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Reviso do regime de renda apoiada
Conselho Municipal de HabitaoLisboa, 24 de Setembro de 2012
Helena Roseta
EnquadramentoDurante 20 anos, a prioridade da poltica de habitao em Lisboa foi erradicao das barracas. Ao abrigo dos programas PIMP e PER foram construdos ou adquiridos um total de 17.000 fogos, que com os 8.000 pr-existentes constituem o parque habitacional municipal da CML. Destes, 23.000 esto localizados em 73 bairros municipais, sendo geridos pela GEBALIS e os restantes esto dispersos pela cidade, sendo geridos directamente pela CML.
O DL 166/93 (lei da renda apoiada) no foi aplicado em Lisboa aos fogos PER, que continuaram a ser atribudos em regime de cedncia precria. S em 2009, com a revogao desse regime pela Lei 21/2009, que o DL 166/93 passou a ser aplicado de forma generalizada, mantendo-se contudo em vigor o regime de cedncia precria, com renda social, para os fogos j atribudos.
por isso que o DL 166/93 neste momento se aplica apenas a pouco mais de 1% dos fogos municipais.
23311553
5741
8502
4414
9680
8184
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
1940-49 1950-59 1960-69 1970-79 1980-89 1990-99 2000-06
Evoluo da promoo de habitao
municipal entre 1940 e 2006
Lisboa Bairros de origem social
A mudana de paradigma
O Governo lanou em 2008 o Plano Estratgico de Habitao (2008/2013), que incorporou uma medida a executar pelo poder local o Programa Local de Habitao (PLH). No houve porm continuidade no desenvolvimento destes instrumentos por parte daAdministrao Central.
Lisboa foi o primeiro municpio a desenvolver o seu PLH. O PLH de Lisboa, cuja metodologia e objectivos foram aprovados pela Assembleia Municipal, fixou a estratgia municipal para a habitao entre 2009 e 2013 e desenvolveu-se em trs etapas: 1 fase Conhecer, 2 fase Escolher, 3 fase Concretizar. Os relatrios das 3 fases do PLH de Lisboa esto disponveis em http://habitacao.cm-lisboa.pt
A elaborao do PLH de Lisboa foi financiada pelo POR LVT e levada a cabo por uma equipa municipal, com base num amplo processo participativo.
Conceito alargado de habitao
Espao Pblico/Equipamentos
Habitao
Mobilidade
Atrair nova
populao
Objectivo D:
Adequar a oferta procura de habitao
Objectivo F:
Dar prioridade reabilitao
Objectivo A
Melhorar a qualidade do parque habitacional
(pblico e privado)
Objectivo B:
Melhorar a qualidade da vida urbana e a coeso territorial
Objectivo C:
Promover a Coeso Social
Objectivo E:
Poupar Recursos (tempo, energia, dinheiro)
Objectivo G:
Garantir os solos necessrios para Re-Habitar Lisboa
Objectivo H:
Promover a Administrao Aberta
Melhorar
a cidade
Passar da crise
oportunidade
Os 8 objectivos do PLH
Novos programas a partir do PLH
Carta dos Bip-Zip de Lisboa e Programa Bip-ZipLisboa Parcerias Locais
Acupunctura Urbana, em cooperao com as JF Programa Integrado de Gesto e Requalificao dos Bairros Municipais
Novo Quadro Regulamentar da Habitao Municipal Projecto Casas Para Quem Precisa (verificao
sistemtica da condio de recursos) Programa de Valorizao do Patrimnio Habitacional Municipal PVP
Orientaes Estratgicas para os Espaos No Habitacionais
FES famlias, em cooperao com as JF
Para um novo regime do arrendamento social
O arrendamento social no se restringe ao clculo da renda e sua actualizao.
A reviso do regime da renda apoiada deve ser feita no quadro de uma verdadeira reforma da legislao sobre arrendamento social, que englobe os processos de atribuio, gesto, manuteno, requalificao, alienao e gesto de condomnios.
Propomos alis a criao de uma Lei Quadro da Habitao, semelhana das Leis Quadro ou Lei de bases que existem para todos os direitos sociais consagrados na Constituio esto regulados por uma, excepo do Direito Habitao.
Propomos tambm medidas que permitam dar sustentabilidade poltica de habitao social municipal, com novos programas de valorizao do patrimnio habitacional e uma poltica integrada de requalificao dos bairros municipais.
Em Lisboa o dfice anual entre o montante total de rendas emitidas e o valor a que corresponderiam se as famlias pagassem a renda tcnica de 80M.
9 Alteraes legislativas propostas
1. Uniformizar e compatibilizar o conceito de agregado familiar e fixar os limites da taxa de esforo para despesas de habitao, quer para fogos privados quer para fogos pblicos.
2. Uniformizar e caracterizar com maior equidade o apuramento dos rendimentos. Deve ser considerado como base o rendimento lquido efectivo per capita e no o rendimento corrigido tal como se encontra actualmente definido no DL 166/93.
3. Modificar a frmula de clculo da renda tcnica, usando para efeitos de determinao do valor do fogo a frmula do Cdigo de Imposto Municipal sobre Imveis (C.I.M.I.), que j incorpora todos os factores a considerar.
9 Alteraes legislativas propostas
4. Actualizar outros regimes para a habitao de propriedade pblica, como a renda resolvel, (Decreto-lei n 167/93, de 7 de Maio). Este regime deveria incluir expressamente situaes de segunda atribuio de fraces reabilitadas e favorecer a transio dos regimes de cedncia precria ou renda apoiada para a renda resolvel, permitindo maior flexibilidade e sustentabilidade na gesto do patrimnio habitacional pblico e um maior acesso habitao prpria.
5. Prever outros regimes de atribuio de fogos pblicos, nomeadamente a constituio de bolsas de arrendamento de fogos com valores de renda convencionada inferiores aos valores de mercado a colocar em concurso, a fim de estimular o arrendamento e contribuir para regular o mercado. Este objectivo tambm o visado pela constituio de um mercado social de arrendamento, com valores de arrendamento 30% inferiores aos valores de mercado, lanado pelo Governo.
6. Garantir que o subsdio de renda mensal implcito na renda apoiada (que corresponde ao diferencial entre a renda tcnica e a renda cobrada) seja registado como um apoio efectivo concedido famlia.
7. Garantir o cruzamento de dados entre entidades prestadoras de apoios sociais, por forma a facilitar a verificao da condio de recursos e prevenindo duplicaes ou abusos.
10 Alteraes legislativas propostas
8. Criar um programa pblico de reabilitao e requalificao da habitao pblica, com acesso a fundos comunitrios na rea da inovao social e urbana e da melhoria do ambiente urbano e do desempenho energtico-ambiental.
9. Definir legalmente e com urgncia as medidas para concretizar o artigo 45. da Lei 112/2009, de 16 de Setembro, relativa preveno da violncia domstica e proteco e assistncia das suas vtimas, garantindo a eficcia do previsto apoio ao arrendamento.
9 Alteraes legislativas propostas
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