.1. Acompanhamento e controlo individualizado................................... 36
2.5. Atividades de grupo terrestres ......................................................................... 53
2.5.1. Observação das aulas de grupo ................................................................. 54
2.5.2. Controlo mensal das aulas de grupo ......................................................... 54
2.5.3. Planeamento das aulas de grupo ............................................................... 55
2.6. Atividades aquáticas ........................................................................................ 58
2.6.1. Hidroginástica ........................................................................................... 58
2.6.1.1. Planificação da Hidroginástica .......................................................... 59
2.7. Tarefas e funções auxiliares ............................................................................. 61
2.8. Projeto da atividade de promoção .................................................................... 62
CAPÍTULO IV | Atividades complementares ................................................................ 66
3.1. Ações de formação ........................................................................................... 66
3.1.1. XXIV Convenção Internacional de Atividade Física Manz ..................... 66
3.1.2. II Seminário Treino Jovem Nadador ........................................................ 68
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xv Catarina Santos | 5008280
3.1.3. Convenção MUNDOHIDRO ................................................................... 70
3.1.4. 41ºCongresso Técnico-Científico da APTN ............................................. 72
3.2. Atividades do plano anual da entidade acolhedora .......................................... 74
3.2.1. Treinos Outdoor ........................................................................................... 74
3.2.2. Natura Games ............................................................................................... 74
3.2.3. Dias comemorativos ..................................................................................... 74
| CONSIDERAÇÕES FINAIS | ...................................................................................... 79
| REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | ........................................................................ 85
ANEXOS
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xvii Catarina Santos | 5008280
| ÍNDICE DE FIGURAS |
Figura Nº1 – Enquadramento territorial | Guarda.......................................................................... 5
Figura Nº2 - Logótipo | Guarda ..................................................................................................... 5
Figura Nº3 – Logótipos | NATURA IMB HOTELS ..................................................................... 6
Figura Nº4 – Enquadramento territorial | NATURA IMB HOTELS ............................................ 6
Figura Nº5 – Logótipo e Organograma | NATURA IMB HOTELS ............................................. 7
Figura Nº6 – Receção do hotel | Natura Clube & Spa ................................................................... 8
Figura Nº7 – Receção do ginásio | Hotel Lusitânia Congress & Spa ............................................ 8
Figura Nº8 – Sala de exercício | Natura Clube & Spa ................................................................... 8
Figura Nº9 – Zona de banho | Natura Clube & Spa ...................................................................... 9
Figura Nº10 – Espaço outdoor | Natura Clube & Spa ................................................................. 10
Figura Nº11 – Fases de Intervenção | Estágio Curricular ............................................................ 16
Figura Nº12 – Calendarização mensal | Natura Clube & Spa ..................................................... 18
Figura Nº13 – Calendarização anual | Natura Clube & Spa ........................................................ 19
Figura Nº14 – Cronograma de atividades | Natura Clube & Spa ................................................ 24
Figura Nº15 – Fluxograma | Sala de exercício ............................................................................ 26
Figura Nº16 – Cartaz Natura Aqua Experience | Projeto da atividade de promoção .................. 63
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xviii Catarina Santos | 5008280
| ÍNDICE DE TABELAS |
Tabela Nº1 – Linhas orientadoras | Estratificação de riscos ....................................................... 28
Tabela Nº2 - Funções da avaliação dos FR | Estratificação de riscos ......................................... 28
Tabela Nº3 - Classificação do IMC e ratio C/A | Estratificação de riscos .................................. 29
Tabela Nº4 - Fórmulas e equações | Avaliação da composição corporal .................................... 30
Tabela Nº5 - Categorias da Aptidão Física | Avaliação da AF .................................................... 30
Tabela Nº6 – Equação de Rockport | Avaliação da ApC ............................................................. 31
Tabela Nº7 – Equação de Cooper | Avaliação da ApC ............................................................... 32
Tabela Nº8 – Classificação do Cooper 2400m| Avaliação da ApC ............................................ 32
Tabela Nº9 – Classificação do Vo2max| Avaliação da ApC ....................................................... 32
Tabela Nº10 – Repetições permitidas com várias % de 1 RM | Avaliação da FM ..................... 32
Tabela Nº11 – Repetições permitidas com várias % de 1 RM | Avaliação da FM ..................... 34
Tabela Nº12 – Partial Curl Up | Avaliação da RM .................................................................... 34
Tabela Nº13 –Push Up | Avaliação da RM ................................................................................. 34
Tabela Nº14 – Fórmula de Tanaka | Fcmáx ................................................................................ 37
Tabela Nº15 – Avaliação inicial #1| Caso A ............................................................................... 37
Tabela Nº16 – Categorização da PAS/PAD | Pressão arterial ..................................................... 38
Tabela Nº17 – Periodização do EF | Cliente A ........................................................................... 39
Tabela Nº18 – Avaliação inicial #1| Caso B ............................................................................... 42
Tabela Nº19 – Periodização do EF | Caso B ............................................................................... 42
Tabela Nº20 – Avaliação inicial #1 | Caso C .............................................................................. 45
Tabela Nº21 – Periodização do EF | Caso C ............................................................................... 46
Tabela Nº22 – Avaliação inicial #1| Caso D ............................................................................... 49
Tabela Nº23 – Periodização do EF | Caso D ............................................................................... 50
Tabela Nº24 – Fórmula de Karvonen | FCtreino ......................................................................... 52
Tabela Nº25 – Controlo mensal | Atividades de grupo ............................................................... 54
Tabela Nº26 – Estrutura das aulas | Atividades de grupo ............................................................ 55
Tabela Nº27 - Escala de Borg | PSE ............................................................................................ 56
Tabela Nº28 – Modalidades | Aulas de Grupo ............................................................................ 57
Tabela Nº29 – Partes da aula de Hidroginástica | Atividades aquáticas...................................... 60
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xix Catarina Santos | 5008280
| ÍNDICE DE GRÁFICOS |
Gráfico Nº1 – Percentagem de gordura | Caso A ........................................................................ 39
Gráfico Nº2 – Bioimpedância | Caso A ....................................................................................... 39
Gráfico Nº3 – Perímetros (cm) | Caso A ..................................................................................... 40
Gráfico Nº4 – Ratio Cintura/Anca | Caso A ................................................................................ 40
Gráfico Nº5 – Pregas (mm) | Caso A .......................................................................................... 40
Gráfico Nº6 – Biompedância | Caso B ........................................................................................ 43
Gráfico Nº7 – Percentagem de gordura | Caso B ........................................................................ 43
Gráfico Nº8 – Perímetros (cm) | Caso B ..................................................................................... 43
Gráfico Nº9 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso B ....................................................................... 43
Gráfico Nº10 – Pregas (mm) | Caso B ......................................................................................... 44
Gráfico Nº11 – Percentagem de Gordura | Caso C ..................................................................... 47
Gráfico Nº12 – Biompedância | Caso C ...................................................................................... 47
Gráfico Nº13 – Perímetros (cm) | Caso C ................................................................................... 48
Gráfico Nº14 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C ..................................................................... 48
Gráfico Nº15 – Pregas (mm) | Caso C ......................................................................................... 48
Gráfico Nº16 – Percentagem de Gordura | Caso D ..................................................................... 51
Gráfico Nº17 – Biompedância | Caso D ...................................................................................... 51
Gráfico Nº18 – Perímetros (cm) | Caso C ................................................................................... 51
Gráfico Nº19 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C ..................................................................... 51
Gráfico Nº20 – Pregas (mm) | Caso CD ...................................................................................... 52
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
xx Catarina Santos | 5008280
| ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SIGLAS |
(RE) Relatório de Estágio
(UC) Unidade Curricular
(IMB) Imobiliária Manuel Brancal
(ESEV) Escola Superior de Educação
de Viseu
(ACSM) American College of Sports
Medicine
(ISAK) International Society of the
Advancement of Kinanthropometry
(FR) Fatores de Risco
(DVC) Doenças Cardiovasculares
(EPOC) Excess Post Exercise Oxygen
Consumption
(HIIT) High-Intensity Interval Training
(FITT) Frequency, Intensity, Time and
Type
(TI) Treino Intervalado
(GAP) Glúteos, Abdominais e Pernas
(NDP) Natação Pura Desportiva
(AMA) Adaptação ao Meio Aquático
(EF) Exercício Físico
(ApF) Aptidão Física
(ApC) Aptidão Cardiorrespiratória
(VO2máx) Consumo máximo de
oxigénio
(FC) Frequência Cardíaca
(FCmáx) Frequência Cardíaca máxima
(FCrep) Frequência Cardíaca de
repouso
(PSE) Perceção Subjetiva de Esforço
(bmp) Batimentos por minuto
(CMAE) Ciclo Muscular Alongamento-
Encurtamento
(RM) Repetição Máxima
(AA) Adaptação Anatómica
(IMC) Índice Massa Corporal
(MM) Massa Magra
(MG) Massa Gorda
(kcal) Quilocalorias
(kg) Quilogramas
(m) Metros
(cm) Centímetros
(mm) Milímetros
(%) Percentagem
(C/A) Cintura/Anca
(∑) Somatório
1 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
INTRODUÇÃO
O presente documento constitui-se como o Relatório de Estágio (RE), da Unidade
Curricular (UC) de Estágio, da Licenciatura em Desporto – Menor em Exercício Físico e
Bem-Estar, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto
Politécnico da Guarda. O documento que de seguida se expõe para avaliação tem por base
a apresentação dos conteúdos relativos à UC, realizados em contexto prático, na respetiva
entidade acolhedora. Por conseguinte, o mesmo implica uma exposição clarificada dos
objetivos de aprendizagem, definidos a priori, de modo a formalizar e a conceber/perfazer
o período temporal de 486 horas totais, sendo que 420 horas são destinadas ao contacto
(380h de estágio e 40h de orientação tutorial com o coordenador de estágio), distribuídas
por 36 semanas do presente ano letivo.
Neste seguimento, o processo de estágio teve lugar nas instalações do Hotel
Lusitânia – Natura Clube & Spa, sito na cidade da Guarda (ver convenção de estágio em
ANEXO IV). A escolha da entidade acolhedora, do ponto de vista factual, realizou-se
através de um processo de seleção, de acordo com as opções disponíveis, pela então
docente detentora do cargo de diretora de curso, Professora Doutora Carolina Júlia Félix
Vila-Chã.
O objetivo central e generalizado deste Estágio Curricular visou aperfeiçoar,
integrar e correlacionar os conhecimentos teóricos, teórico-práticos e práticos adquiridos
por via de um leque diversificado de conhecimentos nos domínios de investigação, de
conhecimento técnico, científico e pedagógico, presentes nas UCs integrantes do Plano
Curricular, em vigor, da Licenciatura em Desporto. Através de uma prática íntegra e
orientada in situ pretendeu-se profissionalizar os discentes, de acordo com as
metodologias e as competências subjacentes às distintas áreas de intervenção, com intuito
de promover uma intervenção profissional qualificada.
Desta forma, o objetivo primordial do RE passa pela explicitação detalhada dos
conteúdos inerentes à efetivação do Estágio Curricular, tais como as atividades
desenvolvidas, indo ao encontro dos objetivos gerais e específicos das respetivas áreas de
intervenção. De referir, e não menos importante, o tratamento da informação respeitante
ao enquadramento da entidade acolhedora, de modo a existir uma coerência entre os
espaços disponíveis e as atividades nele realizadas.
2 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
A par desta, verifica-se um elo de ligação entre as metodologias adotadas e o paradigma
cartesiano, por forma a efetivar um transfer e conversão dos conteúdos teóricos para um
contexto que se incidiu na promoção da sua práxis, ou seja, uma correlação entre a
evidência científica e a prática sistemática, com uma incidência orientada para os diversos
segmentos.
De um ponto de vista de forma, o presente documento encontra-se estruturado em
quatro capítulos e subdividido em diversos pontos, respeitantes à informação abordada
em cada capítulo: CAPÍTULO I - Enquadramento e caracterização da entidade
acolhedora; CAPÍTULO II – Objetivos e planeamento do Estágio; CAPÍTULO III –
Atividades decorrentes do estágio; CAPÍTULO IV – Atividades complementares.
Para concluir, de uma forma minuciosa reflete-se sobre todo o processo de ensino-
aprendizagem concretizado em contexto prático. Assim, elencando um parecer pessoal
adjacente às dificuldades e às competências que a presente jornada concedeu apresenta-
se as considerações finais.
.
3 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
CAPÍTULO I |
Enquadramento e caracterização da entidade acolhedora
5 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
CAPÍTULO I | Enquadramento e caracterização da entidade
acolhedora
1.1. Enquadramento territorial da entidade acolhedora
Neste enquadramento pretende-se fazer uma ligação entre o aspeto sociogeográfico e
os recursos existentes no âmbito da promoção da atividade física, condição física e bem-
estar. Esta ligação torna-se necessária uma vez que os recursos existentes resultam da
análise interpretativa do território (Figura Nº1) e da demografia do concelho, o qual se
traduz num levantamento da informação, nomeadamente dados estatísticos relativos à
quantificação dos espaços, que fornecem uma visão multifatorial, no que diz respeito à
adesão da população, segundo a tipologia em vigor nesses mesmo. Após um levantamento
generalizado, verifica-se a existência de doze ginásios sitos na cidade da Guarda (Figura
Nº2). Importante ressaltar que, apenas dois são detentores de um tanque de aprendizagem,
para as diversas atividades aquáticas, o que prediz uma escassez numa potencial área de
investimento.
No que concerne à localização dos recursos disponíveis, verifica-se que a maioria
estão sediados na periferia urbana, o que dita uma maior oferta para o aglomerado
residencial. De acordo com os Censos1 realizados no ano de dois mil e onze, a cidade da
Guarda possui 26565 habitantes residentes (residência oficial no concelho), sendo que o
grupo etário predominante encontra-se na faixa dos 25 aos 64 anos.
A existência de um Instituto Politécnico pode apresentar-se como uma mais-valia para
a absorção de jovens, ainda que seja de forma sazonal, o que prediz uma potencialidade
na inovação dos espaços desportivos.
1 Disponível em: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE
Figura Nº2 - Logótipo | Guarda
Fonte: http://www.mun-guarda.pt/Portal/
Figura Nº1 – Enquadramento territorial | Guarda
Fonte: http://www.mun-guarda.pt/Portal/
6 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
1.2. Caracterização da entidade acolhedora
1.2.1. Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
O Hotel Lusitânia Congress & Spa encontra-se situado na cidade da Guarda (Figura
Nº3), integrando o grupo NATURA IMB HOTELS (Figura Nº4), e oferece uma panóplia
de serviços. Localizado apenas a dez (10) minutos de carro do centro histórico da cidade
da Guarda, este dispõe de um clube de bem-estar. O Natura Clube & Spa está totalmente
equipado, com um ginásio, um spa (sauna húmida e seca, jacuzzi e cabine de massagens),
uma piscina interior e exterior, um court de ténis e um percurso pedestre na área
circundante ao hotel. De ressaltar, que o Hotel Lusitânia é o primeiro hotel biológico de
Portugal, possuindo uma quinta orgânica. Relativamente ao funcionamento do ginásio,
este é detentor da particularidade, comparando com os demais ginásios existentes na
cidade, de permanecer aberto durante os 365/366 dias do ano. No entanto, possui um
horário de segunda a sexta, das 09h:30min às 21h:00min, sábados, das 10h:00min às
20h00min, e domingos, das 10h:00min às 19h00min. Desta forma, o ginásio é parte
integrante dos serviços do hotel, onde oferece várias atividades que promovem a atividade
física e o bem-estar, tais como as aulas de hidroginástica, aulas de iniciação e/ou
aperfeiçoamento das técnicas de nado (vários níveis e escalões) e atividades de grupo
(pilates, bike, TRX, circuit training, natura pump, step natura, GAP, mobility, core e
ABDO express).
Figura Nº4 – Enquadramento territorial | NATURA IMB HOTELS
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
Figura Nº3 – Logótipos | NATURA IMB HOTELS
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
7 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
1.3. Recursos
1.3.1. Recursos humanos
1.3.1.1. Estrutura organizacional
No que diz respeito ao funcionamento da entidade acolhedora, esta expressa-se de
forma hierárquica (Figura Nº5). O grupo NATURA IMB HOTELS apresenta um
administrador executivo, Dr. Luís Veiga, responsável pelo conjunto de 5 (cinco) hotéis,
mencionados anteriormente, pertencentes ao grupo da família Manuel Brancal
(Imobiliária Manuel Brancal – IMB, S.A.). No que concerne ao Hotel Lusitânia Congress
& Spa - Guarda, este encontra-se sob alçada do diretor geral, José Almeida. A
coordenação geral, tendo como responsável Sérgio Ferraz, é efetivada em prol do Natura
Clube & Spa – Covilhã e Natura Clube & Spa – Guarda. A direção técnica do Natura
Clube & Spa – Guarda é da responsabilidade de Lúcia Cruz, integrando, a par com Marco
Pecêgo, a equipa de técnicos permanentes. Por fim, na qualidade de terapeutas e
rececionistas (front office) apresentam-se Tânia Moura e Rute Almeida.
Figura Nº5 – Logótipo e Organograma | NATURA IMB HOTELS
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
8 Catarina Santos | 5008280
2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa
1.3.2. Recursos físicos
O Natura Clube & Spa – Guarda dinamiza atividades nas instalações do Hotel
Lusitânia Congress & Spa (Figura Nº6), sendo detentor de um leque de espaços para a
prática das mais diversas atividades (terrestres e aquáticas), de modo a promover a
atividade física e a proporcionar o bem-estar dos utentes. Desta forma, o ginásio é
constituído, espacialmente, por zonas e setores de atividades, que se integram para as
devidas funcionalidades, como se apresenta de seguida.
1.3.2.1. Receção e sala de espera
Compreende o hall de entrada do ginásio (Figura Nº7) possuído uma área de
atendimento ao cliente, gabinete de massagens, locais de arrumação de material, um
espaço de observação e sala de espera para visitantes, com mesas, cadeiras, televisão e
duas máquinas de venda automática.
1.3.2.2. Sala de exercício
Espaço equipado com uma diversidade de materiais, como máquinas de
musculação, ergómetros, pesos livres, uma parede com espelho, uma televisão, entre
outros (Figura Nº8). De referir que, este mesmo subdivide-se em dois setores: treino
cardiovascular e treino de força.
Fig. Nº 8
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
Figura Nº7 – Receção do ginásio | Hotel Lusitânia Congress & Spa
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
Figura Nº6 – Receção do hotel | Natura Clube & Spa
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
Figura Nº8 – Sala de exercício | Natura Clube & Spa
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
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1.3.2.3. Sala de atividades de grupo
Espaço com uma área, aproximadamente, de 80m2 e com capacidade para 15
pessoas, possuindo uma variedade de instrumentos para a prática das distintas aulas de
grupo. Existência, para além do material específico, de duas paredes espelhadas, chão
revestido, coluna de som e plataforma para a instrução. Adjacente a esta sala, verifica-se
a existência da sala de Bike, com a capacidade para 12 pessoas, sendo esta composta por
bicicletas e uma coluna de som.
1.3.2.4. Zona de banho – Piscina, jacuzzi, banho turco e sauna
Nave que compreende um tanque interior de natação, com 1,50m de profundidade,
um local de arrumação de material, um espaço com material de tratamento de água,
climatização e instalações elétricas, jacuzzi e chuveiro, e espreguiçadeiras (Figura Nº9).
Fora desta área, paralelamente aos balneários, encontra-se o banho turco e a sauna.
1.3.2.5. Gabinete de avaliação
Gabinete constituído por uma marquesa, um computador e material de avaliação
antropométrica. Espaço com a função de planeamento e prescrição do exercício físico
(sala de exercício e atividades de grupo).
1.3.2.6. Balneários femininos e masculinos
Espaço composto por cacifos, casas de banho, bancos de apoio e cabines de
chuveiro.
Figura Nº9 – Zona de banho | Natura Clube & Spa
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
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1.3.2.7. Espaço outdoor
Detentor de uma piscina externa, no entanto sazonal (junho a setembro), com
chuveiros, espreguiçadeiras e um circuito pedestre, envolto da área circundante ao hotel
e à horta biológica do mesmo. De salientar, e não menos importante, a existência de um
court de ténis (Figura Nº10).
1.3.3. Recursos materiais
O Natura Clube & Spa é titular de uma diversificada panóplia de material para as
distintas atividades desportivas e de lazer. O material encontra-se, na generalidade, em
excelentes condições, sendo que a entidade providencia a regular aquisição de material,
tendo por base a segurança dos utentes e a constante inovação e melhoramento dos
serviços prestados. Em ANEXOS (ANEXO I, II e III) é possível visualizar-se, de forma
qualitativa, o inventário do material existente na sala de exercício, sala de atividades de
grupo e piscina, referindo-se o estado de conservação que apresenta.2
1.4. Canais de comunicação
O processo de transmissão entre o emissor e o recetor, efetiva-se através dos canais
de comunicação digitais. O website é a primeira porta de entrada para o cliente, podendo
visualizar os serviços e instalações do Hotel Lusitânia Congress & Spa. Neste
seguimento, o marketing digital apresenta-se com maior relevância na dimensão social,
verificando-se a existência de diversas páginas, de acordo com os serviços, na rede
Facebook. Em termos de comunicação interna e gestão, o Natura Clube & Spa recorre ao
programa NEWSPA.
2 Importante ressaltar que, por motivos legais e de normas de funcionamento, presentes no regulamento em
vigor do grupo NATURA IMB HOTELS, verifica-se a impossibilidade de quantificar e efetuar um registo
fotográfico de qualquer tipo de material existente nos espaços mencionados anteriormente.
Figura Nº10 – Espaço outdoor | Natura Clube & Spa
Fonte: http://www.naturaimbhotels.com
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CAPÍTULO II |
Objetivos e planeamento do estágio
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CAPÍTULO II | Objetivos e planeamento do estágio
2.1. Objetivos de estágio
De modo a existir um processo de intervenção preciso e progressivo, verificou-se a
necessidade de delimitar os objetivos a atingir, de acordo com as áreas de intervenção
enunciadas no presente capítulo. Neste seguimento, inseriram-se objetivos gerais que
traduzem uma generalidade dos conteúdos e competências que respondem às exigências
pressupostas na Unidade Curricular de Estágio do Menor de Exercício Físico e Bem-
Estar, inserido no Plano de Estágio (ANEXO IV)
2.1.1. Objetivos gerais
o Adquirir e consolidar os conhecimentos inerentes às áreas científicas, técnicas e
pedagógicas, para uma intervenção profissional qualificada;
o Desenvolver competências, conhecimentos e aptidões necessárias para o desempenho
de funções específicas ou para a integração em contextos clínicos (ramo do exercício
físico e bem-estar), baseando a prática na evidência e respeitando as metodologias em
vigor;
o Refletir criticamente sobre a intervenção profissional e reajustar os procedimentos
sempre que necessário;
o Desenvolver as competências técnicas in situ, de modo a observar, analisar, intervir e
comunicar com os distintos agentes envolvidos;
o Diagnosticar e caraterizar a entidade acolhedora em termos da história, estrutura,
recursos, tecnologias e canais de comunicação internos e externos;
o Aprimorar a reflexão crítica nas distintas situações, tendo em conta os fatores
intrínsecos e extrínsecos de intervenção, reajustando os procedimentos sempre que
necessário;
o Aperfeiçoar as competências que objetivam e respondam às exigências colocadas pela
realidade de intervenção moral, ética e deontológica;
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o Promover e melhorar as interações sociais e profissionais, com base na qualidade de
vida e bem-estar dos intervenientes.
2.1.2. Objetivos específicos
2.1.2.1. Sala de exercício
o Domínio das metodologias de iniciação ao exercício físico, aplicando questionários e
estratificando o risco dos agentes envolvidos, definindo linhas orientadoras para a
prescrição do exercício;
o Observar, analisar e refletir as distintas metodologias empregues nas sessões da
entidade acolhedora, de modo a uma intervenção íntegra e viável, de acordo com os
parâmetros normalizados;
o Intervir no processo de avaliação inicial dos clientes, aplicando avaliações
antropométricas e reconhecendo a utilização de equipamento adequado;
o Desenhar uma correta periodização, aplicando os princípios de treino ajustados aos
diferentes níveis de condição física dos clientes, de modo a rentabilizar o processo de
treino;
o Selecionar e aplicar testes de avaliação da aptidão cardiorrespiratória, testes de força
e flexibilidade, em função do contexto, interpretando corretamente os resultados e
estabelecendo a relação com a prescrição do exercício;
o Explicitar, controlar e adaptar a técnica de execução dos exercícios, em diferentes
níveis de prática e em cada modelo, garantindo a segurança e eficiência do
movimento, tendo em conta a definição dos objetivos específicos em cada exercício
e as principais componentes críticas;
o Interagir ativamente e de forma autónoma com os intervenientes da sala de exercício.
2.1.2.2. Atividades de grupo
o Identificar ferramentas de liderança e motivação, eficientes para a condução de uma
aula de grupo;
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o Elaborar e planear aulas de grupo, com a metodologia apropriada, recorrendo a
técnicas de execução, a uma vasta seleção musical e às ferramentas de motivação mais
ajustadas ao controlo da intensidade do esforço e aos objetivos de cada fase da aula;
o Intervir na lecionação de aulas de grupo, emitindo feedbacks adequados à situação
existente.
2.1.2.3. Atividades aquáticas
o Planear programas progressivos nas aulas de atividades aquáticas, num contexto de
aprendizagem;
o Observar e integrar as metodologias já existentes, efetivadas pelos professores da
entidade acolhedora, promovendo a obtenção de aptidões práticas;
o Auxiliar e colaborar, elaborando planos de aula, nos diferentes níveis/graus de
aprendizagem;
o Intervir na lecionação de aulas de natação, emitindo feedbacks adequados à situação
existente.
2.2. Planeamento
2.2.1. Áreas de intervenção
De acordo com o Guia de Funcionamento da Unidade Curricular de Estágio –
Menor em Exercício Físico e Bem-estar, a intervenção pedagógica visou possibilitar aos
estagiários a observação, a exploração e aplicação de metodologias nas diversas áreas de
intervenção do exercício físico, condição física e saúde 3. Neste seguimento, e de acordo
com os objetivos idealizados, as áreas de intervenção a exploradas, no decorrer do período
temporal estipulado, centraram-se nas atividades de grupo, nas atividades aquáticas e na
sala de exercício.
3 Adaptado de Guia de Funcionamento da Unidade Curricular de Estágio – Menor em Exercício Físico
e Bem-Estar (2017/2018)
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o Atividades de grupo: observar as metodologias e planificações das
atividades lecionadas na entidade acolhedora, de modo a, progressivamente e de
forma autónoma, planear, coorientar e lecionar essas mesmas;
o Atividades aquáticas: observar e realizar registos, produzindo relatórios
qualitativos referentes à lecionação das aulas de natação e hidroginástica. Planear e
lecionar, de forma supervisionada, aulas de Adaptação ao Meio Aquático (AMA),
iniciação/ aperfeiçoamento de técnicas de nado (Nível I, II e III) e aulas de
hidroginástica;
o Sala de exercício: observar e registar os procedimentos empregues no
acompanhamento e na prescrição do exercício. Intervir no acompanhamento inicial
e individualizado de 4 (quatro) clientes, incrementando questionários de
estratificação de riscos e aplicando avaliações antropométricas e testes de avaliação
da aptidão física. De forma progressiva, efetuar-se-á a devida prescrição e
planeamento da periodização de treino.
2.2.2. Fases de intervenção
O estágio curricular é suportado tendo em conta três fases (Figura Nº11)
relacionáveis e que, de uma forma sucinta, se explicitam de seguida:
Figura Nº11 – Fases de Intervenção | Estágio Curricular Fonte: Fonte própria
FASE DE INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA
05/12/2017
03/07/2018
04/07/2018
24/07/2018
04/10/2017
04/12/2018
FASE DE INTEGRAÇÃO E
PLANEAMENTO
FASE DE CONCLUSÃO E
AVALIAÇÃO
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o Fase de integração e planeamento: Procede-se à integração na entidade acolhedora,
com o reconhecimento dos espaços e serviços disponíveis nas instalações. Avaliação
dos potenciais domínios de intervenção e início da observação e realização das
aulas/sessões, respetivas às áreas de intervenção já mencionadas (terrestres e
aquáticas). Caracterização dos recursos disponíveis (humanos, físicos e materiais),
elaboração da calendarização semanal, mensal e anual, de acordo com o planeamento
das fases de intervenção e das atividades a realizar. A par com a integração e
planeamento, verifica-se a elaboração do Plano Individual de Estágio e respetivo
poster (ANEXO V), sujeitos a uma exposição e, consequente, avaliação.
o Fase de intervenção pedagógica: Processo de intervenção pedagógica, sendo que
pelo menos duas (2) horas corresponderão a sessões de atividades de grupo.
Possibilidade de coorientação das atividades, intervindo no processo de avaliação da
aptidão física, avaliando e prescrevendo sessões de treino (4 clientes). Efetivar
relatórios que apresentem as avaliações, a prescrição e o controlo de resultados. Neste
seguimento, planear e realizar ações de promoção na comunidade ou na entidade
acolhedora, apresentando um projeto da proposta. Por fim, participar em ações de
promoção e congressos/seminários, produzindo relatórios.
o Fase de conclusão e avaliação: Prevê-se a avaliação da congruência entre os
objetivos definidos e os atingidos, refletindo sobre os métodos e os recursos
utilizados. De forma conclusiva, procede-se à elaboração do Relatório Final de
Estágio e finalização do dossier, com a respetiva entrega e defesa, ambos alvo de um
processo de avaliação.
2.2.3. Calendarização
A Unidade Curricular de Estágio - Menor em Exercício Físico e Bem-Estar possui
uma duração de 486 horas totais, sendo 420 horas de contacto (380 horas de estágio e 40
horas de orientação tutorial com o coordenador de estágio), distribuídas por 36 semanas
durante o ano letivo de dois mil e dezassete/dois mil e dezoito (2017/2018).
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O horário semanal contempla uma carga mínima de 10,5 horas na entidade acolhedora e
1 hora para reunião com o coordenador de estágio da Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto.
2.2.3.1. Calendarização semanal
O horário semanal, inserido de acordo com a planificação de atividades do ginásio
(ANEXO VI) contemplou onze (11) horas semanais, sendo que se verificou uma
rotatividade entre os períodos da manhã e da tarde, ao longo de todo o percurso do estágio
curricular (Figura Nº12).
2.2.3.2. Calendarização anual
O estágio curricular teve início aos quatro (4) dias do mês de outubro de dois mil
dezassete e teve o seu término no dia três (3) do mês de junho de dois mil e dezoito, Neste
seguimento, por forma a facilitar todos os intervenientes, procedeu-se à idealização e,
posterior, concretização de uma planificação anual que, de seguida, se apresenta, com
todos os pressupostos adjacentes ao período de estágio (Figura Nº13).
4 Adaptado de Guia de Funcionamento da Unidade Curricular de Estágio – Menor em Exercício Físico
e Bem-Estar (2017/2018)
Figura Nº12 – Calendarização mensal | Natura Clube & Spa
Fonte: Fonte própria
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Figura Nº13 – Calendarização anual | Natura Clube & Spa
Fonte: Fonte própria
SETEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO MAIO
S
T 1
Q 2
Q 1 1 3
S 1 1 2 2 4 1 1
S 2 2 3 3 5 2 2
D 3 3 4 4 1 1 6 3 3
S 4 4 1 5 5 7
T 5 5 2 6 6 8
Q 6 6 3 7 7 9
Q 7 5 5 7 4 8 8 10
S 8 8 5 9 9 11
S 9 9 6 10 10 7 7 12
D 10 10 7 11 11 13
S 11 11 8 12 12 14
T 12 12 9 13 13 15
Q 13 13 10 14 14 16
Q 14 14 11 15 15 17
S 15 15 12 16 16 18
S 16 16 13 17 17 19
D 17 17 14 18 18 20
S 18 18 15 19 19 21
T 19 19 16 20 20 22
Q 20 20 17 21 21 23
Q 21 21 18 22 22 24
S 22 22 19 23 23 25
S 23 25 25 23 20 24 24 21 21 26
D 24 26 26 24 21 25 25 21 22 27
S 25 25 22 26 26 28
T 26 26 23 27 27 29
Q 27 27 24 28 28 30
Q 28 28 25 29 31
S 29 29 26 30
S 30 30 27 31 28 28
D 31 28 29 29
S 29
T 30
Q 31
30
23
ABRIL
26
27
25
24
15
14
13
12
9
10
11
20
19
17
18
16
NOVEMBRO
1
2
3
4
13
OUTUBRO
1
2
3
4
6
7
8
29
30
31
20
23
24
25
26
27
28
14
15
16
17
18
19
9
10
11
12
21
22
5
6
7
8
9
19
10
11
12
13
14
6
7
8
30
27
28
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CALENDARIZAÇÃO ANUAL - ESTÁGIO CURRICULAR | HOTEL LUSITÂNIA - NATURA CLUBE & SPAJUNHO
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15
11
9
10
12
13
14
4
5
28
29
30
2
3
4
5
6
8
23
24
25
26
27
18
19
Fins de semana
Feriados
Estágio
Interrupções letivas
Ações de Formação
Atividades de promoção
LEGENDA
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CAPÍTULO III |
Atividades decorrentes do estágio
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CAPÍTULO III | Atividades decorrentes do estágio
O presente capítulo tem por base a congruência entre os objetivos idealizados a priori
da iniciação da segunda fase de intervenção, intitulada de fase de intervenção pedagógica,
e a efetivação dos mesmos, num contexto prático de intervenção, na respetiva entidade
acolhedora. Neste seguimento, abordar-se-ão todas as áreas de intervenção alvo de
contacto direto e indireto, por parte da discente estagiária, tendo em conta a bibliografia
analisada, apresentando-se um enquadramento teórico das temáticas.
O conhecimento relativo à consciencialização da importância para que um indivíduo
adquira um estilo de vida mais ativo tem sido alvo de estudo por parte dos meios de
comunicação e pela comunidade científica (Deschamps, 2009). Assim, este aspeto
primordial auxilia no desenvolvimento da motivação, tendo em conta a relevância da
prática regular de exercícios físicos, enquanto componente importante para a vida do
sujeito (Soares, 2004).
No entanto, importa ressaltar, que apesar de se verificarem valores positivos
significativos no crescimento desta indústria e nas estratégias implementadas na área da
saúde pública dos indivíduos, o número de pessoas que inicia um programa de exercício
físico ou uma atividade física é comutativamente elevado no que respeita à desistência,
sendo esta mais acentuada no final do primeiro e do terceiro mês de participação nos
programas, advindo de um curto período de tempo de permanência (Dishman, 1994).
A atividade e o exercício físico são usados frequentemente de forma recíproca, no
entanto são termos distintos. A atividade física é definida como qualquer movimento
corporal produzido pela contração dos músculos esqueléticos que resulta num aumento
substancial das necessidades calóricas sobre o metabolismo basal. O exercício físico é um
tipo de atividade física que consiste num movimento corporal planeado, estruturado e
repetitivo com intenções de melhorar e/ou manter uma ou umas componentes da aptidão
física. A aptidão física, geralmente, é definida como um conjunto de características ou
atributos que os indivíduos possuem ou adquirem (ACSM, 2010), que traduz a capacidade
de realizar tarefas diárias, sem fadiga excessiva, e com energia suficiente para disfrutar
de atividades de lazer e atender a emergências imprevistas (ACSM, 2018).
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2.3. Cronograma das atividades
De modo a facilitar a compreensão do processo faseado das respetivas áreas de
intervenção, observa-se um cronograma minucioso com as atividades desenvolvidas
subjacentes. No decurso do estágio foram propostas várias atividades, entre as quais, a
participação ativa no quotidiano do ginásio, acompanhamento dos clientes na sala de
exercício e lecionação de aulas de grupo, atividades do plano anual e projeto de
promoção. Todas as atividades previstas e realizadas estão, seguidamente, retratadas no
cronograma e que, no presente capítulo, serão alvo de tratamento (Figura Nº14).
2.4. Sala de Exercício
2.4.1. Observação de sessões de treino
A fase de integração e planeamento pressupõe o início da observação e realização
das aulas/sessões, de acordo com as respetivas áreas de intervenção (terrestres e
aquáticas), com um mínimo de quatro (4) sessões de treino a serem observadas.
Posteriormente, o estagiário deverá observar pelo menos uma sessão de treino por mês.
(GFUC- Modelo PED.007.02). Desta forma, procedeu-se à observação e registo das
díspares instruções, produzindo um relatório referente à lecionação de cada sessão e de
acordo com as metodologias e procedimentos empregues.
Neste sentido, por via de uma grelha de avaliação (ANEXO VII) realizaram-se
observações das diversas sessões de treino na sala de exercício.
(I) Conhecimento do ginásio
(II) Procedimentos do ginásio
(III) Aulas de grupo como participante
(IV) Aulas de grupo como instrutora
(V) Supervisão de treinos
(VI) Eventos de promoção
(VII) Atividades do plano anual
(VIII) Formação
(IX) Planificação e prescrição do EF
out nov dez jan fev mar abr mai jun
Meses do estágio
Ati
vid
ades
des
env
olv
idas
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Figura Nº14 – Cronograma de atividades | Natura Clube & Spa
Fonte: Fonte própria
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Assim, tendo como alvo de avaliação qualitativa o técnico de exercício físico, durante
o desempenho das suas competências, inerentes à iniciação, ao decorrer e à finalização
da sessão, foram observados elementos direcionados para o planeamento, prescrição e
domínio, verificando-se a adequação dos pressupostos idealizados e a sua instrução, a
gestão e organização da sessão, indo ao encontro da comunicação e do clima que assumia
perante o cliente.
2.4.2. Acompanhamento de sessões de treino
A aprendizagem de todos os procedimentos realizados no ginásio, nomeadamente
relativos à avaliação morfológica, prescrição de exercício (planos de treino) e avaliações
ditaram o início do acompanhamento de sessões de treino, de uma forma generalizada,
resultando da necessidade de uma intervenção no âmbito da supervisão dos treinos
prescritos pela equipa constituinte do ginásio. Por conseguinte, explicitar a correta técnica
de exercitação, corrigir erros técnicos e posturais, emitindo os devidos feedbacks
cinestésicos, ajustar os equipamentos à biomecânica de cada cliente e realizar avaliações
antropométricas, assumem-se como as funções específicas do acompanhamento.
Sobre a metodologia de avaliação morfológica utilizada por parte da entidade acolhedora,
ressalta-se a mensuração dos parâmetros da composição corporal por via de uma balança
bioimpedância e uma fita métrica. Assim, são avaliados a massa corporal (kg), o índice
massa corporal - IMC (kg/m2), a percentagem (%) de massa gorda (MG), a % de massa
magra (MM), o metabolismo basal (kcal), a gordura visceral de cada sujeito e o perímetro
abdominal, da anca e da cintura (cm).
2.4.3. Avaliação e prescrição do treino
No que concerne à aplicação das metodologias de iniciação ao exercício físico, dever-
se-á incutir uma estrutura linear nos procedimentos empregues no acompanhamento,
prescrição e planeamento da periodização do treino. De modo a intervir no
acompanhamento inicial e individualizado de quatro (4) clientes, aplicou-se as distintas
metodologias de avaliação inicial, como a estratificação de riscos, de avaliações
antropométricas, de testes de avaliação da aptidão física, tendo em conta as guidelines,
de modo a delinear uma correta periodização, aplicando os princípios de treino ajustados
aos diferentes níveis de condição física e distintos objetivos dos clientes em causa.
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Contudo, inicialmente realizou-se um desenho de intervenção (Figura Nº15) de modo a
cumprir todos os pressupostos da avaliação e prescrição do treino.
2.4.3.1. Fluxograma de intervenção
O fluxograma pretende demostrar a representação esquemática do processo de
intervenção nos estudos casos. O acompanhamento individualizado composto por uma
amostra de pelo menos quatro (4) clientes teve o seu início no incremento dos
questionários de anamnese, e aplicando avaliações da aptidão física foi idealizado, numa
primeira avaliação de elegibilidade, para um universo de seis (6) sujeitos. A priori, de
modo a avaliar a mesma, definiram-se os critérios de identificação para uma seleção
profícua e que, de certa forma, fosse possível a permanência dos mesmos por um período
mínimo de dois meses. Decorrido o primeiro mesociclo, os sujeitos foram subtidos a um
momento número de dois (2) de avaliações, realizando-se os mesmos testes, à exceção da
aplicação do questionário. Nesta fase, perderam-se dois (2) indivíduos, devido a
desistência do ginásio. Neste sentido, realizaram-se quatro (4) avaliações, das seis (6)
previstas. Os dados foram registados num template idealizado a priori (ANEXO IX).
Figura Nº15 – Fluxograma | Sala de exercício
Fonte: Fonte própria
Procedimentos: Avaliações Aval iação da elegibilidade ( n=6)
.Disponibilidade semanal;.Treino regular <1 mês;
.Compromisso de permanência (>2 meses);
.Idade: 18-64 anos.
Perdidos no follow up (n=2)
.Desistência
Avaliação inicial #1.Questionário de anamnese;.Avaliação antropométrica;
.Avaliação da aptidão física:|Força muscular
|Cardiorrespiratória|Flexibilidade|Resistência muscular
Avaliação #2.Avaliação antropométrica;.Avaliação da aptidão física:
|Força muscular|Cardiorrespiratória
|Flexibilidade|Resistência muscular
Avaliação final #3.Avaliação antropométrica;.Avaliação da aptidão física:
|Força muscular|Cardiorrespiratória
|Flexibilidade|Resistência muscular
Tratamento estatístico dos dados (n=4)
Apresentação qualitativados resultados
Ide
nti
fica
ção
Incr
em
ento
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Por fim, cumpriu-se o último momento de avaliação mantendo-se os mesmos
procedimentos, produzindo-se assim um relatório qualitativo consequente da dissecação
e análise dos dados estatísticos. Importa ressaltar que, ao fim desta etapa, contabilizou-se
no total uma dissipação de três (3) sujeitos no follow-up.
2.4.3.2.Estratificação de riscos
A determinação prévia da condição de saúde é fundamental para otimizar a segurança
durante a aplicação dos testes físicos, durante a participação num dado programa de
exercício físico, para assim garantir a eficácia e adequação da prescrição (ACSM). Após
acordo mútuo, deu-se início à avaliação do estado de saúde e estilo de vida dos sujeitos,
através de uma estratificação de riscos de doenças coronárias, pela aplicação de um
questionário de anamnese. Assim, averiguou-se o histórico de atividade física contando
com cinco (5) opções para o leitor, designadas de muito ativo (pratica atividade física
quatro ou cinco vezes por semana, pelo menos trinta minutos por dia), ativo (pratica
atividade física três vezes por semana, pelo menos trinta minutos por dia),
moderadamente ativo (pratica atividade física uma ou duas vezes por semana, trinta
minutos por dia) e sedentário (não pratica nenhum tipo de atividade física).
Seguidamente, avaliou-se o estado de saúde e respetivos fatores de riscos (FR). Tendo
em conta o questionário de prontidão para a atividade física que avalia os sintomas de
doença coronária, Physical Activity Questionnaire (PAR-Q & YOU) e a análise dos FR
de doenças (ACSM, 2010) torna-se importante ressaltar que o primeiro é composto por
sete (7) questões que vão ao encontro da necessidade ou não da presença médica aquando
da avaliação da aptidão física. Para a análise dos FR, questionou-se, adaptando-se as
guidelines do American College of Sports Medicine e American Heart Association,
(Health/Fitness Facility Preparticipation Screening Questionnaire) (ACSM, 2010), os
parâmetros relativos à idade, histórico familiar, tabagismo, sedentarismo, obesidade,
hipertensão e diabetes (ANEXO X).
Neste seguimento, as recomendações apropriadas, para a atividade/exercício
físico, são elaboradas com base no processo de estratificação de riscos, onde os sujeitos
são classificados numa das três categorias de risco: (a) risco baixo, (b) risco moderado,
ou (c) risco elevado (Tabela Nº1).
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Catarina Santos | 5008280
Fonte: (ACSM, 2014)
Fonte: (ACSM, 2014)
Esta estratificação permite identificar contraindicações para a prática de exercício
físico, necessitando ou não de uma observação/avaliação médica a priori (Tabela Nº2), e
é baseada na presença/ausência do conhecimento de doenças cardiovasculares (CV),
pulmonares e/ou metabólicas, na presença/ausência de sinais ou sintomas que sugerem
doenças CV, pulmonares e/ou metabólicas e na presença/ausência de fatores de risco de
doenças CV.
Categoria do risco Linhas orientadoras
Risco baixo Homens e mulheres assintomáticas e que não tenham mais de ≥
1 FR (CV)
Risco moderado Homens e mulheres assintomáticas que tem ≥ 2 FR
Risco alto Indivíduos com doença cardiovascular, pulmonar e/ou
metabólica diagnosticada; ≥1 FR; Sinais ou sintomas
A avaliação dos FR permite elaborar recomendações relativamente à:
Necessidade de exame médico e subsequente clarificação antes de iniciar o EF ou
alterar substancialmente o princípio de FITT do programa de EF já existente;
Necessidade de um teste de esforço antes de iniciar o EF programado;
Necessidade de supervisão do médico durante a aplicação de testes de esforço
máximo ou submáximo.
Tabela Nº1 – Linhas orientadoras | Estratificação de riscos |
Tabela Nº2 - Funções da avaliação dos FR | Estratificação de riscos
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Catarina Santos | 5008280
Fonte: (ACSM, 2014)
2.4.3.3. Avaliação da composição corporal
Após a fase preliminar da estratificação de riscos, dá-se enfâse à avaliação da
composição corporal, por via do estudo antropométrico. Neste sentido, a antropometria é
o ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o estudo dos carateres mensuráveis
da morfologia humana. (Fragoso & Vieira, 2005). O estudo antropométrico dos sujeitos
foi baseado nas metodologias standards, para a mensuração das pregas adiposas e
perímetros, da International Society of the Advancement of Kinanthropometry (ISAK),
publicadas no livro International Standards for Anthropometric Assessment (2001).
Através do nível III de avaliação da composição corporal, designado de método
duplamente indireto, que se baseia em equações de regressão que tomam como padrão de
referência os métodos indiretos (e.g. bioimpedância e antropometria) (Fragoso & Vieira,
2005), procedeu-se à mensuração das pregas adiposas (subsescapular, bicipital, tricipital,
íliocristal, supraespinhal, abdominal, crural e geminal - mm), perímetros (braço com/sem
contração, cintura, anca, abdominal, geminal e coxa - cm) e altura (m). A par desta,
empregou-se o instrumento de medição, bioimpedância, onde foi possível registar a
massa corporal (kg), o IMC (kg/m2), a % de MG, a % de MM, o metabolismo basal (kcal)
e a gordura visceral de cada sujeito. O ratio C/A também foi alvo de uma mensuração e
dissecação, segundo os valores padrão (Tabela Nº3).
Tabela Nº3 - Classificação do IMC e ratio C/A | Estratificação de riscos
Tabela Nº3 – Classificação do IMC e ratio C/A | Estratificação de riscos
Fonte: (ACSM, 2014)
<18,5
18,5-24,9
25,0-29,9
I 30,0-34,9
II 35,0-39,9
III ≥40
Mulheres Homens
≤0,80 ≤0,95
0,81-0,85 0,96-1,0
≥0,85 ≥1
Risco
Baixo
Moderado
Elevado
Abaixo do peso
Normal
Sobrepeso
Obes idade, classes
Muito elevado
Extremamente elevado
Circunferência da cintura
Homens, ≤ 102
Mulheres , ≤ 88cm
Homens, > 102
Mulheres , > 88cm
Elevado
Muito elevado
Extremamente elevado
-
-
-
-
Aumentado Elevado
Muito elevado
)
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Catarina Santos | 5008280
Fonte: Jackson e Pollock (1978)
Fonte: (adaptado de Casperson et al., 1985; ACSM, 2014)
)
Após a recolha dos valores, aferiu-se o cálculo da densidade corporal pela fórmula
de Jackson e Pollock (1978), constituída pelo somatório (∑) de três (3) pregas adiposas
(homens e mulheres) e a % de MG por meio da utilização da equação de Siri, que resulta
no protocolo de conversão da densidade corporal em percentagem de gordura. (Tabela
Nº4). Para a análise de resultados recorreu-se a tabelas normativas.
a. Densi (g/cm3) = 1,1125025 – (0,0013125*∑3) + (0,0000055*(∑3)2) – (0,000244*I)
b. Densi (g/cm3) = 1,0994921 – (0,0009929*∑3) + (0,0000023*(∑3)2) – (0,0001392*I)
2.4.3.4.Avaliação da aptidão física
A aptidão física (ApF) expressa a capacidade funcional direcionada para a realização
de esforços associados à prática de atividade física, representada por um conjunto de
componentes relacionadas à saúde e ao desempenho em termos da performance
desportiva (ACSM, 2018). Nesta ótica, traduz-se como elencando um conjunto de
atributos, naturais ou adquiridos, que permitem a realização de atividades quotidianas
com intensidades moderadas a vigorosas que, sobretudo, proporcionam o bem-estar e a
prevenção de doenças (Tabela Nº5).
Fórmula de Jackson e Pollock (1978)
a. Homens
∑3 = peitoral + tricipital + subescapular
b. Mulheres
∑3 =tricipital + íliocristal + crural
Equação de Siri (1961): %MG = (4,95/Densi – 4,5)*100
AF relacionada com a saúde
AF relacionada com o desempenho
a) Aptidão cardiorrespiratória; Agilidade | Coordenação
Potência | Tempo de reação
Equilíbrio | Velocidade
b) Força muscular;
c) Resistência muscular;
d) Flexibilidade.
Tabela Nº5 - Categorias da Aptidão Física | Avaliação da AF
Tabela Nº5 - Categorias da Aptidão Física| Avaliação da AF
Fonte: (adaptado de Casperson et al., 1985; ACSM,2014)
Tabela Nº4 - Fórmulas e equações | Avaliação da composição corporal
Fórmulas e equações | Avaliação da composição corporal
Fonte: Jackson & Pollock (1980)
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Fonte: (Rockport Shoes Walking Institute)
)
Posteriormente à avaliação corporal e para uma correta prescrição do exercício físico
enalteceu-se a avaliação dos parâmetros relativos às componentes da aptidão física. A
ApF, como já referido, divide-se em duas categorias: aptidão física relacionada com a
saúde e aptidão física relacionada com o desempenho desportivo (ACSM, 2018).
a) Aptidão cardiorrespiratória (ApC) – A resistência aeróbia consiste na
capacidade dos sistemas cardiovasculares e respiratório em suprir o trabalho muscular,
conjuntamente, com o sistema metabólico (Hollmann & Hettinger, 1989). Segundo
Bompa (1999) a resistência cardiorrespiratória pode ser definida como a capacidade do
organismo em resistir à fadiga numa atividade motora prolongada.
Neste sentido, para a avaliação desta componente foram escolhidos, de acordo
com os sujeitos, dois testes de predição do consumo máximo de oxigénio (VO2máx)
(mL/kg/min).
Atualmente, entre vários testes de definição de VO2máx., considera-se o Teste de
Rockport (Rockport One-Mile Walking Fitness Test) o mais apropriado para pessoas
sedentárias (Sharkey, 1998). Neste seguimento procedeu-se à aplicação deste em dois
sujeitos, com um historial de inatividade física. O teste citado, caracterizando-se como
um método indireto, incide na identificação do consumo máximo de oxigénio por meio
de uma caminhada de 1609m, adaptando-se a uma treadmill (passadeira ergométrica),
sendo que o sujeito imprime uma velocidade máxima. O valor resultante é obtido por via
da mensuração de parâmetros relativos à frequência cardíaca (FC), idade, peso, tempo e
género do sujeito, aplicando-se a seguinte equação (Tabela 6):
Equação do Teste de Rockport (Rockport Shoes Walking Institute, 1986)
VO2máx *= 132.853 - (0.0769 × P) - (0.3877 × I) + (6.315 × G) - (3.2649 × T) - (0.1565 × FC)
*P-Peso (kg); I-Idade (anos); G-Género (F-0; M-1); T-Tempo (min); FC-Frequência Cardíaca (bpm)
Nos restantes sujeitos, praticantes regulares de EF, aplicou-se o teste de Cooper
de 2400m (1,5 mile), sendo este um dos mais simples e efetivos testes para uma válida
mensuração da capacidade aeróbia, e analisando-se categoricamente o nível da ApC por
via dos valores (tempo) apresentados na Tabela Nº8 e Nº9.
Tabela Nº6 – Equação de Rockport | Avaliação da ApC
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Fonte: (Tavares, 2008)
)
Fonte: (ACSM, 2010)
)
Fonte: (ACSM, 2010)
)
Fonte: (ACSM, 2010)
)
Na ótica do anterior este também se realizou numa passadeira, com uma inclinação de
1%. Assim, o Vo2máx pode ser calculado a partir da seguinte fórmula (Tabela Nº7):
*T-Tempo.
b) Força muscular
Um dos objetivos da avaliação da condição muscular é determinar a força máxima.
Para Mil-Homens, Correira e Mendonça (2017), o conceito de força muscular é definido
como sendo a capacidade que um determinado músculo, ou grupo muscular, possui para
gerar a máxima tensão, a uma dada velocidade, num determinado exercício. Antes de
prescrever qualquer programa estruturado incumbe a necessidade de se aferir a
quantidade de peso para uma dada série de um exercício (carga) e o número de vezes que
esse mesmo pode ser realizado (repetições), sendo que estas duas variáveis estão
inversamente relacionadas (Tabela Nº10).
Equação do Teste de Cooper 2400m
VO2máx *= (483/T) + 3,5
Tabela Nº8 – Classificação do Vo2max| Avaliação da ApC
Classificação da capacidade aeróbia pelo
VO2máx
VO2máx
(ml/kg/min)Categoria
> 52
42,1 - 52
34,1 - 42
28 - 34
< 28
Excelente
Bom
Médio
Fraco
Muito fraco
>16:01 >19:01
16:00-14:01 19:00-18:31
14:00-12:01 18:30-15:55
12:00-10:46 15:54-13:31
10:45-9:45 13:30-12:30
<9:44 <12:29
Homens MulheresCategorias
Cooper 2400m
Muito fraca
Fraca
Média
Boa
Excelente
Superior
Tabela Nº7 – Equação de Cooper | Avaliação da ApC
Tabela Nº9 – Classificação do Cooper 2400m| Avaliação da ApC
Tabela Nº10 – Repetições permitidas
com várias % de 1 RM | Avaliação da FM
10
11
12
15
Nº de
repetições
1
2
3
4
5
6
7
8
9
75
70
67
65
90
87
85
83
80
77
% 1RM
100
95
93
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Quanto mais pesada for a carga, menos repetições podem ser realizadas e vice-versa
(Tavares, 2008). A força dinâmica por norma é mensurada por meio de uma (1) repetição
máxima (1RM), que traduz o peso máximo que se consegue levantar numa repetição
completa do movimento em causa (Heyward, 2013).
Relativamente aos métodos de aferição da repetição máxima, recorreu-se à utilização
do método direto para a determinação de 1 Repetição Máxima (RM) e o método de
estimação de 1RM através do coeficiente de repetições (Tavares, 2008).
O método direto carateriza-se pela aconselhável utilização nos exercícios centrais ou
exercícios complementares que envolvam mais que uma articulação e grandes grupos
musculares. Este método deve ser implementado a sujeitos que possuem, pelo menos,
quatro (4) a cinco (5) semanas de treino e uma correta técnica de execução. Neste sentido,
o sujeito deverá realizar uma série de aquecimento de oito (8) a dez (10) repetições com
a carga utilizada para 12-15 RM, o que corresponde a um valor de 65-70% de 1RM.
Após recuperar dois (2) minutos, dever-se-á aumentar a carga em cerca de 20%
(aproximadamente 90% de 1RM) e realizar uma série de três (3) a quatro (4) repetições.
Seguidamente recupera três (3) a quatro (4) minutos para se proceder a um novo aumento
em torno dos 10-15%, entanto completar o máximo de repetições. Caso o sujeito não
complete duas (2) repetições, estará determinada a carga de 1RM. No entanto, se a
situação for inversa, repete-se os procedimentos anteriores, mas aumentando apenas em
5%. Por fim, se o sujeito não conseguir completar qualquer repetição diminui-se em 2,5%
e retoma-se os procedimentos.
O método de estimação de 1RM através do coeficiente de repetições é
aconselhável para praticantes principiantes e de nível intermédio, assim como para
exercícios complementares, que envolvam grupos musculares pequenos. O sujeito realiza
uma série de aquecimento de 8-10 repetições, com uma carga de 50-60% RM. Após
recuperar dois (2) minutos, a carga aumenta cerca de 10% (70-80% 1RM) e realiza-se
três (3) a quatro (4) repetições. Recupera-se novamente dois (2) a três (3) minutos e a
carga é aumentada em 5% (75-85% 1RM). Se o número de repetições for superior a dez
(10), aumentar a carga em 5-10%. Caso o número se mantenha entre 1-10 repetições
dever-se-á recorrer à Tabela Nº11, que refere qual o coeficiente correspondente,
multiplicando o mesmo pela carga obtida, de modo a estimar o valor final de 1 RM
(Tavares, 2008).
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Fonte: (Tavares, 2008)
)
Fonte: (ACSM, 2014)
)
Fonte: (ACSM, 2014)
)
Aquando da avaliação da força muscular, mais concretamente na intervenção
pedagógica de dois casos, elaborou-se uma bateria de testes constituída pelos seguintes
exercícios: leg press, leg extension, seated row, bench press, barbell curl, deadlift, back
squat e biceps curl.
c) Resistência muscular
A resistência muscular define-se como a capacidade mista de força e resistência, que
se manifesta na possibilidade de realizar esforços, em vários regimes de contração
muscular (isométrico, concêntrico ou CMAE), em atividades de média e longa duração,
resistindo à fadiga e mantendo o funcionamento muscular em níveis elevados. (Cunha,
2017). Por forma a avaliar esta componente recorreu-se às diretrizes do ACSM (2018),
tendo em conta o número máximo de repetições realizadas no espaço de um (1) minuto,
aplicando-se o teste de abdominais parciais (partial curl up) (Tabela Nº12) e o teste de
flexão de braços (push-up) (Tabela Nº13).
Percentil M F
90 75 70
80 56 45
70 41 37
60 31 32
50 27 27
40 23 21
30 20 17
20 13 12
10 4 5
20-29
Género
Idade
Partial
Curl Up
1,23
8 1,27
9 1,32
10 1,36
1,10
4 1,13
5 1,16
6 1,20
Repetições
completadas
Coeficiente de
repetição
1 1,00
2 1,07
3
7
Tabela Nº11 – Repetições permitidas com
várias % de 1 RM | Avaliação da FM
Tabela Nº13 – Partial Curl Up |
Avaliação da RM
20-29 30-39
≥ 48 ≥ 40
38-47 31-39
30-37 25-30
23-29 18-24
≤ 22 ≤ 17
≥ 37 ≥ 32
31-36 25-31
24-30 20-24
18-23 dez/19
≤ 17 ≤ 11
Excelente
Bom
Razoável
Fraco
Push-Up
Idade
Superior
Excelente
Bom
Razoável
Fraco
Homens
Mulheres
Superior
Tabela Nº12 – Push Up |
Avaliação da RM
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d) Flexibilidade
A flexibilidade diz respeito à amplitude de movimento de uma articulação simples
e/ou múltipla, traduzindo-se na habilidade para desempenhar tarefas gerais, como a
mobilidade articular, adequada para a realização das tarefas simples do quotidiano, e
específicas, como a amplitude necessária, para realizar ações motoras e movimentos
desportivos (ACSM, 2010). Os procedimentos realizados para avaliar a flexibilidade,
tendo em conta os recursos disponíveis, não se afirmam com uma viabilidade significativa
da flexibilidade. No entanto, face ao exposto procedeu-se à exclusiva aplicação do teste
de flexibilidade de ombros, sendo este caraterizado por três (3) tentativas
2.4.3.5. Periodização, prescrição e controlo do exercício
A periodização de qualquer programa de EF tem como objetivo primordial planear
o treino numa perspetiva a longo prazo a partir de variações sistemáticas e pré-
programadas na especificidade, intensidade e volume de treino (Baechle & Earle, 2008).
Esta comutação entre o volume e a intensidade de treino deverá ser construída de acordo
com uma perspetiva macro (ano ou semestre), meso (mês) e micro (semana) (Baechle &
Groves, 2000).
Assim estes pressupostos que se apresentam a jusante da avaliação inicial, tendo esta
como objetivo primordial o conhecimento minucioso do sujeito, Badillo e Ayestaran
(2001) caracterizam-nos como a organização dos meios e métodos de treino, de forma
lógica, como meio para alcançar os resultados desejados.
Segundo Garganta e Prista (2003) a organização do treino não é uma tarefa simples.
Refletindo sobre este paradigma há que equacionar determinadas especificidades para
uma correta otimização da prescrição do exercício, tendo em conta a adequação dos
objetivos e necessidades do sujeito, bem como as suas limitações e motivações, não só
assente no tipo de atividade que irá realizar, mas também no tão célebre princípio de FITT
(Frequency, Intensity, Time and Type).
A prescrição do exercício não é linear a qualquer sujeito, envolvendo uma constante
modificação e manipulação nas variáveis de treino como a escolha de exercícios, número
de séries e as suas repetições, com o respetivo intervalo, a velocidade de execução, os
métodos de treino e os tipos de força (Fleck & Kraemer, 2006). Assim, embora existam
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princípios gerais de adaptação que se aplicam à grande maioria dos sujeitos, há uma
panóplia de fatores que afetam a conceção de um programa de exercício físico, sendo
estes de competência física, psicológica ou emocional. Todavia, o planeamento do treino
rege-se pelos princípios base biológicos que orientam um programa de exercício físico,
como o princípio da especificidade, que relaciona as respostas e as adaptações do
organismo específicas do tipo de atividade, dos músculos e sistemas energéticos
(Heyward, 2013), o principio da sobrecarga progressiva, sendo que a intensidade deve
aumentar progressivamente de treino para treino, para o incremento de novos estímulos
(Castelo, Barreto, & Alves, 2000) o principio da reversibilidade, onde as alterações do
organismo adquiridas ao longo das atividades inerentes ao exercício são transitórias
(Alves, 2000), verificando-se cargas de grande volume e pequena intensidade com um
maior efeito e mais prolongado e, por fim, o principio da heterocronia, que assenta no
facto de quanto maior for a intensidade do exercício mais rapidamente o efeito do
exercício se faz sentir, porém, também mais rapidamente desaparece esse mesmo efeito.
2.4.4. Intervenção pedagógica
2.4.4.1. Acompanhamento e controlo individualizado
o Caso A
Sujeito A, do género feminino, com 26 anos de idade, estudante de enfermagem.
Iniciou a sua frequência no ginásio no dia quinze de janeiro de dois mil e dezoito. No dia
vinte e três (23), após uma explicação minuciosa dos procedimentos a realizar, aplicou-
se o questionário de anamnese, inserido na avaliação inicial. Verificou-se que
relativamente ao histórico de atividade física o sujeito à data não praticava qualquer
atividade física (sedentarismo).
Relativamente à avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e
atividades vigorosas, o sujeito não apresenta qualquer contraindicação para a prática do
exercício físico, verificando-se a ausência de sinais ou sintomas. Seguidamente, com a
aplicação do questionário para averiguar o risco preditivo de DCV, pulmonares e/ou
metabólicas, determinou-se que o sujeito enquadra-se num risco moderado, apresentando
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Fonte: Fonte própria
)
)
Fonte: (Tanaka, 2001)
)
)
dois (2) fatores de risco (tabagismo e sedentarismo), o que prediz uma aplicação de um
teste submáximo.
O objetivo primordial estabeleceu-se na perda de alguma massa gorda, tendo em
conta a condição física geral. Apresentando uma disponibilidade semanal de 5/6 dias e
finda a aplicação na íntegra do questionário inicial, prosseguiu-se para a avaliação da
composição corporal, da aptidão cardiorrespiratória, da resistência muscular e da
flexibilidade. Para uma melhor compreensão, apresenta-se a Tabela Nº15 tendo como
objetivo a exposição dos resultados obtidos na primeira avaliação.
Realizando uma análise descritiva dos dados expostos, verifica-se que o sujeito
foi categorizado como pré-hipertenso (Tabela Nº16) possuindo valores de 121/80mmHg
de tensão arterial (TA). Encontrando-se no deadline da categoria normal, tal facto não se
afirmou como condicionador para a prática de EF. A sua massa corporal (MC) incidiu
nos 61,8kg e a sua altura num 1,73m o que resultou num IMC de 20,6kg/m2, traduzindo-
se numa classificação normal. O seu ratio C/A foi de 0,76, considerado como risco baixo.
Importa ressaltar que a FCmáx foi obtida por via da fórmula de Tanaka (2001) (Tabela
Nº14) com um valor de 190bat/min. Neste seguimento, a aptidão cardiorrespiratória foi
mensurada pela aplicação do teste de Rockport, tendo-se verificado um consumo máximo
de oxigénio (Vo2máx) de 35,7ml/kg/min, sendo classificado como médio. Por fim, a
avaliação da resistência muscular, englobando o teste de push-ups e partial curls up,
determinou o sujeito como bom e a flexibilidade de ombros foi conseguida nas três
tentativas possíveis.
Fórmula de Tanaka FCmáx = 208 - (0,7 * Idade)
Parâmetros Parâmetros
Altura (m) 1,73 1368 MB (kca l )
Peso (kg) 61,8 3 G. viscera l
FCrep (bat/min) 88 0,76 Ratio C/A
PAS (mmHg) 121 190 Fcmáx (bat/min)
PAD (mmHg) 80 35,7 Vo₂máx (ml/kg/min)
IMC (kg/m²) 20,6 35 Parcial curl up (reps)
MG (%) 30,3 16 Push-up (reps)
MM (%) 28,5
Avaliação inicial #1Valores
Tabela Nº14 – Avaliação inicial #1| Caso A
Tabela Nº15 – Fórmula de Tanaka | Fcmáx
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Fonte: (ACSM, 2018)
)
)
Dada como concluída a avaliação inicial (#1), iniciou-se o processo de
periodização e prescrição de um programa de exercício físico para o Sujeito A.
Tendo em conta os dois objetivos propostos, idealizou-se uma periodização com
base no modelo proposto por Matveev e adaptado por Bompa (1999). Neste sentido,
optou-se por uma periodização linear com uma duração de vinte (20) semanas. A primeira
fase do período preparatório, designada de preparação geral, teve o seu primeiro
mesociclo direcionado para a adaptação anatómica (AA), onde predomina o volume
sobre a intensidade, visto que o sujeito não possuía qualquer historial de frequência de
ginásios ou prática regular de exercício físico. Este contemplou seis (6) semanas, sendo
que a primeira foi exclusiva para as avaliações da aptidão física. Seguidamente, à sétima
semana, o sujeito inicia a fase de preparação específica dividida em dois mesociclos, com
cinco microciclos cada, tendo em conta o objetivo a alcançar.
Tavares (2008) refere que o treino de força promove valores significativos do
EPOC (Excess Post Exercise Oxygen Consumption), proporcionando um maior dispêndio
energético, traduzindo-se num aumento da taxa de metabolismo basal dos sujeitos. É
neste sentido e que de acordo com o objetivo do sujeito, que se torna importante o trabalho
deste elemento.
Bompa e Cornacchia (2012) (citados por Tavares, 2008) afirmam que para
principiantes, a fase de AA poderá ser constituída por 8-12 exercícios, com um volume
de 1-3 séries de 10-15 repetições, com um intervalo de 1/1:30min e entre 2-3min entre
circuito, com uma intensidade de 45-65% 1RM. Desta forma, implementou-se o método
de circuito por forma a estimular a uma maior perda de massa gorda pela diversidade de
estímulos adjacentes a este método, envolvendo grandes grupos musculares e
multiarticulares.
Relativamente à componente aeróbia, tendo em conta a grande disponibilidade do
sujeito, este mesmo optou por realizar aulas de grupo (Bike, e Circuit training) e
frequentar a piscina.
Tabela Nº16 – Categorização da PAS/PAD | Pressão arterial
Tabela Nº17 – Periodização do EF | Cliente A
Categoria
≥160 Estádio 2 ≥100
PA diastól ica (mmHg)
<120
120-139
140-159
Normal <80
Pré-hipertensão
Hipertensão
Estádio 1
80-89
90-99
PA s is tól ica (mmHg)
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Fonte: Fonte própria
)
)
No entanto, esta mesma era alvo de desenvolvimento no decorrer de cada treino.
Neste sentido a periodização e prescrição (Tabela Nº17) delineou-se em torno do treino
da força, com uma frequência de 3x/semana. Em ANEXO XI, apresenta-se um plano de
treino, relativo à preparação geral, o que se traduz no mesociclo da AA.
É neste sentido que após a aplicação e cumprimento de todos os procedimentos,
elaborou-se uma análise pormenorizada dos resultados obtidos ao longo dos quatro (4)
meses de aplicação do programa de EF.
Através da análise de biompedância (Gráfico Nº2) definindo-se como uma
avaliação generalizada, verificou-se que o sujeito obteve uma perda de massa corporal na
ordem dos 4,6kg, detendo uma homogeneidade entre a primeira e segunda avaliação, e a
segunda e a terceira avaliação, com um perda de 2,2kg e 2,4kg, respetivamente. O IMC
teve uma redução de 1,5kg/m2, mantendo-se com a classificação inicial (normal). Por fim,
a % de MG diminuiu 4,9%, relacionando-se com um aumento congruente da % de MM
(2,6%). No entanto, importa referir a aplicação da fórmula da densidade corporal e
equação de Siri, para a obtenção precisa da % de gordura (Gráfico Nº1). Os resultados
vão ao encontro dos já mencionados.
Gráfico Nº1 – Percentagem de gordura | Caso A
Fonte: Fonte própria Gráfico Nº2 – Bioimpedância | Caso A
Fonte: Fonte própria
Tabela Nº18 – Periodização do EF | Cliente A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AV I I I I I TC TC TC R AV TC TC TC TC AV T T T AV
40% 40% 40% 50% 50% 45% 45% 45% 45% 50% 50% 50% 50% 40% 40% 40%
60% 60% 60% 60% 60% 55% 55% 55% 55% 65% 65% 65% 65% 60% 60% 60%
X X X
X X X
X X X
X X X
PERÍODO
FASES
MESOCICLO
PREPARATÓRIO
CARGA MÍNIMA
TRANSIÇÃO
MAIO
Recuperação
Estabilização
Preparação Geral
JANEIRO
AVALIAÇÃO E CONTROLO
Preparação Específica
PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO - CLIENTE A
APTIDÃO AERÓBIA
FORÇA MUSCULAR
RESISTÊNCIA MUSCULAR
FLEXIBILIDADE
1 2
CARGA MÁXIMA
Adaptação Anatómica
SEMANAS
MICROCICLOS
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A análise mais específica e minuciosa contemplou a mensuração de perímetros
(cm) e pregas (mm). No que respeita ao primeiro parâmetro o sujeito apresentou, de forma
continua, perdas na ordem dos 0,5-5cm (Gráfico Nº3). Desta forma, avaliando-se o ratio
C/A, atenta-se ao facto de uma diminuição de 0,76 para 0,71, tendo em conta a perda
significativa e equitativa de 6cm no perímetro da cintura e da anca (Gráfico Nº4).
Através da avaliação do segundo parâmetro, confirmou-se melhorias em todas as
pregas avaliadas, expressando uma redução entre os valores de 1,6-8,5mm, sendo a região
abdominal significativamente alterada (Gráfico Nº5).
Gráfico Nº3 – Perímetros (cm) | Caso A
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº4 – Ratio Cintura/Anca | Caso A
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº5 – Pregas (mm) | Caso A
Fonte: Fonte própria
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É ainda de referir que o sujeito apresentou melhorias na força máxima, tendo
aumentado a sua RM em todos os exercícios da bateria de testes, nos três momentos
avaliativos. Na avaliação inicial da aptidão cardiorrespiratória a sua classificação era
média, no entanto alcançou o patamar bom, passando de 35,7ml/kg/min Vo2máx para
46,7ml/kg/min Vo2máx, tal facto se justifica, em grande parte, pela frequência assídua
nas aulas de grupo. Por fim, a resistência muscular também beneficiou de melhorias,
enquanto a flexibilidade se manteve incorruptível à primeira avaliação.
o Caso B
Sujeito B, do género feminino, com 24 anos de idade, estudante de enfermagem.
A par do Sujeito A, iniciou a sua frequência no ginásio no dia quinze de janeiro de dois
mil e dezoito, mantendo-se os mesmos procedimentos mencionados anteriormente.
Verificou-se que relativamente ao histórico de atividade física o sujeito à data não
praticava qualquer atividade física, no entanto já tinha frequentado o ginásio em causa.
Relativamente à avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e
atividades vigorosas, o sujeito inicialmente apresentou uma contraindicação para a prática
do exercício físico, verificando-se a presença de um problema osteoarticular. No entanto,
esta mesma viria a ser suprimida, pela apresentação de um exame médico, com a
validação da prática do EF. Seguidamente, com a aplicação do questionário para
averiguar o risco preditivo de DCV, pulmonares e/ou metabólicas, determinou-se que o
sujeito enquadrava-se num risco baixo, sem qualquer FR presente.
O objetivo pessoal do sujeito estabeleceu-se na perda significativa de massa gorda,
tendo adjacente o aumento da %MM. Sendo que possuía uma disponibilidade semanal de
5/6 dias e a sua assiduidade se fazia em conjunto com o Sujeito A, efetivaram-se as
avaliações de forma integrada, bem como a periodização e prescrição. Desta forma,
apresenta-se a Tabela Nº18, tendo como objetivo a exposição dos resultados obtidos na
primeira avaliação.
Realizando uma análise descritiva dos dados expostos, verifica-se que o sujeito
foi categorizado como normal possuindo valores de 106/71mmHg de tensão arterial (TA).
A sua massa corporal inicial apresentou-se nos 69kg e a sua altura 1,63m o que resultou
num IMC de 26kg/m2, traduzindo-se numa classificação normal. O seu ratio C/A foi de
0,79, considerado como risco baixo. A FCmáx (fórmula de Tanaka) obteve um valor de
191bat/min.
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Fonte: Fonte própria
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Neste seguimento, a aptidão cardiorrespiratória foi mensurada pela aplicação do teste de
Rockport, tendo-se verificado um Vo2máx de 33,3ml/kg/min, sendo classificado como
fraco. Por fim, a avaliação da resistência muscular, circunscreveu o sujeito como razoável
e fraco. A flexibilidade de ombros foi marcada pela heterogeneidade de ambos os ombros,
sendo que o lado esquerdo apenas foi conseguido na terceira tentativa.
Concluída a avaliação inicial #1, iniciou-se o processo de periodização e
prescrição de um programa de exercício físico para o Sujeito B. Como os interesses e os
objetivos se delinearam na mesma ótica do Sujeito A, este processo foi marcado pela
paridade de implementação de métodos de treino, alterando-se algumas intensidades de
exercitação. A periodização (Tabela Nº19) contou com um macrociclo composto por
quatro mesociclos, tendo a sua duração sido de vinte (20) semanas. Para além da
frequência das aulas de Bike, o sujeito frequentava de forma assídua (2-3vezes/semana) a
aula de atividades de grupo aquáticas, denominada de hidroginástica.
Tabela Nº19 – Avaliação inicial #1| Caso B
Parâmetros Parâmetros
Altura (m) 1,63 1382 MB (kca l )
Peso (kg) 69,1 6 G. viscera l
FCrep (bat/min) 84 0,79 Ratio C/A
PAS (mmHg) 106 191 Fcmáx (bat/min)
PAD (mmHg) 71 33,3 Vo₂máx (ml/kg/min)
IMC (kg/m²) 26 25 Parcial curl up (reps)
MG (%) 43 16 Push-up (reps)
MM (%) 23
Valores
Avaliação inicial #1
Tabela Nº20 – Periodização do EF | Caso B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AV I I I I I TC TC TC TC AV TC TC TC TC AV T T T AV
40% 40% 55% 55% 55% 45% 45% 45% 45% 50% 50% 50% 50% 40% 40% 40%
60% 60% 65% 65% 65% 55% 55% 55% 55% 60% 60% 60% 60% 60% 60% 60%
X X X
X X X
X X X
X X X
JANEIRO MAIO
AVALIAÇÃO E CONTROLO
APTIDÃO AERÓBIA
FORÇA MUSCULAR
RESISTÊNCIA MUSCULAR
FLEXIBILIDADE
CARGA MÁXIMA
MESOCICLO Adaptação Anatómica 1 2 Estabilização
SEMANAS
MICROCICLOS
CARGA MÍNIMA
FASES Preparação Geral Preparação Específica Recuperação
PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO -SUJEITO B
PERÍODO PREPARATÓRIO TRANSIÇÃO
Fonte: Fonte própria
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Relativamente à primeira análise de composição corporal (Gráfico Nº6) verificou-
se que o sujeito obteve uma perda de MC na ordem dos 4,4kg, sendo que a maior
quantidade de quilogramas perdidos aconteceu entre a primeira e segunda avaliação. O
IMC teve uma redução de 1,4kg/m2, alterando a sua classificação de sobrepeso para
normal (24,6kg/m2). Por fim, o objetivo principal foi alcançado, sendo que a % de MG
diminuiu 7,9% (Gráfico Nº7) relacionando-se com um aumento 3,8% de MM.
Abordando os perímetros, o sujeito apresentou algumas discrepâncias,
verificando-se um aumento no perímetro do braço e no perímetro geminal, vindo este a
ser diminuído na última avaliação, enquanto os restantes perímetros sofreram uma
redução em torno dos 1,6-5,6cm (Gráfico Nº8). O ratio C/A sofreu uma diminuição de
0,76 para 0,71, tendo em conta a perda significativa e equitativa de 6cm no perímetro da
cintura e da anca (Gráfico Nº9).
Gráfico Nº6 – Biompedância | Caso B
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº7 – Percentagem de gordura | Caso B
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº9 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso B
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº8 – Perímetros (cm) | Caso B
Fonte: Fonte própria
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Relativamente às pregas (mm), a redução foi clara e progressiva, à exceção da
prega abdominal (Gráfico Nº10) que manteve o seu valor entre a avaliação momento #2
e a avaliação final. Tal facto poder-se-á justificar pela predisposição genética do sujeito,
imprimindo uma maior dificuldade de remoção de adipócitos na zona mencionada ou pelo
simples facto de o sujeito ter reduzido a sua frequência e assiduidade no ginásio, devido
a questões do seu percurso académico.
Cessando, na avaliação final da aptidão aeróbia o sujeito obteve um Vo2máx de
37,2 ml/kg/min, classificando-se como médio. Facto que se aprimorou, visto que a sua
capacidade inicial encontrava-se fraca. A força máxima também obteve melhorias, no
entanto não significativas, indo de encontro à resistência muscular (muito bom/razoável).
o Caso C e D
Sujeito C e D, do género masculino, com 24 e 30 anos de idade, respetivamente.
Optou-se pela junção dos dois sujeitos visto que o objetivo individual ia ao encontro de
ambos e devido ao caso particular do Sujeito D, que seguidamente se explicita. Sujeito C,
iniciou a sua frequência no ginásio no dia quatro de janeiro de dois mil e dezoito,
iniciando-se as avaliações no dia dois de fevereiro do presente ano. Decorrente da
aplicação dos questionários aferiu-se que o sujeito classificou-se como ativo perante o
histórico de atividade física, tendo sido praticante de atletismo.
Relativamente à avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e
atividades vigorosas, o sujeito não apresentou nenhuma contraindicação para a prática do
exercício físico, classificando-se com um risco baixo, sem presença de sinais/ sintomas
ou FR.
Gráfico Nº10 – Pregas (mm) | Caso B
Fonte: Fonte própria
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O objetivo do sujeito ao inscrever-se no ginásio estabeleceu-se única e
exclusivamente, numa primeira fase, no aumento da massa magra (hipertrofia), para
posteriormente se incidir na definição muscular, o que pressupõe um efeito antagónico
relativo à massa muscular. A sua disponibilidade semanal era de 3/4dias, sendo que para
além do seu objetivo, o sujeito pretendeu realizar aulas de grupo pelo menos 1-2
dias/semana.
Desta forma, apresenta-se a Tabela Nº20 tendo como objetivo a exposição dos
resultados obtidos na primeira avaliação.
Através dos dados expostos, verifica-se que o sujeito foi classificado como pré-
hipertenso possuindo valores de 121/88mmHg de tensão arterial (TA). A sua MC inicial
incidiu nos 77,8,kg e a sua altura num 1,82m o que resultou num IMC de 23,5kg/m2,
traduzindo-se numa classificação normal. O seu ratio C/A foi de 0,87, considerado como
risco baixo. A mensuração da FCmáx demonstrou um valor de 193bat/min.
Por consequência, a aptidão cardiorrespiratória foi calculada pela aplicação do
teste de Cooper de 2400m (1,5 mile) tendo-se verificado uma duração de 11´28´´,
traduzindo-se em um Vo2máx de 46,3ml/kg/min, sendo classificado como bom. No que
diz respeito aos testes de partial curl up e push-up o sujeito foi classificado como muito
bom e razoável, respetivamente. A flexibilidade de ombros foi alcançada somente no lado
direito, apenas na terceira tentativa.
A periodização linear contou com um macrociclo composto por cinco (5)
mesociclos, nomeadamente a AA, com cargas de 40-50%, a Preparação Específica 1,
respeitante aos microciclos de Hipertrofia (65-75%), a Recuperação (40-60%), a
Preparação Física 2, incidindo na Definição Muscular, com a aplicação de cargas em
torno dos 30-50% e, novamente, a Recuperação, inserida no Período de Transição.
Parâmetros Parâmetros
Altura (m) 1,82 1752 MB (kca l )
Peso (kg) 77,8 5 G. viscera l
FCrep (bat/min) 72 0,87 Ratio C/A
PAS (mmHg) 121 193 Fcmáx (bat/min)
PAD (mmHg) 88 46,3 Vo₂máx (ml/kg/min)
IMC (kg/m²) 23,5 41 Parcial curl up (reps)
MG (%) 21,1 29 Push-up (reps)
MM (%) 39,2
Avaliação inicial #1Valores
Tabela Nº21 – Avaliação inicial #1 | Caso C
Fonte: Fonte própria
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Colmatando todos os mesociclos, verificou-se uma duração total de vinte (20) semanas
(Tabela Nº21).
Na perspetiva de uma prescrição linear aos objetivos propostos pelo sujeito,
idealizou-se uma periodização com vista ao aumento da massa muscular por via do
mecanismo regulador de hipertrofia muscular que tinha como objetivo induzir adaptações
ao nível do aumento da força muscular. Para isto o estímulo do treino da força centrou-se
em intensidades submáximas, volumes elevados e intervalos reduzidos, no caso de ações
musculares isométricas e concêntricas. (Mil-Homens, Correia, & Mendonça, 2015).
Com vista a alcançar uma definição máxima do músculo-esquelético, tendo como
objetivo principal aumentar o conteúdo de proteína do músculo e a densidade capilar
através da realização de longas séries, com elevadas repetições, podendo verificar-se um
incremento momentâneo na força muscular e que, por sua vez, resulta numa maior
definição muscular (Tavares, 2008), recorreu-se ao modelo proposto por Bompa,
DiPasquale e Cornacchia (2012).
T
R
E
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AV I I I H H H H H R AV DM DM DM DM DM DM AV T T
40% 40% 40% 65% 65% 65% 65% 65% 40% 30% 30% 30% 40% 40% 40% 40% 40%
60% 60% 60% 75% 75% 75% 75% 75% 60% 40% 40% 40% 50% 50% 50% 60% 60%
X X X
X X X
X X X
X X X
Semana 4
Semana 5
Semana 6
30 reps/exercício
40 reps/exercício
50 reps/exercício
2 exercícios ou 100 reps
4 exercícios ou 200 reps
8 exercícios ou 400 reps
Semana 1
Semana 2
Semana 3
DEFINIÇÃO MUSCULAR
Velocidade de contração Moderada
Número de sessões 2-4 sessões
Duração do mesociclo 6 semanas
Repetições ≥30 reps
Séries 2-3 séries
Intervalo de repouso 60 seg
1 sessão HIPERTROFIA
Intensidade da carga 30-50%
+++
Taxa de produção de força
Pré-ativação
Atividade reflexa
Sessões aeróbias
FLEXIBILIDADE
MICROCICLOS
CARGA MÍNIMA (1RM)
CARGA MÁXIMA (1RM)
RESISTÊNCIA MUSCULAR
AVALIAÇÃO E CONTROLO
DINÂMICA DA CARGA DE TREINO ADAPTAÇÕES INDUZIDAS
Massa muscular
Força Máxima
+++
Adapt Anatómica
Preparação Geral Preparação Específica
PREPARATÓRIO
1
Intervalo de repouso
PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO - CLIENTE C
APTIDÃO AERÓBIA
FORÇA MUSCULAR
PERÍODO
FASES Preparação Específica
MESOCICLO
SEMANAS
2
F
E
V
E
R
E
I
R
O
M
A
I
O
PREPARATÓRIO T
R
E
+
Intensidade da carga
Utilização do potencial
muscular
Repetições
Séries
Número de sessões
Duração do mesociclo
65-85%
6 - 12 reps
5 séries
60-90 seg
Moderada
2-3 sessões
6 semanas
Velocidade de contração +
+
-
Tabela Nº22 – Periodização do EF | Caso C
Fonte: Fonte: Fonte própria; (Tavares, 2008); (Mil-Homens, Correia & Mendonça)
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Este mesmo evidencia que os exercícios aeróbios não são suficientes para reduzir a massa
magra, por forma a demonstrar um aumento da definição e estriação muscular. É nesta
ótica, que através do incremento de intervalos de repouso curtos, com transições rápidas,
e o aumento significativo do número de repetições, com exercícios alternados, irá induzir
ao organismo uma produção de energia através dos ácidos gordos.
Na primeira semana o objetivo centrou-se em aumentar o número de repetições
para trinta (30), por exercício, verificando-se um aumento gradual de dez (10) repetições
nas duas (2) semanas seguintes, com um intervalo de um (1) minuto entre exercícios. Nas
semanas subsequentes incidiu-se numa junção de dois (2), quatro (4) e oito (8) exercícios
ou cem (100), duzentas (200) e quatrocentas (400) repetições sem parar, com um número
de séries em torno das 2-3 (Tabela Nº21).
Efetuando a análise pormenorizada relativa aos resultados de composição
corporal, após o período de intervenção (Gráfico Nº11), verificou-se que o sujeito obteve
uma perda de MC na ordem dos 3,4kg. O IMC teve uma redução de 1,5kg/m2, alterando
a sua classificação para normal (22kg/m2). No que concerne à % de MM, o sujeito elevou
esta mesma em 2,3%, no entanto, devido ao seu objetivo de definição muscular, verificou-
se um declínio de 1,4%, entre o segundo e o terceiro momento avaliativo. A par desta, a
% de MG teve uma diminuição significativa de 11,6 % (Gráfico Nº12).
No que respeita à avaliação dos perímetros, o sujeito teve perdas na ordem dos
0,3-6cm (Gráfico Nº13). Imposta ressaltar, o facto do perímetro do braço sem/com
contração ter aumentado 1,2cm e 1,3cm, respetivamente, da avaliação inicial #1 para a
avaliação momento #2, no entanto quando comparado com a avaliação final #3, este
mesmo teve um decréscimo de 0,3cm. A justificação em torno desta oscilação poderá
assentar no facto do primeiro mesociclo incidir para um aumento da massa muscular,
Gráfico Nº12 – Biompedância | Caso C
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº11 – Percentagem de Gordura | Caso C
Fonte: Fonte própria
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enquanto que o segundo se direcionou para uma diminuição dessa mesma, tendo em conta
a obtenção de um resultado cingido à definição muscular. Também o perímetro da coxa
direita e esquerda foi alvo de algumas oscilações, sendo que inicialmente apurou-se um
decréscimo e, posteriormente, um aumento, induzido pelas alterações no tónus muscular.
Avaliando-se o ratio C/A este aumentou de 0,87 para 0,89cm, mantendo-se num
risco baixo (Gráfico Nº14).
No parâmetro das pregas (mm) a redução foi progressiva, à exceção da prega
peitoral, tendo-se o seu valor (11mm) mantido da avaliação momento #2 para a avaliação
final #3 (Gráfico Nº10)
Gráfico Nº13 – Perímetros (cm) | Caso C
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº14 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº15 – Pregas (mm) | Caso C
Fonte: Fonte própria
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Por fim, na avaliação da aptidão aeróbia o sujeito iniciou com um Vo2máx de 46,3
ml/kg/min e ao longo de todo o processo o seu desempenho traduziu-se numa melhora do
seu consumo máximo (47,4 ml/kg/min), classificando-se como bom A força máxima,
conseguida por via do método direto de 1RM, obteve melhorias significativas de forma
exponencial entre a avaliação inicial #1 e a avaliação momento #2, bem como a
resistência muscular (muito bom/excelente). A flexibilidade apenas foi conseguida na
última avaliação, em ambos os ombros.
O Sujeito D, do género masculino, com 30 anos de idade, iniciou a sua frequência
no ginásio no dia nove de fevereiro, tendo sido efetuadas as avaliações no dia dezasseis
do mesmo mês do presente ano. Após o resultado da aplicação dos questionários aferiu-
se que o sujeito classificou-se como moderadamente ativo, realizando pontualmente
sessões de sala de exercício e corrida
A avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e atividades vigorosas,
foi positiva, sendo que não era detentor de qualquer contraindicação para a prática do
exercício físico, bem como a presença de FR, que determinou o sujeito com um risco
baixo, para o desenvolvimento de DCV, pulmonares e/ou metabólicas.
O objetivo do sujeito centrou-se na Hipertrofia, indo ao encontro do Sujeito C,
possuindo uma disponibilidade de 2/3 dias por semana para o treino. Desta forma, na
Tabela Nº22, a exposição dos resultados obtidos na primeira avaliação ditam uma PAS
de 118mmHg e uma PAD de 78mmHg, categorizando-se como normal na avaliação da
TA (Tabela Nº16). A sua MC recaiu sobre os 80,4kg e a sua altura no 1,77m o que resultou
num IMC de 25,6kg/m2, classificando-se como sobrepeso. O seu ratio C/A foi de 0,85,
considerado como risco baixo.
Parâmetros Parâmetros
Altura (m) 1,77 1685 MB (kca l )
Peso (kg) 80,4 3 G. viscera l
FCrep (bat/min) 78 0,85 Ratio C/A
PAS (mmHg) 118 187 Fcmáx (bat/min)
PAD (mmHg) 78 39,1 Vo₂máx (ml/kg/min)
IMC (kg/m²) 25,6 45 Parcial curl up (reps)
MG (%) 16,8 30 Push-up (reps)
MM (%) 40,2
Avaliação inicial #1Valores
Tabela Nº23 – Avaliação inicial #1| Caso D
Fonte: Fonte própria
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Importa ressaltar que a FCmáx foi obtida por via da fórmula de Tanaka (2001)
(Tabela Nº14) com um valor de 187bat/min. Neste seguimento, a aptidão
cardiorrespiratória foi mensurada pela aplicação do teste de Cooper 2400m (1,5mile),
tendo-se verificado um consumo máximo de oxigénio de 39,1ml/kg/min, sendo
classificado como médio. Por fim, a avaliação da resistência muscular, englobando o teste
de push-ups e partial curls up, determinou o sujeito como muito bom e bom,
respetivamente, e a flexibilidade de ombros foi conseguida na segunda e terceira tentativa.
Relativamente à periodização do treino esta foi delineada com alguns eixos
semelhantes aos do Sujeito C, relativamente ao objetivo de Hipertrofia, no entanto a
Preparação Física Especifica 2 incidiu na Hipertrofia/Melhoria, indo ao encontro do
objetivo do sujeito. É neste sentido que se estabeleceram dois mesociclos, compostos por
seis semanas cada, com intensidades entre os 65%-85% de carga mínima e carga máxima
de 1RM, respetivamente (Tabela Nº23).
Expondo-se os resultados resultantes das avaliações realizadas, ressalta-se que não
existiu uma assiduidade incessante perante as sessões de treino, o que se traduziu nos
valores obtidos pelo sujeito, sendo que não foi possível realizar a avaliação final #3. Os
resultados referem-se às duas primeiras avaliações e após a finalização da segunda o
sujeito informou a sua necessidade de ausência por tempo incerto. Neste sentido, foram
concebidos apenas dois planos de treino, referentes à AA e à Preparação Específica 1,
contabilizando um total de onze (11) semanas concretizadas.
T
R
E
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AV I I I H H H H H H AV HM HM HM HM HM HM AV T T
40% 40% 40% 65% 65% 65% 65% 65% 65% 75% 75% 75% 75% 75% 75% 40% 40%
60% 60% 60% 75% 75% 75% 75% 75% 75% 85% 85% 85% 85% 85% 85% 60% 60%
X X X
X X X
X X X
X X X
Número de sessões
Duração do mesociclo
65-85%
6 - 12 rep
5
60-90 seg
Moderada
2-3 sessões
10-12 semanas
Velocidade de contração +
+
-
+
Intensidade da carga
Utilização do potencial
muscular
Repetições
Séries
Intervalo de repouso
PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO - CLIENTE D
APTIDÃO AERÓBIA
FORÇA MUSCULAR
PERÍODO
FASES Preparação Específica
MESOCICLO
SEMANAS
2
F
E
V
E
R
E
I
R
O
M
A
I
O
PREPARATÓRIO T
R
EAdapt Anatómica
Preparação Geral Preparação Específica
PREPARATÓRIO
1
FLEXIBILIDADE
MICROCICLOS
CARGA MÍNIMA (1RM)
CARGA MÁXIMA (1RM)
RESISTÊNCIA MUSCULAR
AVALIAÇÃO E CONTROLO
DINÂMICA DA CARGA DE TREINO ADAPTAÇÕES INDUZIDAS
Massa muscular
Força Máxima
+++
+++
Taxa de produção de força
Pré-ativação
Atividade reflexa
Tabela Nº24 – Periodização do EF | Caso D
Fonte: Fonte própria; (Tavares, 2008)
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Elaborando a análise relativa aos resultados da balança de bioimpedância, o
sujeito aumentou o sua MC em 3,5kg, logo o seu IMC teve um aumento de 1,1kg/m2 com
repercussões na sua % de MG e % de MM, como a Tabela Nº24 demostra. A falta de
regularidade e incumprimento dos planos de treino estão na base desta evidência.
No que respeita à avaliação dos perímetros, o sujeito em grande percentagem teve
os seus valores aumentados, o que poderia ter sido induzido pelo aumento da massa
muscular, no entanto verificou-se que estes mesmos possuíram uma maior incidência na
zona abdominal, o que poderá ser resultado do aumento da % de MG (Gráfico Nº18). A
par com a perda de % de MM, observou-se que o sujeito diminui o seu perímetro no braço
com contração. Determinando o ratio C/A este aumentou de 0,85 para 0,87cm, mantendo-
se num risco baixo (Gráfico Nº19).
Gráfico Nº17 – Biompedância | Caso D
Fonte: Fonte própria Gráfico Nº16 – Percentagem de Gordura | Caso D
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº18 – Perímetros (cm) | Caso C
Fonte: Fonte própria
Gráfico Nº19 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C
Fonte: Fonte própria
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Por fim, dissecando o último parâmetro, referente às pregas adiposas expõe-se o
facto do sujeito, durante o período de treino, ter aumentado quase todas as pregas, à
exceção da prega tricipital, que manteve o seu valor inicial, e da prega peitoral, reduzida
em 1mm (Gráfico Nº20). Este aumento deve-se, como anteriormente referido, ao aumento
da % de MG, adjacente não só à assiduidade mas, eventualmente, também a um
incremento de um balanço energético negativo.
Ultimando as análises descritivas, e no que diz respeito à avaliação da aptidão
aeróbia, o sujeito viu o seu consumo máximo de oxigénio decair de 39,1 para 37,8
ml/kg/min, mantendo-se numa classificação de médio (Tabela Nº9). Relativamente à
duração realizada no teste de Cooper de 2400m, este classificou-se como fraco (Tabela
Nº8). Esta componente, e tendo em conta que o sujeito não participava em aulas de grupo,
foi incrementada através de um método contínuo variado (variando intensidades e
inclinações), prescrito pela FCtreino, através da fórmula de Karvonen (Sardinha &
Baptista, 2006), de modo a encontrar a FC de treino (Tabela Nº24).
As intensidades da zona alvo de treino definiram-se em torno de um limite inferior
de 55% e um limite superior de 70% do Vo2 de reserva, para um trabalho aeróbio eficaz
para o sujeito.
Fórmula de Karvonen (1957)
FC de treino = Intensidade x (FCmáx-FCrep) + FCrep)
Gráfico Nº20 – Pregas (mm) | Caso CD
Fonte: Fonte própria
Tabela Nº25 – Fórmula de Karvonen | FCtreino
Fonte: (Sardinha & Baptista, 2006)
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A força máxima, obtida por via do método direto de 1RM (kg), manteve-se
imparcial a alterações significativas, no entanto o seu desempenho na componente da
resistência muscular foi alterado no teste de push-ups, sendo posteriormente classificado
como razoável. A flexibilidade foi conseguida nas duas últimas tentativas, em ambos os
ombros.
Demostrando de forma conclusiva uma reflexão generalizada sobre todo processo
de intervenção afirma-se que o mesmo foi alcançado, tendo em conta os objetivos do
Sujeito A, Sujeito B e Sujeito C, o que prediz uma taxa de ocorrência positiva de 75%.
Relativamente ao Sujeito D, as suas escolhas foram para além da possibilidade de
controlo, por forma a uma exequibilidade na intervenção.
2.5. Atividades de grupo terrestres
A atividade física tem sido identificada como importante elemento profilático e
terapêutico, essencial para que o homem moderno tenha uma qualidade de vida superior
(Rojas, 2003). É neste sentido que a prática regular de exercício físico tem tido uma
aceitação pública crescente e os efeitos benéficos da atividade física têm adquirido uma
crescente importância social (Martins, 2004). Deixou de ser vista, simplesmente, como
uma forma de ócio para se extrapolar ao nível de uma necessidade de bem-estar,
promoção da saúde e prevenção de doenças, relacionando-se com a redução de doenças
cardiovasculares, diabetes mellitus, pressão arterial alta, cancro e obesidade (Tharrett &
Peterson, 2006).
Assim, em Portugal e na Europa, o mercado do fitness cresceu significativamente nas
últimas décadas, sendo que se verifica em constante expansão e desenvolvimento A título
de exemplo, o mercado português do fitness cresceu 13%, em 2015, somando assim 730
mil pessoas envolvidas, enquanto isso, o número de ginásios aumentou para 1365,
levando uma média de 537 membros por clube no final do ano de 2015 (AGAP, 2015).
Uma das maiores tendências da indústria do fitness diz respeito às atividades
realizadas em grupo. De acordo com um estudo realizado, a nível mundial, pelo ACSM’s
Health & Fitness Journal® (FIT), relativo às tendências do fitness no ano 2018,
Worldwide Survey of Fitness Trends for 2018 (ACSM) verifica-se que as atividades de
grupo ocupam o segundo posto, apenas tendo a montante o High-Intensity Interval
Training (HIIT), que assume a liderança para o decorrente ano.
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Este tipo de atividade está documentado como sendo uma forte promotora de
exercício e permite uma maior aderência a longo prazo
Instrutores de atividade de grupo ensinam, lideram e motivam indivíduos inseridos
num grupo, intencionalmente, maior (mais de cinco). Os programas de grupo são
desenhados para que as sessões sejam eficazes, em diferentes níveis de aptidão física, e
motivadoras, possuindo técnicas de liderança que ajudem os sujeitos a atingir os seus
objetivos.
2.5.1. Observação das aulas de grupo
A observação das aulas de grupo realizou-se em torno da produção de um relatório,
referente à lecionação de cada aula. Com recurso a uma grelha de avaliação (ANEXO
VIII) realizaram-se observações das diversas aulas de atividades de grupo, terrestres e
aquáticas, como alvo de avaliação qualitativa o técnico de exercício físico e toda a
envolvente, durante o desempenho das suas funções.
2.5.2. Controlo mensal das aulas de grupo
O controlo mensal teve por base a quantificação das aulas de grupo com a função de
de instrutora. De seguida, através de uma tabela (Tabela Nº25), demonstra-se um exemplo
(mês de maio) do controlo mensal efetivado durante o estágio curricular.
AULAS S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
BIKE 1
TRX
STEP NATURA
NATURA PUMP
CORE
PILATES
GAP
CIRCUIT TRAINNING 1 1
HIDROGINÁSTICA
AULAS 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3
CIRCUIT TRAINNING 1
GAP 1 1
BIKE 1 1 1 1 1
TRX
STEP NATURA
NATURA PUMP
PILATES
MOBILITY
CORE
ABDO EXPRESS
HIDROGINÁSTICA 1 1 1 7 21
Nr Aulas lecionadas
Projeto de promoção
D
CONTROLO DE AULAS DE GRUPO REALIZADAS - MAIO 2018
TAR
DE
D D D
D DD
MA
NH
Ã
FER
IAD
OFE
RIA
DO
FER
IAD
OFE
RIA
DO
D
nov/17
dez/17
jan/18
fev/18
mar/18
abr/18
mai/18
jun/18
Me
ses
Nr d
e au
las
97
7
18
21
5
3
16
17
10
Tabela Nº26 – Controlo mensal | Atividades de grupo
Fonte: Fonte própria
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2.5.3. Planeamento das aulas de grupo
No que concerne à oferta de aulas de grupo, o ginásio possui um vasto leque de
modalidades ao dispor dos clientes. Com intuito de proporcionar novos desafios e novos
estímulos ao organismo, sendo estes fundamentais para a otimização do treino, de modo
a estimular a sua participação e o seu entusiasmo, as respetivas coreografias são alteradas
mensal ou trimestralmente. A intervenção neste âmbito realizou-se em torno de seis (6)
modalidades, das oito (8) disponíveis.
No que diz respeito à lecionação, estas regeram-se por um planeamento prévio
respeitante à estrutura de cada aula (Tabela Nº26). É nesta ótica que se verifica um
faseamento estrutural assente em três partes primordiais (Cerca, 2003).
Importante ressaltar o facto do planeamento das aulas não recorrer a uma
periodização assente nos princípios gerais, pelo simples facto de não se verificar uma
consistência sistemática na lecionação da mesma modalidade. Isto é, verificando-se, na
maioria, coreografias mensais, estas mesmas, eram idealizadas e lecionadas num processo
rotativo entre os instrutores do ginásio, à exceção da modalidade de Bike e de Pump.
Assim, a sua construção baseou-se no treino intervalado (TI), que segundo Tubino
(1984) se define como o meio de preparação física que compreende alternâncias entre
períodos de trabalho e de recuperação com intensidades e durações controladas, ao
mesmo tempo que exige uma orientação das variáveis de treino nos objetivos propostos.
Ainda Billat (2001) descreve o TI como a prática de séries repetidas de exercícios a alta
intensidade, intercalando com períodos de repouso (ativo ou passivo).
Neste sentido, observa-se a génese da definição de treino intervalado de alta
intensidade (High Intensity Interval Training – HITT), que se caracteriza por esforços
Parte inicial
Parte fundamental
Parte final
Ativação funcional (5-10´)
Desenvolvimento da AF (25´)
Retorno à calma/relaxamento (5-10´)
Tabela Nº27 – Estrutura das aulas | Atividades de grupo
Fonte: (Cerca, 2003)
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“explosivos” (all out) de exercício a 90% ou mais do VO2máx (ou FCres) e uma
capacidade aeróbia máxima por curtos períodos de tempo, intercalando com períodos de
retorno à calma com uma baixa intensidade ou em descanso induzindo melhorias
equivalentes, ou até mesmo superiores, aos tradicionais métodos contínuos, em
parâmetros fisiológicos (Gibala, 2012).
Respeitante ao processo de ensino-aprendizagem das respetivas modalidades, indo
ao encontro da ideologia do israelita Muska Mosston, utilizou-se o estilo de ensino por
comando. Este caracteriza-se, do ponto de vista pedagógico, pela determinação de
objetivos, escolha das atividades e a realização das habilidades, conforme a forma de
execução. A metodologia baseia-se, sobretudo na utilização de situações didáticas que
dão margem apenas para uma só resposta e onde o comando precede o movimento.
Para a mensuração da PSE foi utilizada a escala de Borg (1998) (Tabela Nº27), que
quantifica o esforço por meio de uma escala numérica que varia de seis (não esforço) a
vinte (esforço máximo).
Por consequente, de seguida, efetua-se uma breve contextualização das modalidades
existentes e em ANEXO XII apresenta-se os planos (um exemplo) referentes a cada uma
(Tabela Nº28).
6 Nenhum esforço
7
8
9 Muito leve
10
11 Leve
12
13 Um pouco intenso
14
15 Intenso
16
17 Muito intenso
18
19 Demasiado intenso
20 Esforço máximo
Extremamente leve
Tabela Nº28 - Escala de Borg | PSE
Fonte: (Borg, 1998)
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:
Modalidades Descrição
Bike
Executada em bicicletas imóveis que são compostas por um botão
de carga onde o praticante ajusta a intensidade da pedalada
conforme o ritmo e as instruções do monitor
GAP
O GAP (Glúteos, Abdominais e Pernas) é uma das atividades com
base na Localizada. Esta é uma atividade onde o praticante repete
várias séries de exercícios, que utilizam a sobrecarga do próprio
corpo ou de pesos livres (halteres, barras ou caneleiras), objetivando
desenvolver a força e resistência muscular.
Circuit Training Carateriza-se pelos movimentos funcionais variados de intensidade
elevada.
Natura Pump
Conjunto de exercícios que trabalham todos os principais grupos
musculares, praticados através de barras e pesos, em movimentos
sincronizados, que visam a resistência e definição muscular.
Mobility Trabalho de mobilidade articular desenvolvendo a amplitude do
movimento (ROM).
Core Série de exercícios focalizados no trabalho de toda a área
abdominal, lombar e pélvica.
Abdo express Série de exercícios abdominais, focando-se no fortalecimento e
aumento da resistência da musculatura do abdómen.
Tabela Nº29 – Modalidades | Aulas de Grupo
Fonte: (Borg, 1998)
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2.6. Atividades aquáticas
A priori da inserção, nesta área de intervenção, delinearam-se objetivos concretos a
alcançar no decorrer do estágio curricular. Aqui, inseriam-se duas distintas áreas, a AMA
e ensino da natação, e a hidroginástica. De facto, esta última foi alvo de uma intervenção
profícua, e que de seguida se apresenta com todos os pressupostos inerentes às
metodologias de otimização incutidas, no entanto na primeira não se verificou uma
homogeneidade do processo em causa. A dissemelhança assenta no facto de não existir
qualquer intervenção, à exceção de duas coorientações e observações, na AMA,
decorrentes da fase de integração e planeamento.
Contextualizando, nos últimos anos, as atividades de grupo aquáticas, no caso
particular da hidroginástica, têm assumido um papel preponderante na promoção da
aptidão física e na prevenção primária da saúde (Barbosa & Queirós, 2005). É certo que
a evidência científica afirma que à medida que mais pessoas aderem e se envolvem em
programas de atividade física ou programas estruturados de exercício físico, verifica-se
uma maior incidência de pequenas lesões e de incidentes articulares (Atalaia, Pedro, &
Santos, 2009). Neste seguimento, o exercício físico em meio aquático acaba por ser
solicitado, em grande massa, muito devido às propriedades constituintes do meio líquido
(e.g. pressão hidrostática), oferecendo uma redução da carga mecânica sobre o aparelho
locomotor, e devido às suas influências fisiológicas.
2.6.1. Hidroginástica
A hidroginástica é uma opção de exercício físico importante para suprimir as
necessidades de diferentes grupos de sujeitos, seja pela diferenciação na questão de
géneros (masculino e feminino), faixa etária, nível de condição física ou segundo os
objetivos intrínsecos de cada um. Embora a hidroginástica não seja exclusiva a idosos, é
neste público que se encontra um maior número de praticantes. A importância do
aproveitamento das condições, dos materiais específicos bem como a prescrição, com
base na intensidade e volume, tendem a aumentar significativamente a resposta
fisiológica aguda na Hidroginástica (Costa et al., 2008).
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Assim, afirma-se que um conjunto de benefícios, na dimensão biomecânica, fisiológica e
psicológica, subjazem a hidroginástica (Barbosa & Santarém, 2000).
2.6.1.1. Planificação da Hidroginástica
Para uma intensidade de exercitação otimizada urgem adaptações fisiológicas
crónicas fundamentais para a melhoria da ApF, sendo as mais evidenciadas a melhoria da
composição corporal, a melhoria da capacidade cardiorrespiratória, o aumento da
resistência muscular e o aumento da flexibilidade (Bartolomeu, 2013).
O controlo da intensidade de exercitação deverá incidir na predição de uma zona alvo,
incidindo num intervalo de intensidade ideal para atingir um conjunto de adaptações
agudas significativas. A zona alvo é caraterizada por um limite superior e um limite
inferior, caso o trabalho se encontro a jusante deste último (carga insuficiente) as
adaptações não serão induzidas de forma lenta. No entanto, se a carga é excessiva, a
solicitação das vias bioenergéticas pode ser contraditória aos objetivos delineados e a
probabilidade de ocorrência de lesões é aumentada exponencialmente (Barbosa &
Queirós, 2005).
No que diz respeito ao método de aferição da avaliação e controlo da intensidade
utilizado em contexto prático e tendo em conta o meio envolvente e os recursos
disponíveis, recorreu-se à mensuração que tem por base a utilização de uma escala de
PSE (Tabela Nº24), no contexto do projeto da atividade de promoção, e o teste de fala.
De facto são métodos bastante subjetivos o que pressupõe uma menor validade e/ou
fiabilidade, no entanto primam pela facilidade de se incutirem no terreno.
Considerando a estruturação evidenciada por Barbosa & Queirós (2005) procedeu-se
à planificação tendo em conta as diversas partes de uma aula de hidroginástica e a
respetiva duração. Cada parte da aula tem como alicerce o desenvolvimento de uma
determinada componente da ApF.
A fase que determina o início da aula caracteriza-se como sendo uma fase de
preparação e orientação física, psicológica e pedagógica para as atividades e designa-se
de aquecimento. Seguidamente, a parte fundamental é composta por um condicionamento
cardiorrespiratório que, como tal o nome indica, tem como primazia incidir no sistema
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cardiorrespiratório e alteração da composição corporal, e por um condicionamento
muscular, visando o desenvolvimento da força resistente. Por fim, a parte final, de
alongamentos (flexibilidade) e retorno à calma (Tabela Nº29).
Relativamente à música utilizada, esta variou de ritmo entre os 120 e 150
batimentos por minuto (bpm), de acordo com as distintas partes da aula. Num estudo
realizado em 2010 (Barbosa et al.) concluíram que a cadência musical cria um aumento
na resposta fisiológica, afirmando que os instrutores devem escolher as cadências das
músicas de acordo com os objetivos da sessão, que levam a atingir a intensidade desejada.
No decorrer da colocação em prática, dos conhecimentos previamente adquiridos
de forma autodidata, a música afirmou-se como tendo uma função de elemento
caracterizador, visto que se assevera como uma determinante não só motivacional mas
como também estrutural, na realização das aulas. No entanto, numa primeira abordagem
esta estava presente somente enquanto elemento motivacional, não sendo determinante
na realização da aula, contudo após algumas intervenções persuadidas pelo à vontade na
dissecação da música, tornou-se fator primordial para a respetiva realização.
É neste sentido que se efetua um transfer para os métodos de ensino que, de uma
forma prototípica, se relaciona com a seleção musical. Durante a lecionação prevaleceu a
utilização dos seguintes métodos de montagem coreográfica: (a) estilo livre e o (b)
método da pirâmide invertida.
A justificação, da utilização dos mesmos, prende-se pelo simples facto de se
verificar uma disparidade entre os sujeitos, no que respeita à idade e à condição física.
(a) Estilo livre: define-se por contemplar um conjunto de movimentos realizados
de forma aleatória, sem um padrão cíclico e apenas com a harmonia entre a
transição de exercícios;
Parte da aula Duração
1. Aquecimento
2. Condicionamento cardiorrespiratório
3. Condicionamento muscular
4. Alongamentos e retorno à calma
5-10´
20-30´
5-15´
5-10´
Total
45´
Tabela Nº30 – Partes da aula de Hidroginástica | Atividades aquáticas
Fonte: (Barbosa & Queirós, 2005; AEA, 2010)
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(b) Método da pirâmide invertida: Iniciando os movimentos com um maior
número de repetições, gradualmente e sucessivamente (múltiplos de 2) os
mesmos serão reduzidos até culminar num produto final pretendido.
De um ponto de vista prático, os exercícios utilizados em Hidroginástica são
agrupados em seis (6) grupos principais: andar, correr, balanços, chutar, saltar e tesouras
apresentando-se, deste modo, uma panóplia de exercícios inseridos na realização dos
planos de aulas (ANEXO XII) e na colocação dos mesmos em contexto prático. É ainda
habitual o recurso a materiais de impulsão, de peso, de arrasto, de borracha e de flutuação,
para oferecer resistência, tais como o esparguete, halteres, luvas, entre outros. Assim,
recorreu-se, em grande escala, a estes mesmos nas situações em que as aulas não
possuíam um número muito elevado de indivíduos praticantes. Por fim, importa ressaltar,
que a fase de iniciação da lecionação desta atividade de grupo aquática teve o seu início
no decorrer do mês de janeiro, findando no mês de maio de dois mil e dezoito (2018), e
contabilizando dezanove (19) aulas dirigidas de forma autónoma.
2.7. Tarefas e funções auxiliares
Inicialmente, a par com a fase de integração, urgiu o conhecimento gradual, de modo
a criar alicerces de informação, do processo de funcionamento do ginásio. No que
concerne ao espaço, o funcionamento da receção é primordial para a viabilização do
controlo de clientes, pagamento e outras informações.É nesta ótica que o trabalho
desenvolvido assentou nos conteúdos da função de rececionista: entrada e saída de
clientes; pagamentos; e manutenção do espaço (toalhas). Importa ressaltar, que a entrada
dos clientes era efetiva mediante a apresentação do cartão de cliente e registada por duas
vias: (1) registo em papel (ANEXO XVII) e (2) registo no sistema NewSpa. Aquando
desta, caso solicitado, era disponibilizado uma chave de cacifo mediante a troca por bem,
ou uma toalha grande/pequena, de acordo com a mensalidade do cliente. Relativamente
aos pagamentos, qualquer tipo de faturação, como mensalidades, merchandising, bebidas,
alugueres de espaço ou massagens, incumbia o registo no referido programa e na folha de
clientes, bem como no documento de controlo de mensalidades. Este registo mencionava
o valor e o meio de pagamento (numerário ou multibanco) e o número de fatura (i.e.
50€,MB7850).
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A manutenção do espaço ditava a reposição de toalhas e a verificação do ginásio,
sauna, banho turco (2/2 horas) e jacuzzi. Desta forma, devido ao enquadramento do
ginásio a apresentação do mesmo era deveras solicitada pelos hóspedes, bem como a
marcação de massagens.
Por fim, quando o período de estágio decorria aos domingos, as tarefas eram
desempenhadas de forma autónoma, visto a existência de uma só pessoa responsável pelo
espaço. Nestes dias, para além da abertura e fecho de todo o ginásio, incluindo o fecho de
multibanco, contagem do dinheiro em caixa e do fundo e a impressão dos relatórios
diários, verificava-se a necessidade de análise e registo do cloro e do pH da água da
piscina interior e exterior (a partir do fim de maio).
2.8. Projeto da atividade de promoção
Inserido como parte integrante da avaliação da UC de Estágio Curricular,
estruturou-se e implementou-se um projeto de atividade de promoção na entidade
acolhedora. Neste seguimento, após a idealização de um protótipo de viabilidade e todo
um processo faseado logístico, implementou-se um projeto no âmbito das atividades de
grupo aquáticas, hidroginástica e suas variantes, sendo este intitulado de Natura Aqua
Experience (Figura Nº16). Este surge na sequência da escassez proeminente relacionada
com o elo de ligação entre a correta exercitação e as capacidades físicas dos sujeitos,
tendo em conta os fatores determinantes para aderir à atividade.
No que concerne à aplicação do projeto visou-se, fundamentalmente, a
diversificação das vertentes da Hidroginástica, de modo a existir uma intensidade de
exercitação adequada a cada sujeito. Verificando-se a existência, na entidade em causa,
de uma lecionação de sete (7) aulas semanais intituladas de Hidroginástica, observa-se
uma disparidade nos graus de dificuldade instaurados, perante a exercitação de diferentes
exercícios., limitando assim a diversificação e a imposição de novos estímulos.
Desta forma, numa ótica holística e de uniformizar a problemática, propôs-se
aulas devidamente estruturadas, de acordo com diferentes métodos de montagem
coreográfica e diferentes intensidades.
A par com a comemoração do dia mundial da criança aplicou-se o projeto, no dia
um de junho de dois mil e dezoito, com uma duração total de dez (10) horas. Este contou
com as seguintes aulas, Aquacombat, Aqua Abdo Express, Aqua Circuit Training,
Aquasénior e AquaHITT decorridas em meio aquático.
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Neste seguimento, apresenta-se o cartaz de promoção, realizado a priori, inserido
nos conteúdos de divulgação do projeto de atividade de promoção.
Figura Nº16 – Cartaz Natura Aqua Experience | Projeto da atividade de promoção
Fonte: Fonte própria
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CAPÍTULO IV |
Atividades complementares
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CAPÍTULO IV | Atividades complementares
Serve o presente capítulo para expor as atividades complementares realizadas
durante o período de estágio. Neste sentido, são elencadas atividades que constam, ou
não, na definição de objetivos, de acordo com as áreas e fases de intervenção. Através de
uma redação reflexiva retrospetiva apresenta-se a participação em ações de caráter
formativo (convenções, congressos, seminários,..), a realização de atividades presentes
no plano anual de atividades da entidade acolhedora de estágio e outras funções/tarefas
primordiais à manutenção e funcionalidade do espaço mencionado.
3.1. Ações de formação
Tal como previsto no GFUC (Modelo PED.007.02), o estagiário deve participar em
ações de formação, produzindo um relatório. Assim, apresentam-se 5 (cinco) distintos
eventos, nas mais diversas temáticas como as atividades de fitness, a natação e a
hidroginástica.
3.1.1. XXIV Convenção Internacional de Atividade Física Manz
Entre os dias vinte e cinco (25) e vinte e seis (26) de novembro de dois mil e
dezassete (2017), nas instalações do Altice Arena, sito na cidade de Lisboa, decorreu o
maior evento de fitness realizado em Portugal, dirigido para a promoção de um estilo de
vida ativo e saudável, fazendo chegar aos participantes e espetadores, amadores ou
profissionais, as mais completas ferramentas para optarem a esses mesmos estilos. Sendo
a terceira edição da Convenção Manz integrada no #Portugalfit verificou-se uma panóplia
de atividades, nas mais diversas vertentes. Importante ressaltar que este evento assenta
em três grandes pilares: o exercício; a alimentação; a mente. A presença de 29 professores
convidados oriundos de todo o país e ainda dos Estados Unidos da América, Brasil, Reino
Unido, Itália, Espanha, Suécia e Angola, ditou uma adesão acima das expetativas,
contando com aulas abertas no deambulatório, sessões de showcooking, atividades de
mente, troféu Carlos Rebolo, Manz Cross Games e os workshops e masters da Convenção
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da Manz. De acordo com o pacote escolhido para a participação na convenção, pack
masterclasses, foi possível a participação em todas as masters da Manz. Neste
seguimento, a convenção iniciou-se com a apresentação da nova coreografia da Les Mills
BODYSTEPTM, por parte da equipa nacional Manz Les Mills, orientada para o aumento
da capacidade cardiorrespiratória, tonificação e coordenação, contemplando opções com
movimentos básicos até aos movimentos mais atléticos. De seguida, realizou-se, também
com a equipa nacional Manz Les Mills e a convidada, vinda do Reino Unido, Tori Willard,
a apresentação da Les Mills CXWORKTM, tendo esta aula as caraterísticas de um treino
intenso que combina exercícios de força com pesos e elásticos, de modo a um
fortalecimento do core e um reforço da postura, com incidência na força funcional e
mobilidade.
Relativamente ao período da tarde, foram efetuadas as masters de Les Mills
BODYVIVE 3.1TM, direcionada para a melhoria da condição muscular, aumento da
resistência, da capacidade cardiovascular, agilidade, flexibilidade e equilíbrio, aliadas a
uma evolução constante do treino que proporciona a perda de peso. Adaptada a qualquer
idade ou condição física, sem a necessidade de seguir o ritmo da música, apenas com o
peso do próprio corpo e com a presença de Daniel Gonzalez, oriundo de Alicante
(Espanha), realizou-se a master de Functional Moves. Seguidamente e novamente com a
apresentação da nova coreografia de Les Mills GRITTM, em apenas 30 minutos realizou-
se um treino intervalado de alta intensidade, com exercícios que aumentam a resistência,
velocidade e estimulam a perda de peso.
No dia 26 de novembro, no segundo e último dia da convenção, este mesmo
iniciou-se com a master Les Mils BODYBALANCETM, inspirada na prática de Yoga, Tai
Chi e Pilates, sendo um programa direcionado para a interação entre o equilíbrio, o corpo
e a mente, focalizando o controlo da respiração. Relativamente às masters, a última
apresentação de coreografia intitulou-se de Les Mills BODYCOMBATTM, com
movimentos inspirados em artes marciais como o Karaté, Taekwondo, Tai Chi, Muay
Thai.
Por fim, para além dos expositores existentes e dos showcookings, a existência de
masters abertas ao longo dos dois dias, no deambulatório, contou com a recente novidade
da Les Mills SprintTM, e com as tão tradicionais aulas de RPMTM ou POWERJUMPRM.
De forma conclusiva, afirma-se que a convenção objetivou uma oportunidade de
partilha de experiências e retenção de ideias, com conteúdos relevantes em todas as áreas
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do universo do fitness, com convidados de renome em todo o mundo. De modo a
convalidar tal relatório, em anexo (ANEXO XIII) junta-se o respetivo certificado de
participação.
3.1.2. II Seminário Treino Jovem Nadador
Aos sete dias de abril de dois mil e dezoito, pelas 9h00min, na Aula Magna, do
Instituto Politécnico de Viseu (IPV), teve início o II Seminário Treino Jovem Nadador.
O evento deu continuidade ao I Seminário de Treino do Jovem Nadador e integrou o
Plano de Atividades do Departamento de Ciências do Desporto e Motricidade da Escola
Superior de Educação de Viseu (ESEV). Este mesmo pretendeu enaltecer, focalizar e
profundar o conhecimento do treino de jovens nadadores, visando a excelência da sua
performance, fomentar o conhecimento do planeamento e periodização do treino na
natação, sensibilizar para as consequências da especialização precoce na natação, dar a
conhecer aos técnicos/treinadores e futuros técnicos/treinadores os mais recentes
contributos da metodologia de treino em natação, criar atitudes positivas relativamente à
competição de jovens, identificar mecanismos para a deteção de talentos, realçar os
diferentes papéis dos agentes intervenientes na formação do jovem nadador, identificar
boas práticas promotoras da saúde e do bem-estar dos jovens nadadores e enriquecer o
vocabulário desportivo específico da natação.
Nesta ótica, constou-se três painéis concernentes a distintas temáticas com o
campo de ação da natação. Para a abertura do seminário contou-se com a presença do
Professor Doutor Luís Rama (FCDEF-UC) com a preleção intitulada de Fatores
determinantes do rendimento do jovem nadador, onde foi possível abordar e reter de que
forma é que um jovem consegue atingir a excelência ao alto nível, com uma dependência
estrita e relacional do treino ótimo, das estratégias mais adequadas desse mesmo e da
calendarização adaptada e desafiadora ao nível a que o atleta se encontra. Desta forma,
há a incumbência da determinação de um estado maturacional, tendo em conta a definição
do perfil antropométrico, da habilidade técnica, das características biofísicas do
indivíduo, que nesta fase encontram-se em constante alteração, que irão relacionar-se com
o conceito de “talento”. De ressaltar a menção da relação entre um maior sucesso e os
fatores intrínsecos, como o efeito da idade relativa baseada no semestre de nascimento,
verificando-se associações significativas nos indivíduos que nascem no segundo trimestre
do ano, bem como o efeito genético (20 a 80 %) e as skills psicológicas, com a adaptação
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de estratégias de coping, e orientações motivacionais. Por fim, a abordagem tomou o
sentido do caso específico da Natação Pura Desportiva (NDP), onde as questões
antropométricas e de maturação estão estritamente relacionadas com a economia do
esforço, tendo em conta alguns indicadores avaliados, como por exemplo o teste T30,
associado à capacidade aeróbia e à economia do nado, as forças de arrasto, a propulsão,
o deslize, associado à posição hidrodinâmica e os marcadores bioenergéticos de cada
individuo, verificando-se desta forma que o processo de treino também influencia o
processo de rendimento.
Ainda dentro do Painel 1, ocorreu a apresentação do Professor Doutor Ricardo
Fernandes, com a temática do polo aquático, Avaliação longitudinal do jovem jogador de
polo aquático (Projeto INEX). O projeto INEX procura identificar o talento em jovens
entre os onze e os catorze anos, tendo em conta cinco modalidades distintas (andebol,
basquetebol, polo aquático, voleibol e futebol) e de oitenta clubes diferentes (duzentos
por modalidade), da região do Grande Porto. O objetivo primordial é o de colmatar a
ausência de estudos, no que diz respeito à trajetória de jovens ao nível da excelência
desportiva. Assim, por se tratar de um estudo longitudinal, nos próximos anos serão
avaliados domínios de natureza percetiva, biológica, psicológica e natureza contextual,
tendo esta preleção sido dirigida única e exclusivamente para os procedimentos a serem
realizados no campo de ação do polo aquático.
Seguidamente, no período da tarde, iniciou-se o Painel 2, que contou com as
apresentações do Professor Doutor Mário Costa (IPG) e do Professor Doutor Nuno
Amaro (IPL), intituladas de Partidas e viragens – modelo técnico e exercitação prática e
Treino da força em nadadores pré-púberes, respetivamente. No que concerne à temática
das partidas e viragens através de uma nota introdutória é competência do treinador de
NPD apresentar uma proficiência científica e pedagógica, de modo a inserir um modelo
de ensino apropriado, para assim implementar o modelo de trabalho técnico. Assim, a
prova de natação é desmitificada em três partes, a partida, o nado e a viragem, tendo em
conta uma macro-sequência de ensino. Dando ênfase aos conteúdos da partida e da
viragem, enalteceram-se os diferentes tipos execução faseados, com os respetivos pontos
críticos a montante de uma exercitação prática, como complemento de observação.
Por fim, no Painel 3, o Professor Doutor Henrique Neiva (UBI) proferiu a preleção
do Ensino e aperfeiçoamento técnico em natação mencionando os aspetos críticos da
Adaptação ao Meio Aquático (AMA), enfatizando os erros graves no ensino e o
planeamento das técnicas alternadas e simultâneas.
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A sessão foi encerrada com a demostração do programa do consciente, em relação
à aprendizagem de novas habilidades motoras. Neste sentido, abordou-se a necessidade
de uma aprendizagem e execução lenta, com ações simples, ou seja, conscientes, de modo
a objetivar-se o inconsciente, com ações rápidas e reativas, de caráter mais complexo ou
não. Caso não existem melhorias por parte dos indivíduos, nunca esquecendo a adaptação
inter-individual, tentar uma abordagem nova e distinta.
Concluindo, ao fim de 7 horas, tal seminário apresentou-se como uma atividade
de formação deveras enriquecedora no âmbito do treino desportivo, direcionado para a
natação, com o cumprimento de todos os objetivos proposto pela organização
responsável. Sem dúvida que a aquisição de ferramentas de trabalho, neste campo de
ação, se demostrou como a principal mais-valia, de modo a ser possível implementar as
diferentes estratégias aquando do ensino da Natação Pura Desportiva ou Adaptação ao
Meio Aquático. Em anexo (ANEXO XIV) junta-se o respetivo certificado de
participação.
3.1.3. Convenção MUNDOHIDRO
Entre os dias catorze (14) e quinze (15) de abril de dois mil e dezoito (2018)
decorreu a convenção MUNDOHIDRO, nas Piscinas Municipais da Covilhã, com uma
carga horária total de dez (10) horas e tendo como instrutores, Nuno Santos, Pedro Santos
e Marco Gomes. Este evento teve como objetivo primordial formar os participantes nas
vertentes de AquaSénior (natação e hidroginástica), AquaFuncional e AquaHigh (alta
intensidade), tendo em conta uma componente teórica e prática. Neste seguimento, no
decorrer da tarde do dia de sábado iniciou-se a formação de AquaSénior, direcionada para
o ensino da natação.
Iniciando como o formador Nuno Santos foi possível averiguar que a natação
sénior apresenta uma população alvo pouco ativa com dificuldades no desempenho das
tarefas quotidianas, tonando-se muitas vezes dependentes de outros. Assim, é importante
referir que as atividades realizadas pela população sénior na piscina não devem dirigir-se
exclusivamente para o ensino da natação. Um programa de natação sénior deve orientar
o seu foco para a promoção e desenvolvimento da mobilidade articular, relaxamento
muscular, criatividade e relacionamento social, sendo o domínio das técnicas de
deslocamento e o domínio do equilíbrio sobre as forças da água em movimento os dois
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eixos alvos de incidência. Outro aspeto que importa ressaltar e que se enfatizou, é a
superação dos sujeitos no pudor de mostrar o corpo.
Nesta ótica abordou-se a modificação dos estilos de nado, a hierarquização de
conteúdos a adquirir nos diferentes níveis de aprendizagem com progressões
pedagógicas, tendo em conta o equilíbrio, a respiração e a propulsão, as guidelines
práticas, de acordo com as contraindicações e precauções, limitações cognitivas,
auditivas, visuais, o equilíbrio deficiente e outras indicações relevantes à prática. Finda a
componente teórica, seguiu-se para a nave das piscinas de modo a iniciar a componente
prática.
Relativamente ao segundo dia, e último, este foi direcionado para a hidroginástica,
tendo adjacente a sua componente funcional, e para o treino de alta intensidade em meio
aquático. Com início às 9h30min, pelos formadores Marco Gomes e Pedro Santos,
abordou-se a contextualização e conceção de um treino funcional, tendo em conta a sua
génese, a sua definição e objetivos inerentes à sua prática. É nesta ótica que se afirma que
o treino funcional visa melhorar a capacidade funcional, ou seja, a habilidade de realizar
atividade normais da vida quotidiana (ou desportiva) com eficiência, autonomia e
independência. Daí a necessidade de dissecar a distinção entre o convencional e o
funciona. Caracterizando-se o primeiro por movimentos estáticos, isolados, incidindo nos
músculos, nas repetições, exercícios e equipamentos o que vai de encontro ao que é
funcional, dinâmico, integrado, incidindo em movimentos, variações, tarefas e
ferramentas para a vida quotidiana.
Assente numa trilogia, deve-se ter em conta as questões fundamentais do
planeamento: Ações comuns da população alvo?; Movimentos mais solicitados
(seleção)?;, Grupos musculares solicitados (posturais,..)?. Assim o treino funcional deve
incidir em movimentos direcionados para o puxar, empurrar, levantar, deitar, rodar,
agachar que vão encontro das ações mais comuns do dia-a-dia, e nos grupos musculares
posturais, abdominal, membros inferiores, ombros, rotadores e entre outros.
Seguidamente, após a abordagem dos movimentos de base e das progressões do treino
funcional (o que fazer e como fazer), através de exemplos, iniciou-se a componente
prática até às 12h30min.
Por fim, no período da tarde, com a presença dos três formadores, a aprendizagem
verificou-se em torno do AquaHigh (HIIT). Com uma duração de três horas, aliando a
teoria e a prática, ressaltou-se a definição de HIIT e os seus benefícios, tendo em conta as
vias energéticas alvo, bem como as zonas de treino. Por consequente, a exequibilidade de
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uma sessão de treino de alta intensidade deve ter em conta a organização das séries, o
ratio trabalho/recuperação, a montagem de estações, de acordo com a escolha dos
exercícios, a montagem do circuito, a determinação da intensidade das estações e a
determinação do número de repetições por estação. Relativamente aos tipos de HIIT
foram descritos, dissecados, tendo em conta exemplos, e colocados em prática o treino
tendo em conta o protocolo de TABATA, AMRAP (As Many Rounds/Repetition As
Possible) e EMOM (Every Minute On a Minute). Por fim, os métodos e metodologias
utilizadas neste contexto podem averiguar-se em torno do método de pirâmide
progressiva, crescente, decrescente e piramidal, e a organização dos exercícios por pré-
exaustao/pós-exaustão, super série simples, super série tripla ou drop set. A prática deu-
se com as mesmas diretrizes, anteriormente referidas.
De forma conclusiva, refere-se ter sido um evento formativo de numerosa
aprendizagem, no entanto na ótica prática, o que se afirmou como uma mais-valia para a
adequação e idealização do projeto da atividade de promoção na entidade acolhedora. Em
anexo (ANEXO XV) junta-se o respetivo certificado de participação.
3.1.4. 41ºCongresso Técnico-Científico da APTN
O 41º Congresso Técnico-Científico da Associação Portuguesa de Técnicos de
Natação (APTN) realizou-se entre os dias vinte e oito (28) e vinte e nove (29) de dois mil
e dezoito (2018), na cidade de Braga. Durante os dois as temáticas abordadas centraram-
se em três grandes áreas: a área do treino desportivo; a área do ensino e segurança no
meio aquático; e a área da direção técnica, da gestão desportiva e do coaching.
O evento teve o seu início marcado pela preleção do investigador grego Argyris
Toubekis, sita no Auditorio Vita, intitulada de Estimação da carga para um planeamento
do treino eficaz e melhoria da performance de nado. Neste sentido, eis que surge a
questão inicial: How we can make or swimmer more faster?, à qual foi possível retirar as
seguintes ilações. Assente em dois eixos, a carga do treino (training load) pode-se
evidenciar de forma externa, respeitante ao total de trabalho completo designado pelo
treinador, e de forma interna, com especial relevo, respeitante às adaptações individuais
da resposta de perceção, sendo que a quantificação deve ter em conta a intensidade,
volume, frequência e sessões para um melhor planeamento da época, tendo em conta o
período de treino e a sua magnitude.
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A segunda questão centrou-se nos métodos para estimar a carga de treino (Is it
posible to estimate the training load?), sendo possível estimar a carga de treino usando a
FC, através do modelo de Banister, o modelo de Edwards (The 5 Domains Intensity
Model) e o modelo de Lucia, que resulta no tempo gasto em cada um dos três (3) campos
de intensidade, usando a concentração de lactato no sangue e usando a escala de PSE (CT
= PSE x tduração). Como conclusões, o investigador afirma que a avaliação da estimação
da carga de treino é deveras importante para a performance dos nadadores.
Seguidamente, com a intervenção de três oradores, assistiu-se a uma mesa
redonda, moderada por José Manuel Borges, com a seguinte temática: Novas carreiras,
novas identidades: a transição de carreira de nadadores Internacionais portugueses.
Todo o percurso desportivo individual foi abordado pelos ex-nadadores, Raquel
Felgueiras, Ricardo Machado e João Coelho, ressaltando as dificuldades sentidas na
conciliação dos treinos com as suas carreiras académicas e/ou profissionais e as mais-
valias existentes no seio da natação.
Tendo lugar na Universidade do Minho – Campus Gualtar, a parte da tarde foi
determinada por comunicações orais livres, onde se marcou presença nas seguintes: (1)
Avaliação das assimetrias propulsivas em nado dinâmico: ferramenta e diagnóstico para
o processo treino; (2) Relação entre desempenho nos 50, 100 e 200m de nado crol e
variáveis de força fora de água em nadadores do escalão infantis; (3) A exposição ao
ruído ocupacional em piscinas cobertas. Relativamente às sessões paralelas, indo ao
encontro do ensino e segurança aquática presenciou-se o espanhol Arturo Abraldes, com
a seguinte temática: Segurança na água e formação em natação.
Em parceria com a Asociación Latinoamericana de Educación Acuática, Especial
e Hidroterapia (AIDEA) e a FPN, participou-se no seminário satélite prático sobre o
fitness, intitulado de Uma visão motivacional do fitness aquático, decorrido nas Piscinas
de Maximinos, com o espanhol Ricardo Mateo.
O segundo dia e último dia ficou marcado pela observação das sessões paralelas
na área do ensino e segurança aquática, Natação artística – Descomplicada e com
contributos para o ensino da natação (Marta Martins) e o Ensino da competência
aquática: um valor acrescentado à educação básica (Jorge Campaniço).
Findo o 41º Congresso da APTN, assume-se de especial relevância na ótica da
exposição de distintas vertentes desportivas da natação, tendo em conta a investigação e
evidência científica mais recente no panorama da natação nacional e internacional, o que
possibilita uma formação idónea dos técnicos de natação. (ANEXO XVI)
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3.2. Atividades do plano anual da entidade acolhedora
As atividades presentes no plano anual do ginásio tomaram-se com parte integrante
das funções realizadas pela discente estagiária. Nesta ótica abordam-se as mais diversas
atividades realizadas, o seu objetivo e o papel desempenhado no decorrer das mesmas.
3.2.1. Treinos Outdoor
A realização de treinos Outdoor é caraterizada por três períodos distintos ao longo do
dia, sendo estes correspondentes às aulas de grupo a realizar nesse mesmo dia.
Concluindo-se desta forma a não realização de aulas durante este período. Nesta ótica é
realizado um treino orientado no exterior, com a devida planificação e material especifico
aos exercícios a implementar. A função exercida realizou-se em torno da preparação do
circuito, da monitorização da atividade e acompanhamento dos clientes.
3.2.2. Natura Games
Indo ao encontro dos treinos Outdoor, realizou-se no dia vinte e três (23) de maio os
Natura Games Outdoor. A atividade tem por objetivo realizar uma prova cronometrada
com exercícios direcionados para a força superior, média e inferior, agilidade e
resistências. De acordo com o grupo etário, os participantes são posicionados numa tabela
classificativa final. Esta atividade é realizada após uma versão indoor, onde
posteriormente à realização das duas são efetua-se uma análise qualitativa dos resultados
.
3.2.3. Dias comemorativos
Ao longo do ano, são enfatizadas uma panóplia de atividades direcionadas à
comemoração de datas singulares e simbólicas, presentes no plano anual de atividades do
ginásio. É neste sentido que se enfatiza a presença na atividade do Magusto, Dia do Pai,
Dia da Mãe e Dia da Criança, elencando as funções desempenhadas no período respetivo
às mesmas. Por conseguinte, a participação efetivou-se em torno da preparação de todo o
material necessário à temática e no auxílio da sua concretização.
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Através de uma descrição aprimorada ressalta-se a atividade do Magusto que teve
lugar no dia nove (9) de novembro, com três períodos temporais distintos (13h30min;
16h30min; 20h30min), assente numa celebração do S. Martinho, contendo, deste modo,
a oferta de produtos que caracterizam este dia (castanhas e bebidas regionais).
No dia sete (7) de dezembro, possuindo a nomenclatura de evento anual, concretizou-
se mais um Jantar de Natal entre colaboradores e clientes do ginásio. Toda a logística e
preparação do espaço teve por base uma intervenção sistemática ao longo do mencionado
dia. Verificou-se a necessidade de implementação de jogos lúdicos, o que pressupôs uma
idealização antecipada, de acordo com os recursos materiais necessários. Relativamente
à decoração e disposição da sala, sita no Hotel Lusitânia, foi alvo de alteração por parte
de duas colaboradoras e da discente estagiária. No decorrer do jantar, as funções foram
determinadas pelo auxílio nas mais diversas tarefas (receção dos clientes, jogos, entrega
de prémios,…)-
A atividade Dia do Pai realizou-se no dia dezanove (19) de março, verificando-se o
acesso livre à piscina, válido para os pais/clientes Natura Clube acompanhados pelos
filhos e filhos/clientes do Natura Clube acompanhados pelo pai. A função desempenhada
determinou-se pela presença constante na piscina e pela receção aos clientes participantes.
Ainda no mês corrente celebrou-se o Dia da Mãe (6 de maio), sendo que o acesso à piscina
foi detentor dos mesmos pressupostos da atividade mencionada anteriormente, bem como
as funções desempenhadas.
Por fim, no dia um (1) de junho, a par com o projeto da atividade de promoção Natura
Aqua Experience realizou-se o Dia Mundial da Criança, onde estas mesmas (clientes)
possuíam acesso livre à piscina no período da tarde (16h-19h). Foram incutidos jogos
lúdicos em contexto aquático e, posteriormente, realizou-se um lanche-convívio de modo
a encerrar a época desportiva 2017-2018, relativa às aulas à natação/AMA.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS |
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| CONSIDERAÇÕES FINAIS |
Apresentando uma análise retrospetiva do processo desenvolvido em torno de
sete (7) meses de contexto prático, afirma-se que a Unidade Curricular de Estágio
constitui um papel primordial para a formação dos discentes no âmbito do Exercício
Físico e Bem-Estar. A possibilidade de um transfer do contexto académico para a
realidade do contexto profissional, incute um enriquecimento pessoal, através da
aquisição de um conjunto de competências e saberes, que se apresentam fulcrais na base
da formação orientada para um prática profissional suscetível ao êxito. É nesta ótica que
se caracteriza este momento como um eixo de aproximação com o campo específico,
para o qual se obteve as respetivas competências, no culminar de três anos de formação
teórica, teórico-prática e prática.
Assente numa trilogia, a definição das fases e áreas de intervenção constituíram
a base da simbiose entre os objetivos gerais e específicos, e as atividades realizadas no
decorrer do período mencionado. Ressalta-se o facto de essa trilogia em grande parte ter
sido alvo de uma correta intervenção e, acima de tudo, caracterizadora de uma
intervenção incessante. Assim, urge a necessidade de mencionar que nessas três grandes
áreas de intervenção, delineadas a priori, instituiu-se um contacto direto e proeminente.
Referindo-se a estas mesmas, intituladas de sala de exercício, atividades de grupo e
atividades aquáticas, incumbe afirmar que esta última não foi possessora de uma
completa dissecação interventiva, isto é, a área subjacente ao ensino da natação e à
adaptação do meio aquático não se tornou crucial para a retenção e aplicação de
conhecimentos, pelo simples facto dos objetivos idealizados não terem sido fomentados
e permitidos de serem executados e atingidos, o que se traduz num fator deveras
negativo. A justificação para tal facto define-se como uma incógnita, algo que irá
permanecer, pelo menos até à redação final deste documento.
A efetivação faseada permitiu não só uma dinâmica na aprendizagem, mas
também a estruturação dos pressupostos e a incidência progressiva nas funções a
desempenhar. A fase de integração e planeamento, incutindo uma observação
sistemática, determinou a percetibilidade da logística advinda do funcionamento da
entidade acolhedora e das metodologias em vigor, no que respeita às áreas alvo de
contacto.
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Seguidamente, tornou-se factual a necessidade de uma intervenção onipresente,
como descrito no Capítulo IV. Efetuando uma análise crítica a este facto, inicialmente a
o parecer de exercer funções para as quais não havia um consentimento exposto, tornou-
se como um obstáculo a transpor, sendo que à medida que a integração iria sendo
efetivada com uma tendência proficiente a dificuldade de operacionalização das funções
de receção acabou por se caracterizar numa ótica pleonástica.
É neste seguimento, inserindo-se a fase de intervenção, que viria a considera-se
a fase determinista de todo o processo de aprendizagem e que em torno do balanço
generalizado se explicita os aspetos negativos e positivos, adjacentes a essa mesma.
Coloca-se em evidência a rápida inserção na lecionação de aulas, por parte da
orientadora de estágio, o que ditou que o início fosse antecipado face à respetiva fase de
intervenção, determinando, desta forma, um processo de inclusão simplificado. No
entanto, relativo a algumas dificuldades que surgiram, no que diz respeito ao aspeto
técnico pormenorizado de duas aulas (bike e pump), foi possível identificar,
implementar e reter metodologias e ferramentas de condução e liderança eficientes para
a orientação de uma aula de grupo, contornando qualquer dificuldade adjacente a esse
aspeto. Assim, a participação ativa em todas as aulas permitiu que, posteriormente, a
lecionação se tornasse autónoma, quer nas atividades de grupo terrestres, quer nas
atividades aquáticas, referindo-se única exclusivamente à hidroginástica. Esta última
teve o seu planeamento conseguido e à medida que a intervenção começou a ser regular,
a capacidade de improviso também foi alvo de implementação, caso ocorresse uma
situação de substituição do instrutor responsável.
Relativamente as aspetos negativos comprova-se que a conciliação de um
contexto prático a par do desenvolvimento do plano curricular, referente à Licenciatura
em Desporto, não é o mais viável e aceitável, tendo em conta a carga horária e todos os
pressupostos inerentes às metodologias de avaliação de determinadas UCs, bem como
à enfase de conteúdos que incumbem uma abordagem prévia à iniciação do estágio
curricular.
Colmatando todo a intervenção, afirma-se um sentimento de preparação profícua
para um futuro contingente, no entanto a veracidade não assenta na total capacitação das
competências a serem incutidas em qualquer contexto profissional. Cada vez mais o
quotidiano assenta numa constante mudança e adaptação, por parte dos sujeitos, tendo
em contas distintas a exigências imprimidas pelos díspares contextos.
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O RE encerra uma jornada académica de três anos, ressaltando-se o constante
processo de conhecimento adquirido, com bons momentos e outros menos bons. No
entanto, a essência do sucesso prende-se por esse mesmo facto e é com a ultrapassagem
de pequenos obstáculos que as conquistas se tornam mais gratificantes.
Neste sentido, resta terminar, afirmando a grande satisfação no término de um
ciclo para o início de um outro, investindo no desenvolvimento e aperfeiçoamento de
competências contíguas à área do Desporto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
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Catarina Santos | 5008280
ANEXOS |
| ÍNDICE DE ANEXOS |
ANEXO I – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA SALA DE ATIVIDADES DE GRUPO
ANEXO II – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA PISCINA
ANEXO III – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA SALA DE EXERCÍCIO
ANEXO IV – CONVENÇÃO E PLANO DE ESTÁGIO
ANEXO V – POSTER DO PLANO INDIVIDUAL DE ESTÁGIO
ANEXO VI – HORÁRIO DE ATIVIDADES DE GRUPO E ATIVIDADES AQUÁTICAS
ANEXO VII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | SALA DE EXERCÍCIO
ANEXO VIII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | ATIVIDADES DE GRUPO
ANEXO IX – TEMPLATE DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DO PROCESSO DE
INTERVENÇÃO
ANEXO X – FICHA/QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE
ANEXO XI – PLANO DE TREINO | SUJEITO A| ADAPTAÇÃO ANATÓMICA
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA BIKE, PUMP, GAP, MOBILITY,
CORE, ABDO EXPRESS, CIRCUIT TRAINING, HIDROGINÁSTICA | ATIVIDADE DE
GRUPO TERRESTRES
ANEXO XIII – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | XXIV CONVENÇÃO
INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA MANZ
ANEXO XIV – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | II SEMINÁRIO TREINO DO JOVEM
NADADOR
ANEXO XV – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | MUNDO HIDRO
ANEXO XVI – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | CONGRESSO APTN
ANEXO XVII – REGISTO DE ENTRADAS E SAÍDAS | NATURA CLUBE & SPA
ANEXO XVIII – CONTROLO DAS HORAS DE ESTÁGIO (OUT/17 A JUN/18)
ANEXO I – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA SALA DE ATIVIDADES DE GRUPO
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
LEGENDA
MU
ITO
MA
U
MA
U
RA
ZO
ÁV
EL
BO
M
MU
ITO
BO
MCaneleiras 2kg
Caneleiras 3kg
Arcos Caneleiras 4kg
Coluna de som Steps
Barras
Discos 1,25kg
Discos 2,5kgDiscos 5kg
Luvas de boxe
Sacos Kohler
Wall Ball 9kg
Corda funcional
AB Wheel
Cones sinalizadores
Escada de agilidade
Trampolim
Bola medicinal 10kg
Halteres de PVC 1kg
Halteres de PVC 2kg
Balance Pillow
Wall Ball 3kg
Wall Ball 6kg
Material Estado de conservação
Nome
Bola medicinal 2kg
Bola medicinal 4kg
Bola medicinal 8kg
Kettlebell 8kg
Kettlebell 12kg
Kettlebell 16 kg
Foam roller
Tatami
Power bag 10kg
Power bag 15kg
Power BoxBosu
Kettlebell 6kg
Caneleiras 1kg
Corda de saltar
Stroops
Suportes de TRX
Colchonetes
Suporte de barras e discos
Bandas de latex - mini
Bandas de latex
Barras paralelas
Fitball
Elásticos de resitência - fraca
Elásticos de resitência - média
Elásticos de resitência - alta
Elásticos de resistência - extrema
TRX
Estado de conservaçãoMaterial
Nome
ANEXO II – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA PISCINA
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
RA
ZOÁ
VEL
BO
M
MU
ITO
BO
M
LEGENDA
MU
ITO
MA
U
MA
U
Robot de limpeza
Separadores de pista
Jacuzzi e chuveiro
Espreguiçadeiras
Material Estado de conservação
Nome
Tijolos
Abecedário - 26 peças (A-Z)
Puzzle flutuante multiformas
Tapetes flutuantes
Tapetes flutuantes - Furados
Sistema de som
Bolas médias
Mini Tobogan
Jogo do ring - 5 argolas
Multiformas flutuantes
Figuras flutuantes
Halter-gim triangular ECO
União Plana - 7 orifícios
Cesto de basket flutuante
Pranchas - Grandes
Pranchas - Eurokick
Arcos flutuantes - Grandes
União de batata frita - Redondas
Braçadeiras insufláveis
Cintos flutuadores - Elementos
Pull-Buoys
Arcos flutuantes - Pequenos
Ovnis
Material Estado de conservação
Nome
Pranchas - Pequenas
Pranchas - Triângulares
Batatas fritas - Redondas
ANEXO III – INVENTÁRIO DA SALA DE EXERCÍCIO
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
LEGENDA
MU
ITO
MA
U
MA
U
RA
ZO
ÁV
EL
BO
M
MU
ITO
BO
M
Elástico de latex
Barra de Pull-up
Discos - vários kg
Barra em W
Haltere Dumbbell - vários kg
Presilhas em aço
Rack para Dumbbell
Banco olímpico reto
Weight lifting belt
Stepper
Ergómetro bicicleta horizontal
Supino plano
Supino inclinado
Barra olímpica
Seated Row
Hip Abduction
Hip Adduction
Ergómetro passadeira
Ergómetro remo
Elíptica
Material Estado de conservação
Nome
Leg Press
Pectoral Fly
Leg Extension
ANEXO VII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | SALA DE EXERCÍCIO
ATIVIDADE DURAÇÃO OBSERVADO
DATA HORA Nº CLIENTES OBSERVADOR
Demonstração de entusiasmo nos momentos
específicos do exercício
Aceitar e utilizar as ideia do(s) cliente(s)
Estar apresentável (vestuário adequado e boa forma)
Utilizar o nome do(s) cliente(s)
Pressionar para empenhamento no esforço
Estar atento às intervenções do(s) cliente(s)
Utlizar vocabulário positivo e demostrar dinamismo
CLIMA
Rir, sorrir e apresentar bom-humor
Utilização específica de vocabulário
Utilização de volume da voz adequado ao espaço
Comunicação com lógica sequencial e com ênfase nos
aspetos essenciais
Utilização de linguagem apropriada ao nível de
compreensão do(s) cliente(s)
GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO
Tempo de organização (cliente e materiais) reduzido
Utilização de pausas e prática não específica só
quando apropriado
COMUNICAÇÃO
Comunicação de forma clara e precisa
DISPOSIÇÃO DOS CLIENTES E DO INSTRUTOR DE CONTROLO
Colocação adequada do(s) cliente(S) na sala
Disposição adequada do instrutor em relação ao(s)
REGISTO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE EXERCÍCIO
Cumprimentar o(s) cliente(s) no início da sessão
ELEMENTOS A OBSERVAR SIM NÃO NÃO OBSERVADO
INÍCIO DA SESSÃO
Apresentação do conteúdo (contexto e objetivos)
ELEMENTOS A OBSERVAR SIM NÃO NÃO OBSERVADO
Contacto visual (olhar nos olhos) durante a
comunicação com o(s) cliente(s)
Postura do instrutor ao nível do(s) cliente(s)PLANO E DOMÍNIO DA SESSÃO
Sessão preparada (exercícios, cargas, repetições,…)
Sessão preparada (grupos musculares)
Capacidade de adequação a imprevistos
Os exercícios estão adaptados ao nível do cliente
A resposta da intensidade de treino é controlada (FC)
A prescrição tem continuidade (periodização)
Confiança e segurança durante o ensino
Despedida ao(s) cliente(S) no final da sessão
Motivação para a sessão seguinte
Feedbacks positivos ao(S) cliente(s)
Correção da postura corporal
Questionamento aos alunos, com o objetivo de
controlar aquisição de conhecimentos
Está focado com o exercício e não se distrai com
terceiros, ou outros objetos
Está concentrado durante o descanso do(s) cliente(s) e
não se distrai com terceiros
Apresentação de cuidados de segurança e higiene
Apresentação do exercício a realizar
Adaptado de Ficha de Intervenção Pedagógica da Licenciatura em Condição Física e Saúde no Desporto da Escola Superior Desporto de Rio
M aior
Promover o diálogo no final da sessão, com
esclarecimento de possíveis questões
OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES
FIM DA AULA
INSTRUÇÃO
Descrição de como realizar o exercício, apresentando as
componentes críticas
Apresentação dos objetivos do exercício
Demonstração sempre que necessária, com técnica
correta, com planos de movimento virados para o(s)
clientes(s)
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA GAP | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
Data Nº Nº Zona Figura
Nº Zona Figura
RA Reto abdominal
OE Oblíquo externo
OI Oblíquo interno
Observações:Abdominal oblíquo alternado (bicicleta)
Exercício
11
14
12
13
Scissors side crunch (10xDIR | 10xESQ)
Prancha de antebraço (plank ) - 1x45seg
Abdominal com pernas verticais e toque nos
tornozelos
Oblique roll down
Prancha de antebraço (plank ) - 2x30/10
Impulso com haltere
Rotação bilateral (twist )8
9
10
OI OE
A
A
A
RA
3
4
5
6
7
Alongamento
OI OE
1
Exercício
2 RA
RA Abdominal com descanso das mãos (crunch )
Material
Objetivo
Colchão; Haltere/Disco
/ /
Desenvolver a força e tonificar o abdómen, região central do
corpo, onde se controla o equilíbrio e o centro de força.
Aula
Lege
nd
a
15 seg
20 reps/exerc
15 seg
A Abdominal
ALONGAMENTOS FINAIS
RA
OI OE
Crunch invertido
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA BIKE | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
2-
SU
B P
– 7
- 6:4
8
3-DNV 7 –
4 P
LAN
S -
6 -
2:0
0
5 PLAN S
6 P
LAN
S -
6 -
1:0
1
7- DNV 7 - 8 PROG P 8-
9 P
LAN
S -
6 –
2:3
0
10 A
CEL S
– 3
:20 –
21”
19”21”11”21”
11-
SU
B P
– 7
- 5:3
5
12 -
PLN
S –
5 –
3:4
3
II 3:54 (c/carga) 8 - 3:17 6:06 3:03
1-P
LN
S –
5 –
3:0
8
4
2
8
8
8
4
2
8
8
4
2
16
16
8
4
8
4
4
8
4
4
2
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA PUMP| ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
1 WARM UP
Closer 3:47
INTRO
2/2 4X
REMADA ALTA 2/2 4X
2/2 4X
CLEAN AND PRESS 4X
AGACHAMENTOS 16X
LUNGE D 8X
LUNGE E 8X
AGACHAMENTO 8X
TRANSIÇÃO
2/2 4X
REMADA ALTA 2/2 4X
CLEAN AND PRESS 4X
TRANSIÇÃO BICIP
CURL 8X
3
PEITO
Sax 4:30
INTRO
2/2 4X
3/1 4X
MEIO 4X
SINGLES 8X
2/2 4X
3/1 4X
DESCANSO
SINGLES 8X
TRANSIÇÃO DOIS PESOS
ADUÇÃO (PEITO) 8X
ELEVAÇÃO (OMBRO) 8X
ADUÇÃO + OMBRO 16X
ELEVAÇÃO OMBRO 90º 16X
2
PERNAS
Slide 3:45
INTRO
2/2 4X
MEIOS 4X
SINGLES 8X
2/2 4X
MEIOS 4X
SINGLES 8X
DESCANSO
LUNGE D 8X
LUNGE E 8X
DESCANSO
SINGLES 8X
MEIOS 4X
2/2 4X
SINGLES 8X
MEIOS 4X
2/2 4X
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA PUMP| ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
4 COSTAS
Take me Home 3:53 4
Intro
2/2 4X
REMADA ALTA 8X
4/4 2X
CLEAN AND PRESS 4X
REMADA ALTA 8X
PRESS 8X
2/2 8X
DESCANSO
2/2 4X
REMADA ALTA 8X
PRESS 8X
REMADA ALTA 8X
PRESS 8X
2/2 4X
5
TRÍCEPS
Easy Lady 3:45
INTRO
TESTA 2/2 4X
3/1 4X
2/2 4X
BARRIGA 8X
MEIOS BARRIGA 4X
TESTA 2/2 4X
3/1 4X
2/2 4X
BARRIGA 8X
MEIOS BARRIGA 4X
TRANSIÇÃO
AFUNDO 1 APOIO 8X
AFUNDO 1 APOIO 8X
AFUNDOS ALTERNADOS 8X
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA PUMP| ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
6
BÍCEPS
Boom Clap 3:45
Intro
2/2 4X
3/1 4X
SINGLE 8X
3 MEIOS 2X
2/2 4X
3/1 4X
DESCANSO
SINGLES 8X
3 MEIOS 2X
2/2 4X
SINGLE 8X
3 MEIOS 2X
SINGLES 8X
2/2 4X
7
ABDOMINAIS
Daddy Cool 3:45
INTRO
Crunch Cruzado D+E 8X
Crunch entre os joelhos 8X
Elevação MI toca nos pés 8X
Crunch Cruzado D+E 8X
Crunch entre os joelhos 8X
Elevação MI toca nos pés 8X
DESCANSO
Crunch Cruzado D+E 8X
Crunch entre os joelhos 8X
Elevação MI toca nos pés 8X
Crunch Cruzado D+E 8X
Crunch entre os joelhos 8X
Elevação MI toca nos pés 8X
Isometria toca nos pés
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA GAP | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
GAP
G: Elevação posterior MI fletido c/elástico D
G: Elevação posterior MI fletido c/elástico E
G: Elevação posterior MI extensão c/elástico D
G: Elevação posterior MI extensão c/elástico E
G: Ponte de glúteos com calcanhar e elástico
A: Com disco rotação D e E
A: Crunch: puxar as pernas
A: Elevação MI
A: Oblíquo ao calcanhar D
A: Oblíquo ao calcanhar E
P: C/ elástico extensão D
P: C/ elástico extensão E
P: Side Lunge D
P: Side Lunge E
P: 10 + 10 agachamentos ao meio
ALONGAMENTOS
Material: Colchão, Elástico e Peso
Material: Colchão, Elástico e Peso
OUTUBRO 2017
OUTUBRO 2017
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA MOBILITY | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
Data Nº Nº Zona Figura
Nº Zona Figura
A Anterior
P Posterior
L Lateral
MS
MI
1
Exercício
2
Cat Strech
Material
Objetivo
/ /Aula
3
4
5
6
7
8
9
10
Shoulder circles (cabeça em suspensão)
Shoulder TW R (joelho fletido cruza por cima o
joelho oposto, braço a 90º)
Dynamic chest stretch (rotação do tronco)
Head rolls (direita|esquerda)
Spinal twist (mão no joelho contrário e olhar para
trás)
Lumbar rotation stretch (direita|esquerda)
Knee stretch (puxar joelho ao peito,
direita|esquerda)
Exercício
11Abdominal stretch-snake (mãos ao nível dos
ombros)
14 Alogamento dos braços e pescoço
12 Elevação dos ombros
13Flexão do joelho (direita|esquerda,
anterior|posterior)
Observações:
Lege
nd
a
Membros inferiores
Membros superiores
Archer squat (mãos atrás da cabeça)
Squat with reach (costas direitas e roda o tronco,
cotovelo encaixa na p.m. do joelho)
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA CORE | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
Aula Data Nº
Material
Nº Figura
4
5
6
7
1
Exercício
2
Scissor Kicks
Objetivo
Colchão e peso
/ / Exercício
Bird dog E-D
Russian twist (bilateral)
Ponte glúteos com um MI em extensão
Elevação do tronco com peso
Prancha "up-down" | Isométrica (2 cyc )
Superman
Bird dog D-E
Observações:Ponte glúteos - Elevação pélvica
8
9
10
3
Aquecimento dinâmico: 4min;
Alongamentos finais: 5min;
Nr de clientes:
Abdominal Crunch
Tempo total: 30 minutos;
Tabata --> Work : 40seg; Rest : 20 seg;
ALONGAMENTOS FINAIS
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA ABDO EXPRESS | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
Data Nº Nº Zona Figura
Nº Zona Figura
RA Reto abdominal
OE Oblíquo externo
OI Oblíquo interno
A
Desenvolver a força e tonificar o abdómen, região central do
corpo, onde se controla o equilíbrio e o centro de força.
Aula
Lege
nd
a
20 reps/exerc
Abdominal
ALONGAMENTOS FINAIS
A
OI
OE
Crunch
OI
OE
1
Exercício
2 RA
RAAbdominal com pernas verticais e toque nos
tornozelos
Material
Objetivo
Colchão
/ /
RA
RA/O
3
4
5
6
7
8
9
10
RA/O
RA
A
Prancha de antebraço (plank )
Rotação bilateral (twist)
Abdominais em V
Plank lateral com as pernas cruzadas (DIR)
Plank lateral com as pernas cruzadas (ESQ)
Exercício
Observações:Abdominal oblíquo alternado (bicicleta)
TABATA ( 40seg-work; 20seg-rest)
Crunch
Prancha de antebraço (plank )
ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA CIRCUIT TRAINING | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES
Data Nº
Nº Zona Figura
C Core
MI Membros inferiores
T Tricípite
P
A
TABATA ( 40seg - work ; 20seg - rest )
Lege
nd
a
Observações:
Peito
Abdominal
Dips na box jump
Sit-ups
Agachamentos na BOSU (squat )
Prancha de antebraço
Aula
A
MI
C
3
4
5
6
T/P
Box jump
1
Exercício
2 MI
Geral Jumping jacks
Material
Objetivo
Box jump
/ /
ANEXO XIII – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | XXIV CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA MANZ
Catarina Maria Simões da Costa Santos
Catarina Maria Simões da Costa Santos
Catarina Maria Simões da Costa Santos
Catarina Maria Simões da Costa Santos
Masters - 15:00 h
Masters - 15:00 h
Masters - 15:00 h
Masters - 15:00 h
ANEXO XVII – REGISTO DE ENTRADAS E SAÍDAS | NATURA CLUBE & SPA
Nome Código TipoEntregou Recebeu
Dia ____/________________/_________
Folha ____/_____
Cliente
CLIENTES NATURA CLUBE
CacifoToalha
Banho
Toalha
RostoRoupão
ANEXO XVIII – CONTROLO DAS HORAS DE ESTÁGIO (OUT/17 A JUN/18)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
Manhã 3 3 2 3 2 4
Tarde 3 3 3 5 3 3 3 3
4330 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
Manhã 3 3 2 3,5 2,5
Tarde 3 2 3 3 3 3 3
3427 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
Manhã 3 3 3 3
Tarde 5 F 5
221 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
Manhã 2,5 3 2 3 3
Tarde 3 2,5 3 3 3 5 3 2,5
3929 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 1 2 3 4
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
Manhã 3 3 5 5 2 3
Tarde 2,5 3 2,5 3 2,5 D 3 3 3 3 2,5 3
52
26 27 28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
Manhã 2,5 4 2,5 3 4,5
Tarde 2,5 2,5 3 3 2,5 3 4,5 3 3 3 2,5 F
491 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
Manhã 3,5 4
Tarde 2,5 3 2,5 3 2,5 3 2,5 3 3 6 3 4,5 3 3
6130 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
Manhã 5 4 5,5 5
Tarde 3 3 7 3 3 5 7 3 2,5
561 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5
S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q
Manhã 6
Tarde
26
T:
9,5
381
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jun/18
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abr/18
9 D D D
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fev/18
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jan/18
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CONTROLO DAS HORAS DE ESTÁGIO - out/17 a jun/18
out/17
dez/17
nov/17
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mar/18
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mai/18
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